Os meus, os seus, os nossos casos da vida.
Por Rafael Alceu
Que tal descobrir casos sobre diversas coisas do cotidiano, e coisas além do mesmo? Leia esta fanfic, você vai gostar
Caso: O Patrão Homossexual.
Numa pequena cidade do interior do Maranhão, cidade bem rural mesmo, onde ainda era usados cavalos como transporte pela maioria das pessoas, carro era coisa de rico, o Centro da Cidade parecia um faroeste de tão antigo, casas de tijolos, lugar em praça pública onde os porcos comem aquela porcaria que para eles são comida. As casas, estas era de dar vergonha ao Brasil, todas precárias, com um longo córrego cortando quase todas as propriedades, mas, uma dessas se destacava, ficava no alto da colina, colina da cor marrom e recheada de árvores e plantas, acompanhada por um belo morro, que propriamente, ligava dois mundos totalmente diferentes, um, vivia no luxo, o outro, era precário até nos serviços mais básicos da vida, como água e luz. Uma linda Ferrari amarela começa a subir o morro, ela era Amarela e conversível, onde era possível ver o dono apenas de relance pela velocidade do carro, era bem alta, já que naquela região não existia radar de velocidade. Já no topo da colina, temos já, uma bela visão da casa, ela tinha dois andares, cor verde bem claro, uma enorme piscina ao fundo. O ricaço dono da Ferrari desce, ele usava um daqueles tênis enorme tipo Restart cor vermelho com detalhes verdes, inclusive o cadarço, blusa rosa bem clara e uma bela calça Jeans, com um cinto de couro, ele se dirige á porta de sua enorme casinha.
-... – Ele respira e abre a porta.
A casa por dentro, era toda decorada pela Francuase Calmon, vasos, quadros, tapetes de couros de leopardos, todos importados, um humilde empregado aparece, trazendo uma taça de vinho para o seu patrão.
-Aqui está meu senhor. – Ele entrega para ela a taça.
-Obrigado nenenzinho – Ele agradece ao seu empregado.
-Como quiser meu amo. – O jovem agradece e se designa a cozinha.
-Espera! – Chama o moço, colocando a taça de vinho num criado mudo próximo.
-O quê deseja senhor Lucas? – Fala o humilde jovem.
-Já lhe falei para não me chamar de senhor? – Ele o corrige – Você está a fim de sair hoje?
-Não, tenho que cuidar de minha casa hoje – Responde.
-Que pena, pensei que poderíamos ir á capital hoje – Ele se aproxima do jovem, que recua.
-Não mesmo, posso me retirar? – Pergunta
-Pode. – Ele responde pegando de volta a sua taça de vinho e subindo para o seu quarto.
Ao abrir a porta, vemos que o quarto dele é mais lindo que qualquer outra parte da casa, era todo pintado de branco com detalhes vermelhos, nele, se encontrava vários quadros chiques, vasos da dinastia Yang, mesas com detalhes em ouro vinte e quatro quilates, televisão de 50º polegadas sustentada na parede, nela, via se pequenos detalhes de cristais brutos, Lucas se dirige a sua cama, mais luxuosa ainda, e se senta.
-Por que ele não gosta de mim? Eu sou um ricaço que vim para cá apenas para conquistar ele, saí da capital para nada. – Ele pensava tristemente.
Ele troca de roupa, e vai descansar um pouco em sua cama, a cena passa para a cozinha, onde o jovem, já com a roupa normal, era uma roupa humilde, uma camiseta verde e um short jeans, estava esperando apenas sua hora de ir, ele era louro, e combinava com o tom da cozinha, amarela também, afinal, quase tudo presente nela era de ouro...
-Ele acha quê só porque eu sou pobre e ele rico eu tenho que ser um mero “namoradinho” para ele, eu também tenho sentimentos, tenho que pensar em outra coisa... – Ele pensava sentado numa das luxuosas cadeiras do castelo.
Ele olha no seu falsificado relógio digital que ele tinha comprado na capital no mês passado, quando viajou para lá, já se passaram duas horas desde o conturbado encontro com o seu patrão. Ele também percebeu que faltava apenas cinco minutos para ele ir embora, mas não podia ir sem o consentimento de Lucas, ordem da governanta.
-Não sei por que tenho que incomodar Lucas, ele deve estar cansado, o trabalho dele deve doer muito – ele vê o quarto do seu patrão e bate, ele ouve o entre, entra e vê o seu patrão apenas de short, ele fica balançado, mas, disfarça muito bem. – Posso ir embora?
-Só irei deixar se você me falar por que você não quer ficar. – Responde.
-Apenas não quero e não posso, tenho sete irmãos para cuidar. – Ele fala num tom forte.
-Jura mesmo? Eu fiquei sabendo que você tem apenas dois. – Ele pergunta ironicamente.
-Ficou me inspecionando agora? – Pergunta bravo.
-Que isso Julio, nada, apenas, vamos dizer, que cidade pequena a fofoca sai voando... – Lucas fala num tom irônico, como se estivesse se divertindo com o seu empregado – Mas não é?
-O pior é que é mesmo... – Ele fala rindo.
-Mas não é? Eu te disse – Ele ri.
Agora os dois haviam se esquecido da situação passada, e agora riam, contavam piadas e contos, claro que Lucas já estava vestido, haviam jogado vídeo-game e entrado na piscina, desde que Julio entrou no quarto, haviam se passado quarenta minutos, até esse momento, que eles estavam sentados na piscina, contando piadas de futebol Julio contava uma nesse instante na beirada da piscina.
-Qual é o menor zoológico do mundo? – Pergunta.
-Qual?
-A camisa do São Paulo, pois só cabe um veado. – Ele termina morrendo de rir.
-Ela é boa, mas tem outras melhores, olha que sou cruzeirense.
-Eu sou Palmeirense.
-Tomou aquele pau do Goiás, né? – Agora Lucas ri.
-Nem me fale... – Ele também ri.
Depois desse dia, eles virarão grandes amigos, Lucas conseguiu agüentar a paixão platônica que tinha por Julio, e acabou virando homem e se casou com uma das caipiras mais bonitas da cidade, mas para isso, Julio sofreu, já que agora, mesmo namorando Ana Joaquina, ainda sofre por ter perdido Lucas para a senhora Stelinha, sua querida mãezinha...