- Notas do Autor escreveu:
- Ao decorrer da fic, ocorrerão constantemente nomes de monstros do game, e eu não estou disposto a colocar imagens (elas ocupam o espaço que era para ser usado por palavras quando são usadas indevidamente) portanto, caso não saibam como são os monstros, mesmo com a presença de descrição, use este site Monster Racers Wikia — Monster List, ou simplesmente pesquise no Google!
Os capítulos poderão ter no mínimo duas páginas e meia do Word e no máximo quatro, e com a fonte Tahoma. passando disso só se a criatividade quiser.
Observação: Como Monster Racers é o irmão siamês separado pelo umbigo de Pokémon, elementos de ambas as séries estarão presentes.
P.S.: Comente e deixe um autor feliz!
Capítulo 01 — Loyalty?
Vagando pelo território gelado a horas procurando uma saída, lutando contra uma hipotermia que atingir-me-ia se permanecesse naquele gelo, ficando cada vez mais cansado e resistindo à vontade de cair.
— Seph, melhor nós pararmos. — Sussurrou Cuboom, preocupada e sonolentamente.
— Não, Cuboom — Eu estava segurando os músculos do maxilar que estavam prestes a trepidar, tanto pelo medo de morrer como também pelas baixas temperaturas. — Se pararmos... Você sabe o que irá acontecer.
— Eu posso te levar nas minhas costas! — Acordando falou.
— Você não me aguentaria, eu peso quase cinquenta quilos e você menos de vinte!
— Eu sou um dos monstros mais fortes de todos! — Falou infantilmente.
— Vai nessa, Galaxstar, aí você se quebra todo! — Respondi da mesma maneira.
Eu e Cuboom ficamos papeando por mais algum tempo, jogando conversa fora: sempre foi assim!
Lembro-me de quando ele falou suas primeiras palavras, foi a maior emoção de minha vida. Por mais que ele tenha me chamado de irmão, aquilo fez com que meu instinto paternal despertasse antes mesmo d’eu atingir a maioridade: aos doze anos.
Eu ainda estava em minha casa, nos campos sulinos, quando o ocorrido aconteceu. O sol nascera, porém, não conseguira esquentar as planícies de minha terra natal; foi logo após uma corrida, ganha, claro. Estávamos caminhando de volta para a casa quando ele pronunciou como um bebê:
— Irmão?
Eu olhei para ele e visualizei a expressão de felicidade, abracei-o e saímos correndo atrás de uma borboleta, triste? Talvez.
Momentos maravilhosos sempre têm algo estranho, talvez isso sirva ao destino de alguma forma útil para que no final tudo esteja consolidado.
— Estamos perdidos, não é, Seph?
— Sim. — Respondi com um sorriso.
— Já vai anoitecer, pode ficar perigoso!
— É... Temos que sair daqui, com estilo! — Exclamei, divertindo-me enquanto Cuboom fazia caras e bocas para a minha suposta animação, ele sabia que este tipo de coisa não é de meu naipe.
Eu tive essa idéia logo após avistar algo se movendo dentre os arbustos, parecia algo grande, talvez, algo grande o bastante para usar como montaria.
— Cuboom, corra! — Ordenei amigavelmente.
Eu tinha razão. De acordo com meu caderno, o monstro que eu falava era um Dolphus, realmente muito belo, e rápido como a nevasca que caía no chão. Ele tinha uma pelugem de cor azul-marinho da cabeça às patas dianteiras, que contrastavam perfeitamente com a pelagem azul escura das patas traseiras, e como as renas do norte, possuem chifres enormes, com uma forma notável de floco de neve, sem falar de sua agilidade na neve.
Como Cuboom não possuía vantagem em terreno nevado, ele estava se movendo a exatos vinte e nove quilômetros por hora (29 km/h), subindo para trinta e um (31 km/h) em inclinações acentuadas (ladeiras de gelo na situação presente) e descendo para vinte e sete quilômetros por hora (27 km/h) em subidas. Porém, nada que impedisse meu monstro de ultrapassá-lo e trazê-lo para minha equipe, só foram precisos cinco disparos para conseguir com que Dolphus entrasse para meu time, não precisei substituir ninguém, deixei todos os meus monstros na creche (uma espécie de abrigo temporário), só trouxe o pequeno tigre mesmo.
Eu não estava acostumado com montarias, sempre detestei cavalos e todos os outros equinos, mas aquilo era uma emergência. Pedi educadamente para que Cuboom subisse, ele, como sempre, obedeceu. Subi em seguida, depois de vários pulos sem sucesso.
Ordenei que Dolphus corresse, ele não obedeceu. Percebi que teria de utilizar um daqueles enfeites para o monstro, mais parecidos a amuletos de umbanda, com a utilidade de fazer lealdade e obediência do monstro aumentar. Então puxei da bolsa uma medalha, feita em prata com um desenho em relevo de uma estrela de oito pontas e borda elíptica dourada, estava planejando usá-la em algum monstro raro, porém essa situação continuava sendo uma emergência, agora de mobilidade.
— Você acha que isso irá funcionar, Cuboom? — Perguntei.
— Sei lá, minha lealdade cresceu sozinha, você nunca usou essas bruxarias comigo.
Posicionei o amuleto sobre a cabeça do animal, me surpreendi quando do nada estava segurando o vácuo, triste vácuo, talvez eu acabara de perder um pingente a toa.
— Testando.... Dolphus corra!
Surpreendi-me com a velocidade do monstro correndo, 30 quilômetros por hora (30 km/h) fixos até em subidas, aumentando para trinta e quatro em descidas (34 km/h). Eu estava me segurando na pelugem do pescoço dele enquanto que Cuboom estava perfurando o meu agasalho com suas garras.
— Dolph, mais devagar! — Gritei, porém, o vento não permitiu que ele ouvisse.
E desse modo saímos correndo, agora sem frio ou apreensão, somente uma rena descontrolada.
Continua no próximo Capítulo...