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As crônicas de um Gyarados Voador -  Kyle.  - Página 13 Pikalove
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 As crônicas de um Gyarados Voador - Kyle.

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Rush
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Data de inscrição : 10/06/2012

Frase pessoal : Agora você não tem mais waifu!


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MensagemAssunto: Re: As crônicas de um Gyarados Voador - Kyle.    As crônicas de um Gyarados Voador -  Kyle.  - Página 13 Icon_minitimeQui 24 Dez 2015 - 16:47


Me desculpem a demora. Muito obrigado Ice, Black e DZ. Eu fiquei bem desanimado com o fórum ultimamente e por isso demorou monstruosamente pro capítulo sair. Fico bem feliz que vocês tenham comentado.

O cap ficou grande, pois várias coisas aconteceram.

Tenham uma boa leitura!





Kyle estava debruçado na mesa de madeira maciça onde jantava, apenas observando a sua comida enquanto brincava com ela usando seu garfo. Seu prato estava cheio, onde ele espetava uma de várias almondegas que estavam sobre um espaguete, com um olhar melancólico.

Na mesa, apenas ele continuava com o prato cheio, mas Davi, Russel e Alice estavam sentados em suas cadeiras, preocupados com aquela depressão do amigo que persistia desde o dia anterior após a conversação constrangedora com Brenda durante o jantar.


- Huh... Acho que a comida não está boa? – Davi comentava triste, tentando puxar assunto.

- Não... Está ótima, sério. É que eu não estou com fome. – O rapaz de Pallet apenas respondia, ainda cutucando a almondega com o garfo.


Um silêncio constrangedor predominava no ambiente. Davi, Russel e Alice queriam ajudar o amigo, mas não sabiam como. Toda tentativa de puxar algum assunto acabava com uma resposta seca que os cortava imediatamente.
Alice abria um sorriso triste.


- Ei, você podia me ajudar a treinar... Com os concursos. – Ela dizia num tom baixo, com medo de uma resposta rude.

- Talvez depois, ok? – Kyle respondia no mesmo tom, sem ao menos olhar para a garota. Ele então respirava fundo, se afastando do prato de espaguete e se levantava. – Me desculpem, eu quero ficar um pouco sozinho agora... Vou estar lá fora, tomando um ar.





As crônicas de um Gyarados Voador!




Kyle Adventures.


As crônicas de um Gyarados Voador -  Kyle.  - Página 13 Slowpoke_sprite_by_chocolate_remix-d3hyp8v

Capítulo XLIV – IWS




Por causa do feriado do evento Super Azul, além de se tratar de um dia da semana, a casa de eventos “The Shell” não havia abrido hoje. Kyle adorava isso, já que aproveitava o silêncio para relaxar na entrada do estabelecimento, ficando sentado apoiado em uma parede enquanto observava o movimento dos carros.

Ao seu lado direito, Nero estava sentado olhando para frente, como se fosse uma estátua chinesa representando uma entidade que guardava algum local. No entanto, não ficava totalmente de guarda como de costume, já que ocasionalmente olhava triste ao ver o estado de seu treinador, chorando baixinho e tentando consolá-lo com o focinho.

No lado esquerdo, estava Aoki, seu inicial. O Ivysaur estava encostado no corpo de seu treinador, usando-o como apoio para relaxar. Seu queixo ficava pousado na coxa de seu treinador, de forma que ficasse com a cabeça em seu colo. Em retribuição, Kyle fazia um cafuné em sua nuca.

No ombro do treinador, Blur empurrava a sua cabeça contra o rosto do seu treinador, fazendo um carinho semelhante a um gato mimoso. Já em sua frente, Nemu ficava sentado enquanto sua cauda envolvia o seu próprio eixo, ficando de frente para Kyle. O Slowpoke ficava olhando para o rapaz, com um olhar vazio e um sorriso simpático no rosto. Ele parecia não ter a menor ideia do que estava acontecendo.

Por fim, o mais distante era Tatsuo, que estava com os braços cruzados e com o chapéu de palha em sua cabeça. Ele olhava soslaio o seu treinador, preocupado, mas mesmo assim preferia não demonstrar nenhum sentimento de conforto, já que preferia manter a sua aparência forte, fria e antissocial.



- Parece que sair numa jornada... Não é tão legal quanto eu esperava. – Kyle abria um sorriso irônico, pensando no que havia dito. – Heh. Sinto falta de Hattori.



Enquanto conversava com seus Pokémons, a porta de entrada da casa de eventos se abria, saindo um homem que tentava acender um cigarro com um zippo. O homem não parecia se surpreender ao ver Kyle ainda naquele estado.



- Kyle... Ainda está aqui? – Jason perguntava, se aproximando e sentando ao lado do garoto, ainda com cigarro na boca.

-... É... – O rapaz respondia com um sorriso triste. – Desculpa estar chato desse jeito. Estou parecendo até você.

- Imbecil. – Jason ria enquanto tragava seu cigarro e olhava para as estrelas.



Um silêncio então predominava no local, enquanto Blur subia no ombro de seu treinador e ficava brincando com a sua orelha usando suas patas dianteiras, tentando animá-lo.


- Jason... Você tem um cigarro sobrando aí? – Kyle virava o rosto para o mecânico, o olhando sério.

- Você quer fumar? – Jason abria um sorriso ao escutar aquilo. – Sério?

- É... Brenda me acha infantil demais, talvez isso me faça ficar mais... Maduro! – Os olhos do rapaz brilhavam.



Jason começava a rir enquanto chacoalhava seu rosto negativamente.


- Eu seria um mau exemplo se te desse um cigarro, garoto. – Tragava, dando uma pausa na frase. – Que tal se... Eu te ensinar a dirigir?


Kyle fazia um enorme sorriso com a boca aberta. Seus olhos nunca brilharam tanto em sua curta vida.




~>x<~



- Ok, quando for trocar de marcha, você precisa pisar no pedal esquerdo, a embreagem. O freio é o pedal do meio e o acelerador o pedal direito. – Jason dava as instruções enquanto colocava o cinto de segurança.


Os dois aproveitavam o feriado e o fato das ruas de Cerulean serem bastante vazias para que o rapaz praticasse a sua direção. Kyle estava sentado no lugar do motorista, com uma expressão bem espantada. Seus braços estavam bem duros segurando o volante, enquanto seu pé ficava pisando no freio.

Jason estava no passageiro, colocava o cinto enquanto observava o nervosismo do garoto ao tentar dirigir Lavínia. A caminhonete ainda estava estacionada, e até agora não havia ao menos saído do lugar.




- Ok... Primeiro pise na embreagem e coloque na primeira marcha. – Jason dizia devagar, apreensivo com o estado do rapaz.

- O-Ok..!



Kyle obedecia ao comando, pisando no pedal esquerdo e passando para a primeira marcha.


- Certo... Agora tira o pé da embreagem devagar e pise no acelerador...



Ainda tenso, o rapaz novamente repetia ao comando dado. Porém, ao tirar o pé da embreagem, ele pisava fundo no acelerador, fazendo com que a caminhonete desse uma arrancada brusca para frente, cantando os pneus. Se não fossem pelos cintos de segurança, os dois teriam batida a cabeça contra o painel do carro.
Com o movimento agressivo, o carro acabava morrendo.


- D-Desculpe! – Kyle engolia seco, vendo o vacilo que havia dado.

- Relaxe. – Jason esfregava a cabeça que doía um pouco. – Apenas tente de novo...



O rapaz de Pallet concordava com a cabeça e virava a chave na ignição, dando partida no carro novamente. No momento em que Jason ia novamente dar as instruções para o rapaz, Kyle pisava fundo novamente no acelerador, o que fazia o carro mais uma vez dar um forte tranco para frente ao som de pneus cantando.

O mecânico colocava a mão na testa, tentando aliviar a dor que sentia daquele tranco, que se assemelhava a um coice de uma arma.


- Urgh... – Jason suspira.





~>x<~



Na região nobre de Cerulean, localizada no centro, próxima do enorme prédio Sempre-Azul onde o ginásio e os torneios eram localizados, a noite estava bastante movimentada. Alguns artistas famosos apresentavam algumas canções acústicas em um café cinco estrelas que estava recheado de pessoas de classe-alta.

Entre elas, Karine estava sentada em uma mesa vazia com um pequeno copo de café, enquanto apreciava o show de uma das bandas pop confirmadas na noite. Ao seu lado, Ignis, sua nova Charmeleon, ficava em pé acompanhando sua treinadora.



- Yo. – Um rapaz com uma jaqueta de moletom azul cujos bolsos escondiam suas mãos surgia, ficando de pé atrás da garota. Quando ela se virava, ela podia perceber que era Lucas.

- Ah, é você, Lucas. – Karine abria um sorriso meigo, o cumprimentando com o mesmo. – Veio aqui curtir as apresentações?

- Nah. – Ele dava de ombros, se sentando em uma das cadeiras vagas da mesa que Karine estava sentada. – Vim aqui pra conversar com você.



Ela estranhava, se ajeitando na cadeira e prestava ainda mais atenção no que o rapaz dizia. A sua Charmeleon também parecia estranhar, com um olhar bravio que não confiava no garoto.


- Então desembucha.

- Olha. – Ele cruzava seus dedos, apoiando ambas as mãos na superfície redonda da mesa. – Amanhã iremos batalhar, e bem... Você irá perder.



Karine se espantava com aquele argumento, ficando notoriamente nervosa com aquela afirmação.


- Desista, ao invés de subir no campo de batalha. – Ele continuava, olhando-a sério. – Você não precisar perder como aquele tal garoto que eu enfrentei perdeu. De maneira humilhante.

- Ele não foi humilhado. Ele deu uma surra o teu Wartortle. – Karine continuava chocada e indignada com aquela conversa.

- É. Ele derrotou o Kai. Mas eu mantive a situação sobre controle o tempo todo. Quando Kai já estava em campo, eu já sabia que iria vencer... E venci. – Ele ajeitava a franja em sua testa. – Assim como eu sei que irei vencer de você... Então poupe seu tempo e frustração, e apenas desista. Vá treinar para desafiar o ginásio, porque você não vai conseguir a insígnia nesse torneio.


Karine fechava seus olhos, alisando seus cabelos castanhos perfumados que passavam entre seus delicados dedos. Pausava por alguns segundos antes de formular uma resposta, e então abria seus olhos.


- Que tal, “vai se foder, seu babaca”? – Em seguida ela se levantava, se virando para o garoto. – E ah, amanhã não vai ser só o seu Wartortle que vai apanhar... Espero que você traga aquele seu Nidoking também. Vai atrair uma audiência e tanto que eu o derrotar também.


Karine então começava a dar passos na direção oposta do rapaz, finalizando a conversa. Ignis abria um sorriso confiante enquanto a acompanhava. Vendo que ela ia embora, Lucas apenas fechava os seus olhos, respondendo a moça.


- Mesmo se você conseguir derrotar Kai e Kaiser... Eu ainda terei um terceiro Pokémon para me trazer à vitória.


Diante tal resposta, Karine nem ao menos se virava. Apenas erguia sua mão direita, expondo seu dedo do médio para o garoto. Os olhos da Charmeleon ardiam em raiva enquanto as chamas de sua cauda queimavam mais intensamente.




~>x<~



A velha caminhonete vermelha-ferrugem era dirigida numa velocidade lente – provavelmente não passava dos sessenta quilômetros por hora -, mas de maneira bem cuidadosa. Antes de estacionar, a seta piscava, dando indicação que o carro iria estacionar à direita. No entanto, a parada ficava um pouco torta, onde Lavínia estava mais inclinada para a calçada, com o pneu encostando-se à guia.


- Ok, agora você pegou o jeito. – Jason esboçava um sorriso orgulhoso no rosto, bagunçando os cabelos do motorista. – Só praticarmos um pouco mais e você vai ser um motorista quase tão bom quanto eu.

- Nossa, então você deve dirigir super mal! Hahah! – Kyle brincava, tirando a chave da ignição e seu cinto de segurança. Ele parecia ter se esquecido de que estava deprimido algumas horas atrás.


Jason então puxava o freio de mão.


- Não se esqueça do freio de mão, rapaz. Sem ele o carro vai embora. – Ele brincava com um sorriso malandro no rosto. – Mas você tá no caminho.

- Valeu! – Kyle fechava seus olhos com um sorriso, mas em pouco tempo, ficava sério. – Ei, Jason... Porque você está com um... Ótimo humor ultimamente? Quer dizer, está até parecendo que você é uma pessoa diferente.


Jason retribuía a seriedade no rosto, analisando aquelas observações. Após terminar de ouvi-las, ele deixava um riso escapar.


- Bem... É um segredo que só Rocky sabe, mas acho que não tem problema você também ficar sabendo... – As suas palavras faziam Kyle ficar muito prendado no que estava prestes a dizer naquele momento. – Eu vou ser pai.


Kyle arregalava seus olhos.


- Puta merda. – Dizia num tom tão assustado quanto sua aparência.

- Eu sei, né? – Jason abria um enorme sorriso, encostando sua nuca no banco, enquanto usava suas mãos como travesseiro. – É um sentimento...

- Cabuloso. – Kyle completava com um sorriso. – Se for menino ele vai se chamar Kyle.


Jason ria.


- E se for menina?

- Kyleena. Ou Kayla.



Os dois começavam a rir muito. Então eles podiam notar que dois casais andavam pela calçada em direção da casa de eventos de Jöhan. A familiaridade no rosto de uma das garotas chamava a atenção dos dois, até perceberem que uma das meninas era Brenda.

Ela andava ao lado de um garoto moreno bem alto e musculoso, ainda maior do que o belo loiro que acompanhava Jessica. Jason ficava assustado ao vê-los, e antes que pudesse comentar algo para Kyle ignorá-los, ele percebia que o rapaz saía do carro.



- Que porra é essa?! – Kyle dizia em um tom alto, enquanto corria até os dois casais. – O que é isso, Brenda?!

- Ei! – Brenda ficava corada ao ver a situação, mas não deixava de encarar o amigo com um olhar nervoso. – Primeiro, não é o que você está pensando. E segund-

- Não é? E o que eu estou pensando? – Kyle parecia estar bem mal ao ver aquela cena. Seus olhos se enchiam de lágrimas, mas ele não chegava a derramar nenhuma.

- Conhece esse garoto, Brenda? – O rapaz que a acompanhava perguntava como se quisesse afastá-lo.


O garoto de Pallet encarava-o com ódio em seu olhar. Ele parecia medir em torno dos um metro e oitenta, mesmo sendo da mesma faixa etária que a garota.


- Chad, esse é meu amigo, Kyle. – Ela respondia. – Que embora não tenha nenhum motivo, está claramente com ciúmes.

- Wow. Tipo... Isso tá bem, tipo, totalmente constrangedor. – Jessica comentava enquanto o loiro concordava com um risinho. – Eu vou lá, tipo, dar uns pegas e tal. Vou deixar vocês, tipo, sozinhos.


Jessica e o loiro se afastavam, enquanto Brenda e Chad ficavam sérios olhando para o garoto, bravos por ele ter causado aquele clima pesado.


- Escuta, Kyle. Não sei o que você pensa o que está acontecendo, mas aparentemente você não sabe separar as coisas... – Brenda comentava bem nervosa. – Primeiro de tudo, eu não estou ficando com Chad, pelo menos não ainda. E segundo... Você acha que você pode ir pegar qualquer menina bonitinha que surgir em seu caminho e fingir que está tudo bem, que eu sempre vou esperar por você?


Kyle ia responder, mas a loira não dava chances para isso.


- Primeiro Alice, depois Gabrielle e agora aquela garota do Charmander. Francamente, e você ainda fica bravo em me ver com um amigo?

- Eu não tenho nada com Alice e nem com Karine... – Kyle resmungava, olhando para o lado.

- Eu não estou nem aí se você teve ou não alguma coisa com elas. Eu simplesmente cansei disso. Cansei de seu egoísmo nessa jornada. Cansei dessa sua ganancia em tentar ser algum tipo de, “protagonista” ou coisa do tipo. Você não pensa no bem estar de ninguém a não ser de você e raramente em seus Pokémons.

- Isso não é verdade! – O rapaz novamente tentava se defender, mas não tinha chances de dizer algo, além disso.

- Ok, você abrigou Nero... E só. O máximo que você fez foi dar seu chapéu de palha para Tatsuo e cuidar de Blur por ele ser mais fofinho que os demais. Você não tem consideração por ninguém, Kyle. É por isso que eu vou ficar aqui.


Kyle respirava para responder aqueles argumentos, mas ao escutar a última frase, ele ficava em choque.


- É isso mesmo. – Agora o tom sério da garota parecia mesclar com tristeza em seus olhos, principalmente ao ver a reação do amigo. Eu vou ficar em Cerulean, Kyle. Eu... Eu gostei da cidade... Tem boas faculdades de medicina e...

- Você vai nos deixar? – Kyle finalmente conseguia a interromper.

-... Kyle. – A loira encarava-o de maneira cabisbaixa.


Uma lágrima escorria de seu olho direito. Ele forçava para não chorar, mas não conseguia. Esfregava seus olhos parar tirar o excesso de lágrimas com seu antebraço.


- D-Desculpa. – Ele dizia soluçando. – E-Eu não q-queria ser egoísta d-desse jeito.


Ela não dizia nada, apenas se contagiava com a imensa tristeza de Kyle. Chad se aproximava do rapaz, o que fazia Jason – que assistia a cena de longe – ficasse mais atento caso ele tentasse machucar o garoto.


- Ei, campeão. Se você quer mesmo deixar de ser egoísta e se preocupa mesmo com a sua amiga, deixe-a ficar. Aqui ela vai ser feliz. Cerulean é a cidade mais linda de toda Kanto, além de ter ótimas faculdades de medicina. Se voc-

- Ninguém falou com você, bonitão. – Kyle o encarava com raiva em seu olhar, o cortando totalmente. – Eu espero que você... Seja feliz aqui. – Agora parava de chorar, mas parecia bem nervoso com a escolha da amiga.

- Kyle...

- Eu não vou desistir dos meus sonhos, Brenda. Não vou... – Ele dizia em um tom bravo, mas a garota podia ver que ele não pretendia intimida-la. – Mas não é justo o meu sonho impedir que você corra atrás do seu. Só queria que pudéssemos correr atrás de nossos sonhos... Juntos.



Ela acenava a cabeça, cabisbaixa.


- Espero que... Possamos cruzar nossos caminhos durante essa jornada. – Ele dizia antes de virar, enquanto lágrimas continuavam a escorrer de seus olhos.

- Também espero que isso aconteça. – Respondia em tom baixo.



Kyle caminhava em direção de Lavínia, a caminhonete de Jason. Sua cabeça estava baixa e não conseguia a erguer, por mais que tentasse. Nunca havia se sentido tão triste durante toda a sua jornada.


- Ei, Kyle! – A voz de Brenda chamava a sua atenção. – Eu acredito que você irá ser o Campeão de Kanto. Não importa o rumo de nossos caminhos... Na Grande Liga eu estarei lá torcendo por você.


Kyle abria um sorriso melancólico, mas aquilo o fazia desabar. Ele caía em prantos ao escutar aquelas palavras. Vendo a situação do amigo, Jason se aproximava e dava um abraço no garoto, o consolando.



~>x<~


O sol brilhava no céu, mas ao contrário dos outros dias da semana, hoje era um dia frio, úmido e nublado, o que era estranho. Parecia que iria chover mais tarde, não uma tempestade, mas pelo menos uma leve garoa.

Gabrielle estava sentada numa mesa em um lugar aberto, tomando uma xícara de café enquanto mexia em seu notebook. Estava em um luxuoso restaurante, em uma parte aberta que tinha uma bela vista das ruas pouco movimentadas da cidade.

Ela estava usando um óculos escuro de armação dourada e lentes escuras, além de roupas sociais.


- Hum... Só Ivysaur, Growlithe, Scyther, Gengar, Eevee e Magikarp? Um pouco desatualizado, ein site? – Ela comentava consigo mesma antes de dar um golpe em seu café quentinho, aproveitando uma brisa fria que batia em seu rosto.


Ela estava acessando o site oficial da Liga de Kanto, onde tinha o dado de todos os treinadores registrado do continente. Por mais que o site fosse atualizado pela própria Pokédex do Treinador registrado, alguns detalhes tinham que ser atualizados por funcionários do RH da empresa da Liga Oficial. Por essa razão, não era possível ver que no time de Kyle havia outros quatro Magikarps e um Slowpoke, além de Nero ter evoluído.


- Hum, vai ser easy easy. – Ela abria um sorriso. – Lola vai ficar de fora dessa... Mas acho que Vera e Mack dão conta do Ivysaur, Gengar, Eevee e desse Magikarp. Já Drew destrói o Scyther e o Arcanine...


Ela ria pensando nas possibilidades de vitória.





~>x<~




Tudo havia acontecido rápido demais. De repente, a sua melhor amiga e maior parceira de viagem havia decidido não continuar a jornada pelas insígnias com ele. A partir daquele momento, Kyle parecia ter se... Desligado. Seus pensamentos eram distantes. Parecia estar no piloto automático.

Quando o rapaz percebia, ele levava um susto com o som da plateia aplaudindo a sua presença. Ao olhar para os lados, Kyle percebia que já estava posicionado em seu extremo do campo, enquanto Gabrielle estava o extremo oposto.


- Tá sonhando acordado, gatinho? – Ela abria um sorriso malicioso. – Sei que causo isso nas pessoas.

- Tsc. Estão prontos ou não? – O juiz mais uma vez perguntava. Estava um pouco impaciente com a distração de Kyle.

- S-Sim. – O garoto confirmava bastante nervoso. Ele ainda estava muito assustado de já estar em campo.


Ao dar o comando do juiz, a enorme tela que ficava em cima do campo se acendia com as fotos da Trainer Card de ambos os treinadores. O rosto de Kyle ficava à esquerda com três esferas vazias que representariam os Pokémons que ele usaria nessa batalha, enquanto o rosto de Gabrielle ficava à direita.

O tipo campo era sorteado na hora, e entre os quatro, o campo de grama era o selecionado após alguns segundos. A arena começava a tremer e então girava, fazendo uma arena cujo terreno era plano e verde. A grama não era tão alta, mas chegava a uns sessenta centímetros de altura em seus cantos, ficando bem menos densa no centro.

O juiz levantava os dois braços, enquanto segurava duas bandeiras com suas mãos. Ironicamente, a bandeira do lado de Kyle era verde enquanto a de Gabrielle era vermelha.


- A batalha entre Gabrielle Crimson e Kyle Green irá começar. Será uma batalha de três contra três com direito a substituições e seguindo as regras da Liga Oficial de Kanto. Podem começar!


Kyle engolia seco, um pouco desorientado. Gabrielle sorria ao ver como o seu oponente estava.


- Pelo visto você está nervoso, né? Que pena, eu estou bem segura que irei vencer essa batalha... Ainda mais quando você conhece o time do adversário.

- Co-Conhecer o time do adversário? – Kyle gaguejava. Logo caía a ficha que a sua oponente deveria ter o estudado antes da batalha. Ele tentava pensar no time de Gabrielle, mas tudo que podia lembrar era de que ela tinha um Lickitung, uma Buneary, um Golduck e um Snorlax, onde esse último havia visto em Pewter, no “Pico de Las Batallas”.

- Pois bem, irei começar pra te dar uma vantagem então. – Ela dava uma piscadela antes de jogar uma Loveball no campo.


A Pokébola rosa suavemente rodopiava antes de cair no solo do campo de batalha, onde ao quicar uma vez, se abria e liberava um enorme raio esbranquiçado. O mesmo raio começava a criar uma forma que crescia rapidamente de maneira que todos que assistissem a cena ficassem boquiabertos. Um Pokémon com mais de dois metros de altura, gordo e com braços e pernas curtas, rugia tão alto a ponto de estremecer o campo de batalha.


- Lax!! – O enorme Snorlax parecia bem mais carinhoso e meigo após terminar de rugir. De qualquer maneira, mesmo com uma aparência dócil, o seu tamanho assustava a todos próximos da arena.

- Caraaa.... – Kyle ficava boquiaberto ao ver o seu oponente. Sua voz era fina o suficiente para não ser escutada com clareza por todos.


A imagem do Snorlax acendia dentro de uma das esferas vazias da lista de Pokémons ao lado da foto de Gabrielle. Atrás de sua imagem, um fundo verde mostrava que o mesmo estava saudável e ativo durante a batalha.


- Surpreso? Não acha mesmo que eu irei pegar leve contigo, né? – Gabrielle esboçava um sorriso irônico.

- Heh. – Kyle coçava a ponta de seu nariz, tentando mostrar que estava descontraído. – É como dizem... Quanto maior o tamanho... Maior a queda.


O rapaz rapidamente retirava uma Luxury Ball de seu cinto e lançava fortemente em direção do campo. A esfera forrada com couro se abria ao colidir contra o chão, e imediatamente voltava para a mão do treinador, não antes de um Pokémon ser liberado.

Um raio esbranquiçado tomava a forma de um Pokémon não muito alto, tendo aproximadamente um metro e setenta de altura, mas mesmo assim era bem baixinho perto do oponente.



- Scy! – O inseto dizia em um tom não muito impressionado, enquanto o chapéu de palha em sua cabeça cobria um de seus olhos. A multidão aplaudia freneticamente ao ver que a batalha seria entre dois Pokémons considerados bastante fortes, um Snorlax contra um Scyther.

- Podem começar! – O Juiz erguia ambas as bandeiras que carregava em suas mãos.


Kyle ainda estava com seus pensamentos distantes, pensando na noite anterior. Pela primeira vez em seu histórico de batalhas, ele não tomava o primeiro movimento.


- Mack, use Investida Corporal!


O Snorlax acenava com a cabeça e inclinava o seu corpo para frente, como um jogador de rúgbi. Numa velocidade até que impressionante para alguém de seu peso, ele começava a correr em direção de seu adversário. Cada passo que dava fazia o chão tremer.

Kyle engolia seco, se desesperando e enrolando algumas palavras que não podiam ser entendidas. Por experiência em batalhas, Tatsuo batia as asas em alta velocidade e desviava por contra própria, voando para o lado.

O Scyther encarava seu treinador, bravo por seu vacilo.


- Mack, novamente, Investida Corporal! – Gabrielle comandava com seu dedo apontado em direção do Scyther.

- Tatsuo, desculpe! – Kyle rangia seus dentes, acudindo a cabeça para tentar se concentrar na batalha. – Use Time Duplo e Golpe Aéreo!



O Scyther deslizava a lâmina no chão, fazendo um risco que cortava algumas folhas do campo, como se fosse uma espécie de marca. Enquanto o Snorlax corria em sua direção novamente como um jogador de rúgbi, Tatsuo dava um salto usando suas asas como impulso. Ainda no ar, ele se dividia em quatro Scythers, que voavam como mísseis em direção do enorme mamífero.


- Mack, Soco Flamejante!


O Snorlax parava de correr, mas por causa do peso e do impulso da corrida, ele deslizava um pouco antes de parar por completo. Ao ver os quatro insetos mergulhando em sua direção com as lâminas erguidas, ele cerrava ambos os punhos, que pegavam fogo.

Certeiramente, ele lançava três socos nos Scythers, onde os dois primeiros eram cópias e desapareciam ao serem atingidos. O terceiro levava um murro no rosto que o lançava contra o chão violentamente, fazendo-o quicar duas vezes antes de se botar de pé com um movimento improvisado.



- Tatsuo! – Kyle se assustava com a velocidade de contra-ataque do Snorlax. – Use o 30 Cortes da Fúria!

- Ahn? – Gabrielle estranhava o nome do movimento.



Já ofegante, o Scyther tentava se recompor daquele poderosíssimo soco. Por mais que odiasse demonstrar, aquele Snorlax possuía uma força proporcional ao seu tamanho. Tatsuo batia suas asas velozmente e planava em direção do inimigo que ainda tinha os punhos pegando fogo.

O Snorlax dava outro fortíssimo soco em direção de seu inimigo, mas o inseto conseguia se desviar perfeitamente ao pular girando horizontalmente até o ombro do mamífero. Então, ele dava mais um salto e mergulhava dom suas lâminas apontadas para o Snorlax.

Quando Mack tentava se defender com outro forte soco antes que o Scyther pudesse o atingir, ele se assustava ao ver que seu corpo sumia de repente. Ao olhar para os lados, procurando o Pokémon, Tatsuo aparecia no do nada e o atingia com suas lâminas em seu tórax.

A criatura de dois metros tentava novamente contra-atacar, mas seu oponente era rápido demais, e novamente sumia, aparecendo no lado oposto e atacando, só que dessa vez numa força e velocidade ainda maior.

A série de golpes se repetia até um ponto em que era quase impossível acompanhar os movimentos de Tatsuo a olho nu. Ele desferia cortes tão velozes que tudo que era possível se ver era o vulto verde marcando o caminho pelo qual percorria.


- Isso! – Kyle abria um sorriso ao ver que o Snorlax parecia totalmente indefeso com a velocidade de seu Scyther. Os trinta cortes da fúria o acertavam em cheio.


Porém não demorou a que o sorriso do treinador se desmanchasse. Quando o Scyther terminava a sequência dos seus movimentos, o Snorlax o segurava com os seus dois braços, o abraçando e deixando-o imobilizado.

Tatsuo tentava lutar para se soltar, mas sua força não era capaz de o livrar de um movimento como aqueles.



- Tenho que admitir, fiquei chocada com esse golpe. – Gabrielle ria, jogando seus cabelos para trás do ombro. – Mas vai precisar de muito mais que isso para derrotar um Pokémon tão resistente quanto Mack.


A multidão vibrava com o desenvolvimento da batalha. Na plateia, Jason, Russel, Alice e Davi pareciam aflitos.


- Kyle está batalhando mal. – Russel comentava.

- Sim, ele está com muita coisa em sua cabeça. – Jason confirmava. – O jeito é torcer pra ele acordar...



Já em outro canto das arquibancadas, Lucas observava a batalha de soslaio enquanto estava encostado de costas numa parede. Ele não parecia estar muito interessado na luta, mas claramente mostrava um pouco de decepção por parte de seu rival.


- Mack, Hiper-Raio!!


Ainda abraçando o Scyther, o Snorlax abria a sua boca, criando uma pequena esfera amarela que brilhava em um tom ofuscante. Não demorava em que uma enorme e poderosa rajada de energia da mesma cor fosse lançada e atingisse o Scyther em cheio.

Após uma grande ofuscação pelo golpe, todos podiam notar o corpo de Tatsuo nocauteado no campo de grama.



- Scyther está fora de combate, Snorlax de Gabrielle é o vencedor! O treinador Kyle possui apenas mais dois Pokémons!


Kyle estava assustado com o movimento usado pelo Snorlax de sua adversária. Ele podia notar que o mesmo parecia bem exausto com a luta, talvez pela fadiga causada pelo Hiper-Raio. Não demorava para recuar Tatsuo para dentro de sua Luxury Ball, dando um beijo em sua superfície antes de se desculpar pelo seu vacilo como treinador.

O treinador engolia seco. Seus olhos demonstravam insegurança. Ele retirava outra esfera de captura negra com alguns detalhes dourados nas partes que não eram forradas com couro.


- Droga, Kyle. – Karine murmurava para si mesma vendo que seu amigo estava em desvantagem naquela luta.



O garoto fechava os olhos e lançava a esfera para o campo.



- Nero! – Ele abria seus olhos, determinado. – Sua vez! Use o Uivo!



O Arcanine saía de dentro de sua Luxury Ball com os olhos brilhando com a mesma determinação de seu treinador. Quando suas quatro patas tocavam-se ao chão, o cão legendário soltava um longo uivo que fazia os seus olhos brilharem em um tom avermelhado, ampliando a sua força.

Gabrielle abria um sorriso convencido em seu rosto.



- Muito previsível, querido. – Ela apontava seu dedo indicador para frente. – Mack, use Terremoto!


O Snorlax chacoalhava seu rosto, se recompondo do efeito colateral do golpe antes usado, e então obedecia fielmente ao comando de sua treinadora, lançando um poderoso soco no chão gramado, fazendo com que uma fissura rompesse parte do campo de batalha e varias estalactites saíssem do chão em direção do Arcanine.


- Nero, use Velocidade Extrema, Roda de Fogo e Cauda de Ferro! – Kyle parecia bem mais focado em vencer do antes.



O Arcanine não hesitava aos comandos de seu treinador. Ele começava a correr em alta velocidade, deixando um rastro de luz por onde passava. Com elegância, ele pulava nas pontas das estalactites sem se ferir e pegava impulso para o alto. Seus pelos começavam a pegar fogo e então girava verticalmente como uma roda.

Quando caía em direção do Snorlax, ainda girando em altíssima velocidade, sua cauda começava a brilhar num tom metálico e acertava a cabeça de seu oponente. O som de aço batendo em algo duro ecoava pelo campo. O golpe havia sido certeiro e crítico.

Com a força do golpe, o Snorlax imediatamente caía derrotado.



- Snorlax está fora de combate, o Arcanine de Kyle é o vencedor! A treinadora Gabrielle possui apenas mais dois Pokémons!



A imagem do Snorlax ficava num tom escuro, assim como a imagem do Scyther ao lado da foto de Kyle. Gabrielle não parecia muito abalada com a derrota de seu Snorlax. Ela apenas retirava outra Pokébola rosa de seu cinto, lançando para o alto.



- Drew, vamos mostrar do que somos feitos! – Ela proferia, abrindo outro sorriso convencido.



Da Pokébola, um enorme rinoceronte saía. Ele possuía um corpo encouraçado e um chifre grosso e pontiagudo na ponta de seu nariz. Ele era do mesmo tamanho que o Arcanine de Kyle, mas era mais largo e bem mais pesado.

Soltava fumaça de seu nariz enquanto pisava no chão com suas patas dianteiras, pronto para investir quando o comando fosse dito.



- Drew, use Invstida!

- Acha que isso vai nos deter? Nero, Cauda de Ferro!




O Rhyhorn começava a correr em direção de seu alvo. Ele conseguia ser ainda mais pesado que o Snorlax, fazendo com que o tremor fosse intenso. O Arcanine fazia o mesmo em direção do Rinoceronte, mas acabava perdendo o equilíbrio pelo terremoto causado pelos passos pesados do rochoso.

A cauda do cão de fogo brilhava em um tom metálico, mas graças ao desequilíbrio, ele não conseguia executar o golpe e era atingido pela fortíssima investida, caindo no chão.



- Nero, se levanta e use Roda de Fogo para lidar com tremor! – Kyle rangia os dentes vendo que estava em enorme desvantagem na batalha.

- Drew, não o deixe usar esse golpe! Use Demolição! – Gabrielle mantinha o sorriso convencido em seu rosto.



Quando o Arcanine se levantava, o Rhydon impulsionava suas patas dianteiras contra o chão, fazendo-o levantá-las com algo que parecia um salto, mas sem tirar as patas traseiras do solo.

Então, com a força da gravidade, ele caía colidindo suas duas patas dianteiras contra o campo, fazendo um terremoto ainda maior que antes tomar conta exclusivamente do campo. Seu oponente que acabara de se levantar, novamente perdia o equilíbrio, mas não caía.


- Kyle, tire Nero do campo agora! – Karine gritava, usando suas duas mãos para ampliar ainda mais o som de sua voz.


O Juiz olhava feio para a garota, que se sentava em silêncio, se lembrando de que palpites da plateia eram contra as regras. Kyle, no entanto, não prestava atenção, pois estava muito preocupado com o decorrer da batalha.


- Agora finalize! Obelisco!

- Nero!!


O Rhydon dava um forte pisão no chão com sua pata direita. Quando isso acontecia, várias rochas pontiagudas saíam do solo, embaixo de Nero, o acertando em cheio. A força do golpe era tanta que ele era lançado contra chão, nocauteado.



- Arcanine está fora de combate, o Rhydon de Gabrielle é o vencedor! O treinador Kyle possui apenas mais um Pokémon!


A plateia aplaudia a performance de Gabrielle. Era nítido que Kyle estava arrasado e fora de si ao ver que Tatsuo e Nero haviam sido derrotados ao lutar contra os oponentes que Gabrielle havia escolhido. Além do mais, o Rhydon nem ao menos havia sido atingido.


- Tsc... Aquele Obelisco foi um dano crítico. – Jason comentava receoso. – Desse jeito... Kyle não irá derrota-la. A não ser que use Aoki.

- Mas ela ainda tem mais um Pokémon. – Alice respondia, com o mesmo receio.



Kyle recuava Nero para dentro de sua Luxury Ball, decepcionado com ele mesmo. Ele olhava para o campo e podia ver que o Rhydon ainda arrastava a sua pata dianteira no chão, esperando para atacar seu próximo alvo. Gabrielle apenas sorria convencida de que já havia vencido a luta.

O treinador então fechava os olhos, pensando em como iria poder dar a volta por cima, ainda mais com tamanha desvantagem.



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Rush
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Rush


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Frase pessoal : Agora você não tem mais waifu!


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MensagemAssunto: Re: As crônicas de um Gyarados Voador - Kyle.    As crônicas de um Gyarados Voador -  Kyle.  - Página 13 Icon_minitimeDom 10 Jan 2016 - 17:22

- Tatsuo, Nero... Perdoem-me, por favor.
 

Kyle estava de pé em seu extremo do campo de grama, cerrando um de seus punhos enquanto encarava o enorme Rhyhorn em sua frente. Gabrielle, atrás do imenso rinoceronte, estava com um sorriso convencido em seu belo rosto.
 

- Sabe, pensei que você fosse um treinador bem mais difícil. Você é bem fraquinho, vencer de você foi fácil. – Ela comentava com ar de deboche.
 

Kyle não respondia, apenas engolia seco. Ele respirava fundo, uma, duas... Três vezes. Tentava, a qualquer custo, tentar tirar a imagem de Brenda de sua cabeça. Sabia que ela estava lhe distanciando da batalha, logo o fazendo perder. Precisava superá-la.
 

- Gabrielle... Foi ótimo o tempo que estivemos juntos em Pewter. – Aquilo parecia deixar a garota confusa. – Mas eu sinto muito, terei que humilhá-la em frente de toda Cerulean.
 


 
As crônicas de um Gyarados Voador!
 
 
 
 
Kyle Adventures.
 
 
As crônicas de um Gyarados Voador -  Kyle.  - Página 13 Lickitung

 
 Capítulo XLV – Getting More Difficult 
 




- Como? – Ela forçava um riso.
 


Kyle retirava uma Luxury Ball de seu cinto, a lançando graciosamente no campo, em frente do enorme Rhydon. A esfera negra, vermelha e dourada se abria com um raio ofuscante, o qual se materializava no formato de seu Ivysaur.

Aoki chacoalhava o seu rosto enquanto partículas de luz pareciam ser lançadas, já que a sua liberação da esfera de captura ainda estava em processo. Quando isso acontecia, a Luxury Ball era puxada imediatamente em direção da mão de Kyle, devido a sua luva magnética, construída por Jason. O Pokémon encarava seu oponente com determinação.


 
- Aoki, me desculpe... Mas você vai ter que me ajudar a fazer um milagre aqui, amigo. – Kyle abria um sorriso no canto de seu rosto.

- Saur! – O Ivysaur virava seu rosto de lado, de modo que pudesse ver seu treinador com um de seus olhos. Ele também sorria, mostrando que iria dar o máximo de si para trazer a vitória para seu amigo.
 




O juiz levantava a bandeira verde em direção de Kyle, anunciando o seu último Pokémon, que surgia na última esfera embaixo das imagens do Scyther e do Arcanine, já escurecidas. Em seguida, abaixava as bandeiras dando inicio à batalha.
 




- Aoki, use Pó-do-Sono no chão para pular e então use Folhas Navalha!

- Drew, use Investida, rápido!


 
O Ivysaur não perdia tempo, ele dava um salto e inclinava o seu corpo para frente, dando uma espécie de cambalhota. Em seguida, expelia um forte jato de pó esverdeado, que o impulsionava ainda mais para cima e lhe deixava alguns metros do chão. Girava novamente o corpo para ficar no mesmo anglo de frente para o Rhydon, e então movimentava as folhas serradas ao lado de sua rosa para lanças fortíssimas folhas-bumerangue em direção do oponente.

O Rhydon apenas dava impulso em seu corpo com suas fortíssimas patas, e começava a correr em direção de um Ivysaur que não se encontrava em sua oposição inicial. Mesmo assim, o rochoso continuava o seu percurso e ia de frente com o pó-do-sono, sendo atingido em cheio.
As folhas alcançavam a sua carapaça rochosa, mas para o infortúnio de Kyle, elas se quebravam ao encostarem-se à carapaça duríssima. Porém, mesmo não sentindo a força das folhas navalha, o Rhydon ficava sonolento com o pó-do-sono.


 
- Merda, Drew! Use o Obelisco!

- Aoki, Pó-do-Sono para se esquivar!



 
O Rhydon, mesmo que sonolento, chacoalhava a sua cabeça para ficar mais são. Ele dava uma forte pisada com suas duas patas dianteiras e várias rochas pontiagudas eram lançadas do chão, indo de encontro com Aoki. O Ivysaur, por sua vez, lançava o jato de pó para ter o corpo lançado para baixo, se esquivando perfeitamente do movimento.

No entanto, graças à altitude e impulso do movimento, ele acabava caindo violentamente no chão, se machucando com a queda.
 




- Agora! Use Obelisco novamente!

- Semente Sanguessuga!


 
Drew repetia o movimento comandado por sua treinadora. Ele novamente colidia suas patas dianteiras contra o chão, fazendo várias rochas afiadas e pontiagudas saírem do chão e serem lançadas no oponente, só que dessa vez o golpe era sucessível, lançando o Ivysaur novamente no chão.

O movimento era tão poderoso que Aoki rolava alguns metros, bem ferido com um golpe crítico. Ainda determinado, ele se levantava e lançava uma semente de sua rosa como um míssil, que ao acertar a cabeça do Rhydon, se abria e várias vinhas prendiam o rinoceronte com força. A cada movimento que o mesmo fazia, um poderosíssimo raio vermelho causava enorme dor no Pokémon de pedra.
 




- Merda. – Gabrielle comentava, vendo que aquilo não iria ajuda-la. Ela retirava a esfera de captura de seu Rhydon e o retornava para dentro da mesma, fazendo a imagem do rinoceronte se apagar no painel de informações da treinadora. – Ok, Drew. Você foi muito bem, pode descansar... – Ela fechava seus olhos, ainda sorrindo. – Está na hora de Vera finalizar isso.
 




A bela garota lançava uma esfera rosa com a imagem de um coração em sua superfície, a qual caía graciosamente no campo de grama e se abria com um ofuscante raio branco. A imagem do Lickitung era materializada quando a luz cintilante cessava.
A imagem do Lickitung surgia no painel, sendo o Pokémon final de Gabrielle.
 




- A sua Lickitung? – Kyle parecia receoso com a presença daquele Pokémon. Desde sua infância em Pallet, aquele Pokémon era uma lenda na escola, pois conseguia derrotar qualquer Pokémon de qualquer treinador da cidadezinha com apenas uma lambida certeira.

- “Seu” Lickitung. Apesar do nome, Vera é macho. – Gabrielle alisava seus cabelos loiros, debochando o rival. – Vera, use Lambida!

- Aoki, se esquive com Chicotes de Vinha!


 
- Tung! - O rosado corria o mais rápido que podia – ainda sim sendo lento – e lançava a sua língua que se esticava numa velocidade absurda, ao contrário de seus passos. Por pouco, o Ivysaur conseguia se desviar com um salto, ao pressionar as suas vinhas contra o chão.


 
Aoki já estava ofegante. Mesmo não querendo admitir, ter sido atingido em cheio pelo Obelisco do Rhyhorn de Gabrielle havia o machucado muito.
 






 
-x-



 
- Você acha que o garoto conseguirá vencer? – Um treinador perguntava para seu amigo sentado nas arquibancadas.

- Duvido... A treinadora linda ainda tem dois Pokémons... – O outro respondia, bebendo seu refrigerante por um canudo.
 


Karine, que estava sentada numa fileira a frente, apenas virava suavemente o seu rosto de forma que pudesse olhá-los.
 


- Não o subestimem. Esse garoto é o melhor treinador que eu já conheci.
 


Os outros dois jovens se entreolhavam, estranhando a resposta da garota.
 
 

-x-

 






- “Droga.” – Kyle resmungava, vendo que ainda estava em enorme desvantagem. – “Aoki não pode usar o Semente Sanguessuga por causa do tempo de recarga, e qualquer ataque direto pode ser um problema, se esse bicho tentar contra-atacar. Tsc.” – Kyle respirava fundo, tentando manter a calma. – Aoki, Pó do Sono!
 


Kyle estranhava o fato de Gabrielle não ter ordenado nada, mas parte dele ficava aliviada, já que o Lickitung ficava parado. Logo, o jato de pó esverdeado atingia o rosado certeiramente, fazendo-o cair no sono instantaneamente.

 

- Isso, Aoki! – Kyle comemorava. – Agora use Raio-Solar!


- Hihihi... Você acha mesmo que eu cai no seu truque, Kylezinho? Vera, use o Sonambulismo!

- Uh?!



O Ivysaur não perdia tempo e apontava o seu bulbo para o oponente, enquanto este absorvia a luz dos raios solares, brilhando intensamente. No entanto, o Lickitung escutava sua treinadora, e mesmo com os olhos fechados e uma aparência sonolenta, ele girava como um peão para o lado para desviar do golpe que ainda não havia acontecido. Em seguida, ele abria a boca e lançava a sua língua como um torpedo em direção de Aoki, o acertando na testa.


 
- Não, droga!

 
A saliva presente na língua do Lickitung era bem pegajosa e grudenta, então quando encostava na testa de Aoki, o Ivysaur era preso e puxado com uma força absurda, como se fosse uma mosca sendo pega por um camaleão.

As patas do inicial de grama saíam do chão quando era puxado em direção de Vera, e quando estava bem próximo, o rosado dava um fortíssimo soco no rosto de Aoki, fazendo com que ele voasse em sua direção oposta, bem cansado.


 
- Hahah! Acha que vai me derrotar facilmente? – Gabrielle cruzava seus braços.

- Você que está me subestimando. – Rangendo os dentes, Kyle apontava para frente. – Aoki, Folhas Navalha!


 
Bem cansado, o Pokémon se levantava com dificuldades e com um enorme calo roxo na testa graças ao forte soco que havia levado. Suas patas trêmulas ficavam firmes ao escutar o comando de seu treinador, então ele balançava fortemente as folhas serradas ao lado de sua rosa, lançando folhas afiadas e curvas, como bumerangues.

Ainda com os olhos fechados, o Lickitung começava a girar como um peão desorientado, se desviando perfeitamente das folhas lançadas por Aoki.
 




- Puta merda. – Kyle bufava, vendo que aquela estava sendo uma de suas batalhas mais difíceis de vencer.
 




 
-x-



 
Russel parecia bastante incomodado com aquilo, sentindo a adrenalina da batalha percorrer por suas veias. Ele estava totalmente focado, ficando bastante afetado a cada movimento que o Lickitung desviava.

Alice, que estava em seu lado, também parecia estar da mesma forma.


 
- Droga, tira esse Pokémon de campo logo, Kyle! – Alice gritava.

- Se acalmem. – Jason os repreendia. – Não o deixem mais nervoso.


 
O Hitmonchan e a Coordenadora se ajeitavam em suas cadeiras, tentando agir de maneira mais civilizada e não sobrepor à adrenalina que sentiam.
Davi ficava em silêncio, analisando as possibilidades de vitória de Kyle. Ele não dizia nada e não tirava os olhos do campo de batalha.
 






-x-




O Lickitung desviava de mais alguns golpes lançados por Aoki antes de abrir seus olhos com lentas piscadelas. Ele olhava para os lados, confuso, já que não se lembrava de nada por ter usado o Sonambulismo.
 


- Aoki, Chicotes de Vinha!
 


O Ivysaur lançava quatro cipós de baixo de sua rosa em conjunto, fazendo os quatro acertarem ao mesmo tempo no corpo do rosado, que era lançado pela força do movimento, gemendo um pouco de dor. No entanto, permanecia de pé, mesmo que tivesse sido arrastado há alguns metros.
 


- “Droga... Pense Kyle...” – O treinador desacelerava o tempo em sua mente, onde a única coisa que ele podia escutar era a sua respiração. – “Se Aoki usar Investida ou Chicotes de Vinha, ele irá contra atacar com mais força. Se usar Folhas Navalha, ele simplesmente se esquiva. O Esfera Temporal não terá uma mudança de tipo ou um bônus de força pois o tempo está claro. Se usar o Raio Solar, Aoki precisará carregar e ficará com a guarda aberta... Pó do Sono não adianta... A única solução é a Semente Sanguessuga.”
 




O Ivysaur olhava para trás, esperando um comando. Estava bastante ofegante.
 




- Já sei. – Kyle abria um enorme sorriso no rosto. – Aoki, use Pó do Sono!
 




Todos da plateia pareciam se perguntar ou caçoar a atitude do treinador, simplesmente pelo fato do Pó do Sono apenas deixar o Lickitung ainda mais perigoso graças ao Sonambulismo.

Gabrielle também ria em tom de deboche. O Ivysaur não parecia questionar os movimentos de seu treinador, apontando a sua rosa em direção de Vera e lançando um jato de pó esverdeado em direção do oponente.
 




- Você definitivamente não é o treinador bonzão que eu achei que você fosse. – Ela dizia, sem comandar um contra ataque.

- Pois é. – Kyle abria um sorriso malicioso no rosto. – Eu sou ainda melhor. Aoki, Semente Sanguessuga!

- O quê?! – Gabrielle dava um pulo com a mudança repentina dos comandos. – Vera, desvie!


O Lickitung olhava para sua treinadora antes de ser atingido certeiramente pelo forte jato de pó, onde perdia o equilíbrio e caía no chão gramado, dormindo profundamente. Logo em seguida, o mais rápido que podia, Aoki lançava uma semente de sua rosa que voava como um míssil em direção do rosado, o acertando nas costas. Quando a semente encostava-se à pele do inimigo, ela se abria com várias vinhas que o prendiam com força, criando um forte raio vermelho que causava bastante dano no Lickitung.
 




- Heh. Você está pensando óbvio demais. – Kyle ajeitava seu topete, tentando responder a altura o sorriso de deboche de Gabrielle. No entanto, ele demonstrava mais alívio do que arrogância, e se sentia muito agradecido por Aoki ter executado a estratégia com perfeição, suspirando logo em seguida. – Você bota muita confiança no poder de seus Pokémons que você acaba não seguindo estratégias improvisadas. Sempre o mesmo roteiro.
 




Gabrielle rangia os dentes, observando o Lickitung se contorcendo de dor enquanto sua energia era drenada com o forte raio vermelho que o cobria.
 




- Aoki, vamos finalizar! Raio Solar!
- Vera, Sonambulismo!
 

O Ivysaur suspirava aliviado que agora a batalha estava sobre controle. Ele fechava os olhos e sua rosa começava a brilhar, absorvendo os fracos raios solares que vinham do céu. Já o Lickitung escutava o comando de sua treinadora, e mesmo com os olhos fechados, ele se levantava com bastantes limitações graças as vinhas que o prendiam. No entanto, a sua boca estava livre.



 
- Droga. – Kyle notava que a boca do Lickitung não estava coberta por vinhas. Ele arregalava os olhos, podendo perceber que sua estratégia não havia previsto essa possibilidade. – Aoki, finalize agora!
 




O Ivysaur parecia ficar confuso, já que o golpe não havia carregado totalmente, porém, não questionava seu treinador e dava um grito, lançando um enfraquecido – ainda sim poderoso – raio amarelo cintilante de sua rosa, que ia de encontra com o Lickitung. O rosado, em contra partida, lançava a sua língua como um camaleão para tentar golpear seu oponente.

Quando o Raio Solar atingia Vera, uma pequena explosão era criada, fazendo com que as vinhas da Semente Sanguessuga fossem engolidas pelo golpe e destruídas. No entanto, o Lickitung estava caído, nocauteado.

Porém, para a surpresa de todos, Aoki também estava nocauteado, possivelmente por ter sido atingido antes de executar o movimento final, ou simplesmente por causa da fadiga de sua intensa batalha contra dois dos Pokémons mais fortes de Gabrielle.

A imagem do Lickitung se apagava no painel de Gabrielle, mostrando que seu Snorlax e seu Lickitung haviam sido derrotados, mas seu Rhyhorn ainda estava ativo, enquanto no painel de Kyle, seu Scyther, Arcanine e Ivysaur estavam apagados, nocauteados.


 
- Ambos Pokémons foram nocauteados. Porém, por estar mais um Pokémon, Gabrielle Crimson é a vencedora desta batalha. – Dizia o juiz com a bandeira vermelha estendida em direção de Gabrielle.


 
Kyle ficava estupefato com o resultado. Ele não podia acreditar que havia perdido uma batalha, e se perguntava se era mais humilhante perder para uma garota que o admirava em Pewter ou perder com uma audiência tão grande quanto essa. Ele não dizia nada, apenas caminhava até o campo e segurava Aoki, que ainda estava nocauteado.


 
- Você batalhou muito bem, amigão. Eu estou muito... Mas muito orgulhoso de você. – Ele abria um sorriso triste e dava um beijo na cabeça de seu Ivysaur.

- Ei, Kyle. – Gabrielle chamava a sua atenção, recuando seu Lickitung para sua Love Ball antes de pular para o campo. – Você é um idiota. – Ela o insultava, se aproximando.

- Como é? – Kyle parecia mais confuso do que ofendido.

- Esperei por esse momento desde que te vi vencendo de Aurora. Ter uma batalha épica contigo e te vencer pra valer. E que droga! Na nossa batalha você aparece distraído e vacilando! Isso me deixa muito brava! – Ela dava um soco bem forte no ombro do garoto, que recua com a dor que sentia.



 
As pessoas nas arquibancadas davam risadas enquanto o juiz corria para tentar separar uma possível briga, mas não era necessário, pois Gabrielle se virava para sair do campo.
 




- Que droga. – Ela suspirava. – Eu sei que minha vitória era certa, mas pensei que você pelo menos daria o luxo dela ser bem mais difícil.
 






Kyle ficava com os olhos arregalados, tanto pelo soco tanto com as palavras. Seus olhos se enchiam de lágrimas. Não por ter perdido, mas por se lembrar em como Brenda mexia com seu psicológico, ainda mais agora, que sabia que nem sua amizade ele iria poder manter.





-x-



 
 
Kyle estava recolhendo os poucos pertences que havia deixado na sala de espera dos competidores do Sempre Azul. Já havia retornado Aoki para dentro de sua Luxury Ball, e suspirava ao lembrar que havia perdido. Sua tristeza era nítida.
 


- Hey, você já vai? – Karine entrava na sala, dizendo num tom de preocupação. – Não vai nem assistir a minha batalha?

- Claro que eu vou. – Kyle respondia com um sorriso triste.  – Me desculpe, estou passando por um momento difícil.


 
Karine se aproximava e dava um forte abraço no amigo, que demorava em reagir, mas acabava retribuindo o abraço, sentindo os cabelos perfumados da garota encostando-se a seu rosto.

 
- Vai torcer por mim? – A garota perguntava ainda abraçada com o rapaz.

- Sempre.
 
 
 






-x-


 
 
Respirava fundo, tentando se acalmar. Sentia seu coração pulsar forte enquanto pensava seriamente em tirar sua jaqueta de couro, pois percebia que estava quase transpirando. Ela escutava o grito das pessoas das arquibancadas, mas de todos, apenas queria escutar as torcidas de Kyle.

Em sua frente, Lucas não parecia muito interessado em estar ali. Com um olhar sonolento e desinteressado, apenas aguardava a ordem do juiz dar inicio às batalhas, e não demorava muito para este o fazer.




O campo de batalha escolhido havia sido novamente o rochoso, então Karine não poderia usar seu Tentacruel nessa batalha.


- Ritzel, vamos lá. – Lucas lançava a Pokébola que se abria ainda no ar, libertando o seu Pidgeotto.

- Neko, eu escolho você! – Karine, por sua vez, jogava uma Ultra Ball que materializava um felino quadrupede ao encostar-se ao chão.
 




Kyle se surpreendia ao ver Neko, pois ele estava bem diferente desde a última vez que havia batalhado com ele. Agora o Pokémon se assemelhava a um leão da montanha, com um corpo mais longo e musculoso e um olhar intimidador em seu rosto. Ele havia evoluído para um Persian.

Logo a imagem de ambos os Pokémons surgia no painel dos treinadores, todos com cores vibrantes em um fundo esverdeado.
 




- Um Persian, huh? – Lucas não parecia nada preocupado. - Ritzel, use o Ataque Rápido, formação defensiva!

- Neko, Afiar Garras!



O Pidgeotto concordava com sua cabeça e batia suas asas para pegar um forte impulso, dando um poderoso rasante que cortava o ar, mas não chegava a certar o Persian, apenas o rodeava com cautela para não ser atingido.

O Persian por sua vez fazia suas garras triplicarem de tamanho, as afiando umas nas outras para que ficassem ainda mais pontiagudas e brilhantes.

 




- Agora use Garras Furiosas!

- Continue a formação!
 




A ave continuava voando em círculos, rodeando o felino, que dava um alto salto, e com uma precisão assustadora, distribuía vários fortíssimos arranhões que acertavam o Pidgeotto em cheio cinco vezes. Bastante ferido, o Pidgeotto hesitava um pouco antes de voltar a bater as asas para continuar voando.


 
- Tch. O “Afiar Garras” aumenta a força e a precisão do usuário. – Lucas comentava, analisando a situação. – Ritzel, use o Golpe Aéreo!

- Isso mesmo. Neko, Arranhão!



O Pidgeotto abria as suas asas e em seguida mergulhava como um torpedo em direção do felino, que apenas  saltava para o lado para tentar desviar, contra atacando com um arranhão, mas o pássaro conseguia se esquivar e continuar atacando com rasantes. Os espectadores nas arquibancadas torciam muito ao ver uma luta frenética entre o Pidgeotto e o Persian, que eram tão rápidos a ponto de se esquivar da maioria dos movimentos do adversário.


 
- Neko, finalize logo isso! Garras Furiosas!


 
O Persian concordava com a cabeça e então dava mais um salto, alcançando o Pidgeotto com uma velocidade absurda. O pássaro se assustava e era atingido por mais cinco poderosos arranhões que o atingiam em cheio, fazendo-o cair nocauteado no chão.
 




- Tch. – Lucas suspirava decepcionado, retornando o Pidgeotto para sua Pokébola assim que o juiz anunciava que estava fora de combate. – Isso não muda nada. Você sabe disso, né? – Abria um sorriso malicioso no rosto enquanto retirava outra Pokébola. – Ohren, vamos acabar com esse gato!
 




Da Pokébola lançada, seu Wigglytuff saía com o peito estufado, enquanto suas orelhas balançavam ao analisar o som de todos os seres vivos ao seu redor. Seus olhos azul-esverdeados focavam para o Persian.


 
- Neko, o ataque com Arranhão!

- Ohren, Hiper Voz!
 




O Persian corria numa velocidade absurda com suas quatro patas, surpreendendo a todos que assistiam. O Wigglytuff inchava seus pulmões, preparando-se para dar um fortíssimo grito, mas ele era atingido antes disso acontecer, por um fortíssimo arranhão.
 




- Agora use Garras Furiosas!

- Contra-Atacar!
 
 


Neko, que ainda estava na frente do Wigglytuff, o arranhava três vezes em sequência, ignorando o fato de o rosado contrair o seu corpo enquanto o mesmo brilhava em uma aura cintilante. Em seguida, Ohren inflava como um balão, lançando o movimento de volta para Neko e fazendo com que voasse longe.

O felino caía de pé, ainda sendo arrastado pela força do golpe.

 




- O Contra-Ataque reflete qualquer movimento físico com o dano dobrado para o oponente, não é mesmo? – Karine comentava surpresa.

- Exato. Seu gato não tem chances contra Ohren.

- Não diria isso. Neko, Pensamento Malicioso e Relâmpago!


- Huh?


 
O Persian fechava seus olhos, fazendo a pedra vermelha em sua testa brilhar fortemente e seus pelos se arrepiarem, como se virasse um animal violento e selvagem. A sua cauda se esticava, não ficando mais curvada. Seus olhos ficavam ainda mais afiados, como um verdadeiro caçador. Em seguida, ele rosnava e seu corpo inteiro cobria-se de eletricidade, lançando um forte relâmpago em direção de Ohren, o atingindo em cheio.
 




- Merda. – Lucas suspirava. – Ohren, Hiper Voz!

- Neko, Relâmpago mais uma vez!


 
Repetindo seu movimento anterior, o Persian descarregava uma enorme quantidade de eletricidade de seu corpo, lançando um poderoso relâmpago em direção do Wigglytuff, que por sua vez, inflava seus pulmões e respondia com um fortíssimo berro.

O grito avassalador criava uma enorme quantidade de vento que arrastava a eletricidade de volta para o Persian. Sendo atingida pela Hiper Voz e pelo seu próprio Relâmpago, Neko caía nocauteado.
 




- Muito bem, Neko. Estou orgulhosa. – Karine recuava o Persian de volta para sua Ultra Ball, um pouco aliviada pelo estrago que ele tenha feito no time de Lucas. – Okay, sua vez agora, Ignis!
 


Karine lançava uma Pokébola normal para o campo, e dela, sua Charmeleon saía em uma posição confiante e determinação em seu olhar. A chama de sua cauda queimava fortemente ao perceber que iria batalhar com aquele treinador arrogante.

 


- Ohren, Hiper Voz!

- Ignis, desvie e use Explosão de Fogo!
 




O Wigglytuff de Lucas novamente inflava seus pulmões e soltava um poderosíssimo grito, mas antes que pudesse ser atingido, o Charmeleon corria para o lado, contornando o campo de batalha rochoso para poder se esquivar do movimento. Quando percebeu que estava seguro, ele lançava uma poderosíssima rajada de fogo de sua boca, cuja ponta era um Kanji que significava “fogo”.

Ao ser atingido pelo Kanji, uma fortíssima explosão lançava o Wigglytuff contra uma das paredes da arena, nocauteado. Lucas continuava sério, percebendo que agora só possuia um Pokémon.


 
- Retorne, Ohren. – Dizia seco, retornando o Wigglytuff para dentro de sua Pokébola.

- Pode jogar seu Nidoking, a gente dá conta de derrota-lo. – Karine dizia séria.

- Se você insiste. – Lucas ria, retirando uma Pokébola de seu cinto e apertando em seu botão central, expandindo-a. – Kaiser... Vamos acabar com isso!
 




A Pokébola era lançada e o enorme Nidoking era materializado no campo. Ele abria seus olhos, furioso em ter sido despertado novamente em um curto espaço de tempo. Kaiser olhava mal-humorado para Lucas, e em seguida para a Charmeleon.


 
- Kinn...? – Indignado, ele apenas lançava um olhar do tipo “Isso é sério?” para o seu treinador.

- Ignis, Explosão de Fogo!
 




A Charmeleon não hesitava em lançar mais uma fortíssima rajada de chamas de sua boca, com o mesmo Kanji em sua ponta. Numa velocidade incrível, o Kanji colidia contra o corpo do Nidoking e uma poderosa explosão fazia a terra tremer. Quando a fumaça cessava, o Nidoking continuava de pé, olhando sério para a atacante.
 



- Mentira... Ele nem se abalou? – Karine ficava surpresa com a resistência do enorme oponente.

 




Todos ficam admirados com o poder daquele poderosíssimo Nidoking, e mesmo que Karine estivesse com a vantagem de ainda ter dois Pokémons saudáveis enquanto Lucas possui apenas um, era um fato que Karine ainda iria ter uma batalha bastante difícil.


Lucas apenas sorria de maneira arrogante, sabendo que iria conseguir dar a volta por cima.
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MensagemAssunto: Re: As crônicas de um Gyarados Voador - Kyle.    As crônicas de um Gyarados Voador -  Kyle.  - Página 13 Icon_minitimeSáb 16 Jan 2016 - 0:32

Rush o/
Antes de qualquer coisa, peço desculpas por não ter comentado o último capítulo. Acontece que eu tinha parte do comentário pronto, mas por decorrência de algumas questões - ter feito uma mudança e estar jogando muito RPG - acabei, visivelmente, demorando demais para terminá-lo. Portanto, vou aproveitar e fazer um comentário duplo. Então, sem mais delongas, vamos ao review:

Capítulo XLIV:
Olhando por cima a princípio, devo dizer que gostei bastante do capítulo e do desenvolvimento que houve na relação entre os personagens, sobretudo o Kyle e a Brenda que, na minha modesta opinião, protagonizaram a cena de maior destaque. Achei meio tosco ele pedir um cigarro ao Jason apenas para se mostrar como sendo mais maduro, mas admito que é um ponto bem realista. Afinal, tem muita gente facilmente impressionável - na falta de um termo não-depreciativo melhor - que tem o mesmo tipo de pensamento. Curti que o mecânico tenha contornado a situação ao oferecer-se a ensinar o jovem a dirigir. Achei bem cômico os momentos dessa primeira aula. Serviu para dar um ar e descontração e também aliviar um pouco a melancolia em que o caipira de Pallet se encontrava.
A pequena conversa entre a Karine e Lucas meio que fez o personagem masculino cair um pouco no meu conceito. Não vejo nada de errado em um personagem ter confiança nas próprias habilidades, - não sei por que isso é ás vezes interpretado como arrogância - mas dizer para a garota que ela não tem chances de vencer e que deveria desistir passou um pouco dos limites, na minha opinião - apesar de eu achar que ele vai limpar o chão com ela... Por outro lado a resposta da garota para ele me fez ficar ainda mais fã dela. A reação da Charmeleon - me faltou o nome agora - ao final do capítulo foi interessante. Imagino que ela vá proporcionar algumas boas surpresas na batalha, mas irei esperar pelo confronto antes de tirar conclusões precipitadas.
Ri bastante da cena em que o Jason fala para o Kyle que será pai e o garoto inventa o nome da futura criança. Até achei Kayla um nome bonitinho, mas Kyleena é meio estranho. Lembrei-me da hora da Mileena em MK.  Contudo, a cena de confronto entre o caipira de Pallet e a Brenda foi bem... Embaraçosa. Fiquei meio sem graça lendo a discussão que os dois tiveram, mas me senti mal pelo garoto quando descobriu que a amiga - e paquera - ficaria na cidade. A desolação que ele sentiu naquele momento deve ter sido incomensurável, mas vejamos como será daí para frente.
Agora, o começo desse combate foi... Decepcionante por parte do Kyle, devo admitir. Entendo que ele estivesse cabisbaixo pela notícia de outrora, mas ainda assim... Pareceu-me que a Gabrielle limpou o chão com o Tatsuo e o Nero facilmente. Contudo, devo admitir que ela tem um Snorlax monstruosamente forte. Sério cara, não me lembro de ter lido alguma Fanfic em que o poder naturalmente alto da espécie fosse retratado tão fielmente. Outro ponto que me surpreendeu bastante é o fato de que a garota possui um Rhydon. Achei que foi um detalhe muito da hora pois não é uma espécie que normalmente é dada a treinadoras do sexo feminino. Fiquei ansioso para ver como que o Kyle se saíra com apenas um Pokémon no próximo capítulo.

Capítulo XLV:
Adorei a desenvoltura do capítulo e, honestamente, me surpreendi com o desfecho do combate entre o Kyle e a Gabrielle. Achei interessante o uso do Pó do Sono como um "propulsor", na falta de um termo melhor, para o Aoki. O movimento em si já não é muito utilizado em histórias - isto é, fora da cadeia evolutiva do Oddish - e a forma com que o Ivysaur o utiliza dá um destaque maior à história e, obviamente, ao próprio Pokémon. Também fiquei bem surpreso com a força do Rhydon, visto que não é uma espécie muito utilizada - tanto nos jogos quanto no anime - e devido a obvia fraqueza elemental que ele possuía em relação ao adversário. Só achei meio estranho a Gabrielle ter focado tanto em usar apenas o Stone Edge.
Achei um bom plano da garota em ensinar o Sleep Talk para o Licktung de forma a contra-atacar a "principal" estratégia do Kyle enquanto ele utiliza o Aoki. Aliás, tal qual o protagonista, fiquei surpreso com a informação de que o Pokémon rosado seja macho. O nome fez com que eu tivesse pressuposições evidentemente errôneas. Ficou um tanto esquisito a capacidade de desvio do Vera ainda adormecido. O que mais me surpreendeu foi o fato de que o caipira de Pallet acabou sendo derrotado. Honestamente eu imaginava que ele faria uma virada milagrosa e venceria o combate. Honestamente, fiquei bastante surpreso, o que obviamente é um ponto muito positivo para o desenrolar da história. Fico imaginando agora como será a batalha entre o Kyle e o líder de ginásio.
A disputa entre a Karine e o Lucas teve um começo fantástico. Em primeiro lugar, houve a revelação de que o Meowth dela evoluiu para Persian; uma espécie muito pouco apresentada em todos os ramos do universo Pokémon, Achei interessante a combinação de Hone Claws e Fury Swipes para causar um dano significativo no Pidgeotto e posteriormente Nasty Plot e Thunder para finalizá-lo. Um moveset com suporte tanto físico quanto especial é algo que vejo pela primeira vez aparecendo em uma Fanfic. O resultado ficou bem legal e original. O uso entre a Ignis e o Ohren teve um ritmo dinâmico. O uso de Hyper Voice no moveset do Wigglytuff foi algo que gostei bastante e serviu para dar um destaque maior para o Pokémon. Uma pena - de certa forma - que tenha sido derrotado pela Charmeleon e ficado incapaz de demonstrar mais de suas habilidades. A maior surpresa ficou, novamente, com o Nidoking. Cara, sem bincadeiras... Esse Pokémon é um monstro de tão forte. Não sentir nada ao ser atingido por um Fire Blast só mostra o nível de força gigantesco que o Pokémon possuí. Fiquei com pena do que a garota terá de encarar no próximo capítulo.
Não encontrei nenhum erro em qualquer um dos capítulos e, como de costume, sua escrita continua ótima. Bem, por enquanto é só. Peço desculpas novamente pela demora em trazer este comentário e fico no aguardo do seu próximo capítulo. ninja

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MensagemAssunto: Re: As crônicas de um Gyarados Voador - Kyle.    As crônicas de um Gyarados Voador -  Kyle.  - Página 13 Icon_minitimeSáb 23 Jan 2016 - 21:01

@DZ! Muito obrigado cara. Relaxa, eu entendo como RPGs podem sugar nossas almas. AUEHAUEH' O importante é que você não saiu do fórum, pois seria uma enorme perda, sério mesmo. Eu honestamente fiquei bastante decepcionado com o Kyle, mas ele tinha motivos para ficar na bad. Eu fico extremamente contente que você tenha gostado de como o Aoki se destaca usando movimentos como o Sleep Powder para impulsionar em seus movimentos. É algo que eu realmente queria dar destaque, para ser uma "assinatura" dele como Pokémon, e me deixa extremamente grato que você tenha apreciado isso.

Sobre a Karine e o Lucas, olha, tem que levar em consideração que Karine é uma treinadora iniciante e o Lucas, bem, já possui quatro insígnias, incluindo a insígnia de Viridian. O fato de Kyle ter derrotá-lo não é levado em consideração, pois Lucas não usou seu Nidoking durante a batalha, então acredite... Karine vai passar por uma situação bastante difícil.

Eu fico muito feliz que você ainda esteja acompanhando a fic, e agradeço de coração pelos elogios e pelo comentário. Espero que você tenha uma leitura muito agradável e goste do capítulo! Um abraço e muito obrigado!




~>x<
~





A imagem do Nidoking era revelada quando a fumaça lentamente se dissipava pelo ar. O silêncio predominando o ambiente era algo que realmente incomodava, pois mostrava que todos estavam assustados com tamanha resistência de tal Pokémon.


- Isso não é nada legal. – Kyle comentava boquiaberto enquanto apertava com força o tecido de sua calça, na região de sua coxa. Ele não queria ver Karine sendo trucidada por aquele Pokémon tão apelão.

- Tsc. Ela não tem chances. Esse bicho deu uma surra no Onix do teu amiguinho. Duvido que Karine possua algum bicho mais forte que isso. – Russel comentava, também assustado.


Jason cruzava seus braços, ressonando um som com sua garganta enquanto sua boca se mantinha fechada, como se estivesse pensando em alguma possibilidade de derrotar Kaiser.


- Honestamente... Kaiser está num nível muito maior do que... Todos os Pokémons de todos os treinadores que estão aqui. – Russel ficava incomodado ao escutar isso saindo da boca de seu amigo.

- Hey! Isso não é totalmente verdade!

- Convenhamos, Rocky. Você está enferrujado. Esse Nidoking além de ser jovem, é maior e mais veloz do que qualquer Nidoking que eu tenha visto em toda minha carreira. E isso... Assusta até a mim. – Jason concluía seu pensamento.

- Talvez a Charmeleon de Karine possa queimá-lo? – Alice palpitava, fazendo todos olharem confusos para ela, deixando-a nervosa. – Eu li num certo livro que Pokémons queimados possuem a sua força cortada pela metade, devido à dor que sentem!



Davi o colocava a mão no queixo, murmurando algumas palavras.



- Isso não adiantaria muito... Pois na batalha contra o Onix, essa criatura usou tanto ataques físicos quanto ataques especiais. O Raio de Gelo e o Poder da Terra, estou errado?

- Nem um pouco. A pobrezinha está ferrada. – Russel respondia o cozinheiro.


Kyle ficava ainda mais receoso com a conversa, vendo que não importa a estratégia, aquele Nidoking parecia sempre quebra-la. Talvez, e apenas talvez, Karine pudesse derrota-lo usando seu Tentacruel, pensava Kyle. Mas no momento, num campo rochoso como aquele, era impossível para que a água-viva pudesse ser útil em batalha.
- Maldição! – Kyle xingava com o punho erguido. Sentindo-se derrotado por Lucas. – Não importa o quão forte e eficiente seja a estratégia, esse Nidoking está pronto para tu-


O garoto cortava a frase ao se lembrar de uma coisa importante de grande relevância para essa batalha. Sua reação ficava bem mais séria e ele lentamente abaixava a sua mão, olhando para o campo de batalhas. Russel, Alice e Davi se perguntavam curiosos sobre o que o garoto havia pensado. Perturbavam-no para que ele pudesse falar, mas a mente de Kyle estava distante de seu corpo. Ele apenas desejava que Karine percebesse aquela chance para a vitória.






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Capítulo XLVI – Vs. Nidoking!





Ignis estava exausta em tanto atacar e se desviar dos poucos movimentos lançados pelo inimigo colossal. Estava ofegante enquanto suava frio, torcendo para que sua treinadora pudesse terminar logo com aquilo com uma fórmula mágica.


- Eu te disse, tola. A minha vitória é inevitável. Você não possui nenhum Pokémon que possa derrotar Kaiser.


O Nidoking bufava, sem paciência. Fumaça saía de suas narinas e seus olhos encaravam a sua pequena oponente.


- Isso não é verdade. – Karine rangia seus dentes, nervosa. – Ignis, use novamente Explosão de Fogo!

- Kaiser, intercepte com Tiro Tóxico!


O Nidoking não parecia se incomodar em desobedecer a seu treinador. Ele estava bastante entediado com aquela batalha, já que sua oponente não apresentava muito perigo a ele. A Charmeleon se irritava com aquilo, fazendo a chama de sua cauda queimar mais forte do que nunca. Seus olhos brilhavam numa aura alaranjada, que aquecia o coração de qualquer um que os visse diretamente.

Ignis lançava uma poderosíssima rajada de chamas cuja ponta tinha o formato de um Kanji, só que ao contrário dos mesmos movimentos lançados anteriormente, essa Explosão de Fogo era ainda maior e mais forte.

O calor do movimento podia ser sentido pelos espectadores nas arquibancadas. Em menos de um segundo, o Kanji colidia contra o rosto do Nidoking, causando uma fortíssima explosão que feria os tímpanos das pessoas mais próximas. A força era tremenda que até o Nidoking se assustava antes de receber o golpe.

A força da explosão era tão grande, que quando acontecia no rosto do Pokémon, ele era lançado para trás, perdendo o equilíbrio e caindo violentamente contra o chão, o que causava um fortíssimo terremoto.


- Tch! – Lucas se assustava, mas não parecia se abalar muito.

- Isso, Karine! – Alice, Davi e Russel comemoravam ao ver que o Nidoking havia finalmente caído.

-... Droga. – Kyle, no entanto, não parecia estar muito animado. Ele estava ainda mais receoso que antes.  


Ignis estava ainda mais ofegante. Ela lutava para se manter de pé. A surpresa em seus olhos era semelhante ao medo que Karine sentia ao ver o enorme Nidoking se levantando lentamente enquanto chacoalhava o rosto, tentando retomar a sua consciência.


- King. – Kaiser olhava de soslaio com um sorriso diabólico no rosto. Finalmente havia achado que aquele oponente era digno.


O enorme Nidoking se virava totalmente em direção da Charmeleon, lançando vários tiros ovais com uma coloração negra em direção da salamandra. Os tiros explodiam ao tocarem no solo, mas a maioria acertava Ignis, causando uma fortíssima explosão. A Charmeleon era lançada para longe e caía nocauteada no chão.


- A vitória é do Nidoking de Lucas. – O juiz anunciava a vitória. – Karine possui apenas mais um Pokémon.

- Heh. – Lucas ajeitava seu cabelo com os olhos fechados, celebrando a sua vitória iminente.


Karine retornava Ignis para dentro de sua Pokébola, pressionando a esfera de captura contra sua testa com seus olhos bem fechados, como se tentasse se desculpar por não ter sido uma treinadora mais eficiente. A bela garota olhava para o Nidoking, ainda não muito abalado. Ela suspirava, pensando em como daria a volta por cima.


- Karine! – Kyle gritava enquanto usava suas mãos para tentar ampliar o som. – Se lembre de meu Scyther!


Os olhos da garota se voltavam para o treinador, que era repreendido pelo juiz. Um brilho de esperança dominava seus glóbulos oculares castanho-alaranjados. Ela começava a ligar os pontos.


- “Kyle disse que o Scyther dele era bastante desobediente...” – Ela pensava, enquanto retirava uma Ultra Ball de dentro de sua jaqueta de couro. – “O Nidoking de Lucas se recusou a lutar contra Pokémons mais fracos...” – Uma memória repentina do Pokémon negando de inicio lutar contra o Nidorino de Seth veio à tona. – “Então... Está claro pra mim agora.”


Lucas se incomodava ao ver um sorriso confiante em Karine.


- Sunny... Eu escolho você!


Karine lançava a Ultra Ball em direção do campo de batalha. A esfera negra e amarela se abria ao tocar-se no chão, e então retornava imediatamente para a mão da treinadora que usava uma luva semelhante à de Kyle. De dentro da esfera, saía um Pokémon pequeno que tinha uma aparência bem adorável.
Um broto com folhas que saíam de sua cabeça. Não possuía membros além de duas pequeninas pernas. Um Oddish contente em ter sido escolhido.


-... Um... Oddish? – Russel arregalava seus olhos, assustado.

- Como assim?! – Alice se levantava, ficando estupefata com a ousadia da treinadora.


Muitos da plateia trocavam gargalhadas ao verem a escolha. De longe, nem era possível ver o Oddish perto do imenso Nidoking. Lucas ficava receoso com aquela escolha.


- Heh... Você é uma idiota. – Lucas abria um sorriso no rosto, reconhecendo a estratégia de Karine. – Tenho que admitir... Estou surpreso.


A garota engolia seco, olhando para frente. Ela estava seria e não queria cantar vitória antes de ter certeza de que sua estratégia daria certo.


- Sunny, use Folhas Navalha!

- Kaiser... Ataque-o. – Lucas apontava o dedo para o broto, sem muita expectativa.


O Nidoking nem dava bola para o Oddish. Ele apenas encarava sério o seu treinador, mais uma vez com aquela expressão de “É sério que você me escolheu para isso?”. O pokémon de grama, no entanto, se enchia de determinação e lançava duas folhas afiadissimas que se assemelhavam a bumerangues. Elas acertavam em cheio a canela do Nidoking, mas se quebravam com o impacto, nem fazendo cócegas.


- Dish! – O Oddish olhava bravio, vendo que aquele seria um poderoso oponente. Ele estava determinado em lutar com todas as suas forças para orgulhar sua treinadora.

- ...Ki. – O Nidoking olhava com desprezo. Decidindo ignorá-lo completamente e deitando para tira ruma soneca.


O Oddish continuava lançando Folhas Navalha, mas todas se quebravam ao colidir contra a carapaça dura da criatura. O Nidoking não fazia nada além de roncar, se recusando a lutar contra aquilo.


- Caso o Nidoking continue a se recusar a lutar, serei obrigado a terminar a batalha e conceder a vitória ao oponente! – O Juiz comentava, segurando o riso. Embora fosse uma vitória histórica, o juiz realmente estava respeitando as regras, já que um Pokémon que se recusa a batalhar não estava qualificado a batalhar.


Lucas ria, fechando seus olhos. Ele ajeitava seus cabelos negros enquanto continuava com aquele riso descontraído no rosto.


- Parece que... Eu estou em uma enrascada, não é?


Karine continuava séria. O pequenino Oddish já estava cansado com aquela sequência de movimentos, e mesmo não se esquivando ou ter sido atingido, ele já parecia estar prestes a cair derrotado.


- Eu não tenho tempo para isso. Eu já tenho a insígnia mesmo... – Lucas suspirava, dando de ombros. – É uma pena eu não ganhar esse ovo, mas... Eu desisto.


Todos da plateia se assustavam em uníssono. As grandes orelhas do Nidoking se mexiam a cada som exagerado, mas ele continuava cochilando. Lucas o retornava para a sua Pokébola, prendendo-a em seu cinto.


- Por desistência, a vitória é de Karine e seu Oddish! – O juiz dizia em uma maneira informal, tentando conter ao máximo as risadas que queriam sair como gargalhadas. Ninguém perdeu tempo em se levantar e aplaudir de pé e com fervor a vitória daquele pequenino broto sobre um titã, ainda mais ao ter sido transmitido em rede nacional.


O Oddish, ao ver os aplausos por sua vitória, começava a chorar de felicidade. Lágrimas escorriam de seu rosto com o orgulho de ter sido um melhor lutador com maior agilidade, força e determinação no campo de batalha. Ele finalmente havia sido reconhecido.

Karine o levantava facilmente, ignorando todo o drama de seu Pokémon. Ela fazia cosquinhas em seu corpo com apenas o seu dedo indicador, fazendo o Oddish cair nas risadas enquanto se contorcia, como uma pequena criança.


- Você foi muito bem, Sunny. Estou orgulhosa. Graças a você nós iremos a final.


Ela não podia deixar de olhar para Kyle enquanto este comemorava a sua vitória com aplausos, ainda sentado em seu assento. Ele de longe não era o mais animado, mas sua felicidade era sincera. Ela acenava para ele de maneira tímida com sua mão esquerda enquanto a direita segurava o Oddish. Ela podia perceber Lucas saindo do campo de batalha, se virando a ela antes de ir embora.


- Isso vai ser histórico. O broto versus o titã. - Lucas ria imaginando as notícias. - Aproveite a fama que virá com isso.

- É nessa hora que você se desculpa por ser um babaca e me parabeniza por ter te vencido. - Karine dizia com um sorriso no rosto, que se desmanchava rapidamente quando o garoto se virava com uma mão estendida para se despedir.

- Parabéns. - Ele dizia com um sorriso no rosto, se retirando do local.



A multidão continuava comemorando a vitória inusitada enquanto a imagem de Karine era exibida enorme monitor, mostrando que ela havia passado para as finais para batalhar contra Gabrielle.
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MensagemAssunto: Re: As crônicas de um Gyarados Voador - Kyle.    As crônicas de um Gyarados Voador -  Kyle.  - Página 13 Icon_minitimeSáb 30 Jan 2016 - 4:57

Rush o/
Primeiramente, peço desculpas pela demora do comentário sair. Na realidade, ele estava pronto na quinta-feira, mas o windows resolveu dar uma daquelas reinicializações obrigatórias de atualização e eu o perdi inteiro. A vontade de voltar a escrever tudo realmente foi algo que custou a acontecer. Mas enfim, deixemos isso de lado e vamos ao review deste último capítulo:
Olhando por cima a princípio, devo dizer que este foi um dos capítulos mais fodásticos e principalmente surpreendentes que eu tive o prazer de ler em uma Fanfic. Sério, a conclusão do combate entre o Lucas e a Karine se deu de uma forma que eu não tinha nem mesmo considerado que pudesse ocorrer; o que claramente foi uma surpresa extremamente agradável. A conversa entre o Kyle & Cia. sobre a desenvoltura do combate foi algo que eu particularmente gostei bastante, pois não é muito comum ver em Fanfics a reação e os comentários dos espectadores durante uma disputa; algo que eu acho meio triste, vendo que isso adiciona mais desenvoltura ao capítulo em si e permite ao leitor que se situe melhor quanto as forças e estratégias dos combatentes. A discussão entre o Jason e o Russel sobre se este teria chance de vencer o Kaiser me fez pensar como seria um combate entre os dois. Creio que se o Hitmonchan voltasse a velha forma ele poderia ao menos causar um bom dano no Nidoking do adversário. A epifania do Kyle também foi algo que me deixou pensando por algum tempo sobre qual foi a ideia que ele teve para derrotar o Pokémon Venenoso - algo que foi posteriormente respondido neste mesmo capítulo ^^
Fiquei estarrecido com a força que a Ignis demonstrou ao ser enfurecida, - meio que conheço algumas garotas que são do mesmo jeitinho... - visto que ela conseguiu causar um dano "razoável" - na realidade não sei se chega nem a isso - no Nidoking. Sério, ter conseguido uma reação de sobressalto neste Pokémon que a cada aparição prova ser mais forte que antes não é um feito fácil. Aliás, gostei bastante do detalhe de ele exalar fumaça durante a batalha. Não sei se foi mais para dar um ar de boss total ou por causa das Fire Blasts que ele levou anteriormente, mas o toque disso fez com que ele parecesse ainda mais sinistro do que já era. Mais uma vez fiquei espantado com a força que o Pokémon tem e o fato de ele ter conseguido derrotar a Charmeleon em apenas um ataque. BTW, tanto a aparência do Kaiser quanto o nome/apelido me fazem lembrar de uma carta do jogo Cardfight!! Vanguard chamada Dragonic Kaiser Vermillion. Acho pouco provável que tenha havido alguma inspiração real daí, então fica só como curiosidade mesmo.
A surpresa maior, na realidade, foi o fato de a Karine ter enviado um Oddish como seu último Pokémon. Também me espantou um pouco que ela tenha usado uma Ultra Ball para capturar o Pokémon erva-daninha, mas já vi coisa mais estranha em Wonder Trade. A reação do Nidoking chegou a ser cômica. Não tenho dúvidas de que um golpe apenas do gigante seria suficiente para nocautear o Sunny. Aliás, não sei se isso foi apenas a minha imaginação, mas a cena em que o Kaiser deita para tirar um cochilo vendo que não conseguiria um bom desafio por parte do adversário me lembrou da batalha final do Ash na Liga de Kanto - Porra, tô velho; assisti isso na televisão. Houve alguma inspiração aí ou foi só coincidência mesmo.

Rush escreveu:
- Isso vai ser histórico. O broto versus o titã. - Lucas ria imaginando as notícias. - Aproveite a fama que virá com isso.
Essa frase acabou me fez lembrar de Shingeki no Kyoujin. Deixando de lado esta trivialidade, achei interessante a reação final do Lucas e vê-lo demonstrar respeito - ou algo similar a isso - pela Karine. Me fez ter uma opinião melhor do treinador após a última aparição dele. Fico agora esperando pela final do torneio que aparentemente será uma demonstração de girl-power total. Apesar de eu estar torcendo pela Karine, acho que a Gabrielle tem mais chances de faturar o título de campeã. Claro, pode ser que aconteça algo surpreendente até lá, então vou me abster de fazer comentários muito complexos quanto a isso por hora. Outra dúvida minha é o que saíra desse ovo que todo mundo quer - minha aposta é que seja um Horsea ou talvez um Chinchou.
Não encontrei nenhum erro e, como de costume, sua escrita está ótima. Fico aguardando ansiosamente pelo seu próximo capítulo.

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MensagemAssunto: Re: As crônicas de um Gyarados Voador - Kyle.    As crônicas de um Gyarados Voador -  Kyle.  - Página 13 Icon_minitimeSeg 24 Abr 2017 - 19:44

Boa noite, antes de mais nada, eu sei qual vai ser a reação de vocês. WTF DUDE? Bem, não taquem pedras em mim, e sim no Black. Ele que me incentivou a ressuscitar isso aqui. Mas bem, é complexo, tentarei entrar em mais detalhes.

Não acho justo encerrar a jornada de Kyle - que na minha opinião, foi meu projeto preferido. Eu particularmente gosto até mais da jornada de Kyle do que o projeto All Stars, por ser minha representação de como é difícil ser um treinador, mesmo com um salário bom. Além do mais, sempre tentei explorar os conflitos interpessoais entre os personagens, tanto como relacionamentos, status financeiro e principalmente, REJEIÇÃO. Este último nunca fora tão bem explorado.

Ok, vocês tiveram spoilers sobre o rumo em que a jornada do Kyle tomou. Agora eu quero resumir COMO ISSO ACONTECEU.

Serão poucos capítulos. Cada capítulo representará um volume, mas SEMPRE no ponto de vista do Kyle, e não de outros personagens. Ao mesmo tempo, será um Remake onde eu adicionarei alguns detalhes como cenas que não cheguei a postar e corrigindo alguns furos.

Esse vai ser o último Volume, então depois que eu terminá-lo, essa fic será encerrada finalmente.

Você entenderão caso QUEIRAM ler o primeiro capítulo do novo volume. Será um resumo com pequeno detalhes a mais. Batalhas não serão detalhadas, e apenas as cenas MAIS marcantes por MIM e para o desenrolar da história que serão destacados.

Eu honestamente não sei como eu irei prosseguir nos volumes seguintes, vendo que com a soma de novos integrantes nos grupos, os capítulos aumentaram monstruosamente. Talvez eu divida por partes, mas as cenas que serão escritas sempre serão as mais marcantes, entre elas piadas que eu achei legais e cenas que eu gostei muito de escrever.

É isso. Por último, também faço isso para quem tenha interesse em conhecer a fic, mas está com preguiça de ler TODOS os capítulos.

Pra quem se interessar a ler, uma ótima leitura. Para que não quiser, não é obrigado. Eu estou fazendo isso mais por uma conquista pessoal mesmo, porque eu realmente quero terminar essa fic.

Eu agradeço imensamente ao DZ e o Black, que desde o início da Fic (HÁ ANOS) sempre deram um feedback e me apoiaram a continuar. Também agradeço imensamente ao -Ice por também ter acompanhado e me incentivado muito, além de sempre me deixar instigado a escrever com uma fic de jornada com o mesmo grau de realismo, além da divulgação do site para o logo. Agradeço a TODOS que estão lendo isso, porque se você veio até aqui, você é foda.


Bem...

Que comecem os resumos.








De todas as coisas que Kyle mais odiava, acordar cedo estaria com certeza no topo da lista.


Wuah! —Um longo bocejo que era tapado pela mão direita, enquanto a esquerda segurava na aba de sua mochila. Junto ao bocejo, uma fina fumaça esbranquiçada saía de sua boca, devido o frio rotineiro de Pallet. O rapaz cambaleava enquanto tentava segurar a bicicleta desmontada com ambas as mãos no guidão.

— Ei, ei! — Uma voz feminina o repreendia, vinda de uma menina de cabelos loiros que caminhava ao seu lado. — Guarde esse sono para depois da aula, Sr. Green. Estamos na última semana do período letivo. Sábado será o teste geral de conclusão da Academia Carvalho. E você sabe que só será digno de receber um inicial se você f—

— Se eu for bem. Eu sei, Brenda. — Kyle a interrompia com a voz ainda alterada pelo bocejo e com os olhos úmidos por lágrimas. Nunca fora tão difícil empurrar uma bicicleta.

— Não! Ir bem não é o suficiente, você precisa tirar no mínimo cem por cento!  — A resposta mostrava que ela não gostava de ser interrompida.


Os dois caminhavam no meio de uma rua pavimentada, despreocupados já que nenhum carro percorria pelas estradas naquele horário da manhã, ainda mais em uma cidade tão pequena como Pallet. O horizonte era ensombrado pela névoa matineira, dando a impressão que os dois estavam sozinhos no meio de um nada.


Hoi, deixa eu bocejar em paz, mulher! — Um sorriso se formava no rosto do rapaz, com um ar provocador nos olhos. — Você sabe que eu vou conseguir. Você também.

Hmpf. — Brenda revirava os olhos.


Em meio a uma tranquila caminhada, o som de passos acelerados vindo em uma velocidade desesperadora fazia com que os dois jovens corressem em direções opostas, de forma que cada um fosse ao outro lado da calçada para se esquivar de um ágil vulto. Um Dodrio diminuía a velocidade quando passava por entre os jovens.


— Yo, seu perdedores! Vocês estão atrasados! Hoje a aula começa às cinco e meia! — Seth dizia aos risos, montado na ave de três cabeças. Ele parecia segurar uma vara de pescar cuja isca era um pequenino Caterpie que incentivava a ave prosseguir ao caminho indicado. Agora que diminuía a velocidade, as três cabeças brigavam para tentar abocanhar o pequeno inseto. — Não prestaram atenção ontem, não? Quem chegar atrasado não irá nem ao menos entrar na sala de aula, logo será desqualificado no exame final!

Kyle e Brenda se entreolhavam enquanto se aproximavam um do outro, assustados com aquela informação, vendo que já era quase o horário proferido pelo outro garoto. Brenda encarava o amigo com os olhos semicerrados.


Well, eu que não irei ser desqualificado! See ya later, fuckers! — Agora Seth parecia fazer um movimento com uma mão segurando as rédeas do Dodrio enquanto jogava o anzol com a isca mais a frente, acelerando monstruosamente a velocidade de seu Dodrio e rapidamente sumindo do campo de visão dos jovens, graças a neblina.


Brenda dava um fortíssimo soco no ombro de Kyle.


— Ai! Porque isso?! — Kyle massageava seu ombro, segurando o guidão da bicicleta com a outra livre.

— Se você não tivesse feito a gente ser expulso da aula ontem, a gente teria se prevenido, seu imbecil! Agora vamos logo, estamos atrasados!


Kyle pulava em cima de sua bicicleta, rapidamente a montando. Brenda subia logo em seguida, sentando com cuidado no guidão da bicicleta por causa da saía do uniforme. Kyle então começava a pedalar o mais rápido que podia, para não perder aquela aula obrigatória.











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Conclusão, parte I –  O treinador de chapéu de palha!


Música de abertura obrigatória


Volume Zero – The grass is greener over here!











— O quê!? — Seth arregalava os olhos ao escutar as palavras proferidas pelo amigo.


Os dois estavam sentados na famosa Colina dos Moinhos de Vento, uma belíssima colina onde a cor predominante era verde, além das dezenas de moinhos de vento colossais que giravam suas hélices graças aos fortes vendavais que sopravam em ira naquela região. Em baixo da colina onde estavam, era possível ver um belíssimo lago que refletia as nuvens do céu.

Aquele era o lugar preferido de Kyle e Seth, onde os dois se reuniam desde quando se conheciam por gente.


—Estou te falando! Eu fui o merecedor do inicial de grama, o Bulbasaur! — Kyle dizia tão eufórico que as palavras saíam desesperadamente felizes de sua boca. Aquilo era quase que incompreensível de se escutar. — Eu tirei noventa e cinco por cento no teste, mas a minha resposta na pergunta final, “Você se considera digno de receber um inicial? Por quê?”, me fez ser um merecedor!

— Mentiroso, caluniador filho da puta! Mostre então se for verdade!


Kyle abria um sorriso orgulhoso, se garantindo, já que sabia que estava falando a verdade. Ele retirava uma pequena esfera bicolor presa ao cinto, tão pequena como uma bola de gude. A sua superfície era avermelhada, mas quando o garoto apertava o botão central, ela expandia o seu tamanho, se tornando quase que transparente. Dentro dela, um pequenino Bulbasaur residia, feliz ao ver seu mais novo treinador novamente.


— Aoki! Pode sair! — Kyle então jogava a Pokébola no chão, de forma destrambelhada. A Pokébola, ao colidir no chão gramado e macio, se abria e liberava um fortíssimo raio branco que tomava a forma de um pequenino Bulbasaur. Em seguida, a Pokébola voltava na mesma intensidade que era jogada e saía voando. — Puta merda!

A Pokébola caía poucos metros dos jovens, mas por estar numa colina, ela começava a rolar em direção ao lago. Kyle e Seth se entreolhavam, arregalando os olhos.


— Pega a Pokébola! — Os dois corriam o mais rápido que podia, quase tropeçando no próprio pé, voltando a correr cambaleantes. O pequeno Bulbasaur abria um enorme sorriso e ia saltitando atrás dos dois, achando que estavam brincando.


Aoki rapidamente se assustava ao ver os dois capotando colina abaixo, como dois sacos de batata.



~>x<~


Os dois jovens estavam ensopados, deitados à beira do gigantesco lago.  Seth estava com seu boné em seu peito, já Kyle havia deixado seu chapéu de palha em cima do bulbo de seu pequenino Bulbasaur que apenas sumia, graças ao seu tamanho. Era engraçado ver o chapéu de palha se movendo, dando a impressão que se movia por vontade própria.

Os garotos riam da situação, já que tiveram que mergulhar no lago para salvar a Pokébola de Aoki.


— Heh. Mas falando sério, como você, o famoso azarado de Pallet, conseguiu ser o merecedor de um dos iniciais?

— Já falei. — Kyle respondia ainda com um sorriso que ia de orelha a orelha. — A última pergunta, sobre se eu me achava merecedor, eu respondi que não. — Aquilo fazia Seth arregalar seus olhos, estupefato. — Escrevi que mesmo querendo, eu não era tão merecedor quanto algumas pessoas que se dedicaram muito mais do que eu. No caso, a Brenda. Ela tirou cem por cento no exame.

— Mas porque caralhos você conseguiu receber seu inicial, e não ela?


Kyle desmanchava o sorriso, fitando seus olhos castanhos no emaranhado de nuvens que se juntavam no céu, indicando que a chuva viria daqui alguns minutos.


— Parece que ela foi à única de Pallet que tirou cem por cento. Na resposta final dela, ela também disse que não era merecedora. Parece que ela fez um textão dizendo os motivos pelos quais EU, o azarado de Pallet, deveria ser o merecedor. — Kyle fechava os olhos e suspirava. — Irado, não é?

— Super. — Seth respondia, rindo ao ver o chapéu de palha do amigo se mexendo com o Bulbasaur embaixo. — Mas você continua um perdedor.



~>x<~



Arf... Arf... Arf... — Kyle pedalava rápido em sua bicicleta, fazendo-a mover-se suavemente para os lados, dando impressão que o rapaz fazia tanta força em seus pés que poderia facilmente derrubá-la se não fosse pelo equilíbrio. Sua aparência havia mudado nestes últimos meses. Algumas espinhas haviam aparecido no rosto, assim como pouquíssimos pelos faciais na região do queixo, bigode e sua mandíbula. Seu chapéu de palha, no entanto, parecia estar bem mais encaixado em sua cabeça, já que mesmo na velocidade em que estava em sua bicicleta, ele não saía voando.


Kyle pulava de sua bicicleta, fazendo-a cair bruscamente no quintal da frente de uma pequenina casa de madeira onde estava morando com Brenda. Os dois haviam se mudado a poucos dias e ainda estavam no processo de decoração da residência.

O rapaz saía correndo e abria a porta de forma abrupta, fazendo Brenda se assustar, pensando numa intrusão indesejada.


— Brenda! — Kyle abria um enorme sorriso. — Consegui um emprego na G.E.A.R Inc! — A garota abria um enorme sorriso de felicidade. — Veja! Agora sou um entregador de jornais!


O garoto jogava uma pesadíssima pilha de jornais no chão, que causavam um baque alto e que ecoava pelo cômodo. A garota desmanchava o sorriso ao ver aquela pilha.


— E porque você trouxe tantos jornais? — Se questionava, arqueando a sobrancelha.

— Eu tenho que entrega-los! Tecnicamamente eu estou no meu horário de trabalho!  

Brenda fazia um facepalm, decepcionada. Ela se aproximava do rapaz e lhe dava um forte e sincero abraço que lhe corava as bochechas.


  — Parabéns pela conquista. Isso vai nos ajudar a pagar as contas, agora que teremos dois salários. Trabalhar como auxiliar de enfermagem no Centro Pokémon aqui de Pallet realmente tem um salário tão bom assim. — Ela comentava rindo, ainda abraçada com o amigo. — Mas agora vai trabalhar, seu imbecil! Ou será demitido no seu primeiro dia!



Ela dava um soco na cabeça do rapaz, tirando seu chapéu de palha da cabeça. O garoto o colocava novamente e saía correndo com a pilha de jornais nos braços.




~>x<~



Kyle estava cansado. Alguns meses haviam se passado desde que conseguiu o emprego como entregador de jornais na G.E.A.R Inc, onde havia sido formalmente efetivado após conseguir a aprovação de seus superiores, um deles sendo o famoso Professor Elliot Oak, o qual já conhecia quando ele pessoalmente entregou Aoki.

Seth era seu maior rival. Pelo fato de possuir um Dodrio, suas entregas eram rápidas, lhe rendendo várias horas a mais de folga, onde o garoto fazia questão de ignorá-las apenas para atormentar o amigo do chapéu de palha.

Nesse tempo, Brenda e Kyle haviam feito uma vaquinha para assim comprarem uma velha Pokébola por 200 Zenys. Por falta de habilidade e puro azar, onde vários Pokémons como Caterpie, Pidgey e Rattata entraram na esfera, mas nenhum fora capturado, agora o objeto estava surrado e bastante arranhado.

Kyle realmente havia um enorme azar em capturar Pokémons. Seu título como o “Azarado de Pallet” fazia jus à realidade.

Quanto mais tempo passava trabalhando como entregador, mais ele pensava em se demitir, mesmo sabendo que isso não era uma opção válida. Ele gostaria de sair em uma jornada, vencer a Grande Liga. Ser reconhecido como um excelente treinador.


Kyle ponderava na possibilidade de desafiar o ginásio de Pallet, o famoso Castelo de Vidro da líder Aurora. Porém, viver na Grande Depressão dos Treinadores não era fácil. O ginásio estava parado, assim como quaisquer incentivos vindos do governo ou mídia.


Sheesh. — Kyle entrava no enorme prédio onde era a G.E.A.R Inc, sendo cumprimentado por Gabrielle, uma belíssima loira que havia estudado com ele no período escolar, que agora trabalhava como recepcionista do prédio. Ele a cumprimentava com um sorriso acompanhado por um leve aceno de cabeça, indo em direção de seu objetivo: Receber seu salário diário.


— Último a terminar o serviço de novo, Kyle? — Escutava a voz em tom de deboche vinda da boca de Seth. O rapaz acariciava uma das cabeças de seu Dodrio.

— Não fode, Seth. Todos vocês tem Pokémons voadores e velozes para entregar os jornais rapidinho. Eu só tenho Aoki. — Se defendia suspirando.

— Se acalme, Kyle. Seth só quer te irritar. — O Professor Elliot Oak, que estava presente no local, dizia em um tom reconfortante ao colocar a mão no ombro do treinador.

— Eu sei, professor. — Kyle abria um sorriso.


O garoto então reparava na presença de um homem que nunca havia visto antes. Alto e esguio, de cabelos arrepiados pretos. Vestia um enorme cachecol amarelo.


— Quem é este? — Kyle perguntava, fazendo o homem sorrir.

— Me chamo Allan. Eu sou assistente da líder de ginásio Aurora, prazer em conhecê-lo. — Então estendia a sua mão para cumprimenta-lo.


Kyle o cumprimentava, com o coração acelerado. Sentia que aquilo era o destino lhe dizendo para seguir seus sonhos com a oportunidade que surgia.



~>x<~



O Castelo de Vidro era o ginásio mais recente de Kanto. Como o nome mesmo dava a entender, a construção se assemelhava a um enorme castelo cujas paredes eram feitas com o mesmo material. O local também servia como um aviário local, sendo outro dos vários pontos turísticos monótonos de Pallet.

Seu interior não era tão grande como aparentava por fora. Algumas aves ficavam livres para perambular por todos os cômodos, todas dóceis e bem treinadas pela líder. O maior cômodo, em especial, era o campo de batalha, onde era um campo redondo no meio de num penhasco tão fundo que não se podia ver o final. Duas pontes conectavam-se com o piso redondo que contornava o centro do Castelo de Vidro, onde também estariam localizadas as arquibancadas, com vários adolescentes assistindo, mas ainda assim longe de estarem lotadas.


— Você é muito cabeça dura, moleque. — A voz de Aurora rasgava em seus ouvidos, onde cada palavra que ela dizia parecia machuca-lo. Algumas risadinhas vinham dos adolescentes que haviam contemplado a batalha.


No campo, Aoki estava desmaiado assim como uma Spearow que havia acabado de ser atingida pela técnica “Leech Seed”.


— Você vem com um Pokémon inexperiente em um ginásio com um tipo vantajoso a ele e ainda espera um bom resultado? — Suspirava, tentando controlar os nervos. — Fico surpresa em como seu Bulbasaur conseguiu derrotar minha Darlayne. Parece que seu Pokémon é um melhor treinador do que você, moleque.


Kyle abaixava a cabeça, escutando o sermão como se esperasse que cada palavra viesse como uma tempestade de tiros a queima roupa.



~>x<~


Após sua derrota humilhante ao desafiar o ginásio de Aurora, Kyle treinou intensamente todos os dias com Aoki. Além de treinar sua conexão com o Bulbasaur ao correr todas as manhãs antes do trabalho, Kyle também fazia com que seu inicial o ajudasse a entregar os jornais, aumentando ainda mais sua coordenação motora ao usar o movimento Vine Whip.

Agora, exausto após exato um mês de sua derrota, Kyle descansava com Aoki na Colina dos Moinhos de Vento. O rapaz deitava, usando seu chapéu de palha como travesseiro, enquanto seu Bulbasaur descansava em seu peito.

— Kyle. — Seth surgia em cima de seu Dodrio, o cumprimentando. Aquela voz trazia um pouco de irritação por parte do rapaz com chapéu de palha, já que não queria aguentar mais deboches. — Ainda treinando? Pretende desafiar Aurora novamente? — Perguntava com um sorriso sarcástico no rosto.


Não houve resposta por parte de Green.


— Relaxa. Todos da nossa antiga sala ficaram sabendo sobre sua derrota. — Seth finalmente dizia, descendo de seu Dodrio e deitando-se ao lado do amigo.

— Você quer me humilhar? — Kyle respondia em um tom não muito interessado no assunto, retirando uma espiga de trigo e colocando na boca.

— Não, brother. Só quis dizer que... Foi bem legal da sua parte. Ninguém desafiava aquele ginásio há anos. — Exagerava nas palavras, mas de fato, o ginásio não recebia treinadores há meses.

— Eu sei. — Ainda mastigava a espiga de trigo. — Fazia tempo que eu não via treinadores por lá. Quis tentar a sorte, sei lá, talvez me tornar um.


Seth ria.


—E mesmo apanhando feio da líder, você não desistiu. Ainda está treinando quenem um filho da puta que você é. — Continuava com um sorriso maroto no rosto. — Eu achei bem legal isso, na real. Quer dizer, geral achou.

— Como assim?

—Cara. — Seth olhava para o amigo, desta vez com um sorriso sincero e bem ansioso, transmitindo a euforia que viria com as palavras a seguir. — Você movimentou os jovens de Pallet. A modinha agora é ser um treinador.  O ginásio já virou um point onde as pessoas vão para assistir as batalhas.

— Sério? — Kyle se animava com o assunto. Sentia-se de certa forma importante, mesmo aquilo sendo bastante idiota. Movimentar os jovens por ter sido derrotado.

— Sério. Estou até pensando em largar o trampo e sair em uma jornada. Você deveria fazer o mesmo.


Kyle ficava mudo diante as palavras. Olhava para o céu, cheio de nuvens. Ele abria um sorriso.


~>x<~



— Não! Você não vai ficar com esse vira-lata! Imagina o tanto de doença que ele vai te passar, ou pior, passar para a Megan! — Brenda o repreendia encostada na porta do pequeno banheiro que possuíam na humilde casa.

— Pf! Que doença... Que nada.


Kyle estava dentro da banheira junto a um pequenino Growlithe que havia encontrado escondido dentro da plantação de trigo que cultivava com a amiga no quintal. O pequeno cãozinho alaranjado estava cheio de carrapatos, os quais eram retirados um por um pelo treinador enquanto dava um banho quente, ensaboando e enxaguando seus pelos.


— Af. Vou dormir, amanhã a gente conversa. — Brenda então se virava, não querendo mais discutir sobre o assunto. Ela se retrava do cômodo, indo em direção ao quarto.

— Okay. — Kyle não dava muita atenção. — O que você estava fazendo ali fora no frio, ein coisinha linda?


Aoki estava fora da banheira, apenas observando um tanto enciumado a cena. O pequeno Growlithe ficava inerte, estranhamente silencioso e sério. Ele dava uma suave lambida na ponta do nariz do treinador, como forma de agradecimento pelo tratamento bondoso desde que o resgatara.


~>x<~


Kyle e Brenda estavam sentados no jardim de sua humilde casa de madeira, compartilhando um mesmo cobertor que os abraçava, além de abraçar Aoki, Nero e Megan. Os dois seguravam canecas quentinhas com chocolate quente, que soltavam um leve vapor.

Os cinco contemplavam o maravilhoso céu estrelado de Pallet, que devido a falta de poluição e excesso de luminosidade da cidade, daria espaço para que as milhares e milhares de estrelas pudessem brilhar em paz, sem serem ofuscadas.

Nenhum dos jovens dizia nada, apenas ficavam maravilhados e tomavam longos goles para se deliciarem e se aquecerem ao mesmo tempo.


— Eu não queria sair daqui nunca. — Brenda comentava, sorrindo tímida pelas palavras que proferia. Ela se aconchegava no ombro do rapaz, usando-o de travesseiro. — Queria que pudéssemos parar no tempo, só pra apreciar esse céu.

— Seria muito legal isso. — Kyle respondia, abraçando a amiga ao sentir sua cabeça apoiando em seu ombro. Os dois se aproximavam, ficando bem colados um no outro. — Já pensou em contar quantas estrelas existem no céu?

— Que pergunta idiota, Kyle. — Brenda respondia com um sorriso, olhando para o treinador enquanto ria. — É impossível!

— Você já tentou ao menos? — O rapaz de cabelos castanhos retribuía o sorriso. — Vamos, você está pensando óbvio demais! Não dá para estabelecer uma resposta se você nunca tentou.


Brenda ainda esboçava um sorriso, um tanto abobalhada com o comentário cômico de seu amigo. Ela então voltava seus olhos para as estrelas e começava a conta-las em silêncio, se perdendo na imensidão infinita de pontinhos cintilantes.


— É impossível! — Ela dizia, abaixando a cabeça envergonhada por ter tentado. O motivo de sentir-se ainda mais acanhada é quando percebia que o rapaz a observava o tempo todo enquanto tentava contar, deixando-a corada.

— Eu sei. — Kyle ria agora, quase que uma gargalhada. — Mas foi bem fofo ver você tentando.


Brenda estava mais corada que nunca. Agora ela dava um último gole do chocolate quente e voltava a olhar para o céu.

Um silêncio constrangedor, que embora trouxesse toda paz que nunca teria em qualquer outra cidade de Kanto, ainda conseguia queimar tanto quanto o frio excessivo de Pallet.


— Eu sentirei falta daqui. — As palavras de Kyle soaram mais como um convite do que um comentário.

— Eu também. — Brenda respondia, fazendo com que seu amigo sorriso ao ver que o convite em ingressar-se á sua jornada havia sido captado e aceito.




~>x<~



— Aqui está o fedorento. — A enfermeira dizia enquanto carregava o Growlithe nos braços, o colocando em uma cadeira ao lado da qual Kyle estava sentado. Seu pequenino Bulbasaur estava em seu colo, vestindo um casaquinho de lã para se proteger do frio.


Nero, o recém-registrado Growlithe, estava com os pelos volumosos e perfumados, vestindo uma gravata negra com listras douradas ao redor do pescoço. Kyle segurava os risos ao ver a aparência pomposa do cão.

O Bulbasaur parecia torcer o nariz ao vê-lo, ainda enciumado.


— Muito obrigado, Bruna. — O rapaz se levantava e dava um beijo no rosto da linda mulher, a qual havia bastante afinidade pelos últimos anos de amizade. No fundo, Kyle tinha uma enorme paixonite pela mulher, mesmo com a diferença de idade. — Quando deu, minha linda?


Bruna era uma das enfermeiras locais, e a mulher que Kyle havia se tornado amigo para conseguir um emprego para Brenda. Embora Brenda não trabalhasse como a auxiliar de Bruna e sim outra das enfermeiras, Kyle manteve uma grande amizade com a moça, essa que era lindíssima, no auge de seus vinte e cinco anos.


— Bem, o banho e a vacinação foram sessenta Zenys. Mais vinte do registro, totalizando oitenta Zenys. — Dizia ao contar nos dedos, tentando lembrar-se de cor do valor de cada serviço. — Mas por você eu faço por apenas cinquenta Zenys, chuchu. — Terminava com uma piscadela.


O rapaz sorria pelo desconto, que no fundo, já era esperado. Ele retirava uma nota avermelhada do mesmo valor e entregava a mulher. No fundo, estava transbordando de felicidade por agora ter dois Pokémons.


— Falando nisso, quando você irá ter uma revanche com o ginásio? Vi vários eventos lá, mas nenhum desafiante conseguiu conquistar a insígnia ainda. — A loira olhava aos lados, aproveitando-se da falta de movimento do Centro Pokémon para conversar com o rapaz, sentando-se ao seu lado e cruzando as belas pernas, que eram mostradas quando a saía levemente se abaixava pelo movimento.

— “Ai meu coração, Bruna.” — Kyle corava, quase tendo um infarto. — E-Eu marquei o desafio para essa quinta. — Respondia aos gaguejos, retirando um Ticket mostrando um lugar nas primeiras fileiras da arquibancada. — Se quiser ir, a gente pode fazer algo depois.

Bruna abria um sorriso malicioso com a proposta do rapaz. Mesmo com a diferença gritante de onze anos, ela aceitava o convite ao segurar delicadamente o ticket, colocando de maneira discreta a mão na perna de Kyle e selando seus lábios na bochecha do garoto, que quase desmaiava.

— “Pelo amor de Deus, Kyle. Você NÃO PODE PERDER.” — Pensou, mais vermelho que um Charmeleon.



~>x<~



— Você convidou a Bruna? — Brenda questionava enquanto secava os cabelos loiros com uma toalha.

— Convidei ué. — Kyle respondia deitando-se na cama, exausto. — Quem sabe eu tenho uma chance com ela? Haha!


Brenda não dizia nada, apenas revirava os olhos e deitava-se na cama de solteira ao lado da cama de Kyle, que eram separadas por um criado mudo. Ela segurava Megan, sua Vulpix com seus braços, fazendo-a ronronar e aquecer seu corpo. Aquilo era extremamente agradável, já que a Vulpix se aquecia ao receber bons abraços.


— Eu deveria é denunciá-la por pedofilia. — Brenda suspirava enciumada.

— Não seja má agradecida. Ela que conseguiu o seu emprego no Centro Pokémon. — Kyle comentava, tirando seu chapéu de palha e colocando no criado mudo. — Bem, estou exausto, boa noite.



~>x<~


— Isso, Aoki! —Ajeitava o seu chapéu de palha. — Termine isso com seu Leech Seed!


O Farfetch’d de Aurora se debatia para soltar-se das vinhas esverdeadas do pequeno Bulbasaur, que por si só, já demonstrava estar extremamente exausto. Então Aoki apontava o seu bulbo em direção do inimigo, lançando uma semente como um projétil que acertava bem na cabeça do pássaro.

Ao colidir-se, a semente abria com várias vinhas que envolviam o Farfetch’d. Nesse momento Aoki o soltou de suas próprias vinhas, vendo que o oponente estava preso em uma rede do Leech Seed. Cada movimento que a ave fazia para se soltar, um fortíssimo raio vermelho o atingia, sendo convertido como energia para Aoki em forma de um cintilante pó verde.

Não demorou em que o Farfetch’d finalmente cedesse, caindo desmaiado no chão.


—A vitória vai para os desafiantes Kyle, Aoki e Nero! — A voz de Allan ecoava por todo estádio, que desta vez estava lotado. Todos se levantavam para aplaudir o jovem com o chapéu de palha, que até então, fora o primeiro desafiante a vencer de Aurora.


Kyle dava um enorme salto, socando o ar. Ele corria em direção de seu Bulbasaur, o abraçando fortemente. Em seguida, corria em direção do exausto Growlithe que havia sido derrotado pelo Farfetch’d, dançando com Aoki ao seu redor. Nero apenas abanava a cauda, feliz com o resultado.

Bruna abria um sorriso de canto, sendo uma das que aplaudia e assobiava, gritando o nome de Kyle em meio o clima festivo.



~>x<~


Além da insígnia, Kyle também havia levado para casa o valor de quinhentos Zeny, que seria sua porcentagem dos ingressos vendidos. Claro que o rapaz teve a brilhante ideia em gastar todo o dinheiro em um restaurante local, conhecido pelo baixo valor nas bebidas alcoólicas e ser aberto até de madrugada, sendo um point entre jovens.
Kyle não conhecia a maioria dos que estavam lá, e os que conhecia, nunca havia trocado uma palavra, apenas visto no colégio quando estes já eram veteranos. Kyle era de longe o mais jovem do grupo.

Todos o bajulavam, parabenizando com apertos de mão, elogios baratos e até o levantando em abraços coletivos. Mesmo não sentindo veracidade naqueles gestos, Kyle sentia-se muito bem em finalmente ser o centro das atenções de uma forma boa, já que no colégio ele era quase que invisível.


— Tudo será por minha conta hoje, pessoal! — Kyle gritava, erguendo um copo com uma bebida transparente alcoolizada. Ele virava o copo, bebendo o liquido de uma vez só, fazendo uma careta em seguida. Aquilo fazia as pessoas ao seu redor comemorarem e solenizarem o seu nome.


Aquela estava sendo uma das melhores noites da vida do rapaz. Todas as piadas ruins que ele contava arrancavam risadas de todos na mesa, além de Bruna ter sua atenção totalmente voltada ao treinador. Ele se aproveitava da situação ao segurar a mão da belíssima enfermeira e por conta da embriaguez, o jovem até ousava em passar a mão pela coxa despida da mulher, que permitia.

Sua felicidade, no entanto, era desmanchada quando uma criança da cabelos azuis invadia o restaurante, bradando furiosamente.


—Quem é esse tal de Kyle, do chapéu de palha?!


Todos ficavam em silêncio, olhando para o treinador que parecia estar fazendo biquinho para tentar beijar a mulher ao seu lado. Ela se afastava um pouco, fazendo-o ficar congelado nessa posição.

Ao perceber que novamente era o centro das atenções, Kyle se levantava cambaleante, bem embriagado, e apontava o polegar em seu peito.


— Esse seria eu. E quem seria você?

— Meu nome? Eu sou o verdadeiro vencedor da insígnia do tufão! Sou Juan, o lendário aprendiz de Lucas Darkblue, e te desafio para uma batalha!




~>x<~




Kyle voltava para sua casa encolhido em seus próprios braços para poder se defender daquela terrível noite gelada. Sua cabeça doía cada vez que a álgida brisa atingia seu rosto. O beijo que o vento selava em sua pele lhe causava calafrios que percorriam por toda sua espinha.

Aoki e Nero o acompanhavam cada um em um lado. Sentiam-se desconfortáveis pelo estado deplorável de seu treinado, ainda mais após a discussão que tivera com aquele tal de Juan, após desmaiar antes mesmo de a batalha ter acontecido. Recusar o convite após acordar parecia ter o irritado ainda mais, e sinceramente, não tinha cabeça para discussões agora.

Sentia-se envergonhado. Nunca mais iria beber novamente.



~>x<~



Kyle e Christopher, um dos únicos amigos do rapaz, conversavam enquanto tomavam uma xícara de chocolate quente, ainda sentindo a bruma da manhã tocar seus rostos pálidos. O treinador de chapéu de palha havia decidido que iria sair de Pallet daqui poucas horas, junto a Brenda que ainda se arrumava.


— Você deveria ir com a gente. — Kyle comentava sério, olhando nos olhos de Christopher, que não conseguia sustentar o olhar.

— Talvez. Talvez sim. Talvez não. — O rapaz olhava para baixo. — Aurora me convidou para ser seu discípulo. Assim eu consiga melhorar nas batalhas, talvez.


Kyle torcia o nariz.


— Eu respeito sua decisão, Chris. — Kyle se levantava. — Eu espero poder te encontrar durante minha jornada.

— Você irá. — Christopher respondia sorrindo.



~>x<~



— Não acredito! — Kyle dizia empolgado, acelerando seu passo enquanto carregava várias malas consigo.

— Ei! Não seja tão apressado! — Brenda tentava o acompanhar. Ela carregava uma mala de rodinhas enquanto segurava Megan com o braço livre.

— Haha! Como não ser?!


Aoki era contagiado com sua felicidade e euforia, o acompanhando saltitantes e dando fofas piruetas ocasionalmente, como um filhote abobalhado.


— Viu? Até Aoki está ansioso!


Brenda suspirava diante a infantilidade do amigo. No fundo, ela também estava muito feliz e empolgada, ansiosa para a jornada que os esperava. Pela primeira vez, ela não sabia o que viria pela frente. Tudo seria novo.  Além do mais, Kyle não havia tido nada com Bruna, o que para a loira era um enorme alívio.

Agora ambos haviam pedido demissão e iriam seguir em rumo ao seus sonhos.

Iriam precisar de mais pessoas para sua equipe, mas iriam encontrar. As especialidades mais difíceis eles já tinham, um treinador e uma médica.



~>x<~



Após fazer um check-in, Kyle e Brenda compravam passagens só de ida para Veridian, onde seria o segundo passo de sua jornada. O próximo trem-bala para a cidade iria sair em alguns minutos, porém ainda tinham um tempo de sobra.

Enquanto caminhavam com suas malas, um rapaz montado em um Dodrio invadia a estação de trens-bala, derrapando ao mandar seu Pokémon parar abruptamente.


— Seth? — Kyle se surpreendia ao vê-lo, mas ainda sim contente. — O que está fazendo aqui? Não tem jornais para entregar não?

— Seu bosta. — Seth descia de seu Dodrio, jogando um petisco pelo bom desempenho da ave, e suas cabeças então começavam a brigar para ver quem iria comê-lo. — Você está saindo de Pallet mesmo? Vai tentar ser um treinador?


Kyle concordava com a cabeça, mas antes que pudesse dizer algo, era interrompido pelo amigo.


— Cara, eu não acredito. Ser treinador era algo impossível em nossa cabeça, como você tentará ser um?

— Eu já sou um. — Kyle respondia sério, mostrando a insígnia do Tufão que havia conquistado no ginásio de Aurora.


Seth abaixava a cabeça, fitando os próprios pés de maneira cabisbaixa. Então sentia a mão de Kyle pressionar-se contra o seu ombro, o que lhe incentivava a erguer o rosto e olhar nos olhos do amigo.


— Eu vou sentir sua falta, Seth, mesmo você sendo um babaca. — Agora o jovem do chapéu de palha estendia a mão para cumprimenta-lo.


Seth apenas dava um tapa na mão.


— Você não vai ser o único treinador de Pallet. — Seus olhos enchiam-se de lágrimas ao ver seu amigo de infância saindo da cidade, não sabendo quando iria o ver novamente — Se você quiser sair de Pallet, abandonar seus amigos, tudo bem. Mas eu não irei deixar isso batido, seu cusão.

— Set — Antes que Kyle pudesse acalmar o amigo, ele o interrompia.

— Não, cara. Eu estou falando sério. Eu vou me tornar um treinador. Um treinador muito, mas muito melhor que você. Irei chutar sua bunda e limpar sua cara no asfalto. Pode ter certeza, yeah.


Os dois se entreolhavam, desafiadores. Finalmente um sorriso era formado quando os olhos de ambos enchiam-se de lágrimas, fazendo-os darem um firme aperto de mão que ecoava por toda estação com um estalo quando as mãos se colidiam. Aquele aperto de mão iria selar a amizade que os dois mantiveram por anos, e não seria uma jornada que iria estragar.


— Vão se beijar quando? — Brenda caçoava, também emocionada com a cena.


Kyle e Seth limpavam as lágrimas, prometendo se encontrar durante a jornada. Quando isto acontecesse, um garantiu que iria vencer do outro, independente da situação. Os três então davam um forte abraço em grupo.


~>x<~


Kyle estava sentado em uma poltrona do trem bala, olhando fixamente para a janela enquanto observava Pallet se distanciando rapidamente. Assim como Brenda, o rapaz nunca havia saído da cidade e não sabia o vinha pela frente.

Sentia o toque gelado da mão de Brenda sobre a sua, finalmente desviando o seu olhar para a amiga. Em seu colo, a Vulpix virava levemente a cabeça para o lado, curiosa em relação do que estava acontecendo. No chão, Nero estava sentado de guarda, silencioso como sempre, o que era muito estranho para um Growlithe.

Aoki estava com o rosto grudado no vidro, emocionado ao ver Pallet se distanciando. O Bulbasaur caía aos prantos, de forma exagerada com sua voz fina e rouca.

Kyle abria um sorriso para Brenda, segurando a sua mão.



~>x<~


Um rapaz observava os dois embarcando no trem-bala, sendo acompanhados de seus Pokémons. Ele sentia o peso de um Pidgeotto pousar suavemente em seu ombro, trazendo consigo uma carta.

O jovem abria a mesma discretamente, sorrindo maliciosamente ao lê-la. Ele rasgava a mesma em milhões de pedaços para que ela fosse ilegível para qualquer um que tentasse bisbilhotá-la.


— Treinadores, huh? Ele parecem bem interessantes, não é mesmo, Aerys?


O Pidgeotto piava como resposta.



Ending


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Glossário de negritos:


Academia Carvalho e o exame final: Academia Carvalho é a única escola de Pallet, onde os alunos podem ser inscritos a partir dos três anos de idade, como no caso de Brenda. Além de ser em tempo integral desde o primeiro ano registrado, ela possuí diversas matérias, onde batalhas não são centralizadas, e sim fazem parte de uma modalidade à Educação Física e Biologia, no entanto, aulas relacionadas a Pokémons existem, mas não são tão prioridade assim. A Academia Carvalho é a principal instituto de ensino de Kanto e Johto.

O Exame Final, no entanto, é prioritariamente focado em Pokémon. Um exame longo e MUITO difícil, estilo Enem, onde os únicos três melhores alunos serão dignos de receber um inicial. LEMBRANDO, é possível capturar iniciais selvagens, mesmo que quase impossível, e também é possível comprá-los de outros treinadores, de lojas especializadas ou no mercado negro. No entanto, os iniciais presenteados SEMPRE terão algo único que os torna especiais. Por exemplo, Aoki sabe usar o movimento Weather Ball, que não é possível ser aprendido normalmente ou por breeding.


Colina dos Moinhos de Vento: É o meu lugar preferido de Pallet na minha fic. O nome diz tudo, é uma região de colinas cobertas pelas gramas mais verdes de Kanto, e com colossais moinhos de vento que são a principal fonte de renda da cidade. Kyle e Seth sempre se reuniam lá quando crianças para aproveitar a vista e a paz que o ambiente traz.


G.E.A.R Inc: Principal prédio comercial de Pallet, focando na tecnologias das Pokédex principalmente, além de trabalhar com o jornalismo, mesmo que este seja ameaçado pela própria tecnologia que a empresa abraçou. Além de ser o local onde o professor Elliot Oak trabalha hoje em dia, e não mais com pesquisas. Logo, Kyle, Seth e Gabrielle trabalharam bom tempo de sua pré-adolescência para o Professor Oak. Uma curiosidade interessante, é que a Grande Depressão dos Treinadores (Veja abaixo), foi eliminada pois o Professor mandou publicar a derrota de Kyle como notícia principal.


Grande Depressão dos Treinadores: Um longo período de tempo em que todos simplesmente desanimaram de ser treinador. O maior motivo foi pelo invicto campeão, Herick, que derrotava facilmente qualquer oponente. A empolgação das batalhas épicas simplesmente se foram, já que alguns ídolos se aposentaram pelas derrotas humilhantes ao campeão. No entanto, o que acabou causando a Grande Depressão, foi o governo ter aumentado a tarifa de impostos como treinador, achando que o movimento iria aumentar com a invencibilidade de Herick, aumentando o valor de Pokébolas, do registro de cada Pokémon, das inscrições para assistir/desafiar cada ginásio, que já é quase impossível de se vencer de primeira, e principalmente, nos Centros Pokémons.

No entanto, as vitórias já esperadas de Herick não incentivaram os treinadores como a derrota humilhante de Kyle.


Zenys: É a moeda principal da Fic. Acho muito feio colocar real e acho um pouco centralismo demais colocar PokéDolars, mesmo sendo o correto de acordo com as mídias de Pokémon. Bem, na fic, batalhas são apenas um esporte, não será o foco de TODO MUNDO. É como futebol no Brasil. A maioria gosta, mas eu, por exemplo, to cagando e andando.

Cada Zeny é equivalente ao valor de Real mesmo. 500 Zenys = 500 Reais.


E uma última coisa


Os pais de Kyle: Eles não serão mencionados e não irão aparecer, ao contrário de um Flashback que ocorreu na fan fic, eles não irão aparecer. Criem suas teorias.




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MensagemAssunto: Re: As crônicas de um Gyarados Voador - Kyle.    As crônicas de um Gyarados Voador -  Kyle.  - Página 13 Icon_minitimeTer 25 Abr 2017 - 19:39

Caralho, Rush, puta que pariu, caralho, vai se fuder. Porra, Lurly e Kyle ativos na área de fanfics juntos? Já nem me lembro quando foi a última vez que isso aconteceu :')

Cara, eu vou falar bem raso. Mas eu gostei muito dos últimos capítulos. A batalha do Kyle contra a Gabrielle foi muita boa e surpreendente, apesar de eu ter achado que o Kyle daria uma de protagonista e no final ia vencer, mas pelo visto não aconteceu. Também gostei da batalha da Karine e realmente esse Nidoking é muito apelo, já tinha até esquecido. Mas é como eu falei outra vez, o Nidoking é mó pokémon de bosta, mas em Kanto o cara é um rei huhauhauahhua, enfim.

Bem, eu gostei de você ter feito esses capítulos para resumir os volumes. Eu já nem lembrava algumas coisas de quando o caipira de Pallet ainda era literalmente só um caipira em Pallet. Já tinha esquecido do Morgan na estação de trem, a prova que eles tinha feito, enfim. Só que eu só fiquei meio bolado que fiquei esperando o resultado do torneio de Cerulean =/. Mas provavelmente você vai escrevê-lo no resumo, então, paciência.

Enfim, é só. No aguardo de mais resumos (não posso falar mais "é só e boa sorte com a fic", pois a mesma já acabou =/)

________________
The Adventures of a Gym Leader - Capítulo 48
Dreams come true

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MensagemAssunto: Re: As crônicas de um Gyarados Voador - Kyle.    As crônicas de um Gyarados Voador -  Kyle.  - Página 13 Icon_minitimeQui 27 Abr 2017 - 23:09

Rush, meu amigão. Que felicidade.

O último capítulo que eu tinha lido antes da grande depressão de fanfics foi o 43 (que ficou como XLII, apesar de ser o 43º), em que aparecem o Onix negro e o Nidoking monstrão. Depois disso, eu já tinha saído do fórum, e os três seguintes eu não cheguei a acompanhar, então decidi lê-los antes de ler o resumo que você decidiu lançar.

Bom, o capítulo 44 eu curti pra caramba, todo o negócio do Kyle descobrindo sobre a Brenda, ela querer ficar na cidade e como isso afetou a batalha do garoto, além do Jason ensinando o Kyle a dirigir, e a primeira sugestão de que o garoto fumaria mais para frente, foi tudo muito bom, eu adorei esse capítulo e foi bem nostálgico ler um capítulo novo dessa fanfic, mesmo que seja um capítulo de 2015, eu nunca cheguei e ler esse -q

Agora, os dois que o sucederam, eu tenho que dizer que não gostei. Foram os únicos dois capítulos escritos por você que eu li e não gostei, então vou ser sincero apesar de parecer meio cuzão da minha parte. Nessa época o fórum já estava morrendo/morto, e, pelo jeito, você estava bem desanimado e talz, e isso se refletiu na sua narração, não ficou tão bom do jeito que todos os outros foram, e por isso eu não gostei. Talvez em uma outra fanfic eles se encaixassem, mas você apresentou um padrão tão bom, que os capítulos XLV e XLVI decepcionaram. Pelo menos a mim.


Agora, meu grande amigo, esse resumo pegou tudo o que a fanfic tinha de bom e ainda melhorou, contando toda a história do primeiro volume de uma maneira diferente. Você soube separar os acontecimentos bem, com cortes entre os momentos que conseguiram passar a sensação de ser um flashback, e isso é realmente louvável. Sem se aprofundar muito, você nos contou o começo história de Kyle, e foi genial.

Não tem muito o que falar, é uma recapitulação. Os primeiros volumes vão servir mais para quem não leu até agora, e os leitores mais das antigas como eu, DZ e Black vamos apenas relembrar, pelo menos até o momento em que você chegar no momento em que paramos, e mostrar o que aconteceu depois de Cerulean e tudo mais, e, principalmente, mostrar como foi a separação de todos os membros do grupo, e isso eu quero ver bastante.
Aliás, eu parei pra pensar nesse exato momento que a parte em que Jason tenta ensinar o Kyle a dirigir na verdade já foi uma sugestão de que, mais tarde, o caipira assumiria o controle de Lavínia quando o mecânico saísse do grupo. Genial, cara.

Bom, eu agradeço por você ter agradecido a mim antes de começar o capítulo -q Você disse que eu incentivei e talz, mas na verdade eu é quem devia agradecer, por que "As crônicas de um Gyarados Voador" é responsável por tudo o que "Project Retype" é. Você citou o realismo, mas tudo o que tem de realista na minha fanfic apareceu lá depois que eu comecei a ler a sua (quando a minha ainda estava em planejamento) e algumas ideias foram surgindo. Se não fosse você, o Mikau não ia ser desobediente, não ia ter toda a trama de ele ser revoltado por ficar na pokébola e talz. Quando eu estava nos primeiros capítulos da sua, eu parei e pensei "porra, eu não posso fazer um Totodile que ficou durante dois anos preso obedecer o seu treinador logo de cara", e isso porque eu vi como você trabalhou a personalidade dos pokémon e talz. Aliás, o Mikau ia se chamar apenas Totodile se não fosse por você -q

Enfim, saí do assunto Laughing Curti muito o resumo, mas, ainda assim, estou bem triste por saber que a fanfic vai acabar. Sei lá, vai ser bem ruim ver a saga de Kyle chegando ao fim, mesmo que a grande liga continue (não sei qual das duas vai acabar primeiro), mas espero que você tenha uma outra grande história pra contar depois de tudo isso.

É isso cara, até mais ^^

EDIT: Ah, e quando você faz uma logo no CoolText, tem que salvar e hospedar de novo, porque a hospedagem do site cai depois de uma hora -q Acho que eu disse isso no tutorial que eu postei
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