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Pra quê aulas de português?

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Mensagem por Fernandinand Ter 20 Set 2011 - 13:04

Fale a verdade: você também detesta as aulas de Língua Portuguesa. Se não detesta, pelo menos um dia na vida já se pegou olhando para a lousa verde na sua frente (cheia de orações subordinas objetivas diretas reduzidas de infinitivo ¾ ufa!) e pensou com seu zíper: pra que raios eu tenho que aprender isso tudo se eu já falo essa de droga de Português?

Eu sei, eu acertei, e agora você, amante do mundo das fanfics, não consegue mais suportar a existência desta sua segunda personalidade odiadora de Gramática e Redação. Calma. A língua pode ser vista como uma coisa muito mais bonita e fácil de lidar, e eu vou te mostrar como.

É certo que todos nós aprendemos a falar quando pequenos. Você ouve sua mãe dizendo coisas ridículas como "cadê o nenê, cadê?" todos os dias desde que nasceu; seria impossível não assimilar uma língua depois de tanta insistência. Por causa disso, passamos a ver a língua como algo óbvio e natural, e não temos que pensar antes de falar qualquer coisa.

Viajar pela língua é inconsciente. Você sabe muito bem que deve cumprimentar o chefe do seu pai com um "Tudo bem com o senhor?" e que deve pular no seu melhor amigo com um "E aí, cara, beleza?". Colocar bem as palavras dependendo do lugar onde estamos e da pessoa com quem conversamos é algo que a sociedade exige e, poxa vida, nem enxergamos esta regra porque ela vem a nós espontaneamente.

Se existe uma necessidade de se adequar a língua falada, por que isso não valeria também para escrita? Mas vale, é lógico! Não se lê uma carta do mesmo modo que um artigo de jornal; não se escreve uma fanfiction do mesmo jeito que uma conversa no MSN. Existe uma certa conduta esperada pra cada tipo de texto: para as dissertações, para os contos, para quadrinhos, para bilhetes, para currículos...

Para nos guiar e nos ajudar a adequar a linguagem da melhor maneira, conhecemos na escola uma velhinha chata e birrenta, que todo mundo odeia: a dona Norma.

Dona Norma Culta!

Mas eu te digo, meu querido leitor, ela é muito útil e necessária, e torna tudo o mais muito mais organizado, sistêmico e — certamente! — natural. Quer ver?

[indent](trecho 01)[/indent]- Harry.. ela disse com as bochechas vermelhas e com, os cabelos despenteados não sabia onde olhar. Porque você não voltou ?
Hermione não tinha como saber mais Harry naquele instante passava por um doloroso conflito interior ,ele queria ter voltado antes mais não tinha coragem porque sabia que se voltasse Hermione ia correr grande risco de vida por sua causa mais ele não agüentou muito porque hermione era sua razão de viver
- eh difícil explicar ele falou com lágrimas nos olhos.


[indent](trecho 2)[/indent]— Harry... — ela disse, com as bochechas vermelhas e os cabelos despenteados. Não sabia onde olhar. — Por que você não voltou?
Hermione não poderia saber, mas, naquele instante, Harry passava por um doloroso conflito interior. Ele queria ter voltado antes, mas lhe faltou coragem; jamais poderia permitir que Hermione tivesse a vida em risco, ainda mais por sua causa. Não foi capaz de agüentar por muito tempo, no entanto; aquela garota, seus cabelos avermelhados e seu sorriso, eram sua razão de viver.
— É difícil explicar — ele falou, com lágrimas nos olhos.



Apesar da idéia dos dois trechos desta suposta fanfic de Harry Potter ser a mesma, os jeitos de se contá-la foram diferentes.

O primeiro está embolado e confuso: a indecisão com a pontuação não nos ajuda a saber quando há respiração, narração ou diálogo, e tudo muito junto nos cansa e nos desanima (não é mesmo?). Eu particularmente sinto um descaso com o texto: as palavras estão jogadas, escritas de qualquer forma, repetidas sem revisão. A importância se perde.

O segundo está levemente alterado, e o fiz assim com a intenção sincera de mostrar que um texto só funciona com o mix da escrita apropriada junto com a consideração, por parte do escritor, com relação à escolha das palavras e seus lugares (o que vale é a intenção; porque saber escolher certo, oh, bem, infelizmente é uma qualidade que eu posso atribuir somente a poucos merecedores) — e assim ele se torna muito mais agradável e suave.

Por isso que temos aulas de Português na escola, oras: para aprendermos a usar a língua nas diversas situações que vamos enfrentar, seja para ir bem em uma avaliação, seja para escrever um texto de impacto. Mas a grande questão não é vangloriar a Norma Culta, de jeito nenhum! É, sim, adequar a linguagem dentro do texto, sabendo quando e como usar a variedade padrão, a coloquial, a oral etc. É pular de um para o outro da maneira certa no momento certo, para tornar a escrita tão natural quanto o oral.

A proposta destes artigos que vocês encontrarão ao longo das próximas semanas é exatamente essa: abrir discussões dos modos de usos das variedades (onde é que põe aquela vírgula?e o travessão, precisa?posso colocar um emoticon aqui?não consigo fazer aquela descrição!), trazendo conceitos de Gramática e Redação (e por que a rejeição da aula de Português? A língua faz parte de nós!) para que possamos estar cada vez melhores naquilo que sabemos fazer de melhor: escrever!


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