andergiehl Membro
Idade : 28 Alerta : Data de inscrição : 27/11/2010
Frase pessoal : Quem vem com tudo não cansa.
| Assunto: [Resenha] Thunder And Lightning Qua 12 Jun 2013 - 22:08 | |
| Thunder And Lightning Faixas:1. Thunder and Lightning (4:56) ← 2. This Is the One (4:04) 3. The Sun Goes Down (6:20) ← 4. The Holy War (5:12) ← 5. Cold Sweat (3:06) ← 6. Someday She Is Going to Hit Back (4:05) ← 7. Baby Please Don’t Go (5:10) ← 8. Bad Habits (4:04) 9. Heart Attack (3:39) ←
“Thunder and Lightning”, lançado em 1983, foi o último álbum de estúdio do Thin Lizzy. Antes de ouvi-lo, vale lembrar que este é diferente de qualquer outro disco do Thin: é muito mais pesado, rápido, violento, triste. Phil Lynott, cantor e baixista da banda, começava a dar indícios de que iria perder sua luta contra as drogas. Não bastasse isso, Snowy White (guitarrista nos dois trabalhos anteriores, “Chinatown” e “Renegade”) saíra da banda, dando lugar a ninguém menos que John Sykes, o que sem dúvidas colaborou com o estilo mais rápido e pesado desse CD.
Isso pode ser observado logo de cara na primeira música, a autointitulada “Thunder and Lightning” – uma porrada de quase cinco minutos. Se você é fã de Motörhead, com certeza gostará dessa música. O baixo nessa música – assim como em grande parte das músicas do álbum – está bem destacado, Philo fez um ótimo trabalho. O refrão é bem empolgante, facilmente viciável, além de seguir com um solo que explode com a música.
A próxima faixa, infelizmente, é ofuscada por dois grandes hits do álbum e da banda. “This Is The One” é boa música, que segue a linha mais “hard” da antecessora, sendo bem mais animada que a sucessora. Se você ouvi-la junto com o álbum, poderá soar repetitiva e chata; dê um pouco de atenção a esta.
O disco continua com a bela e harmônica “The Sun Goes Down”. Poderia descrevê-la como, no mínimo, fantasmagórica; há nela uma porção de tristeza – em geral para quem conhece a história da banda e sabe da situação em que estava Lynott – que te carrega com o ritmo tranquilo e meio blues, como faziam no passado. É ótima para se ouvir no crepúsculo, literalmente enquanto o sol se põe.
Como falei anteriormente, o baixo é bem marcado. Isso não é diferente na música “The Holy War”, que soa para mim bem NWOBHM, mantendo um ritmo bem contagiante (como acontece em “Massacre”). Downey como sempre fez um trabalho magnífico nas baquetas, mesmo que a percussão em si soe bastante crua. A faixa como um todo é pesada; desde sua letra – que fala de um tema bem delicado, a religião - até cada acorde. Phil a todo momento passa a sensação de fúria, d’algum sentimento estranho, um fulgor; um espírito de liberdade.
O que dizer de “Cold Sweat”? É mais uma que prova que Thunder é o mais pesado do Thin; a banda de Megadeth fez até mesmo um cover dela para seu novo álbum, Super Collider. Antes disso, claro, ela já era bastante famosa, talvez uma das que mais se destacava. Ela tem um riff porrada, igual a primeira música; tem um bom solo; tem uma linha totalmente NWOBHM (nossa, de novo!) provavelmente graças à Sykes.
Há de se confessar, o a viradinha final do álbum não é muito bem aproveitada, mesmo tendo músicas legais como “Someday She Is Going To Hit Back”. Retirando os vocais, temos uma boa música para jogos de Super Nintendo (semelhantes à série Megaman X, que tinha uma trilha sonora mais Heavy). Downey e a dupla de guitarristas (que sempre foi um dos focos e um dos maiores prazeres de se ouvir Thin) dão vida a essa música, até porque não há nada de demais nela senão seu próprio ritmo animado.
Outra bem legal é “Baby Please Don’t Go”, onde podemos até mesmo confundir sua introdução com a de uma música de Power Metal. Em geral, ela repete bastante, mas não deixa de ser legal por isso. Parece que a música rapidinho passa, até chegar ao seu solo que é bem... diferente, eu diria, para uma faixa tão “repetitiva”. De certa forma, parece com aquelas baladas de rock típicas dos anos 80. “Heart Attack” é um bom encerramento. Novamente, temos um baixo destacado, um vocal aparentemente menos cansado por parte de Phil, todos os instrumentos colaborando entre si. Ela literalmente deixa “Bad Habits” – a mais esquecida do álbum todo, sem dúvidas – no chinelo. Enquanto uma é totalmente estereotipada, a outra é um bom hard, como grande parte do disco.
Ao ler essa resenha, você com certeza deve achar duas coisas: ou que o disco é repetitivo, ou que eu não sei escrever. Prefiro que você ache o segundo, pois Thunder and Lightning é excelente. É literalmente uma pérola negra na discografia do Thin, pois raramente as pessoas param para ouvi-lo, mesmo com tamanha qualidade sonora... Em geral, é passível de dor saber que esse foi o fim não só de uma banda, mas de uma vida que a carregou praticamente nas costas.
Esta resenha foi feita por mim e pelo Caio (Mr. Perry), sendo que ele merece mais créditos e mais reconhecimento do que eu por este trabalho. Resolvemos fazer esta resenha porque gostamos bastante deste álbum e desta banda. Um triste final, porém, um grande final. ________________ ◠‿◠ | |
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