Pika Pika Colony
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Pika Pika Colony
Nome: Pika Pika Colony
Gênero: Aventura/Comédia
Criei um tópico aqui há cerca de um mês e um usuário me alertou que tinha um tópico antigo da fic. Peço a moderação para recomeçar a fic aqui, pois ela está sendo reescrita (por mais que não mude a história, mas vários detalhes) e no outro tópico já tem alguns capítulos antigos postados.
Essa é uma fic que começou no fórum antigo. Estou determinado a terminá-la e há cerca de um mês estou reescrevendo ela e melhorando algumas partes. Ela é de comédia e tem cerca de cinco páginas no word de tamanho. Se você gostar do que ler, peço que comente, pois isso incentiva a continuar forte com o trabalho. Como gesto da minha determinação em terminar a fic, vou abrir o tópico postando os dois primeiros capítulos. Espero que continuem gostando da minha fic. Estou me esforçando para deixá-la cada vez melhor.
Só uma observação antes. Quando eu comecei a escrever fics era lindo colocar sprites no meio do texto. E pretendo manter essa tradição na fic por 2 motivos. O primeiro é que nem todo mundo conhece os pokémons por nome, então é bacana o sprite. E segundo motivo é que os personagens já estão enraizados na minha cabeça como os sprites, então em vez de descrever o sprite, prefiro postá-lo e facilitar a leitura de vocês =D
Pretendo postar novos capítulos regularmente
Boa leitura ^^
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Capítulo 01 - Fora dos Limites
Não era possível definir o local. A única iluminação do ambiente era a luz emanada de uma fraca lâmpada no teto. Um garoto estava sentado no chão, escrevendo num caderno.
“Caso não consiga sair daqui, quero deixar registrado tudo que me aconteceu. Minha intenção em fazer isso é matar minha mãe de peso na consciência pela sacanagem que ela me fez. Existe limite para tudo na vida, até para um castigo.”
“Antes de começar, algumas coisas de extrema importância. Eu NÂO vou deixar minhas camisas de futebol do Celadon Celtics para ninguém. Quero elas enterradas comigo, entenderam? Se meu desejo não for cumprido, juro que volto para assombrar todos vocês!”
“Prosseguindo. Meu nome é Jimmy Klutch, tenho 14 anos e moro em Celadon, no continente Kanto, com a minha mãe. Não me pergunte do meu pai. Numa bela e ensolarada tarde das minhas merecidas férias, acabei tendo um leve atrito com alguns garotos da minha rua durante uma amistosa partida de futebol. Foi aí que tudo começou.”
- Não acredito que você fez isso! – começou minha mãe.
“Nós estávamos na sala lá de casa. Eu estava sentado no sofá enquanto que ela ficava na minha frente andando de um lado para o outro.”
- Acertar o menino com um pedaço de pau?
- A parte que ele quase quebrou minha perna dando um carrinho ninguém comenta, né? – respondi em minha defesa.
- Isso não justifica esse tipo de comportamento. Aliás, isso já está se tornando repetitivo. Semana passada foi ter deixado o nariz do filho de uma das minhas melhores amigas sangrando por causa de outro lance de futebol.
- Eu disse que a cotovelada foi sem querer!! Se não quer contato, que vá jogar vôlei!
- Sempre te incentivei a jogar futebol, pois esse é um esporte coletivo, onde você aprenderia a trabalhar em equipe, além de ser uma atividade saudável. Mas, estou vendo que não é isso que você está aprendendo. Tomei uma decisão! Vou te mandar para um lugar em que você aprenderá outras coisas além de bater nos garotos da rua: a Pika Pika Colony!
“Naquele momento meu mundo tinha acabado. Não que eu tivesse alguma coisa contra pokémons, mais eles não eram minha praia. Nunca tive interesse por esses bichos. Nem passou pela minha cabeça quando fiz 12 anos tentar me tornar um treinador.”
“O lugar para onde minha mãe queria me mandar, a Pika Pika Colony, era uma colônia de férias pokémon. Lá, garotos e garotas de todas as idades passam um mês inteiro aprendendo sobre pokémons. Era o castigo mais absurdo do mundo, fora dos limites do bom senso. Me colocar para estudar no mês de férias e ainda sobre uma coisa que não via graça?”
“Fiquei revoltado na semana que antecedeu minha ida para esse lugar nefasto. Tentei falar para minha mãe que ela estava jogando o dinheiro dela fora, ameacei tacar fogo no meu dormitório, mas nada disso a convenceu de desistir na idéia.”
“Quando o fatídico dia chegou, fomos de carro para Fuschia, local em que o navio partiria. Como se não bastasse, essa colônia ficava numa ilha, impossibilitando qualquer plano meu de fuga.”
“O porto da cidade estava lotado de gente que ia para a Pika Pika Colony. Já dava para ter uma noção da galera com quem iria conviver nas próximas semanas. A maioria era mais nova que eu, provavelmente aspirantes a treinadores querendo adquirir experiência, porém havia alguns da minha idade e até uns mais velhos. Na hora fiquei imaginando qual seria a história de cada um para estar indo, mas concluí que somente eu deveria estar indo contra vontade.”
“Um senhor era muito visado pelos pais presentes. Se tratava do diretor da colônia, o Sr. Johnson, que estava conversando com os responsáveis das crianças e dando detalhes da viagem que faríamos.”
- É uma das embarcações mais modernas que existe. – ele dizia para um pai. – Nós passaremos a noite em alto mar e temos previsão de chegada para o início da tarde de amanhã.
“Fiquei no meu canto, observando toda movimentação no local. Um indivíduo extremamente afeminado me abordou. Ele se identificou como monitor da colônia e me ofereceu ajuda.”
- Quando subir no navio, procure pelas listas nos corredores dos dormitórios. Elas indicarão em qual acomodação o senhorzinho irá permanecer durante nossa magnífica viagem.
“Nem me simpatizei por esse cara. Ele foi o primeiro a entrar na minha lista de malucos a evitar durante o mês. Pouco depois o Sr. Johnson pediu silêncio no local, pois queria dar um comunicado.”
- A embarcação irá partir em poucos minutos! Seus filhos estão prestes a iniciar uma bela experiência em nossa colônia de férias. Podem estar certos de que durante esse mês de estadia na Pika Pika Colony, suas crianças participarão de diversas atividades e aprenderão bastante sobre essas maravilhosas criaturas chamadas de pokémon.
“Em seguida, todos começaram a se despedir de seus pais e caminhar em direção ao navio. Nem dei muita moral para minha mãe. Ela não merecia uma despedida calorosa depois desse castigo sem noção. Após subirmos no navio, todas as crianças ficaram no convés para acenarem aos seus pais antes de partirem, enquanto que eu fui imediatamente procurar meu quarto para deixar minha bagagem.”
“Em cada aposento ficariam quatro pessoas. Demorei um pouco para achar o meu, depois de andar meio perdido pelos corredores do local. Assim que entrei encontrei outro garoto dentro, mexendo em sua mala.”
- Olá! – ele cumprimentou. – Você é um dos meus companheiros de quarto, certo? Meu nome é Max.
- O meu é Jimmy. – respondi, estendendo a mão para cumprimentá-lo de volta.
- É melhor não demorarmos muito aqui. Daqui a pouco terá apresentação dos monitores no convés.
“Coloquei minha mala em cima de uma cama que se encontrava no canto, encostada na parede e segui com o garoto para o convés. Ele me pareceu ser normal e naquela hora entrou para lista de candidatos a conviver pelo próximo mês.”
“Quando chegamos ao nosso destino, nos juntamos a praticamente todos os tripulantes do navio. O monitor afeminado que eu tinha conhecido mais cedo estava ao lado de uma monitora e um monitor vestido de capitão conversando com todos.”
- Vocês estão prontas, crianças? – perguntou o terceiro.
- Estamos, capitão!! – responderam a maioria das crianças no local, porém não todas, o que reforçou minha esperança de conhecer gente normal lá.
- Eu não ouvi direitooo!!
- Estamos, capitão!!!
- Ohhhh...vive no abacaxi e mora no mar... (brincadeira)
“Nesse momento deu para dar mais uma observada no naipe da galera com quem eu conviveria. A maioria era muito nova, como havia constatado anteriormente, mas alguns, como Max, se encaixavam perfeitamente do estereótipo de treinadores pokémon. Imaginei qual era a história de cada um para estar interrompendo seus treinamentos por um mês e indo para a colônia.”
- Meus queridos. – começou a mulher. – Esse mês será muito mágico e especial no coração de cada um de vocês. Quero que por um momento todos parem, fechem os olhos e reflitam sobre o que irão passar no próximo mês.
- Nossa, tia monitora. – disseram a maioria, respirando bem fundo e fechando os olhos calmamente.
“Quinze segundos depois...”
- CHEGA DE RELFETIR!!! Quero todo mundo indo para seus respectivos quartos, AGORA, e sem fazer bagunça!!
“Todos ficaram paralisados olhando para a monitora. Eu fiquei com princípio de crise de risos.”
- VOCÊS ESTÃO SURDOS????
“Iniciou uma correria generalizada para os quartos. Se Max não tivesse me puxado, provavelmente eu teria sido engolido pela multidão frenética correndo desordenada para a área dos quartos.”
“Não foi muito difícil chegar à conclusão de que ficar longe dos monitores era essencial para manter a sanidade durante o mês. No caminho, decidi puxar assunto com meu companheiro de quarto.”
- Você não me parece uma criança feliz. Por que está indo para a Pika Pika Colony?
- Pelos motivos óbvios que qualquer treinador iria.
- Tipo quais? O mundo pokémon não faz muito parte da minha vida, nunca passou pela minha cabeça um dia me tornar treinador.
- Você tá muito ferrado. – respondeu ele me olhando preocupado. – A Pika Pika Colony oferece uma estrutura impressionante para se aprender não só para aspirantes, mas para veteranos também.
- E você no caso é um veterano?
- Sim, estou a dois anos em jornada. Sou natural de Viridian e estou a duas insígnias de atingir o mínimo para disputar a Liga de Kanto ano que vem.
“Antes que a conversa evoluísse muito, chegamos ao nosso aposento. Dentro dele, um outro garoto se encontrava mexendo em sua mala. Assim que nos viu, se pronunciou.”
- Saudações, nobres treinadores! Meu nome é Fonzie Liberatus Forensis II. – disse ele, se curvando. – Neste momento estou organizando meus valiosos pertences para esta viagem, que espero que seja muito agradável e proveitosa a todos nós.
“O meu princípio de crise de risos se tornou um ataque de risos imediatamente. Deitei em minha cama e fiquei dando risada. O garoto nem desconfiou que ele fosse o motivo da graça. Max ficou sem graça com a situação. Minhas gargalhadas só foram interrompidas quando outro elemento entrou no quarto.”
- E ai, galeraaa!! – começou ele. – Tudo de boa com vocês?
“Max foi cumprimentá-lo, enquanto que apenas acenei de longe. Fonzie interrompeu suas atividades, se curvou novamente, e rapidamente voltou ao que estava fazendo.”
- Caramba, vei! Eu não acredito, vei! Que agente tá indo mesmo, vei! É muita emoção, vei! – começou o garoto, empolgado. – Essas férias vão ser demais, vei! A melhor de todas, vei! Sem noção, vei!
- Calma! – disse Max, segurando-o. – Qual é seu nome?
- Meu nome é Pete, vei! P-E-T-E! P de Psyduck, E de Ekans, T de Tyranitar e E de Ekans de novo! Pete! Deu pra entender? Pete!
- Não. Repete? – pedi.
- P de Psyduck, E de...
- Não precisa!! – interrompeu Max. - Você não acha que tem que arrumar suas coisas? Você não quer perder nenhuma atividade no navio, quer?
- Claro que não! Claro que não! Claro que não! Mas é claro que não!! Vou arrumar minhas coisas agora mesmo! Agora mesmo!!
“O garotinho só jogou sua mala em cima da cama e saiu correndo para fora do quarto. Do quarto havia uma janela de onde se observava o mar. Naquele momento já não tinha mais jeito, pois ou era uma fuga a nado ou estava oficialmente indo para a Pika Pika Colony. Admiti que estava indo para a colônia.”
“Todos meus companheiros de quarto saíram, me deixando sozinho no recinto. Abri minha mala, peguei minha camisa do Celadon Celtics e fiquei olhando para ela.”
- Vou sentir saudades.
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Capítulo 02 - Ashton
“No capítulo passado você viu o início da minha saga, com a minha mãe aplicando o castigo mais sem noção do mundo. Você também viu o início da viagem para a Pika Pika Colony.”
“Estava pensando aqui. Será que depois de acharem meu corpo abandonado e apodrecido vão fazer um documentário baseado nesses registros? Já fica a dica do nome: Jimmy Klutch, uma vítima da opressão parental que morreu lutando. Mas enfim, vamos continuar.”
“Após um breve momento de nostalgia no meu quarto do navio, decidi sair e procurar por Max. No meio de tanta gente doida, não faria mal me aproximar de alguém que fosse normal. Perto do convés havia um aglomerado considerável. Imaginei que todos estariam naquele local e me misturei.”
- Muito bem, criançada! – começou o monitor afeminado, se aproximando. – Quem quer ser o primeiro a se apresentar para todos?
“Só nessa hora percebi que era o único da minha idade no lugar. Todos, exceto a mim, levantaram a mão desesperadamente para serem escolhidos. Precisa nem dizer quem foi o escolhido, né?”
- Parece que temos um garotinho muito simpático aqui. – continuou o monitor, me puxando pelo braço. – Por que você não nos diz seu nome?
“Como quero que meu documentário seja visto por pessoas de todas as idades, desde as crianças oprimidas até os pais torturadores, não vou escrever o que pensei em dizer naquela hora.”
- Meu nome é Klutch, Jimmy Klutch.
- Ooooi Klutch, Jimmy Klutch!! – cumprimentaram os outros garotinhos em coro.
- Que nome bonito! – disse o afeminado. – Agora nos fale o quanto você está feliz por estar indo nessa excitante aventura.
- Feliz? Eu to querendo a morte por ter que ir pra esse lugar! Minha mãe me fez vi aqui a força e se tiver alguma oportunidade, nem que seja de jangada, eu vou fugir dessa colônia.
“Todos ficaram me olhando paralisados. Os olhos das crianças chegaram a encher de lágrimas, enquanto o monitor ficou sem saber o que fazer. Nesse momento, vi Max se aproximando.”
- E é por isso que o esporte ajuda a manter as pessoas longe das drogas. Muito obrigado! – disse, saindo devagarzinho.
- Você deve ter dado um discurso muito inspirador. – comentou meu companheiro de quarto. – Eles estão sem reação.
“Em seguida, Max me convidou para ir às arenas pokémon do navio. Ele disse alguma coisa de que queria batalhar contra outros treinadores para não perder um dia de treinamento e tal. Como eu não estava fazendo nada mesmo, aceitei acompanhá-lo. Em sua posse estava um guia da embarcação, o qual peguei emprestado para ler.”
“O local para os treinadores batalharem era consideravelmente grande. Havia cinco arenas e diversos bancos em volta para se sentar. Quando chegamos, não tinha nenhuma batalha em andamento e todos os presentes estavam em volta de um garoto pedindo seu autógrafo. Entretanto, ninguém estava obtendo sucesso.”
- Não, eu não vou dar nenhum autógrafo! – dizia ele, tentando se desvencilhar da multidão.
“Quando me virei para perguntar ao meu companheiro de quarto quem era o garoto tão visado, vi seus olhos brilhando. Não consigo descrever precisamente o que Max devia estar sentindo naquela hora. Era um olhar de admiração, mas desafiador.”
- Ashton Symons, te desafio para uma batalha! – gritou ele meio que instintivamente.
“O barulho no local morreu e todos ficaram calados. Deu agonia do silêncio que se formou. Ninguém parecia estar acreditando no que havia acabado de ouvir. Eu, sem entender nada, havia desistido de perguntar alguma coisa e fui para o banco mais próximo continuar lendo o guia.”
- Só você, nesse navio cheio de fracassados, teve coragem para me desafiar. – começou o garoto. – Admiro sua loucura, mas prepare-se para ser humilhado!
“Assim que o desafio foi aceito e ambos os treinadores foram se posicionar na arena bem à minha frente, a multidão de garotos foi à loucura. Todos ficaram em volta para assistir o que estava para acontecer.”
- Por que essa galera está tão histérica? – me perguntei baixinho.
- Tal esbórnia é perfeitamente justificável, nobre amigo! – disse Fonzie ao meu lado, me matando de susto. – O cavalheiro dos cabelos dourados é simplesmente a maior revelação entre os treinadores do mundo. Ele alcançou a glória máxima ao vencer duas vezes consecutiva a Liga Sinnoh numa idade que ninguém jamais conseguiu.
“Definitivamente não fiquei impressionado. Ele só conquistaria minha atenção se tivesse conseguido ser duas vezes seguida artilheiro da Copa Nacional de Kanto. Como não era o caso, retornei à minha leitura cativa.”
- Vai, Wartortle! – ouvi Max gritar, liberando seu pokémon
- Vai, Empoleon! – ouvi Ashton gritar em seguida, fazendo o mesmo
- Ahhh moleque!!! – deu pra ouvir Pete gritando em meio à multidão. – Eu não acredito, vei! É muito emoção pra um dia só, vei! Vou ver o Ashton em ação, vei! Oquemaiseupoderiaquerernavida??
“Depois disso tudo que ouvia praticamente era o barulho de água voando para todo lado e os espectadores vibrando freneticamente com que estavam presenciando. Volta e meia conseguia entender comentários de um dos meus companheiros de quarto.”
- O insano desafiante está sendo bastante pressionado pela monstruosa força do campeão absoluto. Quanto tempo será que ele vai agüentar? – disse Fonzie.
- Ahhhh!!! Não acredito que o Wartortle conseguiu desviar dessa!! – gritou Pete.
“Alheio a tudo que se passava, terminei o guia. Além das arenas e dos inúmeros dormitórios, o navio ainda possuía um refeitório imenso, uma sala de jogos, uma enfermaria e um centro pokémon. Campo de futebol, que é bom? Nem pensar!”
“Naquela hora já havia passado um tempo considerável desde o início da viagem para a colônia e nada tinha me chamado atenção. Nada até aquele momento.”
- Posso me sentar aqui? – perguntou uma voz muito bonita.
“Uma menina muito linda estava parada na minha frente. Imediatamente disse para que ela se sentasse. Na hora me perguntei como a galera estava preferindo dar atenção a dois bichos se matando na arena a uma garota como aquela.”
- Prazer, meu nome é Jimmy. E o seu?
- Lyla.
“Definitivamente meus conceitos sobre fugir da Pika Pika Colony foram revisados. As férias haviam acabado de se tornar um pouco interessante. Eu já não tentaria fugir da ilha em qualquer jangada, por exemplo. Só numa canoa, talvez.”
- Gosta de batalhas? – perguntei puxando assunto.
- Não muito, apesar de amar pokémons. – respondeu ela. – Só vim para cá porque ouvi pessoas comentando que alguém teve coragem para desafiar meu irmão a batalhar. Geralmente os outros garotos correm dele ou ficam pedindo seu autógrafo.
“Muito interessante como dois irmãos podem ser completamente diferentes. Enquanto o Ashton aparentava ser extremamente xarope, sua irmã era muito simpática e agradável.”
- COMO ASSIM??? – gritou Pete desesperado. – O Wartortle acertou dois golpes seguidos no Empoleon e está tomando controle da batalha!!
“A vibração dos espectadores no local se tornou mais intensa. Ninguém estava acreditando que meu companheiro de quarto estava conseguindo fazer frente ao poderoso bicampeão. Entretanto, nada disso me interessava. Continuei conversando com a garota, contando como havia ido parar indo para a colônia.”
- Sua mãe está te obrigando? Haha! Não acredito. – disse Lyla, encostando a mão no meu braço.
"Fiquei bobo quando ela me tocou. Sua mão era lisa e muito macia. Por alguns segundos, apenas a encarei, sem responder nada. A irmã do xarope não entendeu meu silêncio repentino e fez uma cara de confusa.”
- SEN-SA-CI-O-NAL!! – Pete gritou novamente. – Eu não acredito, vei! Achei que isso fosse impossível, vei!
“Dessa vez até deu curiosidade para ver o que estava acontecendo. O pokémon de Ashton estava caído no chão fora de combate, enquanto que o Wartortle, meio acabado, é verdade, permanecia em pé.”
- Você esteve péssimo! Empoleon, volte! – disse o bicampeão, retornando seu pokémon para a pokébola, enquanto que Max foi abraçar o seu.
“Todos começaram a gritar o nome do meu companheiro de quarto. Era compreensível essa reação do público, afinal, um treinador desconhecido até então havia acabado de derrotar uma sensação global.”
- Vamos sair daqui, Lyla! – disse Ashton, puxando a irmã.
- Ai! Larga de ser chato, não dá pra vencer todas! – respondeu ela, indo junto. – Até logo, Jimmy! Te vejo na ilha.
“Isso foi SIM uma insinuação para mim. Definitivamente eu tinha alguma coisa por aquela garota. Ela era linda, simpática, meiga. Meu pensamento naquela hora era procurá-la assim que chegássemos à colônia.”
- Agora sim o quebra-cabeça está completo. – disse Fonzie repentinamente ao meu lado, me dando outro susto. – O ilustre campeão foi acometido por um sentimento de ciúmes em relação à irmã, abrindo espaço para que nosso nobre amigo pudesse obter êxito na peleja. Finalmente tudo fez sentido.
“Em seguida, se afastou falando sozinho. Provavelmente ele estava certo em sua análise, mas nem cheguei a cogitar essa hipótese perto de Max, que saiu carregado por todos das arenas. Isso também direcionou meus pensamentos para o fato de que Ashton poderia ser um problema em relação à minha aproximação de sua irmã. A princípio não me preocupei com isso e fiquei um tempo pensando na bela garota que havia acabado de conhecer.”
Gênero: Aventura/Comédia
Criei um tópico aqui há cerca de um mês e um usuário me alertou que tinha um tópico antigo da fic. Peço a moderação para recomeçar a fic aqui, pois ela está sendo reescrita (por mais que não mude a história, mas vários detalhes) e no outro tópico já tem alguns capítulos antigos postados.
Essa é uma fic que começou no fórum antigo. Estou determinado a terminá-la e há cerca de um mês estou reescrevendo ela e melhorando algumas partes. Ela é de comédia e tem cerca de cinco páginas no word de tamanho. Se você gostar do que ler, peço que comente, pois isso incentiva a continuar forte com o trabalho. Como gesto da minha determinação em terminar a fic, vou abrir o tópico postando os dois primeiros capítulos. Espero que continuem gostando da minha fic. Estou me esforçando para deixá-la cada vez melhor.
Só uma observação antes. Quando eu comecei a escrever fics era lindo colocar sprites no meio do texto. E pretendo manter essa tradição na fic por 2 motivos. O primeiro é que nem todo mundo conhece os pokémons por nome, então é bacana o sprite. E segundo motivo é que os personagens já estão enraizados na minha cabeça como os sprites, então em vez de descrever o sprite, prefiro postá-lo e facilitar a leitura de vocês =D
Pretendo postar novos capítulos regularmente
Boa leitura ^^
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Capítulo 01 - Fora dos Limites
Não era possível definir o local. A única iluminação do ambiente era a luz emanada de uma fraca lâmpada no teto. Um garoto estava sentado no chão, escrevendo num caderno.
“Caso não consiga sair daqui, quero deixar registrado tudo que me aconteceu. Minha intenção em fazer isso é matar minha mãe de peso na consciência pela sacanagem que ela me fez. Existe limite para tudo na vida, até para um castigo.”
“Antes de começar, algumas coisas de extrema importância. Eu NÂO vou deixar minhas camisas de futebol do Celadon Celtics para ninguém. Quero elas enterradas comigo, entenderam? Se meu desejo não for cumprido, juro que volto para assombrar todos vocês!”
“Prosseguindo. Meu nome é Jimmy Klutch, tenho 14 anos e moro em Celadon, no continente Kanto, com a minha mãe. Não me pergunte do meu pai. Numa bela e ensolarada tarde das minhas merecidas férias, acabei tendo um leve atrito com alguns garotos da minha rua durante uma amistosa partida de futebol. Foi aí que tudo começou.”
- Não acredito que você fez isso! – começou minha mãe.
“Nós estávamos na sala lá de casa. Eu estava sentado no sofá enquanto que ela ficava na minha frente andando de um lado para o outro.”
- Acertar o menino com um pedaço de pau?
- A parte que ele quase quebrou minha perna dando um carrinho ninguém comenta, né? – respondi em minha defesa.
- Isso não justifica esse tipo de comportamento. Aliás, isso já está se tornando repetitivo. Semana passada foi ter deixado o nariz do filho de uma das minhas melhores amigas sangrando por causa de outro lance de futebol.
- Eu disse que a cotovelada foi sem querer!! Se não quer contato, que vá jogar vôlei!
- Sempre te incentivei a jogar futebol, pois esse é um esporte coletivo, onde você aprenderia a trabalhar em equipe, além de ser uma atividade saudável. Mas, estou vendo que não é isso que você está aprendendo. Tomei uma decisão! Vou te mandar para um lugar em que você aprenderá outras coisas além de bater nos garotos da rua: a Pika Pika Colony!
“Naquele momento meu mundo tinha acabado. Não que eu tivesse alguma coisa contra pokémons, mais eles não eram minha praia. Nunca tive interesse por esses bichos. Nem passou pela minha cabeça quando fiz 12 anos tentar me tornar um treinador.”
“O lugar para onde minha mãe queria me mandar, a Pika Pika Colony, era uma colônia de férias pokémon. Lá, garotos e garotas de todas as idades passam um mês inteiro aprendendo sobre pokémons. Era o castigo mais absurdo do mundo, fora dos limites do bom senso. Me colocar para estudar no mês de férias e ainda sobre uma coisa que não via graça?”
“Fiquei revoltado na semana que antecedeu minha ida para esse lugar nefasto. Tentei falar para minha mãe que ela estava jogando o dinheiro dela fora, ameacei tacar fogo no meu dormitório, mas nada disso a convenceu de desistir na idéia.”
“Quando o fatídico dia chegou, fomos de carro para Fuschia, local em que o navio partiria. Como se não bastasse, essa colônia ficava numa ilha, impossibilitando qualquer plano meu de fuga.”
“O porto da cidade estava lotado de gente que ia para a Pika Pika Colony. Já dava para ter uma noção da galera com quem iria conviver nas próximas semanas. A maioria era mais nova que eu, provavelmente aspirantes a treinadores querendo adquirir experiência, porém havia alguns da minha idade e até uns mais velhos. Na hora fiquei imaginando qual seria a história de cada um para estar indo, mas concluí que somente eu deveria estar indo contra vontade.”
“Um senhor era muito visado pelos pais presentes. Se tratava do diretor da colônia, o Sr. Johnson, que estava conversando com os responsáveis das crianças e dando detalhes da viagem que faríamos.”
- É uma das embarcações mais modernas que existe. – ele dizia para um pai. – Nós passaremos a noite em alto mar e temos previsão de chegada para o início da tarde de amanhã.
“Fiquei no meu canto, observando toda movimentação no local. Um indivíduo extremamente afeminado me abordou. Ele se identificou como monitor da colônia e me ofereceu ajuda.”
- Quando subir no navio, procure pelas listas nos corredores dos dormitórios. Elas indicarão em qual acomodação o senhorzinho irá permanecer durante nossa magnífica viagem.
“Nem me simpatizei por esse cara. Ele foi o primeiro a entrar na minha lista de malucos a evitar durante o mês. Pouco depois o Sr. Johnson pediu silêncio no local, pois queria dar um comunicado.”
- A embarcação irá partir em poucos minutos! Seus filhos estão prestes a iniciar uma bela experiência em nossa colônia de férias. Podem estar certos de que durante esse mês de estadia na Pika Pika Colony, suas crianças participarão de diversas atividades e aprenderão bastante sobre essas maravilhosas criaturas chamadas de pokémon.
“Em seguida, todos começaram a se despedir de seus pais e caminhar em direção ao navio. Nem dei muita moral para minha mãe. Ela não merecia uma despedida calorosa depois desse castigo sem noção. Após subirmos no navio, todas as crianças ficaram no convés para acenarem aos seus pais antes de partirem, enquanto que eu fui imediatamente procurar meu quarto para deixar minha bagagem.”
“Em cada aposento ficariam quatro pessoas. Demorei um pouco para achar o meu, depois de andar meio perdido pelos corredores do local. Assim que entrei encontrei outro garoto dentro, mexendo em sua mala.”
- Olá! – ele cumprimentou. – Você é um dos meus companheiros de quarto, certo? Meu nome é Max.
- O meu é Jimmy. – respondi, estendendo a mão para cumprimentá-lo de volta.
- É melhor não demorarmos muito aqui. Daqui a pouco terá apresentação dos monitores no convés.
“Coloquei minha mala em cima de uma cama que se encontrava no canto, encostada na parede e segui com o garoto para o convés. Ele me pareceu ser normal e naquela hora entrou para lista de candidatos a conviver pelo próximo mês.”
“Quando chegamos ao nosso destino, nos juntamos a praticamente todos os tripulantes do navio. O monitor afeminado que eu tinha conhecido mais cedo estava ao lado de uma monitora e um monitor vestido de capitão conversando com todos.”
- Vocês estão prontas, crianças? – perguntou o terceiro.
- Estamos, capitão!! – responderam a maioria das crianças no local, porém não todas, o que reforçou minha esperança de conhecer gente normal lá.
- Eu não ouvi direitooo!!
- Estamos, capitão!!!
- Ohhhh...vive no abacaxi e mora no mar... (brincadeira)
“Nesse momento deu para dar mais uma observada no naipe da galera com quem eu conviveria. A maioria era muito nova, como havia constatado anteriormente, mas alguns, como Max, se encaixavam perfeitamente do estereótipo de treinadores pokémon. Imaginei qual era a história de cada um para estar interrompendo seus treinamentos por um mês e indo para a colônia.”
- Meus queridos. – começou a mulher. – Esse mês será muito mágico e especial no coração de cada um de vocês. Quero que por um momento todos parem, fechem os olhos e reflitam sobre o que irão passar no próximo mês.
- Nossa, tia monitora. – disseram a maioria, respirando bem fundo e fechando os olhos calmamente.
“Quinze segundos depois...”
- CHEGA DE RELFETIR!!! Quero todo mundo indo para seus respectivos quartos, AGORA, e sem fazer bagunça!!
“Todos ficaram paralisados olhando para a monitora. Eu fiquei com princípio de crise de risos.”
- VOCÊS ESTÃO SURDOS????
“Iniciou uma correria generalizada para os quartos. Se Max não tivesse me puxado, provavelmente eu teria sido engolido pela multidão frenética correndo desordenada para a área dos quartos.”
“Não foi muito difícil chegar à conclusão de que ficar longe dos monitores era essencial para manter a sanidade durante o mês. No caminho, decidi puxar assunto com meu companheiro de quarto.”
- Você não me parece uma criança feliz. Por que está indo para a Pika Pika Colony?
- Pelos motivos óbvios que qualquer treinador iria.
- Tipo quais? O mundo pokémon não faz muito parte da minha vida, nunca passou pela minha cabeça um dia me tornar treinador.
- Você tá muito ferrado. – respondeu ele me olhando preocupado. – A Pika Pika Colony oferece uma estrutura impressionante para se aprender não só para aspirantes, mas para veteranos também.
- E você no caso é um veterano?
- Sim, estou a dois anos em jornada. Sou natural de Viridian e estou a duas insígnias de atingir o mínimo para disputar a Liga de Kanto ano que vem.
“Antes que a conversa evoluísse muito, chegamos ao nosso aposento. Dentro dele, um outro garoto se encontrava mexendo em sua mala. Assim que nos viu, se pronunciou.”
- Saudações, nobres treinadores! Meu nome é Fonzie Liberatus Forensis II. – disse ele, se curvando. – Neste momento estou organizando meus valiosos pertences para esta viagem, que espero que seja muito agradável e proveitosa a todos nós.
“O meu princípio de crise de risos se tornou um ataque de risos imediatamente. Deitei em minha cama e fiquei dando risada. O garoto nem desconfiou que ele fosse o motivo da graça. Max ficou sem graça com a situação. Minhas gargalhadas só foram interrompidas quando outro elemento entrou no quarto.”
- E ai, galeraaa!! – começou ele. – Tudo de boa com vocês?
“Max foi cumprimentá-lo, enquanto que apenas acenei de longe. Fonzie interrompeu suas atividades, se curvou novamente, e rapidamente voltou ao que estava fazendo.”
- Caramba, vei! Eu não acredito, vei! Que agente tá indo mesmo, vei! É muita emoção, vei! – começou o garoto, empolgado. – Essas férias vão ser demais, vei! A melhor de todas, vei! Sem noção, vei!
- Calma! – disse Max, segurando-o. – Qual é seu nome?
- Meu nome é Pete, vei! P-E-T-E! P de Psyduck, E de Ekans, T de Tyranitar e E de Ekans de novo! Pete! Deu pra entender? Pete!
- Não. Repete? – pedi.
- P de Psyduck, E de...
- Não precisa!! – interrompeu Max. - Você não acha que tem que arrumar suas coisas? Você não quer perder nenhuma atividade no navio, quer?
- Claro que não! Claro que não! Claro que não! Mas é claro que não!! Vou arrumar minhas coisas agora mesmo! Agora mesmo!!
“O garotinho só jogou sua mala em cima da cama e saiu correndo para fora do quarto. Do quarto havia uma janela de onde se observava o mar. Naquele momento já não tinha mais jeito, pois ou era uma fuga a nado ou estava oficialmente indo para a Pika Pika Colony. Admiti que estava indo para a colônia.”
“Todos meus companheiros de quarto saíram, me deixando sozinho no recinto. Abri minha mala, peguei minha camisa do Celadon Celtics e fiquei olhando para ela.”
- Vou sentir saudades.
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Capítulo 02 - Ashton
“No capítulo passado você viu o início da minha saga, com a minha mãe aplicando o castigo mais sem noção do mundo. Você também viu o início da viagem para a Pika Pika Colony.”
“Estava pensando aqui. Será que depois de acharem meu corpo abandonado e apodrecido vão fazer um documentário baseado nesses registros? Já fica a dica do nome: Jimmy Klutch, uma vítima da opressão parental que morreu lutando. Mas enfim, vamos continuar.”
“Após um breve momento de nostalgia no meu quarto do navio, decidi sair e procurar por Max. No meio de tanta gente doida, não faria mal me aproximar de alguém que fosse normal. Perto do convés havia um aglomerado considerável. Imaginei que todos estariam naquele local e me misturei.”
- Muito bem, criançada! – começou o monitor afeminado, se aproximando. – Quem quer ser o primeiro a se apresentar para todos?
“Só nessa hora percebi que era o único da minha idade no lugar. Todos, exceto a mim, levantaram a mão desesperadamente para serem escolhidos. Precisa nem dizer quem foi o escolhido, né?”
- Parece que temos um garotinho muito simpático aqui. – continuou o monitor, me puxando pelo braço. – Por que você não nos diz seu nome?
“Como quero que meu documentário seja visto por pessoas de todas as idades, desde as crianças oprimidas até os pais torturadores, não vou escrever o que pensei em dizer naquela hora.”
- Meu nome é Klutch, Jimmy Klutch.
- Ooooi Klutch, Jimmy Klutch!! – cumprimentaram os outros garotinhos em coro.
- Que nome bonito! – disse o afeminado. – Agora nos fale o quanto você está feliz por estar indo nessa excitante aventura.
- Feliz? Eu to querendo a morte por ter que ir pra esse lugar! Minha mãe me fez vi aqui a força e se tiver alguma oportunidade, nem que seja de jangada, eu vou fugir dessa colônia.
“Todos ficaram me olhando paralisados. Os olhos das crianças chegaram a encher de lágrimas, enquanto o monitor ficou sem saber o que fazer. Nesse momento, vi Max se aproximando.”
- E é por isso que o esporte ajuda a manter as pessoas longe das drogas. Muito obrigado! – disse, saindo devagarzinho.
- Você deve ter dado um discurso muito inspirador. – comentou meu companheiro de quarto. – Eles estão sem reação.
“Em seguida, Max me convidou para ir às arenas pokémon do navio. Ele disse alguma coisa de que queria batalhar contra outros treinadores para não perder um dia de treinamento e tal. Como eu não estava fazendo nada mesmo, aceitei acompanhá-lo. Em sua posse estava um guia da embarcação, o qual peguei emprestado para ler.”
“O local para os treinadores batalharem era consideravelmente grande. Havia cinco arenas e diversos bancos em volta para se sentar. Quando chegamos, não tinha nenhuma batalha em andamento e todos os presentes estavam em volta de um garoto pedindo seu autógrafo. Entretanto, ninguém estava obtendo sucesso.”
- Não, eu não vou dar nenhum autógrafo! – dizia ele, tentando se desvencilhar da multidão.
“Quando me virei para perguntar ao meu companheiro de quarto quem era o garoto tão visado, vi seus olhos brilhando. Não consigo descrever precisamente o que Max devia estar sentindo naquela hora. Era um olhar de admiração, mas desafiador.”
- Ashton Symons, te desafio para uma batalha! – gritou ele meio que instintivamente.
“O barulho no local morreu e todos ficaram calados. Deu agonia do silêncio que se formou. Ninguém parecia estar acreditando no que havia acabado de ouvir. Eu, sem entender nada, havia desistido de perguntar alguma coisa e fui para o banco mais próximo continuar lendo o guia.”
- Só você, nesse navio cheio de fracassados, teve coragem para me desafiar. – começou o garoto. – Admiro sua loucura, mas prepare-se para ser humilhado!
“Assim que o desafio foi aceito e ambos os treinadores foram se posicionar na arena bem à minha frente, a multidão de garotos foi à loucura. Todos ficaram em volta para assistir o que estava para acontecer.”
- Por que essa galera está tão histérica? – me perguntei baixinho.
- Tal esbórnia é perfeitamente justificável, nobre amigo! – disse Fonzie ao meu lado, me matando de susto. – O cavalheiro dos cabelos dourados é simplesmente a maior revelação entre os treinadores do mundo. Ele alcançou a glória máxima ao vencer duas vezes consecutiva a Liga Sinnoh numa idade que ninguém jamais conseguiu.
“Definitivamente não fiquei impressionado. Ele só conquistaria minha atenção se tivesse conseguido ser duas vezes seguida artilheiro da Copa Nacional de Kanto. Como não era o caso, retornei à minha leitura cativa.”
- Vai, Wartortle! – ouvi Max gritar, liberando seu pokémon
- Vai, Empoleon! – ouvi Ashton gritar em seguida, fazendo o mesmo
- Ahhh moleque!!! – deu pra ouvir Pete gritando em meio à multidão. – Eu não acredito, vei! É muito emoção pra um dia só, vei! Vou ver o Ashton em ação, vei! Oquemaiseupoderiaquerernavida??
“Depois disso tudo que ouvia praticamente era o barulho de água voando para todo lado e os espectadores vibrando freneticamente com que estavam presenciando. Volta e meia conseguia entender comentários de um dos meus companheiros de quarto.”
- O insano desafiante está sendo bastante pressionado pela monstruosa força do campeão absoluto. Quanto tempo será que ele vai agüentar? – disse Fonzie.
- Ahhhh!!! Não acredito que o Wartortle conseguiu desviar dessa!! – gritou Pete.
“Alheio a tudo que se passava, terminei o guia. Além das arenas e dos inúmeros dormitórios, o navio ainda possuía um refeitório imenso, uma sala de jogos, uma enfermaria e um centro pokémon. Campo de futebol, que é bom? Nem pensar!”
“Naquela hora já havia passado um tempo considerável desde o início da viagem para a colônia e nada tinha me chamado atenção. Nada até aquele momento.”
- Posso me sentar aqui? – perguntou uma voz muito bonita.
“Uma menina muito linda estava parada na minha frente. Imediatamente disse para que ela se sentasse. Na hora me perguntei como a galera estava preferindo dar atenção a dois bichos se matando na arena a uma garota como aquela.”
- Prazer, meu nome é Jimmy. E o seu?
- Lyla.
“Definitivamente meus conceitos sobre fugir da Pika Pika Colony foram revisados. As férias haviam acabado de se tornar um pouco interessante. Eu já não tentaria fugir da ilha em qualquer jangada, por exemplo. Só numa canoa, talvez.”
- Gosta de batalhas? – perguntei puxando assunto.
- Não muito, apesar de amar pokémons. – respondeu ela. – Só vim para cá porque ouvi pessoas comentando que alguém teve coragem para desafiar meu irmão a batalhar. Geralmente os outros garotos correm dele ou ficam pedindo seu autógrafo.
“Muito interessante como dois irmãos podem ser completamente diferentes. Enquanto o Ashton aparentava ser extremamente xarope, sua irmã era muito simpática e agradável.”
- COMO ASSIM??? – gritou Pete desesperado. – O Wartortle acertou dois golpes seguidos no Empoleon e está tomando controle da batalha!!
“A vibração dos espectadores no local se tornou mais intensa. Ninguém estava acreditando que meu companheiro de quarto estava conseguindo fazer frente ao poderoso bicampeão. Entretanto, nada disso me interessava. Continuei conversando com a garota, contando como havia ido parar indo para a colônia.”
- Sua mãe está te obrigando? Haha! Não acredito. – disse Lyla, encostando a mão no meu braço.
"Fiquei bobo quando ela me tocou. Sua mão era lisa e muito macia. Por alguns segundos, apenas a encarei, sem responder nada. A irmã do xarope não entendeu meu silêncio repentino e fez uma cara de confusa.”
- SEN-SA-CI-O-NAL!! – Pete gritou novamente. – Eu não acredito, vei! Achei que isso fosse impossível, vei!
“Dessa vez até deu curiosidade para ver o que estava acontecendo. O pokémon de Ashton estava caído no chão fora de combate, enquanto que o Wartortle, meio acabado, é verdade, permanecia em pé.”
- Você esteve péssimo! Empoleon, volte! – disse o bicampeão, retornando seu pokémon para a pokébola, enquanto que Max foi abraçar o seu.
“Todos começaram a gritar o nome do meu companheiro de quarto. Era compreensível essa reação do público, afinal, um treinador desconhecido até então havia acabado de derrotar uma sensação global.”
- Vamos sair daqui, Lyla! – disse Ashton, puxando a irmã.
- Ai! Larga de ser chato, não dá pra vencer todas! – respondeu ela, indo junto. – Até logo, Jimmy! Te vejo na ilha.
“Isso foi SIM uma insinuação para mim. Definitivamente eu tinha alguma coisa por aquela garota. Ela era linda, simpática, meiga. Meu pensamento naquela hora era procurá-la assim que chegássemos à colônia.”
- Agora sim o quebra-cabeça está completo. – disse Fonzie repentinamente ao meu lado, me dando outro susto. – O ilustre campeão foi acometido por um sentimento de ciúmes em relação à irmã, abrindo espaço para que nosso nobre amigo pudesse obter êxito na peleja. Finalmente tudo fez sentido.
“Em seguida, se afastou falando sozinho. Provavelmente ele estava certo em sua análise, mas nem cheguei a cogitar essa hipótese perto de Max, que saiu carregado por todos das arenas. Isso também direcionou meus pensamentos para o fato de que Ashton poderia ser um problema em relação à minha aproximação de sua irmã. A princípio não me preocupei com isso e fiquei um tempo pensando na bela garota que havia acabado de conhecer.”
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