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Mensagem por Kirehana Yurika - Nanda Ter 9 Fev 2010 - 19:39

Apesar de todas as vezes que neguei, eu afinal decidi realizar esta continuação. A história desta vez será narrada pelo filho de Francine, numa jornada inteiramente nova, com novos desafios e obstáculos de tirar o folego! Nos acompanhe e embarque nesta aventura com Cameron e seus amigos em...

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Fanfic continuação de Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final

Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida Capt

Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final
(Primeira Temporada)

Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida ShiningCrystal

Prólogo: O meu Verdadeiro Nascimento 1
Capítulo 1: Descendo a Rota 32! 1
Capítulo 2: O Retorno da Equipe Rocket 1
Capítulo 3: Goldenrod, a Cidade das Oportunidades 1
Capítulo 4: Os Mistérios de Ecruteak 1
Capítulo 5: À Caminho de Olivine 1 2
Capítulo 6: Festival de Verão em Cianwood! 1 2
Capítulo 7: Mahogany em Fúria 1 2 3
Capítulo 8: O Prelúdio de uma Catástrofe 1 2
Capítulo 9: Cao na Cidade Dourada 1 2
Capítulo 10: O Perigo que Nos Espreita 1 2
Capítulo 11: O Dia do Juízo Final 1 Final
Extra: Curiosidades de Pokémon SC!

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(Segunda Temporada)

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Prólogo: Aqui mesmo!
Capítulo 1: Aceita tua Missão 1
Capítulo 2: Nas Terras da Névoa 1
Capítulo 3: O Escravo da Noite sem Luar 1 2
Capítulo 4: Entrevista com o Demônio 1 2 3
Capítulo 5: O Último Lighzhalsen 1 2
Capítulo 6: Um Presente Divino 1 2
Capítulo 7: A Colônia 1 NOVO!

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N º 01, 02, 03, 04, 05, 06: Cameron, Marion, Samanta, Cristopher, Lance, Olav
N º 07, 08, 09, 10: Roy, Kevin, Haruhara, Kenny
N º 11, 12, 13: Francine, Juri, Tania
N º 14, 15, 16, 17, 18, 19: Cameron, Marion, Samanta, Cristopher, Lance, Olav NOVO!

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Spoiler:

Espero que aproveite a Fanfic, leitor! É com muito prazer com que eu faço esta continuação, então, boa leitura! ^^

Prólogo
A Chegada em Hoenn


- A gente já chegou?
- Pela milésia vez, sua praga! Já disse que não!
- Mas a gente ja tá viajando A UM TEMPÃÃÃÃO! - abriu bem a boca quando disse aquilo.
- O que você quer que eu faça?! Que eu toque numa Ocarina e brotem Wailordes do mar pra empurrarem a gente?!

Samanta não era exatamente muito tolerante com o irmão menor. Mas eu até entendo... Se tivesse Cristopher como irmão, também pensaria em me internar num presídio de segurança máxima...

Me desculpe, não me apresentei. Meu nome é Cameron, tenho 15 (mas quase 16) anos e estou fazendo minha primeira viagem intercontinental. Meus pais e os amigos deles estavam organizando esta viagem a anos, provavelmente desde quando nasci. Eles me contam histórias incríveis de quando tinham minha idade, de quando uma amiga deles (a qual eu me refiro carinhosamente como "tia") praticamente salvou o continente Jotho de um fim armagedônico. Mesmo pequeno era um pouco incrédulo, mas com o passar dos anos fui me acostumando com o fato de ser filho de heróis...

Os filhos dos meus "tios" são, por questões lógicas, meus primos postiços. A Tia Juri e Tio Kevin tem um filho chamado Marion, só alguns meses mais novo que eu. Tio Haruhara e a Tia Tania não se contentaram em ter apenas um, e pariram duas bençãos: Samanta e Cristopher - esta é mais velha, tem 14; o outro tem 10. Só o Tio Kenny que não se amarrou a ninguém, mas entre os cinco, é o meu favorito... Mas ele foi com um "amigo", o Tio Trevor. Ás vezes penso que ele seja gay mesmo...

Eu e Marion não éramos exatamente vizinhos, mas éramos como unha e carne. Ele morava em Olivine e eu em Wonder Islands, ao sul dali - em compensação, bastava montar num pokemon de soubesse nadar e era duas braçadas pra um chegar ao outro. As Wonder Islands se desenvolveram muito nesses últimos tempos, tanto que em 5 anos se tornaram a capital Hoeanna em Jotho. Lá onde começamos a criar nossos primeiros pokemons, e apesar da distância, nós também fomos criados juntos.

Samanta e Cristopher eu já não via com tanta frequencia. Eles moravam em Snow Zone, um continente vizinho, o qual recebera atenção especial de Sinnoh - uma vez que muitos pokemons do frio continente se adaptavam ali. Meu gênio até tranquilo não é muito compatível com suas personalidades "quentes" - mas nos damos bem, ela é uma boa amiga. Conforme o barco prosseguia sua lenta viagem pelo oceano, o menor estava tornando-se inquieto e hiperativo - como toda criança impaciente.

Havíamos acabado de almoçar, eu senti meu corpo estufado de tão cheio. Sorria satisfeitíssimo conforme eu e Marion conversávamos deitados cada um nas amplas camas de casal do quarto dos pais dele. Os quartos das 4 famílias ficavam um ao lado do outro, todas interligadas pela ampla varanda que era o deck do navio. Com o passar do tempo, as singelas casinhas da cidade de Mossdeep se tornaram visíveis no horizonte.

- Crianças, venham pra cá! - Tia Juri nos chamou, empolgada do lado de fora do barco.

Só era permitido o porte de pokemons pequenos no cruzeiro. Cristopher, tão empolgado quanto seu único Chimchar, saíram correndo para o lado de fora - seguidos por Samanta (ela estava com seu Snorunt, que não aguentou muito o calor dos trópicos). Meu Mudkip e o Totodile de Marion estavam apreciando o mar do lado de fora, conforme a paisagem de revelava de tirar o folego.

- Com certeza é muito mais bonito que na televisão... - disse Samanta, ao meu lado, com os longos cabelos negros ao vento, adornados por uma faixa de cabelo verde-limão.

Pokemons aquáticos se excitavam ao ver o cruzeiro cortando aqueles mares: Wailmers colocavam seus corpos para fora, bufando pelas suas ventas espessas camadas de vapor, como locomotivas marinhas. Passamos pelo prédio da estação espacial, com olhos arregalados e largos sorrisos nos rostos queimados pelo sol. Quando, de repente...

O chão do convés pareceu sumir de repente. Senti uma forte vertigem me atingindo em cheio, como uma sinusite repentina, como se meu sangue não corresse mais em minahs veias... Minhas pernas até fraquejaram, tive que me segurar firme no parapeito para não cair. Samanta pulou surpresa, e Marion me segurou pelos ombros, levantando meu corpo fragilizado:

- Quê isso, cara?! - se espantou - Tá ficando enjoado?!
- Cameron, você está bem?

Eu estava, comparado ao que estava por vir.

Do topo da eminente Estação de Pesquisas Espaciais, uma enorme explosão seguida de um forte tremor. Parecia que uma grande bomba havia explodido, detonando os três últimos andares do grandioso prédio. Espessa e tóxica fumaça cortou e ascendeus os céus, que logo tornou-se negro como breu. Houve pânico na tripulação do Overseas, e a última coisa que me lembro foi de ter caído no chão frio e molhado do seu deck de madeira laqueada, com o corpo pálido e quase sem vida desmaiado no chão...


Última edição por Kirehana Yurika - Nanda em Ter 11 maio 2010 - 16:06, editado 13 vez(es)
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Mensagem por Bakujirou Qua 10 Fev 2010 - 1:52

Vejam só... Fui pego de surpresa desta vez... Como eu acompanhei a Shining Crystal toda, eu fiquei empolgado com o grande final do enredo da fic.

Mas, este prólogo não identifiquei muitas diferenças, desde o final de Shining Crystal. A ligação das duas fics, se deu por conta dos filhos de alguns personagens... Eu tenho algumas sugestões deste enredo, ou apenas alguma pista que pode estar relacionada ou não, ao trio dos ginjinkas dos Dragões de Sinnoh... Desejo boa sorte, o prólogo está muito bom!

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Confira:
Concurso participem! / Fic / One-Shots / indico uma fic que resgatei / indico Fic de meu amigo

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Mensagem por Kirehana Yurika - Nanda Qui 11 Fev 2010 - 18:13

Notinha da Autora: Mais de 100views na apresentação do prólogo me estimularam a escrever o primeiro capítulo o mais rápido possível. Muito obrigada a todos os leitores, desde os tradicionais fãns da saga até o mais recentes. E preparem-se, porque esse é só o começo! Boa Leitura! ^^


Capítulo 1
Aceita tua Missão

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Fanfic continuação de Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final

...

Luz, afinal.

- Cameron?... - minha mae me olhou assustada - Cameron, você está bem?

Passou a mão em meu rosto. Pude notar então que estava de volta à cama de casal. Olhei para mim mesmo com as pálpebras pesando, e pude contstar que agora estava bem. Meu pai me observava preocupado na borda da cama, e minha mãe sorriu ao notar que eu estava melhor. Mas ouvia gritos desesperados do lado de fora, pessoas corriam em pânico no corredor.

Era mesmo... O prédio havia acabado de ser explodido. Ja não estávamos mais nos arredores de Mossdeep - que seria, na verdade, o primeiro lugar onde o barco iria parar. Mas haviam fechado os portos...

Percebia-se que o barco aumentara muito sua velocidade, e que suas chaminés buzinavam com veemencia, como se ordenasse que a tripulação se acalmasse. E aquela estranha vertigem? Porque ela veio do nada, assim, sem mais nem menos? Naquele momento, preferi acreditar que foi uma consequencia a combinação estômago cheio + banzeio do mar, mas já desconfiava que podia ser muito mais do que isso...

۞ ۞ ۞ ۞ ۞

Por insistência de nossos pais, os quatro ficaram no quarto de Kenny. Conforme Samanta e Marion relatavam os acontecidos, percebi que havia perdido muita coisa... Não houve uma, e sim duas explosões no mesmo prédio, o que destruiu mais da metade dele. Quase que imediatamente, foi acionada a patrulha anti-terrorismo, que fechou todos os portos de Mossdeep.

Samanta estampava no rosto vermelho os sinais de quem haviam chorado bastante, mas agora tentava acalmar seu irmão menor quase azul de tanto que lacrimejava e soluçava. Marion estava sério e com os olhos arregalados, e até nossos pokemons pareciam agitados. Nossa viagem estava se tornando um pesadelo... Queríamos ficar o mais longe possível dos arredores de Mossdeep.

O cruzeiro parou no porto de Lilycove. Nós saímos de lá super apressados, porque ninguém esperava ter que parar naquela outra cidade... Nossas reservas nos hoteis de Mossdeep foram canceladas (ênfase: pelo próprio hotel...), e por muito tempo ficamos desnorteados no porto daquela cidade enorme. Meu pai, por sorte, tinha muitos contatos em todo o continente, e conseguira uma vaga num hotel de um amigo - sim, surpreendentemente, para todos nós. O clima em toda Hoenn era de assombro e angústia: o que teria causado aquilo?

O hotel tinha uma posição privilegiada na costa praieira de Lilycove. A horas eu observava o mar da sacada do nosso simples quarto, maravilhado com aquela beleza. Nossa, era tão diferente do mar frio e instável de Jotho... Aproveitei que meus pai estavam dormindo na cama de casal, exaustos pelos estafantes acontecimentos, e pulei a sacada para fora do prédio. Não tinha o que temer: estávamos no primeiro andar, não muito mais que dois metros do chão... Tá, ainda é bem alto para alguma pessoas, hehe, mas pra mim foi mole.

Ouvi um grunhido preocupado. Mudkip me observava com a cabeça entre as barras de madeira, me olhando com a carinha surpresa, quase como se estivesse me dizendo "O que você tá fazendo? Não sabe que podem ter terroristas à solta?". Fiz ssshh com os lábios e estiquei os braços para que ele pulasse em minhas mãos. Ele me encarou com uma expressão séria, mas depois revirou os olhos e caiu em meus braços. Ri, porque sabia que Mudkip era esperto, mas não sabia dizer não às minhas loucuras...

Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida Cameron_

Por muito tempo andei com os pés descalços na areia da praia, ás vezes deixando-os serem molhados pela geladinha água do mar. Mudkip me acompanhava pacientemente. Em certa altura, fitei meu olhar no horizonte e pude ver Mossdeep de onde estava... O que teria causado aquilo? Será que foi um acidente de trabalho, ou mesmo um ataque terrorista? Se foi, de quem, e por que razões? E aquela vertigem estranha... Porque aquilo aconteceu assim, subtamente? Não foi um enjoo ordinário, e eu sabia daquilo, só queria... Evitar pensar naquilo.

Me deitei na macia e morna areia da praia, estendendo meus membros e abrindo minha blusa social branca por completo. Deitei minha cabeça no banco de areia, que era tão fina que não a senti grudar em meus cabelos ruivos. O Sol hoeanno era gentil, e não agredia meu corpo pálido. Senti Mudkip se enrolando ao meu lado e abrindo um raso buraco na areia, um ninho para descansar; ao ver que eu já tinha fechado meus olhos completamente e mergulhado em sono profundo...

... Que não durou muito tempo.

Sinto uma forte baforada de ar me atingindo o rosto, quase como a respiração de uma fera raivosa. Abro os olhos abruptamente e me encontro em um lugar completamente diferente. A areia ainda estava lá, aliás... Só tinha areia lá. Me vi quase no topo de uma duna de areia, e muitas outras estavam próximas de mim. Olhei ao redor, assustado, chamando Mudkip pelo nome... Nem sinal dele. O Mar havia sumido... Sol ardia e as areias quentes consumiam meu corpo. Vi ao sul os rígidos morros da cidade suspensa se Lilycove, o que me levou a acreditar que eu estava nos arredores da cidade... Corri até lá, tendo que puxar minhas pernas engolidas pelas dunas vorazes. Subi as rochas, arfando em desespero... Então percebo que estava mesmo em Lilycove. Em algum outro momento... Do tempo e do espaço.

(Fundo Sonoro)

Ao invés de ainda mais elevanções, a cidade tornara-se uma ampla depressão. Seus vigorosos prédios e edifícios, hotéis e shopings luxuosos, tombados como ruínas... O porto seco, as ruas com o asfalto pelando e partido como lama no sertão. Olhei mais de perto, vi o que antes eram pessoas vagando naquele caldeirão, a maioria sem vestes senão apenas com trapos nos corpos esquálidos e secos, sem vida, sem uma gota de água sob a língua... Secos. Tão secos e desnutridos que mal suavam...

Pensei que ficaria feliz em encontrar alguém ali. As pessoas mal andavam, mancavam se arrastavam ou ficavam atiradas no chão, cozinhando naquele forno e queimando as mãos e os joelhos ao tocarem o solo. Nenhuma estava imune: alguns tinham as extremidades do corpo queimados, outros com cascas de ferida e pus. Alguns, já no leito de morte, se intoxicavam com uma espécie perturbadora de lepra negra que deteriorava e necrosava parte dos corpos já com pouca resistência... E por fim, não poucos e as vezes entulhados, cadáveres espalhados por todo o perímetro - poucas moscas e vermes que consumiam seus corpos podres e deteriorados se interessavam pela carniça...

Um lamaçal que provavelmente costumava ser um lago, gigantescos Hipopodows se empilhavam e grunhiam com os corpos enlamaçados, provavelmente encalhados. Pokemons massivos como Rhyperiors e alguns Metagrosses martelavam o solo com seus Hammer Arms, com várias pessoas se arrastando ao redor. Quando abriam um buraco não muito fundo, de lá brotava uma espécie de água suja e espessa, quase enlamaçada. As pessoas passavam umas por cima das outras, se pisoteavam e grunhiam de forma angustiante, passando por cima das crianças que choravam esgoeladas e dos idosos já sem fôlego. Se comportavam como animais, como se o raciocínio humano agora fosse reduzido a mero instinto de sobrevivência...

Aquilo me cortou a garganta... Não só as pessoas, mas todo aquele lugar parecia arrancar o ar do meu peito. Caí de joelhos nas pedras, com as mãos na cabeça, gritando ao perguntar a mim mesmo onde estava, o que havia acontecido... Onde estavam meu pai, minha mãe, meus amigos? Eu urrava de desespero. Será que era isso? Eua viver ali, suar até não ter uma gota de água no corpo, ser capaz de matar por alguns mililitros de água suja e necrosar até a morte? Quando dei meu maior urro de desespero, sinto que algo no ambiente muda novamente.

O Sol. Parecia que ele havia parado. Podia ser loucura minha, mas àquela altura... Sim, ele havia parado. O céu passou de azul para laranja... Então tornou-se vermelho como sangue. Até suas nuvens, antes brancas, tornaram-se cinzentas. Mas não eram úmidas... Eram secas, sem água, sem vida, como fumaça de uma locomotiva incandescente. Uma forte tempestade de areia ruge diante de mim, me forçando a me virar para trás para me proteger.

Do deserto que costumava ser um mar diante de meus olhos, ainda com vestígios das longas rochas marítimas, surgem marcas iluminadas como neon. Eram amarelas, círculos sendo atravessados por uma longa linha vertical. Das esferas surgem os braços, de onde surgem os ossos, músculos, escamas de um monstrolo negro e colossal. Um vórtex, como uma grande areia movediça, abre-se diante de mim, de onde urge uma criatura enorme e comprida, quase misturando-se às negras nuvens do céu em suas escamas negras. Urrou exibindo as garras eram afiadas, e os olhos dourados me encararam fixamente ao pousar sobre mim.

Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida RayquazaShiny

Ele ficou me olhando. Devia ter achado graça, daquele jovem humano ruivo com os olhos arregalados, vermelhos de raiva e de choro, abraçando-se sobre a estrutura rochosa no meio do deserto. Não parecia que iria me atacar, aliás, pareceu até curioso. A tempestade de areia subitamente parou. Em compensação, os ventos não mais brandavam, as nuvens já não andavam, e o demais fluxo do tempo não correu mais. Agora erámos apenas eu e ele... Os únicos viventes daquele lugar.

- Seja bem vindo ao futuro, jovem Cameron... - fechou os olhos e pareceu fazer uma reverência, conforme seu corpo flutuava no ar. Tinha uma voz rouca como a de um idoso, apesar de seu corpo mostrar sinais de altivez jovial - Meu nome é Rayquaza, deus hoeanno do ar e dos céus.
Fiquei mudo por um tempo. Não sabia exatamente o que responder, mesmo porque era a primeira vez que um Pokemon falava comigo.
- Você... Você causou isso tudo?
- ... E se eu disser que sim?

Silêncio.

- Não, eu não sou o causador disso tudo... O lugar que você se encontra era exatamente o mesmo em que você se deitou para relaxar, jovem Cameron. Mas a anos no futuro...
- Então... Hoenn será assim em questões de anos?
- Não só Hoenn, Cameron. Todo o planeta...

Arfei, e perdi meu olhar no deserto diante de mim. Não, eu não estava preparado para aquilo... Não queria aquilo para meus filhos, netos, bisnetos, não gostaria daquilo nem pro pior dos meus inimigos!

- Mas, mas e, não há nada que possa ser feito?!
- Sim, há... Mas não sou eu o encarregado disto. Vim aqui para dizer que você foi o escolhido para passar nossa mensagem ao mundo real.
- Como é, O QUÊ?!
- Uma entidade extremamente maligna e poderosa tentará trazer a ruína ao mundo... E desta vez, não só apenas para Jotho. Desde o momento que nasceu, você fora escolhido para esta missão, porque só você tem os atributos necessários para isso... Você tem no sangue os traços da maldade!
- "Isso"?! Que "isso", você tá louco?! Eu tô sonhando, só pode!...
- Sou obrigado a discordar, jovem Cameron... Você está no mundo real, e bem acordado.
- Eu não vou fazer isso!! Pode chamar outro, porque eu TÔ FORA!

Ele rugiu alto, e intensos raios e trovões cortaram e sondaram os céus. Me encolhi no chão, assustado, rangendo os dentes e com muito medo... Achei que fosse morrer.

- Não nega a razão da tua existência!! Te sopramos o dom da vida para realizar o bem maior!!
- Eu não quero!! Eu não quero fazer isso!! - gritei, com a tempestade de areia novamente brandando e levantando as dunas - Eu não me sinto pronto, eu sou fraco!
- Quem decide quem é o apto e o perdedor?! Não sou eu, que sou deus?!
Nada disse, apenas continuei soluçando, com minhas lágrimas ardendo em meu rosto quente.
- Pois levanta-te, ergue-se e luta!! Você tem o potencial que os divinos te deixaram, então ENCARA tua missão!!

Silêncio novamente, como se a raiva dele tivesse passado. Ouve-se apenas meu choro, o palpitar de meus soluços em meu peito. Me sentia fraco... Como poderia salvar o mundo daquilo? Como fora concedida a mim a confiança dos deuses do mundo e do universo?Senti meu corpo sendo envolto por uma aura carinhosa. Rayquaza me cobrira com sua sombra e me abraçava com carinho em seus rolos.

- Ooh, Cameron... Nós estaremos contigo. Teus amigos te ajudarão, teus pais te entenderão... Use sua voz e conquiste a nação mais uma vez... Cumpre a tarefa que a ti será ordenada, e não te arrependerás.
- ... O... O que eu devo fazer?... - apoiei meus braços em seu corpo, frio e molhado, sendo assim, aconchegante.
Fechei meus olhos ardentes e chorosos em suas escamas negras como onixes.
- Segue para Sinnoh, e espera os deuses do tempo e espaço virem a ti... E busca a Testemunha Corrompida.
- Testemunha?...
- Muitas perguntas serão respondidas a você, Cameron... E não esqueça que eu, em especial, sempre te acompanharei. Eu encarnei em teu pai, do meu ventre foste gerado. E sob ele, permanecerás...

Senti como seu corpo estivesse vaporizando-se e tornando-se úmidas nuvens, que lavaram meu corpo quente e suado. Meus olhos ainda pesavam, e senti como se sua voz que me guiava acalmasse minha alma perturbada com tantos acontecimentos, curando minhas feridas.

Meus olhos abrem novamente. Eu voltara no tempo, mas quando dei por mim, era como se nenhuma fração de segundo tivesse passado. Ergo-me rapidamente, tanto que assusto Mudkip com meus movimentos drásticos. Eu estava aliviado em voltar ao mundo normal, e abraçaria Mudkip de felicidade se não fosse outro detalhe... Estava tenso. Tenho certeza que aquilo eu havia vivido, não fora um mero sonho. Me levanto e saio correndo pela praia seguido pelo meu pokemon, correndo em direção ao Hotel.

Eu sei que meus tios e meus pais viveram mesmo aquela aventura em Jotho... E se for mesmo verdade... Ele, Roy, teria que me explicar essa história de "Eu encarnei em teu pai"...


Última edição por Kirehana Yurika - Nanda em Qui 11 Fev 2010 - 23:22, editado 2 vez(es)

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Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida Empty Re: Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida

Mensagem por Gabriel032 Qui 11 Fev 2010 - 18:43

WOW! A continuação de sua primeira fanfic aqui no fórum continua com a mesma impecável qualidade.

Na verdade, quase impecável. Em termos de narração, como sempre, está perfeita, mas o problema é o mesmo da anterior: erros pequenos e quase insignificantes de ortografia/digitação. Mas essas são pequenas coisas que eu acredito que se corrigem com o tempo.

Parabéns, sua fanfic é ótima!

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Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida Empty Re: Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida

Mensagem por Bakujirou Sex 12 Fev 2010 - 19:47

Neste primeiro capítulo teve a apresentação do que ocorreu com as personagens em território Hoenn. Contudo, fiquei mais surpreso com as passagens de uma viagem repentina pro futuro.

Não havia entendido o porquê do Rayquaza ali ilustrando o Capitulo 1, mas depois de ler, percebi o que tem de tão diferente assim... Fanfics que tenham uma boa saga ao lado de lendários são muito usadas, mas não tão bem aproveitadas, na maior parte das vezes...

Tinha suposições de que esta fanfic seria mesmo a fanfic promocional da fakedex da PM (que, por razões que me explicou anteriormente, terá de ser congelada)... Amei as descrições, (só achei as da previsão/viagem ao futuro um tanto quanto... fortes...) eu lhe desejo boa sorte, continue com o excelente trabalho na fanfic...

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Mensagem por Kirehana Yurika - Nanda Sáb 13 Fev 2010 - 19:26

Notinha da Autora: Oi, pessoal! Aqui vai mais um capítulo. A média de views por capt. se encontra entre 90~110! Muito obrigada a todos pelos ótimos números, e espero sinceramente que essa média continue aumentando ^^ Aproveitem a leitura!

Capítulo 2
Nas Terras da Névoa
Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida Shadows
Fanfic continuação de Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final

Nunca foi mistério pra mim que Roy não era meu pai biológico... Eu tinha menos de seis anos quando eles me explicaram isso, e até hoje lembro dos seus olhos cheios de preocupação diante da minha reação. Mas eu reagi bem, porque Roy sempre foi mais que um pai. Era amigo, conselheiro, companheiro, e aprendi cedo que o amor verdadeiro não releva as circunstâncias... Mesmo as deles quando se juntaram. Sempre o chamei de pai e sempre gostei disso, enquanto estivesse com eles, nunca queria saber da verdadeira identidade do meu pai, mesmo porque nunca me interessara por isso... Até aquela tarde.

Eles ficaram muito assustados quando me viram chorando daquele jeito. Me ouviram atentamente. Não só ouviram, como pediram pelos (assombrosos) detalhes... Minha mãe me abraçava com carinho, enquanto meu pai me alisava as costas trêmulas. Mudkip ainda estava com cara de paisagem, uma vez que ainda estava sem entender o que aconteceu. Depois que eu me acalmei, eles conseguiram me colocar para dormir... E descansei na cama por mais ou menos, umas três horas. Ainda estava receoso em fechar os olhos, com medo de sonhar com aquilo novamente...

- Cameron?... Cameron, cê tá acordado, man?
- Hummm... Agora eu tô, Marion. - disse de bruços, frustrado por ter sido acordado.
- Estão chamando você no lobby. Vamo, o assunto é sério...

Não esperava nada menos. Vesti minha blusa social de novo e descemos as escadarias do hotel. Nossos quartos ficavam acima do bar e restaurante, e era possível acessa-los passando pelas portilholas debaixo da escada. O lobby principal estava lotado, todos os meus tios decidiram aparecer. Claro, quem mais além deles pra me ouvirem e entenderem? Assim que eu cheguei, todos os olhares pousaram sobre mim. De início achei estranho, não esperaria que eles invocassem uma assembléia e discutissem sobre o assunto. Principalmente depois de tanto tempo após aquele ocorrido em Jotho...

Eles foram até bem seguros em suas palavras. Não me trataram com um doente ou uma aberração que prevê catástrofes com vertigens e tem um deus como pai biológico. E era justamente isso que estávamos discutindo.

- Que estranho... Não me lembro de ninguém falando que Silver era encarnação de Rayquaza. - meu pai disse.
- Mesmo porque, se fosse, será que ele teria feito tudo aquilo? E ainda por cima, sob o efeito hipnótico de Ho-oh? - disse tio Kenny, com os dedos coçando o queixo de forma pensativa.
- As falhas da alma humana são paralelas ao caráter do deus. - disse Haruhara. Acho interessante o modo que ele se expressa - Rayquaza tinha apenas uma missão ao encarnar em humano... Silver, em toda sua vida, fora apenas um instrumento da coleira divina.
- De duas formas. Para o bem, e para o mal... - Juri concluiu.
- Silver... Então esse era o nome do meu pai? - perguntei a minha mãe - E o que ele fez de tão ruim?
- ... Sim, querido, esse era o nome dele. E, bem...

Resumindo. Eu não era filho de Roy, na verdade, meu pai biológico era a encarnação de um deus hoeanno que me trouxe ao mundo para salvá-lo de uma catástrofe futura, mas que como gente; fundou uma gigantesca máfia que pretendia dominar o mundo... Aham, agora tudo fazia sentido.

Foi decido que agiríamos de acordo com as ordens de Rayquaza. O cruzeiro partiria para Sinnoh dentro de alguns dias, e nesse período, tinha certeza que Rayquza faria contato comigo novamente enquanto estivéssemos em seu território. Apesar disso, eu estava com medo de encontra-lo de novo... Pelo menos sob aquelas circunstâncias. Por mim, nunca mais voltava para aquele lugar. Apesar disso, reconhecia que precisaria manter contato com ele novamente. Me admirou a naturalidade dos meus tios... Esperava tudo: rejeição, incredulidade, apatia... Mas até me incentivou ver eles me dando total apoio. Tia Juri segurou em minhas mãos e me abraçou com força: eu sabia que ela me entendia mais do que qualquer um ali... Não era por pouco que tornou-se minha tia favorita - e a salvadora de Jotho.

- Ei, Cameron. - Marion disse, se aproximando de mim quando estávamos indo jantar no restaurante do hotel.
- Sim?
- Se esse lance todo que você disse é verdade... Não que eu duvide, de jeito nenhum! - não parecia duvidar mesmo, como se já tivesse tido alguma experiência similar à minha - Mas se for o caso... Cara, você seria um semi-deus.
- É... Eu já pensei nisso. Mas espero que isso não mude nada...
- Que isso, man, no way! - sorriu largamente, levando as mãos à cintura - Nada vai mudar entre a gente! Só queria dizer que tô do seu lado, meu chapa. Pro que der e vier.

Pousou a mão forte em meu ombro. É incrível como o gene hoeanno é persistente e fiel. Sorri de forma sincera ao encarar seu rosto com os olhos azuis brilhando de emoção, mais um pouco e eu teria certeza que ele poderia chorar - mas fingi que não vi, porque ele adora bancar o machão e não quer me imaginar vendo ele sequer lacrimejando.

- E vem cá, você soube das novas?
- Quais?
- Dá uma olhada no 'Kip.

'Kip era Mudkip para Marion - ele tem a mania de cortar o nome dos pokemons ao meio entre suas palavras e gírias. Quando olhei para a parte de cima das escadas, uma enorme cabeça anfíbia sorri para mim enfiada entre as estacas. Mudkip, agora Marshtomp, descia das escadas muito feliz em me ver. Agora que ficava de pé sobre as patas traseiras, podia usar os fortes braços escorregadios para me abraçar. E que força, quase me parte as costelas!

- E aí, chapa, gostou?
- Marion! Quando isso?... - as palavras mal saíam com meus pulmões apertados daquele jeito.
- Bom, você tava dormindo, e o pequeno tava muito agitado... Decidi levar ele comigo quando fui dar um rolé no mato alto!
- Mato alto?... Pesquisando a fauna local? - sorri, já conseguindo me livrar de Marshtomp.
- Heh heh, se pode assim dizer... É, cara, não é todo dia que você pode explorar continentes novos. Tô aproveitando o máximo possível pra pegar quantos puder!
- E aí, conseguiu algo?
- Aham... Aliás, eu queria até te dizer que...

Ficou corado como um pimentão, então coçou a parte de trás da cabeça ao rir sem graça.

- ... O que foi?
- Você tem assistido a PokeChannel?
- Não recentemente.
- De acordo com as pesquisas, o número de pokemons shines aumentou bastante recentemente em Hoenn e Sinnoh, chegando a representar cerca de 10% da população de cada espécie pokemon, apesar dos dados variarem nos tipos.
- Caramba! A safra tá boa esse ano, ein?...
- Cara, foi mundo indo pro mato! Como o governo ficou preocupado em manter essas estatísticas, e o Conselho Intercontinental estabeleceu uma lei que determina um período pra pegar pokemons shinies. A temporada aqui terminou semana passada, mas quando tava lá... Vi uns caras maltratando um pokemon shiny. E não só por causa da lei, mas pra defender a coitadinha, eu espantei eles de lá.
- Sério? Quem era?
- Um filhote de Rapidash shiny, cara... - ele pareceu chateado - Os pais devem ter sido pegos, ou mesmo morrido... Os caras tavam puxando ela a força, com cordas no corpo e tal... Mas Mudkip e o meu Riolu deram um show, e botaram os bullies pra correr! Só não denunciei eles porque eles me prometeram que não fariam isso de novo... Acho que eu fui um pouco idiota, né?

Preferi nem comentar.

- Mas e a Ponyta? Ela tá bem?
- Esse é o problema, véi... Ela me seguiu até aqui.
- O quê?!
- Foi! Eu mandei ela mil vezes pro mato, mas ela foi vindo atrás de mim! Ela tava muito ferida, e se me vissem com ela, iam achar que eu fiz aquilo! Então, eu meio que...
- Você a capturou e a levou pro centro pokemon.
- Sim!... Cara, eu devo ser muito previsível.
- Porque você é uma pessoa boa, Marion... É a sina dos bondosos.

Ele sorriu sem graça, e eu também.

- Vamos, prometo não contar a ninguém. Mas você vai ter que me mostrar!

Ela era linda. Ainda tinha pequenas marcas vermelhas ao redor do pescoço pelos maus tratos, mas relinchava vividamente e trotava com alegria por trás do hotel. Feito crianças, passamos um bom tempo brincando com ela, até nos chamarem para jantar. Era um pokemon jovem e inexperiente, que não tinha conhecimento do seu poder. Mas agora tinha Marion, poderia desfrutar do lado mais afetuoso e amigável da vida...

Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida Shiny_Ponyta_by_Tyltalis
Shiny Ponyta por Tyltalis


۞ ۞ ۞ ۞ ۞

As semanas passaram. Em Hoenn, o clima de medo de um ataque terrorista havia passado: a explosão no edifícil da Estação Espacial fora justificado pela perícia como acidente de trabalho, e que uma explosão causou a outra. Mas não há nada a se esperar, afinal, essas organizações criminosas podem aparecer em qualquer lugar e a qualquer instante. Isso permitiu que nós curtíssemos nossa estadia em Hoenn, indo às praias, visitando cidades como Fortree e Mauvile, passeando pelas trilhas... Apesar de até Cristopher ter mais sorte que eu nas capturas ao pegar uma Poochyena, eu não me importei. Ele estava feliz demais.

Numa noite, meu pai biológico surgira para mim num sonho - mas desta vez, estávamos numa campina de mato molhado, numa noite sem luar. Com certeza ele sabia dos meus medos e me entendia, e me levara para seu próprio universo... Conversamos muito, e ele me falou sobre o que eu deveria fazer. Em Sinnoh, um casal de especialistas encarregados de me informar estariam aguardando minha chegada. Me deu seus características e pediu para que confiássemos neles, e que tudo daria certo se eu o obedescesse... O que eu faria sem questionar.

- Cameron, você tem o balanço entre a maldade de um espírito corrompido e a bondade de um semideus compondo seu espírito. - ele me disse ao finalizar - Com o passar do tempo, aprenderá com suas próprias experiências a usar esses poderes ao seu favor. Não esqueça que sua missão é encontrar a Testemunha Corrompida. Por ela, descobriremos o paradeiro de quem está por trás disto.
- Sim, meu pai... Eu compreendo.
- Cuide bem de sua família, Cameron. - ele pareceu sorrir - Eles o amam muito.

O intrigante era que, na mesma noite, a tia Juri recebera uma ligação de alguém. Pelo sorriso dos meus velhos, imagino que fosse alguem conhecido deles. Eles explicaram que eram dois irmãos que haviam ajudado muito na missão da Juri e que os Cães Lendários entraram em contato com eles, trazendo uma mensagem de Ho-oh. O deus supremo de Johto ordenou que eles ajudassem a mim, e estariam nos esperando na Ilha Um. Isso me fez pensar...

No meio da viagem, quando o cruzeiro fizera uma rápida pausa numa pequena ilha (Ilha Um, fazia parte do arquipélago das ilhas de Kanto), me peguei pensando em como todos os deuses dos quatro continentes estavam envolvidos nisso... Claro, o lance aqui é universal. Quem seria a Testemunha Corrompida? E que criatura tão cruel estaria por trás do Apocalipse Mundial? Era humano, pokemon, um deus ou demônio? Isso nem os irmãos Unkws conseguiram me responder. Passamos horas conversando durante a viagem, os gêmeos não eram muito mais velhos que meus pais, mas eram sábios - apesar de um deles parecer meio "fora do foco". Eles eram sacerdotes de uma antiga religião de Johto, e sabiam muito sobre mitologia e espiritualidade - seriam, sem dúvida, muito úteis na busca da Testemunha.

O cruzeiro pára completamente no porto, interrompendo nossa longa e até prazerosa conversa.

- Pois bem, Cameron... - disse Yue - Não dá pra dizer se essa testemunha é gente ou pokemon... Ou mesmo uma criatura muito acima disso.
- Apenas que esta criatura apocalíptica tem muito poder, o suficiente para mascarar-se e escapar do ponto de vista supremo de deuses. - concluiu o outro.
- Se forem pensar de forma tão limitada, nunca vamos encontrar nossa Cinderella...

A voz misteriosa veio de uma mulher trajada de negro na porta do meu quarto. Ela tinha traços maduros, sorria de forma simples com os braços apoiados um no outro, conforme seus longos e sedosos cabelos louros escorriam pelo seu belo corpo. Os irmãos se levantaram rapidamente, atônicos ao perceber que ignoraram sua presença. Fizeram rápidas reverências, e isso chamou minha atenção.

- Muito prazer, Cameron. - ela apertou minha mão sem fazer força, com elegância - Meu nome é Cynthia, eu estudo mitologia de Sinnoh. Não imaginava que fosse tão jovem!
- O prazer é meu, senhorita... - sorri, muito sem graça.
- Oh, querido, sem muitas formalidades, certo? Vamos, precisamos conversar com seus pais. É um desperdício ter que pagar quartos de hotéis quando posso hospedá-los na minha mansão em Sunyshore.

Tá certo então, quem somos nós pra negar?

Quando saí do meu quarto, a pessoa que estava diante da porta me fez frear imediatamente. Estava encostado na parede, uma postura mórbida, com os braços cruzados de forma autoritária. Me encarou com olhos vermelhos como rubis, mas de forma ameaçadora como um algoz cervo defendendo seu harém. Sequer moveu outras partes do corpo ao fazê-lo, apesar de sentir como se ele estivesse me empurrando. Eu rebati com o mesmo olhar, inconscientemente arqueando o tórax e levantando o queixo, quase que o desafiando com o olhar.

- Vejo que precisa conhecer meu filho, Lance. Vocês tem a mesma idade, tenho certeza que se derão muito bem...

Eu não teria tanta certeza disso...
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Mensagem por Kirehana Yurika - Nanda Sex 19 Fev 2010 - 16:55

Notinha da Autora: Oi, pessoal! Até que não está sendo difícil equiparar meus atuais projetos na PM, sendo eles esta mesma fanfic e a Fakedex da Pokemon Mythology - mas está sendo até fácil equilibrar os dois, de tal forma que meu trabalho não será prejudicado. Até a próxima e aproveitem a leitura! ^^

Capítulo 3
O Escravo da Noite sem Luar - Parte 1
Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida Houndoom_by_kankakanka
Fanfic continuação de Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final

Alguns minutos depois, já estávamos pegando o Metrô Suspenso Expresso (MSE) para Sunyshore. Relutamos muito, mas a senhora Stone insistiu em nos hospedar em sua mansão. Mais uma vez, cancelamos nossas reservas nos hotéis (essa viagem saiu mais barata que a encomenda...) e aceitamos o pedido da Campeã. Ah, eu não devo ter comentado: Cynthia e o campeão de Hoenn, Steven Stone; estavam casados faz um tempo. Juntos, se tornaram o mais jovem casal de estudiosos de todos os 4 continentes, realizando pesquisas voltadas para Mitologia Pokemon. Eles são muito ligados a histórias dos deuses pokemon e espiritualidade, inclusive nos ajudariam na busca da Testemunha Corrompida com seu amplo leque de conhecimento.

Lá estava ele, sentado de frente pra mim, com as pernas cruzadas. Estava de cara amarrada mas evitando me encarar, porque sabia agora que eu podia passar horas fazendo isso. Lance... Recebera o nome do campeão de Jotho e Kanto. Me perguntava se era mesmo digno daquilo... Eram conclusões preciptadas, eu sei, mas ele me intrigava de tal forma... Cruzei os braços e mantive minha postura ereta, reações inconscientes de uma pessoa se sentindo ameaçada. Minha mãe, ao meu lado, me acompanhava com um olhar reprovativo.

- Cameron! - cochichou para mim - Pare de ficar encarando o rapaz!
- ... Aah, me desculpe. - consigo piscar os olhos, balançando a cabeça, quase como se saísse de um transe.
- O que há de errado, amor? Achei que vocês fossem se dar tão bem...
- ... Eu vou me sentar perto do Marrion.
- Segure-se nas barras, o metrô não vai parar.

Apoiando-me firmemente nas carras de metal sobre mim, andei em direção ao assento livre ao lado de Marrion, próximo a janela. Ele me viu e afastou-se um pouco mais para o lado, tirando a mochila de cima do assento. Me sentei ali e olhei rapidamente a paisagem do lado de fora: o Monte Coronet se aproximava, e lovo o atravessaríamos por meio de um túnel.

- Qual o grilo? - o moreno puxou assunto.
- ... - receei em falar alto - Esse garoto aí.
- Lance? Sério? Achei ele legal...
- Tive um mal pressentimento.
- Que estranho... Você é consideravelmente social, Cam.
- Nem me pergunte. Nunca senti isso por ninguém.

Ele fez um silêncio proposital.

- Tá afim do cara? - riu.
- Quê isso, tá me estranhando?!
- Vai com calma aí, ruivinho, só tava brincando! - riu de novo - Tudo bem, se você acha isso, eu respeito.

Começou a ficar escuro. Estávamos nos aproximando do túnel.

- O que nossos pais e o Casal Ternura discutem tanto?
- Provavelmente estão mais envolvidos nessas história de Testemunha Corrompida que você. - suspirou longamente - Eu nem acredito que nós conhecemos os campeões, cara! Eles são tãããão f*da, tanto como treinadores quando pesquisadores, ou mesmo como pessoas! Cara, o Lance é muito sortudo...
- Eu imagino... Eles são místicos, não é? Do contrário, não ficariam sabendo da existência da Testemunha...
- Hummm... Vem cá, Cameron.
- Hmm?
- O que você acha que é essa Testemunha Corrompida? Digo... O que ele viu deve ter sido algo muito importante pra passar por isso tudo...

Sim... Fazia sentido. Seja o que fosse, deve ter sido algo muito importante para fazer alguem viajar para o passado. Me perguntava onde estaria essa pessoa... Meu pai biológico disse para eu procurar os pesquisadores, então eles devem saber o que fazer. Ooh, paciência... Como encontraria aquela pessoa? Estaria mesmo em Sinnoh? Ou em outro continente? Talvez estivesse mais próxima do que eu imaginava...

Então, o sombrio túnel nos engulfa em sua escuridão.

۞ ۞ ۞ ۞ ۞

Uma enorme casaria, quase um castelo, se erguia do topo daquele morro. Era de tarde, o sol estava se pondo por trás das grandes paredes e muros erguidos daquela construção. Era negra e sombria, as torres lhe davam aparência quase medieval, um portão de metal de estilo gótico cercava seu perímetro, envolto por uma densa floresta temperada. Havia de preservar grandes jardins no interior de seu pequeno bosque, onde até alguns pokemons poderiam viver. O amplo pátio da frente era rasgado ao meio por um caminho de pedras, que se bifurcavam para mais duas entradas fora a principal. Era dificil definir a cor de sua fachada, parecia branca - mas daquele ponto de vista, era difícil dizer. Era apenas escura.

- Com licença. - disse Lance, próximo de mim.
- Sim? - respondi com certa calma.
- Como anfitrião, devo insistir em guiá-lo ao seu quarto. - disse, sem mudar muito sua expressão.
- ... Grato desde já.

Ele fez que sim com a cabeça e eu o segui. Marrion, Samanta e Cristopher vieram logo atrás. O saguão principal era redondo, alto e amplo, suas paredes eram ricamente decoradas com grandes pinturas - provavelmente dos antigos moradores com seus pokemons. Lustres e luminárias gigantescas adornavam o teto com abóboda adornada com um céu azul e limpo. Uma grande escadaria se erguia no fundo, que se bifurcava para levar a duas partes diferentes do andar superior. No salão à direita, uma grande sala de estar com uma mesa comprida para umas 70 pessoas. No salão à esquerda, uma espécie de sala para guardar os troféis e conquistas dos atuais donos da casa.

Com certeza haviam muitos quartos lá. Como tudo naquela casa tinha mania de grandeza, nosso cômodo era bem amplo também. Tinha um armário, duas camas de casal, um hack com tomadas ao lado e um espaço embaixo para se esticar uma cama de solteiro. Uma pequena sacada com uma grande janela, e um banheiro laqueado com banheira de hidromassagem. Temia até me deitar sob a fronha macia, mas Marrion e o pequeno Cris não temeram ao se atirar sobre as camas. Samanta, com o rosto rubro, deitou a mala sobre a cama e começaria a arrumar seus trajes, quando...

- Ooh, senhorita. - disse Lance.
- Eu? - ela olhou em sua direção, com cara de boba.
- Por favor, venha comigo. Seu quarto é logo ao lado...

Claro, porque ela não dormiria no mesmo quarto que o nosso.

- A roupa de hoje a noite pra vocês já está no armário. - ele disse, agora bem menos formal.
- Hoje a noite? Como assim? - Marrion pareceu bem confuso.
- O baile black-tie. Vocês e suas famílias serão os convidados de honra dos meus pais... Nos veremos mais tarde.

Muito bem, agora sim era hora de entrar em pânico. Umas 2x por ano, o casal Stone realizava uma festa elegantíssima, onde convidavam líderes de ginásio, professores, treinadores de elite, todos desse mundo que poucos conseguem fazer parte. Eu (e provavelmente nem Marrion ou Christopher) não tinha a menor noção de regras e etiqueta, educação refinada e muito menos valsa. Por muito tempo ficamos tensos, até nos acalmarmos e decidir que simplesmente agiríamos como nós mesmo - uma vez que poucos líderes e elitistas tinham mesmo noção dessas coisas de como se portar em público.

Saí para tomar um ar na varandinha. Tinham 2 chafarizes, uma em cada lado do castelo, e estavam desligadas. Logo abaixo do meu quarto estava Lance, correndo com um sorriso largo, com a blusa social quase toda aberta no peito, sendo perseguido, por duas robustas Migthyenas brincalhonas. Elas o derrubam na relva verde e o atacam com lambidas carinhosas, fazendo-o implorar para que parassem. Me admirou todo aquele carinho pelo dono, sempre vi esses pokemons como carnívoros sombrios e tarciturnos. Bom, naquelas circunstâncias, nada mais era impossível...

Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida Mightyena_2

Samanta o observava de sua varanda, com o rosto apoiado nas mãos, sorrindo ao vê-lo. Obviamente, não pude deixar de comentar.

- Admirando a paisagem de Sinnoh?
- Cameron! - ela se assustou, pois não havia me notado ali - Você me deu um susto!
Concordei, sorrindo de forma maliciosa.
- Qualé, o que foi? - ela riu sem graça, tirando o cabelo da frente do rosto corado, e agora evitava me olhar.
- Nada. - fiz que não com a cabeça - O que eu poderia dizer pra te fazer mudar de idéia?
- Nada. Quero dizer, não tenho nada em mente! - ficou sobresaltada.
- Aham... - fiz um suspense proposital.

... Mas ela não deve ter notado minha ironia.

۞ ۞ ۞ ۞ ۞

Mais tarde, naquele mesmo dia:

- Pode ficar relaxado, Cristopher! - disse Marrion, tentando arrumar a gravata em volta do pescoço do menino - Não precisa ficar nervoso!
- Você que tá estragando a gravata, de tanto suar frio! - retrucou o pequeno.
- É só impressão sua, eu não tô com medo de encarar os líderes de ginásio! - contrariou-se - Ou os professores, elitistas, cérebros da fronteira...
Mais um pouco e eu sabia que seu cérebro poderia entrar em curto.
- Que vergonha, Marrion. - me aproximei de Cristopher, me agachando para ficar na sua altura e lhe amarrar a gravata corretamente - Que exemplo de homem que não sabe ajeitar uma gravata você está dando pra ele!
- Pô Cam, cê fala como se fosse uma obrigação! - levantou-se e foi tentar ajeitar a si mesmo no espelho.
- É, só que quando você se casar - fui até ele, virando-o em minha direção e amarrando sua gravata destronxada - Não é sua mulherzinha que vai ficar fazendo isso pra você.

Ele suspirou longamente. Não soube dizer se aquilo foi um suspiro de quem imagina um futuro brilhante constituindo família ou de frustração com essa mesma idéia.

Lá estávamos: três jovem cavalheiros prontos para uma noite de gala. Cristopher sabia ser educado e até refinado (quando queria), mas Marrion precisava mesmo de algumas aulas de etiqueta - até seu cabelo era rebelde ao se despentear sob os filhos molhados (franjas chamativas como as da mãe). Dei umas dicas práticas pra ele, como adquirir postura ereta e vocabulário de redator de romance. Ele pareceu entender bem... Então, elegantemente trajados com ternos negros e gravatas sóbrias, decidimos nos apresentar no andar abaixo.

Conforme desciamos a escadas, notamos que o número de pessoas ali no saguão não era maior do que esperávamos. Estavam ali apenas alguns dos convidados, entre eles alguns que podíamos reconhecer imediatamente - outros, nem tanto assim. Mas estava fácil de enturmar porque, para minha surpresa, tinha bastante gente da nossa idade ali, inclusive crianças. Todos estávamos muito bem trajados, e podia-se ver o acúmulo de réporteres na entrada do castelo conforme os convidados iam chegando. O clima estava favorável, e garçons constantemente passavam por nós nos oferecendo bebidas - mas eu particularmente não estava afim de faze-lo ainda.

Ali estavam alguns tradicionais líderes de ginásio dos continentes, como Brock e Misty de Kanto, Falkner e Bugsy de Jotho, Flanery e Winonna de Hoenn, e Roark e Maylee de Sinnoh. Apesar da maioria estar constituída de líderes atuais, que tomaram o lugar dos mais antigos como Casey (subistituta do Tn. Surge de Kanto), o próprio senhor Haruhara (substituto de Chuck em Jotho), Brendan (substituto do próprio pai Norman em Hoenn) e Joylene (substituta de Roark, que substituiu o pai Byron em Sinnoh). Isso valia para os elitistas, cérebros da fronteira, ou mesmo para treinadores aposentados e professores como o sr. Elm e Birch. Sem deixar de lado os desenvolvedores de programas de depósito de pokemons com o sr .Bill e a senhorita Brigette - porque sem eles, nosso mundo seria um caos.

A maioria deles já tinha filhos, sendo grande parte da nossa idade. Pelo menos não seria difícil se entrosar. Nossos pais tiveram muito mais facilidade, pois seus feitos passados lhe garantiram prestígio na festa. Samanta e Cristopher estavam sendo apresentados pelos pais aos professores de Jotho e Hoenn, ambos com indícios de calvice.

- É um prazer conhecer uma jovem dama tão elegante. - Birch beijou a mão de Samanta, coberta por luvas que iam até seu antebraço.
Ela obviamente corou até riu um pouco.
- Não perde a pose mesmo. - disse Elm, sorrindo apesar de apoiar-se numa bengala com os cabelos calvos - Esse pequeno eu conheço. Desde pequenininho!
- Jura, senhor Elm?! - exclamou Cristopher, incendiado com a afirmação - Sério mesmo, por que eu sou seu maior fã!
- Sim, inclusive gostarinha que conhecesse minha netinha, Alice! - sorriu esperançoso - Ela tem sua idade, tenho certeza que se darão muito bem!

Onde será que eu já ouvi isso?... Sei que ao invés de fechar a cara e cruzar os braços com tal oferta, a reação de Cristopher foi até estimulante para o avô. Quando viu a mocinha de pele pálida, inocentes olhos azuis, um sorriso sincero e os longos e ondulados cabelos castanhos, Cristopher apenas corou e ficou paralisado, com os olhos verdes bem arregalados. Ela achou engraçado e deu uma risadinha ao levar as mãos aos lábios, ele também riu; só que com um pouco menos de controle. Provavelmente era diferente das meninas que conhecera em Snow Zone, aquela era definitivamente... Mais menina.

- Yagazami, é bom te ver! - Juri abraçou o líder do ginásio de gelo de Jotho como se ele fosse um irmão.
- Ué... Vocês se conhecem? - exclamou Rocco, jovem de feições feitas, atual líder de ginásio de dragão de Jotho, substituindo a mãe no cargo.
- Sim, somos velhos amigos... - respondeu o senhor de feições escandinavas, com os finos fios da cabeça indicando início de calvice - Já não nos vemos faz algum tempo...
Acompanhando o sr Yagazami estava Jasmine, tradicional líder de ginásio de Jotho.
- Como você está, Yagazami?
- Bom, estou até bem. Mas também não dá pra dizer 100% que sim, sabe?...
- Eu entendo... - tia Juri ficou um pouco chateada, mas apalpou o ombro do amigo, consolando-o.

Verdade... A poucos meses, o senhor Pryce, já ancião, havia falecido. Foi difícil não só para os próximos, mas para toda a nação. Não só ele, muitas pessoas importantes no mundo pokemon haviam partido, como o sr. Blaine, o sr. Wattson, elitistas famosos como Drake e as irmãs Bertha e Agatha (separada por continentes distintos), Spencer da Battle Frontier de Hoenn, e infelizmente figuras ilustres como os professores Rowan e Carvalho. Mas com o passar dos anos, novos e jovens prodígios foram revelados, abrindo portas para a nova geração de cientistas e treinadores.

Gostaria de resaltar, leitor, o quanto Samanta estava exuberantemente bela naquela noite... Havia prendido os cabelos negros num elegante coque atrás da cabeça, deixando todas as formas de seu belo rosto oval bem a mostra. Usava um vestido longo abaixo dos joelhos, um azul bem clarinho com detalhes em cristais, como se estivesse banhada em neve. Suas luvas lhe cobriam até metade do antebraço, ostentando sua elegância e dando-lhe um ar bem feminino, até sensual. Da forma que eu a descrevi até então, ela pode não parecer exatamente feminina - mas ela é, e muito, e isso sem precisar de maquiagens ou roupas de grife. Ela era verdadeiramente mulher... Pena que não parecia tão feliz com as companhias que leh arranjaram naquela noite.

- Sabe, amiga - dizia Patricia, filha de Misty e sobrinha de Crasher Wake, uma gorda não muito mais velha que Samanta que se entupia de doces e guloseimas - Hoje em dia homem é artigo de luxo! Só sendo muito famosa como nossas mommys pra arranjar marido, porque hoje a gente descobre que a maioria não presta ou come até o caroço da fruta! Você não acha, Lily?
- Nada a declarar... - disse Lily, com um ar pesado, a filha de Erika com Drake (das Ilhas Laranja em Kanto) parecia um corvo depressivo de tão magra e sombria.
- Como se tivesse muito a dizer. - disse Ruby, a mimada filha de Lucy de Hoenn - Mas sabe, eu não acho nada impossível, os rapazes dessa festa tem um leque bem variado de estilo...
- Fala como se nós estivéssemos num brechó. - retrucou a gorda.
- E você sequer fala, achando que isso aqui é um boca-livre, sua pão-de-queijo!

Elas começaram a discutir, e Samanta aproveitou o momento para lentamente sair da rodinha feminina. As filhas da Elite Pokemon eram realmente bem diferentes uma das outras, mas nenhuma tinha sua simplicidade. Saiu por um dos portões abertos nas laterais, que abriam passagem para o jardim. O chafariz estava ligado, e suas águas cristalinas brilhavam sobre o luar. Os pokemons estavam nos vastos currais ao sul dali, afinal, cada pessoa presente tinha de andar com pelo menos um pokemon consigo. Samanta encarou a lua minguante por muito tempo, sem saber que estava sendo observada por olhos fixos... A intenção do olhar de seu predador era difícil de definir, se preparava um bote mortal... Ou se estava perdidamente apaixonado.

Continua...

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Mensagem por Tropius Sex 19 Fev 2010 - 21:35

Ah vai usar o dialga.
Mais uma vez, inovando, primeiro com desnhos, depois com músicas e agora, uma representação artística dos acontecimentos do cap.
Samanta não era exatamente muito tolerante com o irmão menor. Mas eu até entendo... Se tivesse Cristopher como irmão, também pensaria em me internar num presídio de segurança máxima...
Infelizmente eu tenho um desse aí. Dormindo é a coisa mais fofa, mas deixa acordar...
Percebi um pequeno erro de concordância, o primeiro episódio fala que Cameron viajou para o futuro e o atual diz que foi para o passado.
No cap 3.1, percebi a não aparição de Steven, será que tem algo a ver com o houndoom da “recepção”.
Finalizando, está tudo incrível como sempre e espero o próximo cap.

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Mensagem por Sth. Phoenix - Meks Seg 22 Fev 2010 - 22:37

Boa noitinha Nanda!
Comecei a ler sua Fic, e me apaixonei.
Escreves muito bem, sua imaginação vai além do que eu pensava! Vi que faz seus trabalhos com muita vontade e carinho, o que torna ainda mais interessante acompanhar está aventura!
Além disso, descrevesse mais de um Continente em tua Fic, tornando-a mais surpreendente!
Fico feliz em poder apreciar trabalhos como os seus, certamente, trabalhos de que me inspiro!
Estou sem mais palavras além destas!

Bom, só notei alguns erros de ortografia...

Primeiro Capitulo:
- Cameron?... - minha mae me olhou assustada - Cameron, você está bem?
Não seria ''mãe''?
(..) e pude contstar que (...)
Não seria ''constar'' ou ''constatar''?
espera os deuses
Nesse caso, não seria ''Deuses'', letra maiúscula? Ou apenas um substantivo, não nome?
Caso seja Deuses, há outras partes com letras minúsculas dos mesmos.

Segundo Capitulo:
(...) era possível acessa-los passando pelas portilholas debaixo da escada.
Não seria ''portinholas''?
(...) eu estava com medo de encontra-lo de novo...
Não seria ''encontrá-lo''?
(..) a explosão no edifícil da Estação Espacial (..)
Não seria ''edifício''?
(...) e que tudo daria certo se eu o obedescesse...
Não seria ''obedecesse''?
(...) com suas próprias expriências (...)
Não seria ''experiência''?
(...) imagino que fosse alguem conhecido (...)
Não teria acento?
Os irmaõs se levantaram rapidamente, (...)
Err, receio que o acento queira voltar para casa... (Apenas brincadeira, não me entenda mal...)
Vocês tem a mesma idade, tenho certeza que se derão muito bem...
Não seria ''darão''?

Terceiro Capitulo:
Achei poucos, como ''Preceptadas'', ''Alguem'', ''Dificil'', ''Sobresaltada'', ''Réporteres'', ''Gostarinha''...

Me desculpe pelo incomodo acima.
Eu AMO o jeito de como escreve, você me encanta!
Alias, que poção andas jogando em mim?
Estou simplesmente babando sobre sua Fic,criatividade em você é o que não falta!
Tenha uma ótima semana Nanda, estarei acompanhando sua Fic!

Ps: Desativei minha assinatura, pois o Post ficou meio, grande...
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Mensagem por Gabriel032 Qua 24 Fev 2010 - 15:13

Spoiler:

Em termos de escrita, realmente há uma boa quantidade de erros na sua fic, Nanda. Mas acho que 90% deles são erros de digitação, o que pode ser fruto do tamanho dos capítulos. Deve dar uma preguiça ter que revisar tudo...

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Mensagem por Kirehana Yurika - Nanda Dom 28 Fev 2010 - 20:32

Notinha da Autora: Oi pessoal! Aqui vai mais um capítulo. Quando puderem, visitem meu atelier e apreciem a Fakedex da Pokemon Mythology - Até a próxima e aproveitem a leitura! ^^

Capítulo 3
O Escravo da Noite sem Luar - Parte 2
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Fanfic continuação de Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final

- Cameron? Tudo bem, cara? - disse Marion, reparando como meu olhar se perdia na imensidão do jardim lá fora.
- Uh? Ah, sim, tô legal, só... - passei a mão no rosto, como quem havia acabado de acordar - Me distraí um pouco.
- Tá falando do quê?
- Não viu lá fora? Olha lá no chafariz... Nossa, ela tá muito linda hoje...

Marion olhou naquela direção, e esperançosamente imaginava que me entenderia assim que visse aquele anjo repousando ao lado do chafariz. Mas para minha surpresa, ele apenas virou-se para mim e disse:

- ... Cara, você bebeu? - sorriu de forma debochada, erguendo uma das sobrancelhas espressivas.
- Hein? - me surpreendi com sua resposta.
Olhei naquela direção: Samanta já não estava mais lá.
- Aaahhw... - suspirei desapontado.
- De quem está falando, Cameron? - disse Olav, filho de Lucian de Sinnoh e Roxane de Hoenn.

Esse era dos meus. Olav era bem inteligente e educado, e sabia conversar sobre tudo. Era magro, tinha uma postura elegante e patrícia, rico e sofisticado vocabulário, um leitor assíduo como o pai. Aspirante a futuro intelectual, ele é estudioso e já viajou muito pelos continentes em busca de conhecimento - o que é muito interessante, porque ele é até mais novo que eu (15). Eu o conheci quando minha família lhe ofereceu estadia nas Wonder Islands quando ele passou por lá, levando na mochila apenas mantimentos e livros. Rapidamente nos tornamos amigos, e é sempre bom vê-lo novamente...

- Aah, você não conhece. - respondi - Samanta, uma amiga minha.
- Samanta? A Filha do sr. Haruhara? - completou, mostrando que não deveria ter subestimado seu conhecimento.
- Sim, ela mesma.
- Então você não está alucinando, Cameron. - sorriu de forma sincera - Samanta está mesmo radiante esta noite...

No nosso grupo de conversa estávamos eu, Marion e Olav - mas havia um outro grupo próximo o suficiente para se ouvir a conversa deles...

Nele estava Lance, Raymond e Guideon. Raymond é filho de Falkner de Jotho e Janine de Kanto, e poderia dizer que ele faz mais o gênero de Marion que eu - cabelos tingidos de vermelho e olhos claros que nada deixavam passar, e uma sua altivez que podia, em não raras vezes, parecer malícia. Quanto a Guideon, filho mais novo de Karen de Jotho e Lance (o campeão do mesmo continente), o moicano negro evidenciava uma atitude mais radical e até impulsiva - amigo de infância de Raymond e Lance. Os três pareciam ter uma amizade sólida, pena para mim não tê-los observado por mais tempo...

Me envolvi no diálogo, adorando ouvir as histórias de Olav e os comentários bem humorados de Marion. Mas Lance não... Ele estava viajando, com a cabeça entre as nuvens. Estava igualmente encantado com a visão que tivera em seu chafariz, e quando nos distraímos, ele deixa o saguão em rumo ao antigo local de descanso de Samanta. A noite estava ótima e o céu exibia riquíssimas constelações - mas a Lua se escondia sob o manto dos céus em sua fase nova. Ele olhou para cima e sentiu a brisa fria lhe tocando a pele. Conhecia aquele bosque em sua casa como a palma de suas mãos, e sabia que a delicada donzela havia se enfiltrado em seus jardins entre as árvores.

Os bosques nos fundos do castelo haviam uma trilha em formato de meia-lua, passando por trás do prédio. O caminho era demarcado por 4 clareiras perfeitamente redondas, sinal que haviam sido abertas durante o desenvolvimento da trilha - e cada uma tinha um jardim com variedades diferentes de belíssimas e raras flores. Os passos de Samanta eram lentos, pois a moça apreciava a beleza e o delicioso aroma das flores da segunda clareira, mas uma em específico chamou sua atenção.

Próxima de uma pequena cacimba, estava uma flor que parecia feita de água... Samanta agachou-se e a tocou com receio, sem medo de sujar o vestido na relva. Tinha uma textura quase líquida, mas tinha formas definidas de uma flor, mais exatamente como uma lótus com as pétalas e a delicadeza de uma rosa. Era tão limpa que suas mãos transparenciam sob ela ao segurá-la. Samanta admirava a planta com um sorriso, então nota uma sombra masculina formando-se sobre suas costas expostas com o decote do vestido.

Mas ela era sagaz e rapidamente levantou-se, olhando nos olhos da pessoa que a observava com tanta furtividade - mas logo a adrenalina em seu sangue dissipara-se, ao deparar-se com o rapaz apenas a observando sem malícia alguma (ou quase). Samanta suspirou aliviada e Lance preferiu abrir um pouco mais de espaço entre eles, para não assustar ainda mais a donzela curiosa.

- Perdão, eu... Eu não queria assustá-la... - disse, parecia arrependido.
- Não assustou, tudo bem. - ela sorriu, corou e fitou o chão por um tempo.

Aquela reação dela o interessou. Acho que isso acontece quando mulheres estão diante de um rapaz que considera atraente... Dependendo do que eu fizesse, ela às vezes ficava assim perto de mim também. Aahw, fazer o quê, ela ainda era uma garota... E leitor, não tenha pensamentos subjetivos, não estou com ciúmes! Pra começar, o que ele estava fazendo ali?!

- Já vi que gostou da Ksäri.
- ... É o nome dessa flor?

Ele fez que sim com a cabeça, sempre admirando-a sob os olhos rubros entreabertos.

- É linda... Nunca vi nada igual.
- ... Mesmo? Me admira. Ela pertence à sua terra natal.
- Snow Zone? - depois, achou estranho - Como você sabe que sou de lá?
- Soube pelos seus pais... - tossiu como quem queria evitar falar sobre aquilo.

Samanta não era ingênua, ela percebeu que ele estava querendo disfarçar. Mas por alguma razão, ela não protestou...

- Por que nunca ouvi falar dela?
- É protegida pelo governo. - respondeu Lance - Não seria bom ter uma planta tão atraente de propriedades alucinógenas no mercado ilegal de vida silvestre...
- Alucinógena, é? Quer dizer que isso te droga?
- Provavelmente uma das drogas mais fortes do planeta. Só isso já justifica a proteção exagerada das autoridades...
- ... E porque ela está aqui no seu jardim?
- Foi um presente para mim... Extremamente simbólico. Apesar de achar que tem pouco haver comigo...
- Ooh... Mas, porque? Eu acho que, bom...

Ele quase arregalou os olhos, na expectativa de ouvir algum elogio da parte dela. Ele estava torcendo por isso, pois tinha medo de se aproximar demais e invadir o espaço da moça. Seu espírito animou-se ao ver ela corando novamente e perdendo a voz, pensando no que dizer.

- Aahw, esqueça. - ela riu sem graça.

Mas o viril predador ele não perderia sua oportunidade...

- Talvez devesse levar ela com você.
- ... Mas ein?
- A Ksäri é a única flor que não gela no inverno. Enquanto as outras se deterioram na neve... A Ksäri continua exibindo suas belas pétalas.
- ... - ela arregalou os olhos, respirando fundo.
- Ela se destaca por ser forte sem perder sua incrível beleza... Isso a faz diferente das demais mulheres- perdão, flores!

Ele não pretendia estragar sua ladainha romântica deixando-a tão óbvia assim. Samanta riu, mas não muito para não assustar Lance, que coçava a parte de trás da cabeça, sorrindo sem jeito.

- Bom... Por isso acho que deveria levá-la com você.
- Lance... Você é mesmo um cavalheiro. - sorri de forma sincera, até sensual. (?)
- ... Muito obrigado. - fez uma pequena reverência.
- Só acho que seria mais interessante conhecer você como pessoa, não como meu anfritrião.
- Talvez queira então conhecer a parte mais reservada da trilha?...

Estendeu sua mão masculina, até forte para Samanta.

- Prometo apresentar a você meu lado mais casual... - sorriu. Parecia até sincero.
- Seria uma honra.

E assim, ao entrelaçar os delicados dedos nas garras da fera, a donzela fora pega em sua armadilha...

۞ ۞ ۞ ۞ ۞

- Como eu dizia, tá sendo um saco isso! - a gorda Patricia ainda não havía saído de perto dos doces - Minha mãe fica pressionando pra eu fazer natação sei lá o quê, pra cuidar da porcaria do ginásio...
- Olha pelo lado bom, amiga, bóia não afunda. - respondeu Ruby, sarcástica.
- Gente, cadê a Samanta? - a depressiva Lily questionou - Ela sumiu de repente...
- Deve ter ido pegar alguma coisa. - respondeu a gorda - Sabe duma, gostei dela? Ela parece muito simpática, dá vontade de arrastar ela pra tudo quanto é lugar!
- É, quem sabe com ela por perto, os homens passem a olhar um segundo que seja pra você, meu bem...

Logo depois delas notarem a ausência de Samanta, coisas estranhas começaram a acontecer em todos os cantos do salão. A taça de vidro que Rocco havia pousado sobre a mesa começa a tremer um pouco, como se a estrutura sob ela estivesse vibrando. Logo isso repercutiu entre as demais louças e pratarias do saguão - e nem se podia desconfiar de terremoto, pois o chão sobre nós estava naturalmente inerte.

- Yagazami? - disse tia Juri, ao constatar que o amigo não estava se sentindo bem.
- Mas o que?... - ele levou a mão ao rosto, e tateou a parte de trás do corpo como se procurasse um assento.

Assim que sentou-se, seu estado psicológico não pareceu melhorar. Ele ficou pálido (mais do que já era) e temeroso, até pude ve-lo suando frio. As luminárias, que facilmente iluminavam todo salão, começam a balançar suavemente como se alguém estivesse as assoprando. Suas lâmpadas começam a oscilar, o que deixa os convidados ainda mais assustados - até apagarem completamente. O castelo é envolto em completa escuridão, de tal forma que só se ouvia o grito das pessoas e o ranger das luminárias sobre nós, que agora pareciam girar de forma descontrolada.

- Mas que diabos?! - praguejou Marion, ficando inquieto.
Ele quis sair de perto, e teria se perdido se eu não tivesse o segurado pelo pulso.
- Marion, não sai de perto! Quer se perder da gente? - só esperava estar falando isso de frente pra ele, porque estava tão escuro que não se via absolutamente NADA.
- Eu vou dar um jeito nisso! - ouvi a voz de Olav dizer - Vá, Amparos!

Vi o brilho reluzente de uma pokebola, e o arrulhar de um Ampharos jovem. Em seguida, um feixe de luz emerge de sua jóia no meio da testa, e ilumina um pouco como se aquele foi o raio de uma lanterna e nos tirando daquela completa imensidão negra. Ampharos virou em nossa direção, e assim conseguimos ver nossos rostos - e os convidados ficaram um pouco mais calmos. Não muito, porque os objetos ainda tremiam descontroladamente, quase pulando, como se estivessem vivos... Pediram que Ampharos fosse levado até a mesa onde o sr. Yagazami estava sentado, alias, padecendo... Fomos até lá e lhe demos auxílio.

Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida Ampharos

- Yagazami, o que você tem?! - Juri estava desesperada, tateando o rosto quase desacordado dele. Estava muito ofegante.
- Me tirem daqui... Por favor, eu quero sair!
- Mestre, do que está falando?! - um dos gêmeos, o qual não podia dizer quem era, segurou eu seu ombro e gritou em angústia.
- Me tira, me tira daqui!! Eles querem me matar, eu quero ir embora!!

Ele começou a delirar e urrar de desespero, pulando da cadeira. Quem visse ficaria no mínimo assombrado, porque até suas pupilas estavam dilatadas - quase como se estivesse possesso, coisa do gênero. Se Haruhara e os gêmeos não tivessem segurado ele e tentado controla-lo, ele podería sair por aí chutando as pessoas e arrancando orelhas com os dentes. Eu e os rapazes ouvimos gritos de criança vindo do lado direito do castelo, que naquela confusão, provavelmente mais ninguém havia notado. Nós três fomos correndo até lá, passando entre o aglomerado de pessoas. Mas enquanto o fazia, só pensava no lado oposto do castelo... Onde Samanta estava a sós com seu guardinha noturno.

۞ ۞ ۞ ۞ ۞

- ... Você ouviu isso? - disse Samanta, olhando para trás em direção ao castelo.
- Sim... Parecem gritos. - o rapaz respondeu.

Até ouvirem os chamados, eles pareciam estar bem à vontade numa grande clareira já fora do jardim, ela sentada sobre uma rocha e ele ao seu lado, onde deveria estar tendo uma "deliciosa" conversinha. Eles vêem algo se movendo na mata diante deles, e imediatamente olham naquela direção. Era grande, parecia um vulto humano. Samanta ficou assustada e até parou de piscar. Estava confusa e com medo, a linda noite de céu adornado com diamantes agora se tornara uma jaula de terror e pavor.

- Calma, eu vou ver o que é... - sussurrou para ela - Espere aqui.
- Não! Lance! - ela falou num tom alto, mas cochichando - Não vá, pode ser um ladrão!
- Exatamente. - ele ficou sério, levantou-se e já ia naquela direção - Se chegar à trilha, vai ser fácil acessar o castelo...
- Não, Lance!! - falou mais alto ainda - Ele pode estar armado!!
- Eu também estou...

Samanta cobrira a boca com as mãos. Entendeu parcialmente o que o namorado lhe disse, mas pela expressão de Lance, preferiu nem perguntar. O olhava fixamente com o coração disparado, mas não era de paixão. Encostara os pés no chão com as pernas trêmulas, seu corpo respondia estímulos inconscientes para sair correndo a qualquer momento. Lance se esgueira entre a vegetadão fechada habilidosamente, quase como um bicho do mato - Samanta, sem tal sabedoria, apenas o observa sumindo entre as árvores.

O silêncio da noite torna sua espera atormentadora. Sua audição aguçada pelo pavor lhe prega peças, fazendo-a escutar barulhos que sequer existiam. Estava com medo, olhando por cima das costas a todo tempo. Recuou para ir embora, quando vê o vulto se formando novamente perto de si. Ela grita e corre de volta para o centro da clareira, apoiando-se na rocha e arfando com medo. Surge então outro vulto, e outro, e outro... É quando Samanta se encontra cercada pelas criaturas. Podia sentir que não eram humanas, podia até pensar que não fossem seres vivos...

Ela questiona seus nomes e objetivos, sem resposta. Grita por Lance, muitas e muitas vezes, começando a chorar de pânico. Quem dera eu poder fazer alguma coisa para ajudá-la naquele momento terrível... Quando os vultos misteriosos e obscuros começam a rosnar como nenhuma fera terreste rosnaria, Samanta tira os sapatos de salto alto aos pulos e começa a correr pela mata na direão oposta. Não tinha noção do caminho a percorrer, apenas seguiu o que a levaria o mais longe possivel das feras monstruosas...

Percebia que estava se aproximando da luz. Até se animara ao ver que estava saindo daquele bosque negro e obscuro, quando sente a elevação do terreno decair drásticamente. De uma ladeira vertiginosa, ela pisa de mal jeito de cai no chão, rolando alguns metros abaixo, sujando o corpo pálido e o vestido de lama e grama solta. Suas lágrimas misturam-se à terra molhada em seu rosto, e soluçando muito, consegue se erguer de 4. Notara a presença dos vultos, e erguera o rosto. Percebera que nao estava saindo do bosque, pelo contrário: havia entrado numa clareira ainda mais profunda da floresta.

Os vultos estavam aparentemente quietos. Pareciam observa-la, reunidos no fundo da clareira, então decidem se manifestar. Da escuridão sombria, vaporizações esverdeadas adquirem uma semi forma, e luzes como olhos maliciosos formam-se em sua fronte. Garras afiadas como navalhas ganham forma e dentes surgem numa boca de sorriso largo e maldoso. Um, dois, três, seis deles surgem da escuridão, e suas gargalhadas e urros amedrontadores deixam suas intenções explícitas com a pobre moça aterrorizada com a visão. Aqueles não eram pokemons, nunca foram e jamais seriam... Aquelas criaturas eram demônios.

Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida Demon_haounter

Ela ofegava muito, seu coração estava a explodir. Os dêmonios se divertiam com isso, afinal, era de medo e desespero do qual se alimentavam. Ela cobre o rosto ao ver que eles se aproximavam, e grita ao vê-los gritando prontos para atacá-la. Lance chegara bem na hora, não parou pra ficar olhando. Com uma habilidade sobre humana, saltara de cima da ladeira e pousara em segurança diante de Samanta, posicionando-se com precisão entre eles. Mas agora estava diferente...

Samanta não vira quando o corpo de seu queridinho transformara-se completamente no ar. Uma besta negra de quatro patas, um canino enorme que rosnava em posição de ataque para os demônios. Um focinho forte e cheio de dentes afiados, olhos furiosos e vermelhos como sangue, chifres longos e até majestosos, como os demais que adornavam seu corpo. A cauda estava ereta, quase como uma mola que impulsionasse um salto que estaria prestes a dar. Os demônios imediatamente recuaram, e também assumiram uma posição defensiva.

- Aah, a-aaahh... - Samanta estava com os olhos arregalados, agarrando-se a uma árvore próxima dali.

O cão urrou alto, uma mistura de uivo e rugido, intimidando os demônios com sua virilidade e altivez. Mas o maior deles, aparente líder, rumou em sua direção e quando se aproximara do animal, sumira no ar. Confuso, o predador não nota sua vaporização rapidamente ressurgindo próxima a ele e atacando com as garras afiadas, lhe atingindo o musculoso ombro direito. O cão chorou com o golpe doloroso, e Samanta gritou alto. Com seu rugido (provavelmente algum tipo de Roar), intimidara o demônio. Erguera-se novamente, era sua vez de desferir um ataque... Aabaixou a cabeça, e afastou as pernas. Os dêmonios se prepararam para desferir um golpe juntos ao atirarem-se sobre o cão, que neste instante, solta a grande energia que havia estocado.

Ao uivar, usara um poderoso ataque similar a Dark Pulse, mas estranhamente, com uma aura diferente da energia maligna. Lance exorcisara dos demônios com um único golpe desferido - provavelmente do tipo Ghost, já que os demônios se dissiparam com expressões de desagrado no rosto, como uma expressão humana a instantes de morrer.

O ar já não pesava mais... Definitivamente, aquelas criaturas não existiam mais. Por muito tempo, só se ouvira a respiração soluçada de Samanta. O cão lentamente vira em sua direção... Nossa, como era grande. Devia ter 1,60m na altura dos ombros do forte corpo quadrúpede. Ela temeu pela sua proximação, mas ele não fez nada. Diante dela, apenas abaixara a cabeça, com o olhar muito tristonho. Ela reconhecera os olhos, e quase que podia entender o que se passava em sua mente. Ela reconheceu Lance por trás daqueles músculos mastifos e aparência predatória...

Parou de chorar, e tentara uma aproximação. O predador recuou, com muito medo, até chorando, como uma pessoa muito envergonhada por seus atos. Não queria que ela o visse, não queria ter feito aquilo apesar de ter sido muito necessário. Não queria que ela o descobrisse... Agora, tinha vergonha ao invés de bravura. E foi se afastando cada vez mais e mais...

- Não, espere!... - ela pediu que ele ficasse - Não... Não vá...

Ele parou, notou que ela estava fraca. A moça então desmaia, encostando o corpo sujo na árvore. Lance a observa com os olhos caninos, então sente a dor aguda do corte em seu ombro. E decide fazer alguma coisa.

Longe dali, as crianças haviam sido socorridas - os mesmos demônios a atormentaram do lado de fora, e foram necessários os esforços dos fortes pokemons dos líderes de ginásio para expulsá-los - mas provavelmente eles não haviam sido eliminados. Na escuridão, ouve-se o barulho de vidraçarias grandes quebrando - não uma ou duas vezes, mas oito. Yagazami havia sido levado para um quarto do castelo, onde fizeram sabe deus o que com ele... Depois, a luz retorna com toda força, e aparentemente o ambiente se estabiliza também - mas os acontecimentos deixaram suas marcas na parede...

Os oito quadros gigantes expostos nas paredes do saguão estavam com o vidro estilhaçado. E no interior, os quadros de precioso valor dos antigos moradores do castelo haviam sido marcados por grandes cortes transversais de garras grandes e afiadas. A imprenssa fervilhava lá fora, e com os portões trancados misteriosamente até por dentor do castelo, ficaram apenas em pânico do lado de fora. Ninguém mais queria ficar ali, todos estavam prestes a sair quando os portões se abrem com a ausência da misteriosa força que circundava o local - mas a noite de terror ainda não havia acabado...

- AAAAAaaaahhh!!! - o grito estrindente da mãe de Lance inundou o salão principal do castelo - MEU FILHO!!!

Do bosque, surge Lance sem a parte de cima do terno e a gravata, com as vestes rasgadas e tem trapos, arrastando a perna direita no chão levando Samanta desmaiada nos braços. Seu braço direito estava com um corte grande que sangrava muito, e tanto seu corpo quanto o de Samanta estavam sujos de lama. Seu rosto estava ferido, parecia ter machucado enquanto voltava para o castelo. Eu instintivamente fui o primeiro a correr até lá, e quando vi aquele que eu julgava um mal elemento quase caindo no chão, decidi ajudar mesmo assim... Pois diferente dele, Samanta parecia estar bem apesar de desmaiada.

- Lance!! Lance, o que aconteceu?! - eu o sentei no chão, quando Marion tomou Samanta em seus braços fortes para socorrê-la.
- Cameron... Eu, eu preciso... Oowwh...

E então, ele cai sobre mim. Era mais pesado do que aparentava, porque não sabia que ele era tão forte. Bem baixinho, disse para ele:

- Muito obrigado...

E dei não só graças por estarmos vivos, mas como pedi ao meu pai que me iluminasse o caminho, e que minhas lágrimas se transformassem em forças para me ajudar a superar o que aconteceu e estaria a vir.

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Mensagem por Sth. Phoenix - Meks Seg 1 Mar 2010 - 22:08

Boa Noite Nanda!
Acabei de ler o Terceiro Capítulo (Assim como muitos).
Realmente continuo me impressionando. Tua fan fic me lembra um livro, bem escrito e criativo.
Suponho eu, que tua fan fic seja de: Suspense, Romance e Ação?
Adorei este capítulo, diferente de muitas, Lance se transforma em um Houndoom, algo que realmente fugiu do padrão (Bem, quando li aquela parte, senti uma pequena vontade de poder me transformar em um pequenino Pikachu, só para mudar um pouco de rotina).
Amei!
Espero mais suspense no próximo capítulo, boa sorte Nanda, e uma Ótima Semana!

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Mensagem por Kirehana Yurika - Nanda Sáb 6 Mar 2010 - 15:40

Notinha da Autora: Oi, pessoal! Aqui vai mais um capítulo. Não se esqueçam de visitar a Fakedex da Pokemon Mythology, a nossa fakedex! Até a próxima e aproveitem a leitura! ^^

Capítulo 4
Entrevista com o Demônio - Parte 1
Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida Giratinadark1
Fanfic continuação de Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final
Ilustração da capa: CelebiMaster (editada)

A visão de Marshtomp andando de um lado para o outro com feições tarciturnas estava me deixando inquieto. Deviam ser umas 2:00am quando estávamos no corredor do pronto-socorro. Quando a ambulância havia sido chamada ao castelo, meus pais ORDENARAM que eu fosse pra lá com Samanta e Lance - acompanhado por Marion e Olav que vinham no carro dos pais dele. Christopher estava aos prantos, chorando de forma desesperada. Eu não o culpo... Já não bastava a visão aterradora dos espíritos malignos, ainda tinha sua irmã desmaiada numa maca hospitalar.

Marshtomp decide sentar-se, mas isso não diminui minha tensão. Apenas Olav estava no corredor comigo, pois Marion havia levado Christopher para a ala pediátrica - o garoto também estava machucado, pois havia sido um pisoteado por algumas pessoas na confusão. Tendo Marion como um irmão mais velho pra ele, foi a melhor decisão tê-lo como acompanhante. Pobre criança... As pernas cobertas de hematomas fálicos, marcados por sapatos pesados. Meu deus, que caos...

- Cameron, você está bem? - Olav perguntou, preocupado.
- É... Bastante tenso com a situação.
- Eu entendo... Não é fácil. Eu já cheguei a viver momentos assustadores envolvendo pokemons fantasmas, mas... Nunca passei por algo assim. Nem espero passar mais...
- Não pareciam pokémons... Duvido até que tenha sido algo vivo. Ou que já tenha vivido...

Olav pareceu assustado.

- Está com fome? Não o vi comendo um único petisco na festa.
- Um pouco, pra falar a verdade.
- Eu também estou... Vou buscar alguma coisa pra nós comermos.
- N-não, não precisa!...
- Por favor, Cameron, eu insisto... - me atropelou as palavras - Um pequeno agradecimento pela sua companhia esta noite... Mas por favor, espere aqui. Pode ser que tenhamos mais notícias dos dois...

Eu achava isso bem difícil. Samanta estava numa sala de repouso, disseram que foi apenas uma queda de pressão. Quanto a Lance... Nós o vimos entrando na sala de sutura, e até então, nenhuma notícia. A pouco o sr. Stone havia ligado, pedindo informações sobre o estado dele. Infelizmente não pude falar muito... Os pais se preocupavam muito com ele, que era seu único filho. Eu compreendo... No meu lugar, haveria a mesma preocupação. Só me perguntava... Porque eles continuaram lá, e me mandaram ao invés disso. Estariam tentando nos deixar longe do castelo?

Enquanto me envolvia em meus pensamentos, um senhor de meia idade se aproximava de mim. Bom, "senhor" era forma de dizer, porque para um cinquentão, ele estava inteiraço - a unica coisa que evidenciava sua idade eram as feições bem maduras. Tinha vestes negras e uma grande charpe roxa enrolada no pescoço, uma expressão tranquila no rosto. Sentou-se ao meu lado e, para minha surpresa, falou comigo. E eu o reconhecia.

- Bom dia, jovem Cameron.
- Bom dia... Senhor Morty.
- Está preocupado com seus amigos?
- Sim... Mas principalmente com o Lance.
- Foi um ato de muita coragem o dele... - ele sorriu.
- Verdade... E pensar que eu o julguei tão mal.
- Mesmo? Vocês ficaram se estranhando?...
- Um pouco... Mas prometo pedir desculpas quando ele sair de lá.
- É um ato de muita nobreza...

Ajeitou-se na cadeira e respirou profundamente. Continuou:

- O homem que admite seus erros é o mais forte de todos.
- Heh, heh... É verdade.
- Soube de suas "estranhas" experiências, jovem Cameron... Gostaria de falar sobre isso?

Arregalei os olhos, me empolgando com o fato de ter alguém pra me explicar sobre isso.

- Sim, senhor! Pra falar a verdade, eu gostaria de poder falar sobre isso, porque... Porque o senhor é o maior intelectual em paranormalidade de Johto!
- Okay, calminha agora... - ele disse, rindo singelamente - Para começar, eu não duvido de nada que você me disser... Mesmo porque acompanhei toda a sua história, Cameron.

Eu não era uma criança agitada, muito menos excluída. Era bem comunicativo, um garotinho que adorava brincar com Marion e outros meninos. Ele me disse que, quando eu era pequeno, eu conseguia... Ver. Mas não ver coisas táteis, e sim ver espíritos tanto de pessoas quanto de pokémons. E que às vezes, eu conversava com essas pessoas normalmente. Mas não era isso com o que eu tinha que me preocupar...

Com o passar do tempo, comecei a ver outras coisas... Coisas que não eram boas. E para evitar que essas criaturas tentassem fazer algum mal a mim ou me assombrar, eu recebi muitas rezas e bençãos enquanto dormia, durante seções de rituais Unkw. Eu sequer tinha conhecimento disso - naturalmente, meus pais (que presenciavam os ritos) não queriam me assustar com isso. Os rituais me tornaram forte, e agora eu não via mais coisas estranhas - porque isso permitia que eles se aproximassem de mim.

Mas valia lembrar que eu não notei quando simplesmente deixei de vê-los - foi algo muito natural. Morty também parecia entender o fato de eu ser o filho de um deus... Como se fosse até natural pra ele. Na verdade, ele sempre ''desconfiou'' disso...

- Realmente, eu... Eu já não vejo mais nada. - eu disse, ao relatar que já não via nem espíritos humanos.
- Vamos deixar uma coisa bem clara. - pausa - Espíritos são os restos de matéria. Eles em sua maioria não são perigosos, e já viveram um dia.
- Certo.
- Demônios, Cameron, são totalmente diferentes. - ficou bem sério e falando baixo, me encarando com aqueles olhos claros - Eles não foram, nem nunca serão seres vivos. São entidades malignas que se alimentam do seu ser e te atormentam.

... Eu fiquei com medo.

- Então, aquilo que aconteceu no castelo ontem, foi?...
- Não tenho dúvida, jovem Cameron, que foram artimanhas de demônios.
- É, alguns chegaram a ser vistos pelas crianças e até alguns adultos...
- haviam bastante pessoas sensíveis no salão naquela noite, Cameron. Inclusive crianças, que tem uma sensibilidade natural a isso. Muitas sentiram mesmo o abalar da presença deles, inclusive eu. Mas Yagazami fora o mais atingido...

Eu pedi que ele me explicasse o que houve com Yagazami, então ele o fez.

As pessoas que são "sensíveis" podem apresentar isso em vários níveis diferentes. Apesar de Morty ter conhecimento e certa sensibilidade, o sr. Yagazami o tem muito mais - fora o fato de ser um líder sacerdotal. Só a presença das várias entidades malignas o atormentou, e o pior: elas o tentaram. Pode ser que aquilo tenha as atraído. Eram muitas, e elas praticamente sufocaram o rapaz, e se seus colegas não tivessem agido rapidamente, quem sabe ele também já não estivesse no hospital?...

Demônios, hmm. Foram eles que causaram toda aquela bagunça. Eles apareceram do nada por que, até aquela noite, nenhuma atividade extraordinária havia sido reconhecida por ali - nem mesmo relacionada aos antigos moradores. E o sr. Morty suspeitou que a causa disso teria sido EU.

- Mas ein?! - exclamei - Mas eu não fiz nada, senhor!!
- Não estou culpando você, Cameron! - Morty se assustou com minha reação - Me escute um pouco, não estou dizendo que você os trouxe até lá.
- ...
- Cameron, eu acredito em você porque as profecias de Rayquaza estão a cada momento se consolidando. A previsão de que no futuro, uma criatura maligna trará a ruína ao mundo é um fato.
- Então, aquilo de ontem a noite?...
- Sim... Uma mera apresentação de seus poderes. Este monstro está atrás de você, Cameron. De você, e da Testemunha Corrompida.

Era informação demais pra mim. Levei a mão à testa, que estava úmida com suor, com o rosto pálido e respirando fundo para tentar me recompor.

- Eu não quero assustá-lo, Cameron. Pelo contrário, quero lhe oferecer meu auxílio.
- ... Como assim?
- Primeiramente, sabemos que não se trata de um deus ou semi-deus. É uma entidade, e tão poderosa quanto uma divindade, mas que não tem a capacidade de encarnar ou observar o correr do tempo de forma onisciente.
- Humm... Certo.
- Depois, ele procura a única pessoa que conhece sua identidade. Se a encontrar, matará a peça chave que acabará com seu plano de dominação global. A criatura usará os demônios para conseguir o que quer, como seus soldados...
- Então, aquilo ontem a noite, o senhor acredita que ele está atrás de mim?
- Sim, mas não acredito que você seja a Testemunha. Mas você é a seta que vai nos apontar para ela. - sorriu, como se tivesse orgulho de mim.

Mas isso não fazia o menor sentido! Se eu sou a chave para encontrar a Testemunha Corrompida, por que essa "entidade do mal" quer me matar? Estaria perdendo seu único meio de achar a pessoa que tanto procura... Então só havia uma lógica.

- Ele me quer, senhor Morty. Mas me quer vivo.
- Perdão?
- Se ele for tão esperto assim, vai querer me usar para encontrar a Testemunha Corrompida para ele, e não impedir que eu o faça.
- ...

Ele ficou muito tempo me olhando com uma expressão neutra.

- É, você é muito inteligente. - deu um sorriso largo e feliz - É importante pensar assim... Um passo a frente de seu oponente.
- Senhor, na verdade, eu... Não estou tão confiante assim...

Apoiei meus cotovelos nos joelhos, ficando cabisbaixo na cadeira. Eu estava com medo... Medo de perder minha vida, meus pais, meus amigos, todos envolvidos nessa história por minha causa. Samanta, Lance, Christopher, o sr. Yagazami... O sr. Morty ficou me observando, então disse:

- Meu jovem... Eu sei como se sente. Mas não fique assim, como disse, a culpa não foi sua...
- ...
- Você ainda está com medo, não é? - me ergueu pelos ombros, vendo meus olhos enchendo de água - Por mais que sua família, seus amigos, seus companheiros... Por mais que seu pai biológico te dê forças, você ainda tem receio. Mas saiba que estamos todos nós ao seu lado, Cameron... E que conseguiremos encontrar a Testemunha Corrompida. Juntos...

Eu sorri e então ele me abraçou com força. Eu também o fiz com vontade, encravando meus dedos em seu cachecol... Ele tinha razão, estava na hora de superar meus medos e começar a agir. Já vimos que nosso inimigo é mesmo muito poderoso, mas não era por isso que devíamos temê-lo. Deveríamos enfrentá-lo!

- Mas, senhor, e o castelo?...
- Ainda há demônios lá. Não creio que pretendam sair tão cedo.
- Hummm...
- Mas não se preocupe, já providenciamos isso. Você e seus amigos ficarão numa fazenda que eu tenho na estrada para Sunyshore. Eu e seus pais ficaremos no castelo por mais um tempo...
- Mas é perigoso! O que vocês vão ficar fazendo lá?!
- Vamos tentar manter contato com os espíritos e demônios presentes na casa... - fechou os olhos - Eu, os sacerdotes e um time especializado. Será como uma investigação... Se tentarmos manter contato, poderemos ficar sabendo mais sobre seus objetivos.
- ... Eu não duvido nem um pouco do senhor, sr. Morty. Aliás... Lhes desejo muita boa sorte.

Ele sorriu, de forma tão sincera que me cativou a sorrir novamente. Olav chegou com algumas sacolas de plástico pequenas - uma delas cheia de doces e guloseimas, seu ponto fraco. A enfermeira de Lance se aproximou, trazendo boas notícias de um estado estável de saúde... E pude constatar, ao olhar para o sr. Morty sorrindo de forma tão serena, a veracidade de um velho ditado: porquê depois da chuva, vem a calmaria.

۞ ۞ ۞ ۞ ۞

A fazenda era enorme! Tinha centenas de hectares de área, e cobria dezenas de coisas em seu território. Tinha um grande lago, um conjunto de morros de pasto verde, uma garagem cheia de carros 4x4 robustos e maquinário agrário, extensas plantações, um riquíssimo bosque, um pomar com todos os tipos de berries que existiam, um gigantesco estábulo onde se criavam muitos pokémons e uma enorme casa de campo, entre outras coisas. Precisaria de um dia inteiro de viagem para se conhecer a fazenda inteira! Morty disse que suas fazendas financiadas por ele e Cynthia em Sinnoh serviam como abastecimento para os pokémons locais, e inclusive como centro de pesquisa pokémon. Eram bastante famosas, e ocasionalmente recebiam visitas de treinadores e estudiosos.

Marion ficou animadíssimo quando chegou lá, e seu ''irmãozinho'' também. Samanta estava feliz por estar salva, e muito grata a Lance... Este já estava bem melhor, com a região do antebraço enfaixada, só podia mover o outro braço - mas falava e agia naturalmente. Conversamos a viagem toda, e pude notar o quanto foi errado julgá-lo daquele jeito - mas como a sra. Cynthia me disse, nós tínhamos muito em comum... E, bom, dois bicudos não se beijam...

- Ficar aqui um tempo vai ser melhor pra você, meu filho... - minha mãe acariciou meu rosto delicadamente, me olhando daquele jeito generoso e maternal - Vai poder descansar e esqueçer um pouco disso tudo...
- Mãe... - peguei sua mão, falando tristonho - Me desculpe, por arruinar nossas férias...
- Não! Querido, nem pense nisso! Nossas viagens foram ótimas... - ela tentou me animar.

Mas não foi suficiente. Meu pai veio até mim e, com uma mão me segurando firmemente no ombro, ergueu meu rosto com os dedos da mão livre, me fazendo encarar seu rosto forte e honesto.

- Entenda, filho, que você está vivendo uma experiência única. - sorriu - Isso é melhor que qualquer cruzeiro de luxo do mundo todo.
- Mas... Pai... - me doeu lhe falar aquilo.

O quanto o coração dele não estaria partido naquela situação... Mas ele sorriu, com os lábrios entre os dentes, chorando lágrimas espessas, sem querer me mostrar fraqueza.

- Vai ficar tudo bem, flho... Nós confiamos em você.
- Sim... - passei as costas da minha mão no nariz, assoando-o um pouco - Eu acredito no senhor...
- Não, não, Cameron... - fez movimentos negativos com a cabeça - Não só na gente, você tem que confiar em si mesmo! Você vai perceber que é capaz de fazer muito mais do que imagina, meu filho... Basta você acreditar que é possível.

Nos abraçamos, daquele jeito que apenas pai e filho de abraçam. Também abracei minha mãe, envolvendo-a em meus braços mais fortes que seu corpo frágil. Eles voltaram para o carro, um grande 4x4 preto e muito luxuoso (um dos "brinquedinhos" de Steven Stone, eu não duvido). Acenei para meu pai, dizendo:

- Não vai perder pros carões, pai!
- Tá pensando o quê, moleque? - gritou, sorrindo para fora da janela - Seu velho tá em forma!

Eu ri de forma espontânea, e nessa também ouvi a risada singela de uma mocinha. Virei-me para trás e me deparei com uma jovem um pouco mais nova que eu, trajada de roupas do campo no estilo cosmopolita da cidade. A pequena nativa se aproximou, começando uma conversa:

- Seus pais te amam muito, não é?...
- Sim... Eu retribuo tudo com prazer.
- Que bom que vai passar um tempo na fazenda conosco. Que pena que sejam sob essas circunstâncias...

Me admirou ela não tem o característico sotaque do interiorrr.

- Tudo bem, não tem problema...
- Aqui é muito bom de se viver, apesar de passar boa parte do tempo sozinha... Por isso não minto que vai ser muito bom recebê-los na Fazenda Lightdawn!
- O prazer é nosso, pode ter certeza. - olhei ao redor - É mesmo um lugar incrível.
- E será uma honra apresentá-lo a você e seus companheiros... - fez uma singela cortesia, como uma dama de honra - Meu nome é Hayley, e quero muito que aproveitem sua estadia.
- Muito prazer, Hayley. Meu nome é Cameron...

Em resposta ao seu elegante cumprimento, pus-me ereto com um braço atrás das costas e beijei-lhe a macia mão. Ela riu gostoso e corou de forma que só as mocinhas mais delicadas o fazem, apesar de mostrar-se mais madura e inteligente que as meninas de sua idade... Sabia, naquele momento, que a estadia em Lightdawn seria muito melhor do que eu imaginava...

Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida P_hayley-1

Só temia pelos meus pais e os outros. Só poderia desejar a eles muita boa sorte...

Enquanto isso, de volta ao castelo...

- Que bom que vieram. Estávamos a sua espera...

Era estranho o sr. Yagazami estar tão... Cheio de vitalidade. Agora que estava bem recuperado, podia-se notar suas reais feições: assim como o sr. Morty, ele tinha traços joviais e cheios de mocidade, aparentando ser mais novo que os 35 anos de idade costumam mostrar.

- Faz mesmo muito tempo que não nos reuníamos assim, jovem Yagazami? - disse a sábia Sabrina, uma senhora de feições elegantes que presenvava um corpo curvelíneo e sensual sob o limpo vestido preto.
- Senhora... - Yagazami riu sem graça e corou - Por favor, não sou mais tão jovem assim...
- Os eventos de ontem a noite foram assustadores... Evidenciaram uma atividade paranormal fora do comum.

A famosa Donzela (hoje em dia Madame) do Salão de Hoenn, Anabel; também era sensitiva. Suas primeiras experiências paranormais, no auge de sua carreira (e juventude) lhe deram certa fama. Em seus 45 anos, era uma senhora calma e tranquila, o tipo "doce" de gente. Não era só sensitiva, mas tinha grandes habilidades mediúnicas, capaz até de encorporar espíritos humanos sem dificuldades. Ali estava reunida a maior equipe de detetives paranormais de todo o mundo. Poucas vezes eles haviam se reunido, a maioria delas de forma secreta ao atuar para o governo. O time de peso era formado por:

Sabrina, líder do ginásio Psíquico em Kanto, estudiosa de fenômenos paranormais e uma psíquica de alto nível, que saber lidar com qualquer tipo de atividade sobrenatural existente.

A senhora Karen, elitista de pokemons Noturnos de Johto, tinha a idade de Sabrina. Misteriosa e bela, estudiosa de misticismo e mitologia pokémon em Johto - e um dos cérebros da equipe.

Na equipe também estava Sidney, elitista de pokemons Noturnos de Hoenn. Tinha PHD em Demologia, o estudo das forças do mal. É o outro cérebro da equipe, apesar de sua atitude jovem não combinar muito com seus cinquenta e poucos anos.

Morty também estava no time, por ser o maior líder religioso de Johto e também ter amplo conhecimento na área fantasmagórica... Era um time de peso. Eles investigariam cada pedaço de vidro quebrado, cada arranhão feito nas paredes e o bulbo de cada lâmpada queimada. Descobririam, afinal, a razão por trás daquele ataque demoníaco. Eu coloquei minha fé neles, e lhes desejei muita boa sorte.

Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida Paranormal_team

Continua...


Última edição por Kirehana Yurika - Nanda em Sáb 6 Mar 2010 - 20:59, editado 2 vez(es)

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Mensagem por CalrosHenrique Sáb 6 Mar 2010 - 17:22

Perfeito... Pokemon Ominous Onix: A Testemunha Corrompida 983203

Nem preciso comentar a perfeição de sua fic, está totalmente perfeita!!!!!!!

Eu realmente adorei o time, e tenho que admitir que o Sidney é o mais legal, pelo fato de ele ser imaturo, um membro da elite, e também saber tocar guitarra xD

Bem, eu adoraria que você pudesse avaliar minha fic, e apontar todos os erros dela, mas eu peço que não, pois se você fizer isso, vão aparecer tantos erros, que eu nem saberia onde infiar a cara xD

Bem, só peço uma coisa: Continuaaaaaaaaa!!! *-*

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Mensagem por Mag Dom 7 Mar 2010 - 23:52

Uauuuuuuuuuuuuuuuuuuu *-*... Que bom que voltei a entrar na PM ainda a tempo de ver essa sua nova fic *-* Que é maravilhosa por sinal.


Pra falar a verdade eu nem sei por onde começar, mas a história dessa fic está muito boa, como a da antiga (que mesmo eu não tendo postados nos ultimos capítulos eu acompanhei até o final)... As descrições dos lugares e dos acontecimentos estão ótimos!

Pra falar a verdade esses erros de digitação nem faz muita diferença, aliás, da pra entender tudo mesmo com eles...

Eu só achei uma coisa a desejar, só uminha e ao mesmo tempo já é um pedido... Gostaria que você desenhace os novos personagens, nem que seja só o Cameron, Samanta e Marion, sabe eu to imaginando eles de um geito na minha cabeça, mas é sempre bom saber como é o personagem em sua forma verdadeira, ou seja, o que o autor do personagem imagina... Mas de resto está ótimo, alguns problemas pra lemrar alguns personagens da antiga fic, mas os pricipais da pra lembrar^^.

Espero mais capítulos *-*.

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