SUNQUEST

Mesmo desesperada, Stary consegue observar uma falha na rocha de uma parede no outro lado da sala, ela não parece ter muito mais que 35cm de largura, mas se apertando de lado, vocês podem passar.

Além disso, Stary consegue perceber que todas as poças de "água" que eles haviam visto anteriormente, se tratavam na verdade de buracos parecidos com o que estava soltando merda neste exato momento, e todos estavam lançando mais e mais glaciguano.

Em questão de minutos, vocês estarão se afogando em bosta gelada.

Reylaire olha para cima, ele respira extremamente forte e profundo.

Fazendo sua clássica pose de adoração ao buraco e a luz que vinha.

Então ele solta a respiração com um enorme grito.



- EU AMO O BURACO!



- Pronto, poderemos dar continuidade nas nossas atividades ao meio dessa merda gelada. Mas que belo começo de dia, não concordam, meus colegas? Aqui parados no meio de um monte de merda gelada, só nós e o buraco. Não poderia pedir por coisa melhor...

Reylaire para pra contemplar esse lindo momento.

- Mas eu quero continuar pesquisando o resto do Buraco, então é, deixem-me passar na frente.

Reylaire passa na frente de Stary pra entrar na fenda, o gigantesco homem de armadura, fica engraçado passando por uma fina tão apertada.

Mas ele solta alguns gemidos, como se a caverna estivesse acariciando o homem.

Reylaire ultrapassa, com glaciguano já cobrindo seus pés.

O homem começa a gemer enquanto o metal de sua armadura velha range contra a pedra, a armadura de Reylaire se encontra amassada, e agora faz barulhos constantemente.

Todos os outros então seguem fenda adentro, a torrente de merda continua subindo até seus joelhos, sua cinturas e então começa a descer novamente enquanto os minutos se passam aparentemente sem fim dentro da fenda, sempre seguindo em frente.

Reylaire contraiu hipotermia, ele não consegue sentir suas extremidades, e luta com uma penalidade de -1, além disso, deve retirar sua armadura ou continuar a rolar para resistir hipotermia.

Hipotermia é uma rolagem de Constituição, a -4 quando vestindo armadura de metal.

É possível notar que além de pra frente, a fenda parece seguir levemente para cima, até que Reylaire finalmente consegue sair dela, caindo na escuridão...

No meio do frio e de sua respiração pesada, o homem tem dificuldade em focar no que está em sua frente, a escuridão parece fluir como um miasma preguiçoso, como se pingasse do teto para o chão, se aproximando, observando o calor dos corpos e a luz das lanternas.

Reylaire parece conseguir sentir cada gota de seu sangue fluindo pelo seu corpo, e ao olhar para a frente, tem certeza de que algo espreita nas escuras, como se pudesse ouvir o pingar de saliva ou passos pesados se arrastando pelo chão.

Os outros saem da fenda, trazendo consigo a luz, a escuridão parece relutar até finalmente retroceder, com a mesma lombeira de como chegou.

~ACHIEVEMENT UNLOCKED~

OS DOZE TIPOS DE ESCURIDÃO #9 - CAÇATREVAS

Todos finalmente saem de dentro da fenda, o som de seus órgãos ecoam com a mesma facilidade de um tambor, o cheiro é uma mistura de merda de suas roupas e ar estagnado, como se toda a caverna respirasse dentro de um saco de papel.

As paredes laterais estão visíveis, mas pouquíssimo definidas, a escuridão se estende a frente até perder de vista.

E agora?

- Quem você tá chamando de otário, tampinha? Fica esperto.

Reylaire dá um pedala Robinho na nuca de Gamvra.

- Droga, minha armadura preferida...

Reylaire suspira abafado.

- Esperem um segundo, pessoal! Deixem-me tirar a armadura.

Reylaire demora um pouco porém consegue finalmente tirar completamente sua armadura que estava lhe dando hipotermia. E a coloca na mochila, talvez ela possa secar futuramente.



- Ok, vamos lá!

- HAHAHAHAHAAHAHAHAHAHA! Essa foi boa tampinha!

Reylaire para e pensa um pouco.



- Claro! Tenho essas frescura, não. Mas vai ter que me deixar ver o seu buraco e explorá-lo de várias formas possíveis. E também futuramente, seria inapropriado fazer isso aqui e agora.

Reylaire abre um sorriso um tanto maquiavélico.