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 Pokémon - Bellum Regalis

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MensagemAssunto: Re: Pokémon - Bellum Regalis   Pokémon - Bellum Regalis - Página 2 Icon_minitimeTer 2 Jun 2020 - 22:17

Gente, apenas um breve aviso: Modifiquei a forma como Gio fala após conversar com todos os que comentaram aqui em cima (com exceção do Rush, quando ele comentou eu já tinha feito a mudança). Só isso mesmo. Já tenho o capítulo 3 quase completo, devo postar todas as segundas ou terças da semana, ok? Espero que gostem!

Agora vamos para minha parte favorita! Os comentários!

COMENTÁRIOS:




Capítulo 002
Giomorjeno
"A Dama de Ferro"

— Má rapaz! Eu não lembrava da minha casa ser tão longe da saída da cidade assim não!

Já faziam uns quinze minutos desde que Gio tinha começado sua excitante jornada. Ele estava caminhando pelas ruas de Agri com passos folgados e sem preocupação aparente. Seu destino? A saída da cidade, é claro!

Agri era uma cidade sem muita coisa para se fazer, sendo um treinador. Mas não é que não existissem coisas lá, é que o que existia não chamava muita atenção mesmo. Gio se lembrava principalmente da Floresta Inutilia. Todos os treinadores, assim que chegavam, tinham o mesmo pensamento: “Temos uma pequena floresta Pokémon aqui, com um raro e único bioma! Devem existir muitos Pokémon raros!”

Olha, não é bem assim…

A Floresta Inutilia não tinha esse nome sem motivo. “Floresta Inútil” servia bem o propósito. Os únicos Pokémon que residiam naquele pequeno bosque —  porque aquilo era um bosque, não uma floresta — eram Caterpies, Weedles, Wurmples… Esse tipo de Pokémon. Na verdade, o lugar era tão inofensivo que crianças, mesmo sem um monstrinho próprio, brincavam por lá sem muitos problemas. Até existiam lendas de um raríssimo Pokémon agressivo por ali, que nunca tinha sido visto ou capturado, mas... Era como uma lenda urbana boba, então ninguém dava muita atenção.

Mas no que estaria Gio pensando nesse exato momento, então? Em capturar o raro Pokémon?

— Hum… Será que alguém vai me aceitar no Forum? Ou vou ter que fazê um eu mesmo..? —  O garoto coçava seu queixo enquanto andava e falava baixinho, questionando suas opções. —  Eu sou ruim demais com nome, num sei se ia dar certo…  “Forum do Gio”, talvez? Eeeh, não soa muito bem… Na real, quem seria o bobão de colocar o próprio nome em um Forum, né? — Ele diz, jogando a pergunta ao vento, sabendo que não seria respondido.

Para fazer seu registro, tudo que você precisa é ser um treinador Pokémon legalizado. Para isso você precisa ter uma Pokedex e fazer seu registro nela. Após isso, é só registrar seu Forum, com um nome e um Pokémon Símbolo, e um escudo será gerado automaticamente. E então pronto, você é oficialmente um participante do Acies!

— Mas pera lá! — O garoto para de andar por um segundo. Ele não tinha uma Pokedex! — EU NUM TENHO UMA POKEDEX! — Ele exclamou, repetindo o que eu tinha dito e parando de andar por um minuto.

Gio engoliu em seco e sentiu seu corpo gelar. Poderia jurar que seu coração tinha parado de palpitar por um segundo, e se tivesse um espelho por perto, iria reparar em sua pele começando a ficar mais pálida…

Não… Não era possível que o garoto teria esquecido de algo tão fundamental assim!
Quando se deu conta de seu problema, rapidamente tirou sua pequena mochila infantil das costas e abriu seu ziper. Enfiou seu braço nela e começou a mexer no seu interior, buscando incessantemente por um apetrecho quadrado e duro.  Sentiu várias coisas; pokebolas, comida, um casaco,  um par de chinelos caso os seus rasgassem… Mas nada da Pokedex.

— N-não pode ser… — Disse o garoto, desolado. — Será que mamãe e papai não pensaram nisso? E agora…? — Indagou o menino para seu fiel ouvinte até então; o vento.

Bem, não tinha muito a se fazer. Ele nunca tinha saído da cidade, não sabia onde poderia arranjar uma Pokedex. Se seus pais não tinham uma, então ele… Ele ficaria sem? Não, não seria possível. Você não é um treinador oficial até ter uma Pokedex. Gio sabia disso, e por isso teria que procurar por uma. Ele também tinha em mente que não poderia voltar para casa, pois encontraria seus pequenos irmãos que certamente não iriam permitir que ele fosse embora novamente.

— Espera. Na Floresta Inutilia sempre tem um infeliz que esquece a mochila. Posso pegar uma dessas emprestada! — Ele exclama, voltando a respirar normalmente.

Claro, era uma ótima ideia! Veja bem, achado não é roubado, ok? Além de que, se o sujeito não sentiu falta até hoje, não é agora que ele sentiria. Enfim, perfeito. Além de arranjar uma Pokedex, Gio também estaria no caminho para a próxima cidade.

— Então tá decidido! — Exclamou o menino em um tom bem alto. Feliz, ergueu seus braços e começou a rir — HAHAHAHA! Nada vai me parar! —  Com seus gritos exagerados, chamou a atenção de algumas pessoas, mas não deu muita bola e  apenas seguiu em frente.

. . .


Finalmente havia chegado.

Na sua frente, um portão de metal aberto, ligado a várias cercas que cercavam o bosque. Ali para dentro, não conseguia ver com exatidão; ficava difícil enxergar muito para o fundo, pois a luz não chegava, graças as copas das grandes árvores que bloqueavam qualquer tipo de fonte de luz.

— Fazer o quê, vamo que vamo! —  Dando de ombros, o menino adentra no bosque despreocupadamente.

No começo, sua visão não conseguia enxergar muito. Estava bastante escuro ali, mas não era um breu completo.  Caminhando no meio daquele bosque um tanto quanto sombrio enquanto assoviava, suas únicas preocupações eram encontrar alguma mochila perdida e atravessar o labirinto de árvores e moitas.

Pensando bem, “labirinto” não é um termo muito condizente com o local, pois o caminho de terra delineado impediria o menino de se perder ali no meio. Não era pavimentado nem coisa do gênero, mas era o suficiente. Aos poucos os olhos de Gio começam a se acostumar com a escuridão do local e ele finalmente vê as coisas melhor…

E, graças a isso, consegue enxergar um vulto alguns metros na sua frente.

— Opa, deve ser alguém brincando na floresta! Oiii! — Grita Gio, acenando para quem quer que estivesse ali com seu sorriso convidativo de sempre. Não que fosse adiantar muito, pois o escuro e a distância iriam impedir o sujeito de enxergar…

Bem, não fez diferença. O vulto, silencioso, começa a se mexer mais rapidamente, e quando o menino repara, ele já tinha sumido na escuridão a sua frente.

— Deve ser tímido, o coitado…

Se você está em uma floresta escura, sozinho, ver um vulto talvez não seja a experiência mais agradável. Mas, Gio nem pensou em qualquer hipótese perigosa. Continuou andando com passos despreocupados e um assovio sem noção.

Aos poucos, a trilha sonora da caminhada estava sendo cuidadosamente composta, misturando os passos de seu chinelo na estrada de terra com o assovio arrítmico. Mas de repente um terceiro elemento se enfia na composição; um barulho, como o de folhas se mexendo em alguma árvore.

E o pior, o barulho estava logo acima de sua cabeça.

O menino olha para cima, curioso com o som que, mal sabia ele, era nefasto. No começo, apenas enxerga algumas copas de árvores aleatórias, recheadas de folhas e galhos. Mas, repentinamente, começa a ver algo se aproximando em significativa velocidade.

— Pera, quê?! — Antes que pudesse dizer qualquer outra coisa...

— Aaaah! — Algo gritando cai em cima dele.

O som estrondoso que a queda faz poderia ser ouvido por qualquer um naquele bosque. Isto é, se existisse alguém por ali, é claro, mas não. Posso garantir que existiam apenas duas pessoas, dois seres humanos naquele bosque inteiro, naquele exato momento.

Duas pessoas. E mesmo assim eles conseguiram se  cruzar e se machucar.

O primeiro que levanta é Gio. Ele tosse um pouco mas se ergue rapidamente. Começa a limpar a poeira de sua roupa com as mãos, e em seguida arruma seu chapéu de palha na cabeça. Ele encara a pessoa que tinha despencado da árvore e caído em cima dele.

— Hum… Cê tá bem? — Ele pergunta, estendendo sua mão para que a pessoa pudesse pegar nela e se levantar mais facilmente.

Se tratava de uma garota.

Muitas perguntas cruzavam a mente do jovem Gio. Por que uma garota estaria em cima de uma árvore? Há quanto tempo ela estaria ali em cima? Como o timing de sua queda foi tão perfeito ao ponto dela cair exatamente quando o menino passava por baixo? Balançando sua cabeça e afastando suas dúvidas, o garoto encara a menina, que tinha caído com o bumbum no chão.

Seus cabelos eram bagunças e castanhos, amarrados em um rabo de cavalo com um laço, que parecia tentar conter o corte feroz e bagunçado. Trajava uma blusa num tom de azul bem bonito, e tinha uma jaqueta preta curta. Seus shorts também eram pequenos, num tom de azul que parecia indicar que o tecido utilizado era jeans. Tinha sapatos em tons de preto e branco simples. Seu rosto, entretanto, era difícil de descrever. Isso porque era complicado de enxergar ele com exatidão naquele escuro.

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— Ai, ai, ai… — Ela esfrega a mão na cabeça. Em seguida, olha para frente e vê Gio, que apenas encarava a menina sentada. — E-EI! VOCÊ! VOCÊ NÃO É UM POKÉMON! — Ela exclama, apontando para o jovem.

— Sou sim. Pika-pi! — Diz Gio, afinando sua voz e sorrindo de forma meio canalha. — HAHAHA, brincadeira. Vamo, segura na minha mão. Te ajudo a levanta. — Diz o menino, com sua mão ainda estendida, esperando ser segurada pela misteriosa garota.

— Hummm… — A menina encara Gio da cabeça aos pés, analisando ele minunciosamente. — Você… Você é da cidade aqui da frente, não é? — Ela pergunta, arqueando sua sobrancelha em sinal de desconfiança.

—Sou sim. — Ele diz, mexendo sua mão de um lado ao outro para reforçar que ela ainda estava ali. — Vamos, eu te ajudo.

A garota ainda parecia com um pé atrás, por alguma razão, mas aceitou a ajuda. Pegou na mão de Gio e com seu auxílio se levantou. Em seguida, começou a bater em suas roupas para tirar a sujeira de terra.

— Obrigada. — Ela disse, sorrindo. — Eu vim aqui porque ouvi que tem um Pokémon Fighting bem raro! — Não sei se alguém se importava com a informação, mas ela disse com tanto ânimo que… Talvez Gio tivesse se interessado pelo que foi dito.

— HAHAH, menina, não sei disso não… Qual é teu nome mesmo? — Ele indagou, cerrando seus olhos e se aproximando um pouco, tentando identificar as feições da jovem naquele escuro. — Tá difícil de ver seu rosto nesse breu!

— Eu me chamo Ciany. E você?

— Pera aí! — O garoto coça seus olhos, numa fútil tentativa de “limpar” eles. Em seguida, os arregala e começa a encarar Ciany de uma forma meio incrédula. — C-ciany?!

— Sim! — A menina responde de forma simpática enquanto assente com sua cabeça. — Por quê? — Ela indaga, com ingenuidade.

— AQUELA Ciany, que é membro da Titans?! — Pergunta Gio, se aproximando ainda mais da menina e cerrando ainda mais suas pálpebras.

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— Sim, sim! Sou eu! — Ela assente enquanto sorri. De repente, muda sua feição para uma de surpresa e susto. — Q-QUER DIZER, NÃO! Não faço ideia do que você está falando, menino!

— Osh! Mas ocê é igualzinha a ela! — Comenta Gio, franzindo sua sobrancelha em sinal de dúvida e se afastando um pouco. — Agora que consegui ver melhor, tenho certeza de que é você!

— Ai, ai, tá bom, sou eu... — A menina revira seus olhos e suspira. — Mas não conte pra ninguém que eu estou aqui, tá?

— E por que não? Pera, você me dá um autógrafo? — Indaga o garoto, esquecendo da sua primeira pergunta. — Eu tenho um caderno e uma caneta aqui na mochila, se você puder! — Ele exclamou, tirando sua pequena mochila infantil das costas e futucando seu interior novamente.

— Ah, claro! — Ela sorri, mudando de feição logo depois, de novo. — NÃO, NÃO! Eu não sou mais da TItans, menino! Por que você quer um autógrafo meu?

— Não é?! — Sua feição de felicidade é sobreposta por uma de surpresa. — Como assim?! Eu te vi lá no último desafio! Cês defenderam o título de Forum-Basis e tudo! — Disse o menino, aparentemente meio revoltado com o que tinha escutado.

— Ah, longa história. Eu sai  desse Forum. Foi uma burocracia bem chata, e… Enfim! Você não vai querer escutar, mesmo… — Ela comentou, sorrindo timidamente e desviando o olhar.

— Na verdade eu quero sim! Sou muito fã teu, “ Dama de Ferro”! Me mostre um de seus Pokémon, por favor! Ah, já sei, me mostra o seu Metagross! Ou o Scizor! O Aggron! Ou o… — O menino saltitava enquanto citava os Pokémon, claramente feliz com a situação.

Pela primeira vez Gio estava conhecendo um dos grandes treinadores do Acies, de um dos melhores Forum que existiam atualmente. Depois de tanto tempo vendo-os apenas pela tevê, ter uma assim  bem na sua frente era extremamente estimulante. E possívelmente raro.

Enquanto Gio parecia muito feliz e animado, Ciany parecia meio… Sem graça. Ela colocou sua mão atrás da cabeça e sorria de forma meio constrangida. O garoto notou isso e aos poucos parou de falar e pular.

— Eu… Não tenho mais eles, hehe… — Diz a menina, sem jeito. Ela abaixa sua cabeça e apenas encara o chão por algum tempo.

— Pera, quê?! — Gio se agacha e começa a encarar o rosto de Ciany de baixo para cima. — Como assim, Ciany?! Ocê tá brincando! — Disse ele, meio incrédulo e desapontado.

— É sério… Eu-

Antes que a garota pudesse falar, um vulto cruzou entre os dois, interrompendo a fala da jovem.  Tanto Gio quanto Ciany dão alguns passos para trás, instintivamente. Eles olham para o lado esquerdo e observam a sombra, de pé, no meio dos arbustos.  O terceiro ser olha para trás e encara os dois treinadores. Seus olhos amarelos com pupilas negras encaram profundamente ambos humanos. Seu corpo azulado de um metro e meio  começa a se mover, numa velocidade muito menor do que a que ele utilizou para avançar contra os dois. Seu imponente chifre era acompanhado por duas antenas em sua cabeça, e seus braços tinhas garras gêmeas em suas pontas. O Pokémon olhou na direção dos dois treinadores, num claro sinal de ameaça.

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— Um Heracross? — Indagou Gio, quebrando o silêncio da cena. — Mas o que ele tá fazendo aqui em Inutilia…? — O menino parecia bastante confuso. Tanto que não percebeu que o Pokémon parecia estar mirando para acertá-lo novamente.

O Pokémon Besouro arrasta sua pata no chão, como um touro, e arqueia suas costas, se preparando para mais uma investida, desta vez tendo certeza de que iria acertar seus alvos.

— É ele! — Diz Ciany, gritando sem fazer movimentos bruscos. — É ele que eu estava procurando! — Ela falava bem alto, algo que aparentemente incomodou o Heracross, que avançou.

— Cuidado! — Gio empurrou Ciany para o lado e logo depois rolou para o outro.

Foi uma ação meio desesperada, mas deu certo. Ciany tropeçou e caiu para a direita, enquanto Gio rolou para a esquerda, abrindo um caminho pelo qual Heracross avançou novamente.

Desta vez o Pokémon perfurou um tronco de uma árvore e ficou preso ali. Furioso, começou a tentar tirar seu chifre, sem sucesso. Golpeava o ar com suas garras e arrastava seus pés na terra novamente.

— Agora é minha chance! — Diz Ciany, que estava caída vendo o besouro Pokémon. Ela se levanta ao mesmo tempo em que coloca a sua mão no bolso e retira uma miniatura de Pokeball. Assim que ela clica no centro da esfera, ela aumenta de tamanho. — Com licença, menino, eu vou capturar ele!

Gio não teve tempo de reagir, apenas olhou para o Pokémon e começou a questionar como um Heracross estava naquele bosque. Em poucos segundos, o besouro se transformou em uma luz escarlate e sumiu, sendo sugada pela Pokeball que o atingira momentos antes.

A esfera balançou uma vez, balançou duas… E se rompeu.

Em pouquíssimo tempo Heracross estava solto novamente, mais furioso do que nunca. E para piorar, estava livre do grande tronco da árvore. Ele encara Ciany com um penetrante olhar de raiva e se prepara para outro ataque.

— Cuidado, Ciany! — Exclama Gio, se levantando do chão. Ele coloca sua mão dentro da mochila e retira sua Ultraball. — Eu-

— É, não vai ter jeito! — A garota interrompe Gio, enfiando a mão no bolso novamente e pegando outra esfera. — Já que não vai por bem, vai ser por mal! Vamos lá, Nina! — Exclamou Ciany, realizando um movimento ensaiado e provavelmente gravado na memória muscular da treinadora. Em um rápido golpe no ar, lançou uma Pokeball em direção ao chão.

Ao se chocar contra o solo, a esfera explode. Dela um estranho Pokémon, que parecia uma mistura de Rinoceronte com Coelho e Porco-Espinho sai. Ele era quadrupede e tinha um tom de azul claro no corpo, com algumas manchas azul escuro. Duas presas protuberantes saltavam de sua boca, e espinhos venenosos em suas costas chamavam bastante atenção e pareciam muito ameaçadores para qualquer um que a enfrentasse. Suas garras eram aparentemente bastante afiadas, e seus olhos vermelhos fitavam seu oponente com um olhar ameaçador. A única coisa que não contrastava muito bem em seu visual era sua cauda redonda, que dava um aspecto fofo para o Pokémon.

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O Pokémon grunhiu para Heracross, entrando em posição de combate. O besouro, furioso, para de olhar para Ciany e foca em sua nova oponente, Nina.

— Querida, vamos lá! Este Heracross vai ser nosso novo amigo, me ajude nisso! — Exclama Ciany, apontando para o Heracross. — Use o Crunch, seguido do Double Kick!

Nina começa a rosnar furiosamente e em seguida abre a boca. Seus dentes parecem aumentar e ganhar uma aura escura. Heracross não espera, e avança em uma velocidade incrível na direção da Nidorina. A Pokémon não demonstra surpresa, e no exato momento em que seria atingida por um soco de Heracross, pula para o lado. Ela usa o chão para se impulsionar e se empurra, sendo jogada para frente, o que facilita seu contato com Heracross. Nina aproveita e morde o Pokémon com seus dentes, furando sua carcaça na altura da barriga. O Pokémon besouro reclama da dor com um grunhido, mas rápidamente realiza um soco, jogando a Nidorina para longe.

A Pokémon é parada pois se choca contra um tronco de árvore. Ela cai no chão e rápidamente se põe de pé novamente. Começa a correr na direção de Heracross, que se prepara para o avanço de sua oponente. Ele começa a realizar vários socos em sequência, em alta velocidade. Nina pula para o alto para se esquivar e realiza dois chutes extremamente rápidos, como patadas num ritmo extremamente preciso e veloz. Os golpes acertam o rosto de Heracross, que cambaleia para trás, mas não desiste.

— Isso, Nina! — Diz Ciany, realizando um soco no ar.

Gio assistia ao combate, surpreso. Os Pokémon lutavam com velocidade e precisão, algo que ele já tinha visto em competições antes, mas… Ao vivo era um sentimento completamente diferente. Ele segurava sua Ultraball na mão, mas estava sem reação.

— Vamos lá, Nina, acabe com isso com mais um Crunch! — Exclamou a garota, apontando para o besouro.

Heracross se estabiliza no chão e muda seu olhar. Ele espera a Nidorina se aproximar, e quando ela finalmente chega tentando morder ele, o Pokémon segura em suas orelhas. Com um veloz golpe, joga Nina para longe. A Pokémon toca o solo com força e quica, rodopiando no ar antes de se chocar contra um arbusto, que absorve seu impacto e para sua investida. Desta vez, o Heracross arqueia suas costas novamente se prepara para outro golpe.

Nina ainda estava se levantando após aquele dolorido ataque, e parecia que o besouro iria conseguir realizar sua chifrada antes e acertar a Nidorina em cheio.

— Nina, esquiva! — Exclama Ciany, dando a ordem num tom firme e regular, sem demonstrar nervosismo ou ansiedade.

— Não vai dá tempo! — Grita Gio assustado, que até então estava apenas assistindo a batalha. Ele fecha seus punhos em sinal de incapacidade, e pressiona a Ultraball em sua mão.

A Ultraball que seu pai tinha dado!

O garoto nem pensa; apenas arremessa sua esfera imitando o movimento de Ciany, porém de forma mais desajeitada e amadora, sem qualquer tipo de refino em seus movimentos. O apetrecho encosta no chão e explode em uma luz amarela. De lá, um pequeno ser sai.

Ele era um ursino bipede tricolor.  Seu corpo era bem peludo nas pernas com pêlos cinza, seu tronco tinha um tom de preto e sua cabeça era branca. Com uma feição determinada e segurando uma folha em sua boca, o Pokémon sorri.

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— Pan! — Exclama o Pokémon Panda, com satisfação.

— P-Pancham?! — Indagaram Gio e Ciany ao mesmo tempo. O menino, encarando o pequeno panda com surpresa, começa a pensar em como seu pai conseguiu um daqueles. Talvez fosse o primeiro que o garoto via em Bellum.

Heracross interrompe os preparativos de seu ataque e encara o novo Pokémon. Neste meio tempo, Nina se levanta novamente e balança a cabeça, como se estivesse tentando se acordar. O Pancham fecha os olhos e cruza os braços. Ele ri para dentro, de boca fechada.

— Hum, hum, hum! — Ele “diz”, soltando o som pelas suas narinas. Olha para Gio e depois para Ciany, e arqueia suas sobrancelhas, confuso. Pancham então aponta para Gio e bate palmas duas vezes, como se dissesse “Vamos, anda logo com isso!”

— Ham? Eu? — Indaga Gio, surpreso, apontando para si com sua mão esquerda, apesar de ainda perplexo com o seu Pokémon.

Nenhum dos cinco ali presentes, três Pokémon e dois Humanos reage ou faz qualquer movimento. Era uma situação esquisita. O pequeno panda parecia chamar atenção de seu treinador com mímica, enquanto Heracross, furioso, era enfeitiçado pela peculiaridade da cena. Nina se prontificava para executar suas próximas ordens, mas Ciany estava muito ocupada encarando o Pancham, também.

— Acho que ele está te cobrando ordens! — Diz Ciany, com uma feição de surpresa no rosto.

—  A-ah, eu… Use… — Gio estava meio perplexo demais com tudo aquilo para saber o que fazer. Seu recém adquirido Pokémon, entretanto, parecia bondoso o suficiente para simplesmente mexer a cabeça em desaprovação e apontar para Nina e para o besouro.

— Diga o ataque, menino! Me ajude a capturar o Heracross! — Fala Ciany, que tinha se lembrado da situação. — Ele está te perguntando quem é o oponente dele! — Ela traduz, como se tivesse muito mais sintonia com o Pokémon.

Heracross ruge, furioso. Ele não gostou de ser lembrado que era um objeto para ser caçado, então avançou na direção de Pancham. O pequeno Pokémon bonachão continuou mexendo sua cabeça em desaprovação, suspirando. Enquanto suspirava, sua pequena folha voou da boca e voltou para dentro dela, como um bomerangue.

— Nina, proteja o Pancham! Use o Double Kick! — Exclama Ciany, indicando com seu dedo o alvo de sua Pokémon.

A Nidorina assentiu e começou a correr até Heracross, mas ela não chegaria a tempo. O pequeno panda entretanto não parecia se importar muito. Ele desviou do golpe de seu oponente e realizou um chute nas pernas dele, que funcionaram como uma rasteira. O Heracross caí de forma forçada no chão, batendo seu rosto no solo. Pancham se aproveita disso e com suas duas mãos realiza uma palmada dupla, empurrando o besouro alguns centímetros para longe.

O inseto arrastado se levanta e encara o panda, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa Nina aparece e chuta suas costas duas vezes novamente. O Pokémon dá alguns passos para frente, e Pancham se aproveita para um último golpe, jogando seu corpo contra o de Heracross e realizando uma forte pancada quando os dois corpos se chocam. Mesmo sendo bem menor, o panda parece ficar bem após o choque e apenas Heracross cai, desacordado. Em uma luta de dois contra um, ele não teria muitas chances.

— Ótimo, menino, Nina, Pancham! — Exclama Ciany. — Agora você não me escapa! — A garota repete seu movimento e numa coreografia aparentemente treinada diversas vezes, arremessa a esfera bicolor na direção de Heracross. Assim que se choca com o Pokémon, ele se transforma mais uma vez em um raio vermelho e é sugado para dentro.

A Pokeball se mexe uma vez. Duas. Três… E o Pokémon é capturado!

— Yaaaay! — Ciany realiza um pequeno pulo, comemorando a captura. Ela se aproxima da Pokeball que estava no chão pega. — Obrigada pela ajuda, menino. — Ela diz, após pegar o apetrecho, olhando na direção do garoto. — Inclusive, qual o seu nome mesmo?

— Giomorjeno. — Ele responde, sorrindo.

— Era melhor continuar te chamando de menino então…

— HAHAHAH! — Gio ri bem alto do comentário sobre seu nome. — Fico feliz que tenha conseguido o besourão rola bosta, Ciany! Inclusive, por que ocê—

Antes que pudesse terminar sua fala, ouviu um passo, como se a sola de um sapato tivesse pisado e quebrado um galho que estava no chão da floresta. Tanto Gio quanto Ciany olharam na direção do barulho, no mesmo instante. Do meio de alguns arbustos, um ser emerge.

— Ufa! Eu estava achando que esse negócio ia acabar com vocês! — Ele disse, tirando um galho de seu cabelo. — Bom ver que sobreviveram!

— Opa, óia outro camarada na floresta! — Exclamou Gio, arqueando suas sobrancelhas e abrindo mais seus olhos, surpreso. — Achei que era só eu e Ciany por aqui… Pelo menos foi  o que a narração explicô.

— Espera. — Diz Ciany, encarando o garoto que tinha saído do meio do mato. — O que você tá fazendo aqui? — Ela perguntou, de forma bastante direta e fria.

— Obrigado pela atenciosidade, Anny… — Ele disse, mexendo em seu cabelo com a mão para arrumar ele. — Eu vim atrás de você mesmo, ué…

A garota cerrou os olhos, numa mistura de confusão com raiva. Gio encarou a menina e depois o rapaz misterioso, confuso. Ele começou a coçar a cabeça, meio em dúvida do que seria feito agora.

— Espera… Ocê me é familiar. — Diz Gio, se aproximando um pouco do homem que tinha surgido dos arbustos. — Quem é ocê? —  Ele perguntou, forçando sua vista para tentar ver o rosto daquele rapaz que chamou Ciany de “Anny”. Ele tinha cabelos longos e espetados, e utilizava uma camisa preta com uma jaqueta verde. Tinha calças marrom e botas também pretas. Usava luvas em suas mãos e tinha um sorriso bem idiota no rosto.

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— Ele… É um dos líderes do meu antigo Forum. — Ela diz, dando alguns passos para trás. — O que você quer, Date? — Ciany pergunta de forma ríspida, como sem não quisesse a presença dele ali, algo que ficava mais claro cada vez que ela falava.

— Eu só vim te ver, mesmo. Na verdade precisava de um favor seu. Enfim, ouvi as notícias de que você abdicou do seu time todo quando saiu do Forum… Apesar de não ter chegado aos ouvidos de ninguém da mídia ainda. — Ele comenta, enquanto sorri de forma meio maléfica.

Gio começa a encarar o homem com um olhar desconfiado. Ele não lembrava muito bem de Date como um líder da Titans, mas se a própria Ciany estava falando… O menino de Agri franze suas sobrancelhas.  Quando ele abre a boca para falar algo, o homem misterioso ri.

— Hahaha! Brincadeira. — Assim que fala isso, sua feição se torna mais leve e mais tranquila. Ele tira mais alguns pequenos galhos de sua blusa. — Eu queria saber se você está bem, querida. Só isso mesmo. Tô com saudades. — Diz ele, de forma meio patética. — E o Pink também.

— P-pink?! — Indaga Gio, se intrometendo no meio do assunto. — E-então você… É da Titans mesmo! — Ele conclui, surpreso.

Date apenas sorri, feliz por ser finalmente reconhecido, mesmo que por alguém que ele não conhece e que provavelmente não importava nem um pouco para ele.

— Sim… Eu preciso de sua ajuda, Anny. — Diz Date, com um tom de voz bem mais sério e uma feição soturna. — Para acabar com a Titans.
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MensagemAssunto: Re: Pokémon - Bellum Regalis   Pokémon - Bellum Regalis - Página 2 Icon_minitimeQua 3 Jun 2020 - 16:11

Bom, vamos lá.

Gostei desse capítulo, foi bastante movimentado, cheio de ação, batalhas, reviravoltas, nos apresentou alguns personagens e ainda o pokémon inicial do Giomorjeno.

Vou começar falando do que reclamei da outra vez. Eu, particularmente, achei mais agradável o texto do Gio agora. Dá pra ver que ele ainda tem o sotaque caipira, mas não pareceu tão radical igual no outro texto, então creio que já dê pra diferenciar. Fora que o próprio Gio tem uma personalidade bem diferente dos possíveis personagens que aparecerem, ou pelo menos desses apresentados até o momento kkkk. Já que ele quer fazer amizade com todo mundo e tals.

Achei interessante a aparição da Ciany, mas mais pelo que ela era e por tudo que está envolvido nela, fiquei curioso agora, visto que ela era uma espécie de gym leader e meio que abandonou tudo. Mas digo mais pelo mistério porque apesar de tudo não deu pra conhecer muito ela nesse capítulo, mas acredito que será mais explorada em breve. De toda forma, curti a batalha contra o Heracross e realmente tem muitas coisas a explorar nessa personagem. Por que por qual motivo uma "líder" de metal, ia usar uma nidorina para caçar um heracross? kkkk. Além disso, ela estava na cidade só pra capturar um heracross. Enfim, aguardar.

Eu gostei do pokémon da ultraball ser um Pancham. Como é um pokémon mais """recente""" eu o vi poucas vezes numa fic (na verdade não lembro de nenhum especificamente) e fiquei receoso de ser tipo o Mikau da fic do Ice kkkkk, mas o Pancham foi muito paciente, até demais, mas o Gio também não ajudava e ele resolveu ir pro fight sozinho kkkkkkkk, de toda forma, gostei de pelo menos o pokémon ter personalidade, já que muitas vezes os bichinhos só parecem máquinas de guerra.

Esse Date no final eu achei bem suspeito, principalmente pelo Gio não o conhecer, mas o cara é o nerd dos fóruns, então achei estranho, mas depois a situação mudou e ele aparentemente é um cara de boa índole, e o Gio apenas não o conhecia por ser novo talvez.

Mas eu curti o encerramento do capítulo, bem pokémon né "continua no próximo episódio" kkkkk. Aparentemente tem algo de errado com o tal do fórum titans e eles vão investigar, talvez será o titans a equipe vilã da região? E será esse o motivo da Anny ter saído? De toda forma, um mistério clássico de histórias desse estilo.

Bem, a narração é chover no molhado kkkkkkk mas eu to gostando bastante da narração descontraída, e, bem, eu particularmente acho muito engraçado quando um personagem quebra a quarta parede, tipo o Gio conversando com o narrador kkk. O personagem todo ingênuo e alegre combina bastante com esse tipo de narração.

Acho que erro não teve nada tão gritante.

Então, é só e boa sorte com a fic.

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The Adventures of a Gym Leader - Capítulo 48
Dreams come true

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MensagemAssunto: Re: Pokémon - Bellum Regalis   Pokémon - Bellum Regalis - Página 2 Icon_minitimeQui 4 Jun 2020 - 20:44

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK o cara chama Date 

achei pior que o nome do Gio pelo amor de Deus haahhahahaah

Fala Food, de boinha?

Muito bom esse capítulo. Curti a forma como você adaptou as falas do Gio para algo menos caricato mas mantendo o dialeto e a essência do personagem, tô encantado com o jeito bobo dele, ainda mais quebrando a quarta parede enquanto conversa com o maravilhoso narrador piadista.

Mano que massa o pokémon ser um Pancham, gosto muito dele e já deu pra ver que será daqueles bichos com personalidade forte. Gostei do "convencimento" dele e em como da forma que ele cobrou que o Gio lhe desse algum comando haha Talvez o pai do garoto tenha ensinado algumas coisas pro bichinho? ou realmente deixou ele trinta anos preso na ultraball

Gostei de conhecer a Ciany, parece aquele tipo de personagem feminina bem badass, visto a admiração do Gio. Achei estranho esse ato de abandonar os pokemon antigos ao sair do fórum, não sei se foi algo tipo o Ash deixando os pokemon com o professor Carvalho quando sai pra outra região ou se quando você participa de um fórum acaba recebendo alguns pokémon que não são necessariamente seus. Fica o questionamento.

Sobre o ganho do final do capítulo, fiquei pensando se o Date quer na verdade fundar outro fórum com a Ciany a fim de derrotar os Titans, mas não sei se isso faz tanto sentido. Sendo ele um dos líderes, imagino que ele possa saber de algumas coisas que não concorde e por isso tá com esse plano destrutivo ou vai ver é só arrombado mesmo.

Sobre erros, durante esse capítulo inteiro aconteceu algo que me incomodou bastante, que foi a constante alteração entre os tempos verbais, ora no presente, ora no passado. Percebi que isso ocorre mais quando você altera entre os trechos com o narrador fanfarrão e os diálogos propriamente ditos. Vamos aos trechos:

Citação :
 — Pera, quê?! — Gio se agacha e começa a encarar o rosto de Ciany de baixo para cima. — Como assim, Ciany?! Ocê tá brincando! — Disse ele, meio incrédulo e desapontado.

— É sério… Eu-

Antes que a garota pudesse falar, um vulto cruzou entre os dois, interrompendo a fala da jovem.  Tanto Gio quanto Ciany dão alguns passos para trás, instintivamente. 

Percebe que durante os diálogos você conjuga os verbos no presente e ao alterar pra narração você passa a utilizar o pretérito? Essa mudança ocorreu também entre alguns diálogos:

Citação :
— É ele! — Diz Ciany, gritando sem fazer movimentos bruscos. — É ele que eu estava procurando! — Ela falava bem alto, algo que aparentemente incomodou o Heracross, que avançou.

— Cuidado! — Gio empurrou Ciany para o lado e logo depois rolou para o outro.

[...]

— Cuidado, Ciany! — Exclama Gio, se levantando do chão. Ele coloca sua mão dentro da mochila e retira sua Ultraball. — Eu- 


Percebe que não há um padrão? Eu, pessoalmente, acho muito difícil escrever no presente. Acredito que esse tempo verbal funciona melhor quando escrevemos em primeira pessoa e, para  mim, sua narração funciona melhor quando você utiliza os verbos no passado. Tudo bem se preferir o contrário, mas aí terá que ter um cuidado redobrado pra não se descuidar e deixar o texto meio sem sentido, saca?

Foi isso meu amigo, nos vemos no próximo capítulo o/
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MensagemAssunto: Re: Pokémon - Bellum Regalis   Pokémon - Bellum Regalis - Página 2 Icon_minitimeDom 7 Jun 2020 - 17:57

Olá, Food, tudo bem? Desculpe não ter comentado no último, estava em semana de provas, mas agora acabou (eu espero).


Começando pelo cap perdido, gostei bastante do Gio (e do nome dele, mas que vou ter que chamá-lo só assim mesmo kkkk), é um personagem bem fácil de gostar com esse jeito caipira, humilde e inocente. Porém, apesar de gostar de ter conhecido a família dele, achei esse capítulo meio morno. Não que precise ter ação em todos os capítulos, mas acho que é bom quando todos os capítulos tem algo que consegue instigar e despertar a curiosidade para continuar lendo, pois ficou muito comum.

Não me incomodei com o sotaque, acabou o deixando mais único, reforçando seu jeito caipira. Acho que é só não pesar demais para não ficar muito caricato.

Agora sobre o próximo, esse já foi mais animado, com a aparição de dois novos personagens e uma batalha. Não estava esperando que o pokémon na ultra ball fosse um Pancham, mas é bom vê-lo, pois não é muito comum de ser usado, eu mesma nem lembro do coitado direito. Só achei um pouco estranha a reação dele, depois de ter ficado tanto tempo na pokébola, já sair pronto para a batalha aceitando o Gio tão facilmente.

Mas a batalha ficou boa, bem escrita. Eu ri quando a Nina apareceu, melhor nome que você poderia ter escolhido. kkkkkkkkkkk

Sobre a Ciany, fiquei curiosa para saber o que a levou a abandonar o time e a Titans, ainda mais com esse Date no final, querendo ajuda para acabar com o fórum. O que será que aconteceu entre eles?
Apenas espero que nessa fic as personagens femininas não fiquem reduzidas a papeis secundários de personagem suporte, interesse amoroso de alguém e mocinha indefesa que precisa ser salva, como é comum na maioria das fanfics de jornada. Espero que você dê destaque e desenvolvimento a elas, sem focar só em romance.

Bom é isso, aguardo o próximo capítulo para saber mais como irão funcionar essas batalhas com os Fóruns. espero comentar mais cedo dessa vez

Um abraço!

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MensagemAssunto: Re: Pokémon - Bellum Regalis   Pokémon - Bellum Regalis - Página 2 Icon_minitimeDom 7 Jun 2020 - 21:42

Foodzeira!


Gostei bastante do capítulo! O único detalhe que não gostei, pra ser honesto, foi que o Gio só caminhou quinze minutos de sua casa para chegar na saída da cidade? Não sei se ele mora perto ou não, mas pelo que deu a entender, a cidade é MUITO pequena. Não sei se ela foi baseada nos jogos, que a cidade pode ter só duas casas, maaaas... Esse foi o único detalhe que não curti. 


Tirando isso, eu adorei alguns detalhes apresentados, como o fato do Gio não ter uma Pokédex. Creio que esse será o trama do terceiro capítulo, já que é ESSENCIAL para o garoto ter uma a fins de realizar seu sonho. E HA! Um Panchan! Eu gostei muito da escolha do Pokémon inicial do rapaz, já que é um ótimo Pokémon e pouquíssimo explorado aqui na área. Por ser um Lutador, creio que o Panchan irá auxiliar bastante Gio em suas primeiras batalhas, até conseguir capturar outros Pokémons com outros coverages.


Como te disse anteriormente, fiquei chocado com a revelação final sobre o Pink ser um dos personagens presentes da fic, já no futuro de sua jornada, querendo dizer que a Cianny tenha sido a mesma Cianny que acompanhou o rapaz de vestes rosas, mesmo que em outro universo. Lembro vagamente que ela era especialista em Pokémons do tipo steel, então ao ver a Nidorina, pensei que ela seria apenas um reboot da personagem, mas então você revelou que ela abandonou o Titans. Isso me trouxe vários questionamentos, como... Se o treinador for habilidoso, ele recebe os seus Pokémons da facção? Isso pode mudar bastante o rumo clichê da fic, apresentando uma forma alternativa de conseguir Pokémons.


Sobre o Date, achei que se trataria de um rival malicioso, mas ele pareceu ser um cara bem firmeza. Quer dizer, Cianny parece já conhecer ele o suficiente para não confiar no garoto, mas eu gosto de dar chances para as pessoas. HAHAHA'


A batalha contra o Heracross foi bem divertida. Me lembrou uma boss fight, onde o chefe é mais forte, porém ele tem algum ponto fraco que precisa ser explorado quando ele executa algum golpe. Porém, admito que achei bastante sacanagem ver um 2x1 com o Heracross. UAHUSA' Acho que no x1 nenhum deles aguentaria. 


Logo no final, junto à revelação já citada, temos a nova motivação da fic, acabar com a Titans. Fico ansioso para saber quais os motivos e se Pink será tratado como vilão ou não. Também imagino que eles tentarão "usurprar" a área da guilda. Isso me soa como uma ideia muito boa, e já fico no aguardo para ler os próximos capítulos!


É isso, meu amigo, já estou no aguardo!
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MensagemAssunto: Re: Pokémon - Bellum Regalis   Pokémon - Bellum Regalis - Página 2 Icon_minitimeSeg 8 Jun 2020 - 0:42

Olá Food! Um pouco em cima da hora (principalmente considerando que já é 00h30) mas estou aqui.

Gostei de ver que esse capítulo ainda está focando no carismático Gio, por ser uma jornada em "gangues", eu imaginei que os primeiros capítulos seriam cada um no ponto de vista de um personagem, introduzindo igualmente cada um deles, mas com esses dois primeiros sendo no ponto de vista do caipira, deu a ele uma impressão de protagonista, ou será que os próximos treinadores apresentados também terão dois capítulos de desenvolvimento cada? Fico ansioso para ver se teremos cada POV com um foco parecido ou se realmente teremos um POV protagonista e outros que giram ao seu redor (como em uma antiga fic minha). Aliás, o Gio tá me lembrando muito o Chico Bento KKKKKK

Ainda não tive tempo de me acostumar com Ciany e muito menos com o encontro Date, mas acredito que isso seja questão de tempo. A garota parece ser bem desastrada mas experiente e o rapaz me pareceu meio babaca, ao que tudo indica eles irão participar/fundar um fórum com o Gio, será que eles terão um POV próprio? Aliás, gostei de ver que você reaproveitou o mundo e os personagens da sua antiga HQ, eu nunca a li e não cheguei a vê-la nenhuma vez, só fiquei sabendo pelo comentário do Rush, mas achei mesmo interessante mesmo assim. Aliás, que grande esse brasão dos Titans ein? Haha. Não sei se foi a intenção mas deu um ar bem cômico, como quando o narrador brinca ou o Gio quebra a quarta parede.

Gostei da escolha dos pokémon, Pancham não é muito legal mas imaginar Gio com um Pangoro me deixa interessado, Nidorina tambem (aaaaaa cara eu fiz um challenge aqui no fórum [irônico] em 2015 com uma Nidoking chamada Nina, e isso antes de conhecer nossa amiga Thaís) e o recém capturado Heracross também é sempre bem vindo. Aliás, minha fic mexeu com a cabeça do povo, ein? Hahaha ninguém conseguiu imaginar o Panchanzinho obedecendo de primeira depois do cativeiro. Já eu, pessoalmente, acredito que cada um tem a liberdade de fazer o que quiser com o universo pokémon, e consigo acreditar que o pokémon, por estar em uma pokébola, pode gostar de seu treinador mesmo sem conhecê-lo, já que estão ligados de alguma maneira.

Bom, por enquanto é só isso, Foodzera, gostei do capítulo e estou ansioso para o próximo (terei que deixar a MP pra amanhã Sad ), por enquanto é só e boa sorte com a fanfic!
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MensagemAssunto: Re: Pokémon - Bellum Regalis   Pokémon - Bellum Regalis - Página 2 Icon_minitimeTer 9 Jun 2020 - 4:39

Cara, agora toda vez que eu leio "Giomorjeno" eu me acabo de rir, até quando é nos comentários pqp KKKKKKKKKKKKKKK sei lá

Hey Food o/

Cara, primeiro sobre o Pancham, eu confesso que tava imaginando o Giomorjeno (sim eu vou spamar esse nome pra ficar rindo do meu próprio comentário) bem “bug catcher” ou algo do tipo, então Pancham é algo que nunca passaria pela minha cabeça. Isso é bom, pois constantemente a gente liga muito a aparência / nome / personalidade / qualquer coisa ao time e outros aspectos do personagem, que pode ficar legal, mas também pode ficar estranho ou genérico. De toda forma, eu adorei a parte do Pancham pedindo instruções, concordo com os outros que é muito bacana ver um Pokémon ter personalidade.

Em relação a Ciany, gostei muito da personalidade dela e do “alívio cômico” que ela teve, de ficar meio atrapalhada tentando esconder quem é. Também achei daora a forma amigável que ela agiu com o Giomorjeno, eu acho que estava esperando que qualquer primeira pessoa de fora da cidade fosse fazer algum bullying com ele -q mas como alguém disse por ai, esperar não é o mesmo que desejar. Eu fiquei bem intrigado com o motivo dela resolver sair da Titans e ainda por cima dar release no time, to muito curioso pra entender o motivo. 

Eu acho que não fui muito com a cara do Date, pq eu to até agora suspeitando dele e acreditando que ele é algum babaca ou algo do tipo. Quando ele apareceu eu achei que seria tipo “vou levar a Ciany de volta”, confesso que não tinha pensado nisso deles formarem o fórum ali e tentar derrubar a “vilã” titans, e acho que seria uma boa, mas ainda não confio muito nesse cara, sei lá.

Uma chatice minha, mas me incomodou a parte dele chamar a Ciany de “AnNy”. Tipo, o “n” não faz diferença na sonorização (a menos que eu esteja lendo errado), então se é só uma abreviação de “Ciany”, da onde surgiu o “n” extra? akopsdadspoakdo. Eu acredito que seja só de enfeite, mas sei lá, se o nome dela fosse mesmo “Anny”, “Hannah” ou algo assim tudo bem, mas no caso da abreviação, acho meio esquisito.

Enfim, é isso, agora sim você já pode postar o próximo cap -q até breve o/

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MensagemAssunto: Re: Pokémon - Bellum Regalis   Pokémon - Bellum Regalis - Página 2 Icon_minitimeQua 10 Jun 2020 - 2:09

Pessoal, boa madrugada para todos! Vim trazer o novo capítulo! Peço desculpas pelo tamanho dele, espero que não me espanquem...

Antes de tudo vamos para eles: Os comentários!

COMENTÁRIOS:

GENTE, ATENÇÃO AQUI. Eu espero que vocês não me matem por esse capítulo de hoje. Eu gostei de escrever ele e para quem mostrei, o pessoal curtiu também. Entretanto, ainda estava com um pé atrás por seu tamanho e sua... Complexidade (?) e tal. Do fundo do meu coração, espero que vocês curtam. Nele, vamos conhecer um dos outros protagonistas da fanfic! Espero que gostem dele, também. Enfim... Sem mais delongas!




Capítulo 003
Luchiano
Encontros e desencontros



Leite.

Maldito era aquele cheiro de leite misturado com aveia que estava impregnado no cabelo e nas roupas de Luch.

O menino estava furioso. Se pudesse, mataria alguém com socos e murros naquele exato momento. Se pudesse, iria gritar até sua voz sumir. Se ao menos pudesse…

Mas agora era tarde demais.

As coisas já tinham sido ditas. Palavras não podem voltar para a boca, muito menos ser apagadas de sua mente. Seus ouvidos já tinha ouvido tudo… Independente de quantas desculpas você peça, um vaso quebrado é um vaso quebrado. Colar todos seus cacos não vai retorná-lo ao que era... E é assim que funciona a  relação entre pessoas, também.

Dando passos rápidos e irritados, o menino se distancia de sua cidade natal, Summus, com certa pressa. Sua casa já estava há alguns minutos de distância, é verdade, mas ele queria ainda mais distância. Horas. Dias. Semanas de distância seriam o suficiente, talvez.

— Meses… — Murmurou o garoto. — Eu não vou ver mais esse bosta por MESES! — Ele exclamou, gritando com toda a força que seus pulmões permitiam, furioso.

Isso espantou algumas pessoas que andavam por perto, que começaram a se afastar do garoto, surpresas com sua reação. Mesmo assim, algumas outras apenas continuaram a andar sem se importar com a crise do jovem, indiferentes com mais um sujeito tendo uma crise naquele imenso mar de pessoas. Naturalmente, Summus era a principal cidade de Bellum. O centro dos negócios da região, a cidade da oportunidade! Vários prédios grandes e apartamentos luxuosos, ruas movimentadas, metrôs e muitos departamentos de conveniência… Qualquer um amaria morar em uma cidade como essa.

— Eu odeio morar nessa cidade. — Ele resmungou, falando bem baixo enquanto chutava uma latinha de refrigerante que existia na beirada da calçada. A latinha quicou até a rua e foi rapidamente esmagada por um carro que passava.

Novamente, palavras jogadas ao vento. Se existem pessoas ouvindo sua fala, elas provavelmente não se importam com ela. Sua opinião, assim como sua existência, era indiferente no meio daquela grande metrópole. Enquanto caminha para longe, suas memórias recentes o trazem para perto. Além do maldito cheiro de leite, seus dedos ardem e sua garganta dói. Não se trata de um resfriado. Luch tinha brigado; com seu irmão, para ser mais exato.

. . .


Era uma sala de estar bastante luxuosa e espaçosa. Tinha suas paredes brancas e um piso de mármore claro. Vários móveis de madeira e mesas, além de  uma grande tevê e um notebook. Parecia a sala de negócios de algum empresário.

— Você não vai começar essa MERDA, Luch! Eu já falei! — Gritou o homem, esmurrando a mesa. — Tira essa bosta de ideia da cabeça! — Ele exclamou, franzindo suas sobrancelhas e encarando profundamente um garoto que estava do outro lado da mesa.

O homem dobra as mangas de sua blusa social vinho, mostrando seus braços musculosos, como sinal de intimidação. Trajando calças sociais cinza e sapatos marrom, que não combinavam com seus cabelos repicados e barba mal feita. Mesmo assim, tinha um ar típico de advogado ou empresário em sua volta.

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Ele discute com um jovem rapaz que estava quieto, apenas ouvindo o sermão do homem, sem saber como reagir. Com cabelos volumosos e castanhos, mexia em uma das franjas diversas vezes em nervosismo. Usa um paletó cinza escuro com uma blusa azul com uma faixa branca por baixo. Completando seu visual, uma bermuda com duas listras também azuis e sapatos pretos, que batucavam o chão constantemente em inquietação.

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— Nole… — Diz Luch, cerrando seus punhos, tentando formar algum tipo de argumento. — Eu já disse!

— VOCÊ NÃO TEM QUE DIZER NADA! — O homem chuta o pé da mesa.  —  Nosso pai não quer você metido nesse lixo de Acies, então você não vai participar!

Graças aos barulhos dos golpes nos móveis e dos gritos de Nole, duas outras pessoas aparecem no local.

— O quê é isso, Nole? — Pergunta uma senhora que tinha entrado, com uma feição assustada no rosto, usando uma roupa listrada parecida com um pijama e pantufas em seus pés. Já parecia ter certa idade pelas rugas em seu rosto.  — Eu ouvi você gritando lá de fora!

— Estamos tendo uma conversa agora, mãe. — Diz Nole, colocando a mão no rosto enquanto mexia sua cabeça em sinal de negação. Ele suspira e encara o casal. — Desculpa, eu gritei muito alto...

— Já pedi para vocês não brigarem! — Disse um outro homem, que tinha entrado junto da senhora. Com um semblante fechado, tinha uma aparência imponente. Segurando uma caneca em sua mão direita, ele aponta com sua outra mão para Nole.

— Isso não é justo! — Diz Luch. — Vocês… Vocês não podem mandar na minha vida para sempre! — Grita o menino, apontando para Nole enquanto franze suas sobrancelhas e aumenta seu tom de voz. — É o meu sonho! — Ele completa, com uma voz embargada e os olhos lacrimejando.

— O seu sonho não é mais importante que o destino da empresa, seu imbecil! — Grita Nole, que até então mantinha certa distância, se aproximando aos poucos, contornado a mesa que separava os dois.

Aquela conversa ocorria todo início de ano.

Luchiano já tinha seus dezoito anos de idade. O menino queria iniciar uma jornada desde seus oito. Sempre que fazia aniversário, pedia permissão ao seus pais para começar a jornada, mas estes sempre negavam, pois seu destino era ser o futuro dono das empresas Potio, a maior fabricante de poções e itens de cura para Pokémon em toda região de Bellum. Mesmo assim, quem comandava Potio atualmente era seu irmão mais velho; Nole. O homem tinha seus vinte e nove anos e era um líder nato. Conseguiu aumentar ainda mais os lucros com suas fórmulas de poções mais baratas para produção, com efeito dobrado. Era realmente um gênio. Seu defeito? Pavio curto.

— Não chame seu irmão de imbecil, Nole! — Gritou o senhor de chinelos, se aproximando um pouco de Luch. — Quando partirmos, vocês dois serão os únicos que poderão contar um com o outro! Ainda mais sobre os negócios da empresa e…

— Você sempre enfia a empresa em tudo que fala, pai. — Diz Luch, se virando para o homem que tinha falado e dando as costas para Nole. — Eu não me importo com a empresa, eu já disse! Tudo que eu quero é me aventurar um pouco pelo mundo. Que diferença isso faz, se o Nole é bem mais inteligente que eu com os negócios?

— Luchiano, querido… — A mãe do jovem era a única que entendia sua paixão por aventuras. Mesmo assim, ela não tinha coragem de encarar seu filho mais velho e seu marido. Com os olhos levemente fechados e curvando um pouco a cabeça com um tímido sorriso sem graça, a mulher escancarava pena em seu olhar. — Entenda… Você… Você precisa ficar aqui. Só vocês dois sabem a fórmula da poção que nós vendemos e—

— Então é isso que eu sou para vocês, não é?! — O tom de voz do garoto aumenta ainda mais, e sua voz fica mais trêmula. Enquanto grita, suas mãos gesticulavam furiosamente com golpes no ar. — Uma MERDA de uma fórmula! Meia dúzia de números! Pó de casca de Leppa Bery, lascas de Oran e Iapapa!

— Cale a boca, Luch! — Grita Nole, que tinha se aproximado enquanto ele falava e agora estava atrás do garoto. Ele pega no ombro do menino e o vira em sua direção. Luch encara seu irmão nos olhos e vê seu cenho carregado. A única coisa que passa pela cabeça do menino naquela hora era…

Medo.

Mas não. Desta vez seria diferente. Ele já sofria abusos psicológicos e físicos do seu irmão desde que os dois eram crianças. Nole sempre bateu em Luch quando era mais novo, e só parou quando virou um adulto completo; mesmo assim, o abuso psicológico e os xingamentos não paravam de ecoar na cabeça do garoto, que furioso, decidiu dar o primeiro movimento. Pela primeira vez.

O menino cerra seu punho com ódio e desfere o soco mais forte que consegue, mesmo que de forma meio despreparada. Ele mira no rosto de Nole, que sem muitos esforços segura o braço de Luch pelo pulso.

— Eu vou te matar. — Diz o homem, com uma feição extremamente neutra comparada com sua ameaça.

O homem joga o braço de Luch para longe e segura em seu pescoço com ambas as mãos. Em profundo silêncio, estreitava seus lábios e franzia suas sobrancelhas, criando uma feição de ódio que por um segundo choca o garoto e o faz se arrepender de seu primeiro movimento. Nole começa a apertar Luch, asfixiando-o. As veias na cabeça do homem saltavam, escancarando suas emoções e a força que utilizada.

— Você é um inútil Luch. Você não faz porra nenhuma e só consegue parasitar a família, desde sempre. Se você não tivesse nascido, as coisas teriam sido...— Nole falava sem parar, mas Luch apenas conseguia ver seus lábios se mexendo.

— Parem com isso, agora! — Grita a mãe apavorada, apenas assistindo a cena, sem conseguir reagir de alguma forma.

— Que merda vocês estão fazendo?! — O pai, que estava mais próximo, chega perto dos irmãos e começa a segurar os braços de Nole, tentando movê-lo ou afastá-lo de seu filho caçula de alguma forma. Sem sucesso, se enfia no meio dos dois, mesmo que com sua caneca em mãos. Ele consegue distanciar Nole de Luch, provavelmente por vontade própria do irmão mais velho, que solta o mais novo e dá alguns passos para trás.

Luch começa a tossir, e se afasta. Nole tenta se aproximar, mas o pai entra na frente e barra. A garganta do menino não parecia doer, mas ele sentia sua respiração falhando.

— Vocês… Estão vendo? — Diz o garoto, chorando. — Sempre foi assim! — Ele falou, apontando para seu irmão. — Ele sempre fez isso! E todo esse tempo você acobertou ele simplesmente por ser mais importante do que eu para os negócios! Que tipo de pai você é?! — Exclama Luch, fazendo várias pausas por falta de ar. — E mesmo assim… Não me deixa fugir dele!

— Isso não é verdade, Luchiano. — Diz o homem com a caneca em mãos, entre os dois filhos. Seu rosto mostrava sua decepção por ter seus filhos brigando, e seu tom de voz era baixo e arrependido. — Acobertava? Todos nós estamos cientes dos problemas de raiva do seu irmão. Já buscamos várias formas de tratá-lo. Mas dizer que eu acobertava?! Isso é um insulto!

— Não importa, pai. Esse idiota só sabe se fazer de vítima e ficar chorando. Eu não ligo pro que ele diz, e você não deveria também. — Fala Nole, ajeitando sua camisa.

— Nole… — A mãe parecia chocada com o que tinha visto. Sempre ouviu seu caçula reclamando sobre violência, mas nunca tinha presenciado. Suas mãos tremiam de pavor. Pela primeira vez viu seu filho agindo como um agressor. — Pe-peça… Peça desculpas agora para Luchiano! — Ela exclamou.

Naquele momento, a briga parecia ter tomado rumo ao seu fim. Seus pais iriam brigar com Nole, que iria pedir desculpas arrependido e voltar a trabalhar. Em pouco mais de uma semana, estariam tomando café da manhã juntos e os três estariam rindo de coisas bestas, como sempre.

Mas desta vez, a ideia disso acontecer revoltou Luch ainda mais e, quando se deu conta, já estava em cima de seu irmão.

Luch piscou seus olhos, tentando entender o que tinha feito. Olha para suas roupas e sente elas aquecidas, além de um forte cheiro de leite que sobe para suas narinas. Olha para o lado e vê seu pai, caído, sentado no chão.

De repente, tudo faz mais sentido para o jovem.

Em apenas uma fração de minuto em que se desestabilizou mentalmente, o garoto avançou, empurrando seu pai, que derramou o líquido de sua caneca em cima dele. Tinha se jogado em seu irmão, furioso com a ideia de tudo acabar daquela forma de novo.

— Ah… Então é assim... — Diz o irmão, caído, com o garoto em cima. Seu sorriso era diabólico e cínico. — Você tem certeza disso?

Antes que Nole continuasse a falar, Luch dá um soco no rosto do irmão. Seguido de outro, e de outro, e de outro. Ele não ouve mais nada, estava preso num transe infinito de desferir golpes incessantes. Nada alcança seus ouvidos; os gritos de pavor de sua mãe, todos os “Pare, Luchiano!” de seu pai… A risada de seu irmão.

O garoto não consegue. Sua força não era suficiente. Não importa o quanto batesse, Luch não conseguia ferir Nole como o irmão já o feriu. Mesmo que apanhasse sempre, o verdadeiro sentimento que doía dentro de Luch era o medo, não a dor física propriamente dita. E ele nunca sentiu tanto medo quanto naquele momento.

Nole ri enquanto leva socos no rosto, se divertindo com a explosão de raiva de seu irmão. Após mais alguns golpes, segurou os dois braços do garoto e lhe deu uma cabeçada, fazendo o menino cair para trás. Luch esfregava a mão na testa, se sentindo atordoado com o golpe. Ele saberia o que viria a seguir.

Não duvida de seu irmão lhe matando. Muito pelo contrário, acha isso mais provável do que tudo. E o pior; sentia que seria acobertado pelos seu pai para não prejudicar a visão de “família perfeita” deles. Mas Nole não fez nada.

Rindo, o homem se levanta e passa a mão em sua boca, que tinha aberto uma ferida e agora sangrava. Ele mexe a cabeça em negação, mas não deixa de sorrir.

— Tanto faz, Luch.

Aquelas palavras eram como o soco mais forte que ele já tinha levado, mas muito mais dolorido. Ele era indiferente para Nole. Um mero brinquedo para sua diversão; simplesmente um saco de pancadas de passatempo. O garoto se levantou também. Encarou seu irmão nos olhos, depois seu pai, e depois sua mãe.

— Vocês… — Sua voz falhou.

Queria dizer mil coisas. Proferir palavras que machucassem até a alma de seu pai e de seu irmão. Mas nunca se perdoaria por dizer qualquer coisa que trouxesse algum malefício para sua mãe. Ele apenas mexeu a cabeça em negação, e enxugou suas lágrimas com sua camisa. E depois disso, correu para fora da sala.

— Luchiano, volte aqui! — Exclamou a mãe, desesperada.

— Luchiano! Não conte para ninguém sobre— Dizia seu pai.

E já não ouviu mais nada.

. . .


Coloca a mão no bolso para ver o que tinha consigo. Encontra apenas sua recheada carteira, além de seu chaveiro, que continha uma Pokeball.  Ganhou um Pokémon de presente no ano retrasado. Era como seu melhor amigo, junto de sua mãe, e por causa disso, nunca batalhou utilizando ele. Na verdade, nunca  batalhou com ninguém…

O garoto pressiona com força a Pokeball, furioso com sua escolha. Estava agora refém da sorte; não poderia simplesmente voltar para casa e fingir que nada daquilo tinha acontecido. Já o cheiro do leite da caneca de seu pai realmente o incomodava. Por sorte, passava em frente a um PokeCenter. Uma grande construção branca com um telhado vermelho. Várias janelas de vidro que permitiam ver o interior da construção, e uma grande placa que dizia “Time Dominus – O amanhã, hoje!”

Luch estala a língua, descontente. Odiava Dominus. Ele que fez seu pai se tornar um homem tão fascinado por dinheiro e poder, que não se importava mais com sentimentos alheios ou desavenças familiares. As empresas Potio tinham um contrato de exclusividade com Dominus; graças a isso, seu pai era como um mero capacho para o magnata. Mesmo assim, não tinha escolha, precisava tomar um banho e lavar suas roupas. Adentra no local.

Por dentro, era mais uma das várias construções perfeitas que leva a assinatura de Dominus. Um piso amarelo sem ser chamativo, extremamente convidativo. Paredes brancas e sofás vermelhos com almofadas que tinham cores em tons de vinho e branco. Várias fotos tiradas de Dominus com seus clientes mais famosos existiam nas paredes; A Electi, Forum-Basis importantes… Todas lendas do Projeto Acies, implementado pelo próprio magnata na região, há dois anos atrás.

Além disso, três grandes balcões, um no centro, um  na esquerda e um na direita da construção. O balcão da direita tem um maquinário do tamanho de uma caixa atrás. Uma máquina com tecnologia de ponta conhecido como “Heal Touch”. Com este sistema, você apenas precisava depositar a Pokeball de seu Pokémon na máquina e ele seria automaticamente curado e ficaria revigorado. Algo incrível e revolucionário, aderido por todas as regiões, mas que começou em Bellum.

Na esquerda, acessórios e Pokeballs em inúmeras estantes posicionadas com seus preços em pequenas plaquinhas. Todas as esferas foram confeccionadas pelas fábricas mais tecnológicas e avançadas de todo o mundo Pokémon, pertencentes é claro ao Time Dominus. Uma atendente espera atrás de um balcão e em frente as prateleiras.

E no lado direito… Poções.

O garoto encara um dos vidros de Potion, o mais básico deles. Um cilindro azul com uma cabeça branca para borrifar. Um selo com os dizeres: “Empresas Potio” estampado no rótulo, além de um rápido guia de instrução de como utilizar o produto.  Só de ver aquilo, o garoto começa a sentir um calor. Um arder proveniente de emoções que ele não conseguia controlar. Sente sua garganta ser pressionada novamente por seu irmão. Coloca a mão no pescoço, e...

— Precisa de algo, senhor? — Pergunta uma senhorita que utilizada um uniforme padrão de atendente das empresas Dominus; uma blusa vermelha com uma saia branca. Por cima, uma espécie de avental rosa. Tinha um símbolo “D” no uniforme e  um pequeno chapéu parecido com o de uma enfermeira.

Com a voz, Luch sai do transe. A pergunta era simples e sua resposta poderia ser mais ainda, mas o garoto à princípio fica imóvel e quieto. Depois de algum tempo, sorri, mascarando todas as sensações desagradáveis de seu corpo e fingindo ser apenas mais um cliente.

— Eu vim apenas para lavar minhas roupas e passar a noite. Quanto fica? — Ele pergunta, de forma atenciosa e gentil.

— Oh. — A moça se surpreende com o pedido do garoto. A lavanderia não era algo exclusive para funcionários, mas não era muito costumeiro que treinadores viessem pedir para lavar suas roupas em um Pokecenter… — Certo, por aqui por favor, senhor. — Ela diz, indicando o segundo andar do recinto.

O garoto assente com a cabeça e segue a senhorita em seguida.


. . .



O banho na banheira de Luchiano era perfeito. A água era quente, e o os perfumes e óleos essenciais utilizados eram muito cheirosos. Mesmo que, por um lado, ele literalmente nadava na própria sujeira, mas deixemos isso de lado. O menino suspira, e, deitando dentro da banheira, coloca seus braços para fora.

— Mas que merda você fez agora, Luch…? — Ele indaga para si mesmo, surpreso com sua aparente burrice. — Você tem dinheiro, mas ele não é infinito. Mesmo gastando com cuidado… Uma hora ele acaba.

Luchiano, apesar de ser filho de um homem rico, não é um garoto consumista e muito menos mauricinho. Ele é bastante econômico, e, na verdade, meio mão fechada. O jovem cerra seus punhos e olha para eles, pensante.

Em sua cabeça, mil coisas se passavam. E se sua mãe estivesse triste? Preocupada? Porque ela com certeza estaria. Já seu irmão… Provavelmente não. E seu pai… Sim, este provavelmente estaria morrendo de medo agora. “E se ele contar sobre alguma briga familiar? Estaremos acabados!” Ele imagina seu pai dizendo para sua mãe.

— Babaca. — Disse em voz alta, com uma voz estranhamente calma para sua raiva.

Enquanto pensa e tem seu monólogo de ódio, ouve alguém batendo na porta.  Uma voz feminina em seguida pôde ser ouvida.

— Senhor…? Você está bem? Já faz bastante tempo que o senhor entrou aí! Precisa de algo? — Pergunta a voz, atônita. Parecia ser a mesma da senhorita que o atendeu mais cedo.

— A-aaah! Me perdoe! —  Diz o garoto, se levantando da banheira rapidamente. —  Já estou terminando! Estou bem! —  Ele fala, num tom mais alto para que a garota possa ouvir do outro lado da porta.

Sua feição de surpresa é modificada por uma de preocupação. Ele pensa se vai ter que pagar mais por ficar mais tempo tomando o banho, ainda mais por ter utilizado da banheira… Seria uma ótima forma de contradizer o que foi dito sobre ser um cara econômico há pouco tempo atrás no texto…

Ele espera a resposta da atendente, que apenas dá um discreto riso.

— O… O que foi…? — Pergunta Luch, curioso. Ele sai da banheira e amarra uma toalha em sua cintura, se aproximando da porta.

O banheiro, bem grande, tinha uma banheira com um chuveiro do lado. O chão feito de um belo azulejo azul combinava com suas paredes, todas pintadas de branco. Tinha uma grande pia com gavetas embutidas em baixo, com vários utensílios como secador de cabelo, escovas e etc. Um grande espelho pelo qual Luch se encara e percebe seu físico meio magrelo, algo de que não tem muito orgulho.

— N-nada, senhor! — A garota diz, recompondo sua voz. — Eu apenas fiquei preocupada, senhor Luchiano!

Aquilo surpreendeu o jovem.

Como a garota sabia seu nome? Ele não mostrou sua identidade. Era sim uma pessoa de uma família famosa, mas nunca apareceu na tevê propriamente dito. Luch começa a pensar em várias possibilidades, como a de uma ladra que queria extorquir ele ou coisa do tipo. Ele vai correndo até suas roupas que esavam em uma cesta no banheiro, lavadas. Ele mexe no bolso da sua calça e…

Encontra sua carteira cheia de cédulas, intacta.

O alívio que o garoto sente não poderia ser maior. Foi provavelmente a sensação mais gostosa que ele já teve em algum tempo. Suspira fundo. Ele então mexe em seu outro bolso, mas… Seu chaveiro não estava lá!

A princípio, fica chocado. Era a primeira vez que ele estava sendo roubado, em toda sua vida. Espera, quem disse que ele foi roubado? Eu não; estou apenas narrando o que ele pensa. Um calafrio percorre o corpo do menino, que meio sem jeito, encosta na porta.

— H-hum, moça… Eu esqueci alguma coisa com você…?

— Ah! Claro, como pude me esquecer… Sim, ele está aqui.

— V-você está com ele?! — Ele exclama, aliviado. O menino rapidamente destranca a porta e a abre, revelando apenas a mesma jovem que tinha atendido ele mais cedo.

A diferença desta vez é que ele estava semi nu, apenas com uma toalha na cintura.

— Ah. — Ele diz em voz alta, percebendo o que tinha feito.

— Olá, senhor Luchiano. — Ela fala sorrindo, sem demonstrar surpresa. Em sua mão existia o chaveiro Pokeball, provavelmente de Luch. A menina instintivamente observa o garoto dos pés à cabeça rapidamente. Após isso,  joga a Pokeball em sua direção.

O menino, desesperado, pega a Pokeball com suas mãos, de forma meio desengonçada e desesperada, quase deixando ela cair no chão algumas vezes.

— Capturei você, Luchmon. — Ela diz, rindo.

Aquilo deixa o menino extremamente confuso, e meio sem graça. Era algum tipo de cantada? Ou ela só estava sacaneando com ele? O garoto não consegue deixar de transparecer sua confusão com seus olhares e caretas; ele franze suas sobrancelhas e cerra seus olhos, curvando sua cabeça levemente.

— Obri...Gado? — Ele diz, com sua voz falhando. Quando se dá conta, começa a pensar em algumas hipóteses... E se ele parecesse um tarado? E se a garota gritasse e o acusasse de assédio? Se alguém chegasse vendo a cena, o que pensaria dele? Porque todas as alternativas pareciam voltar para a primeira?!

A menina apenas vira seus olhos e suspira. Percebe que o menino estava em choque para fazer qualquer coisa; desde falar até se movimentar direito.

— Acho melhor você vestir suas roupas, querido. — Ela comenta, coordenando o garoto e acenando com sua cabeça para ele. — Depois disso, quando meu expediente acabar, podemos conversar no seu quarto, a sós. — A garota pisca o olho para Luch.

— O-ok… — Ele responde, virando de costas e andando até o banheiro novamente. Ele tranca a porta, com medo, e começa a se vestir lentamente, receoso e pensando em tudo que havia acontecido nesses breves minutos.

Espera, conversar com uma menina no quarto dele a sós?!


. . .


Luch suava frio. Sentado em sua  luxuosa cama do PokeCenter e com suas mãos em cima das coxas, não conseguia parar de fitar o chão incessantemente. Enquanto pensa  no que uma garota iria querer com ele, ainda mais de noite, em seu quarto alugado… Ouve alguém batendo na porta. Engole em seco.

— E-e-estou… I-indo… — Sua voz falha diversas vezes. Ele se levanta e começa a andar na direção da porta, enquanto pensa.

“Idiota, idiota, porque você foi fugir de casa hoje? Ótimo… Espera. Isso não é uma coisa boa? Eu finalmente vou…” Enquanto divaga, ele gira a chave e depois a maçaneta, abrindo a porta. Na sua frente, uma garota com um casaco laranja, jeans azul claro rasgados  e uma mochila branca nas costas. Seus cabelos castanhos eram da mesma cor que seus olhos, e encaravam o menino profundamente.

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— Oi, Luchiano. — Ela diz, entrando no quarto e passando pelo garoto, que fecha seus olhos, assustado.

O menino fica parado nesta posição por mais algum tempo, até que se dá conta da idiotice que está fazendo e abre seus olhos novamente. Ele suspira, tentando manter a calma, e fecha a porta, trancando-a em seguida. Vira em direção a menina.

— Q-quem é você…? — Ele pergunta, enquanto se mantinha de pé, em frente a porta.

— Eu? Ah. Meu nome é Anastasia. Mas pode me chamar de Ana. — Diz a menina, despreocupada, se sentando na cama em que Luch estava e cruzando suas pernas. Ela solta a presilha de seu cabelo e mexe nele com as mãos.

— O-ok, A-ana. E por que você está vindo no meu quarto, me-mesmo…? — Ele pergunta. de forma um tanto quanto retórica, sabendo o que provavelmente aconteceria a seguir. Não é atoa que suas mãos tremiam tanto e ele suava frio.

— Eu quero te ajudar! — Ela fala.

— C-com o quê…?

Nós sabemos bem com o que ela quer ajudar você, Luch.

— Você claramente fugiu de casa. — Ela comenta. — Eu não sei o que leva um dos filhos do Senhor Potio a fugir de casa, mas… Bem, eu só tenho duas hipóteses.  Ou você fugiu para iniciar uma jornada na região, que é negada há anos, ou você… Brigou com alguém da família. — Ela diz, com sua mão no queixo e de forma bem calma e serena, enquanto encara o menino nos olhos.

— Talvez… — Fala Luch, desviando seus olhos. Aquele olhar penetrante da garota era bem provocante e deixava ele muito confuso e perdido sobre o que deveria dizer. Na dúvida, não diria nada. Iria evitar cometer qualquer deslize que pudesse ser usado contra ele como chantagem.

— Ai, ai… Você é até fofo, sabia? —  Ela diz, mexendo suas pernas para frente e para trás na cama, que era bem alta. — Mas eu não sou nenhuma ladra nem coisa do tipo. Não precisa ficar na defensiva. Eu quero te ajudar, de verdade.

— M-me ajudar? Eu… — Ele não sabia bem como negar. Ele queria ajuda de fato, só não… Aquela ajuda, se é que me entende. — Eu sei lá… Não acho que estou preparado, sabe. — Ele diz, batendo seus dedos entre si, meio sem graça.

— Eu acho que você está precisando disso, sabe. — Ela disse, colocando a mão na cama. — Vem cá. — Diz Anastasia, chamando pelo garoto.

O menino pensa se deveria ouvir o chamado. No começo ele se questiona, mas timidamente se aproxima. Lentamente, se coloca sentado ao lado dela. Observa a garota bem de perto e percebe como ela era bem bonita. Ele engole em seco novamente.

— Se acalme, ok? — Diz a menina. — Eu quero que você me diga exatamente o que está sentindo.

— Nervoso. Estou com muito medo. Um pouco de ansiedade positiva  também. Levemente alegria e… — O jovem não para  de falar, na verdade. O turbilhão de emoções que ele sentia era descrito com extrema precisão; talvez até demais.

— Tá bom, já entendi. — A garota interrompe ele. — Olha, eu acho que sei o que pode te dar um ânimo! — Ela diz, batendo uma palma, como se tivesse tido uma grande ideia. — O que acha de nós—

— Não sei se consigo fazer isso, eu sou muito novo e...

— Sairmos um pouco e bebermos alguma coisa…

Os dois jovens ficam se encarando por algum tempo, sem falar nada. Tinham dito suas falas no mesmo exato momento.

— Espera, quantos anos você tem? —  Pergunta Ana.

— Dezoito.

A menina encara Luch, pensando profundamente. Ela suspira.

— Hum, sou um pouco mais velha então… Enfim, Luchiano. Eu trabalhei na empresa do seu pai há algum tempo. Eu conheci você, seu irmão e seus pais em um tour pela casa. Aquela história de família perfeita não colou. — Ela diz, mexendo sua cabeça em sinal de negação. — Eu vim de uma família meio… Doida, também. Eu vi nos seus olhos que você sofria, de alguma forma.

— Espera, você reparou nisso tudo apenas por conhecer minha família? — Ele indaga, tentando ignorar tudo em que estava pensando até então, envergonhado. — Isso é meio… Assustador…

— Eu convivi com seu pai também. Fui secretária dele, até ser demitida por ouvir uma conversa por trás de uma porta. — Ela diz, sem demonstrar vergonha ou arrependimento. — Seu irmão te batia, não é?

— T-talvez… — O menino desvia o olhar novamente.

— Não se preocupe, não sou nenhuma jornalista procurando por furos. Eu sou uma treinadora que precisa trabalhar num PokeCenter pra sobreviver. — Ela diz, mexendo em seu bolso e tirando algo lá de dentro. Ela mostra para Luch. Se tratava de uma Pokeball. — Olha.

O garoto encara a esfera. Dentro dela, era possível enxergar um pequeno fungo. Ele era de uma tonalidade de verde musgo e tinha duas pequenas pernas. Tinha uma careta sem paciência, como se estivesse de saco cheio de tudo.

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— Um Shroomish. — Diz Luchiano, tocando na parte de cima da esfera, curioso.

— Sim. Eu tenho mais alguns Pokémon, mas… Não consegui tempo para entrar em um Forum ainda e me dedicar. — Ela desabafa, com uma feição meio triste. — E você, também tem um Pokémon, não tem?

— Ter, eu tenho. Mas nunca lutei com ele… Eu nunca lutei, na verdade. — Diz o garoto, cabisbaixo e encarando o chão. Ele pega seu chaveiro no bolso e clica nele, expandindo a esfera.  —  Recebi de presente quando o Acies começou, mas nunca pude sair de casa. Realmente, hoje eu fugi. Briguei com meu irmão e com meu pai e quis começar uma jornada, daí fugi de casa. Você está certa nisso. — O menino estende sua mão com a Pokeball até a garota e lhe mostra. Dentro da esfera era possível ver um pequeno ser vulpino com uma grande quantidade de pêlo em seu corpo, mas principalmente no seu pescoço. Sua cauda também era bastante felpuda e suas grandes orelhas se mexiam enquanto ele repousava, paciente. O que mais chamava atenção era em sua cor; uma espécie de cinza ou prata.

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— Uau. Eu não esperava menos de um cara rico. Um shiny Eevee… — Ela comenta, legitimamente surpresa.

— Isso é raro, não é? — Indaga Luch, ainda expondo sua Pokeball. — Eu só fui descobrir que não era a cor natural dele quando encontrei outros na cidade.

— Sim, shinys são bem raros. — Enquanto diz isso, Luch percebeu que a menina tinha uma feição de desgosto em seu rosto. — A maioria é vendida por preços altos em leilões ou coisas do gênero. Normalmente se você encontra um, vai querer vender ele. Ou utilizar como um “símbolo de fama”, um “ícone” que representa você e seu Forum… Dá bastante pontos com os telespectadores. — Ela comenta, levemente inconformada. — Não deveria ser apenas um estandarte para um Forum, mas…

— Nossa… Eu não sabia disso. — Diz Luch, encarando seu Eevee. O garoto era muito amigo de seu Pokémon, mas nunca pensou de onde ele tinha vindo; seria mais uma reflexão no final daquele noite para o jovem.

Anastasia dá de ombros.

— Não pense muito nisso. O mundo dos negócios é como é. — A menina faz uma pausa e guarda sua Pokeball. — Eu ia te fazer um convite.

Luch não sabia mais o que deveria esperar, principalmente vindo da garota. Depois de tantos pensamentos impróprios que ele com certeza iria ter uma grande vergonha alheia mais tarde, apenas continuou calado, esperando explicações.

— Eu cansei de trabalhar e não poder começar uma jornada. Eu não sei se parece, mas eu tenho basicamente a sua idade, como já disse. O meu trabalho é bem estressante, e eu honestamente estou de saco cheio. — A menina poderia ficar reclamando sobre sua vida por horas, mas se interrompe. Ela percebe que poderia se estender muito no assunto. — Enfim, eu quero começar um Forum, eu mesma. Já que ninguém me convida, não vejo porquê não. Você aceitaria começar um comigo? — Indaga Anastasia.

— Espera. — Luch guarda  seu chaveiro Pokeball no bolso. — Eu… Não sei se posso. Gostaria muito, mas eu fugi de casa… — Ele comenta, cabisbaixo.

— Ah, isso é o de menos. Você já tem uma idade bem avançada pra ficar se importando com essas coisas. Se estiver com saudades da sua mãe, ligue e avise que está bem, oras. — Anastasia diz, sorrindo de forma meio debochada, sem saber como aquilo era preciso sobre Luch e seus pensamentos atuais.

— Eu… Vou fazer isso. Mas… — Ele coloca uma mão no queixo. — Espera, como vamos nos cadastrar? Eu não tenho uma Pokedex.

— Você não sabe? Eles distribuem Pokedex aqui em Summus. Lá no departamento para treinadores. — Ela aponta com a cabeça para a parede da esquerda do quarto, que obviamente não tinha nada, mas Luch entende que se trata de algum lugar naquela direção, lá fora. — É só pegar e fazer o registro.

— Mas ai não vão saber que eu sou eu? E fazer uma ligação para o meu pai? — Indaga Luch, escondendo sua ansiedade por possivelmente conseguir fazer o que tanto desejava.

— Hum… — Anastasia coloca sua mão no queixo, pensando profundamente.

A quietude da menina incomoda Luch, que sem saber muito o que poderia fazer, sem nem ao menos ter um celular para ligar para sua mãe e pedir uma permissão forçada, acaba se distanciando de sua oportunidade aos poucos.

— Bem… Podemos te arranjar uma Pokedex provisória.

— Você quis dizer roubada?

— Cada um dá um nome…

Luchiano fica meio surpreso com a ideia. Ele nunca fez nada que ferisse qualquer tipo de lei (talvez atendado ao pudor aparecendo só de toalha para a menina?) e não tinha em mente fazer algo nos próximos anos. Em um dilema entre seguir seu sonho e quebrar uma regra, o jovem se vê em uma emboscada.

— Mas a Pokedex de quem…? Eu não quero atrapalhar a jornada de ninguém, também.

Anastasia suspira e vira seus olhos. Ela pega sua mochila e tira algo lá de dentro. Um aparelho quadrado e vermelho.

— Nesse caso, pode ficar com a minha. — Ela diz, jogando o item no colo de Luch. —  Amanhã alego que perdi e peço outra. Pra sua sorte, eu não cadastrei meus dados ainda,pois não tive tempo, com tanto trabalho. Não vão conseguir rastrear nem nada do gênero…. Um monte de bobões perde essas porcarias com frequência, principalmente naquele bosque da cidade vizinha.

— Inutilia, em Agri?

—  Sim. —  A menina assente, fechando o zíper de sua mochila. —  Mas só te dou ela se você me acompanhar na criação do Forum.

Luch não tinha dúvidas; era uma proposta muito boa. Quer dizer, ficar preso em um Forum com uma garota que ele acabou de conhecer era um pouco suspeito, mas, ao mesmo tempo…É sua única oportunidade.

—  Eu aceito.

Anastasia sorri.

— Muito bem então, Luchiano. —  Ela estende sua mão para o garoto. —  Espero que dê tudo certo. Vou te arranjar óculos escuros e amanhã vamos até o departamento. Vou ver se peço demissão ainda hoje.

A garota estava arriscando bastante da parte dela. Não aparentava, mas provavelmente tinha um sonho tão forte quanto o de Luch de começar uma jornada. Talvez… Talvez ela tivesse uma vontade ainda mais ardente de fazer isso.

— Obrigado, Ana. —  Diz o garoto, segurando a mão da menina e selando o acordo.

Os dois ficam em silêncio por algum tempo, sem saber muito o que dizer no momento. Luchiano ainda tinha muitas dúvidas, principalmente em relação a menina. Ela sabia muito mais da vida dele do que o contrário, e ele só havia se dado conta disso há pouco.  De tantas perguntas que poderia fazer, decidiu por uma bem peculiar.

— Você… Tem irmãos também?

— Eu? —  A garota se surpreende com a pergunta. Era realmente inusitada, mas ela entende que poderia ser apenas um estreitamente de laços; uma simples busca por similaridades. Ela sorri, visivelmente satisfeita com o que ia dizer. —  Tenho sim. O nome dele é Taisos. Ele era o antigo campeão da Liga Pokémon.
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MensagemAssunto: Re: Pokémon - Bellum Regalis   Pokémon - Bellum Regalis - Página 2 Icon_minitimeQua 10 Jun 2020 - 16:19

Bom, vamos lá

O capítulo realmente foi bem grande, como você avisou no começo, e mesmo sendo sobre um só personagem eu achei que esteve em um bom tamanho, visto que nada do que quase tudo que aconteceu precisava estar ali no capítulo mesmo, tudo fez sentido. Como você disse, você está tentando apresentar bem os personagens antes de jogá-los na história em si, e foi importante mostrar as causas do personagem e o que construiu a psiqué dele, enfim.

Bem, a história da família é clássica de histórias de ricos né. O pai tem uma empresa, o irmão mais velho é um louco fascinado apenas em substituir o pai nos negócios e o mais novo é um aventureiro, que não se interessa pelo mundo corporativo, e encontra suporte apenas na mãe, que no entanto é bem passiva com tudo que acontece. Não vou mentir não, é clichê kkkkkkkkkkkk, mas a forma que você escreveu me fez ficar cativado pelo Luchiano e como disse anteriormente, serviu pra moldar o caráter do rapaz, afinal o irmão dele é um puta babaca e o pai só pensa em ter a família de comercial de margarina. Aliás, você tava inspirado quando criou os nomes hein "Luchiano" kkkkk.

Essa Anastasia aí acho que até gostei da personagem, mas achei meio abrupto kkkkk, no começo também pensei que ela queria fazer saliências com o menino kkkk, mas aparentemente não foi o caso, já que tudo isso foi só pra ela chamar para beber. No entanto, confesso que também achei que ela era uma espécie de stalker ou coisa do tipo e que estava espionando o menino, pois ela estava, como posso dizer, interessada (?) nele, já sabendo inclusive que era o Luchiano. Bem, de toda forma, como disse achei meio abrupto ela falar tudo isso só porque trabalhou por um período na empresa e conheceu ele através de uma visita rápida na casa dele, a não ser que eles tenham uma espécie de conexão algo assim kkkkkkk, mas enfim, as histórias precisam acontecer né, e às vezes precisamos dar um empurrãozinho forçado nela kkkk.

Mas eu gostei da ideia da mina ter que trabalhar pra poder se sustentar a possível carreira dela. É algo que hoje em dia já é bem mais trabalhado em fics de jornada, mas que nunca foi muito trabalhado, visto que os moleques tinham dez anos, colocavam uma bolsa nas costas, meia dúzia de pokébola, uma vara de pescar e dane-se kkkkkk. Uma pessoa que vai viajar pelo mundo precisa de muito dinheiro né kkk.

De toda forma, a revelação do final do capítulo foi bem legal, tipo, o irmão da mina era o campeão da liga, wow kk. Mas pelo visto, ser campeão da liga não tem muitos benefícios né, visto que a menina está tendo que trabalhar em um emprego simples para poder se sustentar e nunca consegue sair em jornada kkkk, mas talvez seja uma questão de família desajustada como ela mesma frisou.

Bem, como ele disse que Summus era do lado de Agri (como isso, gente? kkkk), eu estou teorizando que esses dois personagens vão encontrar o nosso amigo caipira e talvez montarem um fórum juntos, visto que esses dois pretendem montar um, e Giomorjeno acha que nunca irá entrar em um fórum, então seria unir o útil ao agradável kkk. Mas isso são só teorias né, nem sei na real.

Agora, uma coisa que me incomoda um pouco é que você mistura muito os tempos verbais, tipo, na narração você começa narrando no presente e depois vai pro pretérito perfeito e depois volta pro presente de novo. Eu, particularmente, acho melhor que a narração seja só no pretérito perfeito, o nosso famoso passado. Mas claro, isso é só uma sugestão minha, mas sugeriria mesmo que você visse com mais cuidado esse ponto.

Mas enfim, é só isso e boa sorte com a fic.

________________
The Adventures of a Gym Leader - Capítulo 48
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MensagemAssunto: Re: Pokémon - Bellum Regalis   Pokémon - Bellum Regalis - Página 2 Icon_minitimeQua 10 Jun 2020 - 17:11

OOOOOOOOOOOOEEE FOOD, cê tá bão?

Infelizmente não vou conseguir desassociar o nome Date de "encontro" e vou dar boas gargalhadas sempre que ele aparecer ahuusahsuhau

Primeiramente, um minuto de agradecimento pelo capítulo enorme, pois eu amo. Mesmo sendo bem grande, foi uma leitura bem tranquila e com acontecimentos bem interessantes. Senti que você deu uma evoluída nesse capítulo, não só corrigindo aquele detalhe que eu apontei, mas também melhorando a descrição dos ambientes e dos personagens, tornando tudo bem envolvente e sem nunca ficar cansativo. Tá de parabéns amigo!

Qual seria a pronuncia do apelido do Luchiano? Luxi, Luke? Ô talento pra nome hein. A primeira parte do capítulo foi bem tensa. Se você tinha como objetivo nos fazer odiar a família do Luch, parabéns pois você conseguiu. Que nojo desse irmão dele, e diria que ainda mais do pai dele, que sabe de todos os problemas que os irmãos têm entre si e ignora pois só pensa no bem da empresa. Esse Nole tinha que tá passando por tratamento psiquiátrico desde criança!

Toda a cena no centro pokémon foi muito legal de se aompanhar. Eu adorei a Anastasia e esse jeito dela, como se tivesse um parafuso a menos kkk Tadinho do Luch, que já tava pensando altas sacanagens com a moça. Falando nele, esse jeito atrapalhado dele também é divertido de se acompanhar, não sei até que ponto vai dar certo esse fórum dos dois, mas você já me deixou no hype pra acompanhar.

Uma coisa que eu não entendi é, qual a dificuldade do Luch pegar uma pokedex pra poder começar a jornada. Se basta se apresentar no departamento de treinadores, e ele sendo um adulto, não sera só ir lá pegar? Talvez seja o receio de ser reconhecido e avisarem a família dele, mas, mais uma vez, se o cara é adulto, o que os pais dele podem fazer na prática? Mandar uns mercenários atrás dele? Não é de se duvidar desse irmão pau no cu.

Achei legal esse lance de enxergar os pokemon dentro dentro da pokeball, e descobri que minha cara provavelmente é igual a do Shroomish "com uma careta sem paciência, como se estivesse de saco cheio de tudo." aaaaaaa

O final do capítulo me deixou pensativo. O que aconteceu com os treinadores antes da Dominus implantar todo esse lance de forum e Electi. O irmão da Ana continuou sendo pica ou caiu no esquecimento, e por isso ela quer batalhar e trazer glória pra família novamente? Porém é bem capaz dela nem se dar bem com ele também né kkkk

É isso Food, esse foi meu capítulo favorito até agora. Espero que você continue mantendo esse excelente nível de qualidade e até o próximo capítulo o/
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*Nina*
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MensagemAssunto: Re: Pokémon - Bellum Regalis   Pokémon - Bellum Regalis - Página 2 Icon_minitimeQua 17 Jun 2020 - 20:17

Olá, Food, tudo certo?


Aee, consegui comentar a tempo dessa vez.
Não sei porque você ficou com medo de que não gostassem do capítulo, ele ficou bom sim! Acho ótimo ter esses capítulos de apresentação dos personagens pra gente ir conhecendo e se acostumando mais com eles, antes de começar a trama principal de fato. Sobre o tamanho, acho que está bom. Acho que só ficou grande porque teve muitas falas. Mas eu prefiro capítulos longos que mostrem várias coisas do que capítulos curtos que avançam pouco com a história.


Sobre o personagem, eu gostei dele, parece gente boa,mas o achei meio clichê, pois é aquele típico menino de família rica que é a "ovelha negra da família", pois não quer seguir os negócios da família, quer seguir outro rumo fazendo algo que seus pais não consideram importante. Mas essa ainda foi a primeira aparição dele, quero ver você trabalhando mais ele. Mas me surpreendi em ver você abordando violência doméstica, pois não imaginei que teria algo assim na fic. Que família péssima que ele tem.


Já a Anastasia eu curti muito, adorei o jeito espevitado dela, acho que ela pode ser um dos pontos altos da fic. Essa conversa com duplo sentido entre eles foi engraçada, mas já imaginava que não rolaria nada, porque seria repentino até demais. kkkkkkkk
Mas concordo com o Black, tbm achei essa interação entre eles muito abrupta, com ela simplesmente já sabendo tudo sobre ele apenas por ter visitado a casa dele uma vez. Eu não sei se foi intencional, mas ela ficou parecendo ser uma stalker. kkkkkkkkk

Acabou me lembrando um ponto negativo comum em fics de jornada, que é os personagens acabarem de se conhecer e já seguirem jornadas juntos agindo como se fossem melhores amigos de infância. Aí o pessoal acaba não trabalhando um ponto importante, que é ir desenvolvendo e aprofundando a amizade dos personagens ao longo dos capítulos. Mas acredito que você fará isso.

Achei dois errinhos:


Citação :
Como a garota sabia seu nome? Ele não mostrou sua identidade. Era sim uma pessoa de uma família famosa, mas nunca apareceu na tevê propriamente dito. Luch começa a pensar em várias possibilidades, como a de uma ladra que queria extorquir ele ou coisa do tipo. Ele vai correndo até suas roupas que esavam em uma cesta no banheiro, lavadas. Ele mexe no bolso da sua calça e…


Faltou um "t" no "estavam"


Citação :
— Eu? —  A garota se surpreende com a pergunta. Era realmente inusitada, mas ela entende que poderia ser apenas um estreitamente de laços; uma simples busca por similaridades. Ela sorri, visivelmente satisfeita com o que ia dizer. —  Tenho sim. O nome dele é Taisos. Ele era o antigo campeão da Liga Pokémon.


E aqui acho que era pra ser "estreitamento"


Estou curiosa aguardando o momento em que todos esses personagens vão se encontrar, imagino que todos farão parte do mesmo fórum. Aliás, até quantas pessoas que pode ter?

É isso, até o próximo cap! Um abraço!

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MensagemAssunto: Re: Pokémon - Bellum Regalis   Pokémon - Bellum Regalis - Página 2 Icon_minitimeSáb 20 Jun 2020 - 4:24

Hey Food o/

Na minha opinião, esse foi um excelente capítulo de apresentação. Apesar de ser sim um começo um tanto clichê, como o Black mencionou, você utilizou a melhor parte dele, que é a base sólida que uma fórmula já antes introduzida da. Além disso, ter um começo “clichê” (já que não foi tanto assim também) não significa que o personagem será ruim ou genérico, isso cabe ao seu desenvolvimento e eu confio que fará um bom trabalho. 

Enfim, eu não tenho muito o que falar da primeira metade além de que foi um belo “pontapé inicial”. Na segunda parte, eu gostei principalmente de perceber que o Luch sentiu um pouco a mudança de ambiente. Tipo, ele ta mergulhando de cabeça nisso se nenhum preparo inicial, contando apenas com o eevee e o dinheiro que tem no momento, além da inesperada ajuda da Ana, e eu acho que consegui sentir bem o peso disso lendo. 

E já falando da Ana, eu curti bastante ela também (talvez eu tenha uma leve inclinação à personagens femininos? Talvez), quero ver o que vai sair mais dela no desenrolar da fic. Como eu não aguentei e te spoilei no pv, a cena deles meio “ideia errada” foi muito cena de anime ecchi, gostei muito, me lembra um pouco do por que assisti bastante de To Love Ru.

A Ana citou o local onde Giormorjeno e Cia estavam, mas eu não vi muito pq eles iriam ali, apesar de acreditar que vão, acho que vai ficar pro próximo cap isso. Talvez Ana não consiga pegar outra no departamento e terão que ir lá procurar uma Pokedex de algum trouxa que perdeu? Falando nisso, sinceramente é meio bizarro o lugar ser meio que “famoso” por isso OPDSAJKSDIAJ. Entretanto isso ta me lembrando algum anime também, só não consigo lembrar qual...

Por último, como sempre também devo elogiar o narrador piadista, gosto bastante dele -q. Enfim, talvez o comentário não esteja tão bom quanto eu gostaria pq to com um pouquinho de dor de cabeça aqui, mas decidi fazer logo antes que você acabe postando e pra aproveitar que o pc colaborou pra isso oakpsdkagikjapoiljapsodk. Até o próximo cap o/

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