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Mensagem por Okiru Seg 14 Jan 2013 - 1:45

Hey boy, beleza? xD

Aah, bastante tempo que não passo aqui no forum, e vi que você está se aprofundando bastante na estória, sua escrita também está muito boa, só vi uma -possível- erro nesse "Flashback", e digo possível pois pode-se tratar de algum tipo de interpretação.

"o quarto era iluminada com uma fraca luz." no segundo parágrafo.

Digo, se iluminar se referia a "quarto", o mesmo deveria estar no masculino como "Iluminado"... não?

Bem, acho que agora irei ler a capítulo que antecede o flashback, e Parabéns pelas 3500 visualizações (Very Soon xD)
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Mensagem por Mag Ter 15 Jan 2013 - 23:00

Não disse que a culpa é do fórum?! Não recebi email de novo, mas agora estou conferindo o fórum com mais frequência...

Olha, é interessante a proposta de postar esses flashbacks, mas cuidado para não criar incongruências na história. Neste caso, até dá para relevar, mas é muito estranho ver a reação da Katherine diante do Hirogo lá na floresta, sendo que, uma noite antes, eles haviam transaficado. Como eu disse, dá pra relevar, até porque é a primeira e você não tinha o intuito de fazer isso quando escreveu o capítulo, mas apenas tome cuidado, ok?

E, depois de dar uma relida rápida do capítulo anterior e ler este flashback, eu simplesmente compreendi todo esse sentimento incomum que a Katherine sentiu involuntariamente por aquele doidão. Não vou dizer pra não tirar a graça de quem ainda não sabe, mas a certeza de que é o que eu penso palpita nas minhas entranhas. õ/

Algo que já citei noutros comentários, mas que gostaria de retornar a frisar, é o quão bom eu acho isso de você personificar os seus personagens. Você é bom nisso, e acredito que se tornaria um excelente escritor se lesse mais livros, o que o ensinaria a articular as palavras no texto de uma maneira que deslumbraria-o a si mesmo e a nós, leitores. Nesse contexto, portanto, gostaria de pedir também que tomasse cuidado. É realmente muito interessante personagens maus bem trabalhados, ou até aqueles indiferentes, e acredito que seja um influência de animes (tenho um primo otaku que simplesmente venera isso, apesar de acabar falsificando sua própria personalidade tentando ser frio e indiferente como os personagens que ele gosta), mas veja que se exagerado, fica inverossímil. Somos levados a crer que existem pessoas perfeitamente uma coisa, ou perfeitamente outra, mas isso é irreal; o ser humano é repleto daquilo que ele diz não ser, como ocorre com as pessoas que se acham "boas" ou "más". No fim, até Hitler, um dos maiores, senão o maior monstro da humanidade, não se achava mau. Ele acreditava piamente que o que ele pregava era a verdade, o certo, o melhor, mesmo sendo de uma intolerância e hipocrisia tamanha, e por sua cegueira em seu próprio credo, foi levado a agir daquela forma. Mas, segundo ele, ele era bom. Ela estava fazendo o que as outras pessoas não tiveram coragem, ao limpar a terra da sujeira que eram os judeus, os negros e homossexuais.

Vê a diferença? Se ele achasse que essas coisas fossem erradas, ele não faria isso. A "bondade" e a "maldade" do ser humano está muito mais naquilo que ele faz pensando ser certo ou errado, do que na sua real vontade de se tornar mau. Ou de se tornar indiferente. É normal que Ryuuzaki aceitasse a proposta do Dracco para obter lucro, mas seria mais convincente se, involuntariamente, ele questionasse sua própria atitude. Um ser humano no lugar dele questionaria, mesmo que sem querer. A nossa própria mente nos leva a isso; nos incrimina, nos denuncia.

Desculpe, eu acho que esse comentário foi meio impropício, já que esse debate sobre personalidade verossímil, humanização de personagem, etc, é muito complexo pra se discutir por aqui. Mas eu não tenho coragem de apagar tudo isso agora ú.u De qualquer forma, sua fic está ótima e os seus personagens sabem marcar presença! Estou ansioso pra ler o próximo capítulo e ver o que aconteceu realmente com todas essas pessoas supostamente assassinadas pelo Ryuuzaki.

Ah, quanto aos nomes japoneses, eu compartilho da mesma opinião do Pokaabu; não sou lá muito fã deles pela dificuldade na pronúncia, na associação do nome com o personagem e porque não conheço a língua, oras! xD Mas isso deve ficar bem a seu critério mesmo, cara. Se é o que acha melhor, não deixe de fazer até que você reconheça o contrário.

Até uma próxima e muito ânimo para escrever mais e mais!

PS: Mesmo sem quotes meus comentários estão indevidamente grandes. -qq

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Mensagem por DarkZoroark Seg 21 Jan 2013 - 15:38

Rush o/
Desculpe-me por esta demora em comentar, mas acabei saindo em viajem semana passada e só voltei ontem de madrugada. Aí já viu... Só consegui passar aqui hoje. Enfim, vamos para de falar de mim e nos focarmos em sua fanfic. Adorei este último capítulo. Pode ter ficado pequeno, mas a qualidade dele é muito superior a muitos capítulos gigantes de outras fanfics aqui do fórum.
Esse "evento particular" até que deu uma explicada no comportamento da Katherine nos últimos dois capítulos. Eu curto bastante este tipo de flashback, até porque adiciona algumas informações que podem tornar-se cruciais conforme a fanfic se desenvolve, contanto é claro que não mudem os acontecimentos da mesma (Como Mortal Kombat). Outra coisa que gosto, e que é algo muito bem explorado em sua fanfic, é o lado psicológico dos personagens. Desse modo, o leitor pode se identificar mais com um ou o outro.
Vou deixando meu comentário por aqui (tenho que compensar o tempo perdido e escrever logo meu próximo capítulo). Ah, quase me esquecendo. Quanto aos nomes em japonês eu sou muito fã, mas é você quem sabe. O que decidires está bom para mim. Espero seu próximo capítulo.

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Mensagem por Rush Qui 24 Jan 2013 - 1:49

@Pokaabu: Pokaabu! /o/ Muito obrigado por ter lido, e só ressaltando algo... Katherine não é virgem, quer dizer, não perdeu porque quis né. Não detalhei o evento de sua infância pois é algo doente até de imaginar. Mesmo com a ideia do Hypno pedófilo e tal, eu sou muito contra mesmo a pedofilia, chegando a ter um ódio mortal por quem pratica essa atividade. Mas enfim, estou usando todas as dicas dos comentários mesmo, pois assim sei que irei melhorar e agradar os meus leitores. Sobre os Flashbacks, será um pouco trabalhoso, mas irei postar um antes de qualquer capítulo postado. Porém ainda irei demorar um pouco para atualizar o mainpost. Muito obrigado por acompanhar, continue lendo! Obrigado, e um abraço!

@Okiru: Okiru! /o/ Muito obrigado, um pequeno erro por não ter revisado o 'capítulo'. Qualquer coisa é só ler o mainpost com a atualização dos personagens que você já ficará informado do que aconteceu mais ou menos. Muito obrigado, continue lendo!

@MaGmorTar: Magmortar! /o/ Muito obrigado, eu aprecio muito mesmo comentários gigantes como os seus, tenho muito prazer em lê-los, e sempre aprendo coisas novas com eles. Porém, sobre o relacionamento entre Katherine e Hiroga, é uma coisa que será revelada nos próximos capítulos. E sendo spoiler ou não, por causa desse motivo, os dois irão caminhar em lados opostos daqui a dois capítulos mais ou menos. Também será explicada a tal dimensão sete, que não será tão complexa assim. Uma coisa que você me fez realmente abrir os olhos, foi a personalização profunda de personagens como o Ryuzaki. Ele é um rapaz arrogante e vingativo, porém o motivo para isso não é o suficiente, entende? A minha ideia era fazer de uma simples arrogância e ganância, levar o rapaz à loucura atual dele, o que não obtive muito sucesso.

Sobre os nomes, eu realmente sou fã, pois acho os mesmos bonitos e interessantes. Mas já que não são de agrado a maioria de meus leitores, irei mudar isso com o futuro de minhas fics. Visando que o @DarkZoroark também gosta, por isso irei manter alguns nomes japoneses nesse projeto, que deve estar em 1/3 de ser completado.

Muito obrigado, continue com seus comentários enormes! haha *-* Um abraço, continue lendo!

@DarkZoroark: DZ! /o/ Relaxe, tome o tempo que quiser para comentar. Tanto que estou demorando até duas semanas em postar um Capítulo, estou bem relaxado nesse aspecto. Deve ser aquela preguiça acumulada das férias. Mas logo logo irei voltar a minha rotina. Irei escrever e comentar com mais frequência. Well, muito obrigado! Eu sinceramente não estou muito satisfeito em como eu exploro os personagens. Eu quero algo que eu não posso escrever, isso está fazendo eu entrar em conflito com minha mente, chegando até a desanimar de escrever. Haha, mas é apenas uma fase. Irei tentar humanizá-los o máximo o possível, mesmo que sejam habitantes de um mundo desumano em que matar não é contra lei durante competições. Muito obrigado por estar acompanhando, continue lendo! Muito obrigado, até mais!



~>x<~


Well, seguirei a sugestão do Pokaabu, e irei escrever um flashback de duas até três páginas antes de um capítulo. Não sera muito da obrigação do leitor ler a mesma, já que serão apenas informações passadas e que já não terão tanta consequência. Mas a de hoje por exemplo, é um flashback da infância de Ryuzaki. Ou seja, seis anos atrás. Sobre o capítulo em si... Está corrido. Eu consegui explicar tudo o que eu quis explicar, mas pela falta de informação revelada em tais aspectos, será confuso para a grande maioria dos leitores. MUITO CONFUSO. E a partir de agora, todo capítulo/flashback terá uma música 'tema.

Eu agradeço muito por acompanhar minha fic, agradeço de coração. Muito obrigado mesmo. Tenham uma ótima leitura!




~>x<~



G O N R Y U – OS CINCO DRAGÕES


Flashback II






Seis anos atrás.


[Ryuzaki]


Estava frio, o céu ainda estava escuro devido a grande aglomeração de nuvens, o que fazia o clima ser fresco e nublado. Isso apenas contribuía em sua preguiça de ficar deitado em baixo de edredons grossos e pesados, que o esquentavam.Mesmo morando em Tsuki, a cidade litorânea, o clima quase sempre era assim durante essa estação. O tempo calmo e sereno era invejado em muitos outros moradores de outras cidades, que constantemente tiravam suas férias em tal lugar.
Apenas dormia tranquilamente até ser chamado por uma voz feminina.


- Ryuzaki-Chan! Acorde, não se lembra do nosso compromisso? – Perguntava em voz alta, que ecoava por toda a pequena casa de madeira. Aquelas palavras foram o suficiente para a criança de cabelos escuros e bagunçados abrir seus belos olhos dourados com um sorriso estampado em seu rosto.

- Já vou, mamãe! – Estava tão animado que pulava de cama, mostrando seu pijama de mangas curtas que trajava. Rapidamente o retirava, correndo ao banheiro de seu quarto para lavar o rosto e escovar os dentes. Tentava se arrumar o mais rápido o possível.


Um pequeno jacaré estava embaixo da cama, animado por seu dono ter acordado. Como havia sido cuidado pelo garoto desde que o ovo em que vivia eclodira, havia um enorme afeto pelo moreno. Sentia fortes sentimentos, como se ele fosse de sua família. O lagarto da espécie Totodile se rastejava ligeiramente pelo quarto. Ficando bípede apenas para procurar por seu dono, percebendo que a criança se encontrava no banheiro, ainda se arrumando.


- Suiguetsu-Chan! – Ryuzaki o repreendia sério, porém escapando algumas risadas inocentes. – Estou tentando me arrumar para irmos à praia! Hoje será seu primeiro dia de caça!


O jacaré de pele escamosa azul não parecia entender sequer uma palavra, só ficava animado, como um cão, ao ver seu dono novamente. Ambos não estavam se acostumado com a presença de um e outro, isso porque havia recebido seu presente no dia anterior. A guarda do pequenino Totodile.



~>x<~



Finalmente estavam ali, andando na beira do mar. A areia fina era levada com o vento, o que esquentava levemente os tornozelos dos dois. Seus passos faziam com que seus pés se afundassem, a sensação era ótima. Aquilo estava sendo perfeito. O céu ainda estava nublado com nuvens carregadas. Alguns trovões pareciam se colidir dentre as nuvens, aquilo assustava o lagarto azul, que se encolhia entre os braços finos de seu mestre.


- Suiguetsu-Chan... Você é um covarde. – Dizia sério, o que fazia sua mãe rir. Era uma mulher bela e alta. Magra, possuía cabelos negros lisos e bem cumpridos, que se espalhavam junto ao vento.

- Acalme-se ‘Zaki-Chan. Suiguetsu é apenas um bebê ainda. Ele nasceu ontem, não lembra?


Ryuzaki fazia uma careta, logo dando um beijo na cabeça de seu parceiro. Tinha que admitir que estava bastante animado. Quer dizer, aquele era seu primeiro Pokémon, coisa que não era qualquer um que tinha. E ainda por cima, era de uma espécie rara na região. Sua mãe estava bem animada também. Ficava feliz com a energia positiva que aquela pequena criaturinha trazia para seu filho. Realmente, era algo muito bom para ela. Sabia que a partir daquele dia, seriam melhores amigos.

- Ryuzaki-Chan. – Dizia, parando de caminhar imediatamente. Aquilo resultava em seu filho parando também, segurando com os braços cruzados seu pequenino parceiro. – Sei que foi muito estranho eu ter lhe dado o Suiguetsu. Mas com a ida de seu irmão para outro continente... Sabe, é bem difícil para nós, mas nós vamos nos virar.

- Claro, mamãe. O pivete do Hiyoku que vai ficar chorando pra voltar, hahaha! – Ria de olhos fechados, logo se virando e continuava a caminhar.

- Estou falando sério, Ryuzaki-Chan. O motivo que eu lhe dei o Suiguetsu, foi para que um cuide do outro. Vocês vão crescer juntos, e não quero que nunca se separem, entendeu?

- Suiguetsu-Chan me protegendo? – Perguntava sem levar a sério. Desviava seu olhar para o jacaré azul em seus braços, o mesmo era inofensivo. O máximo que podia fazer era dar fracas mordidas e correr rapidamente por cômodos, sempre se escondendo embaixo da cama.

- Sim... – Suspirava ainda séria. Após olhar por alguns instantes, abria um sorriso no canto de seu rosto. – Eu te amo, Ryuzaki.


Ryuzaki retribuía com um sorriso enorme. Seus olhos de íris douradas pareciam absorver a luminosidade, pois sempre estavam radiantes.


- Eu te amo mais, mamãe! – Então se virava e saia correndo com o vento. Ainda na beira da praia. Sua mãe apenas via a cena, já que o garoto queria chegar naquele lugar que combinaram o mais rápido que podia. Estava muito feliz, mesmo sem seu marido e com o seu filho viajando para outro continente, ela amava demais Ryuzaki. Estava feliz por poder passar tanto tempo com ele.



~x~


Agora.



[Hiyoku & Haruka]



A segunda lua radiante predominava os céus, era a fonte que iluminava o ambiente gelado em que a ilha se encontrava. O som das ondas batendo na margem era um ótimo sinal, já que o mesmo iria sobrepor o som causado pelos dois jovens, assim não atraindo criaturas selvagens e perigosas. Os passos pesados e exaustos de Hiyoku causavam dúvidas na mente da inocente loura, já que o desespero em manter-se longe da floresta era prioridade para o rapaz. Havia dito que de noite, os Mightyenas eram inofensivos perto dos monstros que se esgueiravam dentre os galhos no silêncio da noite.


- Gastlys. – O competidor interrompia os pensamentos mútuos dentro de sua cabeça, que acaba por levar um pequeno susto o que resultara no aceleramento das batidas de seu coração.


Hanna, já transformada em sua forma primária – na qual era um pequenino pássaro castanho, um adorável Pidgey. Planava em silêncio sobre a sua treinadora, parecia que agora já havia se acostumado com a presença do garoto de cabelos púrpuros.


- Gastlys? O que queres dizer, Hiyoku-Senpai? – Se perguntava, com seus olhos azul-piscina refletindo os raios lunares que iluminavam o seu rosto, parecendo que estava totalmente pálida devido à falta de iluminação ao seu redor. Seus finos cabelos louros se bagunçavam ao ser levados pelo suave vento, o que fazia a jovem alisá-los com suas delicadas mãos, tentando evitar que os fios ficassem em seu rosto.

- Sim, Gastlys. – Suspirava, ainda caminhando cansado. Parecia que estava com sono e preguiça de explicar a situação. – Sabe, eu sou es-

- Especialista em venenos. Nós sabemos. – Interrompia sem demonstrar algum sentimento de preocupação. A verdade, é que já havia enjoado tal frase que Hiyoku usava para se gabar de suas técnicas e habilidades.

- Ok, ok. – Chacoalhava a cabeça de olhos fechados, um tanto frustrado. – O fato é que... Aquela floresta é um pesadelo. Gastlys aparecem durante a noite. Muitos e muitos Gastlys famintos. – Abria seus olhos, já mostrando uma grande preocupação que era percebida, já que sua respiração se acelerava constantemente.

- E quem garante que eles não venham até a praia? – Questionava-se, confusa.


Hiyoku fazia uma pausa de silêncio, parando de caminhar por um instante. Preferia nem comentar a explicação do porque as criaturas fantasmagóricas não saírem de seus lares para a margem do oceano.


- Bom... A luz refletida pela lua em forma de raios lunares não agradam esses seres. Na verdade, nem um tipo de iluminação os agrada. Mas não é só isso.

- Não? – Sua cara confusa logo mudava para assustada, já que a resposta aparecia na frente do caminho que percorria. Hiyoku ainda parado ficava pálido e assustado. Esse era o único defeito de ficar em tal praia.


Na frente dos dois jovens, haviam milhares de cactos destorcidos, eram espantalhos em formatos putrefatos macabros. Ao sentir a presença dos jovens adultos, as plantas secas começavam a levantar suas raízes de suas pernas para fora do chão, ao mesmo tempo em que seus olhos – duas órbitas perfeitamente redondas e vazias – começavam a emitir um brilho amarelo.

A falta de iluminação fazia com que ficassem milhares e milhares de pequenas esferas douradas flutuando no ar, e parecia que todos os espantalhos acordavam com o movimento do membro de sua espécie a sua frente.


- Haruka... – Dizia totalmente assustado. Sua esperança em burlar a competição e acabar com a mesma de vez havia acabado totalmente. Alguma parte de seu ser estava totalmente desmotivado em continuar, já havia aceitado o fato de que iria morrer nesta noite. Não iria sobreviver mais do que um dia.


Okiru estava trêmulo, e virava o seu rosto para a jovem, que parecia demonstrar o mesmo sentimento de desespero e medo. O pavor de ver aqueles espantalhos cheios de espinho em seu ser era aterrorizante. Hanna, ainda em seu formato de um pequeno pardal, dava um mortal para frente, fazendo com que uma fumaça negra cobrisse-a por completo. Quando a mesma se dissipava, o Pokémon estava em seu formato original – uma raposa de pelos escuros com uma enorme cabelereira, na qual ficava avermelhada quando chegava a sua ponta.

O Zoroark rosnava. Devido a sua coloração vermelha envolta de seus lábios, parecia que o mesmo havia usado alguma espécie de batom. Assemelhava-se ao vilão clássico, ‘The Joker’.


- Hanna! – Haruka berrava, checando o seu querido Pokémon, que já estava preparado para batalhar. – São muitos, não deves se arriscar, minha querida! – Aumentava o tom de sua voz drasticamente, já que o silêncio não iria ajuda-la em momento tão assustador.

- Você diz isso. – O rapaz abria um sorriso confiante no canto de rosto. Ele retirava duas adagas presas dentro de suportes em sua cintura, e cruzava o braço na frente de seu torso, como se quisesse se defender de algum golpe. Com esse movimento, duas esferas brilhantes e avermelhadas voavam das lâminas brancas das facas, fazendo com que duas criaturas saíssem de seu lar esférico.


Uma das criaturas era uma naja gigantesca, que já fora introduzida pelo seu dono no primeiro turno, Incípios. De pele roxa, a Arbok mostrava que a mesma era oleosa e refletia a luz do luar. A serpente rastejava-se envolta de seu treinador, exibindo suas presas enormes e afiada, como se quisesse o defender a qualquer custo. A outra era uma enorme centípede. Seis patas musculosas fazia a criatura trotar como um cavalo. Além de ter a carapaça vinho, tinha círculos lilases em suas laterais. Uma criatura exótica. Na cabeça do inseto, duas enormes antenas duras como aço, em formato de raios - o que usava para perfurar e abater suas presas – apontava em direção dos inimigos, já que com sua cabeça inclinada, pretendia destruir seus adversários.

O Scolipede corria em direção dos Cacturnes, que já corriam para atacar os jovens e se alimentarem de suas carnes frescas. Okiru não perdia tempo, pulava para cima de seu Pokémon inseto e o montava. Tal ação fazia o Pokémon ser mais semelhante ainda a um cavalo. A Arbok rastejava numa velocidade incrível. O movimento ondular de seu corpo comprido era hipnotizante, e dilatava seu pescoço, o que revelava desenhos exóticos semelhantes a olhos raivosos da cor vermelha. A cobra peçonhenta rapidamente dava um bote e atacava um cacto, que rapidamente era partido em dois com apenas uma mordida.

Haruka ficava bastante assustada com tal evento amedrontador. Estava com muito medo, já que os Cacturnes estavam em um número muito superior, era um exército. Uma floresta de cactos. Ela engolia seca, sentindo a brisa ainda bagunçar seus lindos cabelos louros. Sabia que deveria usar sua última carta de sua manga, e logo retirou uma esfera cristalina e vermelha, diferente das demais.


- Valentina, desculpe-me lhe acordar de seu sono profundo... – Suspirava a loura, que suavemente dava um beijo na gaiola esférica de cores vermelhas e pretas. Hanna, já receosa, corria em direção dos Cacturnes, enquanto rugia. Dava golpes acrobáticos e eficazes, mas não o suficiente para matar as criaturas.




~>x<~



G O N R Y U – OS CINCO DRAGÕES


Volume Terceiro – Memória.



Capítulo Décimo Quarto







[Ryuzaki & Marcus]




A noite estava tensa. Ofegante, o rapaz segurava o pé de cabra em suas mãos, preocupado com as criaturas invisíveis, que o ameaçavam em sua mente. Parecia que as mesmas pairavam sobre seu ser, esgueiravam ao seu redor. Riam dele.

- Apareçam, filhos da [palavra censurada]! – Berrava. Atacava o vento com fortes pancadas usando sua arma branca. Estava delirando, mesmo sabendo que não deveria. Se perdesse a cabeça ali, ele iria morrer. Participantes e criaturas selvagens não iriam pensar duas vezes em executar o moreno, iriam fazer isso imediatamente.

Estavam no mesmo local há horas, e nenhum animal selvagem havia aparecido. Estavam em algum canto dentro da floresta, buscando matar oponentes que traziam algum risco para a competição, porém a ambição de Ryuzaki fora maior, o que resultou no mesmo matar competidor por competidor, ainda atordoados por acordarem na ilha.

Marcus estava preocupado, olhava ao seu redor. Não havia nada para seu parceiro estar tão paranoico. Seu olhar então era desviado para o prisioneiro debaixo da rede metálica a qual o prendia. Aquele loiro havia parado de se debater, estava olhando fixo para Ryuzaki. Era Hiroga, o estranho. O mulato percebeu imediatamente do que se tratava. Era inteligente, analisava seus competidores. O mesmo aconteceu com Ryuuji, durante sua luta. Pelo visto, o louro hipnotizava seus oponentes, de alguma forma. Mas ainda não sabia, já que o rapaz não revelara nenhum Pokémon até agora.

Aquilo não importava, apenas abria um sorriso no rosto, retirando uma arma de fogo de seu jaleco branco. Era uma pistola não automática, coisa bem rara em tal região, já que armas de fogo não eram legalizadas. Ele apontava a arma para Ryuzaki e aguardava um instante, o que chamou a atenção de Katherine, que ainda estava presa à armadilha de urso.


- ‘Mas que diabos?’ – Se perguntava ainda atordoada. Sua perna e cabeça doíam. Tudo graças ao irmão gêmeo de seu amigo. Percebia que sangue escorria em seu belo rosto, porém não sentia muita coisa. Só via tudo embaçado, não escutava nada. Podia ver o rapaz de olhos dourados se debatendo e atacando o nada, mas não estava raciocinando.


Hiroga estava concentrado. Conseguiu o que queria, prendeu Ryuzaki dentro de sua dimensão de tinta.



~>x<~



Aquele local era surreal. Não havia o mínimo sentido, estrutura. Era só um monte de cores liquidas se movendo no ar, uma pintura de aquarela em constante movimento. O moreno estava confuso e sem paciência, queria retornar ao seu estado normal. Queria voltar para a realidade em que seu corpo material se encontrava.

- Loiro maldito! O que fez?! – O moreno se perguntava assustado. Realmente, aquilo havia o surpreendido. Uma hora atrás, estava tudo sobre controle. Iria executar mais dois participantes, pensando que teria a mesma facilidade de antes.

- Ryuzaki... Seja bem vindo. – Hiroga dizia lentamente. Então o rapaz aparecia do nada, em sua frente. Estava tranquilo e não mostrava sentimentos como sempre. Cruzava os braços, e acompanhava um enorme Raikou, que relaxava em cima de uma bolha de sabão gigantesca. – Seja bem vindo a... Dimensão sete.


Ao falar isso, não precisou de mais explicações. Na verdade, não se importava. Sempre pensou com seus punhos ao invés da cabeça. Seu instinto agressivo fazia com que Ryuzaki rapidamente desse uma forte pancada com o pé de cabra no rosto de Hiroga. Fazendo o mesmo cair imediatamente, com uma cicatriz enorme em seu rosto.
O moreno cuspia no corpo caído de seu oponente, que do nada sumia. Havia desaparecido por um curtíssimo momento, e reaparecido na frente do rapaz que o agredira, porém, não possuía nenhum ferimento presente.


-... Isso doeu bast- O louro novamente era interrompido com mais um golpe armado do garoto de olhos dourados, que berrava enquanto avançava em seu oponente.

- Eu vou te matar, filho de uma puta! – Gritava, correndo em direção de Hiroga. O dono da dimensão, no entanto, não fazia nada. Apenas se esquivava com curtos tele transportes, onde todos deixavam um rastro de tinta negra que mostrava o caminho em que percorria.

- Você... É bem teimoso, sabia? – O estranho então estendia seus braços, parando de fugir do rapaz que o atacava. Ao estender seus membros, suas mãos começavam a ficar negras. Se olhasse atentamente, poderia notar as tatuagens tribais em formatos de dragões se movendo por toda sua pele. – Você atacou a minha amada. Agora sofra as consequências! – Berrava mais forte ainda, fazendo com que as veias de seu pescoço saltassem. – Druddigon!


Ryuzaki ficava então parado diante tal golpe. Via inúmeros dragões ilusórios se movendo constantemente, atacando o nada e deixando os mesmos rastros de tinta negra. Antes que pudesse ser atingido pelo golpe fatal, um vulto o empurrava. Salvando a sua vida. Hiroga não percebia. Estava usando toda a sua concentração em manter a dimensão sete intacta, e utilizando o golpe que pretendia matar o moreno. Sua aparência estava acabada. Suava, suas veias, saltadas, pareciam machucar sua pele. Gemia de dor.


- Ah, Ryuuji-San. – O Raikou dizia. Sua voz parecia ser grossa, como de um homem, e ao mesmo tempo fina, como a de uma mulher. Uma voz dupla e serena, que ecoava por todo o ambiente. – Que bom ver você.


Ryuzaki olhava para o lado. Lá estava Ryuuji. O mesmo competidor que morrera no primeiro turno nas mãos do louro. Porém, estava diferente. Sua pele parecia ser feita de tinta, parecia que havia finas linhas dentro da mesma, em constante movimento. Ele havia se transformado numa pintura, parte da dimensão.
Porém, sorria. Parecia que estava feliz em ver um rosto conhecido, mesmo que fosse de um cara que havia lhe dado uma bandejada no rosto em seu último encontro com ele.


- Ryuzaki-Kun. – O mesmo dizia, com o rapaz em seus braços. Havia o salvado, e isso não poderia passar por despercebido pelo moreno, por mais orgulhoso que fosse.

- Ryuuji? Mas que diabos? – Se questionava logo se assustando com um estrondo enorme.


Aquele som fora muito alto. Parecia um som de uma rajada que partia os céus daquela dimensão em dois. Ryuzaki sentia uma forte dor no ombro, seguindo de outros vários estrondos que refletiam na dimensão, destruindo-a por completo. Ryuuji continuava sorrindo, até evaporar por completo. Havia sumido, assim como Hiroga e Raigan-Sama. Quando via, estava de pé na floresta, olhando para o louro. O prisioneiro olhava assustado. Queria matar Ryuzaki, mas não foi ele quem havia feito isso, estava totalmente confuso.








Marcus começava a rir baixo. Estava com a mesma pistola apontada para seu parceiro. Ele seria o responsável pelos tiros.


- M-Marcus?! – O moreno olhava para seu corpo. Rapidamente as manchas avermelhadas se espalhavam pelo tecido de suas roupas. Havia recebido inúmeros tiros que atingiram seus braços, ombros e tórax. Um fino fio de sangue escorria em sua boca, enquanto sua pele ficava pálida.


Podia ver uma leve fumaça saindo da boca da pistola. A mesma não tremia. Marcus, em si, não tremia. Não estava nervoso e nem com receio, atirou confiante. Era o que pretendia, executar Ryuzaki na primeira oportunidade que tinha. O moreno estava trêmulo, sentia seu corpo gelar por dentro. Sua mão direita encostava-se a um dos ferimentos com bala, ficando encharcada de sangue. Dessa vez, queria retirar a esfera que aprisionava Suiguetsu. Não sabia como isso ajudaria, só queria matar o mulato.
Estava sem forças, mal podia ficar em pé. Estava tonto, e não demorou muito para cair de joelhos, o que machucava muito sua perna com a prótese metálica. Ele virou-se para o lado, e viu o rosto de Katherine. A garota estava viva, observando a cena. Não parecia feliz com a mesma, no entanto. Estava assustada.


- Marcus... Seu... Maldito. – Gemia, caindo de bruços. A grama pontiaguda feria seu corpo machucado. Mas não tinha forças para se mover e trocar de posição. No fundo, estava aliviado em estar ali deitado. Seu rosto ainda estava virado para Katherine, e logo fechava os olhos, exausto.








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Mensagem por -Murilo Sex 25 Jan 2013 - 15:58

Olá Rush! Mais um ótimo capítulo, cheio de surpresas. No começo, eu achei que flashback do Ryuzaki seria inútil, mas logo depois eu vi que ele era meio que uma preparação para a suposta morte dele. Estou em estado de choque aqui! Ele era o protagonista não? COMO ASSIM ELE MORREU?????? Tudo bem que ele tava merecendo por ir para o lado criminoso da força, mas a recompensa veio muito rápido! Esperava que ele chegasse a última etapa da competição. Então digamos que ele tenha mesmo morrido, o foco da história muda né. Tem o irmão dele (que eu também acho que não vai chegar muito longe com essa "bondade"), a Katherine, que está ficando bem safadjenha pra quem era tão fechada e não queria ter contatos físicos. E também tem os outros, apesar de não gostar muito deles. AH, e não esqueça da namorada do Ryuzaki, que você deixou ela numa enrascada a uns capítulos atrás, e ainda não disse como ela está. Imagino que ela ficará muito desesperada quando descobrir que o menino lá morreu. Cara, ainda custa acreditar que ele morreu mesmo. De certa forma, desde o inicio da fic, as coisas foram preparadas para isso. Ele não era um personagem muito gostável, então acho que o final dele não podia ser outro. MAS NÃO PODIA SER MAIS PRA FRENTE??? Nem tivemos a chance de vê-lo lutar com o irmão dele? Essa era a luta que eu mais esperava (estou falando tudo isso pra ver se você resolver ressuscitá-lo Razz ).

Bom, continuando, a sua fic continua ótima. Esse capítulo ficou um pouco menor, eu acho, ou talvez tenha tido poucos acontecimentos. É que são vários personagens e eu queria saber como estão todos. Ah, na fic você não explicou como funcionava essa saga na ilha, e eu só entendi porque eu li no Main Post. Eu pelo menos li lá né, mas acho fundamental explicar as coisas na fic.(você só jogou os personas na ilha e não disse as regras u.u). Bom, agora só posso esperar pra descobrir quem os personagens terão que derrotar. Ah! Outra coisa que gostei muito foi a caracterização que você deu aos pokémons da ilha. Mightyenas, Cactunes, deixou-os bem selvagens, até assustadores. Gostei bastante. Bem, boa sorte na sua fic, e até o próximo capítulo.
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Mensagem por Mag Seg 28 Jan 2013 - 1:08

Velho, mas que coisa, não? Juro que eu pensei que ele havia atirado no Hiroga, mas foi no Ryuzaki lol.
Mas, ainda assim, você não disse a palavra que excluiria todas as possibilidades. Ainda há chances de acontecer um milagre doido e ele viver... ou não.

Olha, cara, gostei muito desse capítulo. O flashback ficou excelente, mas apostava que nós ainda conheceríamos muito mais da história sob o ponto de vista do Ryuzaki. Talvez eu tenha me enganado. Apesar de ser, de ter se tornado um personagem tão carrancudo, acredito que ele ainda tinha muito o que mostrar. O flashback nos mostrou que houve uma separação familiar quando os irmãos ainda eram bem pequenos, mas o que a motivou? E será que só isso causou toda a inimizade entre o Ryuzaki e o irmão? Tenho quase certeza que não, algo mais deve ter acontecido. Enfim, espero ver a solução desse problema, mesmo que apenas sob o ponto de vista do Hiyoku.

Quanto ao que o Marcus fez, meio que eu já desconfiava. Eles acabariam traindo-se, era irrevogável. Só o fato deles terem aceitado fazer isso, apontava pra essa traição, eles só esperariam a oportunidade mais propícia. Acredito que o próprio Ryuzaki devia ter isso em mente, não é? Agora estou curiosão pra saber o que acontecerá... Se o Marcus matará os outros dois, se eles fugirão, se conseguirá matar apenas um deles... complex, hein.

Ei, tem alguma coisa lá no início do capítulo que ficou uma confusão! Ao menos para mim. Quando você estava narrando a parte do Okiru e da Haruka, às vezes usava o nome do Hiyoku como se fosse ele fosse o Okiru. Tipo, isso quer dizer que estavam os três juntos ou que você realmente confundiu os nomes? Pois acho que se o Hiyoki estava com eles mesmo, ficou meio sem sentido... Lembro que no outro capítulo, o Okiru encontrou a Haruka e os dois foram juntos para a praia... Dá uma olhada lá e vê o que é. Se é doideira minha mesmo, desculpe. -qq

Encontrei alguns erros, pouquíssimos, mas vou destacar um:
Rush escreveu:O tempo calmo e sereno era invejado em muitos outros moradores de outras cidades
Ninguém inveja em, apenas se inveja por. Se fosse a cidade (um lugar, ex.: "era invejado em outras cidades") que invejasse, faria sentido o em.

Então, cara, o capítulo ficou muito bom e eu estou ansioso para compreender algumas coisitas da trama. Vou esperar ansioso pelo novo capítulo.
Ah! E acho que dessa vez você me venceu... Parabéns! haha Eu ainda cliquei consecutivas vezes no botão "agradecer" mas não deu nada! Foi aí que descobri que só dá para agradecer um comentário - por página ou por tópico, ainda não sei. Só sei que fiquei muito frustrado, cara! Você merecia. *-* haha

Abração, até!

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Mensagem por DarkZoroark Seg 11 Fev 2013 - 17:18

Rush o/
Cara, eu to começando a perceber que tu é muito malvado com os seus personagens. Quando mostras que o diabo tem coração, dá um tiro nele. Aí tu acaba comigo... Mas enfim, o capítulo foi ótimo. O flashback ficou bem legal. O Ryuzaki já era um diabinho quando criança, hein? Tipo, o Totodile recém havia nascido e ele já queria transformá-lo em uma máquina de matar?
Devo dizer que a dimensão sete/área 51 é mais misteriosa do que eu pensava. Tipo, o Ryuuji estar ali quando já bateu as botas é meio estranho. Essa dimensão prende a alma das pessoas que sucumbem em seu interior ou é só impressão minha? Anyway, estou gostando cada vez mais do Hiroga.
Eu acho que o Ryuzaki não morreu ainda, afinal, guerreiro do jeito que é... depois de perder uma perna, talvez tenha sobrevivido as balas. Acho pouco provável, mas a esperança é a última que morre (PS: Marcus é um filho da [palavra censurada]).
Erros eu não achei nenhum (pelo menos até ter lido o comentário do MaGmorTar) e sua escrita e narração estão cada vez melhores. Enfim, aguardo pelo seu próximo capítulo.

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Mensagem por Rush Seg 25 Fev 2013 - 15:55

@Murilo: Murilo! /o/UAHEUAHE' Faz tempo que eu fiz esse capítulo, não me lembro direito... Muito obrigado, essa foi minha intenção nas criaturas da ilha.. Deixá-las... Únicas, sei lá. Algo que eu gosto muito é a singularização de tudo. Gosto da palavra 'único', é uma caracterização boa, não acha? Haha, muito obrigado, continue lendo!

@MaGmorTar: Mag! *-* Desculpe, eu perdi um capítulo de sua fic... Fiquei um tempão sem escrever/ler, mas agora eu estou de volta. Prometo que ainda hoje irei ler e comentar tudo. Muito obrigado! Na verdade, acho que agora está claro o que está se passando na ilha... Haha Muito obrigado, continue lendo!


@DarkZoroark: DZ! /o/ Não queria falar, mas sim. Essa dimensão prende a alma de todos que morrem dentro dela. É uma forma de energia, ou combustível criada por Hiroga para manter Raigan-Sama vivo. Well, isso será explicado melhor no futuro... Haha. Muito obrigado, continue lendo! E poxa, eu sou tão bonzinho.... AEAYUEHAU


~>x<~


Issae, não desisti não. Só estava com preguiça... Well, tenham uma ótima leitura!




~>x<~



A noite prevalecia na ilha, junto aos ventos e trovões que rasgavam os céus. Parecia que uma enorme e furiosa tempestade estava chegando, para a infelicidade de todos os sobreviventes da competição. Relâmpagos iluminavam a floresta com flashes de luz, era a única forma de poder seguir o caminho com os olhos, já que as copas das árvores bloqueavam os fracos raios lunares.

Estava ventando muito, e trovejando equivalentemente. Porém, não havia chuva. Parece que a mesma ainda não havia chegado. Aquilo, no fundo, era um péssimo sinal para os treinadores sem água potável, pois não iriam ter o que beber.

~>x<~



G O N R Y U – OS CINCO DRAGÕES


Volume Terceiro – Memória.



Capítulo Décimo Quinto



[Akari]

A jovem estava com frio, mesmo agasalhada. Havia distribuído seus pontos no primeiro turno com cautela, fazendo a distribuição valer a pena. Comprou os suprimentos necessários para sobreviver em mais de duas semanas na ilha, e ainda sobraram pontos para comprar um casaco de lã roxo.
Não precisava de armas. Não com seu Espeon presente. Graças ao felino rosado, a jovem pôde evitar encontros desnecessários com muitos treinadores desesperados e criaturas selvagens, o que poderia causar muitos problemas.


- Mikki-Chan! – Reclamava, como sempre. Espirrando. Sua voz irritante e alta era abafada com o som do vento soprando pela copa das árvores. Estava muito barulhento. De qualquer forma, era um bom sinal.


O Espeon nem dava atenção. Como sempre, ele liderava o caminho, com seus instintos paranormais. Podia prever um curto período de tempo no futuro, o suficiente para se esquivar de golpes e fazer algumas decisões. Porém, essa habilidade não era suficiente o bastante em fazer o felino imortal.

A garota apenas reclamava de nariz escorrendo. Não podia ser entendido nada que falava por estar fanha e por causa do som do vento sobrepor sua voz. Estava entediada, cansada e queria sair daquela floresta. Impaciente, como sempre. O pequeno Espeon não lhe dava resposta alguma, nem olhava em seu rosto. Suportava sua dona, mas não era obrigado em aturar suas crises de reclamação.

De repente, a criatura rosada parava caminhar, e começava a rosnar. Sua cauda de ponta dupla apontava para trás, dando sinal para sua treinadora, que bufava de mal humor.


- Porra, quem tá seguindo a gente? – Perguntava ainda fanha. – Se quiser batalhar com a gente, esqueça. Estou dando uma chance pra você fugir, seu merda.

- Acalme-se. Não quero problemas. – Uma voz respondia, de dentro de alguns arbustos. Era Hiyoku, que pelo visto, seguia a jovem pela intuição de seu Pokémon, fazendo um caminho curto e seguro para o centro da ilha. – Apenas quero evitar problemas, apenas isso.


De início não acreditara no rapaz. Estava desconfiada, é claro. Como poderia confiar em algum competidor faminto ou com sede? Tudo bem que essa seria a primeira noite na ilha, mas não iria se arriscar com um rapaz tentando roubar seus suprimentos. A garota então fazia uma careta, e apontava para o rapaz de cabelos morenos.


- Como posso confiar em você, hun? – Fazia uma pausa, para dar uma fungada e evitar que seu nariz escorresse mais. Passava a mão no mesmo, para aliviar a coceira que o resfriado lhe trazia. – Como sei que não vai tentar me roubar, ein?

- Hah. – Hiyoku ria de olhos fechados, saia do arbusto com cuidado, mostrando que não tinha interesse em uma luta desnecessária. – Se quisesse te roubar, teria feito isso há muito tempo. Tanto que seu Espeon não me previu lhe atacando, já que não pretendia fazer o mesmo.


Ao parar de falar, Hiyoku estalava os dedos, fazendo com que abaixo do solo, uma criatura anfíbia dá-se um grande salto de mais ou menos um metro de altura, mostrando que estava seguindo seu mestre no subsolo.

Era um anfíbio azul-escuro de papo roxo. Bípede, possuía uma garra afiada rosada no meio de seu punho. Um Toxicroak, com um olhar amarelado e vazio, apenas seguindo ordens de seu fiel e carinhoso mestre.

Ao mesmo sinal, uma tarântula parecia seguir os mesmos comandos, descendo suavemente de um galho de uma grande altitude, por meio de um fio de teia eletrificado. A tarântula estava de cabeça pra baixo enquanto descia devagar, até poder pousar no chão, ao lado de seu mestre.


- Creio que estou em vantagem, não? – Ria suavemente. – Veja, tenho meus próprios suprimentos, e você tem os seus. Não iremos dividir a menos que você queira. Só quero chegar ao centro e sair deste pesadelo.


Haruka olhava desconfiada. Porém rapidamente se lembrava de Hiyoku. Ele seria o único competidor que não matou o seu oponente. Logo recebendo menos pontos. Um raciocínio rápido em sua cabeça mostrava que ele realmente não teria coragem de matar alguém, mas não iria confiar no mesmo, já que os seus pontos em número inferior fariam seus poucos suprimentos acabarem mais rápido.

Ela então olhava para seu Espeon, confusa. E via que o pequeno felino não demonstrava cautela e nem agressividade. Estava segura que o jovem não iria tentar nada para prejudica-las.


~>x<~

[Hiroga & Katherine]


A noite tensa parecia não ter fim. Já bastava ser atacada por Pokémons selvagens, ainda por cima teve o grande azar em ter encontrado Ryuzaki e Marcus. Obviamente, sabia que nada de bom viria com a dupla. Tinha que admitir que ficara totalmente assustada com o ato de Marcus em ter dado vários tiros em seu parceiro. Aquilo a pegara totalmente de surpresa.

O vento frio da noite deixava-a em transe com o corpo caído do moreno. Sua camisa já estava banhada com o sangue de seus ferimentos, porém o rapaz ainda respirava agitadamente, e com pequenas convulsões, mexia seu corpo em pequeno raio de mobilidade, devido estar inconsciente.


- Katherine! – Hiroga gritava desesperado. O louro, ainda preso em baixo da rede metálica tentava se debater para sair, como um peixe fora d’água. Era inútil, não tinha forças para se soltar estendido de tal forma.


A bela garota levava um susto com a chamada, logo percebendo a grande dor em sua canela, retornando a realidade. Estava presa a uma armadilha de urso, onde a mesma tinha dentes afiadíssimos perfurando sua pele e carne. Qualquer mero movimento fazia uma dor horrível se espalhar em sua perna. Gemia, tentando abrir a boca da armadilha. A sensação das pontas deslizando-se de dentro de sua carne era horrível. Não tinha mais forças, fazendo-a se fechar novamente. Seu grito de dor mostrava em quão bruta e forte a armadilha era.

Estavam então os três ali parados, sem aonde ir. Presa fácil para criaturas carnívoras que vivam nas proximidades. Não demorou muito para duas órbitas púrpuras encobertas de fumaças de uma cor mais forte flutuar até o local. Eram Gastlys.


- Katherine! – Hiroga berrava, fazia muito esforço para sair de onde estava, porém todo tal esforço era inútil. – Se livre e fuja daqui! Elizabeth!


A jovem ficava confusa com o nome dito, mas aquilo em sua mente parecia não importar mais. Uma forte carga de sentimentos era bombeada de dentro de seu ser. Aquilo fazia Katherine sentir arrepios, um calor emanar em suas veias. Estava com força de vontade o suficiente para tentar novamente em se livrar e fugir.

Os seres fantasmagóricos notavam a presença de suas futuras presas indefesas. Assim, dois olhos totalmente brancos surgiam em meio de tais órbitas. Parecia que os esféricos eram feitos também de fumaça. Rapidamente flutuavam para Ryuzaki. Faziam uma grande quantidade de fumaça roxa envolver o moreno, que sem poder se defender, começava a ter uma convulsão.


- Hiroga! – A bela dizia ainda aos berros ao tentar abrir a boca da armadilha. Conseguindo se soltar com dificuldades. – O que diabos é você?! – Se questionava furiosa. Estava ofegante, ainda com a gama de sentimentos sendo bombeados em seu corpo.

- Elizabeth, expulse-os! – Ignorava Katherine, ordenando tal ser invisível que fazia os seres fantasmagóricos emitirem um chiado grotesco, de medo, e rapidamente fugirem do local.


Ryuzaki, ao se livrar daquela fumaça, respirava com força. Em resultado de tudo, abria os olhos, assustado. Estava em choque e pálido. Pelo visto, os Gastlys estavam o consumindo aos poucos, por dentro. Se alimentando de sua energia vital. E por sorte, o moreno fora salvo bem a tempo de ainda poder respirar. Por ter usado muita energia, a silhueta de uma mulher transparente surgia em cima de Hiroga. Parecia uma senhorita trajada de um longo vestido, que cobria bem além de seus pés. Cabelos curtos e estatura baixa. Magra de braços finos.

A mulher então caía, sem ter poder o suficiente para levitar. Em consequência, não ficava mais transparente, mostrando seus cabelos verdes, seus olhos vermelhos, e por fim, o seu longo vestido branco.


- Elizabeth! – Hiroga ficava assustado. Naquele meio tempo, havia demonstrado sentimentos que nunca havia deixado pista de que existiam. Em toda a competição, fora a primeira vez que mostrava ser humano, que sentia.


Katherine estava com a canela sangrando e doendo muito. Sentada, não tinha forças para se levantar. Só via a confusa cena, em que tal mulher estava deitada no louro. Também sem forças. Ryuzaki, ao ser recém-atacado, voltava a ficar consciente novamente. Levantava seu torso, tossindo sangue. Aquilo era inacreditável aos olhos das duas vítimas. O moreno ainda estava vivo.


- Marcus... Seu filho de uma puta! – Seus olhos de íris douradas estavam cheias de ódio, o mesmo ódio que seu coração bombeava o sangue que percorria em suas veias, aquecendo seu ser. Seu corpo tremia ainda fraco. Estava tonto, ferido e não conseguia raciocinar direito. Olhava ao seu redor, e via Hiroga e Katherine olhando assustados para o seu ser.


Levantava-se com muitas dificuldades. Cambaleava e estava encharcado do próprio sangue. Era simplesmente um milagre ainda não ter falecido de hemorragia. Um milagre maior estar de pé, provável consequência do contato sobrenatural com um Gastly. Criaturas que eram totalmente compostas por energia vital.

Parecia um bêbado, segurando o pé de cabra, ainda manchado com o sangue de Katherine. Encarava a jovem, ainda sem forças para fugir. Estava paralisada de medo e trêmula, segurava a terra úmida para jogar no rapaz, se fosse necessário.

Ryuzaki se virava e sorria, querendo mostrar que estava com forças o suficiente para voltar a agir normalmente. E com isso, avançava um passo torto, se aproximando da jovem.


- F-Foi mal... – Dizia em palavras roucas e gemidas. Realmente estava muito grato por ter sido salvo por Hiroga, porém não sabia das reais intenções do loiro. Sem forças, novamente cai inconsciente. A energia que havia compartilhado com ambos os Gastlys havia sido mera e insuficiente para ficar de pé por muito tempo.


Katherine se arrastava pela terra, sujando suas mãos e pernas. Aquilo doía, mas estava acostumada em sentir dor – tanto física como emocional – e então finalmente chegava perto do competidor que tentara a assassinar. Colocava a mão em suas roupas, vasculhando algo, até achar uma barra de cereal e um facão serrilhado.


- K-Katherine... V-Vai me ajudar a sair daqui? – Hiroga se questionava, ainda com a mulher desmaiada em cima de seu ser. Estava assustado, e trêmulo. Realmente o clima de tal ilha era muito frio para manter-se calmo.


Com um olhar gelado, a moça apenas jogava o facão para o estranho. Ele não podia se mover facilmente para adquirir a arma branca e assim se livrar da rede, mas se esforçava para conseguir pegar a mesma. Sua respiração inquieta era surpreendente, já que não era natural para Hiroga. A bela então desviava seu olhar para os canos metálicos que havia visto anteriormente, antes de se encontrar com Ryuzaki e Marcus. Analisava o local, já que os canos eram avulsos, não teria nenhum local que os levasse para serem utilizados. Aquilo era muito estranho.

Tentando pensar rápido com a noite se aprofundando e o clima esfriando, ainda com o tornozelo doendo infernalmente, a jovem pegava uma pedra próxima dali e com toda sua força, tentava jogar no cano, com intuito de quebrar e ver se saía água pura ou algo do gênero.

Por estar fraca, a pedra não seguiu a rota pretendida, e acaba voando para o lado do cano, em uma árvore enorme. Aquilo foi frustrante para a bela em seu primeiro pensamento, mas se assustava com um som elétrico, vendo que a pedra havia atingido uma espécie de ‘campo magnético’.

Por um momento muito curto, aquele mesmo campo parecia falhar, mostrando que havia uma cabine presa entre as árvores, enorme. Pelo visto lá estavam câmeras e até pessoas vendo o decorrer do evento, que naquele momento, estavam assustados ao ver que o campo magnético que as protegia havia falhado por um curto período de tempo.



~>x<~


Não, Gastlys não são dementadores.



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Mensagem por -Murilo Seg 25 Fev 2013 - 21:44

Finalmente ein! Vamos lá. Aos poucos a gente vê como anda o povo pela ilha. Mas uma coisa que eu reparei, não sei se foi furo seu, ou eu que não entendi direito, mas a Akari e o outro rapaz já tinham meio que se preparado pra segunda fase, comprando coisas e roupa, mas nuns capítulos atrás, não me lembro direito, eu li que eles foram trazidos de surpresa pra ilha. Uma parada de gás, ou coisa assim (ce demora pra postar eu esqueço das coisas pow), não sei. Mas acredito que todos já sabiam como funcionava as fases da competição. Só achei estranho foi só essa parte deles se prepararem sendo que foram trazidos até meio contra a vontade.

Continuando, MWUAHAHAHAHAH sabia que o Ryuzaki não morreria assim tão facilmente e rapidamente. Meio estranho essa maneira dele sobreviver, usando um pouco da energia dos Gastlys. E ele levantando todo esbagaçado ainda, parecendo quando acontece aquelas lutas intermináveis em animes/mangás que o protagonista leva mó porrada e ainda se levanta (alá saint seiya). Mas enfim, ele ainda não escapou da morte. Vamos ver como ele se livrará das hemorragia. Uma coisa que estranhei é pra onde foi o Marcos? No cap anterior ele só atirou no cara, e nesse ele nem apareceu. Ele correu ou o que foi que aconteceu, já que você só falou dos outros três. Enfim, agora é só esperar o próximo cap, mas por favor, não demore muito. Ah, outra coisa. Essa Elizabeth parece ser muito importante para o Hiroga. No início eu pensei que era uma gardevoir com cabelo hahaha, mas sei lá, deve ser uma mulher mesmo. Se ela estava invisível talvez tenha algo a ver com o poder da outra dimensão. Bem até.
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Mensagem por DarkZoroark Ter 26 Fev 2013 - 22:06

Rush o/
Gostei bastante do capítulo. Yay!!! O Ryuzaki não morreu... Pelo menos, ainda. E quem diria que eu acertaria sobre a Dimensão Sete? Isso me levantou mais algumas dúvidas, pois agora eu estou ainda mais duvidoso de que o Raigan-Sama seja um Raikou. Para mim ele é algum Pokémon fantasma que tomou o formato da espécie por pura conveniência OU é um que morreu enquanto estava na dimensão.
Me direcionando agora ao capítulo em si, assim como o Murilo achei bastante estranho o fato de que o Marcos não apareceu nesse capítulo, já que quando o anterior acabou ele estava em cena. Me deu a impressão de que a cena se desenrolou algum tempo depois do ocorrido e não logo em seguida - se bem que acho que foi isso mesmo que ocorreu. Acho que ficou bem legal a "aliança" entre a Akari e o Hiyoku. Sei lá, acho que os dois são os mais "normais" que estão no torneio. Ela também me parece ter um conhecimento mais elevado do que os outros, já que se equipou com alguns armamentos e suprimentos que certamente virão a calhar no caminho até o centro da ilha. Mas achei ela meio mesquinha por pensar que a menor quantidade de pontos do Hiyoku será uma desvantagem para si mesma.
Quanto à Katherine e o Hiroga cada vez mais começo a notar um clima romântico entre os dois - se bem que me parece que é ele que está interessado. Então o Pokémon que ele usou durante a primeira fase foi a Elizabeth invisível - aliás, primeira vez que vejo uma Gardevoir com a habilidade de invisibilidade. Não entendi como que ela ficou tão debilitada ao atacar os Gastlys e como o Ryuzaki ficou tão forte ao ser atacado pelos mesmos. Me pareceu que houve uma espécie de transferência de energia entre eles.
Erros eu não encontrei nenhum e como sempre sua escrita está exemplar. Sério. Se não for a melhor é com certeza uma das melhores aqui do fórum. Vou ficar no aguardo do seu próximo capítulo. ninja

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Mensagem por Pokaabu Dom 3 Mar 2013 - 20:52

Oi Rush beleza?

Enfim, cá estou eu na incumbência de analisar os últimos dois capítulos. Bom, vou ser sincero com você, eu terminei de ler esses capítulos e pensei? Cara, o Rush já foi melhor. Corri nos primeiros capítulo e constatei o que estava pensando. Bom, cara, isso acontece com todo mundo, acontece comigo demais, não que os capítulos estejam ruins, eles não estão ruins, mas você pode mais que isso, eu sei que pode.

Falando da história em si, só eu percebi que ele atirou no Ryu pra tirar ele da dimensão? '-', Katherine como sempre divando, apesar de eu achar esse relacionamento dela com o Hiroga meio abrupto, tipo "ele comeu ela e ela ja é a amada dele", bom, a tá, lembrei, eu gostei muito do flashback do Ryuzaki, principalmente dessa parte aqui:

- Eu te amo mais, mamãe! – Então se virava e saia correndo com o vento. Ainda na beira da praia. Sua mãe apenas via a cena, já que o garoto queria chegar naquele lugar que combinaram o mais rápido que podia. Estava muito feliz, mesmo sem seu marido e com o seu filho viajando para outro continente, ela amava demais Ryuzaki. Estava feliz por poder passar tanto tempo com ele.

Muito fofa essa parte, e ainda é totalmente condizente com a idade do personagem. Smile

Bom é isso Rush, até o próximo capítulo.

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Mensagem por Mag Seg 11 Mar 2013 - 14:39

Demorei. Mas cheguei.

Hoje estou sem ideias na cabeça, é provável que não saia um comentário como os outros.

Imaginava que o Ryuuzaki não morreria assim. Seria abrupto demais. Claro, ficou bem estranha e confusa mesmo aquela parte toda do Hiroga e essa tal de Elizabeth, que WTF? Que coisa é essa? A bicha ainda fica caída em cima do moleque. Eu ri. E a Katherine desconfiou alguma coisa que eu ainda não peguei completamente, então sentiu repugnância dele. Gostei disso. Esse Hiroga já estava se achando demais. O melhor, para mim, foi aquela quebra de falta de sentimento que houve, tanto com ele quanto com a Kat, mas especialmente com ele. Só parece sentimentalismo dissimulado. Nécas. Amei isso tudo desencadear na solta da franga (a Elizabeth, claro; não pense outra coisa).

A dona do Espeon é muito interessante. Gostei dela desde que a vi pela primeira vez. E esse capítulo em especial, onde ela fica tentando limpar as cacas e remelas de catarro do nariz dela e enchendo o saco da sua Pokémon, que aparentemente já enjoou da forma de agir da dona. Veremos no que vai dar essa união entre ela e o... aquele lá. Nome complicado. Sorry. A forma de pensar dela é estranho, mas eu gostei. (:

Você está voltando a cometer aquele negócio chato de usar "mesmo" e "tal" desnecessariamente. Um dia vou conseguir te explicar exatamente a sensação que isso causa no leitor. Vou dar só um exemplo desse capítulo.

Rush escreveu:Realmente o clima de tal ilha era muito frio para manter-se calmo.
Diga-me, qual a necessidade desse "tal"? É "o clima da ilha" e pronto. Não precisa dizer que a ilha é a tal, ou que é a mesma. Já sabemos disso.

Então, é só isso. Estou meio sem coragem pra discorrer sobre todos os traços étnicos e de personalidade dos personagens hoje.

Até o próximo capítulo, Rush.
E vê se esquece aquela tal de Gyarados Voador. ú.u

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Mensagem por Rush Qua 20 Mar 2013 - 1:29

@Murilo: Muito obrigado! Então rapaz, é o seguinte. Todos participantes sabem que irão descer na ilha, e geralmente todos desembarcam juntos e seguem o seu rumo, mas o Dracco é um fdp, e quis fazer essa de todos serem drogados e acordarem em pontos distintos da ilha. Isso será explicado mais futuramente, então peço paciência haha. Sobre o Marcus, foi erro meu. Eu tinha escrito que ele haveria roubado os suprimentos dos três e ido embora para os pobres morrerem nas presas dos Gastlys, mas acho que apaguei sem querer e acabei postando... Desculpa! Muito obrigado e continue lendo!

@DZ: Muito obrigado! Fico muito feliz que esteja gostando. Como disse anteriormente, foi descuido meu. Acabei deletando a cena do Marcus sem querer, peço que aceitem minhas sinceras desculpas. Sobre o Hiroga, ele realmente gosta de Katherine, mas não é reciproco. Ele apenas a manipulava com a ajuda da Gardevoir, tudo isso vai ser MUITO explicado no próximo capítulo. No tal, muita coisa irá se esclarecer, e é onde vai começar uma nova 'saga'. Muito obrigado, continue lendo!

@Pokaabu: Muito obrigado! Peço desculpas, eu realmente desanimei legal para escrever esses últimos capítulos. Mas prometo que irei tentar melhorar. Sobre Marcus, não, ele realmente queria matar o Ryuzaki. Tudo será esclarecido, tudo mesmo. Tanto que Rehza e Ryuuji ainda terão efeito na história. Eu realmente vou tentar melhorar, e espero que você continue lendo para avaliar se eu melhorei ou não, haha. Sobre os flashbacks, eu irei voltar com os mesmos no próximo capítulo. Só avisando que nesse espaço de tempo, eu irei postar um flashback avulso. Muito obrigado, continue lendo!

@Mag: AUEHUAEH' Muito obrigado! Well, realmente acho que irei parar com aquela do Gyarados Voador. Foi apenas o impulso de uma aposta mal sucedida que não levará a lugar algum. Muito obrigado, fico feliz que tenha gostado e notado tudo que está rolando entre Hiroga e Katherine. Não é culpa da garota, ela foi apenas manipulada, logo iria considerar que ela foi estuprada novamente. E a Akarai é legal, só não é brilhante quenem os outros. Pena que ninguém gosta da Mizuni :c Eu gosto dela. Muito obrigado cara, vou tentar corrigir essas repetições chatas. Muito obrigado e continue lendo!


~>x<~



Well, é isso. Esqueci da cena do Marcus e peço desculpas. Peço que, por favor, continuem lendo. Pois esse capítulo será a ponte que ligará o destino de quase todos os personagens. Mostrará uma coisa que será muito importante.

Agradeço a todos que estão lendo. De coração, muito obrigado! tenham uma ótima leitura!




~>x<~







[Mizuni]


Fazia horas que estava ali deitada no chão, sentindo os respingos de chuva molhar o seu ser sem forças. Aquele corte havia sido profundo e ter no mínimo, quebrado uma ou duas costelas, a dor era insuportável. Seus cabelos lisos e alaranjados pareciam estar sem vida e bagunçados. Cobriam o seu belo rosto, enquanto de seus olhos cor-de-mel, só saíam lágrimas. Já não havia esperança, não havia a alegria que sempre tinha. Estava desesperada, agonizada e preocupada com seu amado, Ryuzaki.

Em seu lado, estava o seu poderoso Samurott, que em guarda, protegia sua treinadora com sua própria vida. E é claro, estava acompanhado do pequenino Emolga, que planava de galho em galho para trazer frutas doces à sua mestra. A chuva apenas ficava forte, junto aos seus pensamentos negativos.


- Ryuzaki... Kun. – Gemia, virando o seu corpo de barriga para cima, recebendo as gotas geladas da chuva em seu rosto, limpando o mesmo do barro e da sujeira que se prendiam em sua bela face.


Aquele momento sentia que tudo havia acabado. A harmonia da chuva que caía a relaxava, pelo menos. Estava em paz, sentindo-se relaxada. A dor parecia estar passando, assim como seus problemas. Seus olhos ficavam pesados e sonolentos. Seu Samurott ficava preocupado. Aproximava-se baixando sua guarda, para chegar sua mestra. A empurrava com seu focinho rosado, querendo que a jovem desse alguma reação positiva e levantasse. O mamífero azulado estava com muita preocupação em seus olhos avermelhados.

De repente, um vulto o atingia numa velocidade incrível, invisível em primeira vista. A investida seria tão forte, que a lontra berrava e caía de lado. Havia sido atacado por mais um daqueles Scythers Zumbidores. O inseto verde fincava sua longa lâmina por completo no corpo forte do Pokémon aquático, fazendo grande quantidade de sangue jorrar.

Mizuni levava um susto com a cena, se levantando com muita dor. Ainda tinha forças para se levantar em momentos de puro desespero como esses. Talvez fosse a adrenalina de ver a morte a cumprimentando. Vendo a cena, se assustava. Era um bando de três Scythers da mesma espécie que havia a atacado horas atrás. O trio parecia estar caçando, e seu Samurott era a presa desta vez.


-Hizashi-Chan! – A bela gritava assustada e trêmula. Lágrimas de sofrimento escorriam em sua face pálida e chocada, vendo tal evento violento que ocorria diante de seus olhos. Os insetos tentavam fincar suas finas e longas lâminas em pontos vitais e fatais do mamífero, que se protegia com uma de suas enormes espadas de marfim.


O grunhido de dor junto ao choro histérico da lontra fazia o Emolga sair correndo quadrúpede para se proteger daquilo. Sabia que não tinha escolha. Mesmo não querendo, teria que fugir para poder sobreviver. Deveria deixar seu fiel companheiro para trás se quisesse viver, usando seu cadáver para distrair os grotescos Scythers.


- Me desculpe Hizashi-Chan! – Berrava com choros histéricos. Corria com muita dificuldade enquanto uma poça de sangue começava a se espalhar pelas bandagens em sua cintura, o que significava que a cicatriz no local havia se aberto.


As dores – ambas emocionais e físicas – eram horríveis. Nunca havia tido tão horrível experiência como perder o seu fiel companheiro. Estava cansada e sem folego, mas não poderia parar. Apenas escutava os gemidos de dor de seu Samurott, enquanto o Pokémon já desistia de lutar, sabendo que sua treinadora estava segura. As lâminas dos insetos fincavam o seu corpo. Aquilo era uma dor insuportável, mas não parecia mais tentar escapar, aceitando a sua morte. Sabia que a sua mestra estava a salvo, e para a lontra, aquilo era uma missão concluída.

Os invertebrados esverdeados então começavam a se alimentar, rasgando a pele coberta com um pelo azulado apenas com suas mandíbulas. Não demorou muito, as respirações aceleradas e doloridas do Samurott paravam aos poucos. Logo sendo por completo. Finalmente morria, se livrando da dor.


~>x<~



G O N R Y U – OS CINCO DRAGÕES


Volume Terceiro – Memória.



Capítulo Décimo Sexto




[Katherine, Ryuzaki & Hiroga]



A garota estava tonta. Seu estômago doía. Mesmo orgulhosa, não poderia negar que estava faminta. Sua canela não ajudava. O sangue escorria junto à dor que a avisava que não iria poder andar por algum tempo. As cicatrizes eram profundas. Ao seu redor, estavam o corpo desmaiado de Ryuzaki e o imobilizado de Hiroga, que ainda por cima, teria uma Gardevoir deitada em seu ser.


- Katherine! O que está fazendo?! - O loiro gritava. Estava desesperado, como nunca havia ficado. Debatia-se, gastando toda a sua força. Aquela rede metálica era muito pesada, realmente era impossível de se livrar sozinho. De fato iria precisar da ajuda de Katherine e Ryuzaki.


A jovem ignorava. Estava farta das manipulações do rapaz. Agora tudo fazia sentido, ele controlava as suas emoções usando os poderes psíquicos de uma mulher. Uma Gardevoir. Aquilo não importava, estava concentrada no campo magnético que parecia proteger uma área especial dentre as árvores. Com dificuldades, se abaixava de segurava mais uma pedra, que dessa vez, estava encharcada por causa da chuva. As gotas da garoa que soava na floresta auxiliavam a bela em encontrar o local, já que as mesmas eram refletidas pelo campo de força.


- Ryuzaki-Senpai. Está acordado? – Perguntava, sem resposta. Ela lentamente se aproximava receosa, mexendo no corpo caído do garoto. Não tinha resposta, o rapaz ainda parecia estar inconsciente por causa dos tiros.

Ela caminhava cambaleando com muita dor, até se aproximar daquela gigantesca árvore, onde teria um lugar oculto que chamara a sua atenção. Ficava olhando fixamente com um olhar cheio de lágrimas esperançosas, crendo que alguém estivesse ali para ajuda-la. Salvar sua vida assim como a vida de Ryuzaki, que poderia ser bem útil. Ela não desperdiçava palavras. O silêncio já podia dizer tudo. Caía de joelhos então, perdendo totalmente suas esperanças, vendo que dessa vez tudo estava acabado. Se na primeira noite estava daquele jeito, nas próximas noites iria morrer certamente.

Tirando o fato de Marcus ter roubado os seus suprimentos, deixando os três jovens para morrer, ainda teria de aguentar aquelas horríveis sequelas que Ryuzaki causara no golpe com o pé de cabra que havia dado.


- Nos ajudem… - Ela murmurava, deixando uma ou duas lágrimas escorrerem. Não podiam ser notadas graças à chuva que caía em seu rosto. Mas suas expressões de sofrimento já eram o bastante para perceber a dor que a garota sentia. Ela deixava a rocha que segurava cair então, desistindo de esperar algum milagre salvá-la.


[...]


O local era agradável. Parecia um pequeno quarto de hotel, com as paredes, pisos e teto brancos. Os móveis eram da mesma cor, onde o ambiente era refrescante devido ao ar condicionado instalado no canto do cômodo. Um homem parecia estar lá assistindo a cena num grande monitor. Observava todas as cenas que se passavam naquele perspectivo lugar, que por coincidência, haviam acontecido justamente ali, próximo de uma das inúmeras bases da ilha.

O homem já era adulto. Cabelos negros com fios grisalhos nas laterais lhe davam certo ar de respeito. Estava trajando um colete de lã, que parecia ser feito caseiramente. E por fim, estava acompanhada de uma mulher que aparentava ter a mesma idade graças às poucas rugas em seu rosto. No entanto, seu cabelo era belo e louro, mostrando que aquele casal vivia bem.


- Stephen... – A senhora tentava argumentar, sendo logo interrompida.

- Dracco não está sendo honesto nesta competição! Aquele garoto acabou de usar uma arma de fogo, o que é proibido! – Suas palavras pesadas ecoavam pelo local, dando um peso também ao ambiente. Ele passava ambas as mãos em seus cabelos curtos e penteados, os bagunçando respectivamente.

- Mas você não tem nada a ver com isso! – Se debatia, colocando uma de suas mãos no ombro do marido.

- Eu tenho tudo a ver com isso. Não é honesto, não está nas regras. Não seria humano eu deixar aqueles três morrerem injustamente! - Dava uma pausa, virando o rosto novamente para o monitor. Percebia que Katherine estava de cabeça baixa, havia desistido de lutar contra o impossível.

- Aquele moleque... Ele vai nos matar, Stephen. – Sua voz rouca era baixa e séria. Realmente, tinha um bom argumento, visando na natureza agressiva de Ryuzaki. O que o moreno iria pensar ao acordar num lugar daqueles junto a pessoas que trabalhavam com Dracco?


O homem então se levantava da cadeira em que estava sentado. Estava pensativo e um tanto desesperado em fazer a escolha certa, logo caminhava de um lado para o outro com uma de suas mãos tapando sua boca. Após algum momento, uma pequena garota saía de um quartinho ali no canto, talvez menor pela sua idade, sendo o suficiente para o seu conforto. Era bela, usando um pequeno vestido de ceda rosa, que parecia servir como camisola. Seus cabelos eram louros e belos, assim como os de sua mãe. Ela bocejava, se espreguiçando.


- Papai... Quem é a moça bonita no computador? – Perguntava inocentemente, continuando a esfregar seus olhos. Ela se aproximando, ficando confusa pelas expressões tristes que Katherine demonstrava que estava abraçando seus joelhos para tentar se proteger da chuva ou de qualquer outra coisa. – Porque ela está assim?


Stephen então olhava para sua filha, sem uma resposta boa o suficiente para deixa-lo com a consciência tranquila. Então passava uma de suas mãos em seu rosto, querendo se conformar com o fato de que não iria ser humano deixar três adolescentes naquele local para morrer, porém seria um homem morto se os ajudasse.


- Melody, querida... – Um tom baixo e serio chamava a atenção da pequena. Não conseguia raciocinar naquele momento. Apenas olhava para o lindo rosto de sua pequena filha, que se aproximava e dava um abraço em seu ser.


Baixava então a sua cabeça. Imaginava se fosse Melody que precisasse de ajuda, sendo que seria totalmente injustiçada e incapaz de poder sobreviver naquele estado.




[Dracco.]



Sentava em uma espécie de trono negro, forrado com algumas almofadas vermelhas, mostrando que o sádico ainda teria certo senso de estilo. Ele brincava com dois pequeninos dados que se moviam entre seus dedos, ao mesmo tempo em que chacoalhava uma pequena taça de vinho tinto na outra mão. Seus olhos vermelhos estavam fixados em uma das inúmeras telas que extavam fixadas no painel de sua parede. Não parecia nada satisfeito do que via, demonstrando desgosto em sua face.


- Algum problema com os garotas, Mein Führer? – Zero se aproximava com sua voz metálica, como sempre com seu sotaque alemão. Dava passos como um soldado, se virando com total precisão. Seus movimentos em si, eram sempre precisos, já que foi programado com esse intuito.

- Sim, Zero. – Dracco suspirava, dando uma pausa para dar um gole de seu vinho. – Pelo visto, Stephen não vai ser... Como podemos dizer? Fiel a nós.

- Wie so? – Perguntava, enquanto focava seu visor esverdeado para seu mestre. Curvava-se então, aproveitando e dizendo em voz baixa. – Você querer minha ajuda?

- Não, não. Ainda não, meu amigo. – O homem de cabelos brancos ria, vendo a fidelidade de seu companheiro. Ele então terminava de beber o vinho de sua taça, e colocava numa mesa a sua frente. – Vamos ver o que a sorte diz para eles. – Abria um sorriso demoníaco, jogando os dois mini dados de suas mãos em cima da superfície de madeira de seu móvel.


Os pequenos cubos caiam dando várias cambalhotas, enquanto em um momento batiam um no outro, se jogando em direções opostas. Após um curto tempo, podia-se ver o resultado, que mostrava apenas um ponto negro em no lado superior de um dos dados, enquanto no outro, exibia dois pontos. Dracco ria, vendo que não poderia esperar resultado melhor com aquele jogo que fazia em sua mente. Seria um costume, ou vício que dependia muito da sorte para poder se divertir em torturar ou até matar suas vítimas. Ele então fazia um sinal para o seu empregado ciborgue se aproximasse, e visse o resultado, fazendo com que o ser desse uma risada robótica em apenas um tom. Algo semelhante a um ‘Há há há há’.


- Você é tão atencioso, Zero. Sempre ri das minhas piadas. – Suas palavras soavam ainda demoníacas, assim como seus olhos que focavam ainda na mesma tela, vendo que Stephen realmente iria ajudar os três jovens. – Eu não sei o que faria sem você, eu te amo. – Dizia ainda em risadas baixas e cruéis. Lentamente pegava de volta os pequenos dados e continuava brincando com eles em uma de suas mãos, como sempre.

- Danke, mein Führer. – O ciborgue agradecia, o reverenciando. Estava um tanto grato com seu mestre, vendo que ele estava um pouco bêbado com o vinho que constantemente tomava, enchendo novamente sua taça de vidro.

- O que você ainda está fazendo aqui? – Perguntava desta vez rude. – Solte logo os Primisects.


Zero apenas fazia um sinal com suas mãos, algo que poderia ser interpretado como ‘Às suas ordens. ’.



~>x<~


Não escrevi nada errado nas falas de Zero, ele que fala desse jeito mesmo. Ele é alemão, btw.


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Mensagem por DarkZoroark Qua 20 Mar 2013 - 18:53

Rush o/
Gostei bastante do capítulo. Ficou um tanto macabro, mas não deixa de ser ótimo. Coitado do Samurott. Sad Fiquei bem triste com a morte dele. Imagino como a Mizuni vá ficar daqui para frente. Se já com ele ficou tão ferida imagino que a situação não melhorará muito. Imagina então quando - e se - ela descobrir que o Ryuuzaki foi baleado?
Cara, eu começando a gostar do Hiroga e tu me apronta uma dessas? Numa boa, perdi todo o respeito por ele. Usar um Pokémon Psíquico para controlar as emoções de alguém é um golpe muito baixo, para não falar coisa pior. Quero ver agora como o Dracco vai reagir a esta traição do Stephen - Finalmente alguém com bom senso além do Hiyoku.
Falando do diabo diabo em pessoa, ele cada vez mais me parece um filho da [palavra censurada]. O cara tem um complexo de Deus ou sou só eu que estou tendo essa impressão. Gostei do fato do Zero ter chamado o Dracco de Mein Führer. Se não me engano, era o título pelo qual os alemães se referiam ao Hitler, não? Tenho a impressão de que o Zero trabalha para alguém acima do Dracco e está fingindo trabalhar para ele - ou pode ser que não.
Pelo jeito a "coisa muito importante" de que falaste antes de passar o capítulo é os Primisects, não? Pelo nome acho que se trata de Pokémons Pré-Históricos. Sei lá, "Primi" me lembrou de Primitivos e "sects" obviamente de insects. Armaldo, creio eu.
Achei um pequeno erro:

Seus olhos vermelhos estavam fixados em uma das inúmeras telas que extavam fixadas no painel de sua parede.
Deveria ser "estavam".
De resto, sua escrita continua maravilhosamente bem. Se não for a melhor do fórum, é uma das melhores. Gosto de como consegues exprimir um senso de perigo e terror a cada sentença. Meio que dá para ter uma ideia do terror psicológico que os personagens parecem estar sentindo graças as manipulações do Dracco.
Bom, por hora é só. Aguardo pelo seu próximo capítulo. ninja

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Mensagem por Mag Qui 28 Mar 2013 - 3:50

Rush, já fazia tanto tempo desde o outro capítulo da Mizuni que eu nem lembrava mais dela. Tipo, lembrava que era a namorada do Ryuzaki, mas o que aconteceu com ela na ilha eu nem imaginava. Vai ficar demorando... Mas, merda, o Samurott morreu. A parte mais interessante do capítulo, sinceramente. Na realidade, foi um capítulo bem morninho, sem novidades e e cheio de erros.

Eu não quis sair quotando tudo, mas além de umas repetições ruins, teve bastante erro de falta de revisão. No fim, quotei só um que ficou bem feio, olha:
Rush escreveu:Seus olhos vermelhos estavam fixados em uma das inúmeras telas que extavam fixadas no painel de sua parede.
Estavam fixados duas vezes na mesma frase, com a sutileza de um extavam com x.

O que eu mais gostei, embora seja a parte com mais repetições desnecessárias de palavras, foi o início, com a Mizuni. Ela é uma personagem legal, cara. Simplesmente. Não tem algo peculiar, que chame atenção de verdade. Mas a morte do Samurott foi terrível e emocionante, eu fiquei triste. E o Emonga fugiu, aquele covarde de uma figa! A forma como você narrou a morte do pokémon e como a Mizuni encarou isso é um quesito que eu ainda não sei dizer se foi bom ou ruim. Por um lado, a forma crua que você descreve ele sendo morto é muito legal, mas achei que podia desenvolver melhor o enredo em torno disso...

Eu espero que você volte a ficar mais animado com a fic e a escreva com mais cuidado e carinho, cara.
Até o próximo capítulo.

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