[GAMEPLAY] Magical Burst

-... É só tomar as precauções necessárias. Se a criatura for forte demais, fugimos e vivemos mais um dia, não é covardia fugir de um monstro desses, é sobrevivência... Reiko juntava as mãos e estalava os dedos, esticando os braços para frente.

Seus pingentes parecem puxá-las em uma certa direção. Vocês começam a andar. Nana segue tranquilamente, logo atrás de vocês.

Após uns 5 minutos andando, vocês chegam até um bosque, uma das áreas de trilha do parque. Uma cerca de arame com uns 2 metros de altura isola a pequena floresta do resto do parque. A porta de entrada está destrancada, então vocês passam por ela e seguem em frente.

É só depois de andar por mais alguns minutos que vocês conseguem reparar que algo está errado. Apesar de ser uma tarde de verão no meio de uma floresta, vocês não conseguem ouvir barulho nenhum. Nem o canto dos pássaros, nem o zunidos dos insetos e nem o chamado das cigarras, que deveria ser quase onipresente nessa época do ano. Mesmo o vento batendo nas copas das árvores parece silencioso.

Apenas mais uns metros a frente, o cheiro atinge vocês. É um aroma forte de cobre, como você sente quando cheira moedas, um cheiro metálico que você sente no fundo da garganta, como se o ar contaminado estivesse penetrando seu corpo pelas suas narinas e boca.

Atrás de vocês, Nana funga o ar, fazendo um barulho alto. - Não se preocupem, é só sangue. - Ela declara, indiferente.


Vocês só precisam andar mais um pouco até acharem a fonte do cheiro. A floresta a frente de vocês começa a se tornar... Errada. A grama e as ervas no chão se tornaram estruturas finas, cilíndricas e vermelho sangue, que fazem um barulho crocante ao serem pisados, e soltam um líquido preto e oleoso, com cheiro de carne podre. Os troncos das árvores foram substituídos por uma superfície amarelada e dura, toda reta e angulosa, similar em aparência e textura a ossos. As folhas das árvores também mudaram, se tornando uma estrutura única, vermelha e esponjosa, de onde, de vez em quando, pingam gotas do que parece ser sangue. Até mesmo o chão sob seus pés tem um aspecto orgânico, semelhante a pele recentemente cicatrizada, inclusive com alguns pelos saindo aqui e ali. Protuberâncias tumorosas também crescem do chão aqui e ali, e em alguns lugares, veias azuis são visíveis abaixo da superfície. De vez em quando, o chão dá pequenos espasmos, como se houvesse carne por baixo... Pisar nele faz um pequeno barulho abafado, molhado. Por fim, o céu... Está completamente negro, vazio e infinito, mas de alguma forma ainda há bastante luz.


Ao fundo, bem ao longe, e bem baixinho, vocês ouvem um barulho parecido com o choro de uma mulher.


O cheiro metálico do sangue se mistura ao cheiro agridoce da carne apodrecida, desestimulando vocês a seguirem em frente. Nana, porém, não parece nem um pouco desconfortável.

- E aqui estamos nós. Parece que finalmente chegamos ao pesadelo.

-Ugh... Isso aqui é o inferno ou o que? Isso cheira mal até pra mim... Reiko por um breve momento está agradecida de ter um nariz que não funciona direito desde o acidente. -Ainda assim.. Déjà-vu.

Junko se transforma, sua roupa brilhando e se tornando seu uniforme de Garota Mágica.


- Não... Nem o inferno poderia ser tão profano... - ela aperta o crucifixo com força na mão.

Yulia se transforma em garota mágica, mas ainda sim continua intimidada pelo local. Ela se esconde atrás de Hikari, olhando o caminho com uma cara de assustada por cima dos ombros dela.

- Uu-... essas coisas não... elas não são reais né? - ela observa tudo com desgosto, se perguntando se aquilo era real ou só um tipo de ilusão enquanto cobria o nariz com as mãos, tentando evitar sentir o terrível cheiro do ambiente, suas pernas estavam um pouco trêmulas e a cada passo que ela dava, era como se ela estivesse se preparando para pular pra trás e fugir a qualquer momento.

Mari se transforma rapidamente e segura sua serra elétrica bem rente ao corpo, continuando andando perto do grupo.

- Acho que são, Yulia... Queria que não fosse... - A garota se sente nauseada. - Vamos... Vamos lá... Podemos fazer isso.

-Ah é... Reiko brilha em roxo e se transforma. -Esqueci de fazer isso, besta eu. Reiko faz um facepalm para si mesma.