Jogo Matrimonial - Parte 2

- Porra bicho, ainda bem que eu mandei ela calar a boca primeiro. -Me ajeito um pouco.


-Viu o que eu te disse, Carol?

Eita carai, são eles de novo, vou vazar antes que eme torrem.

-Chamei vocês não, na verdade eu já tava saindo, boa noite, ou seilá que horas são na zona pra vocês. -Saio andando nervosamente do café em direção ao portal.

Socorro.

- Por que vocês tem que mata-las? - Apollo para pra pensar. - Por que faz parte do jogo, é claro!

- Seus pedaços de merdas egocentricos, ninguém forçou vocês a matarem a Luta. - Ele parece compeltamente desinteressado. - Nós salvamos aquela garota, seja lá qual era o nome dela, colocamos ela dentro da torre, onde ela poderia continuar vivendo sua existência miseravel.

Apollo desaparece e aparece atrás de Carolzinha, passando seus grandes braços pelos ombros dela e a puxando para proximo de seu corpo, e abaixando a cabeça fala diretamente em seu ouvido, mas numa altura que todos pudessem ouvir:

- O sangue dela está nas mãos de vocês.

Ele desaparece novamente, e aparece sentado numa das cadeiras da Zona.

- Afinal, elas nunca tentaram sair da torre, tentaram?

- Não banquem o herói, só estão aqui pelo desejo, o egoismo de vocês vermes não tem limite.

Diana fecha os olhos e pousa os alvos dedos na testa, como se estivesse levemente irritada. - O nome dela é Natasha Raskolnikov, Apolo, commo eu já te disse. - Ela suspira. - Claro, meu irmão gosta de fazer gracinhas... Vocês são como animaizinhos, mas não do tipo ruim! Não são egoístas, eu não acho isso. - Ela da um sorriso caloroso. - Precisamos que vocês nos ajudem nessa nooobre missão de salvar o mundo...


Rod está irritado.

Jasper caía no chão após fazer a Luta morrer. Seu cetro deixava de ser um raio, voltando ao normal. Sua expressão não mudou por minutos. Ele estava assustado. Havia matado uma... Pessoa? Seja o que for aquilo, Jasper não se sentiu bem. Se sentiu pior ainda quando viu seu passado. Ele apenas queria ir embora. Ouvia atentamente Joestar e Carol, ambos tristonhos.

- Está feito...

Ele caminhava e a [palavra censurada] toda acontecia, uma garota misteriosa surgia. Ele não havia dito mais nada o tempo todo. Continuava surpreso, assustado e com medo. Ele suspirava, olhando para Bar, Diana, Apolo e Rod.

- Isso é errado. Muito errado. Shhhhhhhhhhhh... - ele chutava uma das pedras que surgia no chão quando precisava e saía andando rumo ao portal, adentrando ele com a mesma expressão de antes, agora um pouco menos surpresa e mais chorosa.

Uni minhas mãos enquanto apoiava meus cotovelos contra a mesa.

"Do matrimônio de Apolo... talvez vocês não saibam, mas demos a opção para a tal Natasha se render e vir conosco, ela decidiu por ela mesma que não queria. Isso tudo, foi ela mesma que escolheu, e me pergunto como vocês podem acreditar em tudo isso tão facilmente." estalei os dedos, criando uma caneta comum em minha mão.

"Se eu falar que isso é uma caneta... isso sera uma caneta?" aperto o objeto falso, e ele se desintegra no ar "Não, é apenas luz... por mais que se pareca com uma caneta, não é uma caneta de verdade, e mesmo assim acreditam em tudo que seus olhos vêem?"

"Por exemplo, se a 'luta' era mesmo uma pessoa específica, por que havia duas delas? de fato, é impossível provar coisas simples, até mesmo seria questionável se de fato estamos vivos, e somos seres de um universo existente, aceitando a existência de deuses é o mesmo que aceitar que existem infinitas possibilidades." suspirava abaixando o olhar, isso não levaria em nada.

"A oferta foi feita para a luta, ela recusou por vontade própria, não a nada mais a se dizer sobre isso, o destino dela foi escolhido por ela mesma no fim das contas." eu tirava o estranho objeto de lembrança que havia feito da tal 'luta' do bolso.

"Um pequeno medo, preso e sozinho em uma torre... Com medo de sair, pegou uma corda e se enforcou, e então não havia nenhum... não havia nenhum medo."  coloco o objeto sobre a mesa e olho fixamente para ele, como se estivesse tentando lembrar de algum detalhe que foi esquecido.

"Não a provas que a pessoa que clamava ser aquele medo existiu, e mesmo que essa pessoa tenho existido, não podemos provar completamente que estavam relacionados. Mesmo que aceitemos que essa pessoa era relacionada, não podemos fazer nada por ela se ela não nos deixa fazer nada. No fim, não se pode salvar alguém que não quer ser salvo." guardava novamente o objeto e mantinha um olhar fixo para a mesa "Ou será... que é possível?"

Bar sai de trás de Rod, e com passos duros que pareciam engraçados demais para alguém do porte fisico dela, desfere um tapa contra a cara de Misaki.



- Não ouse falar assim dos pobres seres que estão aprisionados ali! - Ela parecia brava, mas lentamente sua expressão começa a se tornar aquela de tristeza e dor.



Ela move sua mão até o peito de Misaki.

- Eu posso sentir as emoções de tudo que reside na Zona do Crepusculo, inclusive daqueles pobrezinhos lá dentro. - Misaki parece poder sentir o mesmo, por alguns instantes.

- Eu entendo que você queira negar que matou algo que era uma pessoa.

- Mas isso só te faz tão cruel quanto eles. - Ela se vira, e aponta o dedo para os deuses. - Eu sei o que vocês fizeram! E se não fosse pelo Rodzinho eu contaria agora mesmo.

Apollo ri, uma risada que parece ecoar pela infinitude da Zona do Crepusculo.

- Parece que finalmente alguma alma foi idiota o suficiente pra entrar aqui, não é? Diana, irmãzinha, vamos logo embora, esses merdas já estão me dando nos nervos.

Diana ri. - Vocês são bem divertidos! - Ela olha para seu irmão pelo canto do olho. - Você não pode negar que é interessante... Bem, acho que isso é adeus para nós. Meçam suas palavras, certo? 

Rod vai até a garota, se abaixa e coloca a mão no seu ombro, falando severo. - Acho que já foi demais por hoje.



 - Ele olha nos olhos de Diana. - Adeus, a deus. - Adiciona. - Deuses.

O deus sol se vira para Diana e a pega pela mão. - Não precisamos do seu adeus, esquisitão. 

- Fiquem bem, crianças! Boa sorte nos próximos desafios. - Diana pisca.

E então os dois deuses desaparecem num clarão de luz dourada/prata.