[GP] The Nonary Game

Bem vindos a bordo!

Eu dou as boas vindas a todos vocês, do fundo do meu coração, para isso, minha embarcação.

Eu sou 「Zero」, o capitão desse navio. Eu sou também aquele que convidou vocês para aqui.

Pois bem, eu gostaria que vocês participassem de um jogo.

Alguns de vocês, eu sei, estão familiarizados com ele.

O 「Jogo Nonário」, ou 「Nonary Game」. É um jogo... onde você irá colocar sua vida na linha.

As regras do 「Nonary Game」 podem ser encontradas nos seus bolsos. São regras simples. Leiam-nas.

Tem mais uma coisa que eu devo contar para vocês.

Como vocês devem ter suposto, sim, esse navio começou a afundar.

14 de Abril, 1912... o famoso transatlântico Titanic bateu em um terrível iceberg.

Após permanecer flutuando por duas horas e quarenta minutos, ele afundou nas águas do Atlântico Norte.

Mas eu irei dar-lhes mais tempo.

「9 horas」. Esse será o tempo que será lhes dado para escapar.

Agora é hora.

Eu lhes desejo a maior das sortes.

Que os jogos comecem.

Com este anúncio você acorda. Lentamente retoma sua consciência, balançando a cabeça e esfregando os olhos. Você dormiu por bastante tempo. Por quanto tempo será? Provavelmente mais de um dia. Você então olha para suas mãos. Elas estão como... espere. O que é isso? Parece que enquanto você dormia, alguém mudou suas roupas. Agora você estaria completamente nu, se não fosse por um jaleco que você estava usando. Lembrava uma daquelas roupas que pacientes usam em hospital, exceto pelo design completamente diferente: um quadriculado vermelho, da gola até a ponta que encostava nos joelhos, semelhante à camisas de festa junina. E em seu pulso esquerdo, alguém havia prendido um grande relógio vermelho.


Apertando os botões ao lado da tela, em qualquer sequência, apenas acenderia o LED, revelando um número. E, caso a pessoa virasse o pulso, veria que o relógio estava realmente preso ao pulso. Não tinha como tirá-lo de qualquer maneira.


Ao olhar ao seu redor, você perceberia que estava em um ambiente estranho. Uma sala pequena, de paredes e piso de concreto, do tamanho de um elevador espaçoso. Em uma parede tinha uma porta, completamente selada, com um enorme asterisco pintado em algo que lembrava a sangue, e na parede oposta estava um enorme painel vermelho. À direita do painel estava uma caixa com um extintor de incêndio.


Você tenta se lembrar de algo. De quando você foi sequestrado. Mas nada vem em mente.
Literalmente, nada. Você não tem memória alguma de nada. Nem sequer de seu nome.

Como diabos você é sequestrado e levado para um navio, e não se lembra disso?

Navio... Então você se lembra do anúncio, e rapidamente procura em seus bolsos por qualquer coisa. Com pouca dificuldade, encontra um papel dobrado, que se revela ser uma mensagem do raptor para você.

Seja bem vindo à décima oitava edição do Jogo Nonário!

Uma breve explicação será dada sobre o jogo.

Neste navio, você encontrará uma grande quantidade de portas decoradas com números.

Nós as chamaremos de 「portas numeradas」

As portas atrás de vocês são diferentes, e assim com outras 「portas normais」, decoradas com asteriscos, elas abrem de outras maneiras além desta.

Nesse caso é simples, você precisará apenas posicionar sua mão com o 「bracelete」 em cima do painel, quando estiver tudo pronto.

Recomendo que antes disso, você abra a caixa do extintor.

Dentro dela você receberá um 「objeto pessoal」que poderá ou não oferecer a você uma vantagem no jogo.

Saiba que outras pessoas também receberam outros presentes. Mas, assim como você, estarão relutantes e não irão revelar sua 「carta na manga」 antes da hora certa.

Não faça pressão sobre esses objetos. Acredite, todos serão usados no seu devido tempo.

Enfim, voltando às 「portas numeradas」.

A chave para abrí-las está nos 「braceletes」 que vocês possúem.

Ao juntar os números dos 「braceletes」 para obter a 「raíz digital」 igual ao número da porta, você conseguirá abrí-la.

Mas lembre-se, apenas quem abrir a porta poderá passar.

Existem, portanto, limites.

Apenas 「3 a 5 pessoas」 podem passar por cada 「porta numerada」.

Todos que entrarem devem sair. Todos que entrarem devem contribuir.

Pode parecer muita informação no momento. Talvez seja melhor esquecer por enquanto.

Abra novamente este papel quando se deparar com uma 「porta numerada」.

Um de vocês poderá explicar melhor sobre 「raízes digitais」.

É um 「objeto pessoal」. Não disse que seriam usados na hora certa?

Enfim. O propósito desse jogo é simples.

Saia deste navio vivo.

Está escondida, mas a saída pode ser encontrada.

Procure a saída... procure uma porta decorada com um 「9」.

Bom jogo a vocês.

Assim, você relutantemente guarda o papel em seu bolso. O que vai fazer?

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NARRADOR POST
Agora, todo mundo que receber a MP pode postar aqui e confirmar que leu as regras acima e pegou o objeto de dentro da caixa do extintor. Dica: podem compartilhar o número de seus braceletes, mas não compartilhem os objetos. Digamos que são o tempero especial do jogo.

Tudo estava muito confuso, eu não entendia nada. Qual o motivo de eu estar ali? Um navio afundando, uma roupa completamente fora de moda, nove horas, nove pessoas, porta nove...? Eu não compreendia mais nada. Dei um tapa em meu próprio rosto para sair daquele pesadelo, não funcionou. Tentei de novo, e não funcionou. Pela última vez... Nada. Ok, aquilo era real. E eu estava tremendo de medo. Talvez seja uma brincadeira, mas santo Cristo, era uma brincadeira ridícula. Tentando dominar meu medo, fui andando até a caixa do extintor e peguei o meu tal objeto pessoal. Isso é estranho... Isso é muito estranho. Se isso for verdade, temos que fazer essas 9 horas valerem. Esperarei os outros pegarem seus respectivos objetos.

Decidi sair do meu elevador, e pelo visto, já havia algumas pessoas lá conversando. Bem, não exatamente conversando, mas sim questionando umas as outras. Elas estavam bastante confusas com tudo, então não posso realmente julgá-las por perguntarem tanto; eu também possuía várias perguntas em minha cabeça. Olhei para os lados, e percebi que haviam janelas, e elas nos mostravam o mar. O... O mar, não é? Então isso é mesmo um navio, e não uma simulação? Então é mesmo verdade, pelo visto. Eu não estou com medo, eu acho? Eu sei que irei morrer, mas estou estranhamente calmo para uma situação como essas. Andei para perto das pessoas que também participavam de tal "brincadeira", e falei no tom mais calmo possível:

- Vocês também, hein? - Coloquei minha mão em meu queixo, e comecei a pensar alto. - Se nós não sairmos daqui em 9 horas, iremos todos afundar juntos a este navio. Isso é... Uma pena.

Eu estava tendo sonhos tão bons, por que aquela voz tinha que me acordar? Eu volto então a dormir, mas a voz não para de falar. Quando eu finalmente me sento, ela para. No fim das contas acabei não ouvindo nada, ah...
Dou um bocejo do fundo do meu peito, que não me despertou em nada, olho ao meu redor e não conhecia nada, mas era de algum jeito aconchegante... Começo a passar a visão pelo lugar até dirigi-la a mim mesma, eu estava usando uma roupa gostosa, engraçada, mas gostosa.
Como estava com um pouquinho de frio ponho as mãos no bolso e sinto algo lá, era um papel. Tento ler ele algumas vezes mas não entendo quase nada, exceto algo sobre uma caixa, que eu já tinha visto ali no cantinho. Caminho então até a caixa e a tento abrir, ela é um pouquinho dura, mas consigo. Pego meu item e tento entende-lo. Eeeee? Eu não entendo nada... Fico meio triste por meu item ser tão bobinho. Coloco ele de volta na caixa.
Eu gosto desse lugar, mas minha barriga está começando a fazer barulho, e por mais que eu goste de dormir ainda tenho que comer. Então caminho em direção a porta, mas não consigo abri-la, continuo tentando mais um tempo, mas definitivamente não consigo.
Caminho até a cama e me sento, fico pensando por um certo tempo sobre o que fazer, minha barriga estava fazendo cada vez mais barulho. Dou uma segunda chance ao papelzinho, mas novamente ele não me diz nada...
Vou até a porta novamente e começo a tateá-la, e de repente BEEEEENG, a porta abre! Nesse momento eu reparo que tem um coisinho no meu braço, que engraçadinho, mas eu não consigo ver as horas nele... Fico triste de novo pelo meu relógio só mostrar o número 2.

Saio então do meu quartinho e me deparo com um bando de gente confusa, fico observando-as por alguns instantes. Ai como essas pessoas são bobas...
Começo então a tatear as portas como tinha feito anteriormente, talvez em alguma delas tenha comida, nhumm...
Infelizmente nenhuma porta abriu, me sento então no cantinho da sala. 

-Aaaaan... Ai minha barriguinha...-  Suspiro enquanto massageio meu estômago.