The Game - RPG

- Com certeza, vamos seguir a água mais forte. Se enfiar nessa floresta sem senso de direção é a pior escolha que podemos fazer agora. Pelo menos nessa área aberta - mesmo perto da água - temos uma melhor vista do que acontece por aqui. E também tenho certeza que lá dentro tem coisa muito pior do que aqui.

Eu havia segundas intenções de ficar perto da água - ela me acalmava. Não queria contar isso a meu parceiro, então como ele confia nos meus planos por enquanto, não vamos fazer nada inusitado.

- Espera, olha pessoal, é uma espada presa entre essas duas pedras.
Phill fica desconfiado, e Utakata diz para pegarmos a espada.
Então, eu fui em direção ás pedras, segurei com firmeza a espada, e comecei a puxar.
Todo esforço era inútil, a espada nem parecia se mover, com todas as minhas forças, puxei fortemente a espada, quando de repente um inexplicável vento forte empurra a espada juntamente comigo, e eu finalmente consigo tirá-la.
Phill e Utakata ficam aliviados e se perguntam que vento seria aquele, eu guardo a espada comigo, e nós continuamos nosso caminho até o vulcão, seguindo por uma clareira que avistávamos na floresta.

"Tem alguma coisa tensa nesse arbusto..." Pensei, logo empunhando minha faca. Havia várias possibilidades do arbusto estar se movendo, a mais simples era que o vento estava forte, possívelmente fazendo a planta debater-se. Mas, uma outra era que poderia ser um animal que estava lá dentro, escondido.

Mas, por via das dúvidas, achei melhor mesmo tentar partir pro ataque, mesmo se não tiver nada dentro da coisa. Chamei a atenção de Shizu e de Ed, para que eles preparassem suas essências, mesmo podendo ser difícil usar elas. E também, logo planejei preparar a minha, para que todos atacassem o arbusto ao mesmo tempo. Atacar um arbusto qualquer pode ser estranho, mas ok.

Quando íamos seguir pelo caminho traçado, Luke chamou-nos a atenção. Ele disse que achava ter visto algo num arbusto próximo, que se mexia um pouco. Poderia ser apenas um vento batendo, logo não dei muita importância, mas Luke já estava tentando preparar sua essência, então decidi ajudá-lo.

Peguei meu isqueiro e acendi uma folha. A mesma apagou-se rapidamente, sinal de que o vento corria.

"Isso é um problema..." Logo pensei, deveria tomar cuidado com o que viria daquele arbusto, um mato qualquer se mexendo em uma floresta densa não era algo muito comum. Guardei meu canivete no bolso, e, após o pedido de Luke me concentrei intensamente, tentava invocar minha essência, de qualquer jeito, para, finalmente atacar o certo arbusto, junto de meus parceiros.

A relva daquela floresta possuía um odor forte e desconfortante de terra molhada. Não curtia muito essa combinação, mas compreendia que não conseguiria manipular um elemento melhor. Caminhava lentamente por aquelas redondezas, junto à David que demonstrava grande habilidade na nossa formação em questão. As vezes minha segunda personalidade, denominada D'Larsen (meu sobrenome), clamava por intenções assassinas e coisas do tipo. Respondia sorridentemente, ao ar livre, certos "não idiota" e "cale a boca" já acostumado com as opiniões de D'Larsen em questão.

Após certo tempo, estávamos perante uma específica bifurcação. Bifurcação na qual possuía dois caminhos de características completamente distintas. O primeiro a correnteza do rio era mais intensa e forte, fato necessário para os manipuladores de fluídos. No segundo, a relva também se intensificava e, certamente, nos encontrávamos no inicio do coração daquela floresta. Analisei o mapa confirmando, assim, minha rápida tese.

- Certo... Observando o mapa e levando em consideração o fato do rio cruzar toda a área florestal onde nos encontramos... E do mesmo ser um afluente de um rio principal em questão. Deveríamos seguir pelo curso d'água sendo que a parte mais forte e de maiores correntezas está diretamente ligada à sua foz. - Disse com meus braços cruzados e observando, minuciosamente, o rio em questão .

- Não observei nenhuma nascente no ponto de inicio dessa dungeon. Por isso mesmo creio que essa mesma nascente esteja localizada do outro lado da floresta. E para alcançarmos esse outro lado, atravessaríamos necessariamente o vulcão local... E só para constar, nos situamos no Talvegue do rio. - Disse enquanto me agachava e passava minha mão sobre a água do mesmo - Então devemos seguir para o lado direito, Nordeste. - Finalizei entrando novamente em formação e inclinando minha cabeça para frente, como se estivesse mostrando o caminho.

— Ha... Vocês dois panacas fiquem aí. Eu vou andando na frente. — falou Frank, empurrando D e Steven pra fora de seu caminho, e entrou na Dungeon sozinho. — Pfft. Isso deve ser moleza.

Off: Lord, você não pode dizer que tirou a espada. Você tem que tentar tira-la. Não narrei vocês por que vou esperar o Utakata.

David e Edward D'Larsen

Edward deixou de lançar seus "Cala a boca" e "não idiota" para sua segunda personalidade e Analisou o mapa. O rio cruzava todo o mapa, a principio ele pensou que a nascente era em alguma parte dali, mas estudando o mapa notou que a nascente era em um ponto fora do mapa. David se sentia melhor indo perto da agua e escolheu o trecho da direita. Sua dupla concordou e eles seguiram a margem.
Eles continuaram a seguir e mal notaram que o caminho por onde passavam começava a se inclinar. Eles continuaram caminhando até que chegaram ao fim da linha. Uma pequena cachoeira caia dali, formando um lago com uma pequena ilha no meio. David notou que as pedras que tinham do lado oposto ao do rio formavam uma escada improvisada para descer até o lago. Edward viu uma forma negra sobre a ilha, olhando para eles e deduziu que era a sombra do começo do jogo.

Noah Shizu, Luke Orihara e Ed Van Hallen

Luke pediu para que seus companheiros preparassem suas essências para qualquer defesa ou ataque. Noah olhou para o arbusto, duvidando que tivesse algo naquele meio, mas ainda assim se preparou. Sem exitar, Luke saltou sobre o arbusto, atacando com sua faca. Segundos antes do garoto cair de cara no arbusto, um pequeno cão negro com duas cabeças saiu de la e começou a encarar os três com uma cara nada amigável.

Steven Fox, D, Frank West

Frank ignorou totalmente seus parceiros e adentrou a floresta. D e Steven se olharam e entraram, juntos, na floresta atrás do companheiro. A sombra surgiu ao lado de Frank, alertando-o que seria perigoso ir sozinho na floresta, mas ele não o deu importância. Ele continuou indo pela floresta, ignorando os parceiros que ficavam cada vez mais distante dele. Um grande rugido de urso foi ouvido pelo homem. Ele se virou e notou um grande urso negro, com um pelo pontudo e brilhante que parecia ser feito de aço. Suas garras eram gigantes e seus olhos eram vermelhos como o fogo.[/font]

Andamos e andamos pela corrente que decidimos seguir. Eu andava olhando para frente, com a mão em uma adaga de ferro que tinha forjado em minha pré-adolescência. Meu parceiro continuava quieto, e murmurava as vezes. Não faço a mínima ideia do que se passava na cabeça dele, mas ele iria me defender do jeito que eu ia defender ele.

Chegamos a um ponto em que a correnteza ficava extremamente forte. Uma cachoeira se formava, e mais embaixo um lago bem mais calmo do que o rio que nós estávamos seguindo. No meio dele, uma grande sombra negra. Do lado da cachoeira, uma pequena formação rochosa formava uma escada "natural".

- Aquela ilha... A sombra dela é aquela sombra estranha do começo, não é?

Após analisar as nossas opções, percebi que só havia uma possível: descer as escadas para ir na pequena ilha. Voltar nos custaria muito tempo, e entrar na floresta era burrice. Tinha certeza que se eu falar isso para meu parceiro, ele iria concordar. Afinal, a ilha estava ali, aberta para o mundo, sem perigos aparentes.

- A minha ideia é ir para aquela ilha. Talvez essa tal sombra tenha algo para nós dizer, ou dar. Mas não vamos perder o foco de achar a montanha, que por sinal nem vi.

Eu falei para D que precisávamos correr, Frank podia estar em perigo. Ele podia ser grosseiro e talvez até irritante, mas era nosso parceiro e tínhamos que ajudá-lo. Comecei a correr na direção em que Frank foi, e falei para D vir também.

— Ohohoho... Olá, caro urso. Olhe, não procuro perigo. É tudo culpa daquele D. É. Ele foi o panaca que te acordou. É, mata ele. Me deixa em paz, ok? — Falou ele se movimentando próximo a árvore mais próxima. Queria pegar um galho ou coisa assim para tacar pra longe e o urso se concentrar no galho, e não nele. — E aí... aceita um cupcake? Ouvi dizer que é muito gostoso.