Tormenta divina
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Tormenta divina
Tormenta divina
Neptuno está zangado. Zangado com os Homens e com o Mundo; zangado com os Deuses por terem permitido que isto acontecesse; que a Humanidade acontecesse.
Mas agora já não há volta a dar. O mal está feito e nem as forças divinas o podem desfazer. Nos últimos dias, Neptuno manifestou-se contra nós. Atirou a sua ira contra as nossas cidades mais desprotegidas, atentando contra o nosso bem-estar e contra a paz que impera entre o Homem e o Deus, desde há milénios para cá, dizendo que o Homem não pode ousar invadir terrenos que não lhe pertencem. Fazendo das ondas a sua voz e gritando bem alto, invadiu as nossas praias, atacou os nossos paredões e acometeu sobre o nosso litoral, deitando abaixo as nossas pontes e levando tantos incautos que, movidos pela curiosidade, foram arrastados para o seu reino.
Hoje, tudo está mais calmo e parece que o Deus dos mares já tomou por seu aquilo que queria. Mas Neptuno ainda não está satisfeito. Esta falsa trégua que brilha à luz do luar, nas delicadas ondas da noite, não é mais do que o retomar do fôlego ao velho Deus, para que de novo possa arremeter sobre a Humanidade.
Ai de nós se o deixarmos respirar de mais!
Ai de nós se o deixarmos recuperar as suas forças novamente!
Já passámos anos de mais a provar as sementes da sua ira; tempo de mais com o sabor ao seu salgado ódio na boca. O Deus dos mares insurge-se contra nós repetidamente, deitando abaixo as muralhas da trégua que o aprisionaram durante tanto tempo, e nós permitimos que isso aconteça.
Irmãos, se nós o permitimos é porque ainda nos vergamos para com os Deuses. E nós não somos assim! Nós somos homens e mulheres com sonhos, com destreza, com imaginação, com mentes ágeis e capazes de procurar soluções onde aparentemente já não existe qualquer réstia desse calor emanado pela fogueira da esperança. Quando só há cinza, nós fazemos fogo; quando já só resta o osso, nós fazemos armas; quando não há esperança, nós ainda temos orgulho; mas quando o Deus dos mares nos invade, nós vergamos e perdemos as forças, deixando-nos ir nas suas correntes. É tempo de mudar! É tempo de olhar nos olhos da Besta e gritar, a plenos pulmões: “As cidades, onde vivemos, jamais ruirão; as pontes, que nos ligam, jamais cairão; a nossa esperança jamais desaparecerá. A Humanidade não se irá voltar a vergar perante a ira divina! O reinado dos Deuses chegou ao fim! É o Homem agora quem reina na Terra!”.
Nenhum Deus sobrevive sem crença e a nossa acabará depois de berrarmos mais alto do que a ira divina. Chega de premonições; chega de escreverem no nosso destino, a seu bel-prazer; chega de pôr a nossa paz em causa; chega de vivermos nas planícies, se podemos viver nos montes! Deitem-se abaixo os Deuses e erga-se a verdadeira essência Humana! Só assim poderemos conquistar a nossa paz e exorcizar os Demónios que pairam sobre nós. Estou tão certo disso, como a verdade vir à tona, na espuma das ondas do amanhã.
Mas agora já não há volta a dar. O mal está feito e nem as forças divinas o podem desfazer. Nos últimos dias, Neptuno manifestou-se contra nós. Atirou a sua ira contra as nossas cidades mais desprotegidas, atentando contra o nosso bem-estar e contra a paz que impera entre o Homem e o Deus, desde há milénios para cá, dizendo que o Homem não pode ousar invadir terrenos que não lhe pertencem. Fazendo das ondas a sua voz e gritando bem alto, invadiu as nossas praias, atacou os nossos paredões e acometeu sobre o nosso litoral, deitando abaixo as nossas pontes e levando tantos incautos que, movidos pela curiosidade, foram arrastados para o seu reino.
Hoje, tudo está mais calmo e parece que o Deus dos mares já tomou por seu aquilo que queria. Mas Neptuno ainda não está satisfeito. Esta falsa trégua que brilha à luz do luar, nas delicadas ondas da noite, não é mais do que o retomar do fôlego ao velho Deus, para que de novo possa arremeter sobre a Humanidade.
Ai de nós se o deixarmos respirar de mais!
Ai de nós se o deixarmos recuperar as suas forças novamente!
Já passámos anos de mais a provar as sementes da sua ira; tempo de mais com o sabor ao seu salgado ódio na boca. O Deus dos mares insurge-se contra nós repetidamente, deitando abaixo as muralhas da trégua que o aprisionaram durante tanto tempo, e nós permitimos que isso aconteça.
Irmãos, se nós o permitimos é porque ainda nos vergamos para com os Deuses. E nós não somos assim! Nós somos homens e mulheres com sonhos, com destreza, com imaginação, com mentes ágeis e capazes de procurar soluções onde aparentemente já não existe qualquer réstia desse calor emanado pela fogueira da esperança. Quando só há cinza, nós fazemos fogo; quando já só resta o osso, nós fazemos armas; quando não há esperança, nós ainda temos orgulho; mas quando o Deus dos mares nos invade, nós vergamos e perdemos as forças, deixando-nos ir nas suas correntes. É tempo de mudar! É tempo de olhar nos olhos da Besta e gritar, a plenos pulmões: “As cidades, onde vivemos, jamais ruirão; as pontes, que nos ligam, jamais cairão; a nossa esperança jamais desaparecerá. A Humanidade não se irá voltar a vergar perante a ira divina! O reinado dos Deuses chegou ao fim! É o Homem agora quem reina na Terra!”.
Nenhum Deus sobrevive sem crença e a nossa acabará depois de berrarmos mais alto do que a ira divina. Chega de premonições; chega de escreverem no nosso destino, a seu bel-prazer; chega de pôr a nossa paz em causa; chega de vivermos nas planícies, se podemos viver nos montes! Deitem-se abaixo os Deuses e erga-se a verdadeira essência Humana! Só assim poderemos conquistar a nossa paz e exorcizar os Demónios que pairam sobre nós. Estou tão certo disso, como a verdade vir à tona, na espuma das ondas do amanhã.
Weird von Gentleman- Membro
- Idade : 33
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Data de inscrição : 17/03/2013
Frase pessoal : Tudo acontece por um motivo.
Re: Tormenta divina
Ótimo texto, nunca comentei muito na área de fanfics para não me escapar mais besteira do que já é de costume, mas dos que acompanhei, adorei sempre seus posts. Primeiro estranha-se, depois entranha-se foi um dos projetos mais bonitos que cheguei a ver nos meus 15 ou 16 anos, que se resumiram ao fórum, basicamente. Hoje eu erroneamente acredito que tenho uma vontade um pouco maior de me esforçar para absorver certas leituras, então ainda quero reler o que puder ser aproveitado do site, mas as suas assinaturas serão as primeiras, já digo isso.
Você foi bem claro em suas palavras, mas me sinto na necessidade de reforçar as ideias dizendo que lembrei muito de qualquer coisa que ainda tenha - se é que "ainda" não é uma palavra que contraria muito a situação de qualquer problema atualmente - influência sobre adão. "chega de vivermos nas planícies, se podemos viver nos montes!", esse fragmento me ganhou a noite. :+)
Você foi bem claro em suas palavras, mas me sinto na necessidade de reforçar as ideias dizendo que lembrei muito de qualquer coisa que ainda tenha - se é que "ainda" não é uma palavra que contraria muito a situação de qualquer problema atualmente - influência sobre adão. "chega de vivermos nas planícies, se podemos viver nos montes!", esse fragmento me ganhou a noite. :+)
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assinatura: tsu
laser queer- Membro
- Idade : 26
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Data de inscrição : 16/12/2011
Frase pessoal : Freeze? I'm a robot, not a refrigerator.
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