[GAMEPLAY] Portões

-Finalmente! Ficar parado esse tempo todo estava me deixando cansado. Marcelo seguia o resto do grupo sem falar nada, tudo que queria era entrar em um tanque, onde se sentia em casa.

Ainda com passos lentos seguindo a capitã, eu escutava a loira puxando uma espécie de conversa comigo. Seu tom de voz e seu sorriso forçado esboçavam que ela estava nervosa ou que ela não queria estar ali. Bem, para ser reconhecida como Segunda Tenente, creio que seja mais plausível a segunda opção.

- Hm? - Acabava me distraindo com meus pensamentos. - Ah, claro. Sim, próspera.

Não lhe dava muita atenção. Não porque era a minha intenção e sim porque eu realmente não sabia o que dizer. Que forma seria mais ideal de puxar assunto com uma desconhecida? Perguntar sobre o tempo? Quantas balas ela havia colocado em crânios de terrorista? Olha, isso seria divertido. Eu já coloquei 266, só não coloquei mais porque esse era o número total de balas que eu possuía no momento.

De qualquer forma, escutava algo sobre comida enquanto caminhávamos.

Sério que eles pensavam em comida agora?

Tch. Amadores.

-Sim senhora, sou o subtenente Avelar. Você quer alguma coisa? Disse o homem enquanto olhava nos olhos dela com uma expressão relaxada.

-Não obrigado, soldado. Marcelo volta a olhar para a Amelia aperta a mão dela firmemente.

-Sim Segunda Tenente senhora. Marcelo diz em um tom muito calmo enquanto caminha.

- Vejo que vocês já estão se dando bem. - A capitã continua andando até um prédio escondido atrás do centro de operações das Nações Unidas, parecido com uma grande garagem. - Ótimo. No campo de batalha, suas vidas ficarão constantemente na mão de seus companheiros. Se conheçam e se apoiem.

Ela tira uma chave do bolso de sua farda e começa a destrancar o cadeado: - Seus equipamentos foram preparados especialmente para cada um de vocês pelo exército de seus países. - Ela levanta o pesado portão de ferro com pouca dificuldade. - Deem uma olhada neles. Tenho certeza que vão se sentir em casa.

[OBS: Clique aqui para se sentir em casa]

- Agora, preparem-se para partir o mais cedo que for possível. Assim que eu terminar a orientação dos outros soldados, eu voltarei para dar suas instruções. - Ela diz, andando de volta para a frente do prédio das nações unidas. - Ah sim, e o café da manhã é servido pontualmente as 6:00. - Ela diz, antes de sumir de vista.

Marcelo vai andando calmamente até o tanque...

E dá um abraço nele?

-Você vai se chamar Valquíria, vamos ser melhores amigos. Ele solta uma risada.

Marcelo olha pra Marana, um olhar de um homem que teve algo de significante valor pra ele ferido, algo que nunca poderá ser reparado, um olhar frio e impiedoso de alguém que não tem mais nada a perder. Depois ele volta a olhar pro tanque com um sorriso.