[MINI HIATO] Jogo Matrimonial - Parte 3

Jasper encara a sua reflexão perdidamente por alguns momentos. Ele abre a boca algumas vezes, formando palavras inadiáveis, mas não diz nada. 

Misaki encara a sua reflexão perdidamente por alguns momentos. Ela abre a boca algumas vezes, formando palavras inadiáveis, mas não diz nada. 

Algo está estranho. Mas o que? Misaki e Jasper continuam não dizendo nada.

- Estou bem sim! - Eles dizem e piscam os olhos para as respectivas equipes. - É como se...

 Mas, num piscar de olhos a imagem deles desaparece em fumaça roxa. Imagens dos dois aparecem em todos os espelhos nesse mesmo momento. 

Uma cria de pelo menos dois metros se forma na frente da equipe.

- Finally someone let me off my cage! - A voz dissonante das duas bocas diz ao mesmo tempo. Vocês não conseguem distinguir se é uma voz masculina e feminina. Ele mexe os punhos e roça as garras uma na outra. Então retorna a falar, num tom curioso. - Are we the last living souls? - Aponta para as crianças. - If you’re the last living souls, get up! - Baba cai de ambas as bocas. 

Parece que é a hora de uma bela e velha luta!

Enquanto isso, em um lugar que se parece com um bar. Um homem de terno se senta em um banco alto, ele acende um charuto e olha ao redor, não há ninguém, ali só estava ele e sua própria sombra. Não há musica, não a barulhos estridentes, a unica coisa que pode ser ouvida é o som do homem assoprando fumaça e o charuto queimando.

A fumaça se dobra sem forma no ar, mesmo não sendo nada incomum, o homem olha para a fumaça como se pudesse ver aqueles que não estavam ali. Nunca se sabe ao certo oque se passa na cabeça das pessoas, mas seu olhar refletia aqueles que ele nunca viu, quem ele nunca mais vai ver, quem ele já viu, quem ele ainda vai ver e quem ele nunca vai ver.

O vento sopra levando as cinzas que ficavam na ponta do charuto, elas se misturam com o cenário preto e branco e desaparecem para jamais serem vistas novamente, mas mesmo assim, elas não deixam de existir, de fato, não a prova nem mesmo de que em algum momento elas foram percebidas por alguém, e agora que são apenas cinzas não há mais razão para existirem, mas mesmo assim elas não deixam de existir.

O homem olha para o alto observando a fumaça que tomava um formato interessante, ele logo abre a boca como se fosse falar algo mas não diz nada, não há ninguém ali para ouvi-lo, ele provavelmente não terá nenhuma oportunidade de falar oque ele queria dizer naquele momento, por isso ele guarda para si mesmo e se esquece pouco tempo depois, como um sonho ordinário do dia a dia.

O minuto passa, não a mais nada ali além do barulho distante de uma porta batendo.

Não existe mais a fumaça, o vento, o homem nem o minuto, não há som algum naquele lugar, apenas o vazio e uma porta fechada.

- Pessoal! - Alex gritou. - Campo de Luz! 

Seguindo o comando de garoto, várias bolas de luzes começam a flutuar do lugar, vindas do livro que Pentecostes segurava, por um milagre a essência não estava com a cara enfiada nele.

- Todas essas bolas vão grudar no monstro e explodir, cuidado! - Ele gritou enquanto se afastava.

O monstro olha curioso enquanto as esferas brilhantes se aproximam dele, baba cai de uma das bocas. Ele solta um barulho alto de surpresa quando elas se grudam em sua pele roxa e explodem, lhe causando dores de queimadura, dano de 165. Pequenas marcas pretas onde as bolas de energia acertaram aparecem na pele dele, que agora estava amarela (?!?) monstro cai de joelhos e grita. Fora pego de surpresa, que merda. - Damn it! Damn it!

Ao ver que não, aquele não era seu bebê, Alanna brande Lucille e parte para cima do monstro.

 Para a surpresa da garota ele fica de joelhos de repente e começa a gritar - Damn it! Damn it! - Pequenas marcas pretas cobriam o corpo dele, mas o que teria causado aquilo? Pera, ele está amarelo também. WTF. Tanto faz, do mesmo jeito ela dá um golpe de taco na cabeça dele. Dano de 80. 

Last Living Souls se levanta e balança as suas duas cabeças para os lados. - That's no way to behave. - Ele aponta uma das garras na direção da garota e solta um daqueles raios de luz na direção dela. Ai. Dano de 90.

A cor dele volta a roxo.

 - That's no way to behave. - Para quem ele apontava e dizia essas coisas? Agora estava roxo de novo.

Carol se coloca na frente do monstro, após mais um dos discursos da garota. Uma parede de ar surge.

Last Living Souls ri, um som estranho e que dava uma sensação ruim de algo estava errado. - Stop it or how you say? That’s no way to behave. 

Ele da um passo a frente e passa as longas garras na parede de ar feita por Carol. - You’re just alone, you know. - Vocês podem jurar que vêm um fantasma de sorriso no rosto dele. Ele continua arranhando a parede, o som é bastante parecido com o de unhas num quadro negro. Carol sente arranhões ardendo nos seus braços e rosto, vermelhos e recém feitos. Dano de 80. 

As coisas estão estranhas com o monstro arranhando o nada e dizendo coisas sem nexo. 

-E agora? e agora? ah, lembrei! Fariseu ataca essa, isso, esse monstro com um tornado, o mais forte que voce conseguir.

Os retardados não vão encher seu saco, Ken! O garoto ordena Fariseu a fazer um tornado, como de praxe. Fariseu causa um tornado. Last Living Souls sai voando e cai de costas no chão. Dano de 130.  Ele muda de cor também.

Vocês vem o bicho voando e caindo no chão, mudando de cor no processo.

A carta de Leri Magé começa a brilhar e por algum motivo desconhecido Noah começa a escutar uma música instrumental do Gorillaz tocar em sua cabeça. Isso o motivava.










Noah observava o porão em que estava. Era um porão tradicional, como aqueles onde imigrantes trabalhavam como escravos em casas tradicionais americanas. Noah retirava Santanna de seu bolso direito. Infelizmente, como ele esperava, Santanna não poderia se materializar em qualquer arma que pensasse, já que estava fora da zona do crepusculo.







- Merda!




Noah pensava. Ele era baixinho demais para sair por uma das pequenas janelas na superfície das paredes, onde seria o térreo. Ele então teve uma brilhante ideia.




- Tenho uma brilhante ideia!




Com entusiasmo e sem perder as esperanças, ele gritava.








- ROAR!



Não, não gritava assim. Noah gritava por ajuda. Talvez para chamar a atenção dos seus sequestradores.







- Ah, ok.






- SOCORRO! AJUDA!





E assim Noah gritou e gritou, porém nenhuma ajuda veio. Após alguns minutos gastando sua bela voz, ele escutava passos pesados vindos do cômodo de cima. Tais passos pareciam caminhar até as escadas que davam para o porão.






- Para de gritar moleque. 



Noah ficava surpreso com a aparência grotesca de seu sequestrador. Então ele perguntava o nome dele.






- Oh, estou surpreso com a aparência grotesca de meu sequestrador. Qual é seu nome?







- Sequestrador 1. 





- HAHAHA.






- Eita, tem quantos sequestradores?





-  Só um.



Noah ficava surpreso. De novo.





- Ohhh. 




Os dois ficavam se encarando por um tempo, talvez pra coincidir o tempo com o jogo que estava em andamento. Os dois conversaram bastante sobre política, Pokémon e outras coisas. O Pokémon preferido de Noah era o Scizor, enquanto o do Sequestrador era o Koffing. Eles riram bastante e jogaram bastante juntos. 








- Você é legal garoto.




- Você também.






- Infelizmente vou ter que extorquir seus pais para te livrar.





- Na verdade eu só tenho um pai. Minha mãe morreu há alguns anos.






- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAA





- A minha também.





- HAHAHA.



Noah ficava triste.






- Estou triste.







- Desculpa. Tome um biscoito.




- Eba!




Noah então decidiu fazer um comentário avulso.






- Me pergunto se Alana e Joestar estão bem.








- Quem?




- Meus amigos. Conhece?










-.............................................................................




Noah estava livre. O sequestrador 1 prometia vingança.











- Ok, será que eu consigo chegar na zona do crepusculo mesmo atrasado? Bem, irei correr para o teto da escola para descobrir.


E assim foi.