Nesta noite a qual o assassino do hospital faz sua fama, completavam 3 meses que sua vítima estava internada. Jorge, um homem de 52 anos, aparentemente mais um morador da pacífica cidade de Cedro. O dono do bar mais antigo de Cedro, herdado de seu pai, tinha esperanças de que quando saísse do hospital pudesse voltar a cuidar dos seus porcos, tirar a teia de aranha do seu bar e quem sabe fazer uma reforma. Repetia há longos 30 anos que tinha um grande plano na cabeça para ser dono de uma grande rede de supermercados. Mas assim como sua cidade, sua mente sempre foi pequena. Cedia às tentações mais baratas e era refém das próprias situações que criara.
A propósito Jorge não estava no hospital por acaso, recentemente ele esteve envolvido em casos de pedofilia. Em uma manhã lamacenta pós-tempestade, como morava sozinho em casa e todos sabiam, escutaram ele gritando por socorro e estava completamente ensaguentado na sua sala que tinha virado o seu quarto, escura, empoeirada, com uma única fonte de luz que era sua televisão. Haviam arrancado as aréolas de seu mamilo e uma tentativa falha de arrancar sua mão deixou ela toda decepada. Após o delegado investigar o caso, Jorge disse que foi uma de suas ex-mulheres que o dopou e fez aquilo, mas preferiu não dar queixa. Marta que fora a última com quem foi casado, resumiu em dizer que não estava em Cedro na noite do acontecido e disse que se tivesse a oportunidade teria arrancado seu pênis.
No hospital, o "velho nojento" como era chamado pelas enfermeiras que viviam sendo assediadas, não recebia visita alguma, e de semana em semana recebiam novos companheiros em sua enfermaria compartilhada com outros 3 leitos. Um deles pegou repugnância de Jorge, era um rapaz novo, ele era a vista favorita da enfermaria. Ele se envolveu em uma perigosa modalidade esportiva nas águas do Rio próximo da cidade, durante uma chuva pegou uma forte tromba d'água. Quando saiu do hospital disse que tomaria providências para impedir que um homem como o Jorge possa conviver em sociedade.
Certa vez um homem estranho, esteve na recepção perguntando como poderia vê-lo pois dizia ser um primo que estava com muitas saudades. Mas de fato nunca o visitou. Esse mesmo homem já foi visto algumas vezes na cidade, mas sua atitude não levanta suspeitas, alguns acreditavam que ele poderia ser um detetive particular pra entender as circunstâncias da tentativa de assassinato ou tortura que aconteceu na cidade.
Já era a segunda noite de Jorge sozinho na enfermaria
— Tchutchuca tem muito espaço pra nós dois aqui. — disse Jorge com uma voz rouca jogando beijo para a enfermeira que passava pelo corredor — Aliás, pode trazer mais das suas amiguinhas. — Ele soltou uma gargalhada
A enfermeira entrou na enfermaria
— O senhor está precisando de alguma coisa? — a enfermeira disse entredentes — Temos um rapaz novo para ser internado aqui. Ele sofreu um acidente durante uma corrida, está passando pelo setor de traumatologia.
— Espero que esse merdinha tenha uma irmãzinha para visitá-lo, que saudades das minhas bijuzinhas.
A enfermeira não falou mais nada enquanto aprontava a cama que o novo paciente ficaria. Como tinha começado a chover forte ela fechou as janelas e ligou o ar condicionado no fraco.
— Não adianta querer me esfriar não, porque eu tenho fogo como um vulcão, meu pitel. — Jorge chegava pro lado como se quisesse que a enfermeira sentasse em sua cama.
— Se estiver frio o senhor chama alguém para regular.
Já era noite e ele viu alguém entrando na sala, Jorge pediu para que a enfermeira acendesse a luz, mas ela ignorou seu pedido e continuou em direção à cama de Jorge. Ele estava confuso, não sabia se era realmente a enfermeira ou outra pessoa. Ele não teve tempo de gritar ou de esboçar alguma reação, ele só sentiu o gosto de sangue na boca, mas não pode nem mesmo falar ele fora atingido diretamente no pescoço. Balbuciou algumas palavras, que ninguém ouviu. O assassino tão rápido como foi durante a morte, foi durante a fuga não deixando rastro algum.
...
— É nessa daqui que ele vai ficar? — perguntou o maqueiro sobre o novo paciente que ele estava transportando
— É sim! Por favor o leito em frente ao do paciente que já está na enfermaria. Você pode entrar que eu vou ficar aqui, esse velho poderia morrer. — a enfermeira estava cansada do assédio
Ao acender a luz a grande surpresa.
00 - JORGE MORTO
*gente supervisionem o tópico para não perder as postagens. votações para colocar na cadeia o assassino até sexta!!!