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Under the Shadow of Dusk

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Mensagem por Hisui PotterBlack Sex 10 Jul 2015 - 1:31

UNDER THE SHADOW OF DUSK

Sinopse: A alma sempre ocultou grandes segredos. Mesmo que ninguém fosse capaz de provar, todos acreditavam que dentro da alma, estava um grande poder. Quando uma alma corrompida entra em contato com uma pura... o que poder acontecer?
Notas: Nem Harry Potter, nem Pokémon, me pertencem. Infelizmente, porque se fossem meus, então essa fic deixaria de ser um crossover, porque os mundos já estariam misturados desde o começo xP


Personagens:
A tabela de personagens será atualizada a cada capítulo, como os novos personagens surgiram. Sugiro sempre conferir antes, ou após ler o capítulo.

Sumário:


Prólogo


Estava frio.

A chuva caia sobre seu corpo, fazendo com que suas roupas negras se tornassem mais pesadas, não que Sírius se importasse no momento. Ele havia perdido uma parte de sua alma e de seu coração naquele momento… não, ele havia perdido duas partes e havia sido traído por outra. A lápide de pedra fria a sua frente, era a prova final de que ele nunca mais encontraria aquelas duas pessoas. Era duro ler as palavras escritas naquela lápide, mas ele já as havia lido tantas vezes, que ele já as havia decorado:


James Potter, nascido em 27 de março de 1960, falecido em 31 de outubro de 1981;
Lily Potter, nascido em 30 de janeiro de 1960, falecida em 31 de outubro de 1981;
“O último inimigo a ser superado é a morte”.


Ele nunca havia se entendido com sua família biológica. Durante anos, ele havia sido a desgraça da família, a fruta podre, a ovelha negra… o indesejado. Aquele que jamais seria bom o suficiente. Que jamais seria capaz de satisfazer as expectativas.

Foi só quando conheceu James, que ele realmente soube o que era uma família de verdade. James se tornou seu melhor amigo, seu parceiro, seu confidente, seu rival… seu irmão. Lily não era diferente. Eles sempre discutiam, iguais a irmãos de verdade. Aqueles dois eram sua família, muito mais do que seus pais e seu irmão haviam sido. Perder aqueles dois, era como perder parte dele. Porém, essa ainda não era a pior parte de sua nova realidade.

O pior era que a pessoa que causou a morte, mesmo que de forma indireta, de seus melhores amigos, era outro amigo.

Peter… o nome soou como um veneno em sua mente.

Peter não havia disparado a arma, que matara seus melhores amigos, mas ele havia levado o verdadeiro assassino até eles. Peter, assim como todos os amigos do casal, sabia que ele os estava caçando. Peter sabia e mesmo assim vendeu o paradeiro de James e Lily.

Tudo o que Sírius mais desejava naquele momento, era colocar suas mãos naquele rato desgraçado e estripá-lo lenta e dolorosamente. Fazer com que ele sofresse o máximo, antes de matá-lo da forma mais macabra possível.

Ele só não fazia isso, porque ele possuía um motivo para seguir em frente…

— Você vai ficar resfriado desse jeito, Padfoot. — Falou uma voz a suas costas, no mesmo momento em que um guarda-chuva preto cobriu-o, para protegê-lo da chuva.

Sírius fechou os olhos, enquanto um sorriso fraco se desenhou em seus lábios.

Ele se virou, encarando os olhos dourados e a expressão triste de Remus. Com a morte de seus dois melhores amigos, Remus era tudo o que lhe restava… bem, Remus e a pequena criaturinha que ele estava carregando.

Com um sorriso um pouco mais firme, ele desviou o olhar para o bebê de cabelos negros adormecido nos braços de Remus. Seu afilhado. O filho de seu melhor amigo. Harry.

Lentamente, ele ergueu a mão e acariciou os cabelos negros de seu sobrinho.

— Eu juro para você, Harry. Eu vou te proteger enquanto eu viver.

— Só prometa que vai amá-lo, Sírius. E que nunca deixará que ele se esqueça dos pais. — Aconselhou Remus, sorrindo com carinho para a criança adormecida. — Ele tem o sangue dos Potter. Ele não vai querer ficar embaixo de nossas asas para sempre. Ele vai almejar o topo mais alto. Como o pai almejou.

Sírius deixou escapar uma risada fraca.

— Eu sei… mas eu ainda vou protegê-lo. De um jeito ou de outro.
Continua...

Notas finais:


Última edição por Hisui PotterBlack em Seg 10 Ago 2015 - 19:15, editado 7 vez(es) (Motivo da edição : alterar sinopse)
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Mensagem por Shiota Sex 10 Jul 2015 - 9:52

Hey Hisui o/

     Você posta seus capítulos bem cedo, quer dizer, bem tarde... ah, você entendeu.

É uma boa ideia misturar esses mundos, estou realmente curioso para saber as mil maneiras que uma fã enlouquecida imaginou isso, o máximo que consigo pensar é com eles tirando os Pokémons das varinhas. Fico aliviado que você também se importe com quem não conhece a estória de Harry Potter, já que tudo o que vi dele foram alguns poucos filmes e nem lembro direito como são .-.'

     Quanto aos erros que encontrei, não são muito sérios, mas mesmo assim vou denunciar-los:
Sinopse: Seus olhos sempre vislumbrou
A chuva caiam sobre seu corpo
Ele é tem o sangue dos Potter

     Foram os únicos que encontrei Razz

Bem, é isso, acho que vai ser engraçado ver Harry Potter usando Pokémons Very Happy
Tchau e boa sorte com a fic o/

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Mensagem por xKai Sáb 25 Jul 2015 - 12:36

Que lindo, sério quase chorei com este prólogo, apesar de pequeno, é de enorme qualidade. Harry Potter + Pokémon? Adorei esta ideia, jamais pensei em tal possibilidade e estou bastante ansioso para ver o primeiro capítulo, espero que não pare de postar. Sou um fã de carteirinha da saga Harry Potter, tenho todos os DVD's e livros, então é certo que estarei aqui sempre para comentar sobre o capítulo. Desculpe pelo comentário pequeno, é que realmente não tenho muito mais o que comentar sobre o prólogo, mas prometo que o próximo será mais detalhado.

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Mensagem por -Murilo Ter 28 Jul 2015 - 17:27

Ok, eu queria ler outras fics primeiro mas quando vi que a sua era um crossover entre pokémon e HP eu tive que ler imediatamente porque eu fiquei "gente, como seria a mistura desses dois?". Sabe, eu sou potterhead a pouco tempo então estou com a história fresca na memória. Engraçado que você disse que imagina mil maneiras de misturar as duas história, mas até agora não consegui imaginar de nenhum jeito rsrs, por isso fiquei mais curioso. Pena que ainda não apareceram os pokémons. Bom, o prólogo foi curto, mas eu gostei muito. Foi emocionante a conversa de Sirius e Lupin. Vou esperar impacientemente o próximo capítulo haha. Boa sorte na sua fic e até!
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Frase pessoal : Pq ñ podemos fugir da realidade se ela é uma droga


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Mensagem por Hisui PotterBlack Dom 9 Ago 2015 - 15:41

Capítulo I
Laços Formados


Harry estava sentado em sua cama, olhando fixamente para um porta-retratos em suas mãos.

Na foto, era possível era um homem por volta dos vinte e cinco anos, alto de pele cor-de-oliva e corpo magro, porém bem definido. Cabelos negros rebeldes, que apontavam para todos os lados. Seus olhos castanho-esverdeados eram adornados por um par de óculos de aro redondo. Do seu lado esquerdo, estava um Sawsbuck na forma do verão, com o peito inchado de orgulho e olhar altivo. Do outro lado, envolto em abraço carinhoso, estava uma mulher muito bonita que parecia ter a mesma idade. Ela tinha os cabelos ruivos lisos e longos, pele clara como o leite, corpo esbelto e bem formado. Porém, o que mais atrai a atenção nela, eram seus olhos. Duas intensas esmeraldas vibrantes que, mesmo através da foto, pareciam ser capazes de ler sua alma. Ao lado dela, havia uma Ninetales de pelo brilhante e com um olhar ainda mais altivo e orgulhoso do que o do Sawsbuck. Nos braços da mulher, segurado com carinho, havia um pequeno bebê de pouco menos de um ano de idade, que sorria meigamente para a câmera. O bebê possui os mesmo cabelos negros rebeldes do pai, com a pele cor-de-oliva, porém seus traços faciais eram mais semelhantes ao da mulher, principalmente seus olhos. As mesmas esmeraldas intensas adornavam o rosto do bebê.

Um suspiro fraco deixou os lábios de Harry, enquanto seus dedos acariciavam a foto.

Aquela foto havia sido tirada um mês antes de ele completar um ano de idade, e quatro meses antes de seus pais terem sido assassinados.

Mais de quatorze anos haviam se passado, desde que aquela foto havia sido tirada. Agora, ele não era mais o bebê bonitinho, sendo segurado por sua mãe para tirar uma foto. Ele era um adolescente de quinze anos, relativamente alto para sua idade, cerca de um metro e setenta. Corpo magro, mas bem definido. Diferente de seu pai, ele não usava óculos – agradecimentos especiais aos genes de sua mãe. Seus cabelos eram mais longos agora, o suficiente para tocarem seus ombros em ondas rebeldes. Seus olhos ainda eram do mesmo verde intenso de quando aquela foto havia sido tirada. Ele realmente era muito parecido com James Potter, mas havia muito de Lily Potter nele.

Desde que seus pais haviam sido brutalmente assassinados, Harry havia sido criado, educado e amado por seus padrinhos, Sírius Black e Remus Lupin. Verdade, Remus era seu ‘padrinho de consideração’, mas isso não diminuía a importância ou o amor que a presença dele havia lhe fornecido em sua infância.
Logo após Sírius ter conseguido sua guarda legal, eles haviam se mudado para um pequeno povoado no sul do continente, Godric’ s Hollow. Cercado por grandes colinas e alguns bosques, casas bonitas com telhados coloridos e jardim floridos, oferecia um ambiente agradável e perfeito para uma criança crescer. Sírius havia se tornado chefe de polícia do povoado, enquanto Remus ensinava em uma pequena escola do mesmo. Havia sido ali, cercado de tranquilidade e amor, que Harry crescerá.

Durante muitos anos, Harry nunca havia se perguntado o ‘por que’ de não ter pais.

Ele sabia que seus pais haviam morrido. Sírius e Remus nunca haviam lhe escondido isso. Na verdade, os dois sempre contavam histórias divertidas e fascinantes sobre seus pais. Foi apenas quando ele tinha onze anos, que ambos concordaram que era hora dele saber de ‘toda a verdade’. Foi difícil entender… mesmo agora.

Seus pais era Treinadores Pokémons incríveis.

Viajavam pelo mundo em busca de aventuras. Em uma dessas aventuras, contudo, eles haviam se deparado com um… um monstro. Sírius e Remus haviam se recusado a dar muitos detalhes, tudo o que disseram, eram que esse ‘monstro’ estava fazendo coisas horríveis para pessoas e Pokémons. Seus pais eram corajosos e honrados demais para ficarem em silêncio. Eles não suportaram as atrocidades que eram feitas por aquele monstro. A guerra foi inevitável e seus pais lutaram. Foi quando sua mãe ficou grávida… eles não queriam arriscá-lo, então se esconderam. Contudo, Sírius havia dito que, uma vez marcado pelo ‘monstro’, ele não descansaria até vê-lo morto. Ele os caçou até que finalmente o encontrou, naquela fatídica noite de Halloween. Nem Sírius, nem Remus sabiam dizer o que havia acontecido naquela noite. Eles apenas supunham que seus pais haviam lutado com toda sua força para protegê-lo e, em algum momento da batalha, a casa explodiu.

Quando eles haviam chegado a casa, junto com os demais membros do pequeno exército do qual seus pais faziam parte, eles encontraram: os corpos já sem vida de seus pais, um monte de cinzas, os Pokémons de seus pais gravemente feridos e… ele. Chorando em seu chiqueirinho, mas sem qualquer ferimento.
Seus pais foram declarados heróis de guerra. Seus Pokémons, contudo, haviam desaparecido do Centro Pokémon. Ninguém sabia o porquê, ou como… mas após a morte de seus mestres, os vinte e dois Pokémons que pertenceram a James e Lily Potter, mesmo aqueles que não estavam na casa, haviam desaparecido e nunca mais retornaram.

Harry sempre se perguntava se havia algo mais naquela história. Algo que seus padrinhos não estavam lhe dizendo. Ele acreditava que sim, pois sempre que pensava sobre aquela noite… uma noite que ele não deveria conseguir lembrar, seu corpo começava a ficar estranho… como se algo importante houvesse acontecido e ele deveria se lembrar, mas não conseguia.

O som de batidas o fez sair de seus pensamentos, trazendo-o de volta a realidade.

Quando se virou para a porta, ele se deparou com seus padrinhos, que lhe sorriam de forma triste.
Sírius, atual chefe de polícia de Godric’s Hollow, nem mesmo parecia um homem que estava se aproximando dos quarenta anos. Seus cabelos negros lisos e compridos, olhos acinzentados e pele quase sem rugas – apenas algumas discretas em torno dos olhos, mas que ele gostava de negar possuir. Alto, com o corpo desenhado por músculos bem definidos, mas não exagerados. Havia aquele ar malandro que o rodeava, que parecia nunca ter desaparecido.

Diferente de Remus, que havia substituído o ar de malandragem, por uma aura gentil e paterna. Seus cabelos castanhos curtos, salpicados por alguns fios grisalhos. Seus olhos eram de um âmbar dourados, repletos de um brilho gentil, contudo, se você olhasse com um pouco mais de atenção, seria capaz de ver uma sombra perigosa… como se algum tipo de besta estivesse ali, apenas esperando a hora de atacar. Ele era um pouco mais alto do que Sírius, seu corpo igualmente bem construído.

— Tudo pronto para ir, filhote? — Perguntou Sírius, dando o seu melhor sorriso matreiro.

— Sim, já embalei tudo que vou precisar para a viagem. — Respondeu, indicando a grande mochila azul-marinho ao lado de seus pés, tentando esboçar um sorriso.

Remus olhou para o porta-retratos nas mãos do afilhado e sorriu.

— Pensando em levar a foto com você, filhote? — Perguntou com a voz tranquila, sentando-se ao lado do mais novo.

Harry sorriu e negou.

Ele gostaria de levar alguma lembrança de seus pais, mas não queria arriscar os poucos objetos que possuía deles.

— Uma foto pode ser perdida, ou até mesmo danificada. Isso não seria bom, mas… acho que isso aqui não teria problema. — Comentou Sírius despreocupadamente, estendendo uma caixa branca para o menor.

Harry olhou da caixa para Sírius um pouco desconfiado. Seu padrinho sempre havia gostado de fazer pegadinhas, por isso, não seria uma surpresa que aquela fosse uma ‘pegadinha de despedida’. Só quando Remus tomou a caixa e a colocou em seu colo, é que ele acreditou que seria seguro abri-la. Quando o fez, ele encontrou uma jaqueta de couro preta e, sobre a jaqueta, havia um medalhão prateado com o pingente oval, onde um bonito lírio estava gravado. Curioso, ele pegou o medalhão e o abriu, deparando-se com uma foto de seus pais ainda adolescentes. Eles estavam abraçados e sorriam em direção à foto.

— Essa foto seus pais tiraram logo no primeiro encontro. Seu pai levou dois anos para convencer a sua mãe a sair com ele, e ele queria uma prova do encontro, porque ninguém iria acreditar nele. — Comentou Sírius, com um sorriso saudoso. — Sua mãe então pegou esse medalhão e colocou a foto. Ela o usou desde então. Moony acreditou que seria uma boa lembrança para você.

— A jaqueta era do seu pai. — Continuou Remus, com o mesmo olhar saudoso. — Ele a usava sempre quando estava viajando. Dizia que era seu amuleto de boa sorte. Tenho certeza de que ele gostaria que você ficasse com ela.

Harry pegou a jaqueta, abrando-a com um pouco de força, sentindo uma estranha vontade de chorar, mas lutando contra ela. Aquela era para ser um dia feliz. O dia em que ele se tornaria um treinador como seus pais haviam sido. Ele não iria chorar. Ele se recusava a fazê-lo.

Decidido, ele colocou o medalhão de sua mãe e vestiu a jaqueta de seu pai, não conseguindo deixar de sorrir ao ver que ela havia servido perfeitamente. Levantou-se da cama e andou até o espelho do outro lado de seu quarto. A jaqueta havia ficado ótima, combinando muito bem com a camisa branca e a calça jeans escura que usava.

Harry estava tão concentrado em seu reflexo, que ele não percebeu quando seu padrinho havia se aproximado, colocando a mão sobre seus cabelos e bagunçando-os ainda mais do que já eram.

— Você está pronto, filhote?

— Estou Padfoot.

— Não vai ser fácil, você sabe disso, não é? — Indagou Remus, se colocando ao lado de Sírius, encarando o menor com carinho e preocupação. — Uma jornada esconde muitos perigos. Muitos desafios. Pessoas mais velhas desistem logo nas primeiras semanas.

— Por isso, queremos que você nos prometa uma coisa, filhote. — Pediu Sírius, sua voz anormalmente séria.

— Já sei: não me meter em encrencas e tomar cuidado.

— Não! Ao contrário! — Exclamou Sírius, parecendo assustado com as palavras de Harry. — Se meta em encrencas! Seja descuidado! Faça escolhas erradas! Entre em brigas por besteiras!

— Sírius, é bom parar por aí. — Declarou Remus, lançando um olhar de repreensão para o amigo, antes de voltar um olhar carinhoso para o menor. — O que Padfoot está tentando dizer, filhote, é para você arriscar. Não tenha medo de seguir seus instintos, pois eles sempre vão te ajudar. Lembre-se Harry: a mente e o corpo podem ser enganados, mas não o instinto.

Harry sorriu e, sem se conter, abraçou aqueles dois homens que, durante toda a sua vida, o apoiaram e lhe deram todo o amor que uma criança poderia querer. Ele sabia que não seria fácil, que haveria momentos em que ele desejaria voltar correndo para casa. Mas ele sabia que aquele era o caminho certo para ele seguir.

~>*<~


No continente Britânico, haviam 20 especialista em criação inicial.

Esses especialistas eram os responsáveis pela criação dos Pokémons que seriam distribuídos para os treinadores iniciantes. Seu dever era de cuidar do Pokémon desde o ovo e mantê-lo saudável, até que chegasse o dia em que eles seriam entregues a algum jovem treinador. Os homens que escolhiam essa profissão, acreditavam que era mais uma vocação do que uma profissão em si. De todos os 20 especialistas que residiam no continente Britânico, havia um que pertencia à longa linhagem de criadores e era considerado o melhor de todos.

Era em frente a casa desse criador que Harry se encontrava naquele momento.

Ele estava em frente a uma velha casa de madeira, com janelas empoeiradas e telhado escuro pelo musgo. Pendurado na porta, estava uma praça de metal bronzeado, com letras douradas descascadas, onde se lia:
Ollivander
Criador de Pokémons Iniciais desde 382 a.C.

Em uma das janelas da loja, ele foi capaz de ver sobre uma almofada de veludo roxo empoeirada, uma velha pokébola antiga feita de ferro.  Harry não sabia muito sobre história, mas tinha certeza de que pokébolas como aquelas não era usadas há, pelo menos, oitenta anos. O mais estranho, era que ele não conseguia ver mais nada dentro da casa, era como se tudo estivesse encoberto por uma densa escuridão.

Um pouco hesitante, ele pressionou a campainha, esperando que alguém atendesse. Contudo, ao invés de alguém aparecer para recepcioná-lo, a porta se abriu sozinha, com um característico e arrepiante som de dobradiças enferrujadas. Tentando afastar a sensação de estar entrando em um filme de terror, Harry entrou na casa, deparando com um corredor escuro. Quando a porta se fechou atrás de si, Harry não pode deixar de pular assustado.

Definitivamente, aquela era uma casa assustadora.

Com cuidado, sempre olhando por cima de seu ombro, ele atravessou o corredor, até sair em uma ampla sala. O lugar parecia grande demais para pertencer a mesma pequena casa que ele havia visto do lado de fora. Porém o espaço estava bem reduzido, pelas dezenas de prateleiras que estavam espalhadas pelo lugar, cobrindo do chão ao teto. Nas prateleiras, Harry pode ver milhares de caixas de madeira quadradas.

Sentindo um movimento atrás de si, Harry se virou, quase esperando ver um fantasma – a atmosfera era bem propícia para isso. Talvez por isso, ele acabou se surpreendendo ao deparar com um Pokémon sentado em um banquinho de madeira. Ele deveria ter por volta de um metro e meio, com o corpo verde com vários detalhes em preto, vermelho e amarelo. Suas asas eram brancas com detalhes vermelho e preto nas pontas. Em sua cabeça, havia uma única longa pena vermelha, com um bico amarelo grande e fino.

Harry sabia que muitos Pokémons era ‘esquisitos’, mas havia algo sobre aquele Pokémon… sobre a forma como os olhos negros pareciam vidrados, sem ao menos piscarem, que o incomodou muito. Era quase como se ele estivesse vendo algo além daquela sala… além daquela realidade. Esse pensamento lhe causava arrepios.

— Interessado em meu Xatu, Sr. Potter? — Indagou uma voz as suas costas.

Harry pulou, um grito agudo escapando de sua boca, enquanto se virava para encarar um par de brilhantes olhos azuis, parados a menos de trinta centímetros de si.

Recuando dois passos, Harry pode, em fim, ver-se de frente com um homem de idade. Ele tinha cabelos brancos desgrenhados, que lhe faziam parecer um pouco louco, enquanto seus olhos azuis pareciam conter um brilho secreto, como se ele soubesse de algo que ninguém mais sabia. Ele estava usando um terno marrom surrado, que parecia ter mais de cinquenta anos.

— Er… hm… e-eu estou procurando o Sr. Ollivander…

— Oh, sim. Eu estava realmente esperando pelo senhor, Sr. Potter. Garrick Ollivander, ao seu dispor. — Falou, se aproximando um pouco mais. — Você tem os olhos de sua mãe. Parece que foi ontem, que ela esteve aqui, pegando seu primeiro Pokémon. Uma Vulpix fêmea, de temperamento um pouco forte, não aceitava ordens muito bem. Velocidade excepcional, cerca de 1,2x mais rápida do que os de sua espécie.

Conforme o Ollivander se aproximava, Harry recuava um tanto intimidado, rezando para que o homem piscasse. Aqueles olhos azuis eram ainda mais bizarros dos que o do Xatu, cujo olhar ele ainda era capaz de sentir.

— Já seu pai, deu preferência a um Deerling macho, muito confiante e um pouco problemático. Uma ótima habilidade de se adaptar, eu meu lembro. Bom, eu digo que seu pai deu preferência, mas na verdade, é o Pokémon que escolhe o treinador, é claro.

Ollivander virou-se, afastando-se em direção as prateleiras e começando a procurar por alguma coisa, deixando um confuso Harry para trás.

Harry se lembrava de seus padrinhos comentarem que Ollivander, apesar de ser o melhor na área, era também o mais extravagante. Pessoalmente, ele estava mais confiante em acreditar que o homem tinha alguns parafusos a menos… talvez todos. Por um momento, ele se perguntou por que ele havia escolhido justamente o Ollivander, para lhe fornecer seu primeiro Pokémon. Certo, a casa do homem se encontrava a apenas alguns quilômetros da saída de Godric’s Hollow… e ele era, supostamente, o melhor no ramo.

Ollivander retornou alguns instantes depois, segurando uma das caixinhas de madeira.

— Bem, vamos tentar esse: Axew macho, uma personalidade bem agradável e maleável. — Falou, abrindo a caixa e revelando uma pokébola padrão, oferecendo-a para Harry.

Franzindo as sobrancelhas, Harry pegou a pokébola, sem realmente saber o que fazer. Porém, antes mesmo que pensasse algo, Ollivander a arrebatou de sua mão, voltando a guardá-la na caixa e correndo em direção as prateleiras, murmurando alguma coisa sob ‘mais agressividade talvez’.

Harry esperou um pouco, para que Ollivander retornasse, lhe oferecendo outra pokébola.

— Murkrow fêmea, relativamente calmo, mas pode ser bem mal-humorado em alguns momentos.

Assim como da primeira vez, Harry nem mesmo teve tempo para sentir a pokébola em sua mão, quando Ollivander a arrebatou novamente.

Esse ritual durou incontáveis minutos e, antes que Harry percebesse, duas horas já haviam se passado e ele deveria ter ‘experimentado’ mais da metade da loja.

Enquanto Harry estava ficando mal-humorado, Ollivander parecia estar ficando mais animado, murmurando coisas incoerentes para si mesmo.

— Rapaz difícil, não é? Não se preocupe, vamos encontrar seu Pokémon em algum lugar por aqui. — Falou Ollivander do fundo da sala.

Harry bufou, escorando-se na parede ao lado do banquinho em que Xatu continuava sentado, olhando para o mesmo ponto distante. Depois da primeira hora, ele havia se acostumado com o olhar estranho do Pokémon psíquico.

— Sr. Potter… — Ollivander chamou-o, sua voz soando um pouco tremida, muito diferente do que havia sido há poucos instantes atrás.

Harry ergueu o olhar um tanto confuso, vendo a expressão ansiosa e assustada do homem, enquanto ele caminhava em sua direção com uma caixinha de madeira. Ele notou que estava muito mais empoeirada do que as anteriores.

— Absol macho. Muito instintivo.

Harry olhou para a pokébola vermelha e branca.

Apesar de ela ser parecia as com outras dezenas que havia experimentando, ele podia dizer que era diferente. Talvez fosse ilógico… as pokébolas eram iguais, não havia qualquer diferença entre elas. Porém, havia aquela coisa… aquela sensação… como se algo o estivesse atraindo para ela. Uma força que ele não sabia descrever.

Antes que ele percebesse, seus dedos já envolviam a superfície lisa da pokébola. Estranhamente, não era fria. Todas as outras haviam se sentindo fria ao seu toque, mas aquela estava morna… quase quente. O calor se espalhou por seus dedos, atravessando todo seu corpo. Seu coração parou uma batida, enquanto algo dentro dele parecia ressonar… era como se sua própria alma estivesse respondendo…

— Bravo! Excelente! Saiba que encontraríamos seu Pokémon, Sr. Potter. — Exclamou Ollivander, batendo palmas animado. Porém, sua animação logo se dissolveu, seus brilhantes olhos azuis encarando a pokébola com um misto de adoração e terror. — É curioso como essas coisas funcionam… muito, muito curioso…

Harry desviou o olhar da pokébola, encarando o idoso a sua frente.

— Er… desculpe, mas… o que é curioso?

Ollivander encarou Harry com aqueles olhos brilhantes e misteriosos.

— Lembro-me cada Pokémon que passou por minhas mãos, Sr. Potter. De cada um. Absol sempre foi uma espécie misteriosa. Alguns acreditam serem os emissários de catástrofes. A verdade, que muitos criadores compartilham, é que ele é uma espécie solitária e obscura. Um tipo muito difícil para um iniciante lidar. Contudo… há alguns como você, Sr. Potter… cujo espírito parece atrair seu poder. Contudo, o mais curioso é que o Absol que está em sua pokébola, possui um irmão gêmeo.

— Irmão gêmeo? — Murmurou confuso.

— Sim. Normalmente, Absol produz apenas um ovo há cada estação… contudo, a mãe do Absol em suas mãos, produziu outro ovo. Apenas mais um. É muito curioso que você, Sr. Potter, esteja destinado a esse Absol em questão. Porque, o irmão gêmeo desse Absol que matou seus pais.

Era como se o gelo houve se espalhado por seu corpo.

Harry olhou para a pokébola em suas mãos.

— O que o senhor sabe sobre a morte dos meus pais? — Perguntou, sussurrando quase baixo demais para ser ouvido, mas no silêncio da sala, soou incrivelmente alto.

— Não mais do que as pessoas sabem, mas ainda muito mais do que eles querem saber. — A voz de Ollivander tornou-se mais sinistra, seus olhos parecendo brilhar ainda mais na escuridão da sala. — Há muito tempo, um rapaz entrou em minha casa… muito parecido com você, Sr. Potter. Órfão. Com grandes objetivos e forte determinação… porém, com uma alma tão escura quanto a de Darkrai. Havia algo nele, Sr. Potter… um poder raro há muito esquecido… eu vejo em você o mesmo poder. Acredito que podemos esperar grandes coisas de você, Sr. Potter. Afinal, aquele cujo nome não deve ser pronunciado, fez grandes coisas… terríveis, é verdade, mas grandes.

Harry sentiu sua mente e corpo entrarem em um estado de estupor.

Se alguém perguntasse como ele havia saído da casa, ele nunca seria capaz de responder. Ele nunca saberia como, mas ele havia andado sem rumo, até parar em uma enseada. Ele quase se assustou ao ver o sol se pondo no horizonte. Quando ele havia saído de casa, era perto do meio-dia. Saber que o sol já estava se pondo, lhe mostrava quanto tempo deveria ter ficado vagando.

Sentando-se a beira da enseada, ele retirou de dentro de sua mochila o comunicador que Remus havia lhe dado, para que ele pudesse ligar para casa sempre que desejasse.

Ele hesitou, antes de finalmente discar o número de sua casa.

Não foi preciso esperar muito, pois logo a tela do comunicador se iluminou e o rosto sorridente de Sírius surgiu.

— Filhote! Moony, vem rápido, é o Harry! — Gritou Sírius, parecendo muito empolgado.

Em questão de segundos, o rosto de Remus se junto ao lado de Sírius, com um leve olhar de preocupação.

— Tudo bem filhote?

— Sim, eu só liguei porque queria falar com vocês.

— Não liga para o Moony, filhote, ele se preocupa por nada. Onde você está?

Harry olhou em volta, procurando um ponto de referência, mas não encontrando nada, ele olhou um pouco culpada para a tela do comunicador.

— Er… estou em uma enseada… mas não sei muito bem onde…

— Haha! Já se perdeu, não é? Seu pai também se perdeu no primeiro dia. — Riu Sírius, mas foi rapidamente calado, quando Remus o acertou com um tapa na cabeça.

— Não se preocupe filhote, eu coloquei um GPS na sua mochila. Basta você usá-lo. — Avisou Remus, dando seu melhor sorriso otimista.

— Confie em Moony para ser precavido… — Resmungou Sírius, antes de dar um sorriso maroto. — Então, como foi na casa do velho Ollivander? Ele continua tão esquisito quanto quando eu era moleque?

— Acho que mais… ele me deu arrepios. — Harry estremeceu, lembrando-se dos olhos brilhantes.

— Ele dá arrepios em todo mundo, filhote. Então, qual Pokémon ele te deu? Um Deerling como seu pai? Ou um Vulpix como sua mãe? Talvez um Growlithe como seu padrinho?

Harry se remexeu um pouco.

Internamente, ele sabia que no momento em que falasse o Pokémon que Ollivander havia lhe dado, seus padrinhos lembrariam do assassino de seus pais.

Como se lesse seus pensamentos, Remus falou:

— Pode falar filhote. Não vamos julgar.

— Um Absol.

Os sorrisos que seus padrinhos exibiam, desapareceram no momento em que falou.

Sírius estava em choque, enquanto Remus parecia dividido entre surpresa e desconforto.

— Um tipo raro para se começar. — Comentou Remus, tentando agir normalmente.

— Ollivander disse a mesma coisa…

— Harry, você quer nós falar o que houve?

Ele fechou os olhos e suspirou.

— Ollivander disse que meu Absol é gêmeo do Absol do assassino dos meus pais.

Sírius praguejou baixinho, enquanto o olhar de Remus se tornou triste e compreensivo.

— Ele disse que eu sou parecido com ele… que há semelhanças entre nós. Que era ‘curioso’ que meu primeiro Pokémon seria justamente esse!

— Oh, Harry… você não é como aquele monstro. Nunca pense isso, querido. Você é bom! Você tem a determinação do seu pai e a habilidade de amar da sua mãe. Você jamais poderá ser como aquele monstro.

Harry mordeu o lábio, desviando o olhar da tela do comunicador.

— Se é assim… então por que vocês nunca me contaram tudo?

Silêncio. Os dois trocaram um olhar nervoso, antes de encararem seu afilhado.

— Nós te contamos…

— Não! Vocês não me contaram! Vocês nem ao me disseram o nome dele! — gritou raivoso, sentindo uma grande vontade de quebrar o comunicador.

Remus suspirou, segurando o ombro de Sírius, que parecia prestes a dizer alguma coisa – uma besteira provavelmente.

— Você tem que entender, filhote. Aqueles eram tempos difíceis para todos. Ele estava em meio a uma marcha para dominar todo o continente. As pessoas estavam com muito medo, ao ponto de que dizer seu nome se tornou um tabu. Mesmo hoje… é difícil para muitos chamá-lo pelo nome.

— Eu precioso saber, Moony… eu sempre senti como se… como se naquela noite, alguma coisa importante houvesse acontecido. Algo que eu precisava lembrar, mas não conseguia.

Remus suspirou derrotado, trocando um olhar rápido com Sírius que parecia muito mais velho naquele momento.

— Você tem que entender uma coisa, filhote. — Falou Sírius, encarando os olhos do menor. — Não existem um Pokémon mal, mas pessoas más. Um dia, um treinador ficou tão mal… tão perverso… que ele começou a matar apenas por diversão. Ele corrompia tudo e a todos a sua volta e, aqueles que ousaram enfrentá-lo, morriam. Seus pais nunca foram de se esconder… mesmo depois que você nasceu, eles ainda continuaram lutando…

— Você disse que eles se esconderam, quando minha mãe descobriu que estava grávida. — Interrompeu, parecendo confuso.

— Mentimos sobre isso, porque não seria fácil te explicar o que houve. — Explicou Remus, dando um fraco sorriso de desculpas.

— A verdade é que ele começou a caçar crianças. Ninguém entendia o porquê, de repente, ele estava matando todas as crianças nascidas em Julho. Ele sempre havia sido cruel, mas ele tinha um fascínio maior em matar homens e mulheres adultos, que podiam revidar e lhe dar alguma ‘diversão’… crianças nunca haviam sido sua prioridade, ou preferência. Então… ele soube de você. Ele te queria morto e seus pais fizeram de tudo para te proteger.

Harry sentiu como se uma forte descarga elétrica o atingisse. Seus olhos se arregalaram e, de repente, ele viu perfeitamente uma imagem em sua mente. Um homem coberto por uma capa negra encarando-o. Havia uma risada nefasta soando ao fundo da imagem, quando uma luz verde ofuscante cobriu tudo.

— Seus pais encontraram uma casa bem escondida, mas ele os encontrou. Seus pais morreram para tentar te proteger… então, ele se voltou para você… ninguém nunca sobrevivia, quando ele decidia matá-la. Muitos treinadores fortes e corajosos haviam perecido diante dele… mas você… você sobreviveu. Não apenas isso, alguma coisa… algo que ninguém sabe, aconteceu naquela noite. Você não apenas sobreviveu, mas você o derrotou.

— Sírius e eu acreditamos que, se as pessoas soubessem que havia sido você, elas tentariam te fazer um grande herói e protetor delas… pensamos que era melhor que todos acreditassem que havia sido James e Lily e não você.

Harry fechou os olhos, de repente, sentindo uma grande dificuldade de respirar.

Pedaços de uma memória que ele não deveria ter, começaram a lhe assolar.

Sua mente se tornou confusa, conforme ele via pequenos pecados daquela noite. Não conseguia ver tudo, mas haviam pequenas coisas.

O homem encapuzado.

Risadas que acovardariam o mais corajoso dos homens.

Luzes e sons de explosões.

— O nome… o nome dele, Moony… — Pediu, quase sem conseguir respirar.

— Filhote, você não precisa…

— EU PRECISO! DIGA O NOME DELE, MOONY!

Os olhos âmbar de Remus se arregalaram. Não era característico de Harry gritar daquele jeito.

— Voldemort. — Respondeu Sírius, encarando o afilhado anormalmente sério. — O que você vai fazer agora, filhote? Ele já está morto. Saber o nome não vai fazer diferença.

Harry abriu os olhos lentamente.

— Eu não sei… mas eu sinto que preciso saber… saber de tudo que aconteceu naquela noite.

Sírius olhou para seu afilhado derrotado, sentindo vontade de abraçá-lo e sendo incapaz de fazê-lo. Ele não podia mais confortar e proteger aquele menino.

— Se você quer saber mais, então talvez eu saiba de alguém que pode ajudá-lo.

Olhos verdes o encararam com apreensão.

— O nome dele é Albus Dumbledore. Ele nunca fica no mesmo lugar por muito tempo, então não posso te dizer onde você vai encontrá-lo, mas ele sempre está procurando ruínas de antigas civilizações.

Harry agradeceu, antes de desligar dizendo que precisava montar o acampamento antes que ficasse escuro demais.

Jogando o comunicador dentro da mochila de qualquer jeito, ele retirou a pokébola de dentro do bolso e a encarou por um momento. Ele ainda não sabia o que pensar sobre seu primeiro Pokémon. Olhando para o imenso céu colorido, silenciosamente, ele tomou sua decisão, pressionado o botão de liberação da pokébola.

Um flash de luz branca saiu de dentro da pokébola. Quando a luz se dissipou, Harry se viu de frente para um Pokémon quadrúpede, com aproximadamente um metro e vinte. Seu corpo azul escuro era recoberto por um espesso pelo branco, do lado direito de sua cabeça, havia uma espécie de chifre azul escuro em forma de lua crescente. Seus olhos eram grandes e de um intenso vermelho cor-de-sangue.

Quando seus olhos se encontraram, Harry ofegou, sentindo como se algo dentro dele reagisse a presença do Pokémon. Era como se uma força os estivesse unindo. Antes que ele percebesse, estava de joelhos em frente ao Absol, com a mão tocando a face do Pokémon desastre.

Ambos fecharam os olhos, sentindo como ondas de calor percorressem seus corpos. Harry nunca havia acreditado que um laço poderia ser formado, de forma tão instantânea. Porém, ele era capaz de sentir claramente uma forte ligação unindo-os.

Já não importava mais, pensou.

Não importava que Voldemort, o assassino de seus pais, havia sido o mestre do gêmeo de seu Absol.

Sua insegurança havia desaparecido.

Ele sabia que poderia confiar sua vida aquele Absol.

Juntos, eles conseguiram.
Continua...

Notas Finais:

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Mensagem por Shiota Seg 10 Ago 2015 - 18:12

Hey, Hisui o/
Urfa, seus capítulos são realmente grandinhos (olha só quem fala -.-').

Msm assim, foi um ótimo capítulo. A história do Harry ficou mto bem feita (embora não faço idéia de como um bebê derrotou o assasino dos pais e pah, vai ter q explicar isso, hein? u.u).

Bem, parece que eles n vão tirar os Pokémons das varinhas, como eu havia previsto. Afinal, onde as varinhas se meteram? Onde vivem? O que comem? Um dia desses ai, no globo repórter.

Algo que achei bem esquisito, é chamarem o cara de "Moony" e o Harry de "filhote,", n sei se isso é deles msm na série ou se foi vc que criou, mas, sla...

Escolha interessante a do Absol, é um Pokémon bem fortinho pra se começar. Mais interessante ainda, é que não foi o treinador que escolhei, foi o "professor".

Qnt ao Ron, bem, não era ele que tinha aquele rato lá, que na vdd era aquele cara lá, daquele filme lá? Então, talvez um rattata. Mas, se for um com personalidade parecida, já que um rattata n vai sobreviver nem a um sopro de um Absol a n ser o do Yongster Joey... n sei '-' é difícil buscar um no meio de 720 Pokémons ;-;

Uma dica, não tão importante por hora, mas que é sempre bom, crie um Súmario:
Como criar um súmario:

Bem, é isso, Tchau e aé o capítulo do yongster Ron.

EDIT: bem, vc fez o sumário, mas o prólogo n precisa, já q fica no main Post. Em vez disso, o link está dando para este meu comentário '-'

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Mensagem por -Murilo Qua 12 Ago 2015 - 17:53

Hey eaí! Cara esse capítulo foi tão interessante. Pelo visto não tem magia na sua história. Me pareceu que são os personagens vivendo no mundo pokémon. Outra coisa que eu gostei muito é que ao mesmo tempo tem que coisas bem parecidas com o original, também tem muitas diferentes. Sirius e Lupim não serem marginalizados e terem cuidado do Harry (uma das maiores injustiças de HP pra mim foi como os dois terminaram, mas enfim). Achei legal como você adaptou coisas do original, como o senhor Olivaras ser o que entrega as pokébolas e o pokémon de Harry ser gêmeo do de você sabe quem. Mas o que me surpreendeu mesmo foi Dumbledore ser um velho que viaja pelo mundo. Imaginei que hogwarts seria uma escola de treinadores haha. Pelo visto muitas coisas do original vão acontecer aqui, mas espero que você tenha ideias originais também, afinal a gente já sabe como é né, queremos uma história alternativa também Very Happy
Enfim, vou continuar acompanhando a fic. Ah! Sobre o pokémon do Ron eu também pensei num rato, mas sei lá. Seria legal se fosse um que ele detestasse no começo mas que ficasse bem forte depois, afinal, vem grandes batalhas por aí né. Boa sorte na fic e até!
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Mensagem por xKai Sáb 15 Ago 2015 - 12:36

Incrível! Quanta nostalgia que isto me deu... Você conseguiu unir ambos os mundos com uma perfeição raramente vista... é quase como estar vendo novamente os filmes de Harry Potter... Os diálogos... Me passam a mesma emoção que os textos originais dos livros  dos filmes. Eu só não gostei do fato de que Remus e Sirius fiquem o chamando de "filhote" e "querido"... Sei lá... Meio constrangedor para um adolescente, mas de qualquer maneira ficou impecável... Minha parte favorita sem dúvidas foi o momento em estava sendo escolhido por seu pokémon... Aquela parte foi tão fenomenal que por pouco não visualizei tal cena em minha mente... Espero grandes coisas vindas de você, esta fanfic é sem dúvidas incrível, espero que continue até o fim! Quanto aos capítulos longos, não se preocupe, faça-os do tamanho que achar necessário, hoje pessoalmente eu estava muito entediado, um capítulo longo como este serviu para me "acordar", passei bastante tempo lendo ele, incrível como o tempo passou depressa xD

Até mais  boa sorte com a fanfic!

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