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Before - League of Legends

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Mensagem por RRDemétrio Sáb 19 Jul 2014 - 18:57

Before - League of Legends Nqs47LU



Após diversas Guerras Rúnicas o planeta começa a sofrer abalos que podem se tornar irreparáveis além de qualquer magia. Pretendendo interromper o conflito iminente e todos os que possam surgir entre duas potências de Valoran, Brandon, um cientista de Piltover que perdeu os pais na última guerra, apresenta ao mundo a sua solução: A Liga. Enquanto forma uma equipe para ajudá-lo a criar a Liga desenvolve uma forte amizade com o seu oposto, o bárbaro secular Tryndamere que busca vingança contra o assassino de seu clã. Conheça o começo das primeiras lendas a pisar em Summoner's Rift!


Prólogo

Marc e o seu clã, o clã Tryndamere, caminhavam noite adentro, sob a luz da grande lua. Independentemente de para onde se olhasse havia apenas neve. O frio ou a fome, talvez ambos combinados, derrubara um dos seus companheiros durante o trajeto mas Marc sabia que ninguém pararia para ajudá-lo, ele tampouco. Só os fortes sobreviviam no continente gelado Freljord. Intimamente ele até se contentava em ter um a menos entre eles pois os suprimentos que seu clã conseguira tomar da última tribo que destruíram estavam no fim e dessa forma haveriam menos pessoas nessa disputa.
Contudo lhe ocorria que era questão de tempo até ter o mesmo destino. A exaustão também começava a dominá-lo, cada parte de seu corpo gritava por calor e descanso. Ele sabia que estava distante de ambos, as paradas para dormir eram mínimas e sempre preenchidas por alguns turnos de vigia enquanto uma fogueira naquelas montanhas gélidas e escuras praticamente diria: “Estou aqui, clãs inimigos, venham me matar e tomar tudo o que eu tenho de valor”.
Todos caminhavam calados, os guerreiros mais resistentes poupavam cada energia enquanto os inexperientes não tinham mais nenhuma para gastar com coisas desnecessárias. A cada passo o seu pé afundava em uma grossa camada de neve e apesar das botas de couro, o frio queimava por dentro tão intensamente que ele se sentia nu e perdia cada vez mais da sua energia e vitalidade. Apenas continuar a andar consumia toda a força de vontade que ele poderia reunir, impedindo-o de perceber a figura que abria caminho entre os demais para ficar ao seu lado até que ela sussurrasse bem próximo:
– Aguente firme. Mais uma ou duas horas de caminhada talvez, os Observadores nunca nos encontrarão aqui. – Marc conseguiu ver um sorriso confiante entre a selvagem e absolutamente reconhecível barba do seu pai, o líder do clã Tryndamere. – Nem as Três Irmãs. – Completou, um pouco desgostoso consigo mesmo minando o próprio sorriso. Seu pai, em consenso com os outros membros, decidira não participar da revolta de Avarosa, uma das Três Irmãs, a que lutava pela liberdade do povo de Freljord, pela liberdade de pessoas como os integrantes do clã Tryndamere. Marc discordava de seu pai mas sabia que era o melhor jeito de continuarem vivendo, da forma que tinham tão poucos membros seriam dizimados por qualquer exército em uma grande batalha. Ele estaria feliz se pudesse continuar com o seu pai e os Tryndameres, viver para sempre ao lado deles.
Contudo, o berrante dos batedores soou.
– Inimigos! – Gritou um deles. Marc não conseguia ver de onde os tais inimigos surgiam, mas aparentemente seus companheiros sim. O frio, a fome e o cansaço foram esquecidos por todos enquanto o ar era cortado pelo som de duzentas espadas, foices, martelos, machados e arcos sendo retirados de seus respectivos locais de descanso. Homens saltavam por todos os lados, de trás de pedras ou pelas rochas cobertas de gelo das montanhas que os rodeavam e caiam iniciando combates tendo apenas a lua para testemunhar, ele não conseguia distinguir mais as silhuetas que se uniam e separavam das sombras trocando golpes mas sacou a sua espada cortando o que via e o que não via, apenas sentindo a carne mole se desfazendo no gume firme de sua espada curta.
Os atacantes eram experientes e tinham o fator surpresa ao seu favor mas caiam um a um diante da fúria sanguinária de Marc. O calor da batalha não o permitia pensar nem hesitar, seu rosto selvagem e impiedoso era a última coisa que muitos de seus inimigos vislumbravam antes do último suspiro. Não era a primeira vez que ele tirava vidas e Deus o perdoasse, não seria a última. Qualquer um que se aproximasse era considerado um inimigo e tratado como tal, a justiça nas montanhas de Freljord se fazia no aço e a misericórdia não era digna dos fortes braços que empunhavam qualquer coisa afiada ou pesada o bastante para arrancar vidas.
Com apenas quinze anos, Marc vivera muitas batalhas e não perdera nenhuma. Provar isso era muito fácil: Ainda estava vivo. Algumas dessas batalhas travadas consigo mesmo durante toda a sua vida, domou a fome, a sede, a fúria, a desobediência. Matar era um detalhe, uma necessidade, quase um emprego cujo pagamento era sobreviver mais um dia.
E aquela batalha não seria diferente. Ele abriu caminho até o topo da montanha, de onde vieram os inimigos e tomou o local de assalto com seus companheiros derrotando todos os presentes. Não se fazia reféns naquelas montanhas gélidas. A não ser que sua carne fosse extremamente necessária e Marc desejava de coração que nunca precisassem chegar a esse ponto.

– Vocês estão bem? – Ele ouviu a voz do seu pai. Apesar dos diversos cadáveres irreconhecíveis no chão, dando um tom rubro na alva neve e uma promessa de péssimo odor no futuro, seu clã não parecia ter sofrido tantas baixas. Os invasores foram repelidos com sucesso, agora o momento do saque viria e os corpos provavelmente seriam deixados ali para algum animal corajoso o suficiente para subir a íngreme ladeira. A morte parecia tão triste, nenhum daqueles homens por mais valente que fosse seria lembrado um dia. Suas vidas e seus sonhos perdiam todo o sentido ali.
“Ainda não chegou minha vez”, pensou sozinho. Todavia, a título de discordância uma voz assustadora e desconhecida ressoou por toda a montanha, paralisando todos com algo não muito comum entre os membros daquele clã, medo:
- Agora, viramos o jogo! – Seu dono era ainda mais assustador, sua cabeça era coberta por um tipo de elmo (mas como pareciam chifres de verdade!), sua pele era toda vermelha tal como o sangue que cercava os guerreiros no cume da montanha, nas suas costas pendiam duas asas que mexiam quase como se tivessem vida própria, contudo o que mais inspirava temor em quem o visse era a espada que este portava: Sangrenta, longa, (muito) afiada na ponta e serrada nas laterais. Tal como as asas, esta parecia ter vida própria, dançava ao redor de sua própria luz em plena escuridão fazendo sua melodia única, uma canção de sangue.
Porém, ele não estava sozinho. Junto ao seu chamado vários outros invasores chegavam ao topo da montanha onde a batalha havia se degringolado. O primeiro movimento pertenceu a ele: A montanha, e talvez a terra inteira, estremeceu quando o guerreiro vermelho pousou no coração da formação do clã Tryndamere após planar por ínfimos segundos no ar. Corpos já sem vida foram arremessados, outros perderam a vida após a queda de milhares de metros. Os outros guerreiros inimigos se aproximavam rugindo ferozmente, mas sequer era necessário. A investida do guerreiro vermelho era mais do que o suficiente para destroçar toda a disposição que havia nos Tryndameres. Arrancar as vidas restantes de corpos preenchidos pelo desespero e incompreensão era um mero detalhe.
Marc estava estatelado de costas no chão próximo à borda da montanha, sentia o gosto do próprio sangue na boca e todo o corpo dolorido, em seu estômago um buraco preenchido pela própria espada onde antes havia apenas couro e carne. As antigas dores voltaram somando-se aos novos ferimentos e fazendo-o desejar de todo coração que apenas morresse mais depressa. Entre uma fresta de seus olhos que lutavam para permanecer abertos viu um único homem de pé, ainda que vacilante, pronto para desafiar o guerreiro vermelho e toda a turba.
Sequer houve mais luta. Sua última visão antes das lágrimas e das pálpebras tomarem conta foi o sorriso desdenhoso do guerreiro vermelho e sua espada arrancando a cabeça barbuda do homem que anteriormente fora líder do agora extinto clã Tryndamere e também seu pai.
“Não, não, não”, ele ouvia as ovações dos vencedores, “não, não, não”, as risadas que prenunciavam a comemoração, “n…”, uma cabeça na neve sendo chutada. A cabeça do seu pai. Ele não precisava mais ver, não precisava mais ouvir, só precisava matar. Vingar os mortos que gritavam em sua mente. Mortos que não tinham mais nome ou rosto mas que outrora partilharam comida, bebida e espaço consigo. Ele entregou sua mente à fúria, cedeu a última coisa que ainda lhe restava: a consciência, interrompendo a própria mortalidade. Seu corpo foi preenchido por uma chama que não lhe causava danos, mas ainda assim tão intensa que derreteu a neve ao seu redor, os olhos reabertos brilhavam animalescos virando-se contra aqueles que o fizeram mal.
Qualquer espada serviria, qualquer lâmina afiada o suficiente para tirar centenas de vidas em instantes. Se deu conta de que havia uma cravada na própria barriga. Não lembrava como, não importava mais. Arrancou-a do próprio ventre alheio à dor que nunca veio embora devesse e ao sangue que jorrava feito louco manchando-o da cintura para baixo. Suas feridas fecharam-se parando instantaneamente o sangramento e seu corpo pôs-se de pé arrancando olhares estupefatos de todos os presentes, exceto do guerreiro vermelho que meramente sorriu:
– Matem-no! É um demônio! – Gritou um dos homens. Outros exclamaram favoráveis mas indispostos a concluir o serviço, intimidados pela fúria do jovem. O guerreiro vermelho estudou o garoto que mal conseguia se manter de pé e concluiu o julgamento com a sua voz grave:
– Hoje, ele vive. Os verdadeiros guerreiros sempre nascem em sangue. Vamos embora! Não tenho tempo para perder com os que ainda são filhotes.
O guerreiro vermelho partiu, deixando apenas os mortos para fazer companhia ao agora solitário Marc. Deixando apenas dor e ódio enquanto dava as costas, indiferente ao que aconteceria após aquilo. Talvez, em algum tempo e em meio a tanta matança, o guerreiro esqueceria daquele dia. Mas Marc nunca o faria.
Inconscientemente e contra sua vontade ele se sentiu tomado pelo alívio de estar vivo, a fúria que o possuía cessou repentinamente, seus joelhos cederam à neve e ele não tinha forças para perseguir aquele… Não o chamaria de homem jamais. Aquele que tirou tudo o que ele amava. Aquele a quem ele juraria vingança eterna, e não morreria até cumprir o juramento.


Muitos anos se passaram desde então…

A fic tá no Nyah! também, e eu acho que lá é mais agradável de ler, pra quem quiser : http://fanfiction.com.br/historia/52...ue_of_Legends/
Vai ser relativamente curta, mas nem tanto (eu acho). É uma espécie de retcon na história do LoL, explorando algumas origens que a Lore não aprofunda muito, ou seja, mesmo quem não conhece vai entender os conceitos, espero que gostem. ^-^
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Mensagem por pietrosaggioro Seg 21 Jul 2014 - 2:31

Eae cara o/

Li o prólogo e curti bastante, você conseguiu dar bastante emoção ao prólogo, achei a história bem profunda e tals. A temática também foi bem diferente, League of Legends, eu jogo, e cara, curti demais seu texto, estou curioso pra saber se você vai contar a história de todo o universo do lol ou apenas a história de Marc em busca de vingança. A descrição e narração foram muito boas, realmente transmitiram emoção. Cara só achei que o texto ficou muito "grudado", ficou tudo meio junto, eu me confundi um pouco na hora de ler, mas isso é questão de formatação, mas seria legal você dar um espaçamento, porque fica melhor pra ler e tals, mas isso não atrapalha muito, o principal que é o enredo e a narração e descrição estão excelentes ao meu ver. Enfim é isso, boa sorte com a fic e aguardo o primeiro capítulo Very Happy

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Mensagem por RRDemétrio Sex 25 Jul 2014 - 18:44

pietrosaggioro escreveu:Eae cara o/

Li o prólogo e curti bastante, você conseguiu dar bastante emoção ao prólogo, achei a história bem profunda e tals. A temática também foi bem diferente, League of Legends, eu jogo, e cara, curti demais seu texto, estou curioso pra saber se você vai contar a história de todo o universo do lol ou apenas a história de Marc em busca de vingança. A descrição e narração foram muito boas, realmente transmitiram emoção. Cara só achei que o texto ficou muito "grudado", ficou tudo meio junto, eu me confundi um pouco na hora de ler, mas isso é questão de formatação, mas seria legal você dar um espaçamento, porque fica melhor pra ler e tals, mas isso não atrapalha muito, o principal que é o enredo e a narração e descrição estão excelentes ao meu ver. Enfim é isso, boa sorte com a fic e aguardo o primeiro capítulo Very Happy

Poxa, valeu cara, fiquei muito feliz quando li seu comentário. O texto ficou grudado sim, e foi minha culpa. ;-; No Libre Office não estava assim, nem no rascunho daqui, mas na hora de publicar para o fórum... "My bad". xD
Marc tem um papel importante na história (ganhou até um prólogo inteirinho), mas eu vou explorar e fazer referências a todos os campeões que eu encontrei nas origens da LoL (Inclusive alguns dos mais recentes no jogo).



Capítulo um

 A Universidade de Piltover era conhecida por abrigar tanto yordles quanto humanos e qualquer outra criatura que pudesse aparecer sedenta por conhecimento. Administrada pelo gênio yordle Heimerdinger, formava as maiores mentes que Valoran já chegaria a conhecer. Caminhar pelo campus repleto de alunos deixava Ofelia nostálgica. Pouco tempo atrás ela frequentara o mesmo lugar como uma estudante e hoje voltava ali como uma das representantes do Instituto da Guerra.

 Aceitara a tarefa dada pelo Instituto não apenas para rever a universidade, também sentia saudades de seu ex-colega Brandon. Começaram na mesma turma mas ele claramente era superior, embora ficasse triste em ser chamado assim, tendo ingressado como o mais novo da história e se formado dois anos antes do restante. Ela não entendia como ele se sentia feliz desperdiçando os dias como professor, qualquer invenção brilhante o deixaria rico o suficiente para passar o resto da vida sem ter que trabalhar. Mas era Brandon afinal, ele seria excêntrico sempre que pudesse.

 – Parece um pouco longe de casa, senhorita. – Ofelia ouviu uma voz dizer, interrompendo seus pensamentos. Uma voz aguda e rápida. Há quanto tempo não ouvia essa voz! Virou-se não para os lados mas sim para baixo. Era difícil encarar alguém cuja cabeça está na altura dos seus joelhos como alguém mais velho mas o ar em torno de Heimerdinger se tornava respeitável. Atrás da grossa camada de pelos ela via os seus dentes tomarem a forma de um sorriso. Heimerdinger nunca esquecia um aluno.

 A raça yordle era composta basicamente de pequenos seres peludos, eles se assemelhavam a mini-humanos mas a sua sociedade, formada em uma cidade conhecida como Bandle City, era muito mais pacífica, com algumas exceções. Além de Heimerdinger, ela conhecera outros yordles como a embaixadora Poppy que fazia visitas constantes ao Instituto e sempre tivera boa experiências com a raça:
 – Ora vamos, professor. Minha casa sempre esteve aqui. – Respondeu retribuindo o sorriso – Bem como a minha “família”.
 – E está procurando pelo seu “irmão”?
 – Você nunca deixa nada passar em branco, não é, professor? Talvez eu precise tomar um pouco do tempo do Brandon emprestado, sim.
 – Promete devolvê-lo inteiramente são? Ele é um dos meus melhores professores. – Perguntou Heimerdinger em tom divertido, ela sabia que ele já havia percebido o que se passava, Heimer sabia muito mais do que falava, mas haviam coisas que apenas Brandon poderia fazer e o que ela pediria seria uma delas:
 – É o seu melhor. – Corrigiu-o sorridente.

 Conversou acaloradamente sobre a época de aluna enquanto ele a guiava em direção ao escritório de Brandon pelo grande edifício que sediava a universidade. Ofelia sabia que o próprio Heimerdinger havia construído o local tencionando guiar jovens mentes para seguir o propósito da cidade de Piltover: Progresso. Haviam quadros por todo o local, ex-estudantes, professores, grandes pessoas de Piltover tais quais Jayce, o defensor do amanhã, como era conhecido. Em outros tempos ela sonhara em integrar essa vasta seleção, na época nada parecia superar a honra de ter o seu rosto e nome cravados pela eternidade nas paredes de madeira daquele “santuário”.

 “Mas por que eu estou lembrando disso?”, ela se questionou. Era agora uma profissional séria e dedicada e cumpria todas as tarefas com perfeição, não bastava? Largar os sonhos de infância e amadurecer não era essencial para progredir? Ela já não tinha mais tanta certeza. Ao lado da porta de Brandon encontrava-se o seu próprio quadro. Como todos os outros, rodeado pela moldura de madeira ele estava de braços cruzados e sério. Abaixo, em uma plaqueta de ouro estava escrito “Professor Brandon”. Aquele clima sério não combinava com o Bran que ela conhecia, mas ela mesma havia mudado bastante. “Será que ele também…?”, se perguntava enquanto girava a maçaneta.
 – B-Brandon?! – O “escritório” de Brandon era no mínimo exótico. As paredes não possuíam apenas uma cor, tampouco as cores eram lineares, e se lhe perguntassem ela jamais afirmaria que havia um padrão ali. Parecia mais que alguém jogara vários baldes de tinta com as mais diversas variações das cores primárias nas quatro paredes e no teto. Não haviam janelas mas sim uma máquina barulhenta no teto que aparentemente resfriava o ambiente.
 
Centenas de projetos jaziam desenhados em folhas já extremamente surradas e cobriam todo o piso, Ofelia duvidava que ele tivesse concluído metade deles, do contrário nem todo o campus os comportaria. Mas também duvidava que ele fosse incapaz de fazê-los se algum dia desejasse. Não havia espaço para andar, muitas e frágeis mesas cobriam todo o espaço, cada qual contendo uma invenção singular que ela provavelmente passaria metade da vida para entender a função de cada uma.   Ali, o simples se tornava incrivelmente complexo, uma máquina em forma de rosto sorridente com duas mãos robóticas adjacentes ao lado preparava café enquanto cantava em uma língua desconhecida.

 No meio desse ambiente surreal, Brandon se encontrava sentado. A sua cadeira acolchoada provavelmente seria a coisa menos tecnológica do recinto, não fosse o fato de o massagear, medir seus batimentos cardíacos, temperatura e fornecer outros dados que ela não compreendia no visor. Ele continuava quase igual ao que ela se lembrava, seus cabelos que outrora foram loiros agora estavam misteriosamente embranquecidos mas ainda formavam um topete, ele sempre gostara daquele topete que inspirara no cabelo saltado do próprio Heimerdinger. Nas suas bochechas, crescia alguma barba irregular que tinha o efeito contrário do que ele provavelmente desejava: Ele parecia mais infantil com elas.

 Se alguém lhe dissesse que ele passara os últimos três anos ali, ela jamais duvidaria. Embora os olhos dele estivessem fechados ele tinha ciência dos visitantes, talvez alguma daquelas máquinas já o tivesse avisado quem ou quantos eram. Um sorriso se abriu assim como os seus olhos. Negros. Perfurantes. Dotados de um brilho singular que ninguém jamais desvendaria. Valiam mais do que qualquer máquina que havia ali ou em qualquer lugar do planeta. Sempre davam a sensação de que ela era capaz de radiografar a alma e ver além do que qualquer um poderia.
 – Algo de errado? – Perguntou Heimerdinger, notando a reação dela ao se deparar com tudo aquilo.
 – Não, professor. Eu encontrei exatamente quem eu procurava. – Ela respondeu, satisfeita como nunca. Ainda era aquele Brandon. Então ainda havia alguma esperança.


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Mensagem por pietrosaggioro Sex 8 Ago 2014 - 14:31

Eae cara blz? Desculpa a demora em vir aqui comentar, ando meio sem tempo, mas cá estou. Então cara, agora sim a formatação do texto ficou boa, ficou agradável a leitura. Sobre o capitulo achei um pouco curto e sem grandes revelações, meio prado, mas interessante. Acho que foi mais pra introduzir mesmo e tal. A narração e a descrição estavam muito boas. Gostei mais do prologo eu acho, porque foi bem movimento e muito profunda a estoria do clan Tryndamare. Enfim cara, espero que continue com a Fic e boa sorte com ela ;D

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Mensagem por RRDemétrio Sex 8 Ago 2014 - 16:22

pietrosaggioro escreveu:Eae cara blz? Desculpa a demora em vir aqui comentar, ando meio sem tempo, mas cá estou. Então cara, agora sim a formatação do texto ficou boa, ficou agradável a leitura. Sobre o capitulo achei um pouco curto e sem grandes revelações, meio prado, mas interessante. Acho que foi mais pra introduzir mesmo e tal. A narração  e a descrição estavam muito boas. Gostei mais do prologo eu acho, porque foi bem movimento e muito profunda a estoria do clan Tryndamare. Enfim cara, espero que continue com a Fic e boa sorte com ela ;D

Oie, valeu mesmo por ler e comentar. ^^ (Very Happy)

São muitos personagens para fazer referências ou inserir aí o começo fica meio sem ação (talvez por minha culpa mesmo. Mad).

A fic está continuando pelo Nyah! e pelo SocialSpirit, todo sábado 19:00h (quando eu não me perco no horário) tem um capítulo novo. E embora os capítulos estejam nessa pegada mais curtinha, eu fiz o possível nesse (e nos que já estão prontos) para trazer bastante conteúdo sem atropelar a sequência e abordando uma coisa de cada vez. Aos poucos a fic vai chegando onde todos (eu acho) queremos. (Luta, confronto, guerra, batalha, war, treta)

E mais uma vez, obrigado por ler e comentar. <3

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