Jogo Matrimonial - Parte 5

Zeus cruza suas pernas e se senta no chão, ele põe suas mãos nos joelhos com força, e um pequeno trovão estoura em algum lugar próximo.

Ele parece estar mais falando sozinho do que qualquer outra coisa, talvez seja uma boa hora pra cair fora ou fazer perguntas.

— FIRST

Arkh se agarra ao braço de Ken, o que deixa o garoto surpreso e um pouco envergonhado



- H-Hey, tem certeza que de todos por aqui, e-e-eu sou aquele que serve para você se segurar?



- B-Bem Arkh, acho que e-eu estou tão confuso quanto você, e-então prefiro não interagir com um Deus furioso...

O garoto se vira para Noah e diz com um sorriso



- Mas hey, estou feliz por te ver Noah

Eu olhava para aquela criança que sabia o meu nome. Pelo menos, em tanto caos, alguém que parecia ser normal. No entanto, eu não a reconhecia, ao contrário dos demais.




— Olá, crianças estranha de cabelos brancos! Meu nome é Noah!






— Você poderia me explicar o que porra está acontecendo neste momento? Eu acordei com minha crush me cutucando e depois surgiu um cracudo com uma explosão de luz e depois aquele índio marionete começou a me assediar!



Leri Magé continuava próximo de Noah, o que lhe causava calafrios.





— É sério, pô. Eu deveria estar estudando, sabe? Ao contrário de vocês eu quero ter um bom futuro profissional. Um médico. Dr. Noah. Vou fazer doutorado. 




— Mas não vou conseguir esse doutorado em medicina conversando com cracudos no meio de uma floresta. 




— Algo me diz que eu tenho uma certa familiaridade com Rod Serling, por alguma razão. 





— MAS ISSO NÃO IMPORTA! 



Noah corria na frente do cracudo, num reflexo de toda sua coragem que misteriosamente surgia em seu âmago como nunca havia surgido antes. A adrenalina era prazerosa, de certa forma, como se já tivesse sentido outras vezes.





— EU EXIJO UM UBER, O CARALHO, NÃO EXISTIA AINDA, NÉ? TAXI! E UMA EXPLICAÇÃO

- C-Claro que você iria esquecer de mim...



- Bem... E-Esse índio é s-sua essência, isso meio que te dá poderes elementais... É meio c-complicado explicar tudo, ainda mais porque tem coisas que não sabemos....



- E e-e-eu espero que em 1957 eles não conheçam a palavra cracudo senão i-isso vai se tornar ainda mais problemático

Quando Noah vai até Zeus, Ken entra em desespero



- N-Noah espera! Er... Desculpe S-S-Senhor Zeus, m-meu amigo está c-confuso



- S-Se você realmente considera ele um cracudo, d-deveria lembrar que eles não tem dinheiro para pagar um táxi... E-E por favor, t-tente controlar o tom de voz, as coisas podem ficar intensas se a gente irritar m-muito ele

— SE ELE TEM DINHEIRO PRA COMPRAR CRACK, ELE TEM PRA CHAMAR UM TAXI.

Ken escreveu:

- S-Se você realmente considera ele um cracudo, d-deveria lembrar que eles não tem dinheiro para pagar um táxi... E-E por favor, t-tente controlar o tom de voz, as coisas podem ficar intensas se a gente irritar m-muito ele

"Ein? Ahahaha foi mal, Ken, eu me assustei com o deus grego furioso alí que seu amigo está fazendo questão de chamar de cracudo"

Arkh com sua voz tremula tenta se aproximar de Noah


"O-oi cara! V-você é o Noah né? Meu nome é Arkh, e, err... T-tem como você não chamar o deus grego muito bravo alí de cracudo?"


"V-você pode confiar em mim porque eu conheço seus amigos e... e... e também não sei o que está acontecendo!"

- 2015? Tudo isso? Droga, caramba, eu... - Ele para pra prestar atenção em vocês, até que se levanta e vai até Arkh e o ergue pelos sovacos, o girando e examinando.

Seus olhos se arregalam, ele fica boquiaberta e solta Arkh, que caí de bunda no chão.

"A-a-Almas de O QUE?"


"Tudo que falaram pra gente é que essas coisas chamam essências, sabe? Cada uma é baseada em um arcana... não é só a minha né?"

Ainda sentado no chão depois de cair de bunda, Arkh pergunta a Zeus

Noah escreveu:

— SE ELE TEM DINHEIRO PRA COMPRAR CRACK, ELE TEM PRA CHAMAR UM TAXI.

- V-Você ignorou t-tudo que eu disse

Ken escuta o que Zeus diz e fica perplexo...



- A-Almas divinas?



- Dar tanto poder nas mãos de adolescentes soa m-meio idiota



- E-então se nós temos a-almas de deuses... os medos são o que?
D-Demônios ou algo do tipo?

Observava Arkh se aproximar de mim. Ele parecia ser uma pessoa bem confiável!





— Olá! Meu nome é Noah Duje, é um prazer conhecê-lo! 






— Bom... Você parece ser uma pessoa bem confiável, então acho que não tenho escolha a não ser confiar em você.





— Espero que nos tornemos grandes amigos igual a amizade que tenho com Joestar! 






— Nós temos um bromance, mas hey, não comente com ele. Por mais que ele saiba, aparentemente ele não gosta que eu diga isso, sabe? Alguma coisa que afeta a sua testosterona ou coisa do gênero. 



Antes que eu pudesse ter um ótimo papo com meu novo amigo Arkh, o Deus grego do crack o segurava, girando-o facilmente. Aquilo me pegou de surpresa, pois achei que cracudos só tinham força o suficiente para segurar uma faca e cachimbos, não adolescentes. 

Quando Arkh caía de bunda no chão, eu prontamente o ajudava a se levantar.

Em seguida eu escutava o carinha de cabelos brancos que eu realmente não conseguia me lembrar.





— Me desculpe, amigo! É que sei lá, você parece ter uma popularidade que consegue ser inferior a minha! 





— Isso significa que podemos ser amigos, mas eu estarei hierarquicamente acima de você! Não que isso significa alguma coisa, mas quando sobrar apenas um lugar na cantina e nós dois estivermos em pé segurando a bandeja, eu tenho o direito do lugar enquanto você se senta no chão ao meu lado. Esse ano no colégio Santa Elizabeth será incrível! 



Não pude deixar de ignorar o que o Deus do crack dizia. Aquilo era... Um pouco desacreditável demais. Porém, o índio macabro ainda estava próximo de mim, por mais que não lembrasse dele ou de onde "Leri Magé" vinha. Aquilo era bem desconfortável, pois parecia que estava na ponta da língua.






— Bom... Deixe-me entender a situação... 







— Esse índio, que o chamarei de "Leri Magé", é uma essência que é fragmento da alma divina? No caso de Apolo e Diana? E bem...





— Considerando que além de Arkh, só eu pareço realmente surpreso com a situação. Parece que meus amigos não ficaram surpresos com a sua presença. Logo, acho que eu tenha sido sequestrado e minha memória foi apagada por algum tipo de concussão, trauma ou algo inexplicável mesmo. 



Eu olhava para o corpo estendido no chão, que Joestar e Alana pareciam ter checado antes. 




— Quem... É aquela? Ela está morta?





— E Zeus... Desculpe, mas preciso perguntar isso...






— Se você for realmente um Deus, não que eu esteja duvidando, mas é bem improvável disso ser verdade, quer dizer que todos os conceitos da religião católica são falsas? 





— Mal posso esperar para esfregar isso na cara do meu pai!