SUNQUEST

01

Após preencherem a aplicação na cidade, vocês são rapidamente direcionados para a entrada do que parece ser uma galeria de túneis, o prefeito amigavelmente aperta a mão de cada um de vocês antes de se retirar, cercado de pelo menos 15 guardas. O fragmento solar pisca algumas vezes, mas não se apaga.

Ele retorna alguns segundos depois, exacerbado, entregando uma pequena caixinha de madeira nas mãos de Gamvra, e vai embora tão rápido quanto veio.

Gamvra, que tinha chego a cidade acompanhado de Tzani após tragicamente perder sua lanterna antiga para um bando de fragmentelhos, se sente feliz ao descobrir que dentro da caixa se encontra mais uma lanterna, ou algo parecido.

LANTERNA 01 - LAMPIÃO CÓLEOPTEROIDE



A cor verde iridescente deste besouro do tamanho de um gato doméstico brilha levemente enquanto ele vibra de maneira quase inaudível.

Quando acordado e excitado, brilha com uma intensidade muito maior, emitindo um chiado alto.

Deve ser alimentado. 

Agora munidos de luz, todos adentram o primeiro túnel, que segue por cerca de uma hora, deixando lentamente a luz acolhedora da cidade, para a escuridão fria das cavernas.

Gamvra segue na frente, iluminando o caminho até que o túnel começa a se abrir, até se tornar grande demais para se ver os lados, efetivamente se tornando uma espécie de salão modelado pelas sombras, observando pela luz fraca do besouro, é possível enxergar um buraco do tamanho suficiente para que um homem adulto caiba dentro, não é possível ver seu fundo sem inspecionar mais de perto.

O que vocês fazem agora?

- Mas sabe que foi até impressionante? Quem diria que aquelas coisas iriam parar por uma lanterna! Aliás, é um fodendo milagre a gente ter achado outra assim do nada.

Tzani faz uns alongamentos, como se já estivesse se preparando pra descer o túnel.

- Mas e aí mestre? A gente vai descer nesse buraco ou esperar uma chance de ir pra cima igual a Stary falou?

Gamvra ergue o besouro para o alto, o inseto não parece se interessar muito, apenas ajeitando suas asas de leve.

A luz fraca do besouro se espalha pelo local, tornando a escuridão em uma penumbra pesada, Gamvra não parece encontrar nenhuma outra saída, pelo menos não no alcance da luz, porém, é possível enxergar o que parecem ser pequenas poças aqui e acolá.

Enquanto isso, Stary observa o buraco no chão.



Ao observar mais atentamente, Stary percebe algumas coisas evidentes sobre o buraco:

1 - O buraco era irregular, mas apesar disso, não apresentava nenhum tipo de marcas de animais.

2 - Uma quantidade quase imperceptível de fumaça branca subia pelo buraco, como quando você assopra ar num dia frio.

3 - Alguns minérios estranhos pareciam crescer em sua parte interna, mas não era possível identificá-los.

ROLAGENS DE CONHECIMENTO:

- Uumn... beleza mestre, vamo nessa!
Tzani entra no buraco de forma relutante, seguindo atrás de Gamvra enquanto sinalizava pro resto pra ir junto. Não que eles tivessem muita escolha, sem ter nenhuma outra lanterna alí.

Gamvra coloca um dos seus pés dentro do buraco, ele desce tranquilo até mais ou menos sua coxa, até que a ponta de seu sapato encontra o que parece ser uma espécie de gelatina viscosa e brutalmente gelada.





Gamvra dá um pulo para trás, quase derrubando sua "lanterna", o besouro acorda e começa a iluminar muito mais fortemente o ambiente, além de fazer um barulho muito algo.

Agora é possível enxergar todo o local com mais clareza, inclusive suas paredes.



A fumaça que saia do buraco aumenta, a temperatura do local começa a cair drasticamente.

É possível ouvir um som borbulhante vindo de baixo.

Gamvra toma muito cuidado para conseguir coletar um pouco da substância sem realmente tocar nela, para sua surpresa, ela estava muito mais próxima da borda do que antes.

Ao erguer o frasco até a altura dos olhos, ele consegue identificar um liquido bege, como leite sujo, o vidro começa a trincar com a temperatura.