CAPÍTULO 1 - ARYA
Kyu estava andando pelas areias de uma praia. Não parecia o tipo de pessoa que ficava horas torrando numa praia, com uma bermuda ou até mesmo sunga. Não, ele odiava sungas.
Uma garota tava correndo de dois caras, que gritavam e xingavam ela. Kyu saiu correndo em direção a ela, e pulou em cima de um dos caras. O outro largou de cima dela, puxou uma faca e olhou pra Kyu.
- Quem você pensa que é?
Apenas olhou pra a garota, como quem perguntava se tinha permissão para matar.
- Permissão Concedida – sussurrou Kyu, pra si mesmo. Puxou uma faca presa em sua calça e ergueu pra frente, em direção ao segundo cara, sem nem perceber que tinha largado o outro.
Os dois caras riram, enquanto o outro que havia sido esquecido, estava nesse momento de pé, com uma faca apontada no pescoço de Kyu.
A garota estava com medo, mas, mesmo assim resolveu tentar. Puxou um revolver que guardava no bolso de seu short, apontou na cabeça de um dos caras e atirou. O outro se assustou com o barulho e se distraiu olhando pra ela, foi o suficiente para Kyu conseguir degolar ele.
A garota pôs a mão na boca e começou a chorar, se jogou de joelhos no chão e se arrependeu amargamente de ter feito aquilo.
- Quem eram eles? – Kyu perguntou, abaixando-se e confortando ela.
- É uma..longa..história...
* suspirou * - Vamos então, tenho tempo suficiente pra ouvir longas histórias.
Ela apenas ficou quieta concordando com ele. Kyu pegou a chave do carro e foi andando junto com ela até entrar no carro.
- Nome? – Sorriu.
- Eu sou Arya, filha de Nemesis. Sou uma espécie de Anjo, que por algum motivo vim cair aqui. Fazem 5 anos.
Kyu abriu um sorriso quase imperceptível, e tentou se manter atencioso a conversa.
- E você? Ganha a vida salvando garotas na praia?
- Não. Digamos, que, ganho a vida matando. Sou uma espécie de Assassino de Aluguel
Ela já ia começar a gritar quando ele sinalizou com seu dedo indicador, pedindo silêncio
- Você não é um anjo totalmente puro, não é mesmo? – Ele perguntou, tentando mudar de assunto. – Uma híbrida, de humano com anjo.
- É.. Pera.. Como? – Ela foi interrompida por mais uma síntese dele.
- E esses caras, provavelmente são demônios, procurando se vingar por algo que você ou algum antepassado tenha feito. Certo?
- Não exatamente.. É como se algum espírito estivesse controlando eles. São humanos que perderam a própria consciência, pra esse espírito.
- Onde conseguiu esse revólver?
- Uma garota frágil de vinte anos, não vai conseguir se virar sozinha apenas com os punhos. – Ela respondeu, talvez sendo um pouco irônica.
Concentrou-se no trânsito. Foi então que dois carros de polícia barraram a frente deles, dois policiais saíram do carro e apontaram armas em direção ao carro de Kyu. Seus olhos eram totalmente pretos.
Ele cerrou os dentes e Arya começou a se desesperar aos poucos.
- Espera! O que pensa que ta fazendo?
- Me divertindo um pouco – Ele sorriu sério, destravando seu revólver. – Tem um colete no banco de trás.
Kyu saiu do carro, se expondo de frente aos policiais.
- Qual foi... Vocês não vão ter coragem de matar um humano...
Os policiais estavam pedindo reforços. O outro começou a disparar tiros pra cima de Kyu. Os tiros penetravam sua blusa, mas era como se não fizesse efeito.
- .. Ou talvez não tenham capacidade. – Correu pra cima deles, e bateu com a coronha da arma na nuca de um, desmaiando-o de primeira.
Arya gritou logo atrás dele. Kyu se distraiu e olhou pra ela, levando um tiro de raspão no braço.
Deu uma rasteira no policial e atirou na sua cabeça. Então correu pra onde Arya estava , que logo estava já batendo no policial que a atacara.
- Precisamos sair rápido daqui – Ela disse.
Kyu suspirou. – Pediram reforços, conseguiram nos localizar.
- Tenho um jato particular no aeroporto daqui. Se conseguirmos chegar lá bem rápido, podemos ir pra outro estado.
- Tenho um plano.. Apenas me segue. Ele andou até um carro da polícia. Entrou e ligou o transmissor. – Câmbio. O Criminoso fugiu. Abortar missão!
- Sim senhor! – Disse uma voz do rádio.
- E os que já estão aqui? Eles já te viram. – Ela insistiu.
- Aí é só dar um jeitinho. – Saiu do carro e puxou a pistola. Acertou um tiro na cabeça de cada policial que estava de pé, um seguido do outro.
Ela apenas ficou se entreolhando com ele, como alguém que não acreditava no que tinha acabado de ver.
- Problema resolvido, podemos ir?
- Eu dirijo. – Ela respondeu apontando pro braço dele.
- Ah vamos, é só um raspão.
- Não deixa de ser um tiro. Mas.. Apenas uma pergunta.. Pra onde vamos?
Ele entrou no banco de carona do carro e tirou um mapa-múndi do porta-luvas.
- Precisamos de um avião um pouquinho maior. – Ele disse olhando pra ela.
- CORÉIA DO SUL? VOCÊ PIROU? – Ela berrou com ele.