Durante as pesquisas no computador, o mais impressionante foi ver os dados sobre o “T-Vírus”.
- Citação :
- Vírus Tyrant (“T-Vírus”)
O Tyrant Vírus foi formado a partir do Vírus Progenitor. É capaz de converter mais de 80 substâncias das cadeias genéticas dos infectados. Isso garante:
- Resistência ou tolerância à dor
- Prolongamento da expectativa de vida
- Funcionamento das partes vitais do cérebro (Locomoção, visibilidade e diferenciação de objetos móveis e vivos, necessidade de alimento igual à própria substância constituinte)
Ele mata pessoas entre 2 a 4 horas (Pokémons há diferenças) depois de seu contato, regenerando depois todas as células do corpo, reanimando o cadáver, mas apenas uma parte do sistema nervoso é re-ativado, a de se alimentar, tornando as pessoas infectadas em canibais. Sendo injetada em doses controladas, pode regenerar células sem que mate a vítima, curando várias deficiências.
Vírus Progenitor
É um vírus mutagênico que pode regenerar células, descoberto por Giovanni E. Spencer e Cyrus Ashford durante uma expedição às Ruínas de Alfa (Região de Kanto). Eles descobriram ali que uma antiga civilização adorava uma planta chamada Sonnentreppe, com um propósito de escolher quem é digno de ser seu líder. Quem sobrevivia depois de comer as flores herdaria grande força e viraria rei, ou assim dizem as lendas. Na planta Sonnentreppe, Cyrus Ashford descobriu o Vírus Progenitor. Para continuar avançando nas pesquisas, se aliou a eles Ghetsis Marcus, que a partir do Vírus Progenitor criou o Vírus Tyrant.
— Giovanni E. Spencer, Cyrus Ashford e Ghetsis Marcus foram os líderes das maiores organizações criminosas existentes! — Comenta Misty. — Giovanni foi o líder da Equipe Rocket, Cyrus da Equipe Galática e Ghetsis da Equipe Plasma!
— Eles se uniram para criar armas biológicas com o “T-Vírus”, além de uma nova organização muito mais poderosa! — Diz Dawn, juntando todas as peças. — Precisamos encontrar os outros e sair logo daqui!
O laboratório central era enorme. Paredes, teto e chão… tudo era da cor branca. No centro havia uma grande câmara com vidro blindado, que estava completamente tomada até o teto por uma água escura de cor esverdeada. Dawn chegou mais perto para ver o que estava boiando lá dentro, e então levou um susto: um defunto de rosto pálido estava mergulhando lentamente, com seus olhos abertos toldados como se tivessem teias de aranha, seus cabelos e vestes girando em torno dele como fumaça.
— Tem cadáveres aí dentro! — Exclama a garota.
— Tem. — Disse Misty calmamente. — Mas por ora não precisamos nos preocupar com eles.
— Por ora? — Perguntou ela, despregando o olhar arregalado do vidro para fixá-lo no rosto da companheira.
— Não enquanto estiverem apenas boiando tranquilamente aí dentro. Mas não garanto nada do que pode acontecer quando colocarmos o sistema funcionar.
A Sala de Força era quase tão grande quanto à área anterior em que estavam, e no centro tinha uma enorme máquina.
— Deve ser o gerador de energia.
Elas foram até o painel central, onde havia uma alavanca. Quando Misty puxou, a máquina fez um barulho bem alto e começou a trabalhar. Outra coisa também pôde ser ouvida, como se várias portas começassem a ser destrancadas.
— Oh não… — A náusea de Dawn começava a ficar forte. — Sua boca é maldita, Misty!
Assim que abriram a porta para sair, uma enorme quantidade de água invadiu a Sala de Força, empurrando as duas para trás. Quando cessou, o líquido esverdeado estava lhes batendo à altura da cintura, e vários corpos começavam a se levantar.
— Mamoswine, saia!
— Golduck, apareça!
Os dois Pokémons surgem.
— Eu procuro a saída e você os outros, ok? — Pergunta Dawn, subindo nas costas de seu Mamoswine.
— Ok!
Misty surfou em cima do Golduck até a porta mais próxima e entrou. Mamoswine abriu caminho correndo com uma enorme fúria entre os zumbis, acertando-lhes vários golpes e jogando-os longe com força. Dawn vasculhou toda a área em busca de outra porta, mas não encontrou, percebeu então que a única maneira de encontrar a saída seria entrar na câmera. O problema estava na multidão incessante de zumbis, e por mais que lhes acertassem golpes, eles continuavam avançando. Eles os cercaram e impediram a passagem. Começaram a agarrar o corpo de Dawn e seu Pokémon.
— Mamoswine, vamos‼ — Grita a treinadora. — Não pare agora!
O Pokémon parecia desesperado demais para ouvir, mexia apenas o corpo de um lado e pro outro, tentando se livrar das mãos e das bocas que tentavam lhe atacar. Em um determinado momento, Dawn se desequilibrou de cima de Mamoswine e caiu no chão. A porta da câmara estava perto demais, desesperada ela correu empurrando todos os zumbis para longe e entrou.
— Não‼ — Ela deu um grito ao ver que os zumbis haviam conseguido derrubar Mamoswine no chão e agora avançavam para comer sua carne. O Pokémon guinchava enquanto era devorado, mas nada podia ser feito…
***
Misty encontrou Ash preso dentro de uma sala. O garoto sorriu feliz assim que viu a companheira.
— Está trancada. — Disse ela, quando não conseguiu abrir a porta. O sorriso de Ash sumiu tão rápido quanto apareceu. — Espere, tem um painel numérico aqui do lado, talvez com um ataque do Golduck a porta abra.
— Como assim? Melhor não‼ Vai que você ataca este painel numérico e eu nunca mais saio daqui?
— É nossa única alternativa. Golduck, ataque Jato de Água no painel numérico!
A água acertou com força o painel, que começou a entrar em curto e sair fumaça. Ouve-se um clique e a porta é destrancada.
— Vamos encontrar a Dawn! — Disse Misty assim que Ash sai da prisão.
***
Lágrimas escorreram pelo rosto de Dawn. O sacrifício de Mamoswine não terá sido em vão, garantiu para si mesma, renovando suas forças para continuar. A garota abriu a porta de dentro da câmara e se deparou com mais um corredor branco, no fim lhe esperava outro elevador. Quando as portas se abriram já havia alguém lá dentro.
— Paul?! — Exclamou Dawn surpresa. — Como você chegou aqui? Por onde esteve?
— Eu persegui o assassino de Harrison, mas acabei o perdendo nos caminhos da caverna, até que me deparei com esse elevador. — Explicou ele calmamente. — E como você chegou aqui?
— Eu também encontrei um elevador na caverna. Só que vim parar na entrada do laboratório. Estou procurando a saída, você sabe se é por aqui?
— Também não sei, mas vamos continuar subindo.
Os dois juntos subiram até o último andar, saindo do elevador se depararam com uma sala escura. Havia alguém lá dentro, que acendeu as luzes e finalmente se revelou.
— Capitão Wesker? — Pergunta Dawn, surpresa ao ver o Capitão da Alpha Team. — Pensei que estivesse morto! Você é o traidor infiltrado no Locket que matou o Harrison e nos trouxe para cá com a intenção de coletar dados de batalha?
Wesker sorri desdenhosamente, e no mesmo instante Paul aponta uma arma para a cabeça da garota, assustando-a.
— Bem como eu pensava… — Diz ela olhando de um para o outro.
— Bom trabalho Paul. — Diz Weker, e em seguida responde a pergunta de Dawn: — Sim, eu sou um membro da Umbrella. Já o Paul está apenas como meu subordinado, eu ouço a família dele em perigo se não fizer tudo o que eu disser.
— Você é tão cruel… — Fala Dawn começando a ficar com raiva. — O que sabe sobre Giovanni, Cyrus e Ghetsis?
— Nunca imaginei que descobriria sobre eles. Sabe exatamente onde estamos? — Ela balançou negativamente a cabeça. — Esta é a mansão de Giovanni, que bancou todas as experiências do Vírus Progenitor e “T-Vírus”, de Cyrus e Ghetsis. Com o tempo, como as pesquisas entraram em um nível ilegal, eles criaram a Corporação Umbrella, mascarando o que realmente faziam.
— Ah… e tendo os Locket remexendo nisso seria inconveniente… Então você virou um escravo da Umbrella, junto com esses monstros de vírus.
— Acho que você me entendeu mal, Dawn. Os monstros que você fala não significam nada para mim. Eu vou queimar tudo, junto com esse laboratório. Eu preciso concluir minha missão, como designado pela Umbrella. Paul, suba e me espere lá em cima.
Paul abaixa a pistola e sai cabisbaixo. Entrando em uma das portas que havia na sala.
— Paul… — Dawn agora entendia o sofrimento do companheiro.
— Paul é um tolo… — Comenta simplesmente Wesker.
— Como você e a Umbrella podem intimidá-lo pegando sua família como reféns?
— Umbrella? Bem… eu o intimidei, mas a Umbrella não teve nada a ver com isso. Eu o usei apenas para minhas finalidades especiais, embora você e Paul imaginassem que eu seguia as ordens da corporação.
— Então você está planejando mais alguma coisa?
— Se você tivesse sucesso em desenvolver a arma biológica mais poderosa do mundo, o que você faria? — Interrogou Wesker. — Ghetsis não quis entregar facilmente sua pesquisa sobre o “T-Vírus”, então Giovanni me mandou matá-lo e roubar dele. Percebendo o que estava acontecendo, Ghetsis largou o vírus no laboratório Arklay e aqui na mansão. Uma última tentativa de me impedir o que quero conseguir.
— Então você vai roubar toda a pesquisa?
— Melhor ainda, eu vou te mostrar o protótipo da maior arma biológica de todos os tempos! Siga em frente até a sala, e não tente nada.
Dawn começa a caminhar, com Wesker apontando uma pistola para suas costas logo atrás. O que Dawn não esperava é que Paul tivesse voltado, ele acerta um golpe na cabeça de Wesker, que cai desmaiado no chão. A garota lhe abraça agradecida.
— Minha família nunca estará segura se o mesmo caos daqui se espalhar pelo mundo. — Comenta Paul, que aparentou sempre ter esse plano. — A saída é por onde eu tinha ido, mas primeiro precisamos destruir esta arma biológica.
— Certo.
A outra porta da sala era blindada, e levava para um laboratório que possuía um tubo enorme. Havia um liquido verde e uma enorme criatura lá dentro. Sua pele parecia ter sido arrancada, tinham veias saltadas à mostra por todo o copo, suas mãos na verdade eram enormes garras, e seus olhos, apesar de estarem fechados, eram grandes também.
— O que é… isso? — Eriçou-se Dawn. — Essa é arma biológica M3?
— Sim, este é o protótipo do Mewthree. Criado para ser o Pokémon mais poderoso de todos em batalha. Feito com os genes de Mew, a primeira tentativa foi o Mewtwo, que fugiu das instalações Rocket há muito tempo atrás.
— Se esta criatura é tão poderosa, como poderemos destruí-la?
— Bem… ele é apenas um protótipo, não acredito que seja tão poderoso assim. de qualquer maneira, pelo que pesquisei, ele sobrevive com proteínas e aminoácidos, se eu puder mudar isso ele morrerá. — Paul começa a mexer nos comandos, e água de dentro do tubo fica vermelha. — Está feito, agora vamos!
Eles saem da sala, mas no mesmo momento os olhos vermelhos do Mewthree se abrem bem arregalados, parecendo furioso.
Assim que eles voltam não encontram mais o corpo de Wesker caído, o elevador se abre e então Ash e Misty aparecem.
— Que bom que vocês estão aqui! — Comemora Dawn. — Fiquei com medo que não encontrassem o caminho certo ou fossem impedidos pelos zumbis…
— Bem… encontramos uma carcaça no chão, os zumbis estavam se divertindo com ela e praticamente não nos perceberam. — Relata Misty. — Tivemos muito medo que pudesse ser você e…
— É do Mamoswine.
Misty ia consolar a amiga quando um aviso começa a tocar:
- Citação :
- Autodestruição em 5 minutos.
— Só pode ser brincadeira. Deve ter sido o maldito Wesker! — Diz Paul. — Vamos, não temos tempo para conversar, vamos subir!
Todos sobem correndo, chegando à parte de cima percebem que estão em um heliporto. O rádio começa a tocar e pode ser ouvida a voz do piloto da Alpha Team:
—
Alô? Alô? Alguém na escuta? — Pergunta ele, sua voz estava baixa e chiada. —
Se tem alguém ainda aí, mande um sinal.— Ele deve estar tentando nos localizar a muito tempo, mas parece que as mensagens não conseguiam chegar. Precisamos enviar um sinal, mas o quê?
— Tem sinalizadores aqui dentro da caixa. — Ash pega um e vai até o meio da pista de pouso. O fogo voou até o céu e explodiu em uma cor avermelhada.
O que ninguém esperava é que de repente perto da pista o chão explodisse e então Mewthree aparecesse.
— Essa não… Agora não‼ — Grita Dawn.
— Ele teve ter tido energia suficiente armazenada para sobreviver. — Diz Paul.
— Que Pokémon é esse? — Pergunta Ash.
— É provavelmente a criatura mais perigosa deste local. Vamos precisar de todos os nossos Pokémons para lutar contra ele.
Os membros do Locket liberam todos seus Pokémons, que agridem Mewthree sem piedade. No entanto, o Pokémon é tão rápido que consegue desviar de todos os ataques e em seguida soltar uma enorme quantidade de energia que joga todos os oponentes contra o chão. Antes que eles pudessem se levantar, ele acerta cada um deles com um golpe simples, mas tão forte, que os fazem desmaiar com facilidade. Todos ficam preocupados com o poder monstruoso da criatura.
O helicóptero se aproxima, mas não havia como pousar com a criatura os cercando. O único Pokémon que restava era Pikachu, que saiu da PokéBall e apareceu.
— Pikachu, não‼ — Ash não tinha usado o Pokémon justamente por ele já estar ferido.
Mewthree avança contra Pikachu, e incrivelmente ele consegue desviar, ficando parado há uma distância e usando Choque do Trovão com toda força que podia. Por mais que Pikachu estivesse usando toda sua capacidade, não conseguiu ferir nem um pouco o monstro, que o pega pela cabeça e joga forte contra a parede.
— Pikachu, NÃÃÃÃOOO‼
O treinador corre até seu Pokémon, e então percebe que ele está morto. Todos em volta começam a perder as esperanças e a chorar, mas a única coisa que o garoto sentia era raiva. Quando o helicóptero chega perto o bastante, mas sem ser atingido, o piloto joga um lança – mísseis para Ash.
— Nada foi capaz de detê-lo, mas tenho certeza que isso será‼
Ash lança um míssil, e Mewthree vem correndo em direção contra ele. Uma grande explosão ocorre, e a criatura é jogada contra a parede gravemente ferida, ficando imóvel.
O helicóptero pousa na pista e todos finalmente entram. Quando a aeronave começa a subir e sumir ao longe, Mewthree faz um último movimento na tentativa de impedi-los de fugir. Porém, os segundos finais da autodestruição chegam ao fim, e uma enorme explosão de fogo destrói o resto da mansão e o que sobrou do monstro.
Dentro do helicóptero os membros dos Locket e seus Pokémons seguem em silêncio de volta a cidade de Raccoon.
— Con-conseguimos‼ — Disse Misty sem acreditar.
— Conseguimos… — Fala Ash em um tom calmo, mas ao mesmo tempo abatido.
O que esses jovens presenciaram foi muito além do que podiam imaginar, eles terem conseguido sobreviver foi realmente um teste de sobrevivência. Tudo parecia estar resolvido agora, ou será que não?