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[Finalizado] Concurso de One-Shots da PM - Página 2 Empty Re: [Finalizado] Concurso de One-Shots da PM

Mensagem por Weird von Gentleman Ter 26 Mar 2013 - 19:01

O meu voto vai para o Vulcano, porque para fábula a história do Pokaabu faz muito pouco sentido. Precisava de um texto mais aprimorado e de uma moral mais vívida, coisa que não tem. Desse modo, e por exclusão de partes, prefiro a visão do Vulcano sobre os Homens e da maneira como ele a escreveu.
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Mensagem por Black~ Ter 26 Mar 2013 - 19:31

Bom, as duas foram legais, mas tiveram seus erros.

Em ambas vi alguns erros, mas acho que não foram suficientes para estragarem a história.

Na do Vulcano eu acho que ele tinha um bom tema pra escrever, mas a narração deixou a desejar um pouco, o que deixou o texto meio cansativo, talvez.

O do Pokaabu já teve aquela parte previsível. Caras árabes, perdidos no deserto e encontram um gênio, no caso um cavalo, mas ao fim passou uma boa lição, só achei que o texto foi já de conhecimento nosso.

Mas enfim, nem tenho muito pra falar, afinal já foi tudo falado, creio. Então voto no Pokaabu

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Mensagem por Mag Qui 28 Mar 2013 - 3:02

Caraca Gui, como você tá chato, mano. Dae que você é bipolar ou sucumbiu à Gramática Normativa em servidão extrema.

Pokaabu, gostei do texto. Simples, mas legal. Dum tipo bem clichê, se pararmos para pensar, mas está agradável. A única coisa ruim, que foi bem desnecessário, é aquela moral da história no final. Além de ter ficado bastante aquém do próprio enredo do conto. Só sugeriria que não colocasse esse tipo de moral, a não ser que ela venha a acrescentar como algum tipo de sacada genial do autor, consegue compreender? Se não for bacana de verdade, não coloque-a. Os erros o boêmio Gui corrigiu muito melhor e mais chato do que eu faria, então fica sussa.

Vulcano, você tinha uma boa premissa aí. E não achei seu texto cansativo de forma alguma. Na realidade, ele me prendeu bastante. Isso porque eu nem estava lá com expectativas. Talvez tenham dito isso mais por causa da forma com que ele foi escrito. A narrativa não ficou aquela coisa cheia de primor, foi bastante simples e direta. Se tivesse dado uns retoques, talvez ficasse mais 'gostoso' de ler. Em algum momento, você meio que se perdeu em pensamentos que não complementavam o conteúdo do conto. Mas ainda assim ficou bom.

Os dois textos ficaram agradáveis. O conto do Pok no concurso cancelado foi beeeem melhor ú.u Não vou os encher de elogios, porque não fiquei perdidamente apaixonado por nenhum. Mas foram bons textos no geral... Votar? Complexo. Embora diferentes, eu os igualaria no quesito qualidade. Mas escolho o Vulcano. Aí dá mais frio do estômago. Por favor, não fique bravo comigo, Pok.

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Mensagem por Nivans Sex 29 Mar 2013 - 20:48

Pokaabu 4x2 Vulcano

Parabéns ao Pokaabu por vencer e valeu pela participação, Vulc!

Então, vamos em frente com o concurso. A próxima rodada será entre o Sir M. e o Kyun, sendo que os dois tem até o dia 03/04 para entregarem a OS por MP. Caso alguns deles não ver esse post, estarei mandando uma MP para ambos, avisando sobre ter chegado a vez deles participarem.

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Mensagem por Nivans Qui 4 Abr 2013 - 4:33

Enfim, tivemos um pequeno probleminha nessa rodada... Sir Mika não me entregou a One-Shot dentro do prazo, por isso, está desclassificado. Ainda assim, temos um reserva que entrará em seu lugar nessa rodada, o Mag, que terá até o dia 07/04 para me entregar sua OS. De qualquer maneira, estarei enviando uma MP a ele avisando sobre isso.

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Mensagem por Nivans Dom 7 Abr 2013 - 16:52

Malz pelo Triple-Post... Enfim, vamos direto ao concurso que, dessa vez, vai ter uma votação procês! Mag e Kyun me enviaram suas OSs... Então, vamos lá, néah? A votação vai até o dia 10/04.

Kyun escreveu:
O Destino de Johto


Destruída. Predicado perfeito para Johto naquele momento.
Mergulhada na escuridão, não sobrara uma Cidade inteira, após o ataque da Equipe Rocket ao Continente.
Depois de anos tentando, a quadrilha, comandada por Giovanni, encontrou um local secreto e até mesmo, sagrado. As Ruínas de Sinjoh. Localizadas perto das Ruínas Alph, é um local onde neva a todo instante. Um frio poderoso, e um vento de cortar a pele. Uma Caverna se encontra por ali. Grande e bastante espaçosa. Símbolos desenhados pelo chão e colunas de pedra.
Rezam as lendas, que é possível invocar o lendário Arceus, deus onipotente do mundo Pokémon.
A Equipe Rocket então, pôs-se a pesquisar a fundo essas Ruínas. Até que descobriram o que fazer. Assim, Giovanni transformou a lenda em realidade, trazendo Arceus à Caverna.


~~~~~ X ~~~~~

1 mês antes.


Uma silhueta andava em meio à nevasca. Os passos pesavam ao afundar no chão cheio de neve. Estava trêmulo, porém, determinado.
Chegou então numa grande caverna, que por dentro, parecia mais com um salão todo de pedra. Três círculos desenhados no chão.
Giovanni então se encaminhou a eles. Em suas mãos, três cristais. No primeiro, pôs um diamante azulado. No segundo, uma pérola branca como a neve lá foram. No terceiro, localizado entre os outros dois, um cristal dourado. E então começou.
Era uma bela visão. Um enorme Pokémon brilhava surgindo entre os círculos. Uma luz cegante, tornando impossível de olhá-lo por muito tempo. Era branco, com detalhes prateados. Quadrúpede, porém flutuava com graciosidade. No centro do tronco, um arco dourado.

— O que desejas humano? Qual o motivo de invocar-me aqui? – Falava telepaticamente o lendário.
— Preciso de seu poder! – Exclamou o líder da quadrilha. Trajava um largo casaco preto, sobre uma blusa da mesma cor, tendo um “R” estampado no torso. Calças de cor cinza bem escuro e sapatos pretos. Era um pouco alto, pele clara, porém um pouco bronzeada. Cabelos curtos e escuros debaixo de um chapéu. Possuía poucas rugas no rosto, aparentando ter aproximadamente 40 anos.
— Meu poder? – Sentia que o homem não tinha boas intenções. Pressentia algo ruim. – O que pretendes fazer?

A figura parecia uma estátua flutuando no centro da sala. Os olhos fixos em Giovanni. Reparou um leve sorriso sarcástico do homem.

— Eu desejo controlar os Pokémons deste continente e destruí-lo. Em seguida, construir um sob meu domínio. – Ria num tom maléfico.
— Sinto desapontá-lo, mas não será possível. Não usarás meu poder para algo deste tipo. Adeus.
— Espere! – Gritou o homem. – Antes de ir... Tenho uma surpresa...

Tirou de um dos bolsos um pequeno controle. Apenas alguns botões, e um grande e vermelho no topo. Apertou-o.
Neste instante, correntes metálicas surgiram das paredes e prenderam Arceus. Garras penetravam na pele do lendário, causando pequenas gotas prateadas de sangue.

— O... O que pensa que está fazendo?! – O Pokémon parecia assustado agora. Uma expressão de terror em sua face.
— Acho que você terá que me ajudar... Seja por bem... Seja por mal...

Máquinas então, surgiram, entrando na sala, atravessando as paredes.
As correntes eram algum tipo de máquina para sugar a energia do Lendário. E possuíam algo que não o permitia usar suas habilidades.

— O que é isso? Solte-me! – Gritos ecoavam pelo salão. Ondas sonoras psíquicas correndo pelo lugar.
— Hahaha! Este é apenas o início do meu plano. Etapa 1 concluída. Agora, preciso prosseguir.

Pegou um walkie-talkie e falou algo, como um chamado. E então, membros da quadrilha entraram no local. Usavam trajes pretos e boinas de cor semelhante. Um R também no torso, como o do Líder.
As ordens foram dadas e Giovanni saiu da Caverna. O céu escuro, uma tempestade tomava conta de toda Johto. Riu e pegou uma Pokébola de um outro bolso. A pequena esfera quadruplicou de tamanho, quando o botão no centro foi pressionado.

— Saia Honchkrow! – Disse, jogando a cápsula no ar. O item abriu e um brilho foi lançado ao chão. A luz azulada sumiu e uma ave havia sido materializada. Um corvo alto, quase do tamanho de Giovanni. Coloração azul-escuro, e parecia usar um chapéu, que tornava o olhar sombrio. A plumagem branca na parte da frente do seu corpo dava um ar sério ao Pokémon. – Use Fly! Preciso ir à Mahogany o quanto antes.

A ave acenou positivamente a cabeça. Suas asas ganharam um brilho branco e aumentaram levemente. O homem montou nas costas de Honchkrow, e assim, começaram a voar pelos céus do continente de Johto. Que agora, estaria começando a mergulhar em trevas.


~~~~~ X ~~~~~

Blackthorn


Antigamente, Blackthorn era uma cidade vivaz. Sendo possível ás vezes, ver Pokémons dragões, raros em todo o mundo, voando pelos céus da cidade.
Agora, era apenas um espaço deserto, poucas casas ainda estavam de pé, mas não tinham nem a metade da construção. O Ginásio era a única coisa inteira, provavelmente pela proteção da Líder, Clair.
Um garoto caminhava lentamente, observando os destroços, em direção ao Covil do Dragão. Um local bastante conhecido por ser o lar de muitos Pokémons deste tipo. Diziam ser uma Caverna que levava à um jardim enorme e belo. Com a grama verde cobrindo todo o local, tendo também, um lago.
O jovem era alto, porte atlético e pele clara. Olhos e cabelos negros como o céu de Johto. Trajava uma camisa de mangas compridas, azul com estampas de garras brancas. Calça jeans e tênis pretos. Na cabeça, uma boina de cor azul-escuro e branco.
Ao seu lado, um belo gato, de coloração bege, o seguia atentamente. O Persian olhava ao redor, preparado para qualquer ameaça.
Quando se aproximou da entrada da caverna, foi surpreendido por uma armadilha. Cordas foram lançadas de algum lugar e o amarraram. Persian conseguiu esquivar-se e em seguida, com suas garras, cortou o material que prendia seu parceiro.

— Quem é você? – Perguntou uma voz vinda de dentro do local. Uma voz feminina, porém autoritária, e parecia cansada.
— Meu nome é Paul Thorms. Da cidade de Ecruteak. Venho pedir sua ajuda, Clair. Provavelmente não se lembrará de mim.

Houve um tom de surpresa e então uma linda mulher saiu do local. Era da mesma altura do rapaz. Cabelos azuis assim como os olhos. Vestia um macacão apertado que acentuava suas curvas. Botas grandes e uma capa preta nas costas.
Junto dela, uma serpente azulada, com um olhar sério, mas ao mesmo tempo sereno. Dragonair, um raro Pokémon do tipo dragão.

— Desculpe, não lembro. Mas... Minha ajuda? Posso saber para o que? – Estava curiosa com o rapaz.
— Eu e meus amigos pretendemos atacar a Equipe Rocket. Eles se encontram nas Ruínas de Sinjoh, perto das Ruínas Alph. Porém, eles são muitos. Precisaremos de reforços. Para isso, estamos convocando os Líderes de Ginásio de Johto para nos ajudarem.
— Entendo... Bem, se eu puder ajudar a trazer a paz à minha cidade. Eu aceito.

Com um aperto de mãos, o jovem conseguia mais um aliado.
Caminharam juntos até o Ginásio da cidade. Era uma construção enorme, com pedras em formatos de dragões na entrada.

— Duas pessoas nos aguardam aqui. Pryce! Morty! – Chamou Paul.

Primeiro, saiu um senhor, aparentando ter aproximadamente 60 anos. Caminhava lentamente. Seus cabelos grisalhos eram poucos. Um casaco escuro que ia até os pés.
Depois, um homem loiro, com uma faixa roxa na cabeça. Camisa de lã preta e um cachecol. Calças claras, assim como os tênis.

— Olá, cara Clair. Há quanto tempo não nos vemos. – Cumprimentou Pryce.
— Bom revê-lo. Olá Morty. – Acenou para o loiro, que apenas retribuiu com um sorriso.
— Precisaremos ir para Violet o quanto antes. Clair, será que poderia nos emprestar alguns de seus Dragões? Acho que será mais seguro se formos voando.
— Ah, tudo bem. – De um bolso, retirou três Pokébolas.

Uma usou para retornar sua Dragonair, e lançou as outras duas no ar.
Da primeira, saiu um grande dragão vermelho, com as caudas em chamas.
Do segundo, um de aparência ameaçadora. Possuía pelos pretos no corpo, e pele roxa. Suas asas eram divididas em três partes. Cada mão, era um outro rosto.

— Dois vão no Charizard e dois no Hydreigon.

E assim fizeram. Clair e Paul foram no Charizard. Enquanto Pryce e Morty, no Hydreigon.


~~~~~ X ~~~~~

Violet


No alto da Torre, esperavam o reforço chegar. O salão não era tão grande, mas abrigava aquelas pessoas confortavelmente. O piso era de madeira. Um tronco se erguia no centro da sala e subia ao topo da construção, que não possuía um teto. Além de várias estátuas de Bellsprouts estavam espalhadas pelo local. Eram sete no total.
Em um canto da sala, três garotas conversavam. Pareciam ter a mesma idade, 17.
Uma possuía longos cabelos castanhos. Trajava um vestido branco e azul-claro. Nos pés, sapatilhas. Chamava-se Jasmine.
A segunda tinha a aparência mais jovial. Usava uma camisa e shorts brancos, com detalhes rosas, cor do seu cabelo. Era Whitney.
E por último, estava Lyra Félix. Uma das amigas de Paul. Cabelos loiros caíam sobre seus ombros. Usava um vestido prateado. Em seus braços, um pequeno Dunsparce dormia tranquilamente.

Arthur Jeelian, melhor amigo de Paul Thorms, estava num outro lado do salão. Cabelos castanhos, e roupas simples. Um casaco preto de couro e uma calça jeans branca.
Conversava com Falkner, o líder do Ginásio de Violet. Pareciam estar planejando o ataque. O mais novo do grupo, Bugsy, apenas os olhava atentamente.
Perto do enorme tronco, Chuck, o líder do Ginásio de Cianwood, um homem gordo, usando apenas calças, conversava com Walter, o Monge que cuidava da Torre Sprout. Parecia interessado na estrutura do local.

Quando menos esperavam, dois dragões desceram dos céus e pairaram no piso de madeira. Finalmente os que faltavam haviam chegado.

— Acho que agora o time está completo. – Disse Lyra, com um largo sorriso no rosto.

Todos se cumprimentaram e então começaram a se organizar.

— Pensamos no seguinte... – Começou Falkner, pegando uma folha, onde fizera alguns planos com Arthur. – Iremos chegar às Ruínas de Sinjoh através das Ruínas Alph. Com certeza haverá centenas de Membros da Equipe Rocket de guarda, então, aí que entramos nós, os Líderes de Ginásio. Iremos fazer de tudo para limpar o caminho para vocês três. Acreditamos no potencial de vocês. – Todos concordaram balançando a cabeça. – Assim que pudermos, iremos ao salão principal, para ajudá-los.
— Tudo bem. Então, acho que já podemos ir. Todos estão prontos? – Perguntou Paul, tendo apenas respostas positivas.
— Boa sorte à todos vocês. Lembrem-se, o destino de Johto está em suas mãos. – Disse Walter com um olhar esperançoso.



Violet deveria ser a cidade mais destruída de todas. Talvez por ser a mais próxima do perigo.
Em poucos segundos caminhando, chegaram às Ruínas Alph. Havia uma gruta principal, cercada por outras três menores. Entraram na central.
O interior era silencioso. A decoração se baseava em um piso marrom claro, paredes cobertas por desenhos, além de estátuas de Pokémons.

— E como chegaremos às Ruínas de Sinjoh? – Perguntou Pryce.
— Um pesquisador me disse que há uma espécie de portal por aqui. – Adiantou-se Falkner, olhando ao redor.
— Vejam isso aqui! – Gritou Jasmine, num canto do salão.
— Parece uma escrita antiga... – Comentou Clair.

Olhavam um pedaço da parede que se destacava. Parecia uma grande porta, e nela, estava escrito algo, mas não era em nenhum idioma comum.

— Essas letras são Unowns. – Morty aproximou-se da parede. – São Pokémons que possuem aparência de letras. São raros e com poderes psíquicos bem grandes. Dizem que costumam viver por essas Ruínas. Ou pelo menos viviam.
— Você sabe o que está escrito? – Perguntou Whitney.
— Posso tentar... – Fixou o olhar nas letras por um tempo, e então começou – “Os ventos correm pela floresta. A cidade se ergue sem espantar os fantasmas do passado. O farol ilumina a luta do mar. O gelo cai sobre as planícies do dragão. E um heroi se sobressai no meio de tudo. O destino dele é proteger aquilo que ama. O poder do deus ajudará. Porém, se em mãos erradas cair, apenas destruirá.”
— Essas citações... Fazem referência aos Ginásios de Johto... - Disse Chuck pensativo.
— Dizem que o portal para as Ruínas de Sinjoh, apresenta uma profecia. Por isso está em constante mudança. E foi isso que esta escrita me pareceu. – Continuou Morty.
— Mas como vamos abrir esta porta? – Resmungou Bugsy, sentando no pé de uma das estátuas.

*Click*

O pedaço da parede começou a brilhar fortemente. O garoto sentara num botão escondido, que abrira o grande portal para o destino dos jovens.
Quando a luz abaixou, havia uma fenda na parede e uma fraca luz amarelada do outro lado.

— Será que este portal nos levará? – Jasmine se aproximou, curiosa.
— Temos que nos arriscar. Pelo bem de Johto. – Falkner então, caminhou em direção à luz amarela, que o puxou.

Todos se olharam e então, seguiram o líder do Ginásio Voador.


~~~~~ X ~~~~~

Ruínas Sinjoh


Um som sereno nos ouvidos, parecido com uma canção de ninar. Leveza no corpo, e um sentimento de bem-estar. Essa foi a sensação que sentiram ao passar pelo portal.
Quando abriram os olhos, estavam parados em um pequeno círculo de grama. Cercados por gigantescas montanhas, estavam no destino final. A partir dali, começaria o maior de seus problemas.

— Todos preparem seus Pokémons. Não sabemos o que nos espera de agora em diante. Façam o que for necessário para se livrar da Equipe Rocket. Abriremos caminho para Paul. Se ele conseguiu vencer os membros da Elite dos Quatro. Com certeza tem poder suficiente para derrotar Giovanni. Mas todo cuidado é pouco. Então, Arthur e Lyra, vocês o acompanham. – Comandou Falkner.
— Tudo bem. Conforme o plano, Falkner, Bugsy e Clair nos protegerão pelos céus. – Explicou Arthur.

Os três líderes concordaram e então começaram a pegar suas Pokébolas.

— Vão meus amigos! – O líder do Ginásio voador pegou cinco cápsulas e as jogou no ar. Seus Pokémons apareceram voando. Um belo e grande Pidgeot pousou ao lado do rapaz, para que ele subisse em suas costas. No céu, se encontravam um Braviary - Falcão de pele azulada, com tons brancos e vermelhos nas asas e rosto -, Noctowl – uma coruja marrom, conhecida como uma ave muito inteligente -, um Honchkrow e um Swellow – pássaro azulado, com pelos brancos na barriga, possuidor de um olhar feroz.
— Preciso da ajuda de vocês. – Bugsy usou quatro Pokébolas.

Brilhos saíram das cápsulas e então os monstrinhos do jovem surgiram. O primeiro era um gafanhoto de aço vermelho. Scizor parecia disposto a lutar bravamente.
Além dele, Butterfree – uma pequenina borboleta roxa -, Beedrill – abelha com dois grandes ferrões no lugar das mãos -, e por último, uma grande abelha-rainha, com algo parecido à uma colméia como uma saia. Era Vespiqueen.

— Minha vez. Saiam, vamos proteger os céus.

De duas Pokébolas, saíram Charizard e Hydreigon. De outra, um Pokémon parecido com uma ave. O formato de seu corpo era semelhante ao de um pequeno avestruz. Uma plumagem branca, parecendo algodão, contornava-o todo, incluindo as asas, deixando apenas o rosto, as patas e a cauda à mostra. O outro, era um dragão azul, com a parte da cabeça vermelha. Seu corpo cheio de espinhos o tornando mais amedrontador. Eram Altaria e Druddigon.

Assim, Falkner montou em seu Pidgeot e subiu aos céus seguido de seus Pokémons e de Clair no Charizard, e Bugsy no Scizor.

— Deixem a parte de cima conosco! E tomem cuidado! – Gritou o rapaz enquanto voava.

Em terra firme, todos liberavam seus Pokémons principais. Paul estava ao lado de seu felino, Persian. Com Arthur, um outro gato, porém acinzentado e com uma larga cauda, tendo uma pluma no final. Um Glameow. Lyra não largava seu pequeno Dunsparce.
Whitney usava sua Miltank. Uma simpática vaquinha que recebera de seu tio, das Fazendas Moo-Moo. Morty, o fantasmagórico Gengar, com seu corpo feio de gás, ou algo parecido. Precisando de espaço, Jasmine liberava seu enorme Steelix. Uma cobra de vários metros, com o corpo inteiro feito de aço. Acompanhando Chuck, seu fiel amigo, e parceiro de treinamento, um Poliwrath. Por último, Pryce com seu Mamoswine. Um mamute grande e gordo, que fora seu primeiro Pokémon.

— Vamos, mas prestem atenção em tudo. Podem estar por perto. – Paul andava na frente de todos.

Com passos largos, foram se aproximando cada vez mais do enorme pedaço de terra que ficava na frente da caverna, ou melhor, do Santuário Sinjoh.

— Muito estranho... Nenhum Rocket até agora... Algo está errado. – Foi apenas ter pronunciado estas palavras, que Lyra sentiu o perigo se aproximando.

De vários locais possíveis, membros da quadrilha surgiam, seguidos de Pokémons, em sua maioria venenosos, como Weezings, Arboks, Skuntaks, entre outros.

— Paul, Arthur, Lyra, vocês continuam. Vamos lidar com estes aqui. – Jasmine sorriu e olhou para seu Steelix. – Agora Steely, Earthquake!

A enorme cobra rastejou e com a cauda, bateu forte no chão, fazendo com que tudo tremesse, causando dano forte aos Pokémons inimigos.

— Ataquem! – Ordenou um dos Rockets. – Poison Tail!

Sevipers e Arboks rastejaram numa incível velocidade e suas caudas pingavam de puro veneno. Poderia ser um ataque fatal.

— Poliwrath, Water Pulse! – Comandou Chuck. O sapo azul então começou a formar uma esfera d’água em frente à “boca” e a desferiu na direção das cobras, que receberam o forte impacto.
— Miltank, Protect! – A vaquinha rosa criou um campo verde ao redor dos aliados.
— Gengar, faça-os dormir com Hypnosis! – O fantasma criou ondas invisíveis, que fizeram os Pokémons inimigos ficarem sonolentos.
— Nossa vez Mamoswine. Use Blizzard! – Uma forte nevasca percorreu o local atingindo todos que encontrava no caminho, exceto aqueles que estavam protegidos por Miltank.


Os três amigos aproveitaram a deixa e seguiram caminho ao Santuário.

Quando adentraram o local, viram uma cena aterrorizante. Um enorme Pokémon agonizava, caído no chão. Grandes agulhas penetravam sua pele, sugando sua força vital. Gotas de sangue prateavam escorriam dos furos. Controlando as máquinas que faziam o processo, estavam dois homens. Suas roupas eram diferentes dos simples membros da Equipe. Era um traje mais formal, preto. Um deles, usava uma boina preta na cabeça, sobre o cabelo esverdeado. O outro, usava um penteado para o alto, e seus cabelos eram de cor roxa.

— Senhor, o processo está 95% finalizado. – Disse o de cabelo verde à Giovanni, que apenas observava o Pokémon sofrendo.
— Continue, Proton. – Ordenou o chefe. – Petrel, como anda a energia dele?
— Ele está resistindo, porém, está fraco demais. – Respondeu o de cabelos roxos.
— Falta pouco para toda Johto ser destruída... E então, farei o meu continente...
— Você é maluco? O que pensa que está fazendo!? Vidas foram tiradas para que você tivesse um continente seu? Maníaco! – Gritava Lyra. Lágrimas escorriam por seu rosto, era triste ver a cena em que Arceus se encontrava. Lutando pela vida.
— Ora ora... Vejo que temos companhia... – Giovanni parecia não se importar com os insultos. – Petrel, Proton, por favor, livrem-se dessas crianças.
— Com prazer. – Proton sorriu e estalou os dedos. Assim, um Weezing surgiu da escuridão do canto da sala. Outro apareceu junto de Petrel.

— Paul, deixa eles conosco. – Disse Arthur. – Glameow, use Shadow Claw!

As garras do felino ganharam uma aura negra, e então, ele correu e acertou um arranhão no rosto do Pokémon de Petrel.

— Dunsparce, Flamethrower!

Enquanto a batalha ocorria, outros dois membros executivos da Equipe Rocket se aproximavam de Paul para detê-lo. Um era Archer. Vestia um traje branco, bem formal, com um “R” no torso. A outra era uma mulher, vestindo uma roupa parecida, porém, com uma saia. Era Ariana.

— Houndoom, venha. – O homem chamou seu Pokémon. Um cão preto, parecido com um dobermann, uma caveira no peito, e ossos decoravam seu corpo. Além de um par de chifres na cabeça.
— Vileplume, ataque! – O Pokémon de Ariana veio correndo preparada para golpear o jovem. Seu corpo era pequeno e roxo, com grandes pétalas na cabeça.
— Persian, se prepare. – O jovem parecia nervoso, seria dois contra um. Colocou a mão no cinto para pegar mais uma Pokébola.
— Não vai funcionar. – Disse Giovanni vendo a ação do rapaz. – A energia das máquinas inutiliza as Pokébolas...

Mal terminou de falar e algo inesperado aconteceu.

— Hyper Beam! – Um grito ecoou pela sala, e um laser atingiu o Houndoom em cheio.
— Fire Blast! – Um outro comando, dessa vez, uma voz feminina.

Quando a fumaça se dissipou, duas figuras voavam em Pokémons do tipo dragão. Eram os Campeões da Elite dos Quatro, Lance e Cynthia. O rapaz montado num Dragonite, enquanto a mulher, num Garchomp. Pularam no piso ao lado de Paul.

— Precisando de reforços? – Sorriu a simpática moça.
— Claro! – Concordou retribuindo o sorriso.
— Dragonite, use o Aerial Ace! – Assim, o dragão laranja voou em direção ao cachorro de Archer, o atingindo com as asas, que apesar de pequenas, causaram um forte dano.
— Garchomp, Iron Claw! – O Pokémon com aparência de tubarão, voou na direção da venenosa planta e acertou-a com um poderoso golpe usando as garras.

Vendo a situação, Paul se adiantou e foi em direção à Giovanni. Precisava impedi-lo.

— Pare de causar dor a este Pokémon! Isso é crueldade. E o que você pretende é um absurdo!
— Prosseguirei com meu plano, e não será você que vai me impedir. Ataque-o meu companheiro! Mostre a eles o verdadeiro poder de um Persian!

De trás de uma máquina, surgiu um felino, igual ao do jovem, porém, mais feroz. Sua expressão era sombria.
Giovanni tentava parecer confiante, mas por dentro, sabia que seu Pokémon não fora criado para batalhas. Era mais como um bicho de estimação. Fora surpreendido sem seus outros monstros de bolso, e não teria tempo de ir ao lado de fora do templo, para chama-los.

— Um Persian... – Surpreendeu-se o garoto. – Amigão, sei que você pode derrotá-lo. Confio em você.

O gato acenou positivamente a cabeça e se preparou para a batalha. Precisava vencer. Por seu mestre. Por todos aqueles que confiavam neles. E por Johto.

— Use Iron Tail! – Comandou Paul. A cauda do Persian ganhou um brilho metálico e acertou o corpo do inimigo.
— Cut! – Giovanni ficara nervoso. Faltava tão pouco para seu plano estar completo, e crianças apareciam para atrapalhar.

O gato maléfico correu, com as presas prontas para cortar a pele do outro.

— Esquive! – Vendo que o oponente não estava de brincadeira, Paul sentiu um pouco de medo. Não queria que nada de ruim acontecesse ao seu Pokémon. Seguindo o comando de seu dono, o felino saltou, aparecendo atrás do monstro que Giovanni criara. – Agora use Water Pulse!

Uma esfera feita de água apareceu em frente à sua boca aberta. Preparou e a lançou. Atingiu o outro bichano na lateral. O dano não fora tão poderoso, mas o deixou totalmente molhado.

— Agora... Thunder! – Persian concentrou suas energias, e um potente trovão caiu sobre o Pokémon inimigo, que por estar molhado, recebeu o dobro de dano.

Caído no chão, se encontrava um gato muito ferido, quase morto. Uma lágrima correu pelo rosto de Paul. Seu Pokémon abaixou a cabeça. Sentia o mesmo sentimento que seu dono. Não queria fazer aquilo, mas foi necessário.

— Per... Persian... – O homem estava chocado. – Como ousa!? – Gritava como um louco agora. Veias saltavam de seu pescoço. – Você me paga!

O líder da quadrilha correu em direção à uma das máquinas e retornou o processo de sucção da energia de Arceus.

— Pare! – O jovem tentou impedi-lo, mas era tarde.
— 99%! Agora ninguém mais poderá me parar! Hahahahaha!

Todas as batalhas pararam, e os olhares se concentraram na máquina e Arceus, que agora gritava ainda mais.

— Não posso deixar... Persian! Use Fury Swipes!

O gato correu e com as garras causou poderosos cortes na direção das máquinas, que se localizavam atrás do Lendário Pokémon, e onde Giovanni estava.

— Parece que seu ataque não foi muito preciso... – O homem riu ironicamente.
— Eu acho que foi. – Com um olhar malicioso, Paul olhou para os fios que prendiam Arceus, que agora, estavam cortados em pedaços.
— O que!? Como!? Não pode ser!

Repentinamente, vários policiais entraram no salão, seguidos de majestosos Arcanines, cães de coloração vermelha, com pelos grandes e macios de cor bege em algumas partes do corpo, incluindo a cauda.

— Seus dias acabaram, Equipe Rocket! – Gritou um que vinha a frente do grupo.

Ainda em estado de choque, não foi difícil prender Giovanni. Os outros, se renderam e foram levados.

Os jovens e os líderes de ginásio correram em direção à Arceus.

— Você está bem? – Perguntou Paul.
— Sim... Mas... Estou sem... Forças... – Falava o lendário, telepaticamente. – Agradeço... Pelo que fizeram por mim... Sinto muito... Não poder... Ajudar a recuperar... Johto...
— Tudo bem. Se todos trabalharem bastante, creio que poderemos reparar os danos causados às cidades.
— Agora, preciso voltar aos céus... E descansar... – Começou a flutuar, com muita dificuldade. – Porém... Peguem isso...

Uma pokébola surgiu no ar. Era brilhante, sendo de cor dourada na parte superior, e prateada na inferior.

É uma... Pokébola GS... Apenas alguém... Com um coração puro... Poderá liberar o que tem dentro dela...

E com isso, o lendário desapareceu num feixe de luz.
Paul segurou a Pokébola e a olhou. Um brilho cercou-a e ela abriu. Uma luz saiu e dela, apareceu um pequeno Pokémon. Parecia uma fadinha verde. Voava, e parecia ter acabado de acordar. Seus olhos grandes focaram o rapaz e o monstrinho deu um sorriso.

— É um... Celebi? – Lyra estava surpresa. Celebi era um Pokémon lendário possuidor dos poderes de viajar no tempo.
— Celebi, precisamos da sua ajuda. Johto está destruída. Você poderia nos ajudar a restaurá-la?

Acenou a cabeça positivamente e sorriu. Começou a voar e desapareceu pelos céus. Seguiram-no para o lado de fora, mas já não estava mais à vista.
O pequeno lendário começou a percorrer todo o Continente. Por onde passava, uma aura verde brilhante ia reparando os destroços.
Conforme ia passando, as cidades ganhavam vida novamente. Construções caídas se erguiam. Florestas queimadas restauravam sua vivacidade. Os mares ficavam limpos como antes.

Assim, com a ajuda de Celebi, e de todos os moradores do continente, e até de outros, Johto voltou a ser um lugar pacífico, cheio de alegria e paz. Dos céus, pousado numa nuvem, Arceus sorria, vendo que agora, o lar de muitas pessoas e Pokémons, estava seguro. E permaneceria assim por um bom tempo.

vs.

Mag escreveu:
O Grito

Quando o sol centralizou-se no céu foi que Marlon sentiu sede. Medo também. Já fazia uma hora que parara naquele lugar abruptamente. A terra era árida e seca, cheia de rachaduras que se arrastavam pelo chão, sem fim aparente. O calor do sol escaldante torturava seu corpo. Não havia sequer um resquício de nuvens naquele céu que parecia querer cegá-lo.

Ao longe, esparsamente espalhadas, havia umas poucas árvores de galhos retorcidos, cascas ressequidas e folhas escassas; sob seus pés descalços, um mato rasteiro e seco mantinha-se firme à terra, embora tivesse uma aparência sem vida, de sequidão mórbida. Embaixo de uma das árvores, viu duas girafas tranquilas tentando alcançar as folhas, e aproveitando da pouca sombra também, percebeu.

Continuou andando para o que achou que fosse o norte. Em algum momento durante a caminhada, viu vários elefantes afastando-se para o leste. Pensou em segui-los. Provavelmente encontraria água. Mas poderia se perder... A ideia pareceu-lhe ridícula. Já estava completamente perdido; poderia se arriscar a ir aonde quisesse.

Seguiu-os, mas à distante. Então ponderou. Ele estava na África? As características que via eram fortíssimas, mas como? Como fora parar ali repentinamente?

Não andou muito até que ouvisse berros de medo e dor. Não era um som produzido por animais. Eram seres humanos. Perscrutou todos os lados, tentando visualizar mesmo com o mormaço que subia da terra e embaçava a visão. Muito longe, à direita, viu o que poderiam ser cabanas.

Com esperanças atulhando em seu coração, correu naquela direção. Precisava alcança-los e tentar compreender o que havia acontecido. Quanto mais corria, mais percebia o quanto já estava exausto e sedento.

No meio do mato seco, deitado na terra, avistou um grande leão. A cabeça estava virada em sua direção. Freou subitamente, soltando um grito de desespero. Mas o animal selvagem não moveu um músculo sequer. Parecia não tê-lo visto, embora estivesse com os olhos em cima dele. Decidiu que não ficaria ali nem mais um segundo. Prosseguiu correndo, voltando a cabeça para trás para verificar se o leão o perseguia. Nada.

Ao chegar bem próximo das cabanas, Marlon ouviu mais gritos aterradores. Eram humanos, sim. Mas havia alguma coisa errada. Continuou, mas desta vez devagar. Não queria ser surpreendido numa chacina de leões.

Chegou ao lugar. No chão, espalhados para todos os lados sem qualquer cuidado, estavam corpos de homens e mulheres negras deitados, mortos. Tentou acalmar a respiração acelerada pela falta de fôlego. Novo grito propagou-se, agora mais alto. Vinha de trás da cabana logo a sua frente. Marlon foi até lá, devagar.

A cena fora a mais intrigante de sua vida. Sentado no chão estava uma criança em prantos. Era negro como o carvão, o cabelo crespo. Seu corpo era magérrimo. As lágrimas desciam de seus olhos e traçavam uma cova de dor na face suja de terra do menino. A pele transparecia, no entanto, a maior resistência que ele já vira. E nisso, sua pele era contraída sem controle contra o próprio corpo.

Na frente do garoto, uma mulher tão negra quanto ele estava ajoelhada no chão. Chorava. Em pé, diante dela, havia um homem branco, com olhos inundados de escárnio, que sorria para a situação. No início e para sempre, o que mais atormentou Marlon fora a forma destoante em que as peles do homem e da mulher se comparavam. Branco e preto. Preto e branco.

O homem levantou a mão, e nela um chicote de couro foi brandido contra a mulher. Um urro de dor esvaiu-se por sua boca. Cuspiu sangue involuntariamente. Mas manteve-se firme, na tentativa de proteger seu filho. A mão branca levantou-se novamente e o movimento fora perfeito. O chicote de couro envolveu o pescoço da mulher, que soltou um berro de sofreguidão tão alto que doeu o tímpano de Marlon, o espectador.

A mulher começou a ofegar, afoita, com ira e ódio. Segurou o chicote com as duas mãos e tentou puxa-lo e empurra-lo com toda a força que lhe sobrara. Mas não fora suficiente. Continuou bufando, cuspindo e tentando inspirar e expirar o ar. Morreu pouco tempo depois, sem poder despedir-se de seu filho.

A mão branca desenrolou o chicote do pescoço da mulher, mostrando três seguimentos de marcas deixadas ali para sempre. A criatura de pele branca olhou para o garoto negro que ainda berrava e chorava.

Ao espectador, aquele fora o clímax. A criança respirava com força, e a cada movimento de seu corpo, sua pele contraída parecia ser pressionada contra as próprias costelas por algum poder infame. Aquela dança continuou em câmera lenta, onde a costela tentava, infrutiferamente, rasgar a pele resistente do garoto, que sempre voltava a se estufar. A atenção de Marlon só se distraíra pelo movimento da criatura branca ao lado.

A mão estava levantada no ar novamente, pronta para mais um ataque. O espectador não compreendia o que estava acontecendo. Mas ele avançou. Num urro de raiva, pulou em cima da criatura branca. No mesmo instante o chicote desceu em sua velocidade máxima. Marlon atravessou o chicote e o homem e caiu no chão, estatelado. Um som agudo irreconhecível vazou pela boca de alguém, mas o espectador não quis pensar em quem fora. Tentou virar a cabeça para olhar, mas já não havia mais nada lá.

Estava na sua cama, em seu quarto, suando por todos os poros de seu corpo e remexendo-se sem controle. A respiração saía e entrava por suas narinas com dificuldade, e o som do ar se movendo para fora e para dentro era desesperador. Abriu os olhos. Estava tudo escuro. Empurrou a coberta fina com seus pés e, tremendo em compulsão, colocou sua mão na frente de seus olhos.

A mão era pálida. Branca e pálida. Pálida e branca.

Gritou.


Última edição por neXus em Ter 9 Abr 2013 - 0:20, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Caio. Dom 7 Abr 2013 - 23:14

Mag, gostei bastante de seu conto. Não sei o porquê, mas gosto de contos ambientados na África, eles sempre soam apetitosos. Vejo que também colocou aí alguma pressão, algum psicológico, algum terror, o que deu um quê a mais excelente.

Kyun, sua estória me assustou pelo tamanho (tanto que decidi lê-la por último). Bem, você usou muitas vírgulas desnecessárias IMO em lugares desnecessários. Tudo correu também muito rápido, sem grandes detalhes. Acho que seria uma ótima estória para Fic, mas não para uma OS. Você descreveu bem, e é muito interessante ver líderes reunidos assim, mas, realmente, ficou muito rápido e com várias vírgulas que irritaram a leitura.

Voto no Mag.

PS: Pryce é realmente da Equipe Rocket.




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Mensagem por Yoshihime Seg 8 Abr 2013 - 1:08


Mr. Perry escreveu:Kyun, sua estória me assustou pelo tamanho (tanto que decidi lê-la por último). Bem, você usou muitas vírgulas desnecessárias IMO em lugares desnecessários. Tudo correu também muito rápido, sem grandes detalhes. Acho que seria uma ótima estória para Fic, mas não para uma OS. Você descreveu bem, e é muito interessante ver líderes reunidos assim, mas, realmente, ficou muito rápido e com várias vírgulas que irritaram a leitura.


Também acho isso, funcionaria melhor como uma fic. Aproveite essa ideia


A do Mag vou pegar o que já havia dito pra ele:

"Curti bastante esse, Mag. Ainda não comentei no fórum porque não li o outro conto que está enorme, mas a sua narração é excelente conseguir transmitir o desespero e a tensão de forma maravilhosa. Adoro coisas que envolvam sonhos, e o final foi fantástico, parabéns!"


Voto no Mag


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Mensagem por Nivans Qua 10 Abr 2013 - 0:44

Mag 2x0 Kyun

Parabéns ao Mag e valeu pela participação, Kyun!

Btw, vamos em frente com o concurso! A próxima rodada será entre o Mr. Perry e o Colt, sendo que ambos poderão me entregar a One-Shot por MP até o dia 13/04. Enviarei aos dois uma MP avisando sobre o concurso e sua participação no mesmo.

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Mensagem por Nivans Sáb 13 Abr 2013 - 19:34

Colt me avisou que saiu do fórum por tempo indeterminado, sendo assim, perde o round por W.O. Ele mesmo me confirmou isso. Nesse caso, Perry venceu essa rodada. Enfim, vou postar a One-Shot dele.

Mr. Perry escreveu:
Quantas Curtidas Essa Princesa Merece?


Julie fora uma dessas abençoadas pelo mundo: cabelos louros bem lisos que reluziam feito ouro, olhos azuis d’um brilho intenso e corpo magro. Era muito rica, uma princesa em rosa choque com sua própria comissão de damas e governantes, suas amigas. Um sorriso malicioso sempre estampava seu rosto fino, dando-lhe um tom de inocência arrogante. E seu presente mais significativo fora uma festa gigante de luxo.

Sapatos de diamante não lhe eram suficientes; seu primeiro presente de aniversário realmente significativo foi um maço de cigarro, cuja fumaça consumia-a nos vidros fechados de seu carro importado. O uísque e a vodka logo surgiram em copos de cristal transparente bem lavado.

Envelhecia; e seus presentes realmente mais significativos foram um rim doado por um mendigo solidário morto a tiros e uma injeção de insulina para tirar-lhe o vômito de glicose.

Cada vez mais papuda, o suor aglomerava-se ao redor do corpo fétido, com as rugas, manchas etc no rosto facilmente quebrando o espelho a sua frente. E seus presentes realmente mais significativos foram fraudas geriátricas limpas.

Morreu, e seus presentes realmente mais significativos foram um caixão vagabundo num cemitério cova rasa e o broto d’um sorriso na cara sempre fechada, conturbada de seu filho.



O próximo round será entre Weird von Gentleman e Guillerjo. Os dois terão até o dia 16/03 para me entregarem a OS por MP e, como de costume, estarei avisando a eles sobre a participação.

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Mensagem por Nivans Qua 17 Abr 2013 - 20:13

Pois bem, Weird von Gentleman não entregou a One-Shot e, nesse caso, Guillerjo vence essa rodada.

Guillerjo escreveu:
Diálogo

O pequeno aparelho de som tocava ao lado do sofá. “Eu quero a sorte de um amor tranquilo/ Com sabor de fruta mordida/ Nós na batida, no embalo da rede/ Matando a sede na saliva”. Ele terminava de preparar o baseado. Sua cabeça estava no braço do sofá ao lado da perna dela. Ela repetia a música. Sua cabeça estava no outro baço do sofá ao lado da perna dele. Ele acendeu. Puxou. Entregou para ela.

— O que você espera do futuro? — Ela perguntou. Tirando o cigarro de entre seus lábios carnudos. Seus castanhos cabelos caiam sobre os ombros. Estavam um pouco despenteados por conta dos amassos. Seus olhos castanhos entravam profundamente na alma dele.

— Nada. — Ele pegou o baseado. Colocou na boca e puxou. Seus lábios estavam secos. Seus cabelos eram encaracolados, negros e volumosos. Seus olhos brilhavam verdes por trás das lentes dos óculos. — Por que esperar algo quando se pode construir?

— Então o que você constrói? — Ela pegou o cigarro.

— Nada. Melhor do que esperar ou construir é deixar acontecer. Ser pego na surpresa. Ver o desconhecido fruto de suas ações surgir. Você pode chorar, sorrir, rir, irritar-se. — Ele sorriu enquanto puxava mais uma. — E você?

— Eu espero conservadorismo, — Sorriu. — é o que acontecem com todos como nós, não é? Viram conservadores, reacionários.

— Não todos.

"Ser teu pão, ser tua comida/ Todo amor que houver nessa vida/ E algum trocado pra dar garantia"

— Battle Royale. — Ela puxou.

— O que tem?

— Se estivéssemos lá, você me mataria se estivesse frente a frente comigo?

— Eu me mataria. E você?

— Eu te mataria. Sem pensar duas vezes.

— Sempre soube que eu te amava mais. — Ele sorriu. Tragou.

— Eu também.

"E ser artista no nosso convívio/ Pelo inferno e céu de todo dia/ Pra poesia que a gente não vive/ Transformar o tédio em melodia"

— Você só que ser amada, não é? — Ele respirou fundo. — Você gosta disso.

— Talvez. — Ela girou suas pupilas. — Amar é difícil, ser amada tão fácil. Amar alguém faz você ter que deixar de amar outros. Faz você se decepcionar.

— Mas isso é parte do amor, não? — Ele passou. Já estava na metade. — Sempre achei que fosse mútuo. Você só quer um apoio para inflar seu ego.


"Ser teu pão, ser tua comida/ Todo amor que houver nessa vida/ E algum veneno antimonotonia"

— Não é isso. Existe um pouco de minha parte. — Ela tragou e passou. — Você sabe que não ficaremos juntos para sempre, não é?

— O que é isso? La belle personne?

— Realidade.

— Dói.

— Sim, dói. — Ela riu.

"E se eu achar a tua fonte escondida/ Te alcanço em cheio, o mel e a ferida/ E o corpo inteiro como um furacão/ Boca, nuca, mão e a tua mente não"

— A gente tenta de tudo para fugir. Erva, álcool... — Ela interrompeu.

— Sexo, bucolismo, masoquismo...

— Tolstói, Thelema e Umbanda...

— Orquídeas.

— Você é mesmo uma v[adia. — Ele cutucou a coxa dela com o indicador. Passou o que restava.

"Ser teu pão, ser tua comida/ Todo amor que houver nessa vida/ E algum remédio que me dê alegria"

— Talvez eu seja, mas então por que está comigo aqui no fim das contas? Está gastando seu amor com quem não merece. — Terminou o baseado. Lambeu os lábios.

— Porque afinal. — Ele sentou. — A realidade dói.


Então, que comecem as semis! Parabéns a todos que chegaram até aqui! A primeira semi será disputada pelo Mag e pelo Pokaabu, sendo que os dois terão até o dia 20/04 para me entregarem por MP. Como de costume, estarei avisando ambos sobre a participação no concurso.


Última edição por neXus em Qui 18 Abr 2013 - 0:23, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Esqueci de postar a OS do Gui ._.)

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[Finalizado] Concurso de One-Shots da PM - Página 2 Empty Re: [Finalizado] Concurso de One-Shots da PM

Mensagem por Nivans Dom 21 Abr 2013 - 0:06

E que comecem as semis! \o/ As votações vão até o dia 24/04. Então, vamos lá!

Pokaabu escreveu:
A boa morte.

Ei, Você! Você tem medo da morte?

No carro, o vento ensurdecendo meus sentidos, os olhos ainda marejados da lembrança das poucas palavras ainda ecoando em meu pensamento.

“Acabou.” Em momentos de aflição como esse, é normal você ficar atento e desviando o olhar da direção para o celular. O não toque do aparelho mantendo a vida, o toque trazendo a morte. E eis que o aparelhinho vibra, o medo de tomar uma multa quase não existe, peguei o celular, dizendo mentalmente, mesmo sabendo ser pura ilusão. “Não aconteceu nada, tudo vai ficar bem”. As mãos tremendo, apertando o volante, uma pontada no coração. “Alô.” Um alô de consentimento, de falsa preparação para fatídica notícia.

“Acabou.”

A voz arrastada, cansada, triste. Consenti balançando a cabeça, esquecendo-me das inconveniências de se conversar por celular. Informações que eu não queria ouvir, enterro, missa, explicações complicadas sobre doenças complicadas. Como é popular dizer: desliguei o telefone na cara. Apertei o volante com as duas mãos, acelerei. Falecida, inerte, inativa, paralisada. “Acabou.” Você deve estar se perguntando o parentesco da pessoa próxima a mim que se foi, ou o meu próprio nome. Desculpe-me, não quero que você se afeiçoe ou tenha pena de uma pessoa como eu, tenho meus motivos, acredite.

Desci do carro com as lágrimas descendo sem consentimento do meu rosto. Uma praia, pessoas correndo e farreando como se nada no mundo tivesse mudado. Naquele momento percebi o quanto insignificante é a minha ou a sua existência, como é ínfimo o legado que nós deixamos, ou o pouco tempo que se lembrarão de nós, familiares, uma geração, no máximo. Tentei me afastar daquelas pessoas felizes, era horrível pensar que alguém pudesse sorrir com a partida de uma pessoa tão especial acontecendo neste exato momento, era horrível pensar que um dia eu tenha feito isso.

Sentei-me na areia, um lugar afastado. As ondas arrebentavam e se refaziam, diversas vezes, um ciclo. O ocaso despontava ao longe, o mar engolindo o sol, que seria cuspido novamente no dia seguinte, e assim sucessivamente, um ciclo. Naquele momento, em poucos segundos, percebi que eu não deveria ficar triste pela morte, por mais que o meu coração desejasse o contrário, o fim representava um novo começo. A natureza provava e eu aprovava. Não é triste porque acabou, é triste por ter de acabar. Peguei cigarro e isqueiro no bolso, uma tragada, duas tragadas. Naquele momento eu estava feliz, feliz pelo fim, feliz pelo recomeço.

vs.

Mag escreveu:

O Euroíndio


Pegou na corda do arco e flexionou-a para trás com força, até que a armação de madeira rangeu. Preso entre dedos morenos, a flecha foi mirada em seu alvo. Este estava correndo desabalado, adentrando àquela floresta tão anormal, formada por árvores com copas em formato cônico.

Soltou. A flecha zuniu voando pelo ar e perfurou a cabeça do indivíduo que persistia em correr. Não persistiu mais; deu dois passos cambaleantes e caiu de bruços na terra.

O homem que usara o arco tinha corpo moreno e esbelto. Usava uma roupagem bem ornamentada com pedras preciosas e com peles de animais divinos da sua terra longínqua. Andou vagaroso até o fugitivo que tivera de matar. Embaixo do corpo, o sangue já se espalhara, embebecendo a terra úmida. Pedaços do cérebro do homem encontravam-se espalhados pelo chão.

Agachou-se ao seu lado, fez um rápido ritual habitual e puxou a flecha da cabeça daquele homem de pele branca que chegava a ser pálida, tão sem cor, tão sem cor. Levantou-se e retornou ao posto onde tinha a obrigação de ficar como vigia.

De lá pôde ver a grande escavação que estavam fazendo. Os pele branca tinham os tornozelos envolvidos por grossas correntes de metal, que se estendia ligando cada um deles. Todos nus, como saídos do ventre de sua mãe, exceto pela pouca vestimenta que tiveram de obrigar as mulheres hostis daquele lugar vestir.

O pajé de sua tribo aproximou-se dele, dizendo que era hora de trocar o turno dos pele branca. Aqueles já não aguentariam mais, logo desmaiariam. O outro grupo devia estar descansado. Ele obedeceu-o. Como cacique, convocou os capitães da tribo e levaram os prisioneiros ao cárcere improvisado que haviam feito naquela terra. Pediu que os outros vigiassem aqueles lá fora enquanto entrava para retirar os prisioneiros que estavam descansando.

Ao entrar, estranhou o silêncio torturante que estava impregnado no lugar. No chão, vários homens brancos estavam estirados no chão. Nenhum reagiu ao barulho da sua entrada. Observou com atenção o ressinto. Estavam todos deitados.

Colocou o pé em cima de um dos corpos e movimentou-o com força e brusquidão: nada. Agachou-se com a testa franzida e pôs a mão no peito de um deles para verificar a respiração. Estava morto. Repetiu a mesma averiguação em mais três corpos e o resultado apresentou-se o mesmo. Estavam todos mortos.

Um barulho que interpretou como risada invadiu o lugar. Ficou atento e observou ao redor novamente. O chiado rascante e agudo que ouvira fora de um deles. Estava em pé num canto, escondido pelas sombras. Andava em passos vagarosos na sua direção. O cacique gritou com autoridade que ele parasse, irritado com a situação, e com um medo aterrador que brincava de querer abalá-lo.

O pele branca não obedeceu. Continuou aproximando-se na mesma velocidade, como se nada houvesse acontecido. Quando estava mais perto, pôde reparar no sorriso débil que imperava no rosto do homem. Os poucos dentes amarelados que as surras não arrancaram dele pareceram ao cacique uma ameaça que jamais pensou temer. Da boca entreaberta ao riso, a saliva gosmenta escorria até o queixo, dali descendo numa linha repugnante misturada com mucosa, que hora se arrebentava com o próprio peso e caía no chão, dando espaço para a nova baba. Na mão dele, uma adaga rústica.

Não tardou a pegar o arco pendurado em suas costas, tirar com velocidade e destreza uma flecha da aljava, mira-la no homem branco e disparar o tiro.

Num átimo indizível o cenário inverteu-se. O delírio desfez-se da mente do louco. Ele não era o moreno assassino, era o moreno refém, o alvo. Não era o colonizador, era o colonizado. O outro não era o branco prisioneiro, mas era o branco assassino.

Ele, o moreno, na realidade sempre fora o alvo do tiro, aquele que andava vagarosamente na direção do colonizador, que era branco e tinha uma arma de fogo apontada em sua direção.

Percebeu-se tentando de todas as formas andar mais rápido, mas seu corpo debilitado não respondia. Sentia uma umidade indesejada escorrendo da boca, mas não se importou. Tinha de alcançar o homem branco para se redimir. Para redimir sua pele morena e escura em oposição à branca do outro, para redimir-se das crenças diferentes do que fora, em seu delírio, o euroíndio.

Um barulho ensurdecedor propagou-se pelo lugar. Ele ouviu, ao longe, o som de pássaros assustados voando, o pio desesperado das mães. E caiu no chão, enlameando-se com sangue e terra. Sua última alternativa foi tentar entrar em delírio novamente, mas o tempo acabara. O coração parou.

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Mensagem por Yoshihime Dom 21 Abr 2013 - 2:54

O do Pokaaabu ficou muito bom, uma reflexão interessante, só achei que se embolou um pouco no último parágrafo. A pontuação foi muito bem colocada.

O do Mag também está bacana, eu achei que seria apenas uma ficção de universo alternativo nascido em uma conversa nossa, mas foi algo bem melhor.

Ambos ficaram ótimos, mas voto no Mag,acho que foi melhor narrado e estruturado textualmente.

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Mensagem por Sally Dom 21 Abr 2013 - 4:43

Voto no Mag, na minha opinião, as duas histórias ficaram bem escritas e muito boas, mas a do Mag me chamou mais a atenção e foi mais interessante em meu ponto de vista.

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Mensagem por Caio. Seg 22 Abr 2013 - 21:17

Olha, eu pessoalmente não achei os dois contos muito bons, acho que podiam ter desenvolvido melhor q Gostei da visão do Pokaabu, e achei o do Mag bem nada ver (embora já tivesse sacado a parada do Universo Paralelo) até que, no fim, eu me surpreendi q.

Voto no Mag.

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