[Gameplay] Dungeons & Dragons

Spoiler:

Capítulo 01 - O Herói da Torre Cinzenta.

É incrível como diversão se torna confuso de uma hora para a outra, não é mesmo? Quer dizer, vocês só queriam ter um pouco de diversão. Era só isso. Nenhum de vocês realmente havia feito algo para resultar naquilo que resultou. Eram apenas uma garota do intelecto questionável, uma estudante de engenharia química, um cara com a vida mais triste que eu já li, um guardinha que resolveu dar um pulinho pra fora do trampo e um garoto apaixonado. Ninguém aqui realmente merecia passar por essa experiência, cara. Mas aconteceu. O que era pra ser uma experiência extremamente divertida resultou numa viagem dimensional que levou vocês para um lugar bem... Estranho.

Na verdade, era apenas um campo com plantações de trigo.



Vocês conseguem enxergar uma cabaninha bem simples do outro lado dos campos de trigo.

A modesta cabana de madeira não tinha culpa nenhuma pelos seus malditos atos, Fredericardo! Não havia necessidade de tanto xingamento. E se ela tiver sentimentos, seu bosta? E SE ELA TIVER SENTIMENTOS? Não, ela não tem, relaxe. Mas alguma coisa nela tinha. Todos aqueles gritos faziam com que uma uma iluminação fosse vista de dentro da casa, se dirigindo até a porta. A porta de madeira abria-se lentamente. Um espantalho com cabeça de abóbora muito camarada saía.


- O que está acontecendo aqui? - Ele perguntava com uma voz confusa e calma.


- POR QUE RAIOS VOCÊ TÁ XINGANDO A MINHA PORTA SEU CUZÃO DO CARALHO? EU TAMBÉM SEI XINGAR CACETE, VAI XINGAR ALGUÉM DIREITO SEU FILHO DA PUTA, A PORRA DA CASA NÃO TEM CULPA POR VOCÊ ESTAR PUTO SEU FILHO DA PUTA DO CARALHO.


- MAS PARA AÍ, PORRA, PAROU COM OS XINGAMENTOS.


- O que são vocês e o que estão fazendo aqui?

A cabana de madeira era feita obviamente de madeira. Ao redor da casa haviam várias e várias abóboras, incluindo algumas sobre o telhado da casinha. Tirando a cabana e as abóboras não havia mais nada muito importante, apenas milhares e milhares de trigos plantados sob o solo fértil daqueles campos por onde o Senhor Abóbora residia.

- NÃO. ENCOSTE. NO. SENHOR. ABÓBORA.

Senhor Abóbora tira os braços de Melina de seus ombros, a encarando enquanto ninguém responde sua pergunta.

- NÃO OLHE PARA O SENHOR ABÓBORA, NÃO RESPIRE O MESMO AR QUE O SENHOR ABÓBORA E O MAIS IMPORTANTE DE TUDO...


- NÃO. COMA. O. SENHOR. ABÓBORA.


- AGORA DÁ PRA ALGUÉM RESPONDER A MINHA PERGUNTA, CACETA?