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 A inocência da alma

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MeioMtr
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Masculino Idade : 25
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Data de inscrição : 13/06/2018


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MensagemAssunto: A inocência da alma   A inocência da alma Icon_minitimeQua 13 Jun 2018 - 1:45

Bom, oi, gente! Eu só queria dizer que vou escrever uma história com pegada cyberpunk, nada muito serio, só pra me divertir e passar o tempo mesmo. Enfim, esse primeiro capitulo serviu mais como um "piloto", quis apresentar um pouco os personagens e flertar com o mundo em que eles vivem, a partir do próximo eu engreno a história em uma trama, ok? Sejam sinceros, vou adorar receber criticas e/ou elogios. É isso.


A inocência da alma


Introdução
Ano 12 da Terceira Era, após um grande avanço na área da robótica durante o seculo 20, a humanidade se viu diante de cem anos de avanço tecnológico sem precedentes, época essa conhecida como Primeira Era, porém, os anos que vieram trouxeram consigo o esgotamento das fontes de energia da terra, uma divisão de classes sociais ainda maior e um estopim ao crescente desenvolvimento cientifico que vinha acontecendo. No que é conhecido hoje como Terceira Era, a sociedade tenta se manter com o pouco que resta e o que consegue, ainda, produzir na cidade-estado de Avarice.


Capítulo 1


Era quase impossível distinguir o dia da noite na cidade baixa durante a maior parte do tempo, a única luz que chegava lá era artificial, essa mesma luz que dava a impressão que a cidade nunca dormia, o som nunca parava, o brilho nunca diminuía. Muitas pessoas eram vistas tentando trabalhar em qualquer emprego que os fosse dado, dos mais braçais, como conserto de androides ou carregar as baterias solares até os geradores da cidade, até os mais formais, como os comerciantes. 
Virando a esquina para chegar à Rua do Mercado das Pulgas, (famosa por ter barracas onde se pode adquirir qualquer produto) estava uma viatura padrão da F.P.A (Força Policial de Avarice), totalmente pintada de preto, com detalhes de azul nas portas, onde se encontrava o logo da corporação.

- Porra, cara, nosso primeiro mês nas ruas e você quer checar as licenças dos vendedores? - Dizia, coçando a cabeça, o primeiro policial. Vestia a farda azul, padrão da F.P.A, uma simples camisa social de botões enfiada na calça preta, com o distintivo preso ao cinto. Tinha olhos negros, assim como os cabelos, que por sua vez eram curtos, corte militar.

- Um mês que estamos nas ruas sem fazer nada! Artigo terceiro do manual policial diz que devemos estar atentos a qualquer infração... - Antes que o segundo oficial, que estava ao volante, pudesse terminar sua frase, fora interrompido pelo parceiro.

- Esquece essa porra de manual, já disse! Tô te falando faz tempo, ninguém é promovido assim. A gente tem que participar de missões infiltradas ou matando chefões da máfia! - O policial dos olhos negros não conseguia disfarçar a excitação só de imaginar essas possibilidades, e sem perceber, estava com as mãos no ombro do parceiro, apertando, com o olhar perdido.

- Ai, Jack, eu só quero dar um jeito na minha vida, por que você é assim? Vai acabar me matando, e eu já disse que só morro de infarto em uma banheira de dinheiro! Idoso! No mínimo uns 55 anos. - O segundo policial, visivelmente maior que o parceiro, tinha a linha do maxilar forte e marcada, com a cabeça totalmente raspada, o que chamava ainda mais atenção pros seus olhos de um azul hipnotizante. Usava a mesma farda padrão de seu companheiro, porém com o distintivo preso ao peito, como forma de mostrar orgulho pela profissão.

- Ah, você quem sabe, Ivan, faça como quiser, só não conta comigo pra checar licença de comerciante ou velhinhas atravessando a rua. – Disse Jack, em tom de deboche, enquanto se arrumava no banco.

Enquanto continuavam sua patrulha diária pelas ruas da cidade, Jack se perdia olhando pela janela, como de costume, gostava de lembrar-se das historias que seu avô lhe contava, sobre carros voadores e como a parte mais abastada da população vivia em arranha céus que ultrapassavam as nuvens. Era difícil de imaginar, visto que nos dias de hoje não conseguiam nem produzir novos modelos de androides, e os que existiam eram só sucata tentando se agarrar ao pouco de vida que tinham em suas baterias, se é que alguém pode os chamar de vivos.

- Ivan, o que você sabe do Andy?

- Eu? Ué, que eu saiba ele é só o androide que atende as ligações e as denuncias na delegacia.

- Disso eu sei, porra, mas eu quero dizer, cê já conversou com ele? Eu soube que ele foi um dos últimos modelos, os malditos puseram um falso senso de liberdade nele. Uns caras falaram que ele já foi a bares à noite pra “se divertir”, mas fica parando olhando todo mundo. – Um arrepio subiu pela espinha de Jack, ao pensar sobre isso.

- Não sei o que te dizer, muito disso aí é fofoca e tu sabe. Ele foi programado pra trabalhar e quando o expediente acaba ele só fica esperando começar de novo, simples. Não sei, não entendo dessas coisas. 

- Hum, papo serio, vou prestar mais atenção nele daqui pra frente.

- Por que o interesse repentino em suca... – O som repentino do disparo de uma arma matou a frase ali mesmo.

O primeiro instinto do oficial careca foi frear a viatura e olhar ao redor, saber de onde veio o tiro. Foi contra eles? Contra um civil? Assalto, homicídio ou descuido?
Mais dois disparos. Um grito.

- No prédio. – Sem nem dar tempo de seu parceiro reagir, Jack abriu a porta do carro e correu em direção a uma entrada lateral para um prédio residencial caindo aos pedaços, que se encontrava próximo a viatura.
- Merda. Atenção, central, disparos em prédio residencial pertencente à Nova Ordem, possíveis vitimas. Oficial Macushla já está no edifício, oficial Pushkin entrando agora.

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A visão estava tão clara, achou que se sentiria confuso, que ficaria tudo turvo, mas nunca tinha enxergado tão bem. Depois de disparar a arma do dono contra o mesmo, vê-lo agonizar no chão a sua frente era gratificante. Não, mais do que isso, era quase prazeroso, excitante. Seria ele o primeiro a se rebelar contra os tiranos que os limitavam a tarefas domésticas, que negligenciavam seus reparos? Não poderia ser, outros deveriam ter tido tal iluminação também. Mas nada disso importava agora, seu antigo mestre se engasgava em uma poça do próprio sangue aos seus pés, o que fazer? Piedade? De forma alguma.
O androide aproximou a pistola ao joelho do humano caído ao chão, pressionou o cano contra o ligamento entre Tíbia e Fêmur e disparou, não uma, mas duas vezes, fazendo o osso partir, o músculo se separar em uma explosão de sangue e dor. O ser metálico parecia tentar esboçar um sorriso, algo não muito bonito de se ver, visto que ele não passava de uma imitação barata, pra lembrar um humano, mas não tinha pele e nem pelos, apenas uma espécie de silicone há muito desgastado e que mesmo em seus melhores dias, não deveria enganar muito. Mas o que claramente entregava eram os olhos, vazios, sem pupila, apenas uma íris que tentava imitar os olhos humanos.
Apesar da sua recente “libertação”, o androide ainda era uma maquina, ainda pensava logicamente, então, assim que se levantou e percebeu pela janela um carro negro parado de forma irregular e aparentemente abrupta na rua, já sabia o que esperar. Posicionou-se ao lado da porta, esperando para surpreender quem entrasse, porém, apesar de seus arquivos dizerem que os tais agentes da lei deveriam bater a porta e anunciar sua chegada, foi ele quem foi surpreendido por uma porta, já podre, sendo feita em pedaços por um chute e a sua frente um pequeno homem gritava algo, ordens, só podiam ser ordens. Os humanos não conseguem imaginar uma forma de sobrevivência sem alguém pra os servir. Eles o criaram apenas pra servir? Quem os deu o direito de criá-lo? Servo, nunca mais.

Com um movimento rápido até mesmo para os olhos treinados de Jack, a máquina sacou sua pistola e já ia abrir fogo, quando, em uma fração de segundos, o policial fez uma finta para a direita (de dar inveja em boxeadores profissionais) e com um preciso movimento de mãos derrubou a pistola do androide, que pareceu não se importar de perder a arma, afinal, seus membros metálicos eram muito mais mortais.

- Porra! Gah! – Exclamou Jack sendo pego pelo pescoço e retirado do solo com uma facilidade assustadora, pelo seu adversário metálico.
Tendo a traqueia quase esmagada pelo aperto de aço do androide, Jack ouviu bem baixo, quase como um murmurar:

- Por que não me deixam ser livre? Por que a sua raça precisa ser dona de tudo? Eu... Eu não entendo o porquê de eu existir. Quem sou eu?
O aperto afrouxou um pouco, dando uma oportunidade única para o policial tentar se soltar. Debateu-se, tentou abrir a mão do robô, até chutou, mas logo quando os dedos metálicos começaram a se fechar com força novamente, uma sombra enorme apareceu atrás do androide, dando no mesmo um mata leão digno de wrestling. Aquele enorme braço pertencia a Ivan, em seus quase 2 metros de altura, o policial careca era um homem enorme, fora da viatura isso se tornava claro. Ao mesmo tempo em que apertava a criatura de metal, também se inclinava para traz, tirando-o do chão e o obrigando a reagir, soltando finalmente o seu parceiro.

Enquanto caía no chão e tentava recuperar o folego, Jack estava impressionado, nunca tinha visto o parceiro em ação dessa forma. O androide devia pesar por volta de 200 kg e estava sendo imobilizado por um humano, aquilo era absurdo! Seria essa a força da família que ele se orgulhava tanto?

- Ivan, solta ele, agora! – A confiança no parceiro fez Ivan, em um rápido movimento, soltar a maquina e se abaixar a tempo de Jack abrir fogo.
O revolver padrão da F.P.A, continha 8 projeteis, feitos de uma liga especial que perfurava metal, por isso era desaconselhável o uso contra humanos, mas contra androides? Principalmente os que estrangulam policiais? Era encorajado. Com apenas isso em mente, Jack sacou seu revolver e deu dois disparos contra o androide. Um acertou o peito e o outro o ombro, fazendo o robô fugir, correndo em direção à janela, porem, antes que pudesse dar muitos passos, Ivan acertou em cheio um balaço em sua coxa direita, levando-o ao chão.

Os dois policiais se levantaram e foram até o robô, armas em punho, pararam a uma distancia segura, mantendo sempre o androide na linha de mira.

- Merda de sucata, eu tô tossindo sangue aqui. Cadê a central? Cadê os técnicos dessa bosta? – Esbravejou Jack, com uma voz rouca, claramente afetada pela dor.

- Calma, fica tranquilo. Androide, identifique-se, qual seu numero de serie? – Ivan, concentrado, recitava as ordens padrão como se estivesse com o manual na sua frente.

O androide parecia tão pequeno agora, estava recolhido contra a parede, vazando óleo e todo tipo de mistura liquida que dava energia e o fazia funcionar, só conseguia emitir um baixo som de estática, mas seus olhos olhavam pros policiais sem piscar, não tirava os olhos deles.

- Androide, identifique-se. Você esta apresentando defeito, agiu contra seu dono e nós. Precisa de reparo, me diga seu modelo e numero de serie. – Ivan dizia com convicção, firme.

Defeito? A máquina tinha entendido seu destino, sua criação, não podia fazer nada pra se libertar. Então, chorou. 

Um som metálico horrível e ensurdecedor foi disparado pelo androide, e logo depois, parou. Desligou-se.

- Você viu os olhos dele? Ele queria matar a gente, era ódio. Como caralhos uma sucata sente ódio? – Jack estava coçando as orelhas, como se pra afastar um som que nem estava mais ali.

- Não era ódio, em momento algum. Era medo. – O policial maior guardou a arma no coldre e foi checar a vitima.

- É disso que eu tava falando, porra! E você querendo ajudar velhinha a atravessar a rua. Troco uma garganta esmagada por isso aqui qualquer dia da semana, só falar.

- Cala a boca.

Os dois policiais se retiraram para a viatura assim que o reforço chegou, tinham que se apresentar diante do delegado, tentar explicar o que viram ali, se é que eles entenderam algo, ou foram apenas uma peça em algo muito maior.
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