Cap. 3 - Duelo
Logo após uma boa noite de sono bem dormida, Arthur levantou-se para ver o sol da janela do dormitório. Foi o primeiro a acordar, ele via aquele sol refletido na água, uma coisa muito linda de se ver numa manhã fria em Hogwarts.
- Eric! Acorde.
- Mi... O que foi Arthur? - Disse ele meio que sonhando e sonolento.
- Temos aula hoje! – Disse Arthur bem animado.
- Só depois das oito, criança... – Disse Eric, quebrando o clima de Arthur. – Mas se quiser treinar feitiços, eu te empresto meu livro “Feitiços de desarmamento e muito mais!”.
- Onde está? – Respondeu.
- Na minha mala. – Disse o jovem.
Arthur olhou embaixo da cama do garoto e viu a grande mala ali, de couro sintético e armação interna de metal. Abriu e viu o livro, capa dura de madeira (coisa rara) e páginas muito bem cuidadas.
- NOSSA! Esse livro é tudo que eu sempre sonhei. – Disse Arthur, olhando o livro com seus olhos brilhantes.
- Não se iluda que não é seu, E NÃO EXPLODA NADA! – Disse Eric voltando a dormir.
Nosso bruxo/ ex-trouxa/ herói deixou os dormitórios descendo as escadas e chegando a uma sala ampla, com paredes vermelhas e o chão feito em um material muito bonito e resistente, quadros pendurados próximos a lareira o encaravam com caras curiosas.
- Deixe-me ver aqui... Página 68, Accio. ‘’Direcione a varinha em direção a qualquer e exclame Accio’’. – Arthur fez tudo o que devia ter feito, apontou a um retrato pequeno e pronunciou o feitiço. O quadro seguiu em direção a Arthur numa velocidade incrível, o aluno se assustou quando viu que o retrato ‘’freou’’.
- Caramba, o Eric pediu para não explodir, ou seja, não quebrar algo a essa hora da manhã. E como eu vou fazer isso aqui descer sem que se quebre?
- Simples... Wingardium Leviosa! – Falou Eric, já vestido a caráter para a aula.
- Nossa... Realmente você é habilidoso. – Falou Arthur.
- E você é louco? Se aquele porta-retratos não tivesse parado? Você poderia estar na ala hospitalar agora. Comece com os feitiços mais simples, e que não ponham sua cabeça em risco. – Disse Eric com tom de voz de professor.
- Página 10, Aquamenti. Eric, o que esse feitiço faz? Está meio borrado. – Disse o aprendiz.
- Aponte sua varinha até aquele cálice e se concentre na água dentro dele, fale o feitiço e imagine alguma forma geométrica.
- Aquamenti. – Um pequeno fio d’água saiu de lá e formou um quadrado. – Eric! Fui eu que fiz isso?
- Claro! Você tem talento para feitiços de controle, se concentra fácil. Tente ficar modelando a água, além de ser um passa-tempo, é um bom exercício.
Arthur ficou modelando a água diversas vezes, até que ele ouve passos vindos da escadaria que levava ao quarto feminino.
- Arthur? Já está acordado? – Disse Mira.
- Sim, estou muito empolgado com esse negócio de “abracadabra”.
- E o que seria isso? – Disse ela com uma singela cara de boba.
- Bem, nem eu sei. Usamos essa palavra para definir magia no mundo trouxa. – Respondeu Arthur.
- Bem, Arthy... O Eric está acordado? – Disse ela, corando.
-Ele tinha acabado de vir aqui, se quiser eu posso ir chamá-lo. – Disse ele, já planejando algo com um sorriso cínico.
- Não! Não precisa se preocupar...
30 minutos depois.
Mira ainda estava na sala lendo um livro próximo a Athur, que estava testando outro feitiço.
- Reparo! – Disse ele após ter rasgado uma página do livro de Eric, que ao mesmo tempo havia voltado ao lugar.
- Vai, continua rasgando o livro dele! – Disse Mira.
- Está bem... – E ele ficou fazendo o mesmo movimento repetitivo várias, irritando a senhorita Belmont (Mira).
- Silêncio! – E um flash de luz rosa silenciou Arthur até a sineta tocar novamente.
Oito horas em ponto, ouve-se a sineta tocando da mais alta torre de Hogwarts. Eric e outros alunos desciam as escadas, ainda sonolentos, uns ou outros se safavam, mas a maioria ainda estava com olheiras de noite mal dormida.
- Bom dia! – Disse ele a Arthur. – E uma flor para você... Mira. – Disse ele vermelho.
- Nossa... ainda estou um tanto confusa, mas obrigado.
- Ô casal! Nós temos aula hoje, não temos?
- Ah... Claro. – Disseram eles, que olhavam torto a Arthur pelo modo com que quebrou o clima entre eles.
Depois de uma passada no salão comunal para saborear o café, se foram cada um para uma aula: Arthur para Defesa contra as artes das trevas; Mira para Artefatos mágicos e Eric se dirigiu para fora da escola, indo para a aula externa de Animais mágicos.
Na sala de Defesa contra as artes das trevas...
- Boa tarde, alunos! Eu sou o professor Lucas, como já devem saber.
Um silêncio estranho tomou conta da sala. Quando de repente, dentre os alunos uma mão se levanta.
- Que feitiços vamos aprender hoje, senhor? – Disse Rita Sparrew, da Lufa Lufa.
- Vamos treinar o estupefaça e flipendo. – Respondeu Lucas – Já que perguntou, por que não começa?
Ele apontou a varinha para um armário e exclamou:
- Accio Alvo. – De imediato um boneco veio correndo praticamente. – Aponte e exclame o feitiço, seja flipendo ou estupefaça.
- Flipendo! – Disse ela com receio do que poderia acontecer. Quando simplesmente o boneco foi empurrado por uma forte corrente de ar.
- Ótimo! Próximo. – Assim seguiu a aula, até a vez de Arthur. – Senhor Snape, que feitiço pretende usar? – Disse Lucas, curioso pelo sobrenome do jovem.
- Estupefaça... – Disse Arthy. Logo após isso, ele apontou e exclamou o feitiço.
Um flash de memória corre na cabeça de Lucas, lembrando de um homem de preto usando um feitiço estupendo que matou seus pais.
- Sr. Lucas, o senhor está bem? – Disse Arthur, encarando o professor.
- Claro! Use o feitiço, por favor.
- ESTUPEFAÇA! – Disse Arthur com voz mudada.
O raio azul atinge o abdômen do boneco, furando-o. Todos olhavam para Arthur, enquanto que o professor, pálido, encerra a aula (sem boneco, sem aula).
- Sr. Snape, venha até a minha sala, por favor.
Logo que os alunos saíram, o jovem bruxo foi até a sala do professor. Diferentemente de todo o resto de Hogwarts, não havia quadros naquela sala, sim livros.
- Você, para alguém que começou no mundo bruxo agora, tem poderes fantásticos, por acaso, que foi o responsável pela sua matricula mesmo? - Falou Moddy.
- Senhorita Minerva. – Respondeu.
- Você gostaria de ter reforço comigo depois das aulas? Você possui um talento que só fora tido por uma pessoa.
- Sim! Mas quem foi esse cara?
- Bem... Vold... Esqueça!
Enquanto isso na aula de Artefatos Mágicos...
- Ready, set, GO! – Disse Mira cantando uma música (Ready, Set, Go!, Tókio Hotel).
- Senhorita Belmont, gostaria de compartilhar algo sobre o Polmo de Ouro com o resto da turma? – Disse a professora Guadalupe.
- Não, não... Só dizer que, no passado ele foi essencial para acabar com Você-Sabe-Quem. – Respondeu Mira.
- Muito bom, mas preste atenção na aula ou vou transformá-la em um fone de ouvido para MP4, ouviu senhorita? – Ameaçou a professora.
- Claro! – Disse Mira, assustada com o sarcasmo da professora.
Mas já na aula de Criaturas Mágicas...
- Hoje vamos conhecer mais sobre os Bichos-Papões. Podem achar que isso é uma aula de defesa contra as artes das trevas, mas vocês vão aprender a destruí-los e não a superá-los. Alguém dá um palpite de como se faz isso? – Diz Hagrid, que reaveu a sua varinha.
Dentre os alunos do sexto ano, uma mão se levanta, era a de Eric.
- Para se vencer um bicho-papão, precisasse de uma varinha com a ponta passada a pó ou regada com poção do riso. Mas queimar com luz do sol destrói os filhotes desta criatura.
- Muito boa a explicação, senhor Luz.
Todos olham para Eric e outro aluno.
- Poxa, povo... Não olhem assim para mim e para o meu irmão! Vaz, não saia atacando também, Ok?
- Claro mano... – Disse ele, pronto para usar qualquer maldição imperdoável.
- Como podem ser irmãos? Vocês não têm nada em comum um com o outro! E ainda por cima, gêmeos! – Disse Michael Loghart, Sonserina.
- Deixem os garotos em paz! – Disse Hagrid. – Eles são irmãos e só!
Um silêncio assustador toma conta da campina, deixando um eco de brisa.
- Senhor Vaz, comece. Accio Baú! –Disse Hagrid que fez com que o baú viesse, se arrastando no chão de folhas caídas. – Alohomora - Terminou.
Do baú saiu uma pessoa, trajando roupas de Hogwarts. Uma cicatriz na testa era a maior pista. O bicho-papão se transformou em Harry Potter.
- LUMOS SOLÉM! – Falou Vaz. A criatura queimou como um vampiro a o tocar a luz do sol. Vendo isso, Vaz caiu em gargalhadas.
- COMO ALGUÉM PODE TER MEDO... – Hagrid foi interrompido por Eric.
Nesse momento, todos se espantaram, era uma raridade ver Hagrid gritando.
- Não, Hagrid. Você nos conhece desde que chegamos a Hogwarts, e você também sabe que ele fez isso para te provocar. Então controle-se, isso pode acabar te prejudicando.
- Claro Eric. Não sei como ele ficou assim.
- Nem eu, Hagrid... Mas quem vai ser o próximo?
- Você, depois de acabar com o bicho-papão, está liberado.
- Mande vir! – Disse Eric já com a varinha em mãos.
- Alohomora.
O bicho saiu novamente, agora transformado em um momento, onde Eric presenciava a morte de Mira, o mesmo não querendo ver isto, sacou um saquinho do bolso e usou dois feitiços:
- Ridiculus! – Disse ele, fazendo com que a criatura se transformasse em um narciso enquanto jogava o conteúdo do saquinho sobre sua varinha. – E para completar, Incêndio.
A flor pegou fogo e se transformou em cinzas, dando um fim a o monstro.
- Excelente! Eric e Vaz estão liberados.
Já terminada a aula, Arthur e os outros se encontraram no salão comunal para o almoço, onde ninguém mais ninguém menos que Minerva McGonnagal aparece para dar um recado a todos.
- Sonorus... – Disse ela o feitiço - Atenção a todos os alunos da Grifinória! Gostaria de anunciar que o clube de duelos está reaberto e com um novo líder, o senhor Silvius. – Disse ela com a voz amplificada.
- Cara, o clube de duelos foi reaberto. Arthy, você quer ir lá? – Disse Mira.
- Claro! – Disse Arthur. – Eu vou batalhar contra todos e vencê-los!
- Não se iluda criança... Meu irmão frequenta aquele lugar, e acredite, se você levar um flipendo dele, você vai voando para a enfermaria.
- Não o assuste, Eric. – Respondeu Mira. – O Arthy é um Snape, você deve saber o que Severus Snape fez no passado, não?
- Claro que sim, mas isso vai traumatizá-lo, então não conte. Ok? – Respondeu sussurrando no ouvido de Mira, corando.
- Vamos logo vocês dois! – Disse Arthur.
Já no clube de duelos, podia-se ver naquela sala, ampla com um grande palco no meio, várias pessoas, falando e/ou duelando umas com as outras.
- Vou encarar aquele cara do sexto ano. – Disse Arthur.
-... Está bem, se mate. – Disse Eric, levando um empurrão de Mira.
- Já te disse, não assuste ele! Assim podemos ficar sozinhos... – Disse a garota, ganhando um leve vermelho em seu rosto.
Eric e Mira já estavam saindo enquanto Arthur falava com Vaz, convidando-o para um duelo.
- O QUE! Uma criança do primeiro ano resolve me chamar para um duelo? Estou traumatizado! – Disse Vaz, de muito bom humor.
- Sim, isso que você ouviu amigo. Eu quero duelar com você.
- Se é assim, vamos.
Ambos se dirigiram para o palco, onde Silvius Manfiorde, o novo líder do clube de duelos apareceu para mediar a batalha.
- Posicionem-se um de costas para o outro. – Disse Silvius, fazendo com que eles o obedecessem - Preparam as varinhas, avancem sete passos e quando eu disser zero, virem-se e pronunciem seus feitiços.
Eles o fizeram, encararam-se e finalmente disseram algo.
- Zero! – Disse o senhor Manfiorde.
- Avis, Oppugno! – Disse Vaz, fazendo com que pássaros enfurecidos fossem em direção a Arthur.
- Expeliarmus! – Respondeu Arthur, criando uma bala que rasgou os pássaros e chegou a Vaz, que fez sua varinha desferir o feitiço para outra direção.
- Como... – Disse o jovem aprendiz de bruxo.
- Simples, se um feitiço tocar a ponta de sua varinha e você souber que feitiço ele é, você está pronto para desviá-lo. – Respondeu Sr. Luz com voz de professor.
- Aquamenti! – Disse Arthur, fazendo que um jato de água cegasse Vaz.
- Como?! Uma criança pôde me cegar com um feitiço tão simples! – Reclamou.
- Mobili Corpus. – Falou calmamente o Sr. Snape.
Arthur ficou praticamente “brincando” com o corpo de Vaz, enquanto o mesmo permanecia como marionete. Uma pose humilhante aqui, outra lá até que...
- Finite Incantatem! - Disse uma garota enquanto vinha em direção ao palco. – Duelo acabado! Chega Vaz.
- Não Gabriela, eu tenho que vencê-lo! – Respondeu Vaz.
- Em primeiro lugar, você está virtualmente incapaz de dar continuidade a essa batalha ridícula, em segundo que você já se humilhou demais. – Contra-atacou Gabriela.
- ISSO VAI TER VOLTA SNAPE! Nem que eu tenha que te dar aos trasgos!
- O que vem de baixo, não me atinge, meu amigo.
Depois de duas horas procurando Eric e Mira por toda Hogwarts, Arthur vai para o salão comunal para poder comer algo.
- Vocês dois! O que pensam que estão fazendo?
- Estamos nos beijando, ora, você nunca viu isso? – Falou Eric, zangado.
- Ele me pediu em namoro hoje, enquanto estávamos fora. – Disse ela, mostrando o anel de compromisso.
- Não pensei que tinha sido algo muito sério... – Falou Arthur, realmente surpreendido.
- Pois foi. E por que você não arranja uma namorada também? – Interrogou Eric.
- Não posso no momento, preciso me concentrar nas primeiras provas e quase não sobra tempo para me aproximar de uma garota... – Respondeu Arthy.
- Não se preocupe, nós vamos te ajudar, vida em Hogwarts não é só estudo! Aproveite a vida. – Disse Mira. Muito preocupada em abraçar Eric.
- Está bem, até o fim do mês, eu estarei de namorada nova.
- Ótimo. – Falaram o casal.
Bem, espero que tenham gostado do meu primeiro capítulo como dono desta fic, ficou longo (seis páginas do Word). Só para falar, agora esta fic está sobre minha direção, muita coisa irá mudar. Bye!