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[Livro] Battle Royale

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Mensagem por Yoshihime Qua 3 Jul 2013 - 10:41

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Há algum tempo atrás uma boa forma de conhecer animês e mangás era através de revistas sobre o tema, como AnimeGo e NeoTokyo, entre muitas outras. Chegava até a impressionar, a quantidade de revistas sobre um tema que não chegava a ser muito popular no Brasil e, o que é mais estranho, hoje em dia, quando animês e mangás estão criando alguma expressão em território nacional, eu dificilmente encontro revistas desse tipo nas bancas.

Enfim, foi através dessas revistas que eu tive o meu primeiro contato com algumas séries, entre elas Battle Royale. Primeiro através de um pôster na NeoTokyo, achei bacana, mas como eu não sabia do que se tratava caiu no esquecimento e mais tarde no lixo (Agora me arrependo disso), em seguida através de uma matéria na AnimeGo, a premissa pareceu muito interessante para minha cabeça de 13 anos, procurei os mangás pelas bancas da cidade, mas não encontrei, acabei deixando de lado.

Recentemente, no início de 2012, com o lançamento do filme de Jogos Vorazes, vi inúmeras pessoas mencionarem Battle Royale internet a fora, lembrei então da reportagem que eu havia lido e fui atrás.

Caí em um erro, do qual me arrependo até hoje, assisti ao filme antes de tudo. Mas achei incrível, mesmo não sendo tão legal quanto o mangá e o livro.

Vale falar aqui que Battle Royale me ensinou que mídias diferentes merecem abordagens diferentes sobre um mesmo tema.

Depois do filme, que eu amei, fui atrás do mangá que para minha felicidade era ainda melhor. Apareceu então o arrependimento de ter assistido ao filme antes de tudo, muitas coisas do mangá teriam sido ainda mais divertidas se eu não soubesse do final.

Já em 2013 comprei a edição americana do livro, não publicado no Brasil, e me surpreendi com o fato de a história que eu achava sensacional conseguiu ser ainda melhor.

Antes de continuar acho interessa dizer do que se trata a obra para os que não conhecem.

Battle Royale foi lançado primeiramente, em 1999, como um livro pelo escritor Koushun Takami e, até onde eu sei, foi seu único Romance. Tornou-se um sucesso de vendas, apesar de controverso, e apenas um ano depois recebeu adaptações

para mangá e cinema.

A obra trata de uma linha do tempo alternativa e distópica em uma nação chamada Republic of Greater East Asia que vive sob um governo fascista, autoritário, que mantém forte rivalidade com os EUA e proíbe o contato de seus habitantes com o resto do mundo. O país possuí um programa governamental, conhecido apenas como “the Program”, de pesquisa militar que consiste em colocar uma sala do terceiro ano do colegial júnior de alguma escola do país em uma espécie de arena para que possam lutar até que reste apenas um vivo, para garantir a batalha entre os estudantes todos são “presenteados” com uma arma que pode ir de um garfo até uma metralhadora, e alguns suprimentos para durante o jogo. Além disso os estudantes são equipados com colares que explodem caso ninguém morra em um período de 24 horas, ou seja, se ninguém morre todos morrem.

A melhor explicação sobre o motivo desse programa é a que existe no livro — não sei o porquê de não estar também no mangá e no filme, até onde me lembro — que é o de criar uma paranoia na população, as pessoas veem aquelas crianças terem que lutar, mostrando que não podem confiar uns nos outros, cria-se então um pensamento de que não se pode confiar em ninguém, impedindo assim a formação de grupos organizados contra o governo.

A trama tanto do mangá, quanto do livro e do filme trata de uma das edições desse programa. Os 42 estudantes do terceiro ano do colegial júnior da fictícia cidade de Shiroiwa são selecionados e levados até uma ilha onde devem jogar esse jogo de matar ou morrer.

Aqui começam as diferenças entre manga, livro e filme. Como pretendo me centrar no livro vou falar superficialmente sobre as outras duas mídias.

O grande problema com o filme, para mim, é por conta do tempo, em um filme de 114 minutos é impossível conseguir dar destaque para 42 personagens, outros problemas do filme são algumas descaracterizações desnecessárias como a que acontece principalmente com o antagonista Kazuo Kiriyama, no filme colocam ele como alguém “filho da [palavra censurada] por natureza”, o que não é bem assim como falarei mais a frente. Além disso é criado uma adoração surreal pela personagem Noriko Nakagawa, que é extremamente sem graça, existe uma fixação do examinador do programa por ela injustificável, que, na minha opinião, só serviu para roubar o tempo do filme com cenas inúteis.

No mangá a grande diferença em relação ao livro é em algumas mortes, a minha morte favorita foi alterada nos quadrinhos, o que é uma pena, e na falta de verossimilhança, que faz parte do gênero, alguns personagens fazem inúmeros saltos, golpes, movimentos sobre-humanos.

Agora tratando do livro.

Koushun Takami dá um show de criação e desenvolvimento de personagens, todos os 42 estudantes são explorados pelo menos um pouco, suas motivações para agir de determinada maneira no programa são muito bem expostas pelo autor, com exceção da Noriko, a qual parece estar no livro apenas para criar uma motivação para o Shuya fugir e estabelecer uma ponte entre ele e o Shogo Kawada. A descrição do autor é precisa, e dinâmica, conseguindo transmitir para o leitor a adrenalina do momento, existe uma batalha entre Kazuo Kiriyama e Hiroki Sugimura que me tirou o fôlego, acho que a única expressão que eu consigo achar para esse momento é “do caralho”. O autor mostra que não está para brincadeira,  mata personagens que você durante a leitura considerava importantes, não nos poupa dos detalhes sórdidos, como dedos perfurando olhos ou foices cortando pescoços.

O desespero que paira sobre a arena é sentido pelo leitor, que se coloca muitas vezes naquele contexto, imaginando como seria se fosse parar em uma arena tendo que matar seus colegas de classe, seu melhor amigo, sua namorada, para sobreviver. É um terror intenso nesse sentido.

Como já disse, o grande forte do autor está nos personagens, acredito então que não há como falar sobre Battle Royale sem tratar deles, que sustentam o enredo, tratarei então dos principais e dos que mais gosto (que podem ser muito secundários).

O personagem central do Romance é Shuya Nanahara, um garoto órfão e um pouco revoltado, escuta e toca Rock, que é um estilo musical proibido no país, era destaque do time de basebol de sua escola até se revoltar com o treinador e sair, por algum motivo, que eu não detectei, muitas garotas são apaixonadas por ele, talvez por ele ser um pseudo-rockstar da escola, além de atleta. É um personagem que evolui durante o livro principalmente depois de se unir a Shogo Kawada para tentar sobreviver. Aproveitando que o citei, Shogo é um aluno recentemente transferido, mais velho, possuí inúmeras cicatrizes pelo corpo, misterioso para a maioria dos estudantes, mais tarde conhecemos detalhes do seu passado que mostram por que existe nele uma motivação para sair do jogo e lutar contra o governo.

Yoshitoki Kuninobu é o melhor amigo de Shuya, mora com ele no orfanato há anos, é apaixonado pela colega de classe deles, Noriko, contudo sua participação é curta, porque esse acaba morrendo antes mesmo do jogo começar (não acredito que isso seja um spoiler, porque acontece bem no início). Falando da personagem que eu tanto critico, Noriko tem a importância de um objeto, não é interessante, não acrescenta nada de importante aos diálogos, sua função é motivar Shuya, que decide protege-la por ser a amada de Yoshitoki, e estabelecer uma ponte entre ele e Shogo.

Shinji Mimura é um outro grande amigo de Shuya, o tipo de personagem criado para agradar a todos, é atleta, inteligente, conquistador, pegador, seu tio era um ativista anti-governamental que ensinou inúmeras coisas para ele. É praticamente a grande mente tentando escapar do jogo, bola planos para isso. Outro amigo do protagonista é o já citado Hiroki Sugimura, um garoto calado, gentil e proficiente em artes marciais, passa o jogo inteiro procurando duas garotas, sua melhor amiga Takako Chigusa e sua amada Kayoko Kotohiki, é meu personagem favorito e o meu momento favorito do livro o envolve.

Os grandes antagonistas do jogo são Kazuo Kiriyama e Mitsuko Souma. O primeiro é um garoto que devido a um acidente não possuí sentimentos, e isso consegue ser muito bem trabalhado, é difícil deixar um personagem realmente sem emoção, mas Koushun Takami consegue isso, demonstrando que Kiriyama ao pintar um quadro ou matar um colega de classe sente a mesma coisa: nada. Isso é demonstrado na forma que ele decide participar do jogo, ele joga uma moeda para decidir se vai entrar seguindo a proposta, ou seja, matando para sobreviver ou se vai se unir aos outros para tentar saírem todos juntos. Já a segunda sente, entra no jogo com o objetivo de vencer, possui motivações para suas atitudes que são evidenciadas pelo seu passado obscuro, é a única personagem que eu acho muito bem trabalhada em todas as três mídias.

Além desses eu gostaria de destacar um grupo de garotas que resolve se unir para sobreviverem juntas, nesse contexto mostra que em uma situação crítica essas alianças são tênues, elas se unirem é com certeza o caminho certo para conseguir escapar e sobreviver, mas é o tipo de boa ideia que pode a todo momento dar errado, como disse Kafka “O caminho certo passa sobre uma corda esticada pouco acima do chão. Parece antes destinado a fazer com que as pessoas tropecem do que levá-las a um bom fim.”. No farol essa “corda” pode ser um acontecimento mínimo. Esse é um grupo por qual tenho muito carinho, uma cena envolvendo elas inclusive, segundo entrevistas, foi baseada em cenas de Cães de Aluguel do Tarantino.

Gostaria, também, de falar rapidamente sobre a personagem mais aleatória do livro, Mizuho Inada despertou minha atenção, passa o programa inteiro acreditando que é uma guerreira enviada por um deus, e deve, portanto, matar quem ela considera demônios. Para mim ela foi o grande exemplo de como um contexto desesperador pode levar uma pessoa a loucura, de todos que sofreram com isso na trama ela é o grande símbolo.

Para finalizar eu vou fazer uma comparação que muita gente diz que não deve ser feita. Eu já fui defensor da possibilidade de Suzanne Collins, autora de Jogos Vorazes, não conhecer Battle Royale antes de escrever seus livros. Depois de ter lido tanto os livros dela quanto o de Koushun Takami e vi inúmeras semelhanças entre eles além de simplesmente uma premissa parecida. Existe em Jogos Vorazes uma seqüência enorme da personagem central passando sede, em Battle Royale existe uma cena parecida, contudo mais dinâmica, de desespero por sede. No primeiro livro da Collins a protagonista usa assobios imitando pássaros para se comunicar com uma aliada, o mesmo acontece no livro de Takami, onde Shogo dá um apito que imita um pio para Hiroki entrar em contato com ele. Só alguns pontos dessa comparação que eu gostaria de ressaltar, não acusando ninguém de plagio, mas provavelmente uma inspiração existiu.

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Mensagem por andergiehl Qua 3 Jul 2013 - 12:04

Cara, eu também assisti o filme primeiro, e gostaria de ler o livro. Curti bastante.
De fato o Kazuo tem essa imagem de personagem bem pau [palavra censurada] e nem é revelado muito sobre ele. E cara, eu tive que rir daquela cena do farol, muito loco, a mina escondida de baixo da mesa e ninguém desconfiava dela, sendo que ela que tinha remorso pela morte daquele carinha lá askldjslakdjsad
É bem legal que a obra passa esse ar tipo "imagine se você vivesse isso, nesse mundo opressor", eu sai depois de olhar o filme imaginando eu e minha turma lá, pensando em como minha arma pudesse ser alguma coisa tão fraca e ou sem alguma utilidade momentânea, tipo uma tampa de panela.
Vou confessar que eu tinha uma certa esperança de que a Mitsuko Souma ganhasse, da mesma forma que eu tinha que o Mimura conseguisse completar o plano dele, só que tipo, eles explodem aquele botijão lá, dá uma [palavra censurada] explosão, e o Kazuo ainda sai vivo. Tipo, surreal O_O (falo isso, na questão filme)
Tem umas partes bem tensas até, tipo quando o Kitano vai lá até a Noriko.
Bem maneiro a obra.
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Mensagem por Bakujirou Qua 3 Jul 2013 - 13:26

Oes, gui. Eu não tinha muitas ideias do que seria o tal do título battle royale que usou na fic usando os membros deste fórum. Foi só quando fui examinar a sua prateleira dentro do perfil do Skoob que eu reparei este livro e fui correr atrás de informações e sinopses sobre ele.

Não sou muito fã de filmes de horror/terror, mas acredito que este seja um bom título pra se ler. Realmente é uma pena que seja difícil encontrar títulos como este por ai. Se eu tiver algum tempo reservado, vou procurar encontrar o livro pra lê-lo. Fez um bom post pra este review, curti muito.

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