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 The Darkside

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jardeson
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jardeson
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MensagemAssunto: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeDom 19 Dez 2010 - 0:05

Oi pessoal!

Espero que gostem da minha fanfic, mas qualquer coisa não poupem críticas.

Resumo:

A história se passa em Unova e gira em torno de 4 personagens principais que tem vidas distintas, poucas coisas em comum, mas que acabam se cruzando em determinado momento e descobrindo até onde as pessoas podem ir para conseguirem aquilo o querem. Mestres Pokemon? Quem sabe, mas talvez esse não seja o principal sonho desses treinadores. Acompanhe e veja a fundo o lado negro de cada um deles!

Personagens Principais:

Drake
Idade: 16 anos
Cidade Natal: Kanoko (Unova)
Diagnóstico: Sempre odiou a maioria dos pokemons e somado ao medo que ele tem de alguns é raro ver ele chegar perto de algum pokemon, por mais fofo que seja. Esse ódio ficou mais forte após seu pai que morreu durante uma viagem a procura do lendário Zekrom atacado por pokémons.
Pokémons:
The Darkside 498 The Darkside 505

Janet
Idade: 15 anos
Cidade Natal: Desconhecida
Pouco se sabe sobre seu passado, seu presente e seu futuro. Vive por aí acompanhada de seus pokemons procurando um treinador a altura. Não a subestime, apesar do jeito frágil de uma garota de 15 anos ela esconde um segredo que a transformou numa treinadora impiedosa que não pensará duas vezes antes de ordenar que seus pokemons usem ataques fatais em adversários. Não possui nenhum desejo de um treinador tradicional, como se tornar mestre ou cordenadora, na verdade até isso é desconhecido, o que se sabe é que ela sai por aí desafiando a todos e que nunca foi derrotada.
Pokémons: Desconhecido

Martin
Idade: 15 anos
Cidade Natal: Karakusa (Unova)
Martin é o típico garoto que sempre sonhou em ter pokemons e tem a oportunidade da vida quando recebe um inicial pra começar a sua jornada, mas nem tudo são flores. Sem preparo físico e emocional ele dificilmente conseguirá voltar pra casa a salvo um dia.
Pokémons:
The Darkside 495

James O. Rascal
Idade: 16 anos
Cidade Natal: Goldenrod (Johto)
Rascal é um treinador que adora estudar e descobrir mais sobre pokemons, até certo ponto exageradamente. "Poucos amigos" era seu apelido na escola, isso quando não o chamavam de esquisito ou de louco, suas únicas companhias na escola sempre foram seu computador e um eevee que ele adorava muito. Rascal é a prova de que tudo muda, de garoto meigo a uma pessoa impiedosa e tudo isso aconteceu quando alguém roubou seu Eevee que nunca mais foi visto. Por se considerar odiado pelo mundo inteiro (inclusive seus pais que nunca o deram atenção) ele resolve se vingar de todos.
Pokémons:
The Darkside 248

1. Os Desvios de um Começo

Eram 15 horas quando Drake chegou da escola, como sempre reclamando da vida e de como não conseguia arrumar namorada ou se dar bem nas matérias, seu vizinho Paul já não aguentava mais tanta reclamação, mas dessa vez Paul também tinha novidades:

- Decidi que irei abandonar a escola, vou me tornar mestre Pokémon! - disse Paul.

Nesse momento um flashback passou pela cabeça de Drake, não dá pra saber exatamente o que passava pela cabeça dele, mas Paul notou que nesse exato momento Drake ficou pasmo e parecia olhar para o horizonte pensando em algo, certamente em seu pai que foi encontrado morto quando viajava por Unova atrás do lendário pokemon Zekrom, certamente atacado por pokémons.

- Não vai dizer nada? - Questinou Paul, confuso.

- Na verdade não, vou subir para o meu quarto jogar um pouco de RPG. - Respondeu Drake com a cabeça baixa.

E foi isso que ele fez, bem pelo menos quase isso, subiu para o quarto e pegou algumas fotos de seu pai, já faziam alguns meses do incidente, mas Drake ainda sentia muito a sua ausência e de alguma maneira achava que podia ter ajudado o pai. Sua mãe não tinha fobia a pokemons, mas também sentia muita falta do marido. O que mais lhe despertava ódio era o fato de seu pai abandonar a família atrás de um sonho fútil, para Drake o Pokémon Lendário Zekrom nunca existiu, e nunca existirá fora dos livros de mitologia pokémon.
A noite passava e sua mãe não chegava do trabalho, ele logo ficou preocupado, quando lembrou do Live Caster que havia ganhado de presente e resolveu tentar entrar em contato com ela.

- Onde você está mãe? - Perguntou Drake já preocupado.

- Querido, não irei para casa essa noite, aconteceram algumas coisas importantes que lhe explicarei melhor amanhã. - Respondeu ela com a voz meio trêmula.

- Mãe, fale me a verdade, isso aqui é uma video chamada, estou vendo seu rosto e sei que não está me contando tudo. - Falou Drake já sério.

- Querido é uma longa história. Me ligaram da polícia de Karakusa, parece que eles estavam investigando uma denuncia sobre uma gangue que rouba pokémons e recebeu uma denuncia séria sobre um desses bandidos... mas não sei se devo contar isso, é um assunto delicado. - Respondeu a mãe de Drake agora bem tensa e ao mesmo tempo triste.

- O que houve mãe? Me fale, estou preocupado. - Agora Drake está quase quebrando o Live Caster.

- Querido, vou logo ao ponto, já te enrrolei demais. Pegaram um bandido dessa gangue e ele confessou que matou seu pai, ele descreveu toda a cena que bate com a cena do assassinato de seu pai, tudo leva a crer que ele tentou roubar de seu pai e apelou de métodos mais violentos, ele fez parecer como se ele tivesse morrido por um ataque de Pokemon. Eles entraram em contato com o pessoal de Fukiyose que acharam seu pai e confirmaram tudo - Respondeu ela.

Nesse momento Drake ficou paralisado, simplesmente não sabia o que dizer ou o que fazer e durante 10 segundos pensou no seu pai sendo assassinado. De repente gritou:

- Onde você está, me diga, quero ir aí saber o que está acontecendo!

- Estou em Karakusa querido, já falei, mas não tente vir até aqui, além de muito longe é perigoso.

Nesse momento ele derrubou o Live Caster no chão, correu até o quarto, pegou um agasalho e saiu em disparada para Karakusa.
Sozinho, desesperado, com milhares de coisas horríveis na cabeça ele parte a pé e correndo de Kanoko para Karakusa, que são cidades vizinhas, porém distantes. Não há sistema de transporte entre as duas cidades, já que são muito pequenas e existe um campo vasto cheio de pokémons selvagens perigosos ao ver de Drake.

Já no caminho ele encontra-se com um Minezumi que se aproxima, no momento ele nem pensa no medo de Pokémons e dá um chute muito forte no Minezumi que parecia extremamente amigável e que cai no chão machucado, isso desperta a fúria dos outros Minezumis e de um Miruhog que parece ser o líder dos Minezumis da Rota. Agora todos combinam ataques em Drake que cai desmaiado no chão e extremamente machucado.

Continua...


Última edição por jardeson em Ter 4 Jan 2011 - 6:21, editado 6 vez(es)
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Difanatico
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Frase pessoal : Tento terminar, mas nem sempre consigo, mas sigo p


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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeDom 19 Dez 2010 - 12:27

Achei sua Fanfic super interessante, com personagens um tanto diferentes dos normais. Todos tem motivos para se tornar renegados, mas acho que isso não irá contecer com a maioria deles. Espero para ver o que acontece com Drake ou a aparição de um novo personagem.

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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeDom 19 Dez 2010 - 12:55

Boa Tarde!!

Gostei da fic ^^ Achei a história bem interessante e original, vc foi muito criativo ;D Mas para um primeiro capítulo eu achei um pouco curto, tente aumentar um pouco mais.A sua narração é muito boa, mas vc peca um pouco na descrição.Achei muito interessantes e inusitado os personagens.Não percebi nenhum erro de pontuação e nem ortográfico.A fic será muito boa, irei acompanhar, acabou de ganhar um leitor *-* Bom é isso, parabéns pela fic ^^

Aguardo um novo capítulo ;D

Até mais.
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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeTer 21 Dez 2010 - 4:21



2. A Procura de Um Amigo Perdido

Era um dia estranho na escola Pokémon de Goldenrod, o esquisito não havia sido visto por ninguém. Esquisito é como todos na escola conhecem James O. Rascal, ou simplesmente Rascal. Mas também pudera, o garoto simplesmente não conversa com ninguém na escola toda, só vive pra cima e pra baixo com um notebook e seu Eevee.
A razão da ausência do esquisito era que Rascal finalmente se achava preparado para uma jornada Pokémon, não graças a seus professores claro, já que nenhum professor da escola de Treinadores Pokémon de Goldenrod jamais o deu atenção e até zombavam dele ás vezes, mas sim por méritos próprios adquiridos com anos de estudo em casa e nos corredores da escola sozinho. Era chegada a hora de pôr seus conhecimentos em prática, mas como? Ele não possuía sequer pokébolas, porque não era um treinador oficial ainda e seu Eevee o acompanhava no caminho da escola ao seu lado. Esse Eevee foi dado a ele por seu pai, na época que ele ainda era uma pessoa presente em casa, quando ainda era um treinador Pokémon, agora que o pai dele entrou no ramo de jogos passa o dia em seu cassino em Goldenrod com sua mãe e não vê o filho crescer.
Sozinho em casa com seus empregados Rascal decidiu sair por aí sem rumo, foi quando ele achou a oportunidade perfeita para testar os meses de treinamento do pequeno Eevee, ele avistou uma garota aparentemente fraca treinando um pequeno Pidgey numa praça da cidade, parecia ser a oportunidade perfeita:

- Olá, tudo bem, desculpe me interrompê-la, mas você está treinando esse pequeno Pidgey... Então pensei, gostaria de ter uma batalha contra meu Eevee? – Perguntou Rascal meio envergonhado.

Era a primeira vez que algumas pessoas ali ouviam sua voz, muitos até achavam que ele era mudo. A garota permaneceu em silêncio enquanto obrigava o Pidgey a se atirar contra árvores e paredes:

- Você não deveria fazer isso com seu Pokémon, ele tem que ser tratado com carinho, veja meu Eevee como é feliz! – Exclamou Rascal agora mais confiante.

E a garota percebeu que alí existia um Pokémon com nível máximo de felicidade e com aparência muito boa, uma boa adição para o seu time. Assim ela olhou diretamente para Rascal e exclamou:

- O seu Eevee por qualquer Pokémon meu!

Rascal parou para pensar na proposta e obviamente negou:

- Nunca faria isso com o meu amigo, me desculpe por lhe interromper. – Falou ele já se virando para sair.

A garota então percebeu que tinha que fazer o que fosse preciso pra conseguir o que ela queria:

- Pois bem, teremos uma batalha amigável para testarmos nossos Pokémons, mas vamos sair daqui. – Falou ela sugerindo um local mais afastado da cidade nas proximidades da Floresta de Ilex.

Nessas condições não era difícil para Rascal negar, não havia problema em faltar na escola mesmo, ninguém lá gosta dele e ele não gostava da maneira como as pessoas na praça onde estavam olhavam para os dois, pareciam que viam um extraterrestre, talvez espantados por vê-lo falante. E assim se dirigiram para um campo aberto onde resolveram começar a batalha:

- Eu escolho o Eevee! – Disse Rascal bastante confiante.

- Tudo bem, escolho você Hitmontop! – Disse ela enquanto atirava a pokébola para o alto.

A batalha começou e Rascal parecia confiante do resultado, muitos anos de treino não seriam desperdiçados assim, então ele só ordenou:

- Eevee use seu Ataque Rápido!

Ela só olhou para o Hitmontop que entendeu o recado e ao mesmo tempo em que desviava do ataque de Eevee contra-atacava com um poderoso Close Combat.
Imediatamente Eevee caia no chão derrotado, parecia o fim da linha:

- Como!? Meu Eevee parecia tão preparado... mas tudo bem, foi uma justa batalha. – Ele disse já conformado com o resultado.

No fundo Rascal achou um truque injusto a garota usar um Pokémon lutador contra seu Eevee, mas não comentou nada. A garota misteriosa parou por um segundo e pensou realmente se valeria a pena tudo isso, aquele Eevee não parecia ser bom o suficiente, mas não custava nada tentar, seria um novo membro e um Pokémon bonito e versátil como aquele era o que ela precisava. Nesse momento ela pegou uma pokebola do bolso e jogou contra Eevee que foi capturado instantaneamente.

- O que você está fazendo? – Perguntou Rascal agora desesperado.

Ela só olhou para o garoto que vinha em sua direção desesperado e virou as costas enquanto ordenava:

- Hitmontop, acabe logo com isso!

Hitmontop seguiu as ordens de sua mestra e usou seu Close Combat contra Rascal que caiu no chão machucado. Sem conseguir falar ou caminhar ele simplesmente chorava enquanto via a garota que ele nem sabia o nome sair e o Hitmontop seguindo-a atrás. Sua vida estava definitivamente acabada sem seu melhor amigo.
E assim se passaram dois dias em que ele ficou desaparecido, ninguém via o jovem Rascal e seus pais nem ao menos se preocuparam com ele. Ele voltou pra casa totalmente sujo, com roupas rasgadas e com uma aparência horrível, não comia bem há dois dias, se alimentando apenas das frutas da floresta que por sorte possuía um lago. Ninguém notou a sua ausência em casa de fato. Foram vários dias trancado em casa, chorando e lembrando-se de seu único amigo:

- Meu querido Eevee, porque isso aconteceu? Eles estão rindo de mim agora, eu estou sozinho, por que aquela garota fez aquilo comigo, que nunca fiz mal a ninguém? Por que me tratam tão mal? - Falava ele sozinho em casa

Depois de noites sem dormir Rascal resolveu que deveria fazer tudo o que fosse preciso para encontrar Eevee, aquilo seria por ele mesmo e para isso voltou a escola, porém não foi tão bem recebido assim. Com uma aparência mais abatida ficou mais evidente que as pessoas ririam dele, mas dessa vez seria a ultima, Rascal decidiu se vingar da escola de uma maneira bem cruel. A primeira providencia foi roubar uma Pokédex que seria entregue aos alunos que iriam se formar naquele ano, ela seria extremamente útil na procura por Eevee, junto com ela algumas pokebolas. Quando ia saindo ele foi parado por alguns alunos que deram uma surra sem motivo nele, aquilo havia passado do limite, por que as pessoas são tão cruéis? Ele aproveitou a oportunidade para dar adeus para sempre àquela escola e seus alunos e professores medíocres, com seus conhecimentos em comandos elétricos resolveu ir até a caixa de força da escola, provocar um incendio na escola que deixou diversos alunos e funcionários feridos e fugir. Ainda era cedo para uma verdadeira vingança, aquilo era apenas um aperitivo e Rascal teria que se recompor, ficar mais forte e voltar para acabar com cada um que riu dele e com seus pais que o ignoraram, mas agora é hora de procurar um amigo perdido. Antes de partir passou em casa e roubou uma pokébola de seu pai, não sabia qual Pokémon estava ali, mas sabia que era um bem forte e que iria lhe ajudar.

Rascal caminhou por 4 dias, mas o pouco estoque de comida que carregava com ele parecia estar finalmente acabando, o que fazer sem dinheiro? Tentou pedir esmola, roubar e até vender seu computador, mas a melhor idéia era usar suas habilidades de batalha ainda desconhecidas para conseguir dinheiro, resolveu então tentar dinheiro com batalhas Pokémon, apostando seu computador. Já estava em Ecruteak quando encontrou outro treinador que topou o desafio:

- Você acha que pode me vencer garoto? - Esnobou o outro treinador

Rascal não respondeu, agora estava mais sério e impiedoso, disposto a acabar com qualquer um que aparecesse em sua frente por mais inocente que essa pessoa fosse, ele queria se vingar da humanidade toda então simplesmente atirou a pokébola que revelou seu parceiro de jornada, Tyranitar, o adversário, um Arcanine parecia ser uma presa fácil:

- Tyranitar, você sabe o que fazer! - Exclamou com confiança o pequeno Rascal que agora lembrava a jovem ladra que lhe enganou.

Derrepente Tyranitar atacou com um forte Stone Edge que não deu chances para o Arcanine adversário.
E assim a fama do garoto foi crescendo pela cidade, ele ganhava de todos que o desafiavam.
Rascal não queria mais continuar alí ganhando dinheiro de pessoas medíocres que faziam tumulto para verem suas batalhas com apostas cada vez mais altas, ele se sentia como se estivesse se transformando em seu pai que era obcecado por dinheiro:

- O que estou me tornando? Uma mistura de meu pai com aquela treinadora maldita? O que fazer? Meu Eevee, como me esqueci dele? – Pensava Rascal enquanto Tyranitar acabava com os adversários.

Aquele Tyranitar era realmente campeão, seu pai havia derrotado a Elite 4 e se tornado campeão de Johto há alguns anos com esse mesmo Tyranitar, era o Pokémon preferido dele que Rascal arrancou sem piedade de seus braços como foi feito com ele.
Apesar de inteligente, Rascal era muito ingênuo e talvez isso tenha o atrapalhado por tanto tempo e ainda o atrapalharia pelo resto da vida.
Tonny Rock, um senhor de 45 anos viu em Rascal uma boa oportunidade para seus negócios, ele possuía um Navio que viajava o mundo com treinadores que pagavam pra batalhar com outros treinadores. Tonny achou que seria uma boa ficar com aquele Tyranitar poderoso.

- Você é muito bom garoto, mas porque ficar aqui nessa cidade ganhando esmolas por batalhas? - Disse Tonny

- Na verdade estou procurando um velho amigo meu, meu Eevee que foi roubado... Não sei por que ainda estou aqui... - Exclamou Rascal desapontado por não ter encontrado o parceiro ainda.

- Eu acho que vi seu Eevee! - Afirmou Tonny meio confiante.

Rascal não acreditava no que o homem dizia:

- Ele tinha uma coleira com um Soothe Bell? Estava acompanhado de uma garota? Foi uma garota que me roubou, ele não tinha pokebola porque eu não era treinador oficial ainda. - Perguntou Rascal já entusiasmado

- Sim, Sim! Realmente o vi, com a garota e tudo e ainda com o Soothe Bell, vi seu Eevee! - Disse Tonny se aproveitando da ingenuidade de Rascal.

- Onde ele está? Diga-me, por favor! - Disse Rascal implorando

- Bem, acho que ele já está longe, em outra região. A garota entrou a bordo de um navio em Olivine e já deve estar bem longe em Sinnoh, Hoenn ou quem sabe até Unova! - Mentiu Tonny

- Me leve até lá, quem sabe encontramos a safada! - Afirmou Rascal bastante confiante

- Você quer ir mesmo? Nós temos que ir para Olivine então! - Disse Tonny bastante feliz por ter conseguido enganar Rascal.

Parecia incrível, Rascal finalmente encontrara uma pessoa digna de confiança e realmente boa, aquele senhor parecia totalmente contrário da imagem que Rascal tinha na cabeça sobre pessoas. Tonny então parou e fingindo estar lembrando-se de algo falou:

- Porém não será possível eu te ajudar meu jovem...

Rascal simplesmente não entendeu e olhou com dúvida.

- Sim, porque o navio não é meu, você terá de pagar pra embarcar nele e acredito que você não poderá pagar o preço alto que cobram e eu também não posso pagar mais que a minha passagem. – Disse Tonny com um semblante falsamente triste.

Rascal agora estava decepcionado e pensando num meio de conseguir dinheiro suficiente para embarcar, talvez voltando a Goldenrod e roubando de seus pais, foi quando Tonny aproveitou para complementar o plano:

- Mas você poderá sim embarcar, lá eles tem diversos treinadores que poderão batalhar por dinheiro e poderá dar seu Tyranitar como garantia! – Falou Tonny num tom de felicidade

Rascal não entendeu direito como isso funcionaria e por mais que Tonny o explicasse só entendeu até a parte do “você poderá sim embarcar” e foi junto do “bom senhor”. No contrato que Rascal teve que assinar e que ele não leu dizia que ele deveria entregar seu Tyranitar ao dono do Navio no fim da viagem a Unova que durava meses como forma de pagamento, além de trabalhar no navio, mas ele ainda não sabia disso...

Continua...
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Frase pessoal : Nunca deixe de sorrir. ;)


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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeTer 21 Dez 2010 - 10:15

jardeson, como comecei a acompanhar tua fic. agora, vou comentar dos dois cap.
O primeiro ficou muito curto, mas eu gostei da idéia. Parece interessante.
Acho que você poderia ter descrito mais! (:

O segundo ficou muito bom. De verdade!
Não reparei, nem procurei erros na escrita. Gostei do espaçamento e da forma como você narrou.
Parabéns! ;D

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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeTer 21 Dez 2010 - 11:05

Buenos Dias!!

Manow agora eu gostei @_@ Toca aqui xD Agora o tamanho do capítulo está muito bom ^^ Uma coisa que tava percebendo só agora no primeiro capítulo, o título: Os Devios de um Começo, não seria OS Desvios de um começo?Senão me desculpe.Agora sobre esse capítulo, a narração tá muito boa mesmo, a descrição achei que melhorou, mas acho que vc pode mais.Vc não cometeu nenhum erro de pontuação e nem ortográfico, muito bem!A história está bem interessante e original, como já disse vc é bem criativo.Adoro Tyranitar *-* Meu pocé preferido ._. Bom é isso, sua fic está ótema.Parabéns ^^

Aguardo um novo capítulo ;D

Até mais.
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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeQui 23 Dez 2010 - 5:21



3. É Errando Que Se Aprende

Era uma manhã estranha mais amarelada que o normal, o quarto estava bem diferente também, foi uma mudança e tanto que fizeram aqui hein! Será que esse é o quarto certo? Foi mais ou menos assim que Drake pensou quando acordou todo dolorido na manhã seguinte àquela em que foi atacado pelos Minezumis no caminho de Karakusa. Ele estava deitado numa cama de casal enorme, meio bagunçada em um quarto em tom amarelo envelhecido pelo tempo, havia uma escrivaninha, uns livros e também um espelho enorme, não parecia que morava alguém ali por faltarem itens considerados essenciais para um quarto na opinião de Drake como um computador, uma TV ou um frigobar. Nessa hora ele se desesperou, talvez pela ausência de sua TV ou talvez por não saber onde estava.

- Socorro! Alguem? Onde estou!? – Gritou ele já um pouco angustiado.

Nesse momento entrou uma linda senhora, com aparência de seus 30 e poucos anos, bem vestida e com passos leves, porém apressada com medo de seu hospede estar em apuros. Quando ela entrou no quarto ele a olhou como se tentasse se recordar de quem se tratava, uma tia talvez, mas ficou mais aflito ao saber que realmente não conhecia aquela mulher, onde ele estaria? A linda senhora olhou aflita e tentou acalmar o hóspede.

- Fique calmo, está tudo bem. O que houve para tanta gritaria? – Perguntou ela.

Ele engoliu a saliva que estava presa na garganta há alguns segundos e começou a falar numa velocidade superior a de um Crobat fugindo de um desastre:

- Onde estou? Quem é Você? O que eu estou fazendo aqui? SOCORRO!!!

Ela começou a rir o que deixou Drake bastante irritado, então sentou-se na cama ao seu lado e começou a explicar tudo a ele:

- Ai querido, me desculpe por não me apresentar, me chamo Araragi. Você está na minha casa e está aqui por que encontramos você ontem no meio da rota, desmaiado e machucado. Não podia deixá-lo lá e como essas pequenas cidades não possuem um bom hospital para humanos achei melhor trazê-lo aqui e deixá-los aos cuidados de minha prima que cursou medicina há pouco tempo em Hiunn e que insistiu muito para deixá-lo aqui. – Falava ela enquanto mexia a cabeça num gesto estranho.

Ele então se lembrou de tudo que acontecera na noite passada, dos Minezumis, de para onde ia e principalmente de seu pai.

- Oh não! Eu estava indo ver minha mãe no departamento policial de Karakusa. Ai, e agora? – Exclamou ele tentando se levantar.

Ela olhou para ele com um olhar preocupado e tentou entender que situação era aquela, quando resolveu o que fazer:

- Diga-me, quem são seus pais? Se precisar entro em contato com eles agora mesmo, mas não tente sair daqui, você está muito ferido, eu cuido disso tudo. – Falava ela dessa vez mexendo as mãos, parecia que ela tinha toc.

Ele olhou para aquela generosa mulher e então pensou bem e achou que seria uma má idéia avisar sua mãe naquele momento. Ele explicou para Araragi o que acontecera na noite anterior e resolveu ficar lá até ficar bem, não avisando a sua mãe porque ela já estava muito abatida graças aos últimos acontecimentos e ele não queria ser uma pedra no caminho dela. Araragi por sua vez continuou argumentando que a mãe dele deveria estar ciente do acontecido:

- Você não acha que com você sumido ela vai acabar ficando mais preocupada? – Argumentava Araragi.

Ele por sua vez tinha motivos maiores, que só agora alguém saberia.

- Bem Araragi, como não nos conhecemos bem acho que posso te contar um segredo... – Falou ele enquanto era interrompido por Araragi.

- Você não acha isso muito paradoxal garoto? Gosto do seu jeito de fazer tudo ao contrário. – Ela falava.

Ele olhou para ela com um olhar que dizia “Me interrompe de novo que eu quebro a tua cara” e um gesto com o dedo bem peculiar. Ela entendeu o recado e ele então continuou.

- Bem, acho que vou contar assim mesmo. Acho que não consegui atingir as expectativas de meus pais. Meu pai sempre sonhou que eu me tornaria o melhor treinador Pokémon de Unova e minha mãe sempre apoiou a idéia. Obrigaram-me a ir para a Escola de Treinadores Pokémon, mas acabei desistindo e indo para a escola convencional. Sabe, eu odeio Pokémons e sei que meu pai sempre foi triste por isso, só não me contava, acho que ele nunca teve orgulho de mim... – Ele falava quase chorando e gesticulava com os braços.

Araragi então tentou confortar o garoto, mas ao mesmo tempo estranhava o fato dele odiar os Pokémons. O que criaturas tão especiais poderiam fazer para despertar o ódio de um garoto? Ela simplesmente não entendia.

- Mas me fale, por que odiar os pokémons? – Ela questionava

Ele olhou para ela meio que sem resposta para isso, então falou a primeira coisa que veio na cabeça:

- Talvez por eles serem tão malvados. Mataram meu pai e quase me mataram ontem, não tenho motivo para amar esses lixos! – Dizia Drake enquanto parecia que saia fogo de seus olhos.

Araragi ficou realmente triste nesse momento, Pokémons eram tudo para ela.

- Bem, fico muito triste de ouvir isso. Eu sou uma cientista Pokémon, digo, eu dedico minha vida toda a eles, acho que são criaturas esplendidas... Acho que... – Araragi falava enquanto olhava para o chão e se levanta para sair sem concluir o que estava falando.

Nesse momento Araragi pede licença e sai. Drake havia ficado sozinho no quarto pensando no que ele havia dito para deixar a professora tão triste. Nesse momento entra outra jovem cientista no quarto, essa bem mais eufórica parecia ter uns 20 e tantos anos, baixinha, com uma flor no cabelo e bem animada para àquela hora do dia.

- Uau, finalmente acordou, e que noite foi aquela hein? – Falava a jovem olhando para Drake.

Drake olhou sem entender, foi quando a jovem animada olhou para o espelho e percebeu que havia falado besteira, então prossegui com as suas mais diversas curiosidades:

- Você foi atacado por Minezumis? Como conseguiu tal feito? – Perguntava a jovem enquanto se sentava na cama.

Ele olhou para ela e virou a cara de um modo bem rude ignorando-a e fechando os olhos como se fosse dormir. A linda jovem não acreditava que estava sendo ignorada por aquele jovem, que apesar dela o achar bonito o considerou bastante grosso:

- O que!? Sabia que eu te salvei Senhor Simpatia? Estávamos voltando do laboratório em Kanoko quando te avistei caído no chão. Devia ter te deixado morrer lá seu ingrato. – Dizia a jovem enquanto se preparava para sair.

Drake percebeu o quanto estava sendo rude aquele dia e rapidamente preparou o discurso de desculpas:

- Me desculpe, é que está sendo tudo muito difícil para mim. Qual é o seu nome? Onde estamos?

Ela aproveitou a deixa para prolongar essa conversa:

- Ah sim, me chamo Makomo e estamos no meio da rota entre Kanoko e Karakusa, a minha prima gosta de morar aqui por termos mais contato com os Pokémons. E você como se chama? – Falava ela enquanto ria.

Drake ficou feliz em ver que a garota o desculpou tão rápido e se apresentou, além de contar toda a história que o levara até aquele lugar numa conversa que durou horas. Makomo então ficou surpresa com tudo, principalmente com a parte em que Drake revelou odiar Pokémons. Nesse momento todo o encanto acabou e Makomo resolveu encerrar a conversa:

- Querido, existem dois tipos de pessoas no mundo. As que assumem seus problemas, objetivos e defeitos pessoais e luta por eles ou contra eles, e as pessoas que se mascaram para conseguir pena dos outros. Bem, vejo que você é o segundo tipo. Não coloque nos Pokémons a culpa de VOCÊ ser o sujeito que é. Não me admira que não seja bem sucedido em nada. – Falava ela em tom de sermão e mais uma vez usando gestos com as mãos que pareciam ser uma característica de família enquanto virava as costas para ele.

Finalmente alguém havia mostrado a Drake toda a verdade. A quem ele estava tentando enganar? Colocar a culpa nos Pokémons por não ter sido um bom filho? Nesse momento ele se lembrara de tudo o que havia acontecido no passado, de seu pai que ele tratava mal e que sempre quis estar presente, mas que o próprio Drake nunca permitiu. Drake foi um péssimo filho e só percebeu isso quando seu pai morreu, mas em vez de assumir tudo isso colocava a culpa nos Pokémons, achava que eles haviam o afastado de seu pai e o haviam levado a morte. Makomo então saiu e deixou Drake sozinho, pensando, chorando e lembrando-se de tudo o que fez. Talvez esse tenha sido o dia mais difícil na vida desse garoto.
O dia passou muito mais rápido que o normal e Araragi só aparecia no quarto de vez em quando para ver como ele estava, mas não prolongava mais assuntos, ela não gostava de ninguém que odiasse Pokémons.

Drake enfim entendeu que aquela havia sido uma oportunidade dada a ele para melhor e se redimir, pedir desculpas a todos que ele tratou mal, a seu pai e principalmente a sua mãe que sofreu duplamente a vida toda. Durante a noite Drake finalmente resolveu sair da cama enorme do quarto de hóspedes e se dirigir a varanda onde estavam Araragi e Makomo. As duas estavam sentadas observando o céu enquanto tomavam um refresco e Makomo fazia as unhas, pareciam estar muito felizes e nesse momento pareciam que nem lembravam que tinham um hóspede em casa. Ele se aproximou lentamente enquanto elas conversavam sobre as estrelas e as interrompeu:

- Essas estrelas são lindas mesmo, queria ser uma delas, causaria menos problemas e machucaria menos as pessoas, seria algo que as pessoas se sentiriam bem em olhar.

Araragi olhou para o hóspede, feliz por vê-lo melhor, e contou a ele o que decidiu fazer:

- Querido não pretendo mantê-lo aqui por muito tempo, espero que saiba disso e avise a sua mãe, infelizmente não terei outra escolha a mandá-lo embora amanhã, então acho uma idéia melhor ligar para ela agora. – Disse Araragi num tom sério jamais visto.

Drake poderia ter ficado triste com as palavras, mas sabia que merecia, então pediu desculpas as duas.

- Me desculpem, fui um tolo. Mascarava-me com essa história de odiar Pokémons, acho que sempre me odiei por não conseguir ser o bom treinador que meus pais queriam e usava isso como desculpa por ser o filho idiota que sempre fui. Talvez tratasse meu pai como lixo por achar que não deveria fazer o que ele queria e sim o que eu queria, mas a verdade é que eu nunca quis nada e mesmo incompetente para fazer qualquer coisa nunca assumi meus problemas por orgulho. – Falava Drake envergonhado.

Araragi pensou, pensou e resolveu ajudar o garoto:

- Você não gostaria de dar uma segunda chance aos Pokémons? Você estaria dando uma segunda chance a si mesmo e poderia mostrar a sua mãe que mudou de verdade. Posso mostrar como eles são legais, acho que esse é o meu trabalho mesmo. – Falava Araragi agora rindo.

Makomo só observava e retocava as unhas enquanto os dois continuavam:

- Bem professora, eu não sei ao certo. Apesar de tudo isso eu ainda tenho certo medo deles, ainda mais pelo acontecido de ontem. O que garante que não vão se revoltar contra mim e me atacar? – Falou ele.

Araragi não acreditava que ele realmente tinha medo, mas respeitou isso então começou com algo leve. Ela mostrava fotos dos mais diversos Pokémons, de treinadores campeões e de outras coisas que poderiam despertar o interesse em Drake. Ela então decidiu passar para uma etapa mais interessante da aula e tirou uma pokébola do bolso mostrando seu lindo Chillarmy. Ele era realmente um lindo Pokémon.

- Esse aqui é bonitinho. Venha, faça um carinho nele, ele é super dócil. – Falava ela enquanto fazia carinho no pequeno Pokémon.

Drake acariciou o pequeno Pokémon aos poucos, porém desconfiado de que ele poderia atacá-lo. Passaram a noite nisso, falando sobre Pokémons, Makomo fazendo as unhas e comendo batatas enquanto Araragi apresentava os mais diversos Pokémons a Drake, parece que finalmente estavam bem novamente.
Na manhã seguinte as divergências começaram logo cedo. Drake apareceu para o café da manhã decidido a partir.

- Você não pode ir agora garoto, está ferido ainda, pode ter problemas! – Falava Araragi agora tentando convencê-lo a ficar.

Makomo também insistia na permanência de Drake:

- Por favor, Drake, fique! – Ela falava com um olhar que falava por si.

Drake tinha melhores argumentos dessa vez:

- Você é uma das pessoas mais legais que já conheci professora e você também Makomo, serei muito grato a vocês, para sempre. Mas agora é hora de partir, lembra do que você disse ontem Araragi? – Falava Drake.

Araragi lembrava-se enquanto balançava a cabeça no sentido de apagar aquela mensagem que disse a ele na noite anterior:

- Mas aquilo foi antes, vamos fique! – Insistia Araragi.

Drake parecia decido a partir:

- Tenho que ir Professora, você tinha razão, tenho que arrumar tudo o que baguncei. – Ele falava já saindo.

Araragi viu que não iria conseguir manter o garoto ali, ele já estava incrivelmente bem e ela não poderia mantê-lo preso, então fez uma proposta a ele, que parecia ser irrecusável:

- Então fique até a tarde, irei ao meu laboratório e te trarei um presente de despedida, que irá te ajudar nessa missão de se desculpar de todos e que fará você sempre se lembrar de mim. – Falava ela enquanto ele saía

Drake caminhava, ria e respondia:

- Eu nunca me esquecerei de você professora. – Falava ele já saindo pela porta.

Nesse momento ele parou, olhou para trás e resolveu voltar até a mesa do café da manhã onde estavam as duas. Então coçou a cabeça e perguntou:

- Um presente? O que seria isso?

Araragi explicou que seria algo muito importante para ele e pedia que ele sentasse e terminasse o café da manhã, o que foi feito. Ela então deu a ele uma mochila e disse que a segunda parte do presente só chegaria mais tarde. Drake então aceitou e ficou lá até a tarde. Araragi ficou feliz com a resposta e apressou a sua ida ao laboratório para arrumar o presente maravilhoso que ela daria a Drake. Mais tarde naquele mesmo dia Araragi apareceu com uma caixa de presente muito linda, azul com uma fita amarela, não muito pesada e parecia ter objetos soltos dentro, o que teria lá dentro? Bem, só ela sabe e Drake estava prestes a descobrir:

- Mas por que não posso abrir agora? – Questionava Drake inquietamente.

Araragi tinha seus motivos:

- Querido faça como eu peço, deixe para abrir quando chegar em casa, você vai adorar, garanto. Agora não discuta mais! – Respondia Araragi.

E depois de muita conversa Drake decidiu partir dando adeus a suas novas amigas Araragi e Makomo e não abrindo o presente. Ele já estava na rota de volta para casa quando se lembrou da caixa que trazia na mochila dada pela Professora Araragi. Infelizmente (ou felizmente) a curiosidade dele foi maior que a vontade de obedecer Araragi e logo no caminho ele decidiu abrir a caixa.

- Ai que caixa difícil de abrir – Falava ele sozinho enquanto rasgava o embrulho muito bem feito por Araragi.

Finalmente ele conseguiu abrir a caixa e se surpreendeu. Não poderia ser, mas era: Uma Pokébola e uma Pokédex! Mas o que a Professora Araragi pretendia com aquilo? Será que tem um Pokémon dentro? Por que uma cientista tão séria daria um Pokémon para alguém tão despreparado como Drake. E que Pokémon há ali dentro?

Continua...
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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeQui 23 Dez 2010 - 8:50

Bom Dia!!

Curti o capítulo e_e Vc foi muito bem na narração, foi bem envolvente e me "prendeu" na história.Só acho ainda que vc peca na descrição.O tamanho do capítulo está adequado na minha opinião.A história tá boa bem interessante.Gostei muito da organização do texto.Vc quase não cometeu erros ortográficos, nem vou quotar, foram pouquíssimos, muito bom!Bom é isso parabéns pela fanfic ^^

Aguardo um novo capítulo ;D

Até mais.
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jardeson
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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeTer 28 Dez 2010 - 5:15



4. Os Dias de Cão... Estão Só Começando!

Era chegado o grande dia para Martin, finalmente ele iria conseguir seu primeiro Pokémon. Martin como a maioria dos garotos sempre sonhou em ser mestre Pokémon, principalmente para ser reconhecido por seus irmãos. Ele é o irmão mais velho de cinco irmãos, todos são garotos de 7, 9, 12 e 14 anos, porém é menor que os seus irmãos de 12 e 14 anos, com 15 anos ele tem apenas 1,60 de altura e pouco mais de 45 quilogramas, o seu rosto que é até certo ponto delicado reforçava a idéia de que Martin não tinha muito respeito e autoridade em casa, tem olhos castanhos claros e cabelo liso bem escuro, seus outros irmãos não o ouviam ou respeitavam tratando-o como mais novo ou inferior.

Martin e sua família moram em uma pequena casa na parte leste de Karakusa, uma pequena cidade ao sul de Unova, porém bem organizada, como não possui atrativos turísticos ou grandes empresas na região, Karakusa junto com Kanoko encontraram nos treinadores Pokémon a fonte de suas rendas, muitos se dirigem a essas duas cidades para começarem uma nova jornada. Na cidade natal de Martin é muito comum os garotos só saírem em jornadas Pokémon aos 15 anos, mas não exatamente no dia do aniversário como em algumas outras regiões, isso tudo por conta de um decreto do prefeito que queria evitar que crianças de 10 anos se machucassem em jornadas perigosas como em outras cidades. Sua mãe por mais que temia o pior confiava no filho, ele nunca estudou em uma Escola de Treinadores ou leu algum livro sobre Pokémons, mas ela confiava no filho, ela era uma mulher gorda um pouco baixa com um rosto bem terno que passava a segurança e conforto que os filhos e marido precisavam. A preocupação da mãe de Martin tinha fundamento, ele nem ao menos sabia o nome de golpes básicos como Quick Attack ou Tackle.

Depois que essa história de treinador Pokémon começou Martin não pensava em outra coisa e não deixava seus pais em paz. Seu pai era um senhor aparentemente mais velho que sua mãe, porém mais alto e bem apresentável, ele era dono de uma loja de brinquedos popular em Karakusa e fazia tudo pelo filho mais velho, que para ele era o preferido. Naquele dia o próprio pai de Martin resolveu não ir trabalhar e levá-lo no laboratório da professora Araragi durante a tarde, era uma viajem curta de Karakusa para Kanoko, mas parecia a mais longa das viagens. Ao chegarem no laboratório seu pai que parecia bem impaciente batia na porta como se quisessem derrubá-la enquanto Martin roia as unhas esperando alguém aparecer. De dentro do laboratório surgiu um rapaz de mais ou menos 18 anos, bem magro e tímido e com uma voz que mais parecia um sussurro ele informou aos dois que Araragi não estava lá e que ele não podia os entregar um Pokémon na ausência dela. O rapaz ainda explicou que ela estava em casa cuidando de um amigo que havia se machucado no dia anterior e que se eles quisessem poderia passar lá. O pai de Martin já impaciente decidiu voltar pra casa com o filho. Claro que isso só deixou Martin mais ansioso para ter seu primeiro Pokémon, aquilo significava muito para ele.

No dia seguinte Martin partiu cedo de casa a pé se dirigindo a cidade vizinha Kanoko, sem cruzar com nenhum Pokémon perigoso chegou antes mesmo da professora ou dos outros cientistas que trabalhavam com ela e resolveu ficar acampando na porta do prédio. Estava muito frio ainda e Martin tremia, mas não podia sair dalí porque aquele era seu momento, então ele pegou um tapete que ficava do lado de fora e se cobriu enquanto esperava. Araragi chegou no seu carro bem animada, quando desceu do carro ficou surpresa e espantada com a atitude do garoto, para ela aquilo era o perfeito exemplo de um novo bom treinador, então foi logo convidando Martin para entrar, como se fosse necessário. Ao entrarem ela começou apresentando todo o laboratório para ele, que era enorme, e falando sobre como era bom trabalhar lá e sobre a satisfação dada pelos Pokémons. Martin ficou impressionado com o laboratório muito bem equipado, tinha vários livros, pokébolas, microscópios e aparelhos que ele nem sabia que existia, mas queria saber logo de seu Pokémon. Araragi foi meiga e amigável como sempre, então fez logo a tradicional apresentação:

- Bom Dia garoto! Preparado para uma jornada Pokémon incrível? Desculpe-me por ontem, não sabia que viria e tive problemas sérios para resolver. – Dizia Araragi em uma animação incrível enquanto guardava a chave do laboratório em uma gaveta próxima.

Eles estavam sozinhos no laboratório, nenhum outro cientista havia chegado ainda e aquela manhã estava tão linda que quando Araragi abriu as janelas pareceu que todo o laboratório sorriu. Martin mais animado que ela sorria como se fosse ganhar um prêmio em dinheiro, e talvez fosse o seu maior premio naquele momento, ele queria logo sair com um Pokémon dalí, fazer inveja nos garotos do bairro e claro, em seus irmãos que iriam finalmente respeitá-lo.

Araragi não poupou aquele discurso tradicional que sempre dá aos novos treinadores, explicando o que são Pokémons:

- Algumas pessoas os usam como pets, outras usam em batalhas e outras como eu os estudam, esse é um mundo incrível e cheio de possibilidades não acha? Sou uma grande cientista, sempre fui incrivelmente apaixonada por Pokémons, talvez por isso tantos novos treinadores vem a mim, eu sou realmente uma blá, blá, blá, blá... – Ela falava passando a mão no lindo jaleco toda orgulhosa de seu emprego.

Martin nem prestava atenção em Araragi, só olhava aquelas pokébolas espalhadas nas mesas pensando se seu Pokémon estaria ali dentro.
Foi nesse momento que ela lembrou que nem ao menos deu a oportunidade para o garoto falar, expressar o que sentia ou mesmo se apresentar:
- E você jovem, qual o seu nome? – Perguntou Araragi enquanto mostrava discretamente um título da universidade de melhor aluna do ano.

Martin continuava não prestando atenção na conversa quando reparou que Araragi estava realmente falando com ele:

- Ah, ops desculpe-me, fiquei tão empolgado vendo essas coisas incríveis que tem aqui que nem ouvi o que estava falando, hehe! Mas e o meu Pokémon, quero vê-lo logo, quando vai me mostrar? – Questionou Martin fugindo do assunto.

Araragi riu vendo que o garoto estava querendo saber mesmo era do Pokémon dele em vez de ouvir suas empolgantes histórias, então resolveu levá-lo ao prato principal.

- Então meu jovem, venha comigo. – Falava ela enquanto se dirigia a uma sala no fim do corredor.

Martin estava tão empolgado e emocionado, eles se dirigiam à uma sala que se chamava “Sala do Novo Treinador”, o que haveria ali? Ele mal podia esperar para ver. Araragi abriu a porta e levou ele até uma mesa muito organizada com três lindas pokébolas em cima. Na sala havia várias fotos de treinadores com Pokémons recebidos lá, era tudo muito empolgante.

- Então jovem, você certamente já escolheu seu parceiro de viagem, todos que vem aqui já tem um Pokémon em mente, mas perguntarei assim mesmo. Já escolheu seu Pokémon? – Perguntou Araragi nesse discurso extremamente redundante.

Martin percebeu que nem ao menos conhecia as suas opções, e com um sorriso sínico contou a verdade para Araragi que ficou surpresa.

- Bem, err, sabe como é né, eu ainda não sei qual são as opções... – Falava ele.

Ela olhou bem para ele, então perguntou:

- Como não sabe? Está brincando comigo não é garoto?

Martin confirmou com a cabeça que aquilo não era brincadeira. Ela poderia ter desistido de dar um Pokémon para aquele treinador, mas a forma como ele estava empolgado a fez acreditar que ele seria o mais bem sucedido treinador saído dalí, então decidiu apresentar os iniciais de Unova pra Martin escolher seu preferido. Ela pegou a primeira Pokébola, parecia ser de um campeão e a abriu que com isso iluminou tudo na sala, dela saiu um magnífico Oshawott que parecia meio entediado.

- Esse se chama Oshawott, é um Pokémon do tipo água e é muito fácil de treinar, ótimo para treinadores como você que não sabem muito sobre os Pokémons. – Falava ela aconselhando Martin a levar o pequeno Pokémon lontra.

Para Martin aquilo não parecia ser desafiante o suficiente, quem no bairro iria se impressionar com um Pokémon que é fácil de treinar? Então ele pediu para ver a segunda opção.

Araragi então pegou outra linda pokébola, essa parecia ser bem mais bonita que a anterior, logo era de se esperar um Pokémon melhor, ela abriu a Pokébola e de lá saiu um lindo Tepig que estava bem mais animado que o seu colega Oshawott, parecia inclusive que ele havia gostado de Martin.

- Veja garoto, ele gostou de você! Esse se chama Tepig e é do tipo fogo, é um tipo muito forte atacando, porém tem defesas ruins se comparado a Oshawott, é dócil e engraçado, que tal esse? – Dizia Araragi enquanto acariciava os dois pokémons que pareciam bebês recém-nascidos.

Martin gostou mais desse, mas não gosto de saber que ele tem pontos fracos. Quem se importaria com um Pokémon engraçadinho que ainda é fraco? Martin queria algo que realmente impressionasse.

- Bem professora, são ambos bonitinhos, mas não sei se quero um desses, me mostre a última Pokébola, quem sabe não sai algo bom dela? – Falava Martin em um tom de desprezo.

Araragi não gostou do tom, mas aceitou mostrá-lo o último Pokémon, dessa vez ela tirou da Pokébola um lindo Snivy que ao contrário de Tepig não gostou de Martin. Esse já não parecia um Pokémon bebê como os outros, então Araragi alertou:

- Bem, esse aqui é muito bonito também, porém não tão carinhoso quanto Tepig ou Oshawott, ele é do tipo que só se importa em vencer e não cria muitos laços com o treinador, além disso, é do tipo grama e dá um pouco mais de trabalho para criar que os outros dois. – Explicava Araragi em tom de alerta.

Parecia o Pokémon perfeito, com aquele olhar Snivy parecia ter nojo de Martin, era isso que ele queria, algo forte e que impusesse respeito em todos, todos teriam medo do Snivy do Martin, então ele não perdeu tempo:

- É esse que eu quero Professora! Eu quero o Snivy! – Exclama Martin já indo em direção de Snivy que o ignorava.

Araragi parecia ter algo a contar sobre esse Pokémon e achou por bem revelar logo:

- Bem querido, devo alertar você que esse Snivy já teve três treinadores e todos devolveram, trocaram por Tepigs e Oshawotts, inclusive é o único dessa espécie que temos por aqui, o Snivy não é tão popular quanto os outros dois nessa região, por isso deixei ele por ultimo, achava que você iria preferir os outros dois. – Explicava Araragi

Martin parecia não se importar em saber que Snivy havia sido devolvido três vezes e usava isso como argumento para levá-lo.

- Mais um motivo para eu levá-lo Professora. Esse Snivy é como eu, somos dois ignorados e mal entendidos pelas pessoas, vamos unir nossas forças e mostrar que somos melhores que irmãos menores, Tepigs ou Oshawotts, não é Snivy? – Falava ele enquanto pegava o Snivy nos braços e o erguia como um bebê.

Snivy não gostou e teve uma reação adversa, então pulou para cima da mesa onde parecia nem se importar com Martin e num impulso retornou sozinho a sua pokébola. Araragi com medo resolveu alertar mais uma vez:

- Você tem certeza? Veja como ele não se importa com você! – Falava ela enquanto olhava para os outros dois que pareciam ser bem mais interessantes.

Mas Martin estava disposto e então pegou o Snivy em sua pokébola, mais cinco pokébolas extras e uma pokédex e já ia saindo, quando Araragi preocupada ofereceu-lhe uma carona para casa. Parecia tudo perfeito, um Pokémon forte seria o que elevaria Martin a outro patamar com os amigos e familiares.

Mais tarde em casa, Martin convocou todos a comparecerem na sala de estar. Estavam lá seus pais, seus irmãos e um Choroneko da família, alguns sentados no sofá, outros em cadeiras e outros no chão mesmo, Martin ao centro fez um breve discurso de apresentação de seu Pokémon e então tirou Snivy da pokébola para mostrar a todos. Eles logo ficaram surpresos e felizes, Martin era o primeiro membro da família a ter um Pokémon para batalhas e isso ainda seria comemorado no mesmo dia por todos com um super jantar. Todos acharam o Pokémon incrível e forte, mas eles não se contentaram em olhar, de repente o irmão mais novo, de 7 anos resolveu tocar em Snivy, logo acompanhado pelos outros irmãos que queriam fazer carinho ou simplesmente tocá-lo, isso revoltou o pequeno Pokémon que começou a atacar todos e destruir tudo com um ataque surpreendor, foi um caos, seus irmãos começaram a correr e a gritar pedindo a ajuda de Martin:

- Faça algo Martin, ele vai nos matar! – Gritava seu irmão de 12 anos.

A mãe de Martin entrou em desespero, então ela subiu em cima do sofá e começou a gritar:

- Rápido filho, ele vai destruir minha casa toda. – Gritava ela enquanto passava a mão no rosto e pulava em cima do sofá como se tivesse visto um Raticate selvagem em casa.

Martin sentiu que aquilo era a oportunidade de demonstrar sua superioridade, ele estava de pé olhando aquela cena e ria de tão confiante. Foi aí que ele gritou:

- Snivy pare!

Todos olharam para Martin, inclusive Snivy, sim Snivy parou de atacar, parecia incrível, mas aquele pequeno forte Pokémon obedecia Martin. Foi toda uma comemoração por causa disso, seus familiares o elogiavam e se abraçavam enquanto Martin ria e seu olho até brilhava de tanta emoção. Snivy por sua vez olhava fixamente para Martin como se quisesse dar o bote, e foi isso o que ele fez. Snivy simplesmente avançou em Martin e o atacou com inúmeros Vine Whips derrubando-o no chão, todos corriam de casa desesperados quando foram atacados por um forte Grass Mixer que quebrou vários móveis e derrubou toda a família de Martin. Foi um desastre, todo o sonho de Martin foi por água a baixo.

Depois de muito esforço conseguiram conter o Snivy bagunceiro e colocá-lo na Pokébola, seus irmãos se mostraram bem hostis quanto a isso:

- Não acho surpresa isso ter acontecido, a surpresa é a Professora Araragi dar um Pokémon tão forte a esse bobão. – Falava o irmão de 12 anos fazendo gesto negativo com a cabeça.

Sua mãe também não poupou críticas, e deu o ultimato:

- Vá agora devolver esse Pokémon, não quero mais vê-lo aqui. E desista disso de Pokémon, vá estudar alguma coisa mais fácil e mais a sua cara como enfermagem ou culinária. O jantar também está cancelado, não temos nada para comemorar, um filho desastrado, quem comemoraria isso? – Falava sua mãe enquanto tentava arrumar os objetos de casa.

Foi como uma facada em Martin, todo mundo estava contra ele, ele não podia acreditar que o sonho virou pesadelo e as palavras de seus familiares o deixavam bastante abalado. Então ele subiu rapidamente para o quarto onde ficou trancado até o dia seguinte. Seus irmãos e pais não pareciam estar arrependidos de ter o repreendido.

Para Martin seus pais não podiam impedi-lo de ser um mestre Pokémon e se fosse preciso fazer Snivy o amar ele faria. No dia seguinte Martin acordou com tudo pronto para a sua jornada, mas todos ficaram surpresos.

- Você não pode ir com um Pokémon que não te obedece, vá ao menos trocar com a professora Araragi. – Falava sua mãe.

Seu irmão de 14 anos ria de toda a situação:

- Não ligue mãe, é obvio que ele vai desistir e voltar pra casa ainda hoje, é um fracote. – Falava ele enquanto descascava uma laranja e ria.

Martin estava disposto a mostrar que era forte e para isso iria para a sua jornada naquele instante e com Snivy como parceiro. Martin prometeu voltar para casa com o troféu de campeão, o que foi motivo de mais riso coletivo de seus irmãos. Seu pai temendo que o filho nunca mais voltasse aconselhava-o a ficar:

- Filho, por mais que tenhamos de dito coisas horríveis ontem nós te amamos, por isso preferimos que você fique em casa e estude culinária, você é um ótimo cozinheiro, todos amam seus bolinhos. Não acha isso importante? – Dizia ele.

Sua mãe aproveitando a deixa tentou argumentar também:

- Sim querido, e você se importa muito com as pessoas, cuida muito bem de seus irmãos quando eles estão doentes, poderia tentar enfermagem também, não acha melhor desistir? – Dizia ela.

Para Martin aquilo era a prova de que eles o odiavam, preferiam o ver fazendo coisas mais frágeis e até certo ponto femininas do que vê-lo prosperar sendo treinador como os outros garotos, para ele aquilo era a gota d’água. Ele então olhava todos com ódio enquanto pegava suas coisas, seus bolinhos que havia feito para viagem e sua Pokébola e saia falando:

- Então é isso. Volto aqui um dia, com o título de campeão. Mas não esperem se aproveitar da minha fama, vocês que preferiram assim. – Ele falava já virando as costas para todos.

Sua mãe triste ao ouvir essas palavras chamava-o de volta, mas ele nem se quer olhou para trás. Seus irmãos tentavam acalmá-la dizendo o óbvio, Martin se daria conta que era incapaz de seguir sozinho em jornada e voltaria para casa, era só questão de tempo.

E o dia passava, Martin caminhava, caminhava e não chegava a lugar algum. Ele caminhava por uma rota que parecia extremamente igual em todos os pontos, parecia que estava caminhando sob uma esteira, sem chegar a lugar algum. Ele até parou algumas vezes para comer seus bolinhos que eram deliciosos, mas nada de Pokémons pelo caminho, em certo ponto ficou decepcionado por não ter nenhuma batalha Pokémon em outro aliviado, mas continuou assim mesmo. Algumas placas anunciavam a cidade de Shinpou a alguns quilômetros, finalmente Martin estava chegando a algum lugar, e já era fim de tarde quando ele começou a ficar com medo dos Pokémons que começaram a aparecer.

O que fazer numa situação dessas, era óbvio que não dava para continuar, era questão de tempo para tudo dar errado, mas também era muito tarde para desistir, mas era talvez a única chance para ele continuar bem. Martin tremia, suava e dava sinais de que ia chorar, estava em um lugar desconhecido, escuro e sozinho, nem podia contar com Snivy tanto assim, então olhou pra trás e resolveu voltar de vez. Dada meia volta Martin começou a caminhar lentamente com medo de ser atacado, de repente amedrontado, começou a acelerar os passos se achando até seguro por ter Snivy com ele. E caminhou a noite toda, em círculos, por isso não chegava em Karakusa, parecia que o caminho de volta tinha quadruplicado. Ele então parou em baixo de uma árvore enorme que já havia visto várias vezes durante a noite para comer mais alguns bolinhos, derrepente um bando de Yorterrys e Haderias apareceu, possivelmente atraídos pelo cheiro doce dos bolinhos de Martin e eles não estavam tão amigáveis como dizia a Pokédex, pareciam famintos e dispostos a atacar por comida.

Martin então levantou-se e deu um passo para trás pensando em correr, foi quando viu que estava cercado, era o fim da linha para ele. Então ele lembrou que tinha um Pokémon para ajudá-lo e assim o chamou uma para uma batalha. Snivy contra os Yorterrys e Haderias. Snivy ao sair da Pokébola parecia estar furioso, mas ao ver todos aqueles Pokémons furiosos se manteve em posição de ataque encarando os adversários que mostravam as enormes presas, babando por comida e por uma mordida em Snivy ou Martin. Snivy se posicionou de costas para Martin e então o olhou com uma visão periférica que parecia estar esperando ordens.
Martin pensou em um golpe, mas não soube ordernar:

- Vamos lá Snivy, use aquele que você usou em mim ontem! – Falava ele tremendo.

Snivy virou-se para Martin e o encarou enquanto os Yorterrys e Haderias se preparavam para atacá-lo. Nesse momento Snivy de um pulo e usou um Grass Mixer nos adversários que levaram um dano sério, porém não suficiente para derrubá-los. Martin vibrava:

- Isso mesmo amigão, não era esse, mas esse foi muito bom! – Falava ele já confiante como no dia em que conheceu Snivy.

Mas Snivy não estava para papo, muito menos para batalha e com outro salto fugiu daquele cenário saltando pelas árvores deixando Martin sozinho e preocupado. Os pokémons levantaram-se olhavam para Martin prontos para ataca-lo enquanto Snivy ia embora, Martin se desesperou.

- Onde você vai Snivy? Não faça isso comigo! Volte aqui! Por favor. – Implorava ele.

Os Pokémons não pensaram duas vezes antes de começarem a atacá-lo, e enquanto isso ele só podia gritar.

- Socorro! Alguem me ajude! Snivy! Não! Não! – Gritava ele com uma voz que parecia doer até a alma.

Continua...
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Frase pessoal : Choices.


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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeTer 28 Dez 2010 - 8:20

OMG!

Fic perfect, eu gostei da narração dos personagens logo no primeiro capítulo. O enredo desta história está maravilhoso, quando você conta,dá vontade de ler cada vez mais e mais.

Tua Fic é muito boa, sem erros de português, com a acentuação correta, personagens bem descrito, cenário bem descrito.

Narraçõ excelente.

Muito boa.
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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeTer 28 Dez 2010 - 12:37

Boa Tarde!!

Gostei do capítulo *-* Cara como eu já disse sua narração é fantástica, "prende" os leitores na história, que é muito interessante e bem original, vc tem muito criatividade, parabéns.O tamanho do capítulo está ótimo.Quando eu acabo de ler o capítulo quero continuar lendo, sua fica tá ótema ;D Cara achei que a descrição melhorou um pouco mais, ainda pode mais.Sem erros de pontuação e ortográficos.É isso parabéns pela fic ^^

Aguardo um novo capítulo ;D

Até mais.
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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeTer 28 Dez 2010 - 16:50

Uma ótima fanfic, achei dois erros de pontuação em todos os episódios, coisa raríssima, se fosse dar uma nota daria nota máxima, o enredo é chamativo e envolve o leitor, não é corrida e tem boa descrição, classificaria como uma das melhores do fórum. Algumas partes confusas, mas está no começo, chances de um bom futuro, então boa sorte.
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jardeson
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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeQui 30 Dez 2010 - 4:51




5. Um Prato Tão Frio Quanto Uma Brasa

Já era 16:30 da tarde quando Drake voltava para casa depois da estadia na casa da professora Araragi. O caminho era o mesmo que ele foi atacado, mas àquela hora do dia várias pessoas utilizavam a rota, vindas de feiras em Karakusa ou mesmo trabalhando na cidade, que apesar de pequena, ainda possui um comércio mais movimentado que a pequena Kanoko. Com o caminho movimentado os Pokémons não se atreviam a aparecer, a estrada estava bonita e arrumada. Havia bancos pelo caminho e jardins em torno de toda a estrada. Drake trazia um presente que recebera de Araragi na mochila e deveria esperar até chegar em casa para abrir, mas a curiosidade foi maior. Ele rasgou o embrulho da caixa tentando se livrar da fita que parecia não sair, e quando abriu tomou um grande susto, havia lá uma Pokébola, uma Pokédex e um bilhete que dizia o seguinte:

“Se assustou Drake? Bem, acho que esse era o melhor presente que eu podia lhe dar, uma segunda chance que é mutua, para você e para os Pokémons. Escolhi o meu melhor Pokémon, você vai adorar. Nem pense em mandá-lo de volta hein! E cuide bem dele. Abraços Araragi.”

Drake estava pasmo, Araragi havia dado um Pokémon a ele, aquilo parecia o cúmulo da burrice, mas ele decidiu abrir a Pokébola para ver que Pokémon era aquele. Ele então pegou a Pokébola, que estava brilhando, de dentro da caixa e com cuidado chamou o Pokémon para fora, seu medo era de ser atacado ali novamente. Depois de uma luz que foi emitida quando Drake pressionou o botão no centro da Pokébola, saiu de lá um Pokémon laranja, com uma faixa preta na cabeça e na parte traseira, além de uma listra amarela sob o focinho, que era muito engraçado, e um rabo em espiral com uma bolinha na ponta, as orelhas também o deixavam mais meigo e inofensivo, era quadrúpede e muito engraçadinho. O Pokémon então começou a fazer gracinhas para Drake, que agora não tinha mais medo, e pareceu até rir dos truques do Pokémon. Drake então pegou a Pokédex para tentar descobrir o nome dele, deu certo trabalho, mas ele entendeu como aquilo funcionava. O nome é Tepig, e lá falava tudo sobre ele, desde o habitat aos hábitos alimentares. Parecia um bichinho de estimação perfeito e para Drake aquele era o melhor Pokémon do mundo, o primeiro que ele gostou de cara. Assim seguiram para casa, o garoto e seu Pokémon, que fazia dos mais variados truques para deixar Drake alegre, caminhava só com as patas dianteiras, se fingia de morto, fazia truques com berries que encontravam pelo caminho, dançava, interpretava, enfim Drake se apaixonou automaticamente por aquela bolinha fofa.

Drake chegou em casa por volta das 18 horas, ele então chamou Tepig de volta para a Pokébola e foi se aproximando da entrada de casa, sua mãe do lado de dentro de casa estava aflita pela demora, mas já sabia de tudo o que acontecera graças a Professora Araragi que já a conhecia e a havia avisado ainda no dia em que Drake estava de cama para evitar preocupações desnecessárias. Drake abriu a velha porta da frente com cuidado para surpreender sua mãe, mas o barulho que aquela porta fazia parecia avisar a toda vizinhança o seu retorno. Ao entrar olhou para sua mãe sentada no sofá aflita e mesmo com os curativos espalhados pelo corpo abriu um enorme sorriso ao ver a mãe que retribuiu.

- Oi Mãe! – Gritava ele enquanto corria e a abraçava.

Sua mãe quase chorando não podia esconder que ficou chateada por ele a desobedecer e sair naquela noite sozinho.

- Como você pode fazer isso meu filho? Era para você ter ficado aqui me esperando, você está bem? – Falava ela enquanto tocava no corpo de Drake examinando os ferimentos.

Drake caminhava bem, mas para sua mãe parecia que ele estava nos últimos dias de vida, descabelada e com as roupas um pouco sujas, estava usando uma blusa marrom muito estranha e uma calça, coisa incomum já que ela costuma usar shorts ou saias. Ela então o obrigou a sentar no sofá, que estava rasgado o que deixou Drake desconfortável. Ele olhava para aquela casa simples, mas que amava e via que sempre teve a melhor vida do mundo, tudo parecia se encaixar para ele, ele então começou a explicar tudo.

- Bem mãe, naquela noite eu a desobedeci e saí sozinho atrás... – Falava Drake olhando para sua mãe que estava em pé, quando foi interrompido.

- Eu já sei de tudo que acontecera querido, a minha amiga Araragi me contou tudo, você não podia ter feito aquilo, mas eu entendo. Sei como seu pai significava muito para você. – Ela falava enquanto franzia a testa e fechava os olhos como se fosse desmaiar.

Drake então olhou para toda aquela situação, então se levantou ajudou sua mãe a sentar no sofá. Ele dirigiu-se até a cozinha que também era pequena como o resto da casa, mas bem confortável e simpática. Então pegou um copo de água na geladeira e levou até a sua mãe na sala de estar. Ele então se sentou em uma cadeira e olhando para a mãe pediu explicações sobre aquela ida dela a Karakusa.

- Bem mãe, já que você sabe de tudo, agora é a minha vez de saber. Que história é aquela de que o papai foi assassinado? – Perguntava Drake enquanto fazia gestos com as mãos.

Sua mãe então tomou um gole da água que recebera, pegou o pano de pratos que estava em seu ombro e passou na testa tirando o suor que já havia se depositado ali. Ela então olhou para Drake seriamente e começou a explicar.

- Bem querido, desde que seu pai foi encontrado morto a polícia encarou a possibilidade de assassinato como real, mas não tinham provas... Bem, não tinham ainda... Porém um grupo de locais disse que havia uma organização criminosa por aquelas redondezas, eles se chamam Plasma... Equipe Plasma... – Falava ela lentamente e com diversas pausas.

- Mas eles não são aqueles que pedem que as pessoas libertem os Pokémons? Eles são bons, não são? – Falou Drake interrompendo sua mãe.

Sua mãe então começou a esfregar uma mão na outra e prosseguiu.

- Isso ninguém sabe... O fato é que segundo alguns relatos, eles estavam em Fukiyose atrás dos lendários Zekrom e Reshiram, e todos sabiam que seu pai tinha pistas de onde encontrar um deles... Eles podem sim ter matado ele! – Ela falava na mesma velocidade já se levantando.

Drake então a pegou pelos ombros e fez força para que ela sentasse no sofá. Ele então se sentou novamente na cadeira, pegou em suas mãos e prosseguiu.

- Mas esses Pokémons não existem mãe, você sabe disso. São como Arceus, só lendas para alegrar as crianças, aumentar a renda em produtos relacionados e turismo, não é? – Ele falava enquanto olhava para ela que parecia discordar.

Sua mãe colocava a mão no bolso da calça como se estivesse segurando algo lá dentro, e então continuou.

- Discordo de você. Todos eles existem, e seu pai parecia estar bem próximo de encontrar Zekrom que sempre foi o grande sonho dele. Seu pai não queria capturar Zekrom, mas apenas conhecê-lo, porém as intenções do líder da Equipe Plasma são maiores que isso. A polícia capturou um membro dessa organização que estava atormentando uma garotinha em Karakusa e ele e revelou tudo. Com os dois Pokémons eles teriam controle máximo sobre Unova. Enfim, eles sabiam que seu pai tinha conhecimento sobre como atrair Zekrom e para isso o pegaram enquanto ele fazia expedições. Ele não contou nada e foi morto, não foram os Pokémons que o mataram. Infelizmente o depoimento dele é frágil. Segundo o delegado de polícia ele parece ter problemas mentais, então pode ser tudo mentira. Um homem apareceu lá naquele mesmo dia, se dizia ser um dos sete sábios que fazia parte da equipe, segundo ele a Equipe Plasma nunca teve e nunca terá essa intenção, para eles o mais importante é somente libertar os Pokémons, então ele expulsou o membro que estava preso. Infelizmente há sérias evidencias de que seu pai foi morto por Pokémons, o que eu não acredito. A polícia não acredita muito nesse depoimento, para eles parece tudo fantasioso, eles não acreditam em Zekrom e Reshiram também. – Falava ela quase chorando por lembrar-se de seu marido que tanto amava.

Drake parecia não entender nada. E continuou questionando.

- E porque esse cara falou do meu pai? O que tem a ver? – Ele falava batendo nos braços na cadeira fortemente.

Sua mãe prosseguiu:

- Bem, a história é simples. Eles estavam terminando o inquérito sobre o seu pai em Fukyiose e mandaram os resultados para Karakusa que é a cidade mais próxima com delegacia de polícia. Aqui eles resolveram interrogar o sujeito, por que essa suspeita já vinha de Fukyiose, aqui eles não acreditam nessa possibilidade. Ele contou tudo.

Drake então pos a mão no queixo, pensativo. Ele então continuou.

- Não entendo. Por que ele assumiu isso tão facilmente? Nada disso faz sentido. Não faz sentido. Não faz sentido. Não faz sentido. – Ele repetia a ultima frase intensamente quando se levantou.

Drake estava totalmente abalado, aquilo não parecia fazer sentido para ele, mataram seu pai por causa de algo que ele tinha certeza que não existe? Que mentes doentias fariam isso? Ele então correu para o quarto que ficava no fim do corredor chorando. Lá ele deitou na cama e olhou para a parede cheia de fotos de seu pai, lembrou-se de como seu pai queria vê-lo como um treinador, foi então que deitado e pensativo ele decidiu realizar o sonho do pai, e mais, descobriria até onde a Equipe Plasma tinha a ver com a morte do pai, e se fosse preciso destruiria todos eles.

Drake então enxugou as lágrimas, se levantou e voltou para a sala, onde estava sua mãe sentada e parada no mesmo lugar.

- Mãe alguém tem que deter esses maníacos, não por causa dessas lendas e sim por que eles podem ter matado um inocente, a polícia nunca fez nada e nem nunca fará, então eu terei que fazer isso por meu pai... – Falava ele enquanto olhava para a caixa que ganhara de Araragi e que havia deixado na sala ao lado do sofá.

Nesse momento sua mãe notou a caixa ao seu lado e ficou curiosa para saber o que havia ali dentro. Drake então se levantou e firmemente disse:

- Mãe, serei treinador Pokémon como o meu pai. E vingarei sua morte!

Ela ficou surpresa, os olhos pareciam que iam saltar do seu rosto, a boca ficou aberta por alguns segundos, ela então coçou a cabeça e ficou orgulhosa em ver que o filho tinha aprendido boas lições com Araragi. Nesse momento ela percebeu o que estava acontecendo e levantou temendo perder o filho nesse caminho que parecia sem volta.

- Não posso permitir que você saia por aí em uma jornada sem fundamento, não há o que se vingar, deixe tudo a cargo da polícia. – Falava ela enquanto se dirigia a porta para fechar. Drake então correu até ela, a pegou pelo braço e falou:

- Você não pode me impedir mãe, já estou decidido, irei seguir uma jornada, preciso dessa experiência para melhorar como pessoa e preciso que você entenda.

Ela então percebeu que ele nem ao menos tinha um Pokémon e então deu meia volta agora se dirigindo a cozinha. Drake ficou aflito, estava sendo ignorado?

- Não dirá nada mãe, nem um não? – Ele falava enquanto a seguia.

Ela riu e disse:

- Você nem ao menos tem um Pokémon filho, e morre de medo deles, duvido que consiga capturar um. – Ela falava agora jogando o pano de pratos na pia e pegando comida na pequena despensa embaixo da pia ao lado da geladeira para fazer um jantar.

Drake então começou a rir, a mãe dele não entendeu, mas não questionou. Então ele voltou até a sala que ficava exatamente ao lado e pegou a caixa ao lado do sofá, ele então voltou à cozinha com ela nas mãos e a mostrou para sua mãe. Ela havia se esquecido totalmente da caixa e temera que ali contivesse o pior.

- Sim mãe, eu tinha medo de Pokémons, mas olhe aqui, eu tenho um agora. – Falava ele enquanto retirava a Pokébola da caixa.

Ela ficou surpresa, jogando o pacote de macarrão que tinha nas mãos no chão, e então chegou bem perto de Drake que derrepente tirou o Pokémon da Pokébola. Ela se surpreendeu mais ainda ao ver que era um belo Tepig e nesse momento pôs a mão no rosto demonstrando estar bastante emocionada, então foi até Drake e o abraçou, ele não entendera.

- Querido, o primeiro Pokémon de seu pai também foi um Tepig, fico tão emocionada vendo você seguindo os mesmos passos dele que não tenho como impedi-lo. – Falava ela enquanto chorava.

Drake agora chorava junto e Tepig que não entendia nada começou a se lamber e a caminhar pela casa que era bem estranha aos olhos dele que estava acostumada ao enorme laboratório de Araragi. Ela então começou a fazer o macarrão enquanto Tepig entrava no seu quarto, no banheiro, na sala e no quarto de Drake, que eram os únicos cômodos. Drake foi até o quarto de sua mãe e pegou uma caixa com fotos antigas. Os três foram para a sala, que não tinha TV, já que a única da casa estava no quarto de Drake e começaram a comer macarrão, vendo fotos antigas e se divertindo com Tepig. Numa caixa pequena dentro da caixa de fotos estava escrito “Jade e Norman”, os nomes dos pais de Drake, mas não havia nada dentro.

- Mãe, que caixinha é esta? – Falava Drake enquanto erguia a caixa com o braço.

Sua mãe lembrou-se da caixa e do presente que devia a Drake há muito tempo.

- Querido, aí costumava ter uma jóia, um item que foi nos dado de presente de casamento pelo avô de seu pai. Bem, deixe-me ver... – Falava ela enquanto revirava os bolsos.

Ela então tirou de dentro do bolso um item preto, a qual chamou de Pedra Negra.

- Tome querido, guarde bem isso. Foi durante muito tempo o amuleto de sorte de seu pai, mas ele não o levou em sua ultima viagem, talvez por isso tenha sido a única que ele não voltou a salvo. Espero que guarde isso com carinho. – Ela falava enquanto segurava o objeto nas mãos e o entregava para Drake.

Aquele objeto era realmente lindo, e único. Nada mais era que uma esfera negra brilhante, mas parecia uma jóia muito rara e cara. Drake então chorou mais ainda por lembrar-se do pai, mal podia acreditar que estava saindo em uma jornada Pokémon.

- Sabe mãe, este amuleto deu sorte a todos nós, nós tivemos um homem maravilhoso para se espelhar e ele teve uma família maravilhosa para se apoiar. – Falava ele ainda emocionado pegando o objeto das mãos de sua mãe.

Parecia absurdo, mas Drake estava realmente disposto a sair em uma jornada Pokémon, e sua mãe estava realmente apoiando isso. No fundo era o que todos sempre queriam que tivesse acontecido, mas que não aconteceu. Drake foi dormir ansioso, abraçado com a sua Pokébola, pensando o quanto amava sua mãe e o quanto sentiria saudades dela nesse período. A noite passou lentamente e Drake sonhou a noite toda com seu pai, sua mãe, Tepig, Araragi, Makomo e todas as outras pessoas o apoiando, mas tudo se destruía quando aparecia um homem que aparentava ser da Equipe Plasma e matava todos eles.

Eram 5 e pouco da manhã quando Drake decidiu levantar e dar uma volta perto de casa com Tepig, as ruas de Kanoko eram muito pequenas, a população não chegava a 150 moradores e as ruas vazias não eram tão incomuns em outras horas do dia, eles caminhavam por jardins enquanto brincavam, eles pareciam estar se tornando grandes amigos. Drake olhava tudo aquilo e pensava como a vida era estranha, como tudo aquilo acontecera, como foi preciso que seu pai morresse para que sua família ficasse unida e para que ele percebesse que era um completo idiota, a vida parecia ser uma piada de muito mau gosto. O dia clareava quando ele resolveu passar no laboratório da Professora Araragi para dar um oi e contar das novidades, o laboratório ficava mais afastado das residências, mas não era nada longe, cerca de um quilômetro. Ele estava se aproximando quando viu um garoto acampando na porta, Drake até ficou esperando o garoto sair, mas desistiu e voltou pra casa. Em casa estava tudo pronto para sua jornada, mochila feita, lanche guardado, pokébolas vazias guardadas nos bolsos da calça, dinheiro para as despesas e um bilhete, ele não sabia para quem seria aquele bilhete, mas seria algo importante. Sua mãe estava muito emocionada.

- Filho, seu pai sempre soube que esse dia chegaria. O que ele nunca soube é que ele não estaria aqui para ver, a vida é uma caixinha de surpresas mesmo não é? Bem, ele deixou um presente para você que só seria entregue quando você saísse em jornada. Na rota depois da cidade de Sanyou existe um Centro de Criação Pokémon aos cuidados de um casal de idosos que são nossos amigos de longa data. Lá eles te entregarão um ovo, filhote de um dos mais fortes Pokémons de seu pai. Quem sabe você não acabe ganhando a liga com o mesmo time que ele não é? – Ela falava enquanto enxugava as finas lágrimas que escorriam no seu rosto.

Drake estava um pouco triste por deixar sua mãe sozinha, mas tinha que fazer aquilo. Seu sonho não era vencer a liga, ele nem se importava com aquilo naquele momento, o que ele queria mesmo era encontrar essa Equipe Plasma e descobrir o que realmente aconteceu, mas preferiu mentir para sua mãe.

- Eu desisti dessa idéia de vingança mãe. Serei como meu pai, farei uma jornada para conhecer novos Pokémons, vencer a liga e ser o melhor treinador de Unova. – Falava ele enquanto abraçava sua mãe na cozinha.

A mãe de Drake ficava feliz ao ouvir aquilo, ela tinha muito medo de perder o filho da mesma forma que perdeu o marido, aquilo era confortante para ela. Então eles tomaram um belo café da manhã junto com Tepig e depois disso Drake se preparava para sair.

- Cuide-se bem meu filho, não me decepcione. Quero ver você aqui de volta com o troféu de campeão! – Falava a mãe de Drake toda orgulhosa.

Drake riu, deu um beijo no rosto de sua mãe, e pegou Tepig no colo. Então olhou bem para ela e disse:

- Eu te amo mãe. Adeus. Volto aqui com o troféu de campeão.

Ela não se conteve e começou a chorar, Drake também estava chorando e parecia estar desistindo de sair, sua mãe estava sentada na mesa da cozinha ainda olhando para ele, foi quando resolveu correr deixando Tepig na cozinha, que corria atrás, suas lágrimas voavam ao vento enquanto ele corria e gritava para sua mãe:

- Adeus mãe. Dê adeus para a Professora Araragi e para Makomo por mim.

E assim Drake se foi, para uma jornada que parecia ser o primeiro grande momento de sua vida, aquela a oportunidade de vingar a morte de seu pai, a oportunidade de dar orgulho ao seu pai e Drake não ia deixar escapar.

Drake correu tanto que rapidamente estava novamente na rota em que foi atacado, a Rota 1. Ele então parou de caminhar e viu que Tepig vinha correndo atrás dele, ele então começou a caminhar pela rota vazia quando derrepente um Miruhog surgiu de uma moita ao lado dele. O Miruhog possuía uma marca no rosto, logo Drake reconheceu que era o mesmo que liderou o bando de Minezumis que o atacou, aquela parecia ser a primeira vingança da jornada. O Miruhog avançou pra perto de Drake para atacá-lo sem causa quando Drake olhou para Tepig que já estava chegando e ordenou.

- Tepig é hora de batalhar! – Ele gritava enquanto apontava para o Miruhog.

Tepig vinha correndo atrás de Drake, mas estava muito disposto para uma batalha enquanto Miruhog não parecia ter medo. O Miruhog não esperou para ver o que aconteceria, parecia ter mais experiência, então atacou sem aviso com um Hyper Fang que deixou Tepig caído no chão. Drake não podia acreditar que seu Tepig cairia tão fácil.

- Vamos Tepig, isso aqui não é brincadeira! Levante-se e mostre seu Ember! – Gritava Drake bem sério não demonstrando uma gota de medo.

Para Tepig aquilo foi o bastante, ele então levantou e foi até Miruhog, saltou evitando um Tackle inesperado do adversário e atacou com seu Ember. Foi incrível, Miruhog mal foi atacado e já estava estava queimando, Drake não perdeu a oportunidade.

- Tepig, aproveite isso e use seu Tackle para derrubá-lo. – Ele gritava com um sorriso de vencedor.

Tepig fez o ordenado, usou um Tackle que derrubou Miruhog na grama. Miruhog estava muito ferido e um pouco fraco, Drake aproveitou a oportunidade e jogou a Pokébola nele. A Pokébola acertou a cabeça de Miruhog e com uma energia incrível o forçou a entrar, mas ele era muito forte e depois de dois segundos conseguiu sair da Pokébola pronto para a batalha novamente. Era inacreditável. Miruhog levantou-se e apesar de queimado avançou em Tepig usando um Facade que parecia ter o dobro do poder. Dessa vez Tepig caiu no chão e parecia que não ia mais levantar, Drake não acreditava que havia sido derrotado novamente por aquele Pokémon inútil a primeira vista.

- Oh não! Tepig se levante! – Gritava Drake inutilmente

Miruhog parecia pronto para dar o golpe final, foi quando Drake se lembrou das Berries dadas por sua mãe.

- Tepig olhe para cá! Coma isso rápido! – Ele gritava enquanto corria até Tepig e o dava uma Oran Berry.

Tepig tremeu e se levantou como se não tivesse sofrido nenhum dano pronto para continuar com aquilo, mas Drake estava preocupado com o Facade, Drake então ordenou que Tepig ficasse parado esperando o movimento adversário o que foi seguido por Tepig. Miruhog veio com tudo dessa vez, mas foi surpreendido por Drake.

- Agora Tepig, use seu Smog! – Ele gritava enquanto apontava para Miruhog.

Tepig mirou o Smog diratemente no rosto de Miruhog que enquanto parava para limpar foi surpreendido novamente com um Ember seguido de um Tackle que o deixou totalmente derrotado no chão. Era a nova chance de Drake o capturar, ele então segurou firme o amuleto de seu pai e atirou a Pokébola na cabeça daquele Pokémon. Miruhog novamente foi puxado para dentro contra a vontade e depois de umas mexidas a Pokébola fez um som peculiar indicando que Miruhog estava capturado, Drake então comemorou muito com Tepig o abraçando, era a primeira de muitas vitórias de sua jornada, parecia que Tepig já havia treinado muito com Araragi.

Drake então parou para descansar em um dos bancos da Rota e para alimentar Tepig que parecia bem cansado, quando começou um diálogo com seu Pokémon.

- Que batalha aquela hein amigo, se eu não tivesse passado aquela noite com a professora Araragi me explicando tudo sobre batalhas e vendo seus golpes atuais na Pokédex a gente teria perdido. Ainda bem que você é forte. – Ele falava acariciando o pequeno Pokémon que subiu no banco e parecia bem feliz.

Tepig só respondia com sons que não dava muito para entender, foi quando Drake começou a conversar com ele sobre qual seria o destino de Miruhog.

- Esse Pokémon é mau, não vou ficar com ele. Estava pensando em jogar essa Pokébola no rio, ou em um penhasco, o que acha amigão? – Falava ele enquanto dividia um pão para os dois.

Tepig continuava não respondendo nada, estava mais afim mesmo era do pão que parecia ser delicioso.

- Está de olho é no pão feito pela mamãe não é? Bem, decido isso depois, mas me vingarei desse Pokémon maldito, ainda acho jogar no rio mais legal, mas se você tiver uma idéia melhor me fala. – Falava Drake enquanto alimentava Tepig e comia um pedaço do pão que parecia ser o mais delicioso de todos.

Drake então colocou o resto do pão na mochila, deu um tapinha e continou na rota, que parecia ser totalmente igual por todo o percurso. Drake caminhou muito aquele dia, e durante a noite chegou em Karakusa onde parou em um centro Pokémon. Era muito moderno, lá ele viu diversos treinadores e diversos Pokémons que pareciam ser legais, ele estava distraído com tudo isso quando uma linda enfermeira Pokémon apareceu ao seu lado oferecendo cuidados ao seu Tepig que estava um pouco ferido por causa da batalha e fora da Pokébola o tempo todo. Ela pediu então que Drake colocasse Tepig novamente para poder cuidar dele e o obrigou a deixá-la levar Miruhog também, mesmo que contra a vontade de Drake. Ele então ele resolveu passar a noite por lá, parecia ser um local bem quentinho e não tinha perigo de pegar resfriado aquela noite. No dia seguinte Drake partiu cedo de Karakusa, ele não queria ficar naquela cidade que não tinha nenhum desafio interessante como Ginásio Pokémon ou treinadores qualificados, mas a próxima rota parecia ser bem interessante. A quantidade de Pokémons selvagens na Rota 2 era bem maior que na Rota 1, então ele resolveu passar o dia por lá treinando Tepig, que derrotava todos os adversários. De longe ele viu o mesmo garoto que estava acampando na porta do laboratório da Professora Araragi no dia anterior caminhando com a cabeça baixa e até pensou em desafiá-lo, mas desistiu quando viu um Mamepato maior que o chamou a atenção para uma batalha.

Depois de quase um dia inteiro de lutas Drake resolveu seguir sua jornada e continuou caminhando, aquele dia já estava acabando quando ele parou embaixo de uma árvore ainda na Rota 2 para acampar com Tepig, era uma noite linda. Eles dois passaram a noite vendo estrelas e continuaram com as suas conversas duradouras, Drake falava e Tepig respondia, foi quando Drake se lembrou de Miruhog.

- Sabe Tepig, não sei se devo jogar esse Miruhog no rio, a Professora me disse que todos os Pokémons são bons, e não existe Pokémon melhor ou pior que outro, a Enfermeira do centro também ficou enchendo o saco com isso, disse que todos tem seus pontos positivos e negativos, não que eu ache que você tenha pontos negativos amigo. – Ele falava deitado olhando para o céu ao lado de Tepig.
Tepig então disse algo, nada que desse para entender, mas para Drake foi o necessário.

- Você acha mesmo amigão? Bem, se você acha que é o certo eu jogo ele no rio amanhã mesmo, ele mereceu, espero que saia da Pokébola e se afogue. – Dizia Drake enquanto ria com Tepig que não entendia, mas achava tudo engraçado.

Eles passaram a noite conversando, quando ambos caíram no sono. Dessa vez a noite durou pouco, antes mesmo de o Sol nascer direito Drake foi acordado, dessa vez por alguém gritando. Ele esfregou os olhos, olhou para Tepig dormindo no chão e se espantou ao ouvir um garoto gritando por socorro, ele então correu deixando Tepig descansando e foi ver o que estava acontecendo. Não muito longe dalí ele encontrou um garoto que gritava enquanto era atacado por Yorterrys e Haderias, uma cena um pouco familiar para ele.

- Parem! – Gritou Drake chamando a atenção de todos os Yorterrys e Haderias.

O outro garoto ficou feliz em ver que teria ajuda, mas os pokémons não ficaram tão felizes assim. Drake estava bastante confiante de que poderia derrubar todos aqueles Pokémons.

- Vocês querem batalha? Então batalhem com quem tem um Pokémon que pode derrotá-los. – Drake falava enquanto procurava por Tepig.

Foi nesse instante que ele se lembrou que deixou Tepig dormindo na barraca. Drake começou a ficar com medo quando os outros Pokémons pareciam esquecer-se do outro garoto e se dirigirem a ele. Foi quando Drake se lembrou da Pokébola de Miruhog que estava com ele, era a única alternativa naquela situação.

Continua...
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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeTer 4 Jan 2011 - 6:15

6. O Lobo do Homem

O dia mal estava começando e as pessoas já estavam passeando pelas ruas de um velho vilarejo ao qual todos conheciam como Cidade de Violet, a maioria dessas pessoas, no entanto eram turistas que vinham para a cidade apreciar as belas obras arquitetônicas. As estreitas ruas daquele pequeno vilarejo estavam cheias deles, tirando fotos, passeando, visitando locais antigos, que eram bem comuns por lá, pareciam não se importar com o inverno que estava chegando mais cedo aquele ano.

Poucas pessoas moravam ali de fato, o que podíamos ver ao norte era uma velha torre chamada de Torre Sprout, o local mais visitado do vilarejo, além disso, existem por lá enormes lagos que são repletos de pokémons, uma visão realmente linda do mundo natural perto de obras lindas feitas pelos homens. As calçadas eram de pedras uniformes belamente trabalhadas por diversos artistas que fazem daquelas ruas uma obra de arte, todas bem colocadas num trabalho magnífico. Uma residência nesse vilarejo custa muito caro, então a menos que a pessoa tenha recebido a casa de herança dos ancestrais, precisava ser muito rica para morar ali. Ao leste e oeste ficam as poucas residências e hotéis que também fazem parte do patrimônio cultural de Johto e ao sul existe uma trilha que leva a uma velha construção chamada de Ruínas de Alph, um verdadeiro marco arqueológico e segundo local mais visitado pelos turistas que se hospedam na cidade.

Um desses turistas chama-se Steve, aparentemente um senhor de 45 anos que não possui amigos, totalmente recluso e misterioso. Ninguém sabe ao certo informações sobre ele, mas o que se via era uma aparência monstruosa. Seu rosto tem várias cicatrizes, como se ele fosse sobrevivente de uma guerra, um de seus olhos era de vidro, seus cabelos eram grisalhos, suas roupas remetem a mais fina alfaiataria européia, sua perna esquerda não tinha o menor movimento e parecia dura, quando ele caminhava usava uma bengala toda em ouro, parecia incrivelmente rico e sua única companhia era uma garota, não se sabe ao certo o grau de parentesco entre os dois, mas podem ser pai e filha. A garota chama-se Janet, mas ela era totalmente diferente dele, a única semelhança entre os dois era o ar misterioso, ela tinha um semblante frágil, seus olhos azuis como piscina e cabelos loiros a deixavam sempre brilhando como uma estrela, suas vestes eram modernas, algo que se compraria em uma boutique chique de Goldenrod, seu corpo magro e boa altura lhe proporcionariam um título de Miss Johto ou quem sabe Miss Universo se ela quisesse . Os dois não estavam hospedados em Violet por acaso, o velho Steve era na verdade um colecionador de Pokémons e somente um deles faltava para sua coleção Kanto/Johto, o misterioso Unown.

Janet era incrivelmente informada, todos os 250 pokémons obtidos por Steve foram capturados por ela, ela foi capaz de encontrar as aves lendárias de Kanto, o lendário pássaro Ho-Oh, o misterioso Mewtwo e até viajou para a selva Sul-Americana atrás do poderoso Mew, com êxito, então para ela um mero Unown seria a peça final e mais fácil do tabuleiro de Steve. Janet nunca revelou o que ganhava em troca das capturas, o mais provável é que ela capture todos esses pokémons para Steve por gratidão, ele pode não ser o pai dela de sangue, mas foi quem a acolheu quando fora abandonada ainda bebê.

A história de Janet é bem confusa e tudo o que ela sabe é a versão contada por Steve. Segundo ele Janet foi abandonada pelos pais ainda bebê, jogada em uma lata de lixo próxima a residência de Steve em Kanto. Nesse mesmo dia os empregados de Steven ouviram o choro de bebê enquanto despachavam o lixo e a recolheram entregando-a aos cuidados dele.

Janet era uma treinadora Pokémon cruel, e se considerava a melhor de todas. Alguns de seus pokémons eram roubados e sua ultima aquisição foi um Eevee que ela treinou até evoluí-lo. Seus tratamentos com os Pokémons não eram os melhores, mas todos pareciam amá-la.

Steve e Janet chegaram nas Ruínas cedo e já estavam caminhando há alguns minutos pelos úmidos templos das Ruínas de Alph, os grandes corredores eram sujos e quase sem luz, eles mal viam um palmo a frente do nariz, mas Janet parecia enxergar no escuro e viu algo passar por eles.

- Ouviu isso Steve? Acho que achamos nossa presa do dia. – Falava Janet enquanto fazia sinal para Steve parar.

Steve parou e jogou um aparelho nas mãos de Janet.

- Se eu soubesse o quanto era emocionante achar esses pokémons já teria vindo com você antes nessas viagens, mas infelizmente esse é o meu último. Tome isso, ligue o rádio, pode ser que te ajude. – Falava ele enquanto jogava o aparelhinho para Janet.

Janet pegou o aparelho e colocou na sua bolsa fazendo gesto negativo com a sua cabeça.

- Não preciso de Pokégear, nem de usar radiofrequência para capturar essa porcaria. Veja e aprenda Steve. – Ela falava enquanto caminhava pela ponta dos pés.

Ela então fez novamente o sinal para Steve parar. Nesse instante colocou uns óculos escuros no rosto, pegou duas Pokébolas do bolso e as jogou no chão.

- Rápido Celebi use o Flash, Umbreon um super Dark Pulse! – Ela gritava enquanto as Pokébolas rolavam no chão e libertavam Celebi e Umbreon.

Nesse momento uma enorme luz emitiu de Celebi ofuscando a visão de todos e revelando diversos Unowns que estavam em volta, que antes mesmo de se defenderem foram atacados fortemente pelo Dark Pulse do Umbreon. Enquanto os Unowns caiam no chão, Janet jogava as Pokébolas, capturando um por um. Por fim ela chamou seus Pokémons de volta e pegou a Pokébola dos Unowns no chão.

- Como você sabia que eles estavam em volta? – Perguntou Steve surpreso.

Janet então jogou as 7 Pokébolas com Unowns para Steve.

- Instinto. Pode pegar essas porcarias e vamos sair daqui que já cansei. – Ela falava enquanto se dirigia a saída.

Steve a seguia, mas como era mais lento não conseguia alcançá-la.

- Você não vai querer um deles pra você? – Perguntou Steve em tom de ironia.

Janet sem ao menos se virar falava enquanto saía daqueles corredores sujos.

- Você sabe mais que eu que essas porcarias só servem para serem vistos dentro das jaulas do seu castelo. – Ela falava já saindo.

Os dois saíram e se dirigiam para Violet novamente enquanto Steve ligava de sua Pokégear para alguém. Derrepente surgiu um helicóptero muito bonito no céu que desceu e os levou. O helicóptero era enorme e havia várias coisas dentro. Janet sentou-se e começou a conversar com Steve.

- Satisfeito? Agora você tem todos os 251 Pokémons, agora pode apreciá-los enjaulados. – Ela falava enquanto pegava um refrigerante na bolsa.

Steve ria com um sorriso feio, apesar de rico seus dentes eram feios e mal cuidados, ele parecia ser um louco que vivia a vida colecionando Pokémons sem se importar com aparência ou outras coisas.

- Sabe querida, desde o dia em que fui atacado por um Gyarados e perdi o movimento das pernas e um olho, sonho com o dia em que teria todos os Pokémons para mim, nenhum outro colecionador do mundo tem uma coleção tão ampla, tenho desde um Cartepie idiota a um Lugia poderoso, provei que todos são inferiores a mim e adorarei vê-los todo dia enjaulados, até empalharei alguns quando morrerem. – Falava Steve enquanto passava a mão em sua bengala num sentido de vai e vem.

Janet riu e continuou com seu pensamento.

- Sabe Steve, acho sua coleção uma porcaria! – Ela falava rindo.

Steve olhou para ela com uma cara de fúria, seu rosto começou a ficar vermelho e ele começou a gritar cuspindo em Janet.

- Como ousa dizer isso sua garota insolente?! Você quer que eu te jogue de cima desse helicóptero? – Ele falava furioso

Janet então parou de rir e tentou se explicar.

- Menos Steve, só gostaria de saber o que você fará com um Magikarp. Sabe, a sua coleção não é nada interessante, você deveria me fazer gastar meu tempo com coisas mais interessantes, digo, você deveria ter uma coleção somente de Pokémons lendários, já pensou nisso? – Ela falava agora com um pouco de medo de ser atirada do helicóptero.

Steve então se acalmou, voltou a cor original de seu rosto, passou a língua sob o lábio superior e ficou em silêncio durante dez segundos, um tempo que parecia infinito para Janet.

- Sabe querida, sempre soube que você parecia comigo, mas não sabia que tanto. Você é tão ambiciosa quanto eu. Para que eu perdi tanto tempo com aqueles lixos? Você me deu uma boa idéia. Minha coleção não acabou, vamos agora para o castelo guardar esses bichinhos e amanhã te dou uma nova missão.

Eles então seguiram para o castelo de helicóptero, o piloto parecia não ouvir nada da conversa, na verdade era só um contratado para aquele momento.

Depois de algumas horas Steve e Janet finalmente chegam ao castelo, uma construção realmente enorme, do tamanho de uma cidade talvez. O castelo e todo o seu entorno teriam talvez 20 quilômetros quadrados e ficava ao norte de Johto em uma região não habitada. Eles então entravam pela entrada principal enquanto contemplavam os lindos jardins cuidados pelos diversos funcionários de Steve que moravam lá, nos jardins pokémons como Butterfrees e Oddishs passeavam e desfrutavam das lindas fontes artificiais construídas por ele, parecia um paraíso. Dentro do castelo existiam mais de 100 cômodos, tudo muito bonito e em um desses cômodos ficavam as jaulas com os 250 Pokémons, agora 251. Quando Janet capturava mais de um mesmo tipo de Pokémon nas expedições, o que era raríssimo, Steve os oferecia a ela e vendia os que sobravam por altos preços, Janet até hoje só aceitara apenas dois, os demais Pokémons dela foram roubados ou capturados por ela durante as expedições para uso próprio.

Já era noite quando Janet e Steve se encontraram novamente na enorme sala de jantar. O jantar era maravilhoso, parecia que seria servido para 20 pessoas, mas era apenas para os dois. Janet não fez cerimônia e começou a comer, quando foi interrompida por Steve.

- Que maneiras são essas, garota? Não vai agradecer ao criador pela refeição? – Ele falava em um tom irônico típico dele.

Janet ainda com a boca cheia respondeu:

- Claro que não, e se você se refere a Arceus novamente saiba que eu já tentei e é impossível capturá-lo.

Steve riu, pegou um livro que estava escondido em suas pernas, abriu em cima da mesa e continuou.

- Sabe qual o seu maior defeito? Falta de imaginação, de ousadia. Minha nova coleção incluirá lendas. Lendas como Mew, Ho-Oh e Lugia que já possuo, mas também lendas como Arceus que ainda não possuo. – Ele falava cortando um enorme pedaço de carne.

Janet então engoliu tudo o que tinha na boca, tomou uma água e olhando bem para o rosto feio de Steve respondeu.

- Não seja louco, sou a melhor do mundo, mas não sou capaz de te trazer Arceus. – Respondia ela um pouco irritada.

Steve então bateu a mão na mesa e a encarando com o olhar de vidro penetrante prosseguiu seu raciocínio.

- Não existem limites para Steve e não deveriam existir para você. Mas no momento não quero Arceus, meus planos são mais simples, mas não deixam de ser ousados. – Ele falava seriamente.

Janet então parou de comer e começou a prestar atenção no plano do velho.

- Você me abriu os olhos, esses Pokémons, por mais lendários que sejam, são muitos comuns. Eu agora só quero Pokémons únicos. Eu quero Pokémons que juntos formem um só. Nesse livro falam sobre a lenda de dois Pokémons que juntos formam a balança que rege o mundo. Eles são encontrados longe daqui, em Unova.

Janet começou a ficar interessada no assunto, mas também desconfiada.

- Dois Pokémons que juntos formam um só? Parece algo bem poderoso, mas Unova? Não fica muito longe daqui? E o que te leva a crer que isso não é só lenda? – Falava Janet com as mãos em baixo do queixo.

Steve então se levantou furioso e começou a andar em círculos.

- Ho-Oh era uma lenda antes de Steve, Lugia era uma lenda antes de Steve, as aves lendárias de Kanto eram lendas antes de Steve, as três bestas lendárias de Johto eram lendas antes de Steve. Com esses dois não será diferente. E se comparado a America do Sul, Unova é bem aí do lado. Não ponha obstáculos, te entregarei o livro e amanhã mesmo você viajará para Unova.

Janet não questionou, ela estava mesmo afim de desafios. Eles então terminaram o jantar. No final Steve entregou o livro para Janet e subiu para o seu quarto deixando Janet sozinha na sala de jantar com o livro. Ela então abriu o livro e começou a lê-lo, a história ficava mais interessante a cada linha e parecia impossível parar de ler. Ela então pegou o livro e foi para um dos diversos quartos vazios do local.

A noite passava e Janet parecia não estar cansada de ler aquilo, ela ficou impressionada em saber o quanto esses dois pokémons eram legais, era algo que ela não conhecia, então o desafio tomou ares de aventura.
Pela manhã os dois pegaram um carro e seguiram para um aeroporto feito dentro da propriedade de Steve, os dois conversavam muito sobre os Pokémons lendários na viagem.

- Nunca estive tão excitada por uma caçada assim antes Steve. – Falava Janet bastante empolgada.

Steve riu.

- Sabia que você adoraria ler a história, está aí mais uma de nossas semelhanças, a curiosidade pelo desconhecido. Bem querida, quais Pokémons está levando para essa jornada? – Ele falava enquanto observava sua enorme propriedade.

Janet então pegou a bolsa e mostrando as Pokébolas para Steve apresentou seus Pokémons.

- Bem, vou levar os mesmos de sempre, Hitmontop, Celebi, Umbreon e Articuno. Por quê? – Ela mostrava para ele um pouco desconfiada.

Steve então fez uma careta estranha e respondeu.

- Por nada querida. Mas você sabe que é a melhor né? Por que carregar essas porcarias como Hitmontop e Umbreon? – Ele perguntava limpando o dente com a unha de um modo nojento.

Janet pareceu ter se irritado com o comentário.

- Meu Hitmontop não é porcaria e vale mais que qualquer Pokémon seu e você sabe disso, capturei quase todos eles usando o Top. Ele está comigo desde criança, foi o único que não joguei fora. O Umbreon tem um valor sentimental pra mim que prefiro não explicar.

Steve só fez uma careta e apontou para o horizonte indicando o aeroporto que estava em frente. Eles então desceram do carro e Janet se dirigia para o avião que estava a espera carregando apenas uma mochila nas costas e uma nécessaire. Antes de ela entrar no avião Steve a entregou um pacote com dinheiro que daria para ela sobreviver durante três anos, um mapa e as instruções do que fazer.

- Querida, você já viajou sozinha diversas vezes, desde que tinha 12 anos de idade, mas diferente da America do Sul, Johto ou Kanto você vai andar por cidades grandes e os Pokémons podem estar por toda região de Unova. Você aterrissará em Fukyiose e deverá pegar um transporte para a Cidade de Castelia¹ onde encontrará um especialista no assunto que já contatei ontem à noite. Entregue esse pacote a ele. – Falava Steve enquanto entregava outro pacote a Janet.

Janet então fez sinal positivo para Steve e subiu no avião. Ela não disse adeus ou fez qualquer gesto que demonstrasse carinho ou intimidade entre eles. O avião havia decolado quando Steve fez outra ligação da Pokégear, dessa vez para o especialista de quem ele falava.

- Alô!? Sou eu, o Steve... o sinal é um pouco ruim pela distância, mas vamos logo ao ponto. Já a coloquei no avião. Tome cuidado, ela é muito traiçoeira. Acompanhe-a durante a expedição e quando ela conseguir capturar os Pokémons trate de pegar logo as Pokébolas deles e me trazer aqui pessoalmente de avião. O que fazer com ela? Percebi que ela estava interessada demais nos meus brinquedos, então se puder... Mate-a!

Muito longe dalí, no meio do oceano, mas também rumando a Unova estava um garoto triste e solitário chamado Rascal, ele entrara num navio em busca de um amigo que lhe foi roubado. Já haviam passado algumas semanas desde que Rascal saiu de Olivine no navio do bom Senhor Tonny, que já não era mais tão bom assim. O senhor carinhoso deu espaço a um velho ranzinza, rancoroso e explorador que obrigava Rascal todo dia a limpar o navio e a batalhar contra a vontade dele, mas para o pobre garoto aquilo não importava, ele estava atrás da garota que o roubara e iria até o fim do mundo se fosse preciso.

Continua...

1 Hiunn City


Última edição por jardeson em Qua 5 Jan 2011 - 1:03, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitimeTer 4 Jan 2011 - 9:33

Bom Dia!!

Cara malz não ter comentado antes.Mas agora eu vim né?xD Bão o capítulo ficou muito bom, só achei um pouco desorganizado a disposição do texto, principalmente no começo, ficou tudo muito grudado e desorganizado.Achei que a sua descrição melhorou.A narração tá ótima, a história está bem interessante, e criativa, parabéns.Nenhum erro de português, muito bem!O tamanho do capítulo ficou bom, na medida, nem muito grande nem muito pequeno.Enfim, fica a dica, organize mais o texto, não deixe tudo grudado a descrição melhorou, mas pode mais.Bom é isso parabéns pela fic ^^

Aguardo um novo capítulo ;D

Até mais.
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MensagemAssunto: Re: The Darkside   The Darkside Icon_minitime

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