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Mensagem por Lumada Ter 13 Jan 2015 - 3:22

Olá pessoal. Sou nova aqui no fórum e tem realmente muito tempo que não escrevo fics, até porque gosto de escrever muito e nem todo mundo curte fics longas, o que me fez deixar de lado (principalmente as de pokémon, que a galera prefere fics curtinhas). Comecei a jogar as versões XY há pouco tempo e achei de um material riquíssimo para fics. Gostaria de compartilhar a primeira parte da minha "Poké-Medium Yalene" e, se vocês gostarem dessa primeira parte, posto o restante da história.

Poké-Medium Yalene Icv2j8

                       Sabe, eu nunca acreditei em fantasmas. É estranho dizer isso, já que faço exorcismo de pokémons fantasmas, mas esses possuem existência comprovada. Sou muito boa no que faço, até. Principalmente em interpretação e morar na cidade certa, repleta de cemitérios e cultura do medo de espíritos. Certa vez, uma Misdreavus estava assustando quem passava por uma alameda torta aqui no centro de Fanteak. Seu alvo favorito eram mulheres que não treinavam pokémons e voltavam para casa após o trabalho, quando já estava de noite. Misdreavus são capazes de emitir um grito torturante, esganiçado, de gelar a espinha, mas só se sentirem que você está vulnerável, com medo. Eu estava numa praça, com minha roupa longa e minha pequena mesa com os dizeres “Médium de pokémons! Especialista em afugentar espíritos agourentos sem utilizar os mesmos”. Fanteak possui o costume de não usar pokémons contra pokémons fantasmas, por conta de alguns incidentes bem tenebrosos na cidade que aconteceram quando eu ainda era criança e que não preciso falar sobre eles agora.


                       A questão é que eu e a praça inteira ouvimos um grito humano vindo da tal alameda quando ainda estava de tarde, relativamente claro. A Misdreavus estava aprontando novamente, dessa vez mais cedo que antes. Pulei da mesinha e acalmei a multidão. Não havia motivo para pânico, afinal, eu possuo muita experiência e muito pouco dinheiro, então precisava mostrar o que sabia fazer de melhor. A caminho da alameda, com a multidão me seguindo movida pela curiosidade que causei ao falar que espantaria o espírito, uma criança se jogou em minhas vestes longas, implorando para que eu não fosse, que pokémons fantasmas são excepcionalmente perigosos. Me ajoelhei e a confortei maternalmente, com um abraço, enquanto pedia coragem e que tudo estaria sob controle. Os gritos continuaram até o momento que cheguei na alameda: havia uma senhora gorda, assustada e imóvel por conta do pequeno Pokémon fantasma que a circulava, sem que deixasse sair da rua. Misdreavus respondia cada grito de medo da senhora com gritos mais altos e assustadores, rindo das reações da mulher antes de continuar a pequena sessão de tortura. Pedi para que a multidão se afastasse, de forma que todos ficaram atrás de mim. Peguei um pergaminho gigantesco que carrego como um conjunto de arco e flecha e chamei a Misdreavus com um grito de desafio. O Pokémon parou no ar, antes de virar assustadoramente a cabeça como se estivesse curiosa com a minha “afronta”. Avançou antes que eu a desafiasse mais uma vez, gritando alto e assustando a multidão às minhas costas. Rapidamente, desenrolei o pergaminho, que trazia uma antiga oração budista escrita numa língua extinta e cheirava fortemente a alho. Um forte brilho cor de sangue clareou a alameda e atingiu a Misdreavus em cheio. Desnorteado, o Pokémon tentou uma nova investida, mas passou longe de qualquer alvo, atravessando o chão como se fosse feito de água e sumindo de vista, logo em seguida. Enrolei o pergaminho de volta e guardei, antes da multidão urrar de felicidade. Fui aclamada como heroína médium, abraçada por todos, e ainda ganhei alguns cupcakes que a senhora que ajudei estava carregando na bolsa. A criança a quem pedi coragem diante de todos me abraçou e perguntou meu nome. “Sou Yalene, a poké-médium!”. Em seguida, me dirigi à multidão (ou será que poderia chamar de plateia?): “E se algum dia alguém estiver com algum problema relacionado a espíritos agourentos, fantasmas ou qualquer coisa do tipo, é só me procurarem. Cobro caro, mas é porque todos sabem que sou apenas uma humana lutando contra pokémons fantasmas, já que não usamos pokémons em Fanteak!”. Todos aplaudiram novamente e pude passar uma boa parte do começo da noite, atendendo pessoas na praça e com bons poké dólares no bolso, em troca da venda de adesivos com orações especiais para afugentar espíritos e coisas do tipo.


                                  A cidade fica vazia assim que anoitece e logo pude ir para casa, ou ficaria na rua sem possíveis clientes. Como não tenho família, moro onde dá pra ficar ou até me expulsarem por ocupação ilegal. O imóvel da vez é um antigo apartamento com encanação falha e estrutura comprometida. A criança me esperava no batente do apartamento, havia ido embora quando fui para a praça vender adesivos após espantar a Misdreavus. Sorri e lhe dei um cupcake. Com a ilusão desfeita, Zorua comeu o bolinho com alegria. Sim, é óbvio. Não há pergaminho mágico, nem mediunidade. Apenas um bom Pokémon capaz de se passar por humano e assim, me permitir espantar fantasmas da cidade fingindo que foi exclusivamente por minha conta. O golpe Confusão Noturna, assinatura do Zorua, era o responsável por afugentar os pokémons fantasmas, extremamente vulneráveis a ataques noturnos. Assim que não identificavam a origem e muito menos com a precisão de antes, os pokémons fantasmas evitavam continuar o confronto. Minhas semanas costumavam ser assim, alguns dias faturando mais, outros menos. Misdreavus, Banettes e rotoms eram os mais comuns de encontrar. Às vezes Zorua era uma criança, outras um velhinho. Ele podia ser quem quisesse, desde que estivesse atrás de mim no momento certo, na hora de atuar. Eu não me importava muito com Zorua, ele apenas parecia gostar de minha companhia.


                                    Certa noite, eu estava esfregando uma nova leva de creme de alho puro no pergaminho antigo (já falei que a tal oração budista que tinha nele era completamente inventada por mim?), ouvi alguém bater na porta. Ignorei, mas as batidas continuaram. Fui para a pequena varanda pegar mais alguns alhos e me deparei com uma pessoa. Incrédula e ofendida, fiquei sem palavras. Um rapaz me observava. Magro, alto, cabelo cor de cobre e um sorriso de quem parecia estar feliz em me ver. “Desculpa, só bati na porta por educação”. Reparei que ainda estava com a boca aberta, antes de balbuciar “o...o que?”. “Finalmente te encontrei, havia te procurado na fábrica de jornais, mas você não mora mais lá”. Caramba, ele sabia até onde eu morava antes de ir para o velho apartamento. É polícia, na certa. Zorua não estava com a ilusão quando veio até a varanda me procurar. Olhou para o rapaz e bocejou, estava bem menos assustado que eu. “D...desculpe...moço...não estou aten...atendendo a essa hora, volte depois”. O rapaz tentou argumentar, mas eu já estava arremessando o pergaminho nele. A surpresa maior foi quando o pergaminho ignorou completamente que havia um obstáculo no meio do caminho e bateu na parede atrás dele. “Era o que eu ia tentar avisar. Sou um fantasma agora”.


                                    Lentamente, senti minha boca se abrir e pernas tremerem, sem sequer conseguir sair do lugar. Com o pouco de força que consegui reunir, joguei um alho nele, que também não foi atingido. “Fantasmas não existem...palhaço...que brincadeira é essa? Zorua, ataque” ordenei ao meu Pokémon, que reagiu com um golpe de confusão noturna eu clareou de vermelho sangue o prédio inteiro. Me arrependi no mesmo instante, não poderia ter denunciado minha posição e nem pokémons podiam usar golpes na cidade (salvo determinados centros de treinamento), fora que o rapaz também não havia sido afetado (o que não aconteceria se ele fosse humano ou Pokémon). Mas não era, realmente não era nenhum dos dois. “Bom, isso é constrangedor. Achava que uma médium Pokémon entenderia minha situação melhor que ninguém”. Ofendida ao extremo com aquela frase que atingia tudo que criei para mim, fui responde-lo, mas ouvi sirenes ao longe. A polícia se aproximava. Tampei minha boca com as duas mãos por alguns segundos, antes de começar a reagir: “Caramba, esqueci completamente disso. Vou abandonar esse prédio agora! Vamos, Zorua, não há tempo pra fazer as malas”. “Você pode ir para a minha, afinal de contas...” começou o tal fantasma mas eu o interrompi “Você não existe!! Não existe nada disso, apenas estou trabalhando muito e fiz uma grande de uma m...” e ouvi os vizinhos saindo de seus apartamentos para saber o que ocorria e as sirenes cada vez mais próximas. Não dava tempo. Toquei o fantasma novamente, ou melhor, tentei tocá-lo. Minha mão o atravessou. Haveria tempo para eu constatar minha loucura depois. Perguntei o que ele queria. “Me ajude”. “O quê? Como é que eu vou te ajudar?” e ele me olhou de cima para baixo como se eu já devesse saber a resposta.

                                            Os policiais estavam perto demais e eu me meteria em encrenca caso continuasse ali. Ocupação ilegal, uso de golpe Pokémon fora do centro de treinamento, não queria nem continuar mentalmente a lista. “Tá bem, eu ajudo. Mas me leva pra onde quer que seu corpo humano tenha morado” eu disse enquanto colocava o pergaminho como um conjunto de arco e flecha nas costas. Era um absurdo tudo aquilo que eu estava dizendo, não fazia o menor sentido. “Isso faz parte do que eu ia pedir de qualquer forma, me segue” E simplesmente voou do prédio até o chão do mesmo. Fui pelas escadas, ignorando os três andares de vizinhos que tentavam entender o clarão vermelho que houve no prédio. Ouvi alguns comentando que poderia ser uma horda de rotoms nos elevadores. Outros me olharam com desconfiança. Zorua correu comigo até o lado de fora e usou a o golpe de face assustadora nos únicos dois policiais que saíram da viatura. “Ótimo” eu pensei, ironicamente “Mais um delito na minha lista. É melhor que esse espírito more num cofre de banco”. E desaparecemos pela escuridão de Fanteak.


Última edição por Lumada em Dom 25 Jan 2015 - 2:19, editado 4 vez(es)
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Mensagem por Rush Ter 13 Jan 2015 - 14:41

Seja bem vinda ao fórum, prometo que você vai adorar a área de fics!

Olha, tenho que admitir que eu gostei MUITO da ideia. Mas a formatação dificultou um pouco a leitura. Eu recomendo que a cada parágrafo, você pule no mínimo duas linhas antes de iniciar o próximo, assim o texto não fica muito poluído com palavras e a leitura fica menos densa.

Mas voltando a falar sobre o enredo. Eu gostei bastante mesmo da ideia. Achei tudo bem misterioso no começo, não sabemos nada além do nome de Yalene, mas nenhuma característica física ou nenhum detalhe sobre seu passado. Mas para o prólogo, eu gostei bastante dela. Também gostei do Zorua, um Pokémon que é bastante utilizado na área, mas pouco explorado. Você pareceu descrever bem a sua personalidade "arteira" e esperta.

E olha, quando apareceu um espírito de um jovem, a minha curiosidade sobre o desenrolar do enredo aumentou bastante.

Não vi nenhum erro de gramática, só tente pular duas linhas a cada parágrafo, tudo bem?

É isso, aguardo o próximo capítulo. Recomendo que leia outras Fan Fictions da área! Não irá se arrepender. (:

Um abraço, até mais!
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Mensagem por Lumada Qua 14 Jan 2015 - 3:02

Obrigada, Rush

Concordo quanto à formatação, realmente senti isso também, até porque o espaçamento precisa ser improvisado da maneira certa em fóruns e tive medo de quebrar a linearidade, rsrs.

Assim que eu postar a segunda parte, já estará com essa sugestão e estou vendo se diminuo o tamanho dos capítulos, também. Obrigada novamente e estou sim, acompanhando o trabalho do pessoal.
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Mensagem por Black~ Qua 14 Jan 2015 - 12:12

Bom, vamos lá.

Eu curti a história da fic. É uma ideia ousada, e nunca tinha visto nada desse tipo aqui no fórum. Uma mulher que finge exterminar pokémons fantasmas, mas na verdade não faz nada disso, quem faz é um Zorua. Achei bem interessante essa história.

Mas concordo com o Rush, que a formatação do texto não ajudou muito, já que os parágrafos ficaram bem grandes e muito juntos, podendo confundir um pouco ao ler, e também até tornando-se um pouco maçante ler o texto, então ao postar o próximo capítulo só tente formatá-lo melhor.

A história está bem misteriosa, e também gostei da utilização do Zorua para enganar os outros, realmente ficou muito bom, já que essa é uma função 'não explorada' dele. Aquele espírito também me atiçou a curiosidade, onde será que ele irá levar a Yalene? Hm... vamos aguardar.

Erros não vi nenhum.

É só e boa sorte com a fic.

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Mensagem por Lumada Sex 16 Jan 2015 - 18:38

Olá, pessoal!!
Primeiro quero agradecer pelas mensagens e dicas que recebi. Gosto de escrever e, quando juntei esse hobby com pokémon, simplesmente fui com tudo, rs.

É muito bom encontrar um espaço com outros fãs da série que curtem escrever e ler a respeito.                                            

Eu tive um leque de caminhos possíveis com essa fic e gostaria de falar um pouco sobre eles (algumas ideias que foram rejeitadas ou que não pude aproveitar como queria), mas acho melhor fazer isso no último capítulo. Que aliás, não vai demorar, já que sempre imaginei essa fic como uma história curta.


Poké-Medium Yalene : Parte 2
                                 
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                                           A saída norte de Fanteak, que atravessei às pressas e só diminuí os passos quando entendi que ninguém mais me seguia, é um caminho de árvores altas dispostas ao lado de uma linha férrea abandonada. Alguns metros à frente uma floresta de troncos densos e escuros se erguia de forma medonha e majestosa. Diferente de Zorua, eu estava com medo. Mais de uma vez, tive a sensação que os troncos se mexiam ao menor som de minha aproximação. Era uma área que ninguém costumava atravessar e a linha de trem deserta lembrava que a tentativa de ocupação da área não fora encorajada a continuar: os trilhos terminavam do nada. Haviam boatos de Pokémons fantasmas capazes de habitar o interior de árvores na região. “Agora que já estamos andando normalmente, eu posso me apresentar”, disse o fantasma. “Sou Xilon Zygmunt”. Fiquei em silêncio, com as sobrancelhas erguidas e caminhando através da floresta cada vez mais escura. Era ridículo achar que eu poderia realmente estar falando com algum fantasma. “Sim, com certeza você já ouviu falar de meu sobrenome antes. O clã Zygmunt é uma das famílias mais ricas da região”. E então, a conversa me pareceu bem interessante. “Onde estamos indo? E o que você quer de mim?” perguntei.


                                              Xilon explicou que sua vida de herdeiro que nunca precisava trabalhar estava cansativa e começou a pesquisar a incidência de pokémons fantasmas na região. De certa forma, aventurou-se na busca de mistérios de pokémons fantasmas, explorando as casas antigas da cidade e artefatos mágicos. Contou que a maioria não possuía nada de outro mundo e que pokémons fantasmas evitavam contato, sendo poucos os que representavam perigo. “Eu acompanhei seu trabalho, Yalene. É relativamente fácil ganhar algum dinheiro quando se tratam de Misdreavus ou Rotoms assustando pessoas que não possuem pokémons...ainda mais com um Zorua disfarçado, como você usa”. O pequeno Pokémon lançou-lhe um olhar curioso, como se avaliasse se uma mordida seria capaz de machuca-lo. “Não é tão fácil quanto parece, Xilon” respondi, rispidamente. “Continuo a não ter uma casa e dependo exclusivamente de uma atuação que precisa ser muito bem realizada para que as pessoas comprem os adesivos com orações budistas que vendo”. “Sabe, se é apenas uma atuação...como você está aqui conversando comigo? Olha que tentei me comunicar com muita gente”.


                                              Não tive tempo de responder, Xilon apontava para uma enorme massa escura que surgia adiante. Olhando com atenção, percebi que era uma casa de três andares, sem qualquer iluminação ou cuidados. Com certeza havia sido abandonada na mesma época que a linha férrea em construção. Uma placa velha anunciava em letras desgastadas, uma mansão de um pesquisador Pokémon. Só era possível ler o sobrenome: Sigfrid. “Certo, chegamos aqui...mas você ainda não me disse o que quer”, disse. “Eu estava tentando dizer...que embora eu não te ache a pessoa certa pra isso, só consegui me comunicar com você” e o semblante de Xilon ficou sério: “Eu não acho que morri, Yalene. Gostaria que você e seu Pokémon me livrassem de uma situação”. “Que situação?”.

                                               O interior da casa só poderia ser definido por sombreados: haviam mesas, candelabros, livros...mas eu deduzi o que eram através das diferentes sombras. Tropecei diversas vezes e esbarrei em mais alguns móveis antes de conseguir chegar à escada. Perfeito para denunciar minha posição a quem quer que fosse. “Eu não estou dizendo não, Xilon...mas você viu que estou num encrenca e gostaria de uma boa recompensa caso consiga te ajudar”. Xilon respondeu que dinheiro não seria problema e logo subimos a escadaria para o primeiro andar. Zorua começou a ficar mais alerta e a temperatura parecia diminuir drasticamente à medida que avançávamos para o segundo piso. “Há um Pokémon fantasma por perto, Xilon. Ele não erra quando fica nesse estado...mas...” eu não queria terminar a frase se fosse o que eu estava pensando que era. Até agora não havia enfrentado algo do tipo. Não “caço” fantasmas e nem o Zorua estava acostumado com isso. Ou será que só eu estava com medo à medida que nos aproximávamos do último andar? Finalmente, estava tão frio que eu estava em dúvida se o ar gelado havia chegado aos meus ossos.


                                               Xilon evitava me responder, mas apontou para uma porta no final do corredor, de onde uma neblina púrpura brilhava e parecia sinalizar a respeito da sala em questão.  O cômodo estava iluminado pela densa neblina brilhante e o frio começou a me fazer tremer. Xilon apontou para o único móvel ali: uma poltrona verde, que estava de costas para mim.  Ignorei o ambiente gelado, que não era nem um pouco convidativo e fui investigar, já imaginando o que iria encontrar. Não estava errada: O corpo de Xilon estava acomodado num ângulo torto, como se tivesse caído no sono sem querer. “Ai...Xilon...eu....eu sinto muito” eu disse enquanto observava. Ele era um rapaz bonito. “Você consegue tocar no meu corpo?” perguntou o rapaz, seu cabelo cor de cobre numa cor estranha por conta da iluminação púrpura da sala. Ele pediu que eu tocasse na parte esquerda do peito, onde costuma-se escutar o coração. Lentamente, dirigi minha mão ao peito do cadáver. Após um minuto inteiro, uma fraca batida. Após outro minuto, outra batida, quase imperceptível. “Você...você não está morto” constatei, incrédula. “Não totalmente, como eu pensava” completou Xilon. “Acho que aborreci algum Pokémon”, disse o rapaz. Virei para ele e uma voz clara, mas impossível de ser humana, ecoou pela sala como um sussurro sombrio: “Devolva!”. Dois olhos escarlates surgiram com ódio e desdém, na neblina. “Devolver??” perguntei sem entender e ainda tentando registrar o Pokémon que começava a se materializar na sala.
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Mensagem por Black~ Sex 16 Jan 2015 - 23:00

Bom, vamos lá.

O capítulo ficou bom. A fic continua com essa carga de suspense e mistério, principalmente com essa coisa de fantasmas, tanto humanos como pokémons, a floresta abandonada, a mansão assombrada, enfim. Estou gostando bastante da proposta da fic e de como está sendo bem trabalhado e ficando com uma boa carga de suspense (talvez terror?).

Então o fantasma era um rapaz rico? Era de se imaginar que seria alguém rico mesmo. Mas parece que ele irritou algum pokémon, que no caso foi o último a aparecer. Que pokémon será que é esse? Bem, vamos aguardar pra ver o que vai ser esse pokémon né.

Não vi nenhum erro que fosse prejudicial à leitura.

É só e boa sorte com a fic.

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Mensagem por Lumada Dom 25 Jan 2015 - 2:18

Olá a todos!!

Gostaria de falar um pouco mais sobre a história (sempre gostei quando os mangás que eu lia traziam um pouco das ideias que não foram aproveitadas e quis fazer isso com essa fic), mas vou deixar para o término do capítulo. Com vocês, o último capítulo de "Poké-Medium Yalene".

Poké-Medium Yalene: Parte 3 (Final da Fic)

                                    Dois olhos escarlates surgiram com ódio e desdém, na neblina. “Devolver??” perguntei sem entender e ainda tentando registrar o Pokémon que começava a se materializar na sala. Zorua foi atingido por um murro que levou menos de um segundo para acontecer, algum ataque lutador que o arremessou pra fora da sala, ferindo-o em cheio. Corri para ajuda-lo, mas a porta fechou com um estrondo e não abriu. Gritei por tentar sair da sala fria e com um Pokémon perigoso se aproximando. Pude escutar Zorua se levantar com esforço e arranhar a porta logo em seguida, tentando entrar. Virei e reconheci o Gengar: acabara de usar o golpe de olhar maligno. Eu estava presa na sala com um espírito, um Pokémon fantasma e sem nenhum que pudesse usar para me defender. Eu seria a próxima alma que o Gengar levaria com ele.


                                    “O que você fez, Xilon?” Gritei para o fantasma do rapaz, que disse ter encontrado no local um artefato que parecia valioso. Histérica, ignorei o Gengar que me analisava como se estivesse definindo de que forma ele roubaria minha alma e revistei o corpo de Xilon. A pedra redonda e transparente, atravessada por uma mancha roxo-avermelhada caiu das mãos impotentes do garoto. “Você roubou uma Gengarite?? Na droga da mansão habitada por ele???” berrei com Xilon. “Devolva” sussurrou Gengar, em tom de quem fala pela última vez. “O que é Gengarite?” perguntou Xilon, mas antes que eu pudesse gritar com ele novamente, o Gengar avançou em minha direção. Só consegui gritar e sentir o frio da morte a segundos de me atingir. Um brilho intenso ecoou do outro lado da porta, fazendo o Gengar parar. Tudo ficou em silêncio por alguns segundos.


                                      Então, a porta foi arrombada com violência. Zorua havia evoluído para Zoroark e o Pokémon entrou na sala usando o ataque de Confusão Noturna, iluminando a sala com fortes tons de vermelho, que atingiu o Gengar em cheio. Os dois se encararam de forma desafiadora e nenhum deles parecia disposto a deixar a briga. “Não lutem!” gritei. “Estou com a pedra e vou devolver!! Xilon não queria incomodar, vamos te devolver!! Só devolva a alma dele antes que ele não possa mais voltar”. E arremessei a pedra para o Gengar. Só percebi o erro quando a mesma começou a reagir com o Pokémon, que acabara de mega evoluir para Mega Gengar, diante de nossos estarrecidos olhos. Zoroark me lançou um olhar de censura antes que a batalha reiniciasse com fúria e com o Gengar munido de vantagem adicional. O choque dos golpes especiais de cada um dos pokémons (Pulso sombrio, do Zoroark, e Esfera das trevas, do Gengar) esquentou o chão da pequena sala e precisei me espremer contra a parede, aos gritos, para escapar dos ricochetes fortes e extremamente perigosos dos dois ataques.


                                     Xilon e Zoroark tentavam me defender a todo custo, da forma que podiam, dos ataques do Gengar. Furioso quando o Gengar (agora em forma Mega) por pouco não me atingira, Zoroark reuniu todas as forças num ataque de fogo que além de ter atingido o Gengar, destruiu a parede que separava a sala do corredor e carbonizou boa parte do piso, que começava a ranger em estalos. Xilon pediu que eu o seguisse até os andares inferiores, enquanto os pokémons travavam um combate extremo. Arremessado pelo golpe lutador do Pokémon fantasma, Zoroark despedaçou outra parte da mansão e revidou com um golpe noturno crítico. Não tive tempo de chegar no piso térreo e caí junto com boa parte do piso, salva pela agilidade de Zoroark de uma queda mais séria. Em meio aos escombros sombrios, os dois pokémons voltavam a trocar olhares desafiadores, a um golpe de distância da decisão. Foi quando lembrei do que estava prestes a acontecer. “Zoroark!! Não o derrote, ou ela vai usar o Vínculo do Destino e te levar junto!”.


                                    Mega Gengar sorria maliciosamente, pronto para agir. Xilon entendeu: se o Gengar fosse derrotado, seria o fim para ele e o Zoroark, que dependiam da vontade do Pokémon para permanecerem vivos. “Eu só quero ir embora e salvar Xilon e o Zoroark! Por favor, Gengar, você já teve sua pedra de volta”. “Não” disse o Mega Gengar “Quero levar você também...impostora!”. Zoroark reagiu com fúria, me arremessando para longe da área que o Pokémon fantasma começava a definir para o Vínculo do Destino. Caí na terra fria do lado de fora da mansão e presenciei um forte brilho púrpura que se encerrou com uma risada sombria. A risada ecoou mesmo em Fanteak, que estava a alguns quilômetros de distância.



Cidade de Laverre – Dias atuais.

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“Com licença, ouvi dizer que você é o novo campeão da liga Pokémon de Kalos”

“Sim, sou eu! Prazer, meu nome é...”

“Eu tenho um presente pra você! Tenho certeza que fará um uso bem melhor do que já presenciei um dia, numa cidade que eu morei há algum tempo”

“Nossa...o que é isso?”

“A única coisa que restou de um passado que pretendo esquecer de vez: uma Gengarite. Faça bom uso”


-Fim-
Escrito por: Luíza Madalena


Pois é, pessoal, escrevi uma fic sobre a menina que entrega a Gengarite no jogo Pokémon X/Y. Foi muito divertida de escrever, eu adoro histórias de terror e pokémons fantasmas, além de amar a cidade de Laverre. Gostaria de comentar algumas coisas sobre a história:

- Pode parecer um final meio brusco, havia muita coisa para ser explorada (A história de Xilon, quem era o dono da mansão, as razões que impediam as pessoas de usarem pokémons nos arredores de Fanteak, a própria história de Yalene). Mas eu preferi me concentrar na origem da entrega da Gengarite em X/Y.

- Gostaria de ter desenvolvido um romance entre Xilon e Yalene (X e Y, sacaram? rs), mas levaria alguns capítulos e não acho que teve química entre eles. Daria trabalho, rs.

- O que aconteceu? Zoroark e Xilon morreram? eu prefiro deixar pra que cada um pense de um jeito. Eu penso que o choque de perceber que brincar com o sobrenatural e perceber que existe foi tão traumatizante para Yalene que, além de ficar "um pouquinho maluca", fugiu para o continente de Kalos querendo esquecer de tudo o mais rápido possível. Mas cada um pode pensar de um jeito...eu até gosto que seja assim ^^

E é isso, a história que eu quis contar se encerra aqui.

Quero agradecer de coração a todos que acompanharam e curtiram a história. Obrigada a Black, por ter comentado em todos os episódios, espero que você tenha gostado.E mais uma vez, obrigada a todos!
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Poké-Medium Yalene Empty Re: Poké-Medium Yalene

Mensagem por Black~ Seg 26 Jan 2015 - 17:23

Bom, vamos lá.

O capítulo final (mas já?) ficou muito bom, eu, na verdade, nunca joguei o Pokémon X/Y, então nem sei de fato se ficou parecido ou não, mas, do jeito que você escreve bem, eu vou confiar que foi uma forma alternativa de mostrar como a pedra foi entregue às mãos da menina -q.

Então na verdade a fic teve tudo isso para o final ser "somente" uma entrega de uma pedra? Hm... bem bolado, eu pensei que ia ter a morte da Yalene, sei lá. Apesar de achar que o Zoroark e o Xilon morreram junto com o Gengar lá na mansão e tudo mais, mas enfim.

Eu curti os Easter Eggs da fic, como o fato dos protagonistas terem os nomes iniciados por "X" e "Y", e talvez o Zoroark, que seria o possível "Z", bem bacana, de toda forma. Além de ter deixado um suspense mesmo no final da fic, não perdendo a sua essência.

O único defeito da fic é que ela acabou bem rápido e que algumas coisas ficaram sem explicação, como você mesma falou, como por exemplo explorar mais a mansão, entre outras coisas que você citou, mas né, quem sabe possam vir em um spin-off da fic? huahuah

Erros não vi nenhum.

É só.

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Poké-Medium Yalene Empty Re: Poké-Medium Yalene

Mensagem por Rush Qui 29 Jan 2015 - 20:37

Desculpe a demora para comentar. c:

Como assim a fan fiction já acabou? Surprised Acho que com apenas três capítulos ela deveria ter sido postada na área de One-Shots. E tenho que admitir que estou um pouco decepcionado que tenha acabado, eu estava gostando bastante da história.

Como a fic acabou, eu irei mover para a a área chamada "Biblioteca - Corredor de Fan Fictions."., uma área onde ficam as Fan Fictions terminadas. (Clique no nome para ser redirecionada). Irei mover a área no sábado, pois como é uma área rara de ser visitada, você terá tempo para receber outros comentários até lá.

Bem, parabéns por ter concluído uma Fic, isso é algo bem raro de se acontecer aqui. Você escreve muitíssimo bem, e eu recomendo que você crie outra com vários capítulos, pois a sua escrita é muito agradável e prazerosa. Eu adorei o plot-twist no final, onde a história é sobre a NPC que lhe da o Gengarite, e mesmo achando que tudo foi executado de uma maneira corrida, eu fiquei bem curioso para saber o final do combate.

Gostei do toque do Xilon e da Yalene como X/Y, eu realmente não havia percebido até você ter citado. AUEHAUE'

É isso, espero que você continua escrevendo aqui na área. Gostei muito do projeto.

Parabéns, e até logo. Sua obra será eternizada no corredor de fan fictions. (:
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Poké-Medium Yalene Empty Re: Poké-Medium Yalene

Mensagem por Lumada Sáb 31 Jan 2015 - 2:41

Hmm, "obra eternizada" me soa muito bem, rs

Eu também estava em dúvida se deveria postar aqui ou em outra seção. Na próxima eu vou ponderar melhor sobre. Obrigada pelos elogios, Rush. Saber que foi uma história agradável para fãs de pokémon é a melhor coisa.

Algumas ideias estão guardadinhas à espera de desenvolvimento (tanto para histórias curtas quanto para histórias maiores), e vou dar atenção a elas assim que tiver um tempinho. Enquanto isso, curto as do pessoal aqui do fórum ^^
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