Difanatico>
- Spoiler:
Vlw pelos elogios cara! ^^ . Espero que você goste deste cap tbm, não saiu tão bom quanto eu esperava ç.ç.
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Pokémon Delta
2 – Eu e você (Parte 1)
Os Ninjasks estavam cada vez mais próximos das duas que por sua vez não sabiam o que fazer. Mya escondia Shinx em seus braços temendo pelo pequeno foi ai que Nora retomou o controle do seu corpo e pegou a pokebola que estava em seu cinto e atirou a sua frente liberando o Pokémon planta que a ajudara a cuidar do jardim minutos antes.
- Oddish, eu escolho você! – Pokémon planta fitou furiosamente os três inimigos. – Use o Pó do Sono!
O Pokémon planta começou a balançar suas folhas freneticamente liberando assim um pó azulado. O pó envolveu o trio de insetos, mas o efeito não foi o esperando. Mesmo estando envolvidos pelo pó os pokémons se quer se mexerem e as suas asas se movimentavam rapidamente afastando-o.
Eles voaram alto e depois mergulharam se preparando para um ataque ao pequeno pokémon. Os três Ninjasks usaram o ataque socos de fúria sem piedade em Oddish que caiu inconsciente no último golpe.
- Oddish! – Nora mirou sua pokebola no seu pokémon e o chamou de volta. – Mya, você precisa fugir.
Mya apertou os olhos ao ver os inimigos avançando ferozmente em sua direção até ouvir uma voz masculina vindo de trás. Abriu os olhos e girou encontrando um rapaz que usava vestimentas avermelhadas e jogava uma pokebola para cima e depois a apanhava.
- Pidgey, use a Ventania!
- Pidge! – Um pokémon pássaro saiu da pokebola e voou logo em seguida na direção dos insetos parando bem perto deles.
Pidgey começou a balançar suas pequenas asas, mas acabou criando rajadas poderosas e constantes de ventos. Os Ninjasks sentiram a potência do ataque e recuaram um pouco apenas para voltar com uma investida no pokémon, mas pareceu que tal ação já era esperada pelo treinador misterioso que mandou no mesmo instante seu pokémon usar a evasiva em seguida usou o redemoinho que atingiu todos de uma única vez jogando-os para diferentes lados inconscientes. Mya sorriu aliviada, não só pelo garoto misterioso ter ajudado a derrotar os Ninjasks, mas também porque poderia finalmente levar o pequeno Shinx para a cidade e cuidar de seus ferimentos. A jovem de cabelos cor de rosa saiu correndo sem ao menos agradecer pela ajuda deixando isso para Nora fazer.
- Desculpe minha amiga, e que ela quer ajudar muito esse pokémon. – Nora falou cruzando os braços.
- Eu entendo como ela se sente, a propósito meu nome é Kenny e você é?
- Nora, e aquela que saiu correndo se chama Mya.
Mya corria desesperada pela floresta desviando de raízes e pedras que encontrava no caminho até finalmente ver no final da trilha a entrada para a cidade de Hallia. Suspirou aliviada e olhou para o Shinx em seu colo. Ela voltou para a cidade gritando por ajuda e chamando a atenção de quem estava próxima. Um senhor mais velho se aproximou avisando que tinha noções básicas de primeiros socorros. Pegou o injuriado Shinx do colo da menina de cabelos cor de rosa e levou para dentro de sua casa.
- Espero que ele fique bem...
Alguns minutos depois Nora voltou para a cidade acompanhada do rapaz misterioso, pelo menos para Mya. Kenny nunca havia estado em uma cidade tão pequena como Hallia, a cidade de Kenny deixava a pequena Hallia no chinelo. Os dois se aproximaram de Mya que estava muito preocupada com o pequeno pokémon.
- Você conseguiu alguma ajuda? – Perguntou Kenny sem nenhuma alteração na sua voz. – Mya, esse é seu nome certo?
- Mya, esse é o Kenny.
- Obrigado por ter nós ajudado! Quem sabe o que poderia ter acontecido com ele! – Falou a menina sorrindo aliviada.
- Devia mesmo me agradecer, tome mais cuidado com seu pokémon e não lute batalhas que não pode vencer. – Falou Kenny em um tom ríspido.
O sorriso de minha rapidamente desapareceu com a resposta grosseira do rapaz e olhou para ele com um olhar de irritado. Mya nunca gostou de levar sermões, nem da própria mãe. A jovem contou de um a dez em sua mente para não bater no rapaz que estava a poucos metros dela. Respirou fundo e pensou em uma resposta a altura.
- O que foi que você disse? – Falou Mya controlando o tom da sua voz para não demonstrar a raiva na mesma.
- Isso que você ouviu. Como treinadora você falhou por deixar seu pokémon nesse estado.
- E quem você pensa que é pra me dizer isso?! Só porque você me salvou não quer dizer que tem o direito de me dar lição de moral, pra começo de conversa aquele Shinx nem meu é! – Ela não se segurou e deixou que a raiva tomasse conta do seu corpo.
- Já vi onde isso vai terminar... – Nora conhecia bem o temperamento da amiga e sabia que dos jeitos que as coisas estavam indo isso não iria terminar bem.
- Se não é seu porque você o ajudou? – Kenny cruzou os braços.
- O que? Você não viu o estado daquele pokémon?! Ele iria morrer se eu o deixasse ali!
- Esse é o mundo em que vivemos ora essa! Só os fortes sobrevivem...
- Garoto qual o seu problema?!
- Acho que eu deveria fazer essa pergunta pra você.
Mya deu dois passos, aproximou-se do menino levantando as mangas e cerrou os punhos, pronta para fazer com que o garoto insensível engolisse as palavras junto com o soco, que estava pronta para dar, mas Nora interveio ficando entre a jovem e Kenny. A morena disse baixinho no ouvido da amiga.
- Mya, se acalma, agora não é o momento pra você fazer isso...
- Você tem razão... Mas...
O senhor interrompeu a jovem pedindo para que ela entrasse para ver o pequeno Shinx. A menina por um momento esqueceu completamente a raiva que sentia do outro que estava do lado de fora substituindo esse sentimento por preocupação. Os olhos de Nora pareciam estar dizendo para Mya entrar logo antes que Kenny falasse mais besteiras.
O senhor de 40 anos com cabelos já totalmente grisalhos acompanhou a jovem até sua casa. A parte de dentro era tão simples quanto à parte de fora, poucos móveis espalhados pela sala, alguns retratos nas paredes de possíveis parentes do senhor e havia uma porta de madeira que deveria levar a um banheiro. Na cama do homem havia uma pequena criatura que dormia calmamente, era Shinx agora com algumas ataduras em suas patas.
- Você tem sorte de ter achado esse rapazinho! Quem sabe o que poderia ter acontecido com ele. – Falou o senhor coçando sua barba branca.
- Obrigada! Obrigada mesmo. – Mya se voltou para o senhor tentando lembrar seu nome, por Hallia ser pequena todos se conheciam. – Me desculpe, mas eu não lembro o seu nome.
- Ah! Eu me mudei há algumas semanas pra Hallia, meu nome e Renê e você é?
- Mya... – Ela sorriu e voltou a olhar para Shinx fazendo carinho nos pelos negros do pokémon felino, nisso ela pareceu levar um leve choque. Deu uma risada baixinha com o ocorrido e voltou a olhar para o homem. – Ele vai acordar quando?
- Creio que dentro de uma ou duas horas. – O senhor pegou uma coleira que tinha um pequeno cartão preso. O cartão dizia: Propriedade da Equipe Zeta. – Eu achei isso daqui enquanto estava cuidando dele.
- Equipe Zeta? Que equipe é essa? – Perguntou Mya pegando a coleira.
- Eu ia te perguntar o mesmo, mas sejam quem for deveriam estar tratando esse pokémon muito mal... Enquanto examinava ele eu vi sinais de queimaduras pelo corpo desse pequenino.
- Meu Deus... Mas... Que tipo de pessoa seria tão cruel pra fazer isso com um pokémon?
- Vamos esquecer isso, por enquanto. Sabe, eu ficaria agradecido se você levasse esse Shinx pra sua casa!
- Pra minha casa? – Perguntou assustada. – E-eu não sei se posso fazer isso... Minha mãe não vai deixar.
- Vamos, Mya, um velho como eu não vai conseguir cuidar desse Shinx.
Apesar de relutante ela acabou por concordar com o senhor. Foi até o pokémon elétrico e o pegou no colo. Ela deu um último sorriso para o senhor e saiu dali encontrando apenas Nora. A morena sorriu para a menina e se aproximou para ver o Shinx que em seu colo estava.
- Então... Vai ficar com ele? – A esperança estava evidente na voz de Nora.
- Sim. – Mya olhou para Shinx nesse instante.
Nora ficou muito feliz com a resposta e fez carinho no Shinx, mas logo lembrou de que havia deixado seus irmãos sozinhos sobre a vigilância de Lucy que convenhamos que não era a melhor babá do mundo, pois se distraia com facilidade. A treinadora de Oddish abraçou a amiga desejando sorte com o Shinx e saiu correndo na direção da sua casa.
Mya tratou de logo ir pra casa. Ela ainda pensava na crueldade de alguém quando fez isso com Shinx e ainda o abandonou na floresta a mercê dos pokémons selvagens. Chegando em casa ela viu sua mãe sentada em uma cadeira de balanço tendo uma “conversa” com sua Marill. Lily ficou surpresa ao ver o Shinx no colo de sua filha.
- Isso é um Shinx? Eu só pedi pra você ir pegar algumas coisas na casa do Leon e não um pokémon. – Lily brincou.
- Marill ma! – Disse Marill.
A jovem de cabelos cor de rosa suspirou e começou a contar toda a história de como Leon não estava em casa até o ataque dos Ninjasks e sua mãe ouvia tudo bastante interessada, dizendo: “Sério?” ou “E aí?”. Quando Mya terminou de contar Lily tirou Shinx do seu colo e o levou para dentro onde o deixou deitado sobre o sofá.
- Ele é muito bonitinho, minha filha! Eu ainda estou chocada com essa tal de equipe Zeta, eles realmente fizeram isso com ele?
- Eu juro mãe!
- O que pretende fazer com ele?
- Bem... Eu pensei em ficar ele.
Lily olhou para Mya tentando assimilar o que a filha acabava de dizer e ficou meio surpresa com isso.
- Ficar com ele? Até hoje de manhã eu pensei que você não gostasse deles.
- Eu não disse que não gostava!
A mãe de Mya deu uma risada gostosa e contagiante. Antes de poderem continuar a conversa a mais velha ouviu o som de alguém batendo na porta, sorriu ao abrir e ver Leon, mas o mesmo não parecia trazer notícias agradáveis. Leon devia ser mais velho que Lily, tinha bigode e seu cabelo um pouco grisalho era baixo como se fosse um militar, tinha um corpo forte, parecia ter hábitos saudáveis assim como sua filha Nora. O loiro colocou um papel sobre a mesa da sala em que Mya e seu novo amigo estavam e se sentou fazendo um gesto para que a outra lesse o documento. Lily pegou o papel e seus olhos de um instante para outro começaram a transmitir um misto de tristeza e raiva.
- 950 mil!? Como assim?! Esse terreno não vale tudo isso! – Falou Lily pressionando os dedos no papel.
- Foi assim que reagi quando vi o preço, mas o dono do terreno disse que se nós pagarmos ele pode fazer com que ele volte a ser nosso... Temos até dezembro pra pagar.
- Não temos condições! Mesmo que todos da vila ajudem não iremos conseguir nem metade disso, a renda da vila é baixa, Leon.
- E você acha que eu não sei disso?
Mya sentia a frustração de ambos pairando pelo ar, alguma coisa dentro dela dizia que ela poderia fazer a diferença e que podia ajudar a conseguir o dinheiro. A menina tentava ao máximo pensar em alguma coisa e depois de vários minutos a única coisa que veio a mente foi: “A Liga Delta”. A propaganda da liga veio à tona na cabeça da menina... “O prêmio de 700.000...”. Mya viu ali a chance de ajudar.
- Eu posso conseguir o dinheiro pra vocês! – Exclamou a jovem sendo fuzilada pelos olhares incrédulos dos dois adultos.
- Do que você esta falando, Mya? Como você pensa que pode conseguir esse dinheiro? – Perguntou Leon agora em pé.
- A liga delta! O campeão ira ganhar um prêmio em dinheiro de 700 mil!
Lily não podia acreditar no que a filha estava dizendo, colocou a mão na testa e respirou fundo. Fitou sua filha com um olhar de preocupação.
- Mya, você não tem condições de entrar na liga. Você terá que viajar pelos 5 continentes daqui! Nem pokémon você tem.
- Eu tenho o Shinx!
- Mas ele nem sabe que você salvou ele, minha filha. – Falou Lily.
- Mãe... Eu sei que eu posso salvar essa vila... Confiem em mim...
Leon podia ver nós olhos da menina de cabelos cor de rosa e colocou a mão sobre o ombro da jovem o sorriu.
- Bom... Você tem o meu apoio!
- Leon! – Lily disse. – Ela é só uma criança!
- E? Ela não é a única criança nisso!
- Mas... – Lily começou a se convencer e sorriu para a filha. – Acho que estou assim porque você está começando a agir como seu pai. – Uma lágrima brotou no rosto dela. – Nunca pensei que esse dia chegaria... Ainda bem que eu guardei isso...
A mais velha foi até o armário da cozinha e voltou à sala com um baú marrom bastante velho e empoeirado. Mya já tinha visto esse baú muitas vezes, mas não sabia o que tinha dentro. Lily abriu e mostrou para todos, dentro do baú havia 6 pokebolas e o pokedex do pai da jovem.
- Mãe... Esse pokedex... – Ela abriu o aparelho e seu sorriso desapareceu. – Está quebrado! Que diabos eu vou fazer com um pokedex quebrado?
- Ora não me culpe! Culpe o tempo, ele está a mais de um ano sem ser usado é normal que esteja quebrado.
- Aish...
Mais uma pessoa começou a bater na porta e Lily foi atender, para sua surpresa, Nora foi entrando, depois de pedir licença à dona da casa, atrás do pai acompanhada de Kenny. O rapaz que acompanhava Nora ficou surpreso ao descobrir que aquela era a casa de Mya.
- Pai, a Nona caiu da escada e machucou o tornozelo. – Falou Nora se referindo à irmã mais nova de todos. Ela viu as pokebolas na mão da amiga e fez uma cara de espanto. – Não brinca! Isso é uma pokedex? Isso quer dizer que...
- Eu vou partir numa jornada! – As duas começaram a gritar e a se abraçar foi ai que Mya teve uma idéia. – Vem comigo?
- O que?! Nada disso, você é só uma criança, Nora. – Disse Leon.
- E? Ela não é a única criança nisso... – Retrucou Lily relembrando a frase dita pelo senhor minutos antes. – Vamos Leon!
- Bem... Já que você vai com a Mya tudo bem...
Elas voltaram a gritar, mas dessa vez acompanhadas da mãe de Lily. Leon se sentou sorrindo e colocou a mão sobre a testa. Kenny por sua vez não parecia nada contente com a gritaria e se pôs a falar.
- Será que vocês podem parar de gritar um pouco? – Nesse instante Leon notou a presença do rapaz.
- E quem é você?
- Me chamo Kenny, sou um treinador pokémon. – Respondeu com orgulho em sua voz.
- Ei, Mya, bem que o Kenny podia ir com a gente!
- Claro que não! – Disseram Leon e Mya em uníssono.
- É uma boa idéia, Nora. – Disse Lily.
- Mas ele é um garoto! Meninos e meninas viajando não é coisa boa! – Protestou Leon.
- Deixa disso, Leon, já esta mais do que na hora de você começar a confiar na Nora, não acha?
Suspirando e relutante ele acabou por aceitar a proposta de Mya. Ele colocou a mão sobre a cabeça e confessou:
- Se é isso o que você quer... Eu não vou te impedir.
- Obrigada, pai! – Ela abraçou o senhor sorrindo.
Agora era oficial: Mya iria começar uma jornada. Todos, inclusive Kenny, combinaram de partir de manhã cedo, pois assim eles poderiam chegar a Altra antes do anoitecer e assim evitar possíveis ataques de pokémon noturnos. O fato de Kenny ir junto deixava Lily mais calma enquanto fazia com que Leon ficasse com ciúmes da filha. Mas ainda havia um problema: Convencer Shinx que por sinal permanecia a dormir apesar de tanta barulheira.
~x~
Já era noite, a notícia de que Mya iria numa jornada se espalhou rapidamente como se fosse um vírus. Todos os habitantes da vila estavam super felizes com a jovem, mas queriam ela o mais longe o possível dali para que começasse a ganhar as insígnias e tivesse a chance de entrar na liga. A jovem treinadora já se preparava para dormir, resolveu passar uma última vez na sala para ver como o Shinx estava.
Ela olhava para o pokémon elétrico pensando até que ele começou a se mexer. Minha ficou feliz ao ver o pequenino abrir os olhos, mas ele pareceu não ter gostado nada da vista. Shinx começou a rosnar para Mya, mas a jovem não se deixou sentir medo e se ajoelhou olhando para Shinx.
- Ei... Eu não vou te machucar. – A menina estendeu a mão na direção do pokémon que permanecia na sua posição de ataque
- Shii! Shix! – O pokémon não tinha ouvidos para a treinadora, a imagem de humanos o mal tratando via a cabeça toda hora. – Shinx!
O corpo de Shinx foi envolvido por uma energia elétrica azul, ele deu dois passos para traz e avançou na direção de Mya. A energia que Shinx havia carregado foi liberada em Mya quando ele a atacou fazendo assim com que ela fosse jogada contra a parede. Shinx ficou ofegante e pulou pela janela da sala indo em direção a floresta.
Mya se levantou com o corpo totalmente dolorido por ter recebido um ataque direto. Ela viu a janela da sala quebrada e percebeu que Shinx havia ido para floresta de novo. Mesmo ele tendo a atacado ela não podia deixá-lo ali novamente. Temendo que a tal da equipe zeta pudesse fazer algum mal a ele de novo Mya se pôs de pé e saiu de casa indo na direção da floresta atrás do pokémon elétrico...