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 Caos

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Brijudoca
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MensagemAssunto: Caos   Caos Icon_minitimeSeg 13 Mar 2017 - 15:24

Caos 2020_c10

Sinopse:
Sumário:



Nota do Autor: Ahoy amigos, vim aqui depois de MUITO tempo dar início a essa Fic que, acreditem ou não, venho planejando há ANOS. Sério, pra vocês terem ideia, eu fiz o primeiro rascunho da mesma na época que eu ainda era um usuário ativo do fórum em 2011 mais ou menos (eita) porém nunca quis divulgá-lo. Ao passar dos anos tive várias ideias, e cheguei a reescrever a fic algumas vezes mas ainda sim sem nunca divulgar. Recentemente voltei ao mundo pokemon e decidi dar mais uma chance para minha criatividade e voltar a contar essa estória que planejo há tanto tempo. Espero ser bem recebido e fazer novas amizades, pois pretendo voltar ler as fics ativas daqui uma vez que já descobri vários talentos escondidos nessa área =D (e em uma rápida olhada pelos tópicos já encontrei algumas que merecem minha atenção)

Caos é inspirada basicamente nas séries, filmes e livros que eu curto, tanto em enredo, quanto em nome de personagens. Gosto de escrever capítulos longos, e devido a vida cotidiana, o tempo pode ser meu inimigo na frequência de postagem. Não quero estipular datas, nem metas, mas acredito que de 15 em 15 dias conseguirei postar um novo capítulo.


Sem mais delongas espero que apreciem.


Citação :
Prólogo
O Aniversário






- Um Poketch novo? - arriscou Harry.

- Aposto que é algum pokemon especial que ele pegou em Kalos especialmente pra você - disse Amy enquanto amarrava uma bexiga perto da mesa de doces.

Josh se empolgou tanto com essa ideia que quase caiu da cadeira em que estava empoleirado para pendurar uma bexiga acima da mesa do bolo. Com um salto ele pois seu pequeno corpo de volta ao chão. Josh era baixo para os seus 11 anos mas estava usando uma bela roupa que sua mãe trouxera da cidade de Hearthome especialmente para ocasião que o deixava com um aspecto mais velho. Tinha uma pele escura e exibia o seu sorriso característico que raramente sumia do seu rosto.

- Se for isso o Spencer vai ser o melhor irmão do mundo - disse ele com os olhos brilhando.

Spencer era o seu irmão mais velho que tinha prometido um presente especial para comemorar o seu aniversário. Harry vira poucos pokemons da região de Kalos ao vivo e a ideia de que seu melhor amigo podia ganhar um deles o deixou muito excitado. Posicionou a última bexiga terminando a decoração da sala. Com uma temática inspirada em pokemons de fogo, tipo favorito de Josh, o local estava um festival de vermelho e laranja com imagens de pokemons como Chimchar e Magmar. O cabelo muito ruivo da garota chamada Amanda se mesclava em meio a decoração. Ela ainda estava utilizando o uniforme da loja de flores dos seus pais mas estava deslumbrante como sempre. Harry flagrou várias vezes Josh com o olhar perdido nela e até ele próprio ficava estonteado com a sua beleza e se perdia em meio aqueles belos olhos castanho claro, mas respeitava seu amigo que era perdidamente apaixonado por ela.

- Bom, a decoração está pronta - disse ela. - Vou pra casa me aprontar pra festa.

- Também preciso me arrumar, até a noite cara - Harry deu um soquinho no ombro do amigo e saiu junto com a garota.

Eles tinham quase a mesma altura apesar da menina apelidada Amy ter 13 anos e Harry apenas 10. Com o aniversário de Josh, Harry Miller se tornara o mais jovem dos três amigos que cresceram juntos na pequena cidade de Floaroma. Ele era muito branco, possuía cabelos negros, olhos verdes e trajava camiseta e calça simples.

Já na rua Harry reparou que o tempo não estava muito bom, vários relâmpagos cruzavam o céu costumeiramente ensolarado da cidade. Amy puxou uma pokeball do bolso e libertou um pequeno esquilo com bochechas amarelas. De pelos brancos e azuis, o pequeno Pachirisu subiu aos seus ombros com uma expressão contente enquanto ela o acariciava. Este era o seu pokemon favorito, capturado durante a sua jornada em busca das insígnias de Sinnoh.  A garota saíra vitoriosa em todos os desafios de ginásio e teve a oportunidade de participar da liga Sinnoh. Harry assistiu extasiado suas batalhas pela televisão e ficou triste quando ela foi derrotada nas semifinais, mas não tanto quanto ela própria. Amanda Parker tinha voltado para Floaroma há alguns meses e não pensava em viajar de novo tão cedo.

Separaram-se na entrada da maior floricultura da cidade, pertencente aos pais de Amy. Com uma fachada enorme, a loja era lotada de flores que Harry demorou anos para decorar cada nome. Os Parker moravam no segundo andar e podiam ser denominados como ricos para o nível da pequena cidade. A casa dos Miller ficava a algumas quadras da loja.

De um tamanho modesto e com a cor amarelada na construção padrão a das outras casas da cidade, a de Harry em nada se destacava, mas ele gostava muito da sua pequena casinha. Lá dentro encontrou seus pais acompanhando as notícias do jornal local pela televisão. John Miller era um homem jovem e exibia uma expressão calma. Tal como sua mulher, nasceu em Floaroma e de lá nunca se distanciou. Sem muito interesse em pokemons acabou casando cedo e desde então leva uma vida tranquila como funcionário da polícia local, que raramente tinha algum problema. Jenny estava com uma mão dada ao marido e a outra em sua barriga que se encontrava em um estágio avançado de gravidez. Era muito bela pra sua idade e possuía olhos verdes marcantes que o filho herdara.

Harry cumprimentou seus pais com abraços e deu um beijo na enorme barriga de sua mãe onde ele sabia que se encontrava dois bebês. A casa logo ficaria pequena com seus dois irmãos correndo para todos os lados, pensou ele alegremente. Jenny encostou a mão no rosto do filho e disse:

- Bebê, se arruma logo pra festa pois quero você de volta o mais cedo possível. O jornal relatou muitas coisas esquisitas hoje e o tempo não está nada agradável...

- Ok mãe, voltarei logo - prometeu Harry.

Ele subiu as escadas e se dirigiu ao seu quarto, um aposento simples com uma cama, um guarda-roupa e um computador. Vários pôsteres estampavam a parede de seu quarto, desde suas bandas favoritas como Coldpok e Slipkmon, a fotos de pokemons lendários, com um destaque especial para uma bela imagem de um Mew voando no campo. Uma enorme tartaruga observava o tempo pela janela, possuía um casco vermelho e ameaçadores canhões de batalha. O pokemon se voltou animado para o treinador quando o viu, que por sua vez acariciou o seu recém-evoluído Blastoise com orgulho.

Harry possuía um desejo enorme de sair numa jornada pokémon e um dia participar da liga que nem Amy. Seu Blastoise fora um presente do famoso professor Carvalho. Harry o conhecera na escolinha pokemon quando o professor foi convidado a dar uma palestra para encorajá-los a se tornarem treinadores. Depois da palestra, ele e Josh bombardearam-no com dezenas de perguntas e depois de responder todas o professor quis ver como eles se sairiam em uma batalha e permitiu que ambos utilizassem um dos iniciais da região de Kanto. Josh escolheu usar um Charmander e Harry escolheu o Squirtle. Depois de uma batalha curta em que Josh saiu vitorioso o professor permitiu que ambos mantivessem os pokemons para ajudar em nossa futura jornada.
Harry e Josh treinavam todos os dias desde então, sendo que Josh era quase sempre o melhor. Seu Charmander já evoluíra em um poderoso Charizard há um bom tempo devido a seus treinos constantes e assim que os dois se formassem na escolinha, pretendiam sair juntos em uma jornada.

Em cima da cama de Harry um pokemon muito gordo se divertia enquanto devorava a calça favorita do garoto. O sempre comilão Munchlax era o seu único pokemon além do Blastoise, nascido de um ovo que o rapaz ganhou de presente do seu falecido avô. O pokemon se interessava muito mais em comer e dormir do que em outras coisas, mas também era poderoso.
Depois de um banho, Harry se arrumou com suas melhores roupas. Estava quase pronto para sair quando ouviu algo batendo na janela. Aproximou-se dela e quase caiu pra trás quando uma aterrorizante face de dragão surgiu.

- Ei, você demora que nem uma menina para se arrumar - disse um Josh brincalhão em cima do enorme dragão laranja que era o seu Charizard.

- Você me assustou mano, o que você tá fazendo aqui?

- Meu irmão - a cara de Josh se fechou - Spencer ligou e disse que não conseguiu pegar o voo pra cá por causa dessa chuva de tempestades esquisita... ele diz que algo estranho está vindo dessa região - ele puxou um binóculo do bolso e entregou a Harry - Olhe na direção do Mt. Coronet.

Harry olhou. Perto do topo estava a maior concentração de nuvens negras que estavam causando os relâmpagos. Além disso, algo no aspecto da região não parecia correto também.

- Tá, mas e daí?

- E daí é que nós vamos lá.

- Você é retardado?! A sua festa começa daqui a pouco, e o que nós faremos lá?

- Para cara - ele deu um muxoxo de impaciência. - Temos tempo o suficiente para ir dar uma olhadinha rápida se está acontecendo algo que as autoridades deveriam saber, e também... - ele foi diminuindo a voz. - Se eu estou correto, acho que ali é onde deveria se localizar o Spear Pillar.

O Spear Pillar era a região sagrada onde os pokemons lendários, Dialga e Palkia lutavam nos tempos antigos pelo controle total do tempo-espaço.

- Josh, o Spear Pillar é uma LENDA - contrapôs Harry com certa irritação.

- Ora, então vamos apenas dar uma checada - disse ele dando caso encerrado. - Anda, suba!

Percebendo que não havia como fazê-lo mudar de ideia, Harry retornou seus pokemons e guardou as pokeballs no bolso. Empoleirou-se na janela e encontrou uma posição no enorme corpo de Charizard. Com ambos montados, o pokemon disparou a velocidade total em direção ao Mt. Coronet. Com os cabelos lisos ao vento, Harry observou as pequenas casas da cidade dando lugar a regiões montanhosas e a temperatura caía mais a cada segundo apesar das chamas de Charizard mantê-los aquecidos. Os raios aumentavam cada vez mais de intensidade, mas Josh comandava os desvios perfeitamente. Quando ele reduziu a velocidade, Harry pode ver que se aproximavam da região que Josh visava, e de fato havia algo anormal lá.

O local era cheio de pedras brancas e os diversos pilares que se erguiam em direção ao céu sugeriam que aquele lugar de fato era o tal Spear Pillar. Os dois desmontaram escondidos atrás de algumas dessas pedras e observaram o estranho grupo no local. Haviam vários homens e mulheres vestidos de preto, alguns estampavam um símbolo parecido com a letra "I", e todos estavam em posição militar. Dois homens de terno se encontravam a frente deles mas dava pra escutar o que diziam.

- ... mas se algo der errado como podemos ter certeza de que ele não vai sair do nosso controle? - perguntou o homem aparentemente mais novo. Loiro e bonito como uma garota, porém com uma expressão fria.

- Não sairá - respondeu o mais robusto. Negro como Josh, ele possuía a voz gélida e uma atitude bruta. Seu terno tinha as mangas rasgadas revelando os bíceps enormes. - Vamos começar!

- Como queira senhor - respondeu o Loiro.

Ele saiu de perto do homem negro e distribuiu algumas ordens aos outros homens que saíram de forma apressada pelo lado oposto do local. Josh começou a se sentir inquieto mas Harry estava assustado demais para tentar sair dali.

Muito tempo depois vários dos estranhos uniformizados retornaram e um deles trazia em uma almofada uma estranha esfera com um brilho azulado. Atrás deles vinham outros escoltando um enorme pokemon que Harry teve que piscar os olhos para crer no que estava vendo. Gigante e assustador com diferentes tons de rosa erguia-se o guardião do espaço Palkia. Com uma expressão nada agradável, o lendário rugia a cada vez que uma estranha coleira no seu pescoço piscava. A coleira possuía um enorme fio que estava sendo guiado por um dos estranhos que Harry não conseguia enxergar com clareza.

Infelizmente Josh reconheceu primeiro os volumosos cabelos ruivos, os belos olhos castanhos e o característico pokemon no ombro e Harry não teve tempo de segurar o amigo antes de ele sair de trás da pedra e berrar:

- AMY, NÃO!

Dezenas de pessoas viraram a cara no mesmo instante para Josh. No desespero para ajudá-lo Harry também se revelou ao estranho grupo, já se preparando para montar no Charizard e desaparecer. Amy foi a primeira a se movimentar.

- Pachirisu, use o Thunder Wave!

O golpe atingiu eles em cheio, Harry caiu de joelhos e percebeu que não conseguia se mover. Josh e Charizard também estavam paralisados.

- O que temos aqui Parker? - questionou o Loiro um tanto aborrecido, o outro homem apenas os fitava curioso.

- Garotos que me conhecem senhor, nada de mais - respondeu Amy.

- Devemos nos livrar deles senhor? - perguntou o Loiro dirigindo-se ao homem robusto.

Este olhou para ambos e respondeu de formar calma, com a voz ainda mais gélida:

- Deixem que contemplem nossa obra e espalhem para os descrentes. COMECEM!

O grupo trouxe a estranha esfera azulada e se reuniram em torno dela com os olhos fechados e as mãos dadas. O céu ficou preto e a chuva de raios chegou a níveis catastróficos. Uma luz muito forte começou a emanar da esfera cegando Harry a ponto dele não enxergar mais nada. Um rugido intenso cessou a luz e diante deles estava um segundo pokemon tão grande quanto Palkia. Sua cor predominante era azul e sua cara era ainda mais assustadora.

- Agora? - perguntou o Loiro.

- Espere - respondeu o Líder.

Dialga ficou agitado ao notar a presença de Palkia no local e começou a carregar um golpe para lançar contra ele, que por sua vez foi libertado do controle de Amy para contra-atacar o golpe do guardião do tempo. Durante essa fração de tempo Harry se viu livre da paralisia e chamou seus pokemons pra fora a fim de ajudá-los a escapar. Josh olhava para Amy e tremia de raiva e tristeza.
Quando os golpes dos lendários colidiram, Harry ficou cego novamente. A explosão formara um estranho portal acima deles que tentava sugá-los como um aspirador.

- Sim! - gritou o Loiro extasiado - Esse é o poder que apenas dois lendários conseguem produzir juntos.

O chefe gritou "AGORA" e rapidamente uma corrente similar à de Palkia envolveu o pescoço de Dialga.

Harry tentou agarrar o braço de Josh para ambos desaparecerem dali, mas este com lágrimas nos olhos partiu pra cima do líder com seu pokemon ao encalço. Amy se adiantou e ordenou um ataque que Harry não escutou contra o Charizard, que recebeu muito dano. Harry instigou seu Munchlax a avançar e ajudá-los, enquanto Josh tentou se aproximar do líder, mas este o recebeu com um soco na boca do estomago. A sucção do estranho portal por um momento ficou mais forte e todos os homens e mulheres desviaram da sua área. Harry e Blastoise recuaram, porém, Josh não consegui escapar.  Abraçou seu Charizard e ambos foram engolidos pelo portal em seguida do pobre Munchlax que não conseguiu voltar para perto do treinador.

- NÃÃÃÃÃO - berrou um histérico Harry - BLASTOISE UTILIZE O HYDRO PUMP.

Sem saber para onde mirar, o pokemon utilizou seu golpe mais forte contra meia-dúzia dos estranhos que despencaram pelo Mt. Coronet. Isso apenas divertiu o robusto líder que ordenou com aquela voz ainda mais gélida:

- Dialga, use o Roar of Timer no garoto!

Totalmente sobre o controle do estranho, o lendário lançou o golpe contra Harry que ficou travado pelo medo. Uma fração de segundo antes do golpe acertá-lo, Blastoise se pois a frente para proteger seu treinador. Um brilho intenso o dominou e um transtornado Harry começou a gritar quando um frágil e ferido Squirtle surgiu onde antes estivera seu majestoso pokemon.
Som de tiros começaram a ecoar pelo ouvido de Harry e a voz segura de John Miller berrou:

- CORRA FILHO!

Correr pra onde? Correr pra que? O garoto já não tinha mais o amigo, nem seu Munchlax e nem seu Blastoise, só um pokemon fraco e ferido. Mesmo assim, uma onda de adrenalina o dominou e Harry abraçou o pequeno Squirtle e saiu correndo antes que os estranhos começassem a responder com suas armas.

Harry cometeu o erro de olhar pra trás enquanto corria. Viu seu pai liderando a tropa policial da cidade contra os homens e mulheres que estavam protegendo os guardiões do tempo-espaço. Por um momento viu seu rosto, tão parecido com o dele exibindo coragem enquanto enfrentava o perigo, no segundo seguinte sua face explodiu em sangue com um tiro certeiro disparado por um inimigo. John caiu.

Sem saber quanto tempo correu ou em que lugar estava, Harry Miller deixou que a tristeza o dominasse e desmaiou antes mesmo das lágrimas subirem aos olhos.



~~//~~



Notas Finais: Obrigado pela leitura. Sintam-se livre para fazer críticas e sugestões.
Se puderem me dar qualquer dica quanto a formatação do post, ficarei extremamente agradecido também. Também publiquei a fic no Spirit, caso alguém utilize a plataforma e goste de acompanhar por lá, tem o link na minha assinatura.


Última edição por Brijudoca em Ter 11 Ago 2020 - 18:02, editado 17 vez(es) (Motivo da edição : atualizando .-.)
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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeSeg 13 Mar 2017 - 20:12

Olá, Brijudoca!! É bom ver mais um membro contribuindo para a área de fanfics, espero que logo mais pessoas também venham para cá e populem esse espaço maravilhoso do fórum. Não te conheço muito, só sei que é um old user, mas espero que se mantenha firme.

Bom, falando agora da fic, eu realmente gostei do pouquinho que li (tudo bem que, por ser um prólogo, ficou bem grande, mas eu ainda tive a sensação que li pouco, não sei porque). O mais interessante, pelo menos pra mim, foi ver como o clima foi progredindo com o passar do prólogo. Tudo começou indicando que seria uma fanfic leve e bonitinha, e aos poucos o barato foi ficando mais pesado com a chegada do Josh com o Charizard e terminando com um tiro na cara. Foi como se acompanhássemos do ponto de vista das crianças, fazendo com que o final ficasse tão chocante para os personagens quanto para o leitor.

Aliás, adorei a escolha do continente, Sinnoh é o meu favorito dos sete que conhecemos até o momento, e sempre fico feliz ao vê-lo em uma fanfic, principalmente quando temos foco em uma das minhas cidades preferidas (sim, eu amo Floaroma Town, e espero que o Valey Windworks apareça na fanfiction).

No começo, eu achei que seria uma fanfic de jornada, mas depois tive a impressão que seria uma fanfic de pós-jornada, mas o final, com o Dialga usando o Roar of Time e revertendo o Blastoise ao seu estágio inicial me fez acreditar que teremos Harry de volta à sua jornada, ou talvez que teremos um paradoxo temporal e o protagonista ficará se deslocando no tempo. Todas as ideias são interessantes, estou ansioso para ver como a história se desenrolará.

No final, você disse que gostaria de algumas sugestões sobre a formatação do texto. É algo muito pessoal, que vai de cada um, mas eu gostaria de deixar apenas duas ideias. Primeiro, é bem mais legal se o texto da fanfic estiver dentro de um Quote. Pode parecer bobo, mas, para mim, é bem mais interessante ler um capítulo dentro de um Quote, pois não parece ser apenas uma postagem comum. A segunda sugestão é deixar a letra da cor preta (ou qualquer outra cor desejada), fazendo com que, somada com a adição do quote, fique muito mais profissional e menos com cara de postagem comum.

É só isso, eu acho. Adorei o que li até agora e espero ler mais, um beijo.
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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeSeg 13 Mar 2017 - 21:40

Yo, Brijudoca!

Uia, de repente temos vários escritores se ativando! Isso é ótimo, eu msm pretendo fazer isso em breve, então parece que houve alguma sincronia entre todos -q.

Como o Ice colocou bem, a fanfic me surpreendeu bastante. No começo tava aquela coisa tranquila, festa de 11 anos e tal, e do nada tem uma "traidora" que magoou profundamente o cara que estava apaixonado por ela, que é levado por um portal (me lembrando o Cyrus aqui, que nunca mais voltou), levando seu Pokémon e o Pokémon do amigo que, além de perder a amiga por traição, perdeu o Pokémon e o amigo para o portal, o pai por um tiro na cabeça e seu outro Pokémon retrocedeu no tempo, depois de ter derrubado metade de um grupo criminoso de pessoas de uma montanha. Confesso que fiquei em choque com toda essa reviravolta no clima, tentando me consolar por saber que dava para ser pior, já que só tive um prólogo para me apegar aos personagens. E eu ainda estava esperando a Amy se explicar ou dizer que estava fingindo e acaba em toda essa treta ai...

O revertimento do Squirtle parece aquela hora que vc passa o dia todo jogando e se esquece de salvar, falta energia e você tem que começar tudo de novo, é extremamente desanimador (embora eu nunca tenha voltado pra estaca 0 assim), fora que o ponto positivo disso, ter seus amigos de volta (e a traidora), não foi cumprido. Não consigo nem imaginar o tamanho da dor que dá tudo isso junto.

Bom, como provavelmente eu sou o cara mais chato dessa área, pelo menos dos ativos, ai vem: sobre a escrita. Que eu pude notar, e bem claros, foram 3 erros:

1- "Pois" no lugar de "pôs", ocorreu duas vezes. "Pois" é conjunção que tem sentido explicativo. Pode ser substituido por "porque", "portanto", etc. Já "pôs" é do verbo "pôr", sinônimo de "colocar".

2- As vírgulas. Eu sou um cara que acaba exagerando na vírgula as vezes, então posso te emprestar algumas -q. Enfim, faltaram várias vírgulas no texto, peço que revise com atenção isso.

3- Verbos no passado mais-que-perfeito. Aparentemente você curte bastante eles, mas acaba exagerando no uso. Eles são usados quando é "um fato passado em relação a outro também passado" e, em alguns casos, essa relação não ocorreu e mesmo assim foi usado, quando poderia ter colocado simplesmente o passado perfeito.

Bom, são erros relevantes e não acabam (muito) com a ótima estória e proposta da fic. Mesmo assim, os erros ocorreram durante praticamente todo o prólogo e eu não pude deixar de notar e de te chamar a atenção para isso, para que melhore na parte estrutural, já que a do enredo já está ótima. Só pra deixar claro, eu sou chato, mas viso apenas que você melhore. Eu odeio as regras do português e explicar pq fico parecendo um daqueles gramáticos chatos botando regra, mas são elas que fazem a língua ser bela e prazerosa de se ler um texto, pelo menos o básico (tbm n vou chegar aqui analisando morfossintaxe, oração coordenada e subordinada e etc, isso eu acho que nem os gramáticos chatos fazem asuhahushu).

Como dizia o filósofo @Rush, melhore nesses pontos e você terá uma fanfic 10/10. 

Sobre a formatação, eu li um monte de capítulos da fanfic do @-Ice que, como ele mesmo disse, prefere Quote. Acho que acabei acostumando demais e estranhei um pouco ler assim, "normal". Por isso, nem eu sei como vou postar a minha mais ._.
É isso, até a próxima  ninja

________________
Caos PJypt9G
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Fics:

AMV:


Última edição por Slow em Ter 14 Mar 2017 - 15:13, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeTer 14 Mar 2017 - 1:43

Fale ae, meu amigo Bri que luta Judô.

O título "Judoca" é algo nostálgico para mim, me lembra bastante minha infância, quando eu levava sermão de um Sensei que dizia para eu não me aperfeiçoar para lutar, no entanto, lutar para eu me aperfeiçoar. Dizia que Judô significava "Caminho da Suavidade", e que embora fosse um estilo marcial, era mais uma filosofia sobre paciência e harmônia em geral.

Ri com as referências, "Coldpok" e "Slipkmon", além de pensar que o plot seria um triangulo amoroso voltado à Amanda... Bem, "Caminho da Suavidade" não pareceu ser um bom tema para a Fan Fiction, vendo que além desses detalhes inocentes e cômicos, a criança de dez anos vê seu pai levando um tiro na cara e seu Blastoise, provavelmente fruto de maior orgulho e dedicação do garoto, vira novamente um Squirtle. Antes de tudo.


Slow escreveu:
Bom, como provavelmente eu sou o cara mais chato dessa área

Prazer, sou Rush.

Ok, continuando.

Primeiramente, direi sobre as coisas que me desagradaram. Coisas pessoais, que não irão comprometer a fic, e se comprometerem, eu irei dar dicas sobre como EU acho que pode ser solucionado.

Honestamente, no fundo de meu coração, bem no fundo mesmo, sem nenhuma intenção em magoá-lo... Eu realmente não gostei de um detalhe no início da fic: A faixa etária dos personagens, que não pareceu fazer jus às personalidades e atitudes de cada um. Sei que é um tema clichê sair rumo em uma jornada com dez anos, mas no caso da Amanda ser uma semi-finalista antes dos treze anos (Não foi precisamente especificado sua idade na época) na liga, é sei lá... Isso é algo que não faria muito sentido realisticamente dizendo - Tirando o fato de ser uma fan >FICTION<-, sempre gostei da ideia de que a idade mental fosse algo a ser respeitado.

Okay, mas esse é um detalhe que não compromete a fic, e sim um detalhe de meu gosto mesmo. Provavelmente vai ter um time skip depois do prólogo, para uma maior exploração na maturidade dos personagens e maior capacidade física para algum possível conflito corpo a corpo, mas espero que caso isso não aconteça, explore mais a ingenuidade e medo das crianças. Claro que a Amanda pode ser uma prodígio a ser explorada, mas o fato dela ter treze anos, ser uma semifinalista e ainda estar conduzindo um Palkia com uma organização criminosa altamente perigosa, é algo duvidoso a primeira vista.

Achei meio rápido e brusco demais o andamento, mas isso não pode ter sido considerado uma falha, que foi o andamento do prólogo. No começo tudo cheirava a esperança e inocência, e depois... Traição e um tiro na cara. Quero dizer, é MUITO provável que tenha sido intencional para explorar a grande mudança nas características dos protagonistas recém-apresentados.

Mas eu só achei uma falha o fato da Amanda ter ido apenas se trocar para o aniversário do rapaz e ter ido tão rápido no Spear Pillar, num ritual daqueles.

Agora, tendo uma crítica geral sobre minha primeira conclusão da fic:

Gosto de coisas tensas, coisas que me surpreendam. O tiro na cara foi uma delas, foi marcante, impactante. Espero de verdade que você saiba explorar o trauma que isso causou em Harry. Esse tiro na cara, mesmo que não muito detalhado, mostrou que a Fic não estará para brincadeiras. Se for seguir o rumo de Game of Thrones... NOSSA.

Achei MUITO original o Roar of Time ter transformado o Blastoise em um Squirtle. Eu acharia isso até interessante, já que ele voltou a ser um Pokémon fofo e fraco. Seria uma forma nostálgica de treiná-lo, além de poder explorar ainda mais seu potencial, com uma mentalidade mais madura. Fiquei muito mal por Harry ter perdido seu Munchlax... Sei lá, sei que ele perdeu muita coisa..

Cara, é isso mesmo que eu quero ver. Harry perdeu quase tudo, o melhor amigo, a primeira captura, o pai... Vai precisar cuidar da mãe grávida e ajudá-la a criar os gêmeos que irão nascer... PERDEU A AMIGA TAMBÉM. Mano... Quero MUITO ver como você vai explorar essa série de traumas nele. Já até sei o trabalho que isso vai dar.

Eu ainda tento imaginar como será o plot... Na sinopse diz que terão "protagonistas" no plural, então será algo PoV. A jornada provavelmente vai ser pra encontrar o amigo sugado pelo buracão dos titãs do espaço-tempo. Bem... Vai ser um mundo pós-apocalíptico então? Heh. Quero ver isso.

É isso. Acho que o prólogo poderia ter sido um primeiro capítulo e ser mais detalhado, teria dado um impacto melhor. De qualquer maneira, irei aguardar o primeiro capítulo para tirar uma conclusão mais concreta e ver as consequências de tudo isso.

Até então, um abraço.


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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeDom 26 Mar 2017 - 13:37

Nota do Autor:  Olha só, cumprindo meu prazo pessoal de não demorar mais que 15 dias pra lançar um novo capítulo estou aqui de novo. Acredito que essa vai ser minha frequência oficial, pois definitivamente não consigo lançar semanalmente, e mais do que duas semanas também já é demais. Trago a vocês o Primeiro Capítulo oficial de Caos. Ele é um pouco diferente do prólogo e talvez até frustrante para aqueles que estavam ansiosos para descobrir o desenrolar da reviravolta no final. Espero que não me odeiem por isso. Aproveitei as dicas que recebi nos comentários para testar uma nova formatação, espero que gostem. Mas antes, vamos aos comentários que eu já estava ansioso para poder responde-los =DDD

Respondendo aos comentários:

Fiquem agora com o capítulo e divirtam-se.

Citação :

Capítulo I
Distorção


Harry

O dia estava ensolarado como sempre na pacata cidade de Floaroma. Harry podia ouvir vários pássaros cantando uma sinfonia que se interpunham entre a voz do padre.

Ele prestava pouca atenção ao que o velho falava, frases como "Sentiremos sua falta" e "Está em um lugar melhor" já lhe pareciam vazias mesmo durante a primeira vez que vira o padre Daniel, no enterro do pai. O padre era um homem bondoso que gostava muito de Harry embora os oito anos que se passaram desde que o conhecera tivessem lhe acrescentado vários fios brancos e alguns quilos a mais.

Zane estava em frente ao caixão fitando o corpo inerte de tia Rachel. Ela exibia a mesma expressão tranquila que sempre exibiu em vida, poderia muito bem estar tirando um cochilo.

Tia Rachel se tornou muito querida na cidade ao longo dos oito anos que viveu ali. Vários vizinhos se reuniram para se despedir da simpática idosa, incluindo o Sr. e a Sra. Parker além de vários funcionários do Valley Windworks e do Fuego Ironworks.

Os belos olhos verdes de Zane estavam vermelhos de tanto chorar, Harry se aproximou do irmão e o envolveu num abraço para confortá-lo. A tia era a única figura materna que ele teve em vida uma vez que sua mãe não suportou o parto prematuro dos gêmeos e apenas o pequeno Zane sobrevivera. O menino era uma versão miniatura do falecido John Miller, sempre alegre e muito mais inteligente do que qualquer garoto na sua idade.

Ao final do enterro, Harry se despediu de todos e se dirigiu para casa com o irmão sobre os ombros. Ele já não chorava a algum tempo, mas o seu silencio incomum mostrava o quão triste ele estava. Harry também estava sentindo a morte, gostava muito da tia, mas o sentimento de perda já não o afetava tanto depois de se tornar tão comum.

Ao passarem em frente a casa dos Newton, Harry estranhou o fato deles não terem ido ao enterro, uma vez que a Sra. Newton era muito amiga de sua finada tia. De súbito lembrou-se que hoje o menino desparecido Josh completaria 19 anos, e compreendeu porque nenhum deles gostaria de sair de casa.

Um homem trajado socialmente se encontrava em frente ao sobrado em que eles moravam. Harry reconheceu o assistente social que falara com ele algumas horas após o rapaz encontrar tia Rachel imóvel no chão da cozinha.

- Boa tarde Sr. Miller - cumprimentou o homem erguendo a mão.

- Boa tarde Sr. Lyenn - disse Harry cumprimentando o homem – Queira entrar, por favor.

Harry colocou Zane no chão e disse para ele ir pro quarto. O garoto assentiu e o deixou sozinho com o homem estranho na pequena sala de estar.

Sr. Lyenn sentou-se no sofá, abriu uma pequena pasta que trazia consigo e colocou vários papéis sobre a mesa de centro. O homem começou a explicar o que cada folha significava, mas as palavras soavam vazias e sem sentido para Harry. Ele apenas assentia com o que o homem falava e assinava os papéis onde lhe era indicado. Meia hora depois Harry se despedia do homem com a mão dormente após tantos papéis assinados.

- Estamos resolvidos por hora Sr. Miller, com a guarda do garoto em suas mãos não devemos nos ver tão cedo. Meus melhores desejos para vocês.

Palavras ao vento. Harry sabia que o governo adoraria mandar Zane para um orfanato, mas depois de horas de discussão, comprovações de renda e muitos documentos, o rapaz conquistou a tutela oficial do irmão.

Zane estava no quarto assistindo Pok Esponja na televisão com os braços envolta das pernas. O garoto estava visivelmente chorando, mas tentou disfarçar ao ouvir a chegada do irmão mais velho. Harry sentou-se ao seu lado e o envolveu em um abraço para confortar o menino.

- Tudo bem aí carinha?

- Não – Zane era sincero demais para tentar soar indiferente.

- Mas vai ficar. Minha comida não será tão boa quanto a de nossa tia, mas vou tentar não te intoxicar.

O sorriso fraco que o garoto exibiu foi a melhor coisa do dia até o momento. Zane era a única coisa que ainda dava sentido à vida de Harry, ele amava o garoto mais do que qualquer coisa e agora eles só tinham um ao outro. O menino soltou-se do abraço e perguntou:

- E agora?

- Como assim “e agora”?

- Como vai ser agora?

- Como sempre maninho. Eu trabalho, você estuda e no fim de semana podemos fazer algo especial.

- Mas eu quero ser um mestre pokemon – replicou Zane levantando-se e tirando sua primeira pokeball do bolso – E vou capturar meu primeiro pokemon com essa pokeball!

- A que você achou na rua?

- Não. ELA me achou, ela é especial – ele jogou a bola vermelha e branca para o outro lado do quarto.

- Bem, você ainda tem que esperar um pouco. Talvez ir pra um acampamento pokemon de verão pra ver se é isso mesmo que você quer.

- Você vai ir comigo? – Zane não gostava da ideia de se separar do irmão

- Se possível, eu vou com você pra qualquer lugar – os olhos de Zane brilharam ao ouvi-lo. Harry lembrou-se de como os olhos da mãe brilhavam quando ela ria. Puxou o garoto e afagou seu cabelo – Só não me chamar de papai hein.

- Até parece – retrucou o garoto dando a língua.

Ambos riram da situação, mas no fundo, Harry sabia que o irmão o considerava como um pai. Apesar da presença de tia Rachel, Harry sentia que o irmão necessitava de uma figura paterna e fez de tudo para cuidar do garoto, amadurecendo mais cedo do que a maioria dos meninos.

- Ei, já que hoje eu estou de folga nós podemos ir ao parque.

- Eu posso chamar o Carl?

- Talvez não seja uma boa ideia...

Carl Newton era o melhor amigo de Zane, e irmão mais novo de Josh. Não parecia a Harry uma boa ideia incomodar os Newton logo nesse dia.

- Chame o Squirtle então – pediu o menino.

Harry tirou sua velha pokeball do bolso e libertou o pequeno pokemon azul. Com seu belo casco vermelho e uma expressão humorada, o Squirtle aparentava ser um pokemon comum apesar de ter sofrido do que os especialistas chamaram de “regressão evolucional”.

Nenhuma enfermeira Joy foi capaz de explicar o que acontecera com ele. O professor responsável pelos estudos pokemon em Sinnoh, Rowan, veio pessoalmente estudar o caso inédito e constatou, depois de vários exames, que o pokemon não poderia mais evoluir. Rowan se ofereceu para tratá-lo em seu laboratório, mas Harry se negou a separar-se do seu único companheiro.

O trio deixou a residência em direção ao “Parque das Flores Vermelhas” que ficava a poucas quadras de distância. O sol já se preparava para se pôr, deixando as ruas sob um belo brilho alaranjado. Muitos trabalhadores retornavam para suas casas após um dia comum de trabalho, porém, havia várias crianças que seguiam na direção do parque.

Um mar de cores vermelhas anunciava a entrada do local que fazia jus ao nome, com um conjunto de flores dessa única cor, Harry distinguiu azaleias, cravos, rosas, cerejeiras, e várias outras, usando a habilidade conquistada com a experiência de trabalho na floricultura dos Parker.

Zane se distanciou ao avistar o grupo de crianças com o qual ele sempre brincava e Harry se surpreendeu ao avistar um garoto negro correndo na direção do irmão. Harry começou a olhar ao redor, pois se havia algo que os pais de Carl Newton nunca fariam era deixar o menino dois minutos longe de seus olhos. Antes de conseguir encontrar um rosto conhecido, o rapaz ouviu uma voz atrás dele:

- Haha, que “Déjà vu”, os meninos parecem você e meu irmão há uns anos atrás.

Harry se virou e não se surpreendeu ao encontrar um enorme sorriso estampado no rosto do dono da voz. O homem tinha um cabelo chamativo, arrepiado e preto com as pontas azul escuro, que ainda não tiravam a atenção de suas vestes inteiramente laranja. Harry não pôde deixar de sorrir ao cumprimentá-lo.

- Você não cansa de ser escroto Spencer?

- Pergunte isso as cinco moças que se deitaram comigo desde que eu cheguei na cidade, essa semana por sinal.

- E quantas eram putas?

- “Touché” – Spencer o puxou, dando um caloroso abraço no amigo – Fiquei sabendo agora pouco sobre sua tia, desculpe não ter dado minhas condolências. Meus pais ficam esquisitos por hoje ser “aquele dia” e blá blá blá.... Vim trazer o garoto pra brincar um pouco e sair daquele “climão”.

- Eu entendo cara, mas o que traz um cientista do seu calibre a esse pequeno poço de tranquilidade? – questionou Harry brincando – Afinal já faz o que, um ano desde sua última visita?

- Ora, mas eu amo Floaroma. – Respondeu ele ironicamente. Ele se abaixou e fez um carinho em Squirtle que reagiu alegremente – Mas sabe, eu meio que me demiti.

- Quê? Eu sempre soube que você era retardado, mas a esse ponto...

Spencer, ou Professor Newton como gostava de ser chamado, tinha 23 anos e trabalhava em um laboratório pokemon na região de Kalos desde os 14. Começou como um estagiário, mas sua inteligência o levaram a um posto elevado no laboratório, inteligência tão alta que só podia ser comparada com seu humor e falta de bom senso. Ele só vinha a Sinnoh visitar a família. Visitas que diminuíram bastante depois do desaparecimento de Josh.

Desde o incidente, Harry e Spencer desenvolveram uma grande amizade, apesar de não se verem com tanta frequência, estavam sempre conversando por telefone e mensagens, mesmo ambos possuindo personalidades totalmente distintas.

- Eu quero dar início ao meu experimento, mas eles não estavam me dando apoio, então sai – disse ele dando os ombros.

- Que tipo de experimento?

- Viagens meu caro amigo. Navegar entre um mundo e outro, experiência que os historiadores relatam só acontecer com a interferência de pokemon lendários.

- Partindo do princípio que esses mundos realmente existem né? Afinal, é tudo história...

- Ora, mas você é a prova viva que pelo menos um existe! Eu pesquisei, tenho certeza!

Harry contara em detalhes tudo sobre o incidente no Spear Pillar para um Spencer 8 anos mais novo e aflito como nunca estivera antes. O rapaz começou a entender a sua verdadeira intenção.

- Você quer encontrar o Josh.

- É claro que eu quero! O caso do seu desaparecimento é investigado por uma divisão secreta da polícia internacional, e não temos resultados há anos – disse ele frustrado – eu cansei de esperar, vou atrás de respostas e gostaria da sua ajuda.

- Eu? – Questionou Harry atônito

- Claro, você é a única pessoa que testemunhou o incidente e está viva. Além disso, você é meu amigo e era o melhor amigo dele. Também podemos encontrar aquele seu pokemon.

Munchlax. Harry evitava pensar no seu amado companheiro que fora sugado pelo estranho portal junto com Josh. Mas se houvesse a possibilidade de achá-los...

- Bem...

- Ah que ótimo que você aceita! – exclamou Spencer – Eu também vou precisar de ajuda para levar todo meu equipamento pra lá e depois...

- Espera, lá aonde?

- O Spear Pillar animal! Temos que tentar abrir um portal no mesmo local – explicou ele – vamos, o seu irmão pode ficar na casa dos meus pais.

Antes que Harry pudesse refletir e argumentar Spencer já tinha ido buscar os garotos. Ele retornou Squirtle para sua pokeball e seguiu o grupo para fora do parque.
Durante o trajeto para a casa dos Newton, Harry explicou ao irmão aonde ia e o porquê, porém sem muitos detalhes. Apesar da inteligência, Zane ainda era muito novo e se assustava facilmente.

Sr. Newton estava sentado em uma cadeira de balanço no jardim a frente do sobrado em que morava. Quando o grupo se aproximou ele cumprimentou Harry e o irmão e tratou de se desculpar por sua ausência no velório de tia Rachel.

- ... você sabe, hoje é um dia difícil...

- Pai – interrompeu Spencer – você pode ficar de olho no irmão dele enquanto fazemos aquilo que eu te expliquei ontem?

O homem concordou sem hesitar e Spencer o arrastou para dentro da casa para ajudá-lo a carregar seus equipamentos. Ambos adentraram no hall de entrada e se dirigiram para sala de estar onde enormes maletas pretas se destacavam entre os móveis e eletrodomésticos comuns.

- Como vamos levar isso até o topo do Mt. Coronet? – questionou Harry.

- Não se preocupe, vai ser moleza – respondeu ele entregando algumas das malas e se ocupando de carregar as outras.

Os rapazes levaram toda a parafernália até a frente da casa. Spencer colocou as maletas no chão e tirou duas pokeballs do bolso, lançando-as em seguida.
Harry conhecia apenas um pokemon pois já o vira em ação outras vezes, o enorme Dragonite de Spencer também era inconfundível devido a sua coloração verde.

Spencer explicou que devido a essa cor incomum ele era classificado como “shiny” e por isso era muito raro. O dragão era considerado um pokemon extremamente poderoso e era o maior orgulho de seu treinador.

O segundo era uma espécie que ele não conhecia, lhe parecia ser uma ave. Seu corpo e asas eram uma mescla de preto e roxo. Ele tinha algo que parecia olhos no topo da cabeça, uma elipse com detalhes em espiral.

- Imagino que seja a primeira vez que vê um Noivern – disse Spencer orgulhoso – essa belezinha nativa de Kalos deu um trabalho do cacete pra ser capturado. Ele é muito forte.

Forte, intimidador e assustador, pensou Harry.

- Vamos colocar os equipamentos nas costas dele e vamos voar com o Dragonite – explicou Spencer.

Harry tinha dúvidas se o Noivern ia conseguir levar tanta coisa, mas fez o que lhe era pedido. Spencer sacou uma corda sabe-se lá de onde e amarrou suas coisas nas costas do pokemon.

Despediu-se de Zane e montou no enorme dragão onde Spencer já o aguardava.

- Você vai apontando pra onde ele tem que virar ok?

- Ok – apesar do tempo, Harry ainda se lembrava de como chegar no local.

Alçaram voo e Harry se impressionou que o pássaro esquisito levava todos os equipamentos com pouco esforço. Se distanciaram rapidamente da cidade, subindo cada vez mais. Harry avistou um pequeno grupo de pássaros voando na direção oposta, mas não sabia identificar qual espécie, talvez pombos.

- Isso foi uma das minhas principais pesquisas sabia? – berrou Spencer com esforço para falar.

- O que?

- Como esses animais evoluíram pra espécie que chamamos de pokemon, é incrível como poucos se importam com isso. As pessoas só querem saber do que tem a ganhar usando seus poderes.

Era verdade, poucos se importavam. Harry gritou mais coordenadas e os dois pokemon voaram mais alto e mais rápido. Ele percebeu que estavam se aproximando quando a área rochosa do monte tomou uma coloração branca. Logo uma pequena clareira repleta de altos pilares brancos surgiu a sua vista.

- É ali!

Os pokemons apontaram para o local e fizeram um pouso brusco. Spencer saltou de seu Dragonite indo direto para seus equipamentos nas costas do Noivern.

Harry sentou-se em uma pedra e assistiu Spencer montar três mesas com vários botões e monitores que ele não fazia ideia do que podiam fazer. Era estranho para ele ver o excêntrico rapaz em tamanha concentração. Estar naquele lugar lhe dava calafrios, fazendo-o lembrar de seu passado e de tudo que ele perdeu ali. Ele pensou em seu pai e começou a considerar se tudo aquilo não era uma enorme tolice por parte do amigo.

Spencer posicionou um aparelho à frente das mesas. Ele era similar a uma balança de banheiro, porém possuía vários leds que começaram a se acender quando o rapaz apertou um botão. Ele terminou se afastando com um notebook nas mãos, digitando furiosamente alguns comandos que sua aparelhagem respondia com diversos tons de “bip”.

- Isso é bom Harry, nunca tinha detectado tanta energia. Definitivamente vamos conseguir abrir um portal para o Distortion World.

- Distortion World?

- Sim, o Mundo Distorcido – disse ele com um sorriso – de acordo com as lendas, o poder de Dialga e Palkia era capaz de abrir um portal bem aqui nesse local. Um portal grande o suficiente para libertar o pokemon lendário Giratina.

- Quer dizer que você pode acabar libertando o Giratina? – Harry conhecia muito bem a lenda de Sinnoh e acreditava já ter visto uma cota inteira de Pokemon lendários para a vida.

- Não, minha máquina nunca seria capaz de criar um portal tão grande. Apenas o suficiente para um belo rapaz e outro nem tanto.

- Então o que está esperando rapaz nem tão belo? – brincou Harry lhe dando um tapinha de encorajamento.

Spencer riu e digitou outra série de comandos que fez com que o aparelho chiasse furiosamente. Ele colocou o notebook no chão e avançou para as mesas onde começou a apertar uma série de botões.

Uma neblina surgiu acima do aparelho que parecia uma balança conforme o cientista apertava os botões nas mesas de trabalho. As telas das mesas exibiam linhas similares as exibidas em monitores cardíacos e ficavam mais agitadas conforme a neblina ficava mais densa.

O rapaz se afastou de seus equipamentos e disse a Harry:

- Veja o resultado de vários anos de pesquisa.

A neblina começou a brilhar e Harry pôde sentir uma leve sucção convidando-o a adentrá-la. Ele atravessou as mesas e fitou a neblina.

- Vamos mesmo?

- Juntos – disse Spencer retornando os dois pokemon para suas pokeballs.

Ele se aproximou de Harry e segurou sua mão.

- No três, nós saltamos pra dentro.

Spencer começou a contar, mas, antes de chegar no três, a sucção da neblina aumentou drasticamente e Harry sentiu seus pés saindo do chão. Logo seu corpo inteiro tinha adentrado na neblina e ele não conseguia enxergar nada dentro do estranho portal, sentia apenas sua cabeça rodar. Sua visão ficou turva e sentiu todo o seu corpo se retrair. Não conseguia sentir a presença de Spencer, e também não conseguia respirar. Quando começou a sufocar, percebeu o mundo ao seu redor ficar sólido e sentiu seu corpo batendo em um solo rochoso similar ao do Spear Pillar.

A visão de Harry demorou a se acostumar as cores do lugar onde se encontrava. O Distortion World desfrutava de uma imensidão roxa e diversas plataformas rochosas que flutuavam no meio de um grande vazio. Quando Harry olhou ao redor percebeu que estava em uma das plataformas e Spencer se levantava ao seu lado.

- Claramente a física normal não se aplica a este local – murmurou Spencer.

- O que acontece se a gente cair dessas coisas?

- Não estou afim de descobrir, venha, vamos dar uma explorada.

Como se estivesse habituado àquilo, Spencer partiu de plataforma a outra com grandes saltos com Harry o seguindo apreensivo.

As plataformas não pareciam seguir nenhum padrão naquele mundo esquisito. Elas se apresentavam em várias direções e algumas delas faziam curvas para o alto, seguindo um caminho vertical.

- Como a gente vai fazer para voltar pro nosso mundo? – perguntou Harry.

- Com isso aqui – respondeu Spencer apontando para o relógio no seu pulso – Esse relógio é uma miniatura da minha máquina de portal já configurado pro nosso mundo.

Será que vai funcionar? Harry pensou, mas decidiu manter a dúvida somente para si. Os dois já seguiam em frente há algum tempo e nada parecia mudar naquele lugar estranho. O rapaz percebeu olhando mais adiante que as plataformas pareciam surgir quando eles se aproximavam e desapareciam quando eles a deixavam pra trás.

- Ei! – exclamou Spencer depois de algum tempo – olhe ali.

Harry olhou aonde ele apontava e se surpreendeu com o que viu. Uma trilha de plataformas verticais levava a outra bem maior do que as outras e lá se encontrava uma pessoa em pé. Olhando daquele lugar, parecia que a pessoa estava com os pés colados na plataforma e que poderia despencar para o abismo a qualquer momento.
Os rapazes se aproximaram da trilha vertical. Harry encostou a mão na plataforma que, do seu ponto de vista, lhe parecia uma parede. Enquanto Spencer murmurava algo sobre escalar, ele encostou o pé direito sob a “parede” e sentiu todo o peso do mundo mudar apenas na perna direita. Ele a afastou e deu um salto para a plataforma vertical. Logo sentiu toda a gravidade ao seu redor se modificar enquanto o seu corpo fazia uma curva de noventa graus.

Harry sentiu seus pés tocarem o chão e olhou para a plataforma em que estava antes, que agora projetava-se verticalmente com um atônito Spencer encarando-o.

- Tá, foda-se a lógica – disse ele dando os ombros e saltando para onde Harry estava.

Seu corpo fez o mesmo giro que o de Harry e ele caiu ao seu lado um pouco tonto.

- Vamos descobrir quem é aquela pessoa – disse Harry partindo em direção em direção a plataforma maior.

Enquanto se aproximava ele perdeu as esperanças que fosse o Josh ao notar as características da pessoa que estava adiante. Era um homem de meia-idade com cabelos negros repletos de fios brancos. Trajava uma blusa vermelha e uma calça cinza que abrigava uma das mãos no bolso.

Quando eles se aproximaram o homem se virou para eles com um sorriso gentil.

- Ora, achei que nunca iam chegar.

- Sabe quem somos? – questionou Spencer.

- Espero que sim, estou esperando a muito tempo, talvez anos. O tempo aqui é muito diferente.

Harry encarou os olhos escuros do homem, ele lhe era muito familiar, mas tinha certeza que nunca tinham se encontrado.

- Espera, eu conheço você – disse Spencer – Eu te vi há alguns anos em um evento Pokemon na cidade Lumiose, em Kalos. Você era um líder de ginásio de outra região que veio participar de um torneio, mas não me lembro de onde...

- Hoenn amigo – confirmou o homem – eu me chamo Norman, sou ex-líder de ginásio da cidade de Petalburg.

- E o que um ex-líder faz aqui? – perguntou Harry – Viu um rapaz negro da minha idade ou um pokemon verde, pequeno e gordo?

- Tantas perguntas – disse Norman – Mas eu ainda não sei se são quem eu espero.

- Eu me chamo Spencer Newton, o cara afobado é o Harry Miller.

- Nomes não significam nada para mim, temos que batalhar.

- Batalhar pra que meu senhor? – Harry já começou a imaginar que o homem devia ser louco.

- Essa é minha condição – disse o ex-líder – um pokemon pra cada um de vocês e eu usarei esses dois – o homem tirou duas pokeballs do bolso e as atirou ao chão.
Dois pokemons muito grandes surgiram. Um deles era branco e se apoiava em duas patas apontando as garras para Harry. O segundo era marrom e era bem maior e robusto que o branco, sua expressão era de mal humor.

- Um Vigoroth e um Slaking, o que acha Harry? – quis saber Spencer.

- Não acho que temos muita escolha – respondeu Harry.

Respirando fundo, Harry convocou seu único pokemon para ajudá-lo. Squirtle surgiu em campo com a mesma expressão contente de sempre, Harry achava impressionante como nada afetava a personalidade seu pequeno pokemon, nem mesmo o local esquisito em que eles se encontravam. Porém, o rapaz estava apreensivo, pois os dois não batalhavam juntos a muito tempo e o ex-líder esquisito devia ser muito experiente.

Spencer esbanjava autoconfiança quando chamou seu Dragonite para a batalha. Os olhos de Norman brilharam ao examinar a cor exótica do dragão.

- Sem perda de tempo então, Vigoroth use o Focus Energy, Slaking acerte um Counter no Squirtle.

Sem tempo para reagir, o golpe de Slaking acertou Squirtle antes que Harry pudesse gritar alguma coordenada, enquanto Vigoroth armazenava energia.

- Dragonite, use o Wing Attack no Slaking! – berrou Spencer.

- Squirtle ajude-o com um Aqua Tail no Slaking!

- Proteja seu companheiro acertando um Focus Punch neles, Vigoroth – instruiu Norman.

Squirtle preparou seu golpe e, com um turbilhão de água na cauda, conseguiu desviar de Vigoroth e golpeou o enorme Slaking. Já Dragonite não foi capaz de desviar do punho de Vigoroth e recebeu em cheio o golpe que, apesar de não ser muito efetivo, lhe deixou tonto.

- Harry, tente proteger o Dragonite enquanto ele usa esse golpe – gritou Spencer – Agora, Dragon Dance!

Harry sabia que o pokemon dragão estava aumentando seu poder de ataque, porém, ficaria vulnerável alguns segundos e instruiu Squirtle a ficar na frente de Dragonite. Norman logo tentou tirar vantagem:

- Slaking dispare um Thunderbolt contra eles!

O pokemon monstruoso fechou os punhos e disparou um raio amarelo de seu corpo. Harry sabia que esse golpe podia ser fatal para ambos Squirtle e Dragonite, mas se lembrou de uma antiga estratégia para detê-lo.

- Squirtle, use o Rapid Spin para bloquear o ataque!

O pequeno pokemon tartaruga encolheu em seu casco e avançou para o raio, girando em alta velocidade. O impacto deteve o percurso do raio e quando Squirtle saiu do casco, estava ileso.

- Muito interessante rapaz – elogiou Norman.

- Pense bem antes de elogiar – advertiu Harry com um sorriso.

- Que? Aonde ele foi?

- Acerte o Vigoroth com o Dig – disse Harry.

Sem que Norman percebesse, Squirtle se afundara na terra e conseguiu dar um golpe em cheio no desprevenido Vigoroth.

Aos poucos o medo ia abandonando o corpo de Harry sendo substituído pelo espirito de batalha que ele tinha quando era mais jovem. Os anos sem treinamento haviam tirado um pouco da sincronia que ele e seu Pokemon tinham, porém, seu Squirtle continuava experiente em batalhas mesmo tendo mais o poder de sua última evolução.

- Agora vou mostrar o poder do Dragonite – disse Spencer – Use o Draco Meteor!

Dragonite ergueu a cabeça para o estranho céu do Distortion World e atirou uma bola de fogo pro alto. A bola se dividiu em várias que caíram sobre o solo como meteoros. Squirtle usou seu tamanho a seu favor e desviou com destreza de todo o poderoso golpe. Slaking recebeu dano, mas usou os braços para se defender, diferente de Vigoroth que recebeu vários golpes em cheio e acabou desmaiando derrotado.

- Hum – disse Norman retornando o pokemon para sua pokeballs – Meu Slaking ainda é forte para dar conta dos dois, Flamethrower no Dragonite!

- Desvie – disse Spencer.

O poderoso dragão verde não conseguiu escapar totalmente do jato de chamas atirado pelo pokemon adversário, apesar de evitar grande parte do ataque.

- Spencer eu tenho uma ideia – disse Harry – Squirtle pule nas costas do Dragonite!

Squirtle fez o que lhe foi ordenado e Spencer logo entendeu o plano de Harry.

- Vão para cima do Slaking! – disse Spencer.

- Evasiva Slaking!

Dragonite alçou voo contra o pokemon de Norman, mas antes que ele pudesse desviar do impacto Harry gritou:

- Squirtle, use o Ice Beam!

O pokemon abriu a boca e soltou um raio azul que atingiu em cheio o Slaking, congelando seus membros inferiores, impedindo-o de correr.

- Finalize com Wing Attack – comandou Spencer com um sorriso

As asas do dragão brilharam conforme ele acertou o golpe contra o enorme pokemon marrom. Slaking ficou tonto por alguns segundos e, por fim, desmaiou.
Squirtle pulou sobre os braços de Harry que lhe fez um carinho. Nada mal pra quem não batalha a tantos anos.

- Parabéns rapazes – disse Norman retornando seu pokemon – Acho que isso esclarece tudo.

- Eu só fico cada vez mais confuso – rebateu Harry.

- Queremos saber sobre o meu irmão, Josh Newton – disse Spencer – Ele foi trazido para este mundo a oito anos e nunca mais foi visto.

- Muitos vêm e vão ao Distortion Wold meu jovem – disse Norman pensativo – Veja ao seu redor, nem mesmo o guardião desse mundo, Giratina, está por aqui... – uma neblina similar à que eles atravessaram para chegar ali se formou ao lado de Norman, assumindo a forma que Josh tinha aos onze anos – seu irmão esteve aqui, mas não está mais.

A neblina se dissipou junto com a animação de Spencer.

- Afinal, nós somos quem você esperava? – perguntou Harry.

- Ah sim, com certeza Harry Miller – Norman se aproximou dele – Minha missão é pouco clara, mas sei que você irá nos ajudar.

- Ajudar a quem?

Ele pegou sua mão e deixou uma pokeball e um pequeno objeto. Harry ergueu o objeto para olhá-lo melhor. Parecia um haltere do tamanho de uma moeda.

- É uma insígnia?

- A insígnia da Balança – confirmou Norman – minha filha May é a atual líder do ginásio de Petalburg e está a sua espera, basta mostrar a insígnia pra ela que acredito que as coisas ficarão mais claras.

- Ah sim, mais enigmas, já que até agora você provou ser um inútil – comentou Spencer aborrecido.

- Bem, as pistas mais próximas para encontrar seu irmão estão nas mãos de Harry.

Quando ele disse isso a pokeball que Norman o entregara se manifestou. De dentro dela surgiu um pokemon muito gordo para o seu pequeno tamanho. Ele possuía um sorriso enorme, só não maior que a incredulidade de Harry.

-Meu... meu Munchlax? – ele se abaixou e abraçou o pokemon para ter certeza que não estava sonhando.

- Muitas coisas vêm e vão Harry. Seu amigo veio e já foi, seu pokemon veio e só vai hoje. Você está destinado a grandes coisas, mas deve tomar cuidado com o caos. Diga a May que eu a amo, mostre a insígnia e pergunte sobre Max e Fred.

A visão de Harry ficou turva outra vez. Sua cabeça começou a rodar e as frases enigmáticas ditas por Norman ecoaram em sua mente. Sem saber se desmaiou ou se sonhou, o rapaz acordou no Spear Pillar, no mesmo local que tinha chegado mais cedo com Spencer.

Harry olhou ao redor e viu que todo o equipamento de Spencer tinha sido destruído. Spencer e os pokemons se levantavam atordoados, e Harry surpreendeu-se ao ver que Munchlax estava entre eles. Se abaixou para o pokemon e o abraçou de novo para ter certeza que ele estava ali. Depois de se afastar, percebeu que seu punho ainda estava fechado na insígnia da Balança.

- Você tá bem cara? – perguntou para Spencer.

- Não, anos de pesquisa destruídos para ver um líder de ginásio doido – bufou ele – Pelo menos você achou seu pokemon, prova de que fomos pro lugar certo.

- E agora?

- Parece que vamos para Hoenn visitar a filha do líder de ginásio doido – disse ele se levantando – espero que pelo menos ela seja gostosa.




~~//~~







Notas Finais:  Obrigado pela leitura. Espero que tenham gostado. Continuo aceitando sugestões viu, continuem me ajudando por favor haha


Última edição por Brijudoca em Seg 15 Jun 2020 - 14:36, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : cade o itálico seu animal)
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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeDom 26 Mar 2017 - 19:48

Sup, Brijudoca!

Gostei bastante do primeiro capítulo. O timeskip mais os acontecimentos e sua desenvoltura deram um ar MUITO épico. Uma jornada que não é em busca das insignias, e sim de Josh. Foi algo que realmente deixou aquele gostinho de "quero mais".

Fiquei chateado em ver que além de seu pai, Harry perdeu sua mãe e um dos gêmeos, sendo que apenas Zane sobreviveu ao parto. Também teve a tia, mas me perdoe, ela acabou não tendo nenhum peso pra mim pela sua ausência até agora. Além do fato dela parecer ter tido uma morte tranquila e sem pendências na vida, finalmente podendo ir descansar.

Gostei do realismo em questão do protagonista trabalhar e agora assinar as papeladas que garantiram a guarda de seu irmão ao seu nome. Seria muito legal se você explorasse o relacionamento entre os dois, que mesmo sendo irmãos, realmente pareceu um relacionamento entre pai e filho. A forte figura paterna de Harry sobre Zane foi algo bem interessante e original, em minha opinião, pois geralmente vemos os irmãos brigando ou coisa do gênero. Achei muito legal mesmo esse instinto protetor dor protagonista.

Também gostei de Spencer, o típico personagem que eu mais gosto: Alívio cômico e máquina sexual insaciável, além de possuir qualidade como uma inteligência aguçada e um apego à honra, já que usa essa inteligência e seu tempo para dar um jeito de procurar o irmão. Não sei se ele será um coadjuvante ou um protagonista, mas ele tem potencial para ser um dos principais. Além de ter um Dragonite Shiny, que eu achei bem bacana.

O distorcion world foi algo que eu nunca cheguei a ter um conhecimento nem que básico. Pokémon Platinum foi o ÚNICO jogo que não tive a oportunidade de jogar, embora seja um dos que mais senti vontade. Nunca cheguei a ver o Distorcion World no anime, pois parei de assistir na terceira temporada, e bem, nunca tive uma noção de como era mesmo, mas gostei bastante da forma como você descreveu. Um lugar que desafia a física, onde todos os ângulos acabam por ter estabilidade para você ficar de pé e andar tranquilamente foi algo MUITO psicodélico. Gostei bastante, e espero que você acabe dando mais foco nesse lugar na história, mesmo que as máquinas de Spencer tenham sido destruídas.

Agora eu fico ansiosamente aguardando o próximo capítulo, para ver o desenvolvimento dessa jornada. Gostei bastante de você fazê-los ter que viajar para outro continente, e isso vai ser muito interessante.

Um abraço cara, até o próximo cap.
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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeSeg 27 Mar 2017 - 19:50

Eai cara o/

Sua evolução foi imensa, melhorou bastante nos pontos que disse anteriormente. Tem um errinho aqui ou ali, mas nem valem a pena ser citados. Eu só indico o uso de algo indicador de pensamento, seja "aspas", itálico, sublinhado ou cor para indicar pensamento por uma questão de organização, recomendo um dos dois primeiros.

A vida desse cara é cheia de desgraças. Nunca vi GoT, mas soube (e tem até memes sobre) que o escritor adora encher de mortes. Você disse em algum canto ai que queria escrever algo no estilo, pelo menos nisso conseguiu -q. Eu também não ressenti muito pela tia, me pareceu mais algo para ar um clima bad e pra deixá-los sozinhos, o que acabou funcionando. A relação de Zane e Harry foi muito legal, espero que explore mais isso mais para frente. Provavelmente serei respondido com o próximo cap, mas Zane também irá para Hoenn? Tipo, o cara acabou de finalmente conseguir a guarda (parece ter sido trabalhoso) e vai deixá-lo com alguém?

Ao contrário do Rush, eu joguei Platinum (vai pros emuladores Rush, o jogo é ótimo) e vi o Distortion World também pelo filme que não lembro o nome, mas protagonizado por Giratina e Shaymin, embora tenha visto pelo Dialga -q. Sua descrição do lugar foi ótima, eu tinha o lugar em mente e cada parte do que disse, condiz, de modo que eu imergi lá. Aliás, é tão estranho que o sr. "Newton", o cara da maçãzinha na cabeça "descobridor" da gravidade, esteja em um lugar de gravidade totalmente aleatória. Deve cair maçã de todos os lados lá. Por falar nisso, gostei bastante do Spencer, tem um jeito "descolado" e "nerd" ao mesmo tempo, com um ótimo contraste. Só espero que o cara da gravidade não surte quando ver o cabelo anti-gravidade da May. Aliás, não estou certo com o tempo da fanfic em relação aos personagens do anime, mas para a May ser líder, diria que no futuro, basta saber quanto.

A batalha foi ótima e pelo visto tem traços do anime e do jogo, por ter "turnos" e ao mesmo tempo não ser tão preso, como foi o caso de Squirtle encolher-se no casco. A tartaruga não evolui mais, isso me lembra um certo protagonista não-evoluidor de Pokémon. Será que ele adota os que sofrem isso? -q. Aliás, o Squirtle só regressou fisicamente ou perdeu também toda a sua força como Blastoise, restando-lhe apenas experiência?

Fico feliz pelo Munchlax e pelo Josh, até achei que demorariam mais para surgir (o Munchlax, no caso), mas já fico aliviado por eles. Só imagino como estará o garoto, afastado dos amigos por tanto tempo e traído pelo "amor da sua vida" daquela forma.

É isso, até o próximo cap  tchau

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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeDom 2 Abr 2017 - 16:53

Hello o/

Primeiramente eu gostaria de me desculpar pela minha demora em comentar. Eu até ia comentar antes, mas algumas obrigações acabaram me sufocando e, aproveitando-me da informação de que o espaço entre os capítulos seria de duas semanas, decidi esperar um tempinho maior e, assim, poder fazer um comentário mais bem bolado.

Aliás, eu gostaria de dizer que fiquei meio aliviado de saber sobre o tempo que seria dado entre os capítulos. Não que a fanfic seja ruim, longe disso, mas é uma boa escolha para que possamos digerir as informações mais calmamente, e também é uma boa opção para quando a fanfic não vai ter muitos capítulos, que eu creio que seja o seu caso.

Começando com um comentário que eu esqueci de fazer no prólogo, eu adorei a escolha dos pokémon de Harry. Squirtle sempre é o meu inicial em Kanto, já que eu adoro demais o Blastoise, e Munchlax é simplesmente o meu pokémon favorito entre as centenas de espécies que temos no universo pokémon atualmente.

Agora, sobre o capítulo, eu me surpreendi. Como eu disse no comentário anterior, eu já esperava que a história fosse utilizar-se do tempo de alguma maneira, seja colocando Harry em um paradoxo, ou fazendo ele voltar ao começo de sua jornada, eu só não esperava que nada disso fosse ser usado -q Foi interessante ver que o universo continuou normal, e o único que foi realmente afetado pelo golpe de Dialga foi o Squirtle.

Assim como Rush, também curti bastante o Spencer, eu partilho da opinião dele de achar os personagens "transantes" mais interessantes, apesar de esses não serem os meus preferidos. Por algum motivo, sempre que o personagem falava, eu imaginava para ele uma voz igual ao personagem de mesmo nome da série iCarly huahus

Bom, eu achei meio estranho a aparição repentina de Norman no Distortion World, assim como a batalha na dimensão distorcida, mas é pokémon, é meio que regra colocar algumas batalhas aqui e ali =P Eu curti o jeito como a batalha fluiu, deu pra entender bem o que estava acontecendo, sem tudo ficar lento demais. Apesar de tudo, fiquei com a mesma dúvida que Slow, se a força do Blastoise também "desevoluiu" ou ele agora é um Squirtle com a força de um Blastoise?

Gostei de saber que agora eles viajarão para Hoenn e vão ver May, pois isso torna as coisas um pouco mais... animantes? Esqueci a palavra, mas isso tira um pouco do tédio de uma fanfic monótoma, que era o que aconteceria se todo o resto se passasse no Distortion World.

Enfim, Briju, quero que saiba que estou curtindo bastante, que estou feliz em ver que aceitou as minhas dicas sobre formatação e tudo mais. Aguardo ansiosamente o próximo capítulo, até mais o/
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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeDom 9 Abr 2017 - 11:05

Domingo sim, domingo não, mais um capítulo de Caos na mão dsclp


Respondendo aos Comentários:

Nota do autor: Olá amigos. Sempre na luta pra não extrapolar meu prazo, venho a todos com o novo capítulo da fic. Eu gostei muito de escreve-lo e acredito que ele dita mais ou menos como será o ritmo de acontecimentos da estória (spoiler: frenético). A unica coisa que eu não gosto muito é do titulo do mesmo, pois sou horrível em nomear os capítulos haha O POV dele é ditado pelo meu personagem favorito da fic, e imagino que vai surpreender um pouco no início. Sem mais delongas, fiquem com o capítulo 2 de Caos. Enjoy!

Citação :
Capítulo II
Desejo sob as águas


Zane




Zane não gostava de navios.

O constante vai-e-vem embrulhava seu estômago, deixando seu rosto com uma coloração esverdeada.

O mesmo não parecia se aplicar a seu irmão. Harry fitava a imensidão do oceano com uma expressão despreocupada, porém sua mente parecia estar bem distante dali. Seu Munchlax lhe fazia companhia roncando ao seu lado.  Eles passavam o tempo todo juntos desde que se reencontraram. Zane se aproximou do rapaz e lhe deu uma cutucada.

- Mano, falta muito?

- Mais um dia carinha – respondeu ele afagando seus cabelos – Está ansioso para ver Hoenn?

Zane observou alguns pokemon aquáticos que ele não conhecia saltando da água. Eram estranhos pois tinham a forma de um coração. Acompanhar seus movimentos só fez aumentar seu enjoo.

- Estou ansioso para ver qualquer pedaço de terra.

- Não se preocupe – disse Harry dando risada – Tente se distrair um pouco.

- Que nem o Spencer? – o rapaz tinha conhecido uma garota no primeiro dia dentro do navio, e desde então se encontravam várias vezes para brincar, pelo menos era o que Zane esperava.

- É, mais ou menos – Harry coçou a cabeça – Tinha umas crianças brincando na proa do navio, você devia...

O rapaz não conseguiu terminar a frase pois foi atingido em cheio por uma garota que corria desvairada pelo corredor em que se encontravam. Os dois se trombaram e por pouco Harry não despencou do navio. A garota se recuperou rapidamente e começou a despejar desculpas para o irmão.

- Sinto muito, eu estava ansiosa para ver os Luvidsc, me desculpe...

- Ei, calma tá tudo bem – disse Harry se recuperando, com os olhos vidrados na moça.

Ela era um pouco mais baixa que Harry e devia ter mais ou menos a mesma idade que ele. Possuía olhos castanho e tinha um tom de pele muito claro, que se destacava com seu cabelo preto e ondulado. Zane notou que ela era muito bonita.

- Mas eu quase te derrubei do navio, meu Deus, sinto muito... é?

- Ah... Ha-Harry – balbuciou seu irmão corando.

- A maluca aqui se chama Lydia – disse a moça – Desculpe outra vez.

- Imagina – Harry fez um gesto de pouco caso – Dê uma olhada nos Luvidisc, é a primeira vez que os vê?

Zane se afastou do irmão e da sua nova amiga afim de procurar alguma coisa para brincar. O navio que estavam era muito grande, com cerca de duzentos passageiros indo para cidade de Slateport na região de Hoenn, e possuía muitas coisas divertidas para se fazer. Já era o quinto dia que estavam a bordo e Zane tinha amizade com os faxineiros, marinheiros e principalmente com os cozinheiros, que foi quem ele decidiu ir visitar, dirigindo-se para as cozinhas que ficavam nos andares mais baixos do imenso navio.

Ele estava muito ansioso para conhecer a nova região pois nunca conhecera nenhum lugar muito além da cidade de Floaroma e esperava se preparar pra quando pudesse começar sua jornada pokemon. Porém, sabia o que essa viagem significava para Harry e Spencer. Eles lhe explicaram o que tinha acontecido em sua breve excursão ao tal Distortion World. Harry nunca foi de esconder informações dele, algo que fazia Zane admirar mais o irmão por confiar nele.

O menino perdeu a noção das horas enquanto conversava e ajudava os seus amigos cozinheiros. Quando se deu conta, já havia escurecido e era quase hora do jantar. Ele saiu correndo das cozinhas e desatou a subir as escadas que o levavam pra área dos quartos a fim de encontrar Harry e Spencer para irem jantar.

Porém o garoto acabou tomando um caminho errado e saiu na ala de quartos errada. Enquanto tentava se localizar acabou dando de cara com o motivo que o impedia de fazer amizade com as outras crianças do navio.

O gigantesco Timothy tinha a mesma idade que Zane, mas o que o garoto tinha de pequeno para sua idade, Timothy tinha de grande. Logo no primeiro dia no navio Zane se juntou com várias outras crianças para brincar de pega-pega e durante a farra ele acabou tropeçando junto com Timothy. Devido a queda o grandalhão rasgou a bermuda que usava no dia e, devido a um temperamento forte, deu uma surra em Zane que só não foi pior porque o garoto conseguiu sair correndo.

No dia seguinte ele descobriu que o valentão proibiu as crianças de brincar com ele sob a ameaça de apanharem também. Por esse motivo Zane tinha que andar sempre alerta pelos corredores e acabou fazendo amizade com os funcionários do navio.

Mas agora encontrava-se em um corredor deserto apenas ele e Timothy com alguns garotos que deviam ser uma pequena gangue que o grandalhão formara.

- Ora, se não é o lixinho do Miller – zombou Timothy – Parece que finalmente vamos terminar de acertar nossas contas.

Zane olhou ao redor e percebeu que estava cercado pelos meninos que acompanhavam o valentão. Sem lugar pra correr ou insultos pra berrar, só restou a ele se abaixar e esperar os golpes.

E eles vieram sem dó. Zane sentiu socos e chutes de todas as direções enquanto tentava proteger sua cara e sua pélvis. Os murros mais dolorosos eram sempre o do vulto maior que vinha sempre acompanhado de uma risada grotesca. Sangue começou a escorrer de sua têmpora e embaçou sua visão. Ele já estava imerso em um torpor causado pela dor que mal sentia os golpes.

Tudo cessou de repente com uma luz amarela que cegou Zane por alguns instantes. No segundo seguinte seu pequeno corpo foi erguido por alguém que usava um lenço para limpar o sangue do seu rosto.

- Consegue me ouvir? – sussurrou a pessoa com uma doce voz feminina.

- Sim – Zane piscou algumas vezes tentando reconhecer sua salvadora – O que você fez?

- O Pikachu deu um jeito neles. Um absurdo tantos garotos juntos para bater em você, uma covardia.

O garoto piscou mais uma vez e viu os belos olhos castanho claro da garota bonita que tinha conhecido mais cedo. Ao seu lado estava um pokemon amarelo que se assemelhava a um rato. Faíscas amarelas saia de suas bochechas vermelhas.

- Você é aquela garota que trombou com meu irmão – constatou ele tentando se lembrar do nome dela – Lydia não é?

- Sim, você dever ser o irmão do Harry não é? Claro que é, você é igualzinho a ele. Venha a minha cabine para eu tratar dessas feridas, é aqui na frente – ela puxou uma pokeball do bolso e guardou o Pikachu nela.

Zane se levantou com dificuldade e acompanhou a bela garota até seu quarto. Ele era bem menor comparado ao que o garoto ocupava com o irmão e Spencer. Tinha apenas uma cômoda, um guarda-roupa e uma cama de solteiro.

Lydia o conduziu até a cama e abriu uma gaveta na cômoda, tirando alguns remédios, panos e algodão. A garota logo se pois a limpar suas feridas, passando o remédio com cuidado sobre os machucados para não arder. Enquanto ela passava o algodão sobre os esfolados em sua face a moça comentou:

- Você tem olhos lindos sabia? Nunca tinha visto olhos como os seus e os do seu irmão.

Zane enrubesceu sem saber muito bem como responder. Já tinha sido elogiado outras vezes pelos seus olhos cor verde esmeralda mas nunca por uma garota tão bonita.

- Obrigado. Dizem que minha mãe tinha olhos assim, mas eu nunca a conheci.

- Eu também não conheci a minha mãe – disse Lydia com amargura – Ela deixou meu pai quando eu era bebê e nunca tive notícias dela.

- A minha morreu quando eu nasci... – Zane encolheu os ombros sentindo culpa por Jenny Miller não estar mais nesse mundo.

Lydia percebendo como o garoto tinha ficado cabisbaixo afagou seu cabelo como Harry costumava fazer e o confortou dizendo:

- Não fique assim, não há nada mais lindo do que o amor de uma mãe dando a vida pro filho. Agora venha, vou leva-lo pro seu irmão antes que a gente perca o jantar.

Os dois deixaram a pequena cabine e foram para a confusão de escadas em que Zane tinha se perdido. Ele ainda estava dolorido, mas já se sentia muito melhor. Depois de alguns lances o garoto reconheceu a ala de quartos em que eles estavam acomodados. Zane seguiu na frente até a cabine e decidiu bater na porta para alertar que tinha chegado.
Spencer abriu a porta. Hoje ele estava com uma camisa florida rosa e uma bermuda branca que se destacavam com sua pele escura. Seu cabelo normalmente espetado estava emaranhado.

- Caramba carinha, você veio até aqui em cima rolando? Tá tudo certo?

- Claro que está – respondeu Zane ficando vermelho.

Só então Specer reparou em Lydia.

-Oh, minhas desculpas – disse ele inclinando o corpo – Professor Spencer Newton ao seu dispor.

Lydia deu uma risada.

- Harry me falou sobre você, prazer, sou Lydia Stork – disse ela erguendo a mão.

Harry surgiu na porta com uma camiseta colocada ao avesso.

- Lydia! Oi de novo - disse ele com um sorriso idiota – Onde você estava Zane?

- Tá tudo bem mano, eu explico depois...

- Ei, a amiga de vocês gostaria de nos acompanhar no jantar de hoje? – sugeriu Spencer.

- Eu adoraria, mas tenho alguns problemas para resolver agora, mas a gente se vê por aí – com um último aceno ela disparou para a direção das escadas.

Zane entrou na cabine e começou a se trocar para ir jantar enquanto Spencer caçoava de Harry.

- Que isso, você tá caidinho pela menina, devia ter insistido pra jantar com ela.

- Deixa disso. Agora o Zane vai me contar o porquê dele estar todo machucado.

Zane foi sincero com o irmão e lhe disse o que aconteceu. Harry ficou muito preocupado com o tal Timothy, mesmo depois do garoto tranquiliza-lo, afinal essa devia ser a última noite deles no navio.

O trio jantou no restaurante do navio sem maiores distrações. Zane não viu nem sinal de Timothy ou dos outros garotos, nem mesmo de Lydia, então o assunto da mesa seguiu sobre o que fariam ao chegar em Hoenn.

Considerando que eles aportariam na cidade de Slateport, a forma mais rápida de chegar a cidade de Petalburg era voando ou em uma pequena embarcação. Spencer disse que tinha contato com um marinheiro da região e que ele poderia transportá-los rapidamente ao seu destino.

Decidido isso eles voltaram pra sua cabine e logo se preparam pra última noite de sono sob o oceano. Diferente das outras noites, Zane venceu sem esforços a sensação de enjoo que o barco lhe causava e dormiu rapidamente. Porém seu sono não foi nem um pouco tranquilo.

Sonhou que estava no fundo do oceano e conseguia respirar normalmente. Várias luzes azuis piscavam de todos os lados e ele conseguia ouvir vozes estridentes chamando por ele.

“Venha Zane”

“Me ajude Zane”.

O sonho continuou e as vozes ficavam mais altas e mais irritadas. Zane tampou os ouvidos com as mãos e se ajoelhou tentando bloquear o som.

“Venha Zane”

“Me ajude Zane”

“SOCORRO ZANE”

Ele tentou gritar por ajuda mas só conseguiu produzir uma grande bolha de ar. De repente perdeu a capacidade de respirar em baixo d’água. Com as mãos no pescoço, o garoto começou a sufocar, sua visão enegreceu, mas ele ainda conseguia ouvir as súplicas das estranhas vozes.

Zane despertou de súbito com o coração batendo muito rápido. Ele se assustou ao perceber que as vozes ainda ecoavam na sua mente. Levantou-se silenciosamente e foi olhar a água na esperança do enjoo voltar e varrer as vozes de sua cabeça. Porém o que ele viu foi uma mancha azul brilhante no meio da água próxima a proa do navio e a voz que dizia “Socorro Zane” ficou ainda mais alta.

Decidindo investigar aquele brilho, o garoto saiu silenciosamente do quarto e dirigiu-se a proa do navio. Vez ou outra viu um segurança patrulhando os corredores, mas não teve dificuldade em se esconder deles.

A proa do navio se encontrava deserta. Zane se debruçou sob a beirada dele para olhar pra mancha brilhante no meio do oceano e percebeu que as vozes não saíam mais da sua cabeça e sim daquele local.

- Pulou da cama Zane? – perguntou uma voz atrás dele.

Zane se virou e se surpreendeu ao se deparar novamente com Lydia. Ela trajava a mesma roupa com que se encontrara com Zane mais cedo, sugerindo que ela não tinha ido dormir.

- Eu ouvi um pedido de ajuda e vim investigar, consegue ver aquilo no oceano?

Lydia deu uma olhada e segurou uma pequena exclamação.

- Sim, vejo! Eu também ouvi alguma coisa – confidenciou ela.

- Como vamos descobrir o que é aquilo? A voz parece chamar do fundo do oceano.

A garota tirou uma pokeball do bolso e revelou um pokemon grande e forte. Ele tinha uma cor azul e sua barriga era branca com uma linha espiral.

- Uau, um Poliwhirl! Ou seria um Poliwrath?

- É um Poliwhirl e ele sabe usar o Dive. Esse golpe pode nos ajudar a seguir essa luz esquisita - Lydia envolveu Zane com um braço e ergueu seu pequeno corpo do chão – Pronto pequeno explorador?

- Claro.

A garota se empoleirou na beirada do navio e deu um salto junto com Zane e acompanhada pelo pokemon. Zane sentiu a água gelada encharcar seu corpo e o cheiro de sal inundar seu nariz.

- Se agarre no Poliwhirl – Zane seguiu rapidamente a instrução – Use o Dive.

Poliwhirl avançou para o fundo com Zane e Lydia agarrados nele. Zane prendeu a respiração mas percebeu que não precisava pois uma bolha de ar os envolvia enquanto o pokemon afundava.

A luz brilhava mais intensamente agora que eles estavam submersos e Zane pode ver que vários peixes e pokemons aquáticos se distanciavam dela. A súplica das vozes ficou mais clara e ele percebeu que era uma única voz.

Ele pode ver que a luz vinha de dentro de uma enorme rocha branca no fundo do oceano, mais especificamente de uma fenda na rocha. Quando o grupo se aproximou, a luz começou a suga-los para mais perto e por um momento a luz ficou tão forte que o garoto não conseguia enxergar nada.

No segundo seguinte seus pés tocaram um chão sólido. Zane se levantou e olhou ao redor, percebendo que eles tinham entrado na fenda da rocha. Uma bolha similar à que o Poliwhirl produziu para leva-los até lá cobria toda a região, que era repleta de algas e pedras coloridas no chão.

No canto mais profundo da fenda estava um pokemon muito pequeno e, aparentemente, ferido. Ele era branco com detalhes amarelo e sua cabeça tinha o formato de uma estrela. Seus olhos gentis encontraram o de Zane e ele deu um sorriso.

- Você veio Zane Miller – disse ele para surpresa do garoto.

- Você fala?

- Estou usando meus poderes psíquicos para me comunicar com você. Quem é a garota? - a voz do pokemon era fraca, porém extremamente doce e gentil.

- Meu Deus! – exclamou Lydia boquiaberta – Você é o lendário realizador de desejos Jirachi.

O pokemon sorriu novamente e assentiu.

- Por que você nos chamou Jirachi?

- Eu estou ferido e preso aqui a algum tempo. Senti o seu coração puro e pedi ajuda em seus sonhos.

- Mas quem te machucou?

- Pessoas malvadas Zane – Jirachi fechou a cara – Os pokemon lendários estão sendo caçados a anos e alguns foram pegos com sucesso. Estão atrás de mim.

- Mas por que?

- O que leva um humano a querer tirar vantagens dos pokemon? – disse Jirachi com sarcasmo – Há várias coisas que não estão claras para mim. Não sou tão poderoso quanto meus companheiros mas eu enxergo algo em você que eles não veem em humanos. Você tem o coração puro o suficiente para nos trazer esperança.

- Eu? Por que eu? Como um garoto fraco como eu pode ajudá-lo?

Zane não conseguiu ouvir a resposta do lendário. De repente todo o seu mundo escureceu.




~~//~~




Lydia



Felizmente o chamado “realizador de desejos” notou tarde demais o que tinha acontecido.

Lydia planejava aquele momento há vários dias e não podia permitir que Jirachi plantasse quaisquer ideias loucas que tivesse na cabeça do garoto. Com um leve murmúrio para Poliwhirl, logo Zane estava apagado sob o efeito do golpe Hypnosis.

Jirachi arregalou os olhos ao ver o garoto no chão e se dirigiu furioso para a garota:

- O que você fez?

- Não vou permitir que encha a cabeça de Zane com suas mentiras. Ataque-o com Wake-Up Slap – ordenou ela ao seu parceiro.

Poliwhirl avançou em direção ao lendário que usou sua habilidade de teleporte para desviar do golpe.

- Eles mandaram você?

- Você matou uma divisão inteira de nossos soldados – acusou Lydia.

- Então prepare-se para se juntar a eles! – exclamou o pokemon furioso mandando um ataque contra ela.

Poliwhirl deu um salto em sua direção e recebeu o ataque. Lydia olhou preocupada para o companheiro mas percebeu que ele estava bem apesar do ataque direto.

- Tem sorte do garoto estar aqui, senão eu romperia essa bolha e deixaria você se afogar – disse Jirachi irritado.

Então vou me aproveitar dessa sua obsessão com ele.

- Poliwhirl use o Bublebeam girando – gritou Lydia se jogando no chão para não ser atingida pelo golpe.

O seu pokemon começou a lançar várias bolhas em alta velocidade por sua boca. Jirachi desviava se teleportando de um lado para o outro, mas como as bolhas foram para todos os lados uma hora o golpe acertou o lendário que se distraiu por um momento.

Lydia se aproveitou desse momento e se atirou na direção do garoto desacordado, encostando a faca que sempre carregava escondida em sua manga direita em seu pequeno pescoço branco.

- Ataque de novo que eu rasgo a garganta do jovem Zane.

O momento de hesitação de Jirachi foi tudo que Lydia precisou para atirar sua armadilha na direção do pokemon. Uma pequena bolinha preta escondida na outra manga que ao bater no chão libertou diversas cordas eletrônicas que amarraram e eletrocutaram Jirachi. Nesse momento a bolinha aumentou de tamanho e revelou ser uma pokeball totalmente negra. Ela se abriu e abrigou seu novo morador sem piscar nenhuma vez, como de costume.

No momento que ele foi capturado, a bolha de ar projetada na fenda se rompeu, inundando a área. Poliwhirl não precisou nem do comando para usar o Dive e proteger Lydia e Zane.

A correnteza quase levou a pokeball negra embora, mas Lydia conduziu Poliwhirl até a direção dela e conseguiu pegar seu prêmio, colocando no bolso com cuidado.

Eles não deviam ter passado mais do que meia hora embaixo d’água, logo o navio estava do mesmo jeito que fora deixado quando afundaram. Depois de subirem novamente para a proa, Poliwhirl ajudou Lydia a colocar o garoto sobre seus ombros antes de retornar para a pokeball com orgulho.

Lydia caminhou silenciosamente pelo navio em direção a cabine dos garotos, a qual descobriu que Zane deixou destrancada para facilitar seu trabalho. Silenciosa como um gato, a garota entrou e o colocou em sua cama, como se nunca tivesse saído dela durante a noite. Olhou para cama do lado e viu Harry em um sono profundo e tranquilo, que era tão parecido com Zane que parecia um clone mais velho e mais alto. Mais lindo e charmoso também.

Ela deixou a cabine junto com seus desejos pelo rapaz, se preparando para o que faria agora. Voltou pra sua cabine e colocou a pokeball negra sob a cômoda e abriu a primeira gaveta onde encontrava-se um celular amarelo simples. Apertou a discagem rápida e estremeceu ao ouvir aquela voz que mesmo no telefone conseguia ser fria e cortante.

- Sim?

- Está feito.

- Muito bem Lydia, sabia que você era capaz.

- Nate – Lydia pensou bem se devia dizer aquilo – Ele estava estranhamente obcecado por um garoto.

- Um garoto?

- Seu nome é Zane Miller.

- Hum... – disse Nate em um tom de voz indecifrável.




~~//~~


Notas Finais: "Wow Briju, segundo capítulo e você já ta enfiando outro lendário na história?" Pois é amigos, podem se preparar que os próximos capítulos também terão acontecimentos... interessantes. Alguém também sentiu um peque Deja vu com Lydia? Será que alguma mulher bonita nessa fic é confiável?

Obrigado pela leitura e não deixem de comentar vlw o/


Última edição por Brijudoca em Seg 15 Jun 2020 - 14:38, editado 4 vez(es) (Motivo da edição : formatação do cacete)
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Frase pessoal : Agora você não tem mais waifu!


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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeDom 9 Abr 2017 - 14:30

Briju! /o/


Gostei bastante do capítulo e me surpreendi ao ver que você fez algo semelhante as Crônicas de Gelo e Fogo, usando pontos de vistas de uma forma bem similar. Eu particularmente gostei de Zane desde o capítulo passado, pois lembro que o achei bem inocente. Seu trabalho com ele foi muito bom mesmo, pois você conseguiu transmitir a sensação dele ser uma criança mesmo, inocente e sem malícia na cabeça, só vivendo o presente e não se preocupando com o futuro - E dou ênfase na parte em que ele achou que Spencer fosse "brincar sem malícia" com uma mulher que ele conheceu.

Já não posso dizer o mesmo de Lydia. Quero dizer, não é que eu não tenha gostado dela, mas eu não consegui entender nada dela ainda. Ela pareceu ser uma pessoa gente boa ao proteger Zane do valentão chamado Timothy (Achei um nome irônico para um valentão), mas então ela capturou o Jirachi... Eu sei que não foi por falta de habilidade, e sim por suspense, mas eu achei a parte bastante confusa. Confusa que eu digo é, eu não soube em quem confiar, sabe?

Lydia, mesmo ameaçando Zane, mostrou se importar com o garoto a ponto de não desperdiçá-lo ou descartá-lo na primeira oportunidade que teve. Além de tudo, mostrou bastante remorso diante do Jirachi, mostrando que ela realmente acredita estar fazendo o certo. Caso ela seja uma vilã, você fez um ótimo trabalho em apontar isto, pois numa história realista, na maioria das vezes, os vilões não se acham vilões, acham que seus motivos são os corretos, embora extremistas.

Outro ponto que EXPLODIU MINHA CABEÇA foi como você descreveu o movimento "Dive". CARA, eu nunca tinha pensado nisso, sério, meio que fez o movimento fazer um sentido muito mais óbvio e útil. Eu já tinha feito um esquema dos HMs na minha fic (Que nunca chegou a ser introduzido) que os HMs não seriam ataques em si, e sim equipamentos para se equipar no Pokémon, sabe? Por exemplo, o "Fly" seria uma cela que você equiparia nas costas do Pokémon, o "Dive" seria semelhante, mas acompanhados com pequenas máscaras de oxigênio.

A forma em que você retratou o movimento fez ficar muito mais interessante e surreal, de uma forma que achei fantástica, como a batalha entre o Poliwhirl e o Jirachi dentro da bolha. A sensação que eu tive foi de uma batalha "épica" mesmo que curtíssima, pois qualquer estraguinho, fariam ambos os lados morrerem afogados. (Ok que o Jirachi pode teletransportar, mas o Zane não)

Acho que Lydia não chegou a trair ninguém para não ser confiável. Ela tem seus motivos e por acaso acabou trombando com Zane e Harry - bem, é o que eu acho pelo menos hahah -, e pela seu PoV, ela pareceu sentir-se atraída por Harry, talvez criando sentimentos e mostrando seu ponto de vista para o garoto.

Gostei bastante do capítulo e entendi porque você gostou de escrevê-lo.

Vou dar uma dica TOTALMENTE DESNECESSÁRIA, mas é algo que eu e -Ice fazemos pois acho que dá uma magia na fic, além de uma assinatura. O que você acha de colocar trilhas sonoras na fic? É só você ir num vídeo no youtube, bem abaixo do "Inscrever-se" tem um "compartilhar". Você clica no "compartilhar" > "incorporar" e vai gerar um código, onde vai ter essas porras aqui:

width="560" height="315"

Você só coloca "65" pra ficar num tamanho maneiro.

Eu digo isso pois estava escutando uma música que, NA MINHA OPINIÃO, combinou bastante com a fic. Mesmo que você coloque uma trilha sonora (O que eu sugiro), eu acho que não vou tirar essa música da cabeça quando eu ler sua fic ou o contrário, talvez eu não consiga tirar sua fic da cabeça quando eu escutar a música.




Enfim, foi só um detalhe mesmo. Hahaha

Cara, aguardo ansiosamente o próximo capítulo. Um abraço!
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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeTer 11 Abr 2017 - 20:39

Hey Bricarateca, quer dizer, Brijudoca o/ dsclp


Eu podia ter procrastinado mais um pouco para fazer o comentário? Podia, mas eu jurei por ai afora que comentária hoje, então, eu tenho o mínimo de responsabilidade para cumprir ao menos os juramentos. Eu podia não ter jurado nada? Podia, mas esqueci. Impulsos.

De qualquer forma, foi até bom fazer isso "logo", pq eu gostei bastante do capítulo. Só estou confuso com uma coisa (ou duas, mais adiante), Lydia era para ter exatamente a idade de quem? Você disse que ela era um pouco mais baixa que Harry e mais ou menos a idade "do seu irmão". Ai eu imaginei algo meio intermediário entre os dois, ou uma criança altona, só que ela começou a se pegar loucamente gostar do Harry e vice-versa, então... eu dei uma crescida nela na imaginação. Nunca vi um personagem crescer tão rapido -q. Depois voltei para a parte da confusão e associei que foi usado "seu irmão" por ser o PoV de Zane, mas por causa do "Harry" anteriormente, acreditei que o "seu irmão" se referia a Harry, logo, Zane. Enfim, entendi depois.

Esse Professor Newton, sempre brincalhão ( ͡° ͜ʖ ͡°). Eu pensei aqui em inúmeras cantadas com trocadilhos sobre gravidade, o que já é consequência do trocadilho com o "Newton".

Agora que parei para pensar... Lydia eletrocutou a (literalmente) 'mini'-gangue de valentões com um rato. Gostei. Enfim, é aqui que eu fico confuso de novo. QUEM É O VILÃO AQUI? Ela apagando o Zane e ter escondido por todo esse tempo seu real objetivo (na verdade só algumas horas, ao contrário de uma certa outra mulher bonita) já me pareceu muito culpada e eu já estava ficando meio bad por isso e me lembrando de uma certa outra mulher bonita (OUTRA, SÉRIO? HARRY PODE PEGAR NINGUÉM QUE  NÃO ESCONDA PLANOS MALÍGNOS? < eu revoltado). A parte dela ao telefone acentuou posteriormente, já que eu tenho um preconceito com os "caras misteriosos do outro lado da linha", ou simplesmente misteriosos demais, embora um anime por ai já tenha me mostrado o contrário. 

Mas ai ela citou que o Jirachi dizia "mentiras" e que ele tinha matado uma "divisão de nossos soldados", coisa que o Jirachi não negou e toda a reação dele me lembrou MUITO um personagem de Undertale, não vou dizer quem para não virar spoiler, caso não tenha jogado. Sinceramente eu fiquei bem feliz por ter a suspeita desse Jirachi, já que eu não quero que Lydia seja como uma certa outra mulher bonita e pq eu estava meio que odiando aquele discurso de "coração puro" do Jirachi. Só diga que alguém tem coração puro se for para dar uma nuvem voadora.

Eu espero do fundo do meu Luvdisc interno que ela ter dito sobre Zane para o cara-da-outra-linha-muito-misterioso-e-suspeito não traga algum problema para eles futuramente, visto que ela tenha pensado sobre "será que eu digo", mostrando se importar com ele e ficando entre não achar seguro, por ter parado para pensar, e achar seguro por ter dito após pensar. Também por isso eu confio um pouco mais nela (e eu quero confiar).

Mas... pq capturar o Jirachi? Quem são "eles" que ela citou, quando falou sobre os "nossos soldados"? Quem é o cara da outra linha muito misterioso e suspeito? Por algum acaso seriam os mesmos da organização que uma certa outra mulher bonita faz parte? Sexta, no globo repórter.

Ah é, quase esqueci. As tais faltas de virgulas voltaram com um pouco mais de força nesse último cap. Também teve uma parte que você disse que eles iriam "dormir sob o oceano", o que é meio bizarro por "sob" significar "embaixo, por baixo" e ai você imagina que eles dormiram mergulhando. E fica mais bizarro por eles, pelo menos Zane e Lydia, terem realmente mergulhado neste capítulo. E MAIS BIZARRO pq o Zane realmente "apagou" embaixo d'água.

Bom, é isso, até o próximo domingo de capítulo na mão  tchau Caramba, esse saiu grande. Enfim, teorias...

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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeSáb 15 Abr 2017 - 11:47

Após um longo tempo fora da área, estou voltando meio fora de forma ainda, então vou começando a comentar pelas fics menores (Ice e Rush que me desculpem, mas eu ainda vou demorar um pouco pra comentar na de vocês), mas enfim, vamos ao que realmente importa.

Primeiro, eu tenho que perguntar se uma das séries que você se baseou é Stranger Things, pois algumas coisas achei bem parecidas. Não vou falar muito, pois não sei se você - e também os outros comentaristas - assistiram. Mas, de toda forma, fiquei com essa dúvida, não que fosse demérito, muito pelo contrário.

Enfim, vamos lá. Eu devo dizer que gostei muito da fanfic. Em Game of Thrones eu tenho certeza que você se baseou, pois foi uma desgraceira do caramba na fic kkkk; todo mundo morre aí. Mas eu achei bem ousado você ter colocado aquele começo bonitinho, o protagonista criança e plam... mata o aparente protagonista, o pokémon do protagonista e a amiga do protagonista, que vira antagonista, enfim. Eu achei bem legal o fato de ter explorado o Dialga e o Palkia logo no começo da história, fazendo o estopim do enredo já se dar no começo.

Bem, eu achei muito legal o recurso do Roar of Time que você usou, porém imaginei que o Harry também sofreria alguma regressão, ou até mesmo o próprio continente de Sinnoh sofreria algo, entretanto, somente com o Blastoise aconteceu algo. Eu só não entendi se o Squirtle voltou a ser apenas um Squirtle, ou se ele é um Squirtle com a força de um Blastoise, mas enfim.

Eu gostei bastante desse Spencer, é um cara bem canalha, apesar de ser um cientista nerdão, estudioso. Gostei desse contraste. O Harry também foi um personagem que eu gostei bastante. Uma criança que tem que praticamente amadurecer muito mais rápido, já que perdeu os pais e ainda tem um irmão bebê. O mesmo acontece com Zane, que cresce sem pai, nem mãe, tendo apenas um irmão 10 anos mais velho cuidando de si. Eu também achei bem avulsa aquela tia deles, senti que a morte dela foi mais pra finalmente avançar a história, fazendo o menino poder sair de casa com irmão e tudo mais, mas enfim.

Eu fiquei intrigado com a presença do Norman no mundo distorcido e achei a batalha um tanto avulsa, mas é pocemaunz, e a gente gosta de ver batalhas kkkk. Mas essa ida deles a Petalburg vai explicar bastante coisa. Estou curioso para ver o encontro deles com a May.

Essa Lydia realmente é bem filha da puta. Ela me pareceu ser tão boazinha, mas no fim das contas parece que está envolvida com a equipe vilã. Todavia, assim como o Rush, eu gostei desse fato de ela acabar meio que gostando dos irmãos e mostrando um lado mais humano, torna isso bem mais real do que simplesmente: "hahahaha sou mau, vou pegar os lendários, controlar o mundo e te matar hahahaha". Apesar da filhadaputagem, achei a personagem bem interessante e curti o conflito moral que ela enfrentou ao "denunciar" a presença do Zane e a possível relação que o menino possa ter com o Jirachi.

Enfim, gostei desse jeito de escrever, com POVs - bem parecido com As Crônicas de Gelo e Fogo - pois permite um maior aprofundamento na história, além de podermos interpretar a história de várias formas, não somente do lado "protagonista fazendo o certo contra o vilão mau", como podemos perceber no já comentado caso da Lydia.

Bem, acabei fazendo um comentário mais geral, pois eram três capítulos para comentar, no próximo faço um comentário melhor.

É só e boa sorte com a fic.

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The Adventures of a Gym Leader - Capítulo 48
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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeDom 16 Abr 2017 - 14:25

project retype animando os seus horários de amoco C:

Briju o/

Demorei mas cheguei! E que capítulo, ein? Eu não tinha percebido que o capítulo um se passava sob um ponto de vista, então fiquei surpreso ao ler o dois e perceber que a fanfic teria vários pontos de vista. Eu curti bastante a escolha e, admito, eu já estava planejando algo com pontos de vista para o futuro -q

Esse Harry tem uma sorte, né? Toda menina que ele curte acaba se revelando uma vilã. Me lembrou bastante da minha vida social HUAHUASAU

Eu não tinha curtido muito o Zane no capítulo anterior, mas nesse eu consegui gostar bastante do personagem, e talvez ele até tenha se tornado o meu preferido (ainda é cedo pra dizer). Eu percebi que tinha gostado do personagem pois a cena em que ele é espancado por vários outros garotos me deixou meio aflito.

Aliás, falando dessa cena, no começo eu achei que o Pikachu tivesse usado o Flash para afastar os valentões, mas depois eu comecei a ponderar se ele tinha eletrocutado os moleques.

Toda a sequência no mar foi bem legal, você explorou o golpe Dive de um jeito bem legal e que eu também nunca tinha sequer imaginado. Para mim, os pokémon só faziam o treinador respirar em baixo da água mesmo husahs Mas ninguém liga, esse HM só faz diferença em Hoenn mesmo kkkk

Todo esse negócio do Jirachi fez parecer que teremos vários lendários sendo capturados daqui em diante, bem como uma equipe boladona atrapalhando a busca por Josh. Eu me pergunto o quão ferrado o Zane está agora que Lydia o entregou para o sujeito do outro lado da linha.

Vale ressaltar que eu, assim como Slow, fiquei confuso em relação à Lydia. No capítulo foi dito que ela era um pouco mais baixa que Harry e tinha a idade do seu irmão, dando a entender que ela tinha a idade de Zane, mas só lendo o comentário do Slow que eu fui entender que "seu irmão" se referia à Harry, já que o capítulo se passou sob o ponto de vista de Zane. Eu acho que ficaria melhor se você colocasse "era um pouco mais baixa que Harry, mesmo tendo a mesma idade que o rapaz". Não confundiria tanto -qq

Eu concordo com o Rush em colocar umas músicas aqui e ali (todos deveriam fazer isso, fica tão legal com trilha sonora *-*). Você disse que estaria aceitando sugestões, então fica uma outra sugestão aqui -q

Até mais Briju, um beijo, um queijo e até o próximo capítulo o/
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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeDom 23 Abr 2017 - 18:10

cheguemos nesse domingo chuvoso (pelo menos onde eu moro) com mais um capítulo de caos

RESPONDENDO OS COMENTÁRIOS:

Nossa, responder os comentários é a parte mais gostosa na hora de postar um novo capítulo, mais uma vez, obrigado por todos que perderam um pouquinho de seu tempo pra comentar aqui =D

Nota do Autor: Bom, o capítulo III é o mais ~diferentão~ até agora. Nele eu usei nele mais uma técnica inspirada nas Crônicas de Gelo e Fogo, pois, na saga, o autor gosta de fazer aquele capítulo bombástico sob algum POV e no capítulo seguinte você está do outro lado do universo com outro personagem, seguindo outras fitas (e o fdp ás vezes demora quase 100 páginas pra voltar pro plot que você tava curioso). No começo isso pode ser um pouco irritante e até ingrato, mas vou trabalhar para continuar entregando um resultado satisfatório.

Também decidi seguir as dicas de acrescentar umas musiquinhas -q Claro que eu tenho um gosto musical bem duvidoso, mas a vantagem de ter vários protagonistas de diferentes personalidades, me permite por músicas de basicamente qualquer gênero. Por exemplo, nesse tentei deixar algo mais pop, pois acho que faz sentido com a personagem.

Esse é um capítulo que eu escrevi tem uns dois anos, e em vez de reescreve-lo que nem eu fiz com os outros, só fiz algumas mudanças. Enfim, espero que gostem.




Citação :
Capítulo III
Incidente no Laboratório

Laura




Ah, o glamour.





Muitas coisas deixavam Laura excitada, mas coisas glamorosas deixavam a menina sem fôlego.

Centenas de coordenadores pokemons desfilavam pelas ruas da cidade de Saffron com seus parceiros lado a lado. Cada um mais bonito que o outro, exibindo seus golpes para a multidão eufórica que acompanhava o desfile. A rua estava decorada com rosas vermelhas a cada metro e várias pétalas estavam espalhadas pelo imenso tapete vermelho em que os coordenadores passavam.
No meio de toda a exibição, uma carruagem de cinco metros em forma de castelo acompanhava a bela procissão. Totalmente rosa e com detalhes lilás, o castelo era maravilhoso de se observar, mas a definição de glamour estava era dentro dele, enquanto Laura recebia a ajuda de três garotas para terminar de se aprontar. Seu cabelo castanho claro já estava arrumado em um coque elegante que ressaltava o rosto da menina, que terminava de ajustar sua maquiagem passando um delineador preto ao redor de seus olhos castanho escuro enquanto as moças terminavam de ajustar o longo vestido de renda rosa que ela utilizava.

Uma quarta garota cuidava de seu Milotic, que não precisava necessariamente de muitos cuidados, o pokemon tinha um corpo amarelado esguio com antenas vermelhas cheia de detalhes multicoloridos e o mesmo já era majestoso de se observar naturalmente. Quando as meninas se afastaram, Laura se olhou no espelho e mal reconheceu a garota que viu. Ela se considerava uma garota razoavelmente bonita no auge de seus quinze anos. Mas o que as garotas fizeram foi eliminar qualquer imperfeição visual de seu corpo.

Aparência não é tudo, foco em quem você é e nas coisas que realmente importam, pensou ela no momento que Aiden entrou no quarto em que ela terminava de se aprontar. O rapaz usava sua camisa xadrez e jeans rasgados de sempre. Ele ergueu a câmera que sempre andava pendurada em seu pescoço e tirou uma foto do quarto.

- Você sobe em cinco minutos – avisou ele.

- Ok, já estou pronta.

- Vou lá pra fora para capturar o momento – disse Aiden saindo disparado.

Laura saiu do pequeno quarto acompanhada de seu pokemon até o elevador que os revelaria pra multidão no momento certo. Aguardou ansiosamente a voz que devia chama-la.

- Preparem-se pessoal – anunciou a voz da apresentadora Lívia – Com vocês a garota que conquistou toda a região de Kanto. Vencedora do Grande Festival deste ano, uma salva de palmas para nossa nova top coordenadora a Srta. Laura Modesto!

O elevador subiu revelando Laura e Milotic para a multidão que berrava seu nome alucinadamente. Laura acenou vigorosamente de cima da carruagem-castelo enquanto Milotic usava seu golpe Aqua Tail, encantando todos que assistiam.

De sua posição, ela podia ver vários coordenadores que ela enfrentara durante sua longa jornada para chegar naquela posição. Vários aplaudiam vigorosamente, apesar de um ou outro virar a cara. Hayley Cook que perdera para ela na semifinal do Festival visivelmente não olhava satisfeita. Vadia estúpida.

O cabelo loiro prateado de Aiden lhe chamou atenção com ele correndo para tirar fotos de todos os ângulos possíveis. Quando os músicos começaram a tocar a marcha da vitória, Laura libertou seus outros quatro pokemon de suas pokeballs.

A raposa branca que era seu Ninetales não perdeu tempo em lançar uma chama para o céu, arrancando gritos entusiasmados. O humanoide Jinx não ficou para traz, fazendo sua habitual combinação com o pokemon raposa, usando o golpe Blizzard junto com suas chamas. A combinação causava um efeito belo o suficiente para impressionar até quem não gostava de Concursos Pokemon. Buterfree e Gloom se limitavam a pular excitados.

Laura sabia que só devia exibir um pokemon durante o desfile dos campeões, por isso escolheu o Milotic que veio com ela da região de Hoenn e participou de todos os concursos. Mas ela não se importava com as regras, lhe parecia errado não mostrar todos que a ajudaram a chegar ali.

Os expectadores aprovaram e gritaram como loucos. Laura sentia-se feliz como nunca esteve. Acenou e pulou até o momento que a apresentadora anunciou o fim. Todos os coordenadores retornaram seus pokemon e finalizaram o desfile inclinando o corpo como um agradecimento.

Laura desceu da carruagem do vencedor, pegou a bolsa que tinha deixado guardada na carruagem e se dirigiu ao Centro Pokemon localizado em uma travessa da rua em que o desfile tinha ocorrido. Foi diretamente para o banheiro desfazer toda aquela arrumação. Despenteou o cabelo, limpou a maquiagem e colocou uma camisa e saia simples. Apesar de ter amado a sensação de estar linda em frente a todos, sentia-se muito melhor naquele banheiro, como uma garota qualquer. Guardou suas coisas na bolsa e saiu do banheiro procurando algum telefone.

Localizou um ao lado da recepção, que se encontrava vazia, com apenas uma Chansey a observando. Laura se aproximou do aparelho, mas antes de tirar o fone do gancho sentiu um par de mãos em sua cintura e uma respiração ofegante em seu pescoço. Ela virou e se deparou com o par de olhos azuis muito claros de Aiden.

- Você estava magnifica – elogiou ele com a face tão próxima da dela que ela conseguia sentir seu hálito fresco.

- Eu sou magnifica, você só está sendo redundante.

- Ora, me desculpe se eu queria elogiar minha... – Laura o calou encostando seus lábios nos dele.

Ela o abraçou e o garoto a beijou com mais vigor, prensando ela na parede e descendo para o seu pescoço com beijos leves e amorosos. Laura o afastou delicadamente.

- Eu já disse que te amo?

- Quase mais vezes que a minha mãe, e olha que ela tem dezesseis anos de vantagem – respondeu ele rindo, buscando os lábios da garota outra vez.

- Falando em mãe, porque você não vai pro quarto enquanto eu ligo pra minha?

- Beleza, avisa pra ela que eu vou passar as fotos de hoje pro notebook e já mando pra ela – disse ele lhe dando um beijo de despedida, afastando-se com a cabeleira loira cintilando com as luzes do recinto.

Laura ligou o monitor do telefone e o tirou do gancho, arriscando ligar para o número da pequena casa em que ela cresceu na cidade de Littleroot em Hoenn. Mas era óbvio que sua mãe não estava em casa, desde que Laura partira pra Kanto raramente Lana Modesto ficava em casa.

Ela discou o número do seu celular e foi surpreendida com um enorme sorriso de sua mãe.

- Oi mãe, pode falar agora?

- Posso sim meu amor – respondeu ela. Lana tinha o cabelo castanho escuro na altura dos ombros e olhos iguais aos da filha.

- Onde você está? – perguntou Laura não reconhecendo o lugar que via atrás de sua mãe.

- Em um quarto aqui no Quartel General da Interpol em Slateport – respondeu ela.

- Trabalhando no domingo mãe? – bufou Laura.

-  Uma agente da polícia internacional do meu calibre não tem horário querida, como você mesma deve estar descobrindo – lembrou ela – Mas relaxa, vou participar de algumas reuniões com os superiores amanhã, nada demais. Você estava maravilhosa hoje.

- Você me assistiu? – perguntou Laura surpresa, pois sabia que sua mãe não dava a mínima para os Concursos Pokemons.

- Claro filha, era só um disfarce, mas eu sei o quanto se tornou importante pra você.

- Nunca imaginei que você ia assistir – disse Laura extasiada – até porque você não queria nem que eu participasse do Grande Festival não é mesmo?

- Laura, você sabe muito bem o porquê – suspirou Lana – Achei que a exposição atrapalharia seu real trabalho. Porém, como nossos superiores disseram, uma Top Coordenadora pode ser útil para nós.

- Até porque eles disseram para eu agir como qualquer treinadora, e como qualquer treinadora eu lutei e venci – disse Laura dando a língua para a mãe – apesar de vocês nunca me darem uma missão importante não há como negar que eu sou o maior sucesso do programa Agente Júnior.

- Programa que eu criei vale lembrar – salientou a mãe da garota – Crianças na Interpol, onde eu estava com a cabeça?

- Sabe muito bem que eu não sou mais criança – replicou Laura – Aiden disse que vai enviar algumas fotos pra você.

- Ah ele vai? – questionou ela revirando os olhos – Ás vezes eu acho que esse garoto é a verdadeira distração...

- Você podia parar de implicar com meu namorado – reclamou a filha – Que eu saiba eu nunca atrasei nenhum relatório.

- E que nunca se atreva a atrasar – aprovou a mãe – Mas mantenha-se atenta filha, os Inconformados podem agir a qualquer momento.

- Algum outro agente relatou alguma coisa daqui de Kanto?

- Nada, o que é muito esquisito. Temos indícios de suas ações em todas as regiões, exceto Kanto e isso é no mínimo estranho.

- Talvez eles não se interessem pelos Pokemons Lendários daqui – sugeriu a garota.

- Nós nem sabemos exatamente o objetivo deles Laura. Todo fim se justifica por um meio, por isso quero sua dedicação total ao caso – replicou Lana – Não é por ser uma agente iniciante que seu desempenho tem que ser menos do que excelente.

- Não se preocupe – tranquilizou Laura – Eu ainda serei uma agente maior que você!

- É isso que eu gosto de ouvir! – exclamou sua mãe feliz – Agora eu tenho uma missão especial pra você, tem uma coisa que o professor Carvalho se prontificou a nos entregar. É perigoso mandar por correio ou mesmo citar o que é por telefone, então precisamos que você busque no laboratório dele.

- E faço o que com essa coisa?

- Quando estiver segura com ele mandaremos alguém para buscar com você.

- E por que essa pessoa mesmo não pega com o professor?

- Temos urgência em conseguir o objeto Laura, acredito que amanhã cedo você consiga chegar em Pallet naquele Pidgeot que o garoto tem, certo?

- Sim.

- Agora ouça bem – disse ela abaixando a voz – Você precisa instalar escutas no laboratório do Carvalho.

- Escutas? Por quê?

- Temos motivos para acreditar que ele está trabalhando com os Inconformados – revelou Lana – O objeto inclusive pode ou não ser o que queremos. Você também deve se atentar para o caso de alguma armadilha. Não sabemos o quanto o seu disfarce de coordenadora deu certo, alguém pode suspeitar de quem você é realmente.

- Entendido.

- Muito bem – disse sua mãe sorrindo – Parabéns mais uma vez pela sua vitória. Foco na missão, durma bem querida.

- Obrigada, beijos mãe – despediu-se Laura.

Laura colocou o fone no gancho, apagando a imagem de sua mãe da tela e se dirigiu para as escadas, rumo ao quarto em que ela estava ocupando com Aiden.

Toda a experiência como coordenadora pokemon tinha fascinado Laura de verdade, mas seu sonho ainda era ser uma grande agente da polícia internacional, a Interpol, como sua mãe, logo, não podia vacilar agora que recebera uma missão de verdade.

Chegou ao quarto rapidamente, porém pensou ter adentrado o quarto errado. Todo o ambiente estava iluminado com uma luz vermelha. Rosas e violetas estavam espalhadas por todo o recinto e em frente a cama estava uma pequena mesa decorada com um par de velas. Ao lado dela um elegante Aiden fotografava a expressão estupefata de Laura.






- Uma noite especial, para um dia especial – disse ele – Sente-se.

Laura fechou a porta do quarto e se sentou ainda surpresa. Seu prato tinha strogonoff de frango e lasanha à bolonhesa, uma combinação nada comum de seus pratos prediletos.

- Aiden – disse ela quando recuperou a voz – É tudo tão perfeito, nem sei o que dizer.

- Você merece depois da sua vitória incrível – disse ele com aquele meio sorriso bobo que fazia seu coração bater mais forte.

Aiden também se sentou e ambos começaram a comer. Laura segurou a mão do amado enquanto se deliciava, e ele a observava com um olhar doce. O fotógrafo pateta fora um completo estorvo para a garota, e o fato dele segui-la para todo o canto quando se conheceram lhe rendeu uma queimadura de Ninetales, que na época era um pequeno Vulpix.

Com o tempo, ambos se tornaram amigos e passaram a viajar juntos enquanto o garoto documentava os concursos que ela participava para alguns jornais da região. Nessa época Laura revelou a ele que era na verdade uma agente júnior em treinamento, e pouco tempo depois ele revelou seus verdadeiros sentimentos por ela, que a essa altura já era correspondido pela garota.

Como eu sentia ódio de ver esse imbecil de olhos lindos me fotografando em todo canto.

- Mamãe me deu uma tarefa, amanhã temos que ir cedinho pra Pallet – informou Laura.

- Pallet não tem nada de interessante além do laboratório do professor Carvalho – comentou ele.

- Pois é pra lá mesmo que vamos. Depois a gente pode dar uma passadinha em Viridian para ver seus pais.

Isso animou bastante o rapaz. Ele pôs o prato já vazio de lado e conduziu a garota pra cama de casal que estavam dividindo.

- Suponho que devemos dormir logo então – disse ele.

- Sim.

Aiden a beijou intensamente enquanto se deitavam. Laura passou suas mãos pelo seu corpo que era bem desenvolvido para um adolescente. Terminou o movimento em sua nuca. O rapaz a beijava avidamente, segurando seu corpo firmemente. Estavam deitados tão juntos que Laura podia sentir algo se animando entre as pernas dele e decidiu encostar a mão para provoca-lo.

O garoto afastou-se de sua boca rindo.

- E a história de dormir?

- Ah, vai dizer que você fez tudo isso para terminar a noite dormindo?

- Talvez não – admitiu ele.

Laura ajudou Aiden a tirar sua camisa e o beijou novamente, dessa vez com mais desejo. Todo o mundo ao redor se extinguira, pois, para Laura, ela é Aiden eram um só.

- Eu te amo mais que tudo – disse Laura.

- Você é tudo pra mim – o sorriso de Aiden era tudo que importava para menina apaixonada.





A aventura noturna do casal não os impediu de acordar cedo. Quando Aiden despertou, Laura já tinha arrumado suas coisas e já estava preparada para partir. Ambos tomaram um café da manhã rápido no restaurante do Centro Pokemon e se prepararam para o voo até Pallet.

Pidgeot era o único pokemon de Aiden e era muito útil para quando eles precisavam se deslocar rapidamente, sendo que o rapaz tinha licença para voar para qualquer cidade de Kanto, porém ambos ainda preferiam se deslocar lentamente a pé.

O majestoso pássaro marrom decolou da cidade de Saffron em alta velocidade com os dois adolescentes em seu lombo. Laura detestava voar pela sensação que causava em seu estomago e na velocidade que Pidgeot ia, a sensação era dez vezes pior.

Porém não durou muito. Graças a experiência do pokemon, não demorou muito para a pequena cidade de Pallet se tornar visível. A cidade era repleta de casas simples e grandes fazendas de criação de animais comuns como gado e também de criação de Pokemon. Apenas uma enorme construção branca chamava atenção da menina. Com uma enorme área de recreação atrás do prédio, onde vários pokemon corriam um atrás do outro, o laboratório destoava o clima de interior de Pallet. Aiden orientou onde o Pidgeot devia pousar e Laura fechou os olhos para não vomitar, pois o pouso era sempre a pior parte pra ela.

Sentindo apenas o farfalhar das asas do pokemon e apertando a mão do namorado, Laura estremeceu quando sentiu o pokemon parar de se mexer. Abriu os olhos e saltou para o chão, observando a enorme construção que era o laboratório do professor Carvalho.

A menina já estivera ali uma vez para conhecer o especialista, e mesmo assim ainda se impressionou com a enormidade de pokemon que corriam pelos vastos campos que faziam parte do laboratório. Treinadores de toda a região de Kanto deixavam seus pokemons ali quando ultrapassavam o limite de seis pokemon a mão.

Laura apertou a campainha e enquanto esperava tirou algumas das escutas eletrônicas que teria que instalar na sala do professor e escondeu em um de seus bolsos. No outro, mantinha uma pequena pistola que nunca tinha usado de verdade, mas mantinha sempre por perto por recomendação de sua mãe. Logo os dois foram recebidos por um dos assistentes de Carvalho.
- Estou aqui para falar com o professor Carvalho em nome da Interpol – informou ela para o assistente.

- Ele encontra-se no campo, me acompanhem por favor.

Laura e Aiden seguiram o jovem assistente até a área onde os pokemon ficavam. Não demorou muito para Laura reconhecer a cabeleira prateada do professor Carvalho. Ele estava com seu jaleco branco debruçado sob a grama fazendo anotações enquanto observava um grupo de pokemon azuis brincando. Os pokemons tinham manchas azul escura e algo que parecia um botão de planta nas costas.

- Meu deus, quantos Bulbassaur! – exclamou Aiden que adorava esse pokemon.

Carvalho se virou ao ouvir a agitação e disse:

- Tem muito mais por aqui, mas esse grupo é particularmente brincalhão.

Como se quisessem provar que ele dizia a verdade, o bando de Bulbassaur partiu pra cima de Aiden, o derrubando e o cobrindo de lambidas dos pés à cabeça enquanto o garoto ria.
- Professor – aproximou-se Laura – Não deve se lembrar de mim, me chamo Laura e o idiota ali é o Aiden.

- Ah claro que lembro minha querida – disse Carvalho – Lembro de quando um fotógrafo e uma promissora coordenadora vieram assistir uma palestra minha e me bombardearam de perguntas – ele se aproximou dela – Porém recentemente descobri que você é mais do que uma coordenadora promissora, não é mesmo Srta. Modesto?

- Precisamente – confirmou ela – Temo que meus superiores tenham pressa em receber a sua encomenda.

- Com certeza – concordou o professor – Um artefato tão perigoso tem que ser mantido em segurança, sigam-me.

Laura fez questão de segui-lo, mas Aiden tinha dificuldade em se separar do bando de pokemons que o seguravam usando seus cipós. Carvalho vendo a situação se dirigiu para o rapaz:
- Você já pegou algum inicial comigo?

- Não senhor.

- Se tiver gostado deles, pode ficar com um Bulbassaur, sinto que gostaram muito de você.

Os olhos claros de Aiden brilharam de emoção. Ele se levantou e agarrou o maior do bando.

- Você será meu companheiro – disse ele ao que o pokemon respondeu com vários grunhidos de “saur saur”.

Seguiram o professor para dentro de seu enorme laboratório, onde vários de seus assistentes se encontravam debruçados sobre pilhas de livros ou estudando algum esqueleto pokemon. Seguiram o professor até uma porta que ele disse ser seu escritório.

A sala era grande, com estantes enormes repletas de livros, muitos deles publicados pelo próprio Carvalho. No centro tinha uma escrivaninha com um computador e vários papéis espalhados no qual o professor aproximou duas cadeiras para que eles se sentassem de frente com ele.

Laura não perdeu tempo e instalou a escuta embaixo da escrivaninha enquanto o professor solicitava por telefone que um assistente providenciasse a pokeball do Bulbassaur e a entrega da Interpol.

- Professor, devo dizer que não sei exatamente o que vim buscar – confidenciou Laura – O senhor se importaria de me explicar o que é?

- Minha querida, nada mais nada menos do que uma esfera – disse ele – uma esfera criada pelos cientistas de Kanto há alguns anos, chamada “Projeto Bluma”, ou apenas Bluma.

- O que essa Bluma faz? – questionou Aiden intrigado.

- Os cientistas queriam estudar um pokemon lendário. Um pokemon com poucos registros históricos. Seu nome é Mew, e a Bluma foi construída para convocá-lo.

- Isso é possível? – perguntou Laura chocada – Foi testado?

- Possível? Com certeza – replicou o professor – Mas eu usei minha influência para proibir o uso dela em meio as complicações que temos com aqueles indivíduos que parecem querer se apossar dos pokemon lendários.

Inconformados.

- Talvez um dos desenvolvedores até seja um dele, como vou saber – continuou Carvalho –Talvez a Bluma nem funcione, mas não pretendo arriscar. Eu queria permissão para destruí-la, mas o máximo que consegui foi transferir sua guarda para as mãos policiais.

- Entendo professor – disse Laura pensando na responsabilidade que lhe seria entregue.

Um dos assistentes apareceu na porta com uma pokeball na mão e com uma pequena caixa na outra. Ele entregou a pokeball para Aiden, que a guardou no bolso sem retornar o pokemon, mantendo-o em seu colo. A caixa foi colocada na mesa. Carvalho se levantou e a abriu, revelando uma esfera branco-perolada que brilhava como se tivesse um led dentro da própria.

- Aqui está, a Bluma – disse ele fechando a caixa e a entregando para Laura.

A garota pegou pequena caixa e a colocou com cuidado em sua bolsa. No momento em que fez isso, ouviu uma explosão que parecia vir do laboratório. Ela fez menção de ir checar mas foi segurada por Aiden.

- Espere.

Gritos dos assistentes preencheram a sala e logo, sons de tiros, deixando o professor Carvalho em pânico.

- Eles vieram, eu tentei atrasá-los, mas eles vieram.

- Quem veio professor? – perguntou Laura assustada

O professor não respondeu. Sua mão tremia, ele se aproximou do assistente que estava na sala com eles e lhe sussurrou alguma coisa. O rapaz ficou pálido, mas assentiu e se dirigiu a saída do escritório.

- Crianças, veem aquele armário? – Carvalho apontou para um enorme armário marrom do extremo oposto onde estavam – Ele é grande o bastante para vocês dois, se escondam e não saiam de forma alguma.

Aiden abriu a boca para protestar, mas Laura tinha mais juízo e agarrou a mão do namorado, o levando para onde o professor indicara. Depois de entrarem, ela fechou deixando uma pequena fresta para ver a sala.

Professor Carvalho sentou-se em sua escrivaninha enquanto mais sons de tiros ecoavam de fora da sala. De repente dois homens trajados totalmente de preto adentraram o recinto com armas apontadas para o professor. Usavam um capuz de modo que era impossível para Laura ver suas faces. Nenhum som vinha do laboratório.

São eles, os Inconformados.

- Vocês vieram mais cedo do que eu esperava – disse ele calmamente – Por que toda essa bagunça?

- Seus assistentes se recusaram a abrir a porta para nós – disse o homem mais alto.

- Tolos – reclamou Carvalho.

- Muito – concordou o segundo homem se aproximando mais do professor, com a arma apontada para sua cabeça.

- Mas por que hoje?

- Estamos aproveitando que toda a atenção da polícia vai estar no nosso pequeno evento em Unova.

- Unova? – indagou o professor confuso.

- Não interessa pra você velho – disse-lhe o homem mais alto – Onde está?

- Foi-se – respondeu ele.

- Sabe que mataremos você se isso for verdade?

- Então o que está esperando para puxar o gatilho? – desafiou Carvalho.

- Louis, faça uma vistoria na sala dele – disse o homem com a arma próxima do professor – Se realmente não estiver aqui teremos que avisar o Caleb.

O homem mais alto chamado Louis abaixou a arma e começou a fuçar nas estantes do professor, se aproximando cada vez mais do armário onde Laura estava escondida. Aiden apertou sua mão e sussurrou:

- Você tem um plano?

- Posso cuidar do homem que abrir o armário – Laura tentou não soar tão amedrontada quanto realmente estava enquanto pressionava a mão contra o bolso em que sua arma se encontrava – Mas o outro pode atirar no professor ou na gente.

- O Bulbassaur pode ajudar – disse ele olhando para o pokemon que ainda estava em seus braços – Eu vi que ele pode usar o Vine Whip bem rápido
.
Laura não gostava da ideia, mas não viu outra opção. Ficou com sua arma na mão esperando o tal Louis se aproximar. Quando ele fez menção a abrir o armário, a garota empurrou a porta com a perna usando toda sua força. O homem desavisado perdeu o equilíbrio, caindo no chão e derrubando a arma que segurava pra longe, enquanto Laura montava em cima dele com a própria pistola apontada para cabeça do homem. Ao mesmo tempo, Aiden ordenou ao pokemon que acabara de ganhar que usasse o Vine Whip.

Felizmente, Bulbassaur executou o golpe corretamente, fazendo seus cipós irem em direção ao segundo homem.  As vinhas desequilibraram o homem que escorregou e bateu a cabeça com força no chão, perdendo a consciência. Laura usou pela primeira vez seu treinamento da Interpol e golpeou com seu cotovelo o homem chamado Louis em uma região do pescoço, fazendo com que ele desmaiasse também.

Porém no susto com o golpe do pokemon planta, o homem que rendia o professor, apertou o gatilho da arma e disparou uma bala que voou diretamente para o peito de Carvalho, que caiu da cadeira com o impacto.

Laura gritou e correu desesperada para o professor. Ela se aproximou do velho professor que estava com os olhos fechados enquanto uma poça de sangue se formava embaixo do seu corpo. Ele mal respirava.

Ela encostou os dedos na garganta do professor e conseguiu sentir sua pulsação extremamente fraca. Ela rasgou o jaleco do professor e começou a pressionar a região do tiro a fim de tentar conter a hemorragia.

Enquanto a garota tentava manter Carvalho com vida, Aiden ligou para o serviço de emergência médica e para os policiais locais. Depois, carregou os dois bandidos e amarrou eles com algum tipo de corda que havia encontrado no recinto.

- Eu cuido dele agora, tome – o rapaz estava com a mão estendida, oferecendo seu celular para Laura. Apesar de assustado, seu olhar demonstrava uma clara preocupação com a namorada, que estava chorando e soluçando silenciosamente enquanto assistia a vida do professor se esvair.

Com o aparelho em mãos ela discou o número do celular da mãe, sem ativar a chamada em vídeo para que ela não a visse desolada e suja de sangue.

- Laura? – atendeu Lana Modesto no último toque com uma voz angustiada.

- Mãe – começou ela. Mas não sabia o que dizer primeiro. Peguei o que você queria, instalei as escutas. Carvalho não passava informações pros inconformados, ele tentou atrasá-los. O professor está morrendo. Porém, seu instinto a fez lembrar de algo que um dos bandidos dissera – Primeiro, você deveria mandar uma equipe atrás dos Inconformados em Unova.

- Filha – a voz dela falhou – Unova não existe mais.




~~//~~



Liam





Olá? Eae? Ainda não sei bem como começar isso aqui sem parecer um idiota. E se alguém um dia puser as mãos em você? O que vai pensar de mim? Que sou uma menininha?

Enfim, hoje foi mais difícil que os outros dias pois Rik acordou doente, mas se recusou a parar para descansar.

- Não temos tempo a perder. – Ele me disse.

- Vai com calma cara – eu disse – não adianta se esforçar tanto e acabar morrendo no caminho.

Rik respondeu com um grunhido e continuou a seguir a trilha sem diminuir o ritmo. Não me preocupei muito até o momento em que ele caiu na primeira armadilha.

Um buraco o engoliu quando ele pisou em um certo tronco, algo que eu não sei exatamente como aconteceu até agora. Consegui segurá-lo com uma mão, me segurando na raiz de uma árvore com a outra.

- Liam cuidado – alertou ele – me puxe devagar se não nós dois vamos cair.

Me concentrei e com muito esforço consegui puxá-lo para a beira do buraco. Respirando de forma pesada, me aproximei da beirada do precipício recém-aberto e vi que não dava para enxergar o fundo.

- Como isso é possível? – Questionei.

- Cara, não cobre respostas lógicas dessa ilha.

- Quer descansar um pouco?

- Não, vamos em frente.

Com um olhar mais aguçado agora, conseguimos evitar outras armadilhas dispostas pelo caminho. Claro que eu sabia que essa jornada seria perigosa, mas não imaginava que iríamos nos deparar com armadilhas ainda tão longe do nosso destino.

Já estava quase anoitecendo e comecei a convencer Rik a parar para descansar antes que ele desmaiasse quando uma voz feminina me fez travar de medo.

- Vocês dois, não se movam ou eu acabo com vocês!

[...]







~~//~~







Notas Finais: A visão de Laura é bem diferente do que tínhamos até agora, espero que tenham gostado de conhece-la. O POV de Liam não estava originalmente nesse capítulo, até porque ele foi o último protagonista criado, e por enquanto ele permanecerá como um mistério pra vocês hehe

Nos vemos dia 07/05 com o Capítulo IV - Incêndio. Decidi divulgar o título logo pra barrar meu ímpeto te alterar o título nas vésperas de postar e me arrepender -q Também com ele conseguirei lançar um miniguia com os personagens da fic a fim de situá-los melhor (espero)

Comentários e sugestões são sempre bem vindos o/


Última edição por Brijudoca em Seg 15 Jun 2020 - 14:42, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Caos   Caos Icon_minitimeSeg 24 Abr 2017 - 22:16

Brijudoca o/.

Já tinha lido o capítulo ontem, mas fiquei com preguiça de comentar, então vamos lá -q.

Primeiramente, tenho que dizer que gostei do capítulo, apesar de não ser com nenhum protagonista conhecido, mas incluindo mais dois protagonistas e mais alguns personagens na história.

Sinceramente, eu gosto sim desse estilo George R.R. Martin de escrever a história, com às vezes um personagem aparecendo umas cinco vezes de dez possíveis seguidas e outro aparecendo apenas depois de uns vinte capítulos. Acho que isso enriquece a história, mas tem que ser bem explorado, se não acaba ficando cansativo e confuso. Acredito que o autor tenha que saber ligá-los inteligentemente e também deva saber controlar o espaço-tempo da história, para não criar confusão. De toda forma, o seu até o momento não posso criticar. Espero que se mantenha assim, pois, como disse, é um recurso bem inteligente quando bem utilizado.

Devo dizer que gostei bastante da Laura, por um momento pensei que ela fosse coordenadora de verdade e que ela seria mais uma personagem "bobinha" na fic, mas pelo visto, é totalmente o contrário, o que eu achei muito interessante, de verdade. Uma "detetive" achei muito legal, principalmente sendo uma mulher, já que é difícil ver isso. O namorado dela eu não tenho muito pra falar, já que ele teve pouca importância, além de prender os bandidos. O Liam idem, já que teve apenas poucas linhas para se revelar, mas no fim revelou pouca coisa, já que eu nem sequer sei onde ele estava -q, mas enfim.

Aparentemente, essa trupe que a garota e sua mãe citaram, são os mesmo que estão em Sinnoh com o Dialga, o Palkia e o Jirachi, imagino que, inclusive seja a "corporação" que a Lydia faça parte. Ou seja outra equipe, mas com os mesmos propósitos daquela de Sinnoh. Enfim, estou bastante curioso com esse mistério todo.

Gostaria de saber o que tinha dentro da caixa do Carvalho (já nem lembro mais se você falou ou não),
Spoiler:
Além disso, uma coisa que me deixou tipo muito mais intrigado (já estou ficando sem sinônimos huhauhauahua) foi o fato de a mãe da Laura ter dito que Unova já não existe mais. Tipo... o continente não existe mais? Se for, estou interessado (olha eu de novo -q) em saber o que aconteceu e porque os homens falaram algo sobre Unova, se o continente não existe mais. Nessa cena eu só não gostei da rapidez com que o Bulbasaur se "familiarizou" com o menino (desculpa, mas eu nem lembro o nome dele), já que numa cena ele tava no campo e na outra já tava imobilizando dois bandidos fortíssimos, sei lá.

Enfim, estou gostando bastante da história e espero que você não dê uma de velho gordinho psicopata e que você traga POVs do Harry e do Zane sem tanta demora huahauauhhau, brincadeira.

Bem, é só e boa sorte com a fic.

________________
The Adventures of a Gym Leader - Capítulo 48
Dreams come true

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