Endless Life Online

Guia de Personagens:

Yukimura Riki

Yukimura Riki:

Volume 01:
Prólogo

Ler:

Capítulo 01
Capítulo 02


Comentários do autor:
Olá pessoal! /o/
Eu sou um grande fã de Sword Art Online, por isso resolvi criar uma história que fosse semelhante a SAO. Na verdade, apenas o jogo de realidade virtual será semelhante, mas o objetivo e os personagens são muito diferentes. Mas enfim... Gostaria de agradecer ao meu colega Kyo que está me ajudando na elaboração das ideias é ao Chibi Maker por ajudar a fazer os personagens para o guia. Por fim, gostaria de agradecer desde já por todos que estão gastando seu tempo lendo minha fic. Arigatou! /o/

Olá pessoal! /o/
Estou passando pra deixar o capítulo 01. Os capítulos não serão todos assim "pequenos", esse acabou desse tamanho por que tudo que queria colocar nele como capítulo de apresentação eu coloquei. A partir do próxima eles ficaram maiores.
Sem mais delongas, podem ler:

Capítulo 01

Link Start! - Foi o que eu comandei para o BraiNerves quando o relógio marcou nove horas. Após isso, vi várias luzes de tonalidades diferentes vindas em minha direção, também tive a sensação de que estava caindo num abismo escuro. Alguns segundos depois apareceram algumas palavras na minha frente:

Seja bem vindo a Endless Life Online! No momento você está prestes a entrar no mundo virtual de ELO. Por favor, informe seus dados e responda as perguntas que o sistema irá mostrar.

A primeira janela que apareceu pedia para eu escrever o meu nick. Como em todos os jogos que joguei antes, novamente usarei Yuriki, que é uma contração do meu nome, Yukimura Riki. Logo em seguida, uma nova janela dizia para que eu informasse a que classe de personagem gostaria de pertencer. Desde que me conheço por gamer gosto dos arqueiros, e não será dessa vez que escolherei uma classe diferente. Depois dessa escolha, o sistema realizou um longo questionário sobre as minhas preferências e gostos. Ao fim da última pergunta uma nova janela apareceu e mostrava o seguinte:

Parabéns! Seus dados foram todos computados pelo sistema. Por favor, confirme os seus dados e tenha uma boa aventura.

Ao confirmar meus dados senti um puxão e novamente tive aquela sensação de estar caindo no nada, entretanto, dessa vez o cenário que antes era preto, começou a se modificar e paisagens começaram a se formar, a música de fundo que antes estava quase inaudível, agora aumentava de volume, e a minha aparência também parecia estar mudando, pois conseguia ver que meu cabelo estava ficando totalmente branco. Antes que percebesse, senti uma forte dor nas costas como se tivesse caído da cama. Ao abrir os olhos percebi que estava deitado no chão olhando para o céu azul. Era uma visão impressionante. Por mais simples que fosse, pensar que tudo o que eu estava vendo era apenas um amontoado de dados projetado por algumas pessoas.

Algum tempo depois levantei do chão e também me admirei com o lugar que me cercava. Estava numa espécie de clareira no meio de uma floresta. As árvores que vi perto de mim tinham metros e metros de altura, alguns pássaros voavam por entre os galhos, e podia ouvir alguns sons estranhos vindos da floresta. Antes que minha cabeça pudesse processar tudo isso uma nova janela apareceu:

Olá Yuriki! Gostaríamos de informar que o senhor pertence à raça dos --Elfos das Florestas--. No momento, o senhor está localizado na --Clareira dos Viajantes-- no meio da --Floresta das Grandes Árvores--. Sua primeira missão-tutorial é chegar ao --Vilarejo Sfolk-- que está localizado na marcação que colocamos em seu mapa, mas tome cuidado, pois monstros rondam a área da floresta, por isso se equipe com os itens que deixamos no seu inventário. Boa sorte e que os deuses te acompanhem.

“Elfos das Florestas...” Ao ler isso, rapidamente coloquei as minhas mãos nas orelhas e pude sentir que elas estavam muito maiores que o normal. Quase pulei de felicidade, pois além de ser um arqueiro, seria um elfo, a melhor combinação possível para mim. Realmente a IA do jogo sabe o que faz com os jogadores, pensei naquele momento.

Olhei para o canto do meio campo de visão e pude ver um pequeno mapa. Ao clicar nele, o mesmo se expandiu mostrando com poucos detalhes os arredores de onde eu estava. Como a mensagem dizia, eu estava na Clareira dos Viajantes dentro da Floresta das Grandes Árvores. Ao norte de onde eu estava havia um local marcado com um ponto azul, só poderia ser o tal do Vilarejo Sfolk ao qual deveria ir.

Então abri o meu inventário para ver os itens que o sistema me deu. Lá estavam equipamentos de iniciantes e um arco de madeira. Equipei-me com os itens e testei o arco mirando num dos troncos de árvore que estava ali perto. Quando estiquei o arco com a flecha, dois círculos verdes apareceram na minha frente. Era a mira do arco, os círculos se mexiam muito rápido, dificultando a mira no tronco, provavelmente por ser um arco de baixa qualidade. Mesmo assim atirei, a fecha saiu da direção que queria e acertou o chão poucos centímetros longe do tronco.

Percebi que não era tão fácil ser um arqueiro nesse jogo. Por isso passei dez minutos treinando tiros contra aquele tronco de árvore. Nesse intervalo, nenhuma das flechas acertou o tronco, todavia, percebi que quanto mais nervoso ficava, mais rápidos ficavam os círculos da mira. Então resolvi respirar fundo e tirar os pensamentos da cabeça. Isso era algo fácil para mim, já que desde pequeno ensinei a mim mesmo a ignorar as coisas que aconteciam ao meu redor e não pensar sobre elas.

Mais ou menos um minuto depois levantei o arco, puxei a flecha, e vi que os círculos estavam se movendo num ritmo mais lento. Observei o movimento dos círculos e quando eles se encontraram no ponto em que queria acertar soltei a flecha, ela seguiu exatamente a direção que queria e acertou centro do tronco. Comemorei o acerto e continuei esse meu pequeno treino por mais algum tempo.

Depois de quase meia hora ali, minha técnica já tinha melhorado bem, tanto que cheguei a ganhar cinco pontos de destreza nesses poucos minutos. Então guardei as flechas e decidi que estava na hora de atravessar a floresta para chegar ao vilarejo. Fiquei de costas para o tronco e segui em direção a marcação azul que vi no mapa.

Olá pessoal. /o/
Não teve nenhum comentário, mas pelo número de visualizações do tópico, pude ver que bastante gente leu a fic. Agradeço a todos e deixo aqui o capítulo 2. ^.^


Capítulo 02

Avançando alguns metros dentro da Floresta das Grandes Árvores, encontrei o primeiro monstro dessa área, um --Warroom-- nível 1. Warrooms são pequenos cogumelos champignons humanoides, contudo, por não terem pernas se movem pulando.

Retirei uma flecha da minha aljava e posicionei-la no arco, então ativei a skill --Sonic Arrow--, a mais comum skill dos arqueiros.

Existem três tipos diferentes de Skills em ELO. O primeiro tipo de skills são aquelas que podem ser aprendidas conforme o jogador sobe de nível com sua classe, a Sonic Arrow é um exemplo desse tipo. O segundo são aquelas que são aprendidas pelo jogador quando ele se equipa com uma arma de nível maior, no meu caso o arco de madeira não possui nenhum tipo de skill. O terceiro tipo, e o mais raro, são skills que NPCs ensinam depois dos jogadores cumprirem suas missões, porém essas missões tendem a ter uma dificuldade muito elevada.

A flecha acertou o Warroom na testa. Ele conseguiu dar mais alguns pulos, mas segundos depois seu HP chegou a zero e todo o seu corpo se transformou em polígonos que sumiram no ar. Logo após isso, uma janela com a experiência e dinheiro ganho apareceu. Um Warroom nos dá 10 EXP e 1 koine. Koine é o dinheiro em ELO, que assim como em qualquer outro RPG, nós conseguimos ganhar derrotando monstros e finalizando missões.

No caminho até o vilarejo Sfolk enfrentei vários Warrooms e outros monstros. Todas essas batalhas me deram experiência suficiente para chegar ao nível 3. Depois de derrotar um Warroom nível 2 consegui avistar o fim da floresta, corri o mais rápido possível para evitar encontrar mais um monstro antes de chegar à esse saída.

Ao sair da floresta um aviso apareceu no canto superior esquerdo da minha visão mostrando que eu havia chegado ao Vilarejo Sfolk. Era um lugar todo protegido por um cercado de madeira antissimétrico, todas as estruturas construídas pareciam ser da mesma madeira que a da floresta que acabei de deixar. Pude avistar casas e algumas lojas formando uma espécie de mercadinho. No centro do vilarejo duas construções se destacavam, uma era um edifício de dois andares, e a outra, logo a direita, era feita com uma madeira mais branca do que as outras usadas em todas as construções do local.

Olhei para o mapa e percebi que a marcação em azul apontava para dentro da maior das construções. Caminhei por entre as outras casas e percebi que todas as pessoas ali eram NPCs, não havia nenhum jogador por perto, até aquele momento não dei muita importância, já que a localização de início de cada pessoa variava conforme o desejo do sistema.

Chegando a frente do edifício da marcação notei que ao lado estava escrito: Térreo - Bar do Gen, 1º e 2º andares - Capela Vlask e Pousada das Yanas. Girei a maçaneta e entrei. Lá dentro, como já esperava, havia muitas cadeiras e mesas por todos os lados, pessoas sentadas e bebendo, e garçonetes andando de um lado para o outro com bandejas cheia de bebidas e comidas. No canto direito da sala, uma escada conectava esse piso ao próximo andar.

Vi então que um homem alto atrás do balcão estava com a marcação azul em sua cabeça. Com certeza era ele que iria finalizar a missão-tutorial do jogo. Passei pelo labirinto de cadeiras e pessoas até chegar a esse homem, quando me aproximei o suficiente pude ver pela marcação em sua cabeça que o nome dele era Gen, o proprietário do bar, então disse:

“Olá...”

“Vejo que concluiu muito bem a sua missão-tutorial jovem jogador. Aqui está a sua recompensa.” - Ele repentinamente disse enquanto lavava um dos copos que estava no balcão.

Uma janela apareceu em minha frente mostrando que eu tinha ganhado 50 EXP e 50 koines. Aceitei a recompensa e continuei a olhar para ele esperando alguma coisa mais. Como ele não disse mais nada, dei meia volta, antes que eu pudesse dar um passo escutei novamente a voz do homem dizendo:

“Espere um momento. Aqui está mais um item que pode lhe ser útil.”

Voltei até o balcão e peguei o tal item. Era um item chamado --Mundo: Stolk--, era semelhante a um livro. Selecionei-o e percebi que esse era um livro contendo informações desse vilarejo, das pessoas que vivem aqui e sobre alguns monstros da região. Como sou um aficionado pelas histórias dos RPGs, gostaria de ler tudo naquele momento, mas o barulho dentro do bar não deixaria eu me concentrar na leitura, então resolvi subir a escadaria até a tal pousada das Yanas, que segundo o aviso na porta, estaria no primeiro andar.

Ao subir pela escada, cheguei em uma sala quase sem decoração, apenas com um grande tapete vermelho no chão que quase cobria todo o piso. No centro, uma grande escada ligava os pisos, e entre ela havia duas portas. Li o que as placas que estava em cima de cada porta diziam, e descobri que a da esquerda era a da capela e a da direita da pousada. A capela, eu tinha quase certeza, seria o local onde nós voltaríamos se morrêssemos perto daqui, já a pousada deveria ser o local de descanso e recuperação do personagem.

Como estava com muita vontade de ler o livro, pensei em alugar um quarto para poder lê-lo. Entrei pela porta da pousada. A recepção era bem pequena, tinha uma mesa com alguns cadernos e canetas em cima e atrás dela havia uma poltrona verde. Sentada nessa poltrona estava um mulher de meia idade com um leve sorriso no rosto e ao lado dela uma garota estava de costas olhando para algum lugar do teto.

Aproximei-me e pedi um quarto. A mulher disse que cada quarto custava 2 koines por noite. Informei que queria um por apenas uma noite mesmo, então a paguei e fui conduzido pela garota por um corredor até chegar à porta do quarto que reservei. Ela me deu a chave e sem dizer nada voltou para a recepção novamente, mas por algum motivo ela continuava a olhar para alguma coisa no teto.

Entrei no quarto. Era um lugar bem simples, tinha uma cama de madeira, um criado-mudo desgastado, e alguns vasos de flores no canto oposto ao da cama. Além disso, de frente para a porta, através de uma pequena janela circular, era possível ver a entrada do vilarejo. Depois de explorar um pouco o quarto, deitei na cama e comecei a ler o livro.

Fiquei tão entretido com a leitura que não sei dizer quanto tempo passei ali, mas tenho a impressão que passei muitas horas deitado na cama. O conteúdo era muito interessante. Nos primeiros capítulos pude ler sobre a história do vilarejo, sobre como cada pessoa daqui vive e como pegar missões com cada uma delas. Mais para o meio do livro havia informações sobre os monstros da Floresta das Grandes Árvores e da Floresta das Ilusões que circunda a primeira. Ao fim do livro havia um capítulo especial falando sobre que cada local dessa região possui missões finitas cujas recompensas são prêmios especiais que não podem ser encontrados em qualquer lugar.

Esses prêmios devem ser itens raros e os God Tickets, eu cheguei a conclusão. Só que antes de ir atrás deles, eu preciso ganhar experiência e me equipar melhor para poder enfrentar os chefes do jogo. Depois de pensar um pouco mais no assunto, resolvi explorar esse vilarejo de Sfolk, e procurar algumas missões para fazer. Antes de partir para essa aventura, selecionei o menu da cama, e fiz meu personagem dormir por quatro horas para se recuperar da missão tutorial, pois em ELO os jogadores além da barra de HP, possuem uma barra de stamina, que vai diminuindo a cada ação do personagem. Quanto menos stamina um personagem tem, mais lenta suas ações e tempo de reação ficam.

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Quando acordei, peguei o livro que estava no criado-mudo e deixei o quarto. Andei pelo corredor até chegar à recepção da pousada. Aquela garota NPC, que me guiou até o quarto, estava dessa vez sentada na poltrona. Segundo o livro, essa pousada é gerenciada por uma mãe e sua filha. Essa deve ser a filha Agnes, que desde a morte do pai, ajuda sua mãe nos negócios da família. Aproximei-me dela e disse:

“Eu já estou saindo, o quarto já está vago, tudo bem?”

“Oh... Claro, me dê a chave, por favor.”

“Aqui está” - Dei a chave para ela e reparei em a quão nova ela era.

“Agnes é um nome que combina muito bem com ela...” - Eu murmurei sem pensar muito.

“Como você sabe meu nome?” - Ela perguntou assustada.

“Ah~~ Digamos que eu tenho minhas informações...” - Tentei responder sem parecer muito suspeito.

“Você é um daqueles que se aventuram pelo mundo?”

“Sim, mas comecei hoje na verda...” - Antes que eu terminasse de falar ela rapidamente disse:

“Você poderia me ajudar então?”

“Ajudar em que?”

“Algumas pessoas dizem que um fantasma está aparecendo no porão desse edifício, por isso ninguém se arrisca a investigar, entretanto, durante algumas noites eu consigo escutar uma voz lá de cima me chamando.” - Ela disse com a cabeça abaixada tampando os ouvidos. Então continuou:

“Se você pudesse ver o que tem lá e descobrir o que está acontecendo, eu ficaria muito grata”.

Assim que ela terminou de falar uma janela apareceu em minha frente:

Você foi selecionado para a missão “O porão da pousada”. Por favor aceite ou recuse.

Então tudo isso foi uma introdução de missão. Mas achei estranho que essa missão não estava listada no livro que tinha acabado de ler. Ao pensar nisso percebi que essa deveria ser uma daquelas missões finitas que o livro citava no fim. Fiquei indeciso se aceitava ou não a missão, já que não sabia se eu estava num level adequado para realizá-la. Olhei para a garota e vi que seu rosto mostrava uma expressão de angústia e um pouco de medo. Resolvi então aceitar e ver o que me aconteceria, já que no máximo eu iria morrer e ressuscitar na capela que estava a alguns passos daqui.

“Obrigada. Espero que Vlask ajude você.” - Ela proferiu enquanto juntava as duas mãos como em uma oração.

Vlask é o deus protetor dessa região. O livro não tinha muitas informações sobre ele, apenas dizia que todos os anos, o deus ajuda seus seguidores fazendo com que todas as plantações cresçam fortes e saudáveis.

Depois de terminar a conversa com Agnes, sai pela porta da recepção e olhei para a escada que me levaria ao próximo andar. Essa seria minha primeira missão séria desse jogo, e logo de quebra, seria uma missão finita. Equipei-me com meu arco, repassei os monstros que o livro me apresentou e comecei a subir a escada pensando no que aconteceria comigo lá em cima.