Pokemon Delta

Barrokinio muito boa sua Fanfiction. Você descreve muito bem. Erros não vi nenhum. História interessantissima. Personagens legais. Vou acompanhar. Espero o próximo Cap.

Difanatico>

Spoiler:

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Os Ninjasks estavam cada vez mais próximos das duas que por sua vez não sabiam o que fazer. Mya escondia Shinx em seus braços temendo pelo pequeno foi ai que Nora retomou o controle do seu corpo e pegou a pokebola que estava em seu cinto e atirou a sua frente liberando o Pokémon planta que a ajudara a cuidar do jardim minutos antes.

- Oddish, eu escolho você! – Pokémon planta fitou furiosamente os três inimigos. – Use o Pó do Sono!

O Pokémon planta começou a balançar suas folhas freneticamente liberando assim um pó azulado. O pó envolveu o trio de insetos, mas o efeito não foi o esperando. Mesmo estando envolvidos pelo pó os pokémons se quer se mexerem e as suas asas se movimentavam rapidamente afastando-o.
Eles voaram alto e depois mergulharam se preparando para um ataque ao pequeno pokémon. Os três Ninjasks usaram o ataque socos de fúria sem piedade em Oddish que caiu inconsciente no último golpe.

- Oddish! – Nora mirou sua pokebola no seu pokémon e o chamou de volta. – Mya, você precisa fugir.

Mya apertou os olhos ao ver os inimigos avançando ferozmente em sua direção até ouvir uma voz masculina vindo de trás. Abriu os olhos e girou encontrando um rapaz que usava vestimentas avermelhadas e jogava uma pokebola para cima e depois a apanhava.

- Pidgey, use a Ventania!
- Pidge! – Um pokémon pássaro saiu da pokebola e voou logo em seguida na direção dos insetos parando bem perto deles.

Pidgey começou a balançar suas pequenas asas, mas acabou criando rajadas poderosas e constantes de ventos. Os Ninjasks sentiram a potência do ataque e recuaram um pouco apenas para voltar com uma investida no pokémon, mas pareceu que tal ação já era esperada pelo treinador misterioso que mandou no mesmo instante seu pokémon usar a evasiva em seguida usou o redemoinho que atingiu todos de uma única vez jogando-os para diferentes lados inconscientes. Mya sorriu aliviada, não só pelo garoto misterioso ter ajudado a derrotar os Ninjasks, mas também porque poderia finalmente levar o pequeno Shinx para a cidade e cuidar de seus ferimentos. A jovem de cabelos cor de rosa saiu correndo sem ao menos agradecer pela ajuda deixando isso para Nora fazer.

- Desculpe minha amiga, e que ela quer ajudar muito esse pokémon. – Nora falou cruzando os braços.
- Eu entendo como ela se sente, a propósito meu nome é Kenny e você é?
- Nora, e aquela que saiu correndo se chama Mya.

Mya corria desesperada pela floresta desviando de raízes e pedras que encontrava no caminho até finalmente ver no final da trilha a entrada para a cidade de Hallia. Suspirou aliviada e olhou para o Shinx em seu colo. Ela voltou para a cidade gritando por ajuda e chamando a atenção de quem estava próxima. Um senhor mais velho se aproximou avisando que tinha noções básicas de primeiros socorros. Pegou o injuriado Shinx do colo da menina de cabelos cor de rosa e levou para dentro de sua casa.

- Espero que ele fique bem...

Alguns minutos depois Nora voltou para a cidade acompanhada do rapaz misterioso, pelo menos para Mya. Kenny nunca havia estado em uma cidade tão pequena como Hallia, a cidade de Kenny deixava a pequena Hallia no chinelo. Os dois se aproximaram de Mya que estava muito preocupada com o pequeno pokémon.

- Você conseguiu alguma ajuda? – Perguntou Kenny sem nenhuma alteração na sua voz. – Mya, esse é seu nome certo?
- Mya, esse é o Kenny.
- Obrigado por ter nós ajudado! Quem sabe o que poderia ter acontecido com ele! – Falou a menina sorrindo aliviada.
- Devia mesmo me agradecer, tome mais cuidado com seu pokémon e não lute batalhas que não pode vencer. – Falou Kenny em um tom ríspido.

O sorriso de minha rapidamente desapareceu com a resposta grosseira do rapaz e olhou para ele com um olhar de irritado. Mya nunca gostou de levar sermões, nem da própria mãe. A jovem contou de um a dez em sua mente para não bater no rapaz que estava a poucos metros dela. Respirou fundo e pensou em uma resposta a altura.

- O que foi que você disse? – Falou Mya controlando o tom da sua voz para não demonstrar a raiva na mesma.
- Isso que você ouviu. Como treinadora você falhou por deixar seu pokémon nesse estado.
- E quem você pensa que é pra me dizer isso?! Só porque você me salvou não quer dizer que tem o direito de me dar lição de moral, pra começo de conversa aquele Shinx nem meu é! – Ela não se segurou e deixou que a raiva tomasse conta do seu corpo.
- Já vi onde isso vai terminar... – Nora conhecia bem o temperamento da amiga e sabia que dos jeitos que as coisas estavam indo isso não iria terminar bem.
- Se não é seu porque você o ajudou? – Kenny cruzou os braços.
- O que? Você não viu o estado daquele pokémon?! Ele iria morrer se eu o deixasse ali!
- Esse é o mundo em que vivemos ora essa! Só os fortes sobrevivem...
- Garoto qual o seu problema?!
- Acho que eu deveria fazer essa pergunta pra você.

Mya deu dois passos, aproximou-se do menino levantando as mangas e cerrou os punhos, pronta para fazer com que o garoto insensível engolisse as palavras junto com o soco, que estava pronta para dar, mas Nora interveio ficando entre a jovem e Kenny. A morena disse baixinho no ouvido da amiga.

- Mya, se acalma, agora não é o momento pra você fazer isso...
- Você tem razão... Mas...

O senhor interrompeu a jovem pedindo para que ela entrasse para ver o pequeno Shinx. A menina por um momento esqueceu completamente a raiva que sentia do outro que estava do lado de fora substituindo esse sentimento por preocupação. Os olhos de Nora pareciam estar dizendo para Mya entrar logo antes que Kenny falasse mais besteiras.
O senhor de 40 anos com cabelos já totalmente grisalhos acompanhou a jovem até sua casa. A parte de dentro era tão simples quanto à parte de fora, poucos móveis espalhados pela sala, alguns retratos nas paredes de possíveis parentes do senhor e havia uma porta de madeira que deveria levar a um banheiro. Na cama do homem havia uma pequena criatura que dormia calmamente, era Shinx agora com algumas ataduras em suas patas.

- Você tem sorte de ter achado esse rapazinho! Quem sabe o que poderia ter acontecido com ele. – Falou o senhor coçando sua barba branca.
- Obrigada! Obrigada mesmo. – Mya se voltou para o senhor tentando lembrar seu nome, por Hallia ser pequena todos se conheciam. – Me desculpe, mas eu não lembro o seu nome.
- Ah! Eu me mudei há algumas semanas pra Hallia, meu nome e Renê e você é?
- Mya... – Ela sorriu e voltou a olhar para Shinx fazendo carinho nos pelos negros do pokémon felino, nisso ela pareceu levar um leve choque. Deu uma risada baixinha com o ocorrido e voltou a olhar para o homem. – Ele vai acordar quando?
- Creio que dentro de uma ou duas horas. – O senhor pegou uma coleira que tinha um pequeno cartão preso. O cartão dizia: Propriedade da Equipe Zeta. – Eu achei isso daqui enquanto estava cuidando dele.
- Equipe Zeta? Que equipe é essa? – Perguntou Mya pegando a coleira.
- Eu ia te perguntar o mesmo, mas sejam quem for deveriam estar tratando esse pokémon muito mal... Enquanto examinava ele eu vi sinais de queimaduras pelo corpo desse pequenino.
- Meu Deus... Mas... Que tipo de pessoa seria tão cruel pra fazer isso com um pokémon?
- Vamos esquecer isso, por enquanto. Sabe, eu ficaria agradecido se você levasse esse Shinx pra sua casa!
- Pra minha casa? – Perguntou assustada. – E-eu não sei se posso fazer isso... Minha mãe não vai deixar.
- Vamos, Mya, um velho como eu não vai conseguir cuidar desse Shinx.

Apesar de relutante ela acabou por concordar com o senhor. Foi até o pokémon elétrico e o pegou no colo. Ela deu um último sorriso para o senhor e saiu dali encontrando apenas Nora. A morena sorriu para a menina e se aproximou para ver o Shinx que em seu colo estava.

- Então... Vai ficar com ele? – A esperança estava evidente na voz de Nora.
- Sim. – Mya olhou para Shinx nesse instante.

Nora ficou muito feliz com a resposta e fez carinho no Shinx, mas logo lembrou de que havia deixado seus irmãos sozinhos sobre a vigilância de Lucy que convenhamos que não era a melhor babá do mundo, pois se distraia com facilidade. A treinadora de Oddish abraçou a amiga desejando sorte com o Shinx e saiu correndo na direção da sua casa.
Mya tratou de logo ir pra casa. Ela ainda pensava na crueldade de alguém quando fez isso com Shinx e ainda o abandonou na floresta a mercê dos pokémons selvagens. Chegando em casa ela viu sua mãe sentada em uma cadeira de balanço tendo uma “conversa” com sua Marill. Lily ficou surpresa ao ver o Shinx no colo de sua filha.

- Isso é um Shinx? Eu só pedi pra você ir pegar algumas coisas na casa do Leon e não um pokémon. – Lily brincou.
- Marill ma! – Disse Marill.

A jovem de cabelos cor de rosa suspirou e começou a contar toda a história de como Leon não estava em casa até o ataque dos Ninjasks e sua mãe ouvia tudo bastante interessada, dizendo: “Sério?” ou “E aí?”. Quando Mya terminou de contar Lily tirou Shinx do seu colo e o levou para dentro onde o deixou deitado sobre o sofá.

- Ele é muito bonitinho, minha filha! Eu ainda estou chocada com essa tal de equipe Zeta, eles realmente fizeram isso com ele?
- Eu juro mãe!
- O que pretende fazer com ele?
- Bem... Eu pensei em ficar ele.

Lily olhou para Mya tentando assimilar o que a filha acabava de dizer e ficou meio surpresa com isso.

- Ficar com ele? Até hoje de manhã eu pensei que você não gostasse deles.
- Eu não disse que não gostava!

A mãe de Mya deu uma risada gostosa e contagiante. Antes de poderem continuar a conversa a mais velha ouviu o som de alguém batendo na porta, sorriu ao abrir e ver Leon, mas o mesmo não parecia trazer notícias agradáveis. Leon devia ser mais velho que Lily, tinha bigode e seu cabelo um pouco grisalho era baixo como se fosse um militar, tinha um corpo forte, parecia ter hábitos saudáveis assim como sua filha Nora. O loiro colocou um papel sobre a mesa da sala em que Mya e seu novo amigo estavam e se sentou fazendo um gesto para que a outra lesse o documento. Lily pegou o papel e seus olhos de um instante para outro começaram a transmitir um misto de tristeza e raiva.

- 950 mil!? Como assim?! Esse terreno não vale tudo isso! – Falou Lily pressionando os dedos no papel.
- Foi assim que reagi quando vi o preço, mas o dono do terreno disse que se nós pagarmos ele pode fazer com que ele volte a ser nosso... Temos até dezembro pra pagar.
- Não temos condições! Mesmo que todos da vila ajudem não iremos conseguir nem metade disso, a renda da vila é baixa, Leon.
- E você acha que eu não sei disso?

Mya sentia a frustração de ambos pairando pelo ar, alguma coisa dentro dela dizia que ela poderia fazer a diferença e que podia ajudar a conseguir o dinheiro. A menina tentava ao máximo pensar em alguma coisa e depois de vários minutos a única coisa que veio a mente foi: “A Liga Delta”. A propaganda da liga veio à tona na cabeça da menina... “O prêmio de 700.000...”. Mya viu ali a chance de ajudar.

- Eu posso conseguir o dinheiro pra vocês! – Exclamou a jovem sendo fuzilada pelos olhares incrédulos dos dois adultos.
- Do que você esta falando, Mya? Como você pensa que pode conseguir esse dinheiro? – Perguntou Leon agora em pé.
- A liga delta! O campeão ira ganhar um prêmio em dinheiro de 700 mil!

Lily não podia acreditar no que a filha estava dizendo, colocou a mão na testa e respirou fundo. Fitou sua filha com um olhar de preocupação.

- Mya, você não tem condições de entrar na liga. Você terá que viajar pelos 5 continentes daqui! Nem pokémon você tem.
- Eu tenho o Shinx!
- Mas ele nem sabe que você salvou ele, minha filha. – Falou Lily.
- Mãe... Eu sei que eu posso salvar essa vila... Confiem em mim...

Leon podia ver nós olhos da menina de cabelos cor de rosa e colocou a mão sobre o ombro da jovem o sorriu.

- Bom... Você tem o meu apoio!
- Leon! – Lily disse. – Ela é só uma criança!
- E? Ela não é a única criança nisso!
- Mas... – Lily começou a se convencer e sorriu para a filha. – Acho que estou assim porque você está começando a agir como seu pai. – Uma lágrima brotou no rosto dela. – Nunca pensei que esse dia chegaria... Ainda bem que eu guardei isso...

A mais velha foi até o armário da cozinha e voltou à sala com um baú marrom bastante velho e empoeirado. Mya já tinha visto esse baú muitas vezes, mas não sabia o que tinha dentro. Lily abriu e mostrou para todos, dentro do baú havia 6 pokebolas e o pokedex do pai da jovem.

- Mãe... Esse pokedex... – Ela abriu o aparelho e seu sorriso desapareceu. – Está quebrado! Que diabos eu vou fazer com um pokedex quebrado?
- Ora não me culpe! Culpe o tempo, ele está a mais de um ano sem ser usado é normal que esteja quebrado.
- Aish...

Mais uma pessoa começou a bater na porta e Lily foi atender, para sua surpresa, Nora foi entrando, depois de pedir licença à dona da casa, atrás do pai acompanhada de Kenny. O rapaz que acompanhava Nora ficou surpreso ao descobrir que aquela era a casa de Mya.

- Pai, a Nona caiu da escada e machucou o tornozelo. – Falou Nora se referindo à irmã mais nova de todos. Ela viu as pokebolas na mão da amiga e fez uma cara de espanto. – Não brinca! Isso é uma pokedex? Isso quer dizer que...
- Eu vou partir numa jornada! – As duas começaram a gritar e a se abraçar foi ai que Mya teve uma idéia. – Vem comigo?
- O que?! Nada disso, você é só uma criança, Nora. – Disse Leon.
- E? Ela não é a única criança nisso... – Retrucou Lily relembrando a frase dita pelo senhor minutos antes. – Vamos Leon!
- Bem... Já que você vai com a Mya tudo bem...

Elas voltaram a gritar, mas dessa vez acompanhadas da mãe de Lily. Leon se sentou sorrindo e colocou a mão sobre a testa. Kenny por sua vez não parecia nada contente com a gritaria e se pôs a falar.

- Será que vocês podem parar de gritar um pouco? – Nesse instante Leon notou a presença do rapaz.
- E quem é você?
- Me chamo Kenny, sou um treinador pokémon. – Respondeu com orgulho em sua voz.
- Ei, Mya, bem que o Kenny podia ir com a gente!
- Claro que não! – Disseram Leon e Mya em uníssono.
- É uma boa idéia, Nora. – Disse Lily.
- Mas ele é um garoto! Meninos e meninas viajando não é coisa boa! – Protestou Leon.
- Deixa disso, Leon, já esta mais do que na hora de você começar a confiar na Nora, não acha?

Suspirando e relutante ele acabou por aceitar a proposta de Mya. Ele colocou a mão sobre a cabeça e confessou:

- Se é isso o que você quer... Eu não vou te impedir.
- Obrigada, pai! – Ela abraçou o senhor sorrindo.

Agora era oficial: Mya iria começar uma jornada. Todos, inclusive Kenny, combinaram de partir de manhã cedo, pois assim eles poderiam chegar a Altra antes do anoitecer e assim evitar possíveis ataques de pokémon noturnos. O fato de Kenny ir junto deixava Lily mais calma enquanto fazia com que Leon ficasse com ciúmes da filha. Mas ainda havia um problema: Convencer Shinx que por sinal permanecia a dormir apesar de tanta barulheira.


Já era noite, a notícia de que Mya iria numa jornada se espalhou rapidamente como se fosse um vírus. Todos os habitantes da vila estavam super felizes com a jovem, mas queriam ela o mais longe o possível dali para que começasse a ganhar as insígnias e tivesse a chance de entrar na liga. A jovem treinadora já se preparava para dormir, resolveu passar uma última vez na sala para ver como o Shinx estava.
Ela olhava para o pokémon elétrico pensando até que ele começou a se mexer. Minha ficou feliz ao ver o pequenino abrir os olhos, mas ele pareceu não ter gostado nada da vista. Shinx começou a rosnar para Mya, mas a jovem não se deixou sentir medo e se ajoelhou olhando para Shinx.

- Ei... Eu não vou te machucar. – A menina estendeu a mão na direção do pokémon que permanecia na sua posição de ataque
- Shii! Shix! – O pokémon não tinha ouvidos para a treinadora, a imagem de humanos o mal tratando via a cabeça toda hora. – Shinx!

O corpo de Shinx foi envolvido por uma energia elétrica azul, ele deu dois passos para traz e avançou na direção de Mya. A energia que Shinx havia carregado foi liberada em Mya quando ele a atacou fazendo assim com que ela fosse jogada contra a parede. Shinx ficou ofegante e pulou pela janela da sala indo em direção a floresta.
Mya se levantou com o corpo totalmente dolorido por ter recebido um ataque direto. Ela viu a janela da sala quebrada e percebeu que Shinx havia ido para floresta de novo. Mesmo ele tendo a atacado ela não podia deixá-lo ali novamente. Temendo que a tal da equipe zeta pudesse fazer algum mal a ele de novo Mya se pôs de pé e saiu de casa indo na direção da floresta atrás do pokémon elétrico...

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Era noite, a maioria das pessoas já se preparava para ir dormir, mas Mya estava dentro da floresta tentando achar Shinx. A jovem mal conseguia ver um metro a sua frente, como era noite de lua nova as estrelas com seu fraco brilho seriam as encarregadas da iluminação.

A menina tentava ao máximo desviar dos galhos e pedras que se encontravam no seu caminham, mas era difícil devido à escuridão. Os galhos das árvores mais baixas pareciam estar curvados para baixo dando a impressão de elas queriam agarrar a menina. Cansada, ela resolveu se sentar a no pé de uma árvore grande.

- Shinx cadê você?... – Ela suspirou e se levantou, agora com energia novamente. – Eu vou te encontrar!

O força na voz da menina sumiu no momento que ouviu o ronco de um pokémon e pelo visto deveria ser um dos grandes. Cautelosamente ela rodou a árvore vendo um enorme ser com a forma de urso, ela não sabia dizer qual era exatamente devido a escuridão, mas era melhor não saber o que era.

Quando a jovem estava prestes a ir embora ela pisa em um galho jogado no solo fazendo aquele som de algo quebrando. Apertou os olhos esperando o ataque do pokémon, mas por sorte ele não acordou.

- Ufa! Ainda bem... – Nesse instante o pokémon acordou assustado e quando viu Mya ali ele rugiu. – Essa não!

Ela saiu correndo floresta adentro sendo perseguida pelo pokémon...


Lily estava em seu quarto lendo um bom livro esperando que o sono chegasse logo. Marill olhando fixamente pela janela, contemplando as estrelas.

- Está uma noite bem bonita, não é, Marill?
- Mari, Marill! – A pokémon pareceu concordar com sua mestra.

A moça voltou ao seu livro, mas de repente sentiu uma pontada em seu coração. Marill veio correndo na direção de Lily ao ouvir seu gemido.

- Marill! Marii! Marii! – A pokémon parecia muito assustada.
- Está tudo bem, eu só senti uma dor. – Lily se levantou com a ajuda de Marill e saiu do quarto.

Lily desceu as escadas e foi até a cozinha, quando passou pela sala levou um susto ao ver a janela quebrada tentando imaginar o que poderia ter acontecido ali.

- Mya! Mya! – Gritou pela filha, percebendo que sua filha não estava ela ficou com medo. – Marill vá acordar a Suny e a Julieta!

Marill acenou com a cabeça e subiu as escadas voltando segundo depois com Suny e Julieta que segurava um boneco de um Aipom pela cauda.

- Suny, segure a mão da sua irmã e me siga. – Ordenou a mais velha.
- Tá bom, mãe. – Respondeu Suny sem entender ao certo o que estava acontecendo.

O grupo saiu em disparada na direção da casa de Leon. Na casa do senhor os ânimos estavam um pouco... Agitados. Nora, com sua boa vontade de sempre, convidou Kenny para dormir em uma dos quartos vagos da casa já que na cidade não tem hotéis, todos estavam alegres com a companhia menos Leon.

Os dois, Kenny e Leon, estavam em lados opostos de uma mesinha que estava na sala de estar, no meio deles estava um velho e bom jogo de xadrez. Nora estava com os braços cruzados vendo a competição dos dois, por ordem do pai ela foi forçada a ser a juíza.
Leon moveu a peça com um sorriso no rosto, ele olhou para Kenny e disse orgulhoso:

- Xeque! - Anunciou Leon.

Kenny apoiou a cabeça sobre a mão esquerda e riu debochando do mais velho. Ele moveu uma peça e olhou para Leon.

- Xeque-Mate

Leon arregalou os olhos sem acreditar no ocorrido. Ele olhou para Nora que estava quase dormindo sobre a mesa e vociferou:

- Ele trapaceou! – Falou Leon.
- Pai, anda logo que eu quero ir dormir... – A campainha da casa começou a tocar. Nora ficou amaldiçoando quem quer que fosse. Abriu a porta e viu Lily com lágrimas no rosto. – O que aconteceu, Lily?
- Cadê seu pai, Nora?

Nora apontou para a sala e a mãe de Mya foi entrando sem dar explicações. Leon se levantou ao ver a moça ali e foi para perto dela preocupado, Kenny ficou arrumando o tabuleiro e ficou olhando para Lily.

- O que aconteceu, Lily?
- A Mya... Ela... Ela sumiu!
- O que?! – Disseram Leon e Kenny ao mesmo tempo. – Mas como?!
- Eu acho que ela foi pra floresta, eu não sei, Leon. Você tem que me ajudar! – Era possível sentir o desespero na voz de Lily.
- É claro que eu ajudo!
- Eu também. – Falou Kenny.
- Nora, você pode cuidar da Suny e da Julieta? – Perguntou Lily.
- Sim senhora, acha a Mya, por favor. – Nora pegou as duas meninas pela a mão e subiu as escadas. – Venham que eu vou arrumar um quarto pra vocês.

Os três saíram depois que Leon pegou uma pokebola que estava guardada. Eles ficaram do lado de fora quando o mais velho jogou a esfera vermelha e branca para o céu liberando seu pokémon.

- Bzz! – Um pokémon libélula ficou voando ao redor de Leon.
- Não sabia que tinha um Yanma. - Disse Kenny sem mudar o tom de voz.
- Não é meu e sim da minha mulher, ela sempre deixa uns pokémons comigo quando viaja.
- Bem, acho que o meu também pode ser útil. – Kenny liberou que voou pelo céu e pousou no ombro de seu treinador.

Ambos ordenaram para seus pokémons procurarem por Mya pela floresta e só voltassem quando tivessem a achado. Yanma e Pidgey levantaram voou seguindo para floresta enquanto Lily esperava ansiosa.

Mya corria desesperada pela floresta sendo perseguida por um pokémon que ela identificou como sendo um Ursaring. Sabia que esses eram muito perigosos e violentos, e que um encontro com eles sem nenhuma forma de proteção seria morte na certa. Ela queria pensar em alguma forma de despistar tal pokémon, mas por terem um olfato aguçado era praticamente impossível.

Vendo que mais cedo ou mais tarde teria que enfrentar o inimigo, preferia mais tarde, pois ainda não queria ser morta. Depois de minutos correndo ela viu mais a frente um campo aberto. Havia uma luz forte no local e devido a isso viu melhor a aparência do Ursaring que a perseguia, ele tinha os pelos mais escuros que o normal além de uma cicatriz no olho esquerdo, de qualquer forma ele era assustador.

Quando ele ia saltar em Mya uma esfera de energia negra vem voando e o atinge. O ataque potente o fez voar para longe e cair já inconsciente. A jovem se virou para ver de onde vira ataque de tamanho poder e notou que havia uma camionete estacionada próximo dali, foi à causadora da luz na clareira. Havia uma figura fantasmagórica voando ao redor do automóvel. Com seus conhecimentos limitados ela pode concluir que aquela era uma Misdreavus.

Uma moça de cabelos negros com mechas roxas desceu da camionete. Ele trajava uma calça jeans clara com uma blusa sem mangas listrada. A blusa tinha a letra Z pintada em vermelho, aquela letra a lembrava de algo, mas não sabia o que.

- O que você está fazendo no meio do mato essa hora garota?
- Por que motivo você esta andando com uma camionete no meio do mato?
A outra começou a rir da resposta da menina e quando parou pôs a mão sobre a cintura e inclinou a cabeça depois de olhar para o céu e chamar a Misdreavus que era sua pokémon. Isso se tornou bem obvio quando ela pegou sua pokebola que absorveu o fantasma.
- Se você estiver perdida eu posso te ajudar.
Sem pensar duas vezes a jovem foi para perto da mais velha. Mya sentou no banco do passageiro e elas voltaram pelo caminho que a outra veio.
- Meu nome é Jessica pra qualquer coisa.
- Mya...
- Nome legal. O que você tem na cabeça de ficar andando no meio do mato, sozinha, à noite? – Jessica tinha um sorriso estranho no rosto.
- Eu vim atrás de... Alguém.
- Humpft...

Jessica dobrou na esquerda e chegou então a um acampamento. Havia somente duas barracas uma enorme com a letra Z marcada e a outra menor não tinha muitos detalhes. Jessica entrou na menor e ficou ali por algum tempo. Mya ficou olhando para o céu estrelado até então ouviu o som familiar... O som de um choro familiar... O choro de Shinx.

A menina saiu do carro em um salto e correu na direção do som entrando na cabana maior. A cena que viu a deixou horrorizada. Havia vários pokémons presos em gaiolas, todos gravemente feridos e no centro de tudo havia uma gaiola maior que era onde Shinx estava preso. Ela correu na direção da gaiola e procurou um cadeado.

- Shinx, eu vou te tirar daqui!
- Shii... – Ele estava tão fraco que dessa vez ele mal conseguir responder.
- Não você não vai! – Jessica havia entrado na cabana com um sorriso sádico. – Esse Shinx é propriedade da equipe Zeta.
- Vocês são uns monstros!
- Me diga uma coisa que eu não sei. – Ela ria debochando da cara da mais nova – Se você não sair daqui serei forçada a te tirar a força.
Mya abriu os braços ficando defronte a gaiola e fazendo com que Jessica risse ainda mais alto. Pegou sua pokebola e liberou novamente Misdreavus.
- Que pena, garota... Use a Esfera Negra!
O fantasma criou uma esfera obscura e a jogou sobre Mya. Ela apertou os olhos quando a esfera se aproximou...

Ta muito boas sua fanfic,parabens
So tem uns errinhos de digitação,mas isso é normal.
Quem falar que essa hestoria é clichê é meio louco...

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Spoiler:

Guraena

Spoiler:

SuperPikachu

Spoiler:

Mya apertou os olhos no instante em que Misdreavus disparava sua esfera negra. Era como se o tempo tivesse parado, toda a vida da jovem passava diante de seus olhos em frações de segundos. Sua mãe, suas irmãs... Era o fim... Ela mesma sabia que não iria resistir a esse golpe, viu com seus próprios olhos o mesmo ataque ser usado contra Ursaring abatendo-o sem dificuldades.

Shinx nunca tinha visto coisa igual, ele se questionava o porquê daquela humana que mal o conhecia ficar parada ali, lhe protegendo. O pequenino não iria permitir que ela se sacrificasse por ele então, em uma descarga de adrenalina, seu corpo foi envolto novamente por aquele brilho azul e atingiu as barras de ferro com uma cabeçada. A energia foi transmitida das barras para as costas de Mya fazendo com que a jovem fosse jogada contra o chão.

A esfera poderosa atingiu a gaiola ao invés de Mya, destruindo a parte posterior da mesma. O sorriso sádico no rosto da mestra de Misdreavus sumiu rapidamente.

- O que!? - Gritou Jessica pegando sua bandana e a jogando no chão.

Os segundos em que Jessica pensava em alguma ação seriam cruciais para Mya. Rapidamente a jovem se pôs de pé e pegou Shinx no colo, que dessa vez não relutou em momentou algum. Quando viu que a menina se preparava para fugir, Jessica gritou de raiva.

- Não deixe que ela fuja sua idiota! Use o Raio Psíquico, anda!
- Miss...

Misdreavus criou uma pequena esfera de luz e disparou um raio multicolorido em Mya. Apesar das outras gaiolas que estavam no local havia bastante espaço para que nossa heroína pudesse desviar dos ataques da pokémon fantasma sem dificuldades e pudesse finalmente alcançar a saída.

Mya corria em direção à camionete, estava a poucos metros, mas então... A jovem sentiu como se algo tivesse colido com sua costa. Por um segundo o tempo parou, de ínicio a menina não sentiu nada, mas essa sensação foi prosseguida por uma dor tremenda. A jovem foi jogada por cima da camionete e atingiu uma árvore com tanta força que devia ter quebrado uma costela, antes de atingir a árvore, a menina jogou Shinx no chão. Viu Misdreavus ao lado de Jessica que dava um sorriso psicopata para a ela. Sem conseguir se levantar olhou para o céu e viu um Yanma e um Pidgey voando em círculos sobre o acampamento. Shinx veio acudir Mya tentando levantá-la, porém fazer qualquer movimento naquele instante faria com que o corpo da jovem sentisse uma dor horrível.
Jessica deu um chute em Shinx para tirá-lo do caminho. Ela olhava com desprezo para a jovem caída a sua frente. Abaixou-se e apoiou as mãos nos joelhos.

- Tsc... Eu falei que você iria se arrepender... – Ela ria com prazer da cara de Mya.

Jessica se levantou, cruzou os braços e inclinou a cabeça. Ela ria cada vez mais alto até que levantou sua perna, Misdreavus nesse momento virou o rosto para não ver o que ela iria fazer. Jessica se preparou e deu um chute no rosto de Mya, suas botas pontudas fizeram com que a dor aumentasse. O chute fez com que Mya fosse jogada alguns centímetros pra trás e perdesse a consciência...


- Ali! – Dizia Kenny apontando para Yanma e Pidgey que voavam em círculos.

Os três correram e se deparam com um acampamento estranho. Podia-se ouvir o choro de vários pokémons vindos da maior cabana do local. Era uma sensação horrível permanecer ali. Lily avistou do outro lado do acampamento uma camionete e quando correu até ela a cena que viu lhe deixou com o coração apertado. Sua filha estava com sangue escorrendo por seu nariz e jogada no chão aos pés de uma mulher.

- Mya! Mya! – Gritava a moça correndo até sua filha.

Ela empurrou Jessica e chorou sobre sua filha. Leon foi até ela acompanhado de seu Yanma enquanto Kenny fitava furiosamente a causadora de tudo aquilo que permanecia com aquele sorriso repulsivo no rosto.

- O que você fez com ela!? – Vociferou Jessica.
- Apenas deu uma lição, nada de mais. – Ela voltou a sorrir.
- Você é um monstro... Eu não vou te perdoar... – Lily segurava um pokébola com força, mas foi diminuindo enquanto se levantava para encarar Jessica.
- E o que você pretende fazer o que?

Lily jogou a pokébola para o seu que se abriu durante a queda. O brilho branco tomou a forma de um pokémon conhecido, a Marill de Lily. Jessica bufou ao ver aquela pokémon e pegou em seu cinto uma pokébola e assim como a outra ela a jogou para céu liberando um monstrinho que tinha a forma de um cachorro.

- Um Houndour? Ele é um tipo fogo senhora Lily, então você tem a vantagem.
- Vantagem, não vence uma luta, e sim o jeito. – Disse Leon – Boa sorte, Lily.
- Obrigada...

As duas moças se fitavam esperando prever o próximo movimento de cada uma. Jessica rangia os dentes até fazer um movimento rápido com seu braço e apontou para Lily.

- Use o Lança Chamas em cima dela! – Ordenou à morena.

Houndour saltou disparando uma forte rajada de fogo sobre Lily. Nervosa, ela ficou imóvel e então Marill veio para ajudá-la disparando um Canhão de Água sobre as chamas que o pokémon de fogo cuspia fazendo com que a água evaporasse dificultando a visão de ambos pokémons e treinadores.

O pokémon de fogo usou seu olfato para localizar Marill, mas não esperava que a mesma saísse do nada e atingisse a lateral de seu corpo com uma Calda Aquática. O ataque fora forte e jogou Houndour para fora da névoa. Sem esperar que ele atingisse o chão Lily ordenou que Marill usasse um Canhão de Água e com isso ele foi jogado contra uma árvore.

Todos, principalmente Jessica, olharam perplexos para a curta batalha que acabara de acontecer. Leon nunca soube que Lily era tão boa treinadora muito menos que sua pokémon era tão forte.

- C-como? Como eu fui perder para uma velha! – Exclamou Jessica.
- Velha? Eu só tenho 32 anos! Já você parece ser uma e tenta parecer jovem usando essa calça justa!

As duas começaram a discutir feito duas adolescentes. A mãe de Mya tinha esquecido completamente o motivo de estar ali até olhar de relance para sua filha desmaiada e que agora era segurada por Leon. Ela se virou para a morena com quem discutia. Agora seus olhos transpareciam a ira que sentia naquele instante.

- Como você pode fazer isso? Ela é só uma criança!
- Não enche meu saco! – Disse recolhendo seu pokémon.
- Use o Hidrobomba com força máxima!

Marill disparou uma poderoso canhão de água sobre Jessica, mas então um borrão prateado cortou a água em seguida, atingiu em cheio a pokémon de Lily jogando-a contra sua mestra. O borrão era rápido e quase impossível de se acompanhar, por sorte não atacou ninguém. Ele parou defronte Jessica que havia voltado a sorrir.

- Um Skarmory... – Disse Lily para si mesma.

Um rugido ecoou pela floresta e cortando os céus apareceu um dragão azulado, era um Salamence, e sobre ele havia um homem que usava um casaco branco de botões, os cabelos curtos e cinzas eram da mesma cor dos olhos. Seu Salamence pousou ao lado de Jessica e rugiu.

- Até que enfim você apareceu, Kau. – Disse sorrindo para o homem.
- Eu devia saber que você iria falhar! Agora suba. – Ordenou e logo Jessica subiu em seu Salamence.

Sem mais nem menos ele levantou voou sendo seguido pelo pokémon metálico. Lily correu até sua filha preocupada. Leon olhou para a camionete, que por sorte ainda estava com a chave e a usaram para levar Mya para cidade com mais velocidade. Kenny havia pegado Shinx no colo, ele chorava por Mya.
- Se acalma, logo nós vamos chegar a cidade, Mya. – Dizia Lily acariciando sua filha.

Logo os primeiros raios do sol invadiram o local...


-x-
Poderes podem Confudir:

Cauda Aquática... Aqua Tail.
Esfera Negra... Dark Sphere.
Raio Psiquico... Psybeam.
Hidrobomba.... Hydro Pump.

Comentários do autor (Leia, Por favor]

Spoiler:

Guraena

Spoiler:

A cabeça dela doía, mas não tanto como a parte lateral de seu corpo que parecia ter sido atingida por uma bola de futebol com força máxima. Aos poucos foi abrindo seus olhos e assim pode ver onde se encontrava. Estava deitada sobre uma cama de hospital em uma sala branca, do outro lado da sala havia um garoto descansando com um dos braços enfaixados. A única coisa que separava sua cama da do rapaz era uma mesinha com um vaso de flores. A iluminação fraca se devia ao fato de uma cortina branca e fina cobrindo a janela próxima a cama da jovem.

- Onde eu estou? – Tentou se levantar, mas logo desistiu quando sentiu uma dor horrível.

Naquele momento outra pessoa entra pela única porta que se tinha ali, era uma menina. A garota não devia ser mais velha que Mya, honestamente deveria ter a mesma idade da jovem machucada. Os seus cabelos eram azuis e iam até a medida do ombro. Acompanhando ela estava um Mr. Mime que trazia consigo uma bandeja com alguns remédios.

- Eles eram lindos, não acha? – Indagou o jovem olhando alegre para seu companheiro.
- Mime, mime. – Respondeu o pokémon com um sorriso tão alegre com a humana.

A que acabou de entrar voltou sua atenção para Mya e abriu um sorriso, mostrando seus perfeitos dentes brancos, ao vê-la finalmente acordada. A primeira coisa que fez foi arredar as cortinas fazendo com que a luz do sol inundasse aquela salinha. Os olhos de Mya foram se acostumando com a mudança súbita de iluminação.

- Você acordou! Se sente melhor? – A menina de cabelos azuis pousou a mão sobre a testa de Mya como se quisesse medir sua temperatura. – A propósito, meu nome é Noir! Sou enfermeira da ala pediátrica.
- Meu nome é Mya...
- Eu já sei bobinha, tenho sua ficha, esqueceu? – Noir continuava a sorrir. A mesma se preparava para passar uma pomada em Mya.

O pokémon que acompanhou Noir tratou de cuidar do garoto injuriado que despertou ao toque das mãos aquecidas de Mr.Mime. Mya ainda não se recordava exatamente do que tinha acontecido na noite anterior, à única lembrança que tinha era de Jessica chutando-a e só, nem ao menos sabia se Shinx estava bem.

- Aquele Shinx é seu Mya? – Era como se Noir tivesse lido os pensamentos da menina.
- Mais ou menos... Como ele está? – O tom da voz da menina mudou para preocupação.
- Quando ele chegou não queria de forma alguma ser examinado então fizemos apenas os exames básicos, mas parece que ele está muito bem. – Noir passou um pouco da pomada em seus delicados dedos e olhou para Mya. – Isso concerteza deverá doer mais em você do que em mim... – Ao menos ela era sincera.

O primeiro contato que aquela pomada branca teve com os ferimentos de Mya fez com que a jovem sentisse as feridas arderem, mas ela não se importava, sentia uma felicidade extraordinária. Saber que Shinx estava bem era a única coisa que importava, danem-se as feridas que ardiam, Noir inclusive chegou a estranhar o sorriso que Mya esboçava enquanto ela passava o remédio.

Mr. Mime terminou antes de Noir e saiu do quarto depois de se despedir. Vendo que Noir iria passar alguns minutos a mais ali Mya resolveu iniciar uma conversa apenas para descontração.

- Você parece ser meio nova pra ser enfermeira...
- E sou mesmo! – Respondeu enquanto trocava os curativos de Mya. – Estou apenas estagiando aqui, logo sairei de Hallia e irei começar minha jornada para se tornar a maior médica desse mundo. – Os olhos de Noir brilharam quando disse isso. – Isso depois de ter bastante experiência.
- Escuta, tem como eu poder ver o Shinx?

Noir arregalou os olhos e começou a gargalhar como se estivesse debochando da menina de cabelos cor de rosa. Durante sua risada algumas lágrimas rolaram por seu rosto e quando notou que a pergunta era séria ela cessou os risos.

- Está maluca? Você quebrou uma costela, minha amiga. Tem que ficar de cama e se não quiser ficar caindo por ai é melhor me escutar. – Seu tom autoritário calou Mya. – Não pensa que eu estou sendo chata, isso é pro seu bem. Mais tarde, se possível, eu trago ele pra te ver...
- Você faria isso por mim? – A jovem abriu um sorriso enorme e sua energia positiva voltou.
- Dãa, claro que sim! Eu sou a responsável por cuidar de você e do garotinho ali então tenho que fazer tudo que deixe vocês à vontade.

Mya olhou para o menino do outro lado pensando em como o rapaz poderia ter ferido seu braço daquela forma. A jovem se rendeu, pois não conseguia pensar direito devido às dores e o fato de sua respiração estar ruim, mas a dúvida ainda persistia até que olhou para Noir.

- O que aconteceu com ele? – Indagou à jovem procurando uma posição confortável na cama.
- Tadinho, não acha? Foi atacado por um Ursaring na floresta.

Após prestar bastante atenção no rapaz, a jovem notou vários arranhões em suas pernas e alguns no pescoço, nada muito grave, mas era de partir o coração pensar que um garotinho daquele pudesse ter sido atacado sem piedade. Mya pensava que talvez não pudesse ser um Ursaring, talvez pudesse ter sido Jessica também.

- Como vocês sabem que foi um pokémon?
- Quando acharam o encontraram havia várias pegadas de Ursaring perto. Acho que já vou, daqui a pouco volto para ver como você está. Durma um pouco.
- Se alguém vier me visitar pode deixar entrar, ok?
- Tudo bem! – Sorriu e saiu do quarto.

Depois que ela deixou Mya sozinha, ou quase, a menina aproveitou sua solidão para pensar um pouco sobre tudo. Como havia parado ali no hospital? Claro que não deve ter sido Shinx que a levou até ali. Droga de memória e maldita seja Jessica por ter deixando-a naquele estado deplorável. Agora a jovem deveria ficar de repouso até ficar totalmente recuperado, em seguida colocar o pé na estrada afinal de contas Mya não havia esquecido a sua promessa de salvar Hallia.




- Ela está na clínica? – Indagou Nora olhando para Kenny que se encontrava do outro lado da mesa repleta de comida e alguns farelos de pão. – Nossa... Essa Mya vive se metendo em confusão mesmo, assim que eu terminar de arrumar a casa você me acompanha até lá?
- Claro, não se preocupe. Ainda bem que seu pai trouxe seu pokémon... – Ele pareceu relutar um pouco, mas acabou dizendo. – Ainda bem que ele estava conosco...

Nora franziu o cenho quando olhou para Kenny que parecia estar sentido uma dor interna por ter parabenizado o pai da morena. Depois de se servir mais um copo de suco, que terminou rapidamente, a jovem arrumou a mesa com Kenny a ajudando, ela estava bastante preocupada com Mya e queria logo ver sua amiga.

Lily acabou ficando na casa de Leon e dormiu no quarto de Nora, já a jovem acabou por dormir no quarto da suas irmãs. Kenny dormiu na sala assistindo televisão. Todos os irmãos de Nora brincavam com as filhas de Lily no jardim da casa. O dia provavelmente seria ensolarado, o céu não apresentava apenas nuvens pequenas e finas e um vento fresco que vinha hora ou outra deixava aquele ambiente agradável a todos os gostos.

Com a casa arrumada a treinadora de Oddish subiu as escadas indo para o banheiro, em menos de 30 minutos ela desceu vestindo sua roupa diária e usava seu enorme chapéu branco, resolveu não levar seu pokémon e o deixou dentro da bolsa no segundo andar.

- Vamos? Eu quero logo ver a Mya. – Disse empolgada.
- Claro. – Como Kenny não havia dormido a noite e chegou a casa onde estava hospedado quando já era de manhã apenas tomou um banho e vestiu suas roupas passando uma hora ou mais treinando seu pokémon.

Nora pediu novamente para sua irmã para vigiar os mais novos e como sempre ela respondeu com seu típico: “Morre...”. Pode não parecer, mas essas duas se dão super bem, por mais que Lucy fosse ranzinza e ignorante no fundo ela sentia uma enorme compaixão por sua irmã, mas é obvio que ela não admite por uma simples questão de orgulho e sempre prefere brigar com ela a dizer: “Te amo, Nora.”

Os dois jovens se viam na trilha que levava até a clínica. A estrada, que era totalmente terra, não era uma novidade para Nora, mas Kenny vinha da cidade grande e tentava se acostumar com esse clima “rural’ de Hallia, se ele quisesse poderia ir logo embora dali só que ainda se lembrava da promessa que fez a mãe de Lily.

Quando perceberam já estavam na entrada da clínica. Havia uma garota de cabelos azuis curtos conversando com seu Mr. Mime enquanto tomava uma deliciosa soda. Nora se aproximou da jovem e sorriu:

- Oi Noir! – Mr. Mime e Noir olharam para a jovem.
- Norinha! Como vai você? – Disse tentando parecer o mais amigável possível, mas mesmo sorrindo era possível notar a energia negativa que pairava no ar. – O que está fazendo aqui?
- Vou bem... Vim visitar alguém... – Nora tentava manter seu sorriso.

Noir olhou levemente para Kenny, cruzou suas pernas e apoiou o queixo em sua mão, Mr.Mime acabou imitando a outra. O sorriso que Noir deu para Kenny fez com que o rapaz sentisse um calafrio.

- E você, lindinho, qual o seu nome?
- M-meu nome? – Respondeu com seu rosto um pouco vermelho.
- É! Seu nome, graçinha.

Antes de Kenny responder Nora agiu percebendo as reais intenções de Noir. Ela puxou o menino para trás de si como se estivesse tentando protegê-lo da bela jovem. O rapaz permanecia atordoado pela beleza da jovem enfermeira que parecia estar dando em cima dele. Nora responder com um pouco de raiva em sua voz.

- Ele não é pro seu bico, Noir!
- Hum, entendi! Você está afim dele, não é?

Nora sentiu seu rosto queimar e todo seu sangue se concentrar na área das bochechas deixando-as terrivelmente vermelhas. Piscou algumas vezes, ela tentava formar palavras, mas a vergonha do momento dificultava. Noir permanecia rindo de Nora junto com Mr. Mime até que finalmente a jovem envergonhada respondeu.

- E-e-ele não é meu namorado!
- Por que você está gaguejando tanto? E depois, eu não disso que ele era seu namorado, apenas perguntei se gostava dele. Se você entendeu assim já dá para eu ter uma idéia.
- N-Noir, eu não vim aqui pra discutir sobre minha vida amorosa! Quero visitar alguém.
- E quem seria?
- Mya...

A face de Noir não demonstrava nenhum sentimento, mas por dentro ela via mais uma forma de “sabotar” sua querida Nora. Lembrou-se da menina de cabelos rosados que cuidou mais cedo, só podia ser ela, afinal era a única Mya no hospital. “Se alguém vier me visitar pode deixar entrar, ok?” palavras que foram ditas pela menina de cabelos rosa e que agora seriam mudadas por Noir...

Ainda sem demonstrar emoção ela se pôs de pé, sendo imitada por Mr.Mime, e se aproximou de Nora pondo a mão sobre o ombro da outra.

- Desculpa, ela falou que não queria receber visitas hoje. – Noir tentou segurar o riso.
- O que?
- Ela disse que estava muito estressada e que a última coisa que queria hoje era olhar na cara de alguém, não citou nomes, mas desconfio que seja você...

Nora arqueou a sobrancelha incrédula com o que acabara de ouvir. Esse tipo de coisa não era do gênero de Mya. Sua mente entrou em conflito naquele instante, de um lado estava à parte que não acreditava em Noir e do outro lado estava à parte que dizia que Mya não queria vê-la, infelizmente essa última acabou por vencer.

A jovem treinadora de Oddish fechou a mão formando um punho e virou o rosto. Kenny viu que ela estava um pouco vermelha, mas de raiva e não tristeza. Nora segurou a mão do amigo e fez o caminho de volta para sua casa com algumas lágrimas brotando em seus olhos. Agora eles estavam correndo pela trilha até que o rapaz puxou Nora que caiu no chão e aproximou os joelhos do peito.

- EU ODEIO A NOIR! – Vociferou a jovem.
- O que ela te fez, afinal de contas? Aquela enfermeira parecia ser muito simpática! – Redargüiu Kenny.
- Simpática? Aquela bruxa, estúpida, idiota é o mal em pessoa! – Nora se pôs de pé agora com o rosto seco. – Você não tem idéia de como ela é cruel Kenny...
- Então me diga o qual ela é cruel, Nora... – Kenny levou a jovem até um banquinho de madeira e a olhou esperando a explicação.

Nora olhou para o céu e suspirou voltando sua atenção para o rapaz que estava ao seu lado. Suas mãos apertavam sua saia como se ela estivesse nervosa por contar a história de Noir.

- Tudo começou quando eu tinha 6 anos...

Kenny se aproximou para ouvir melhor...