Pokémon Mythology
Olá, visitante! Você pode aproveitar mais o fórum se conectando ou registrando!

Conte uma história, poste uma arte ou um vídeo! Confira os guias de jogos, tire suas dúvidas e compartilhe sua jogatina. Disputa batalhas online com jogadores e participe dos RPGs. Converse sobre qualquer coisa, poste memes, faça novos amigos!
Seja bem-vindo!

Aproveite e entre em nosso Discord está na barra de menu!

Patisserie - Página 2 Pikalove


Participe do fórum, é rápido e fácil

Pokémon Mythology
Olá, visitante! Você pode aproveitar mais o fórum se conectando ou registrando!

Conte uma história, poste uma arte ou um vídeo! Confira os guias de jogos, tire suas dúvidas e compartilhe sua jogatina. Disputa batalhas online com jogadores e participe dos RPGs. Converse sobre qualquer coisa, poste memes, faça novos amigos!
Seja bem-vindo!

Aproveite e entre em nosso Discord está na barra de menu!

Patisserie - Página 2 Pikalove
Pokémon Mythology
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Patisserie

+4
Mineral_Treiner
Bro
Kurosaki Mud
Micro
8 participantes

Página 2 de 2 Anterior  1, 2

Ir para baixo

Patisserie - Página 2 Empty Re: Patisserie

Mensagem por rogerio_sneider Seg 26 Nov 2012 - 13:39

yo, micro-kun. blz? ^^
o chap demorou um pouquinho mais para sair do que o habitual ou é impressão minha?
fim de ano, provas e trabalhos até o pescoço, certo? eu sem bem como vc se sente.. ¬¬'
mas não tem problema. contanto que não desista da fic, não faz mal.
já vou avisando que nenhuma das fanfics que eu acompanhei aqui no fórum foram finalizadas, então conto com vc.. >.>
e não vejo o porque de desabilitar a sing. nenhuma das que eu li precisava disso (e tbm nunca li nada acerca desse assunto nas regras e tutoriais de fics do fórum). é importante em HQs pra não ficar uma confusão de imagens do cacet, que dificultaria no entendimento, mas como as fanfics são completamente escritas, não vejo necessidade disso... '-'

well.. ao chap...
huum.. então deve mesmo ser quem eu imaginei.
mas vc não percebeu mesmo a que pokémon eu tava me referindo? '-'
eu falava de um deoxys.. .-.
e, por ser um pokémon extraterrestre, poderia ter alguma relação com o meteoro que caiu em seguida, mas que vc já revelou ser um simples draco meteor.. (eu disse simples?! o.O nunca ouvi falar de um draco meteor com tanto poder. não quero nem imaginar a força do pokémon dragão que fez aquilo... o.O)
eu realmente pensei que se tratava de um meteoro de verdade, tanto que no chap 2, quando o torch usou mirror move, pensei que ele havia mirado no cotton guard e fiquei confuso quando percebi que havia sido, na verdade, no meteoro.
agora eu entendi como isso foi possível.. xD
mas então quer dizer que alguém contratou os runners (e, pelo visto, uma gangue inteira) para sequestrar (ou assassinar) a Nira. mas com que propósito?
não é por causa do torneio, né?
não acredito que o Sweets-kun seria tão mal perdedor a ponto de tentar algo assim..
e aquela garotinha (Silice oi Silicia? no main post ta diferente do chap, não esquece de arrumar. ^^ - arrumado) vai começar a acompanhá-los ou vai simplesmente capturar um pokémon e ir embora?
acho a segunda alternativa improvável, pois se fosse assim não teria motivo para ela ter aparecido (muito menos estar no mains post.. e.e), mas ja percebi que ela não vai largado do pé do Nate, principalmente depois de descobrir que ele e a Nira não são namorados.. (são os olhos azuis ou a cara de poucos amigos? ¬¬' uahsuhas)
bem... sem mais especulações, hoje.
apenas aquele cara estranho que falou com a Ann, mas que é uma completa incógnita. apenas da para perceber que é conhecido da Espion, junto dessa tal de Yuuki, de quem a ruiva aparentemente não tem lembranças muito boas.. (talvez sejam irmas.. complexo de inferioridade com irmas mais velhas aparecendo do nada em missões difíceis sempre afloram as emoções até dos personagens mais misteriosos.. e.e)

vou ficando por aqui, mas, antes de ir, vou te fazer uma sugestão...
como a fanfic já está no seu 4º chap e segunda página, o que vc acha de postar no main post os títulos deles com o link?
acredito que isso facilitaria um pouco a navegação, principalmente se alguém quiser re-ler um chapter específico.. =D
- implementado =3
ah, e outra coisa.. na recomendação para idades vc colocou "HQ", mas se trata de uma fanfic, não?
vc deve ter pego de um dos guias e esqueceu de arrumar, com tanto o que fazer, né?
está perdoado, só não esquece de arrumar lá depois. ^^
ah, e para o caso de vc ter posto "HQ" intencionalmente, desculpe, mas pq? '-'
- arrumado. ;D

continue com o ótimo texto e sempre dando o melhor de si, pois por melhores que sejamos, sempre temos o que melhorar. ^^
vou ficar esperando pelo próximo chap.
até.. o/

p.s.: então vc gostou do meu outro coment? *--*
eu amo comentar em boas fanfics, mas gosto mais ainda quando meu coment deixa o escritor feliz, pois tenho teoria de que uma fanfic só consegue ser levada até o fim se os coments animam o escritor o suficiente para isso, pois quando a história vai chegando ao fim, este vai perdendo o entusiasmo que tinha no inicio, e a unica coisa que o mantém criando novos chapters e postando-os são seus leitores.
sem falar na importantíssima interatividade entre o escritor e o leitor, principalmente quando chega ao ponto de o escritos conhecer tão bem seus leitores que consegue imaginar as reações de cada um ao lerem determinadas partes de um ou outro capítulo. (somos humanos, não somos? interagir é importante.. ~~)
por isso eu sempre dou muita importância para os comentários, apontando as qualidades ou os defeitos (contanto que sejam construtivos) e sempre comento em todas as fics que eu leio.
uma vez eu li um coment que apenas citava e corrigia TODOS os erros ortográficos da escritora naquele chap e me revoltei. disse que a trama é tão importante quanto a gramática, se não mais, até, e que apontar apenas os erros gramaticais vai mais desmotivar o escritor e faze-lo pensar se é ou não capaz de dar continuidade à sua obra do que incentivá-lo, que é uma das principais importâncias dos comentários.


Última edição por rogerio_sneider em Qua 28 Nov 2012 - 13:43, editado 1 vez(es)

________________
Patisserie - Página 2 5_Sing-sneider
rogerio_sneider
rogerio_sneider
Membro
Membro

Masculino Idade : 30
Alerta Alerta :
Patisserie - Página 2 Left_bar_bleue0 / 100 / 10Patisserie - Página 2 Right_bar_bleue

Data de inscrição : 21/04/2010


Ir para o topo Ir para baixo

Patisserie - Página 2 Empty Re: Patisserie

Mensagem por .Korudo Arty. Seg 26 Nov 2012 - 21:58

Eu sinceramente não sei o que dizer. O capítulo está simplesmente perfeito, cercado de mistérios e perguntas, mas isso é normal para você. Bem, quanto aos erros, é que eu realmente não encontrei nenhum, sabe? Você é muito bom, mesmo. Mas bem, se quer tanto que aponte erros, o único foi o início. Não foi um erro exatamente, mas é que ele ficou levemente confuso, mas conforme fui lendo mais a frente fui entendendo as coisas, mas esse é seu estilo de escrever, você descreve algo ao início de um capítulo que não tem aparente relação direta com o fim do capítulo anterior e nas sequências vai esclarecendo as coisas para que fiquem mais claras.

Com relação ao capítulo, acho difícil eu comentar tudo separadamente, mas vou tentar citar o que mais gostei. Achei bastante perspicaz o modo como conectou as diversas partes umas as outras. Conexões, como diz o título. Os mistérios no capítulo foram o ponto alto e sempre muito instigantes, como já disse, você é simplesmente ótimo em deixar dúvidas pairando no ar sem que você consiga tirá-las da cabeça.

Eu estou meio sem criatividade pro comentário, mas de qualquer forma, parabéns! O capítulo ficou ótimo, mesmo que tenha demorado um pouco para sair, cheguei a pensar que ia desistir de uma fic tão boa.

________________
Patisserie - Página 2 Tu9CIfo
avatar
.Korudo Arty.
Membro
Membro

Masculino Idade : 25
Alerta Alerta :
Patisserie - Página 2 Left_bar_bleue0 / 100 / 10Patisserie - Página 2 Right_bar_bleue

Data de inscrição : 25/09/2009


Ir para o topo Ir para baixo

Patisserie - Página 2 Empty Re: Patisserie

Mensagem por DarkZoroark Ter 4 Dez 2012 - 9:31

Micro o/
Desculpe-me por esta demora, mas agora que estou de férias vou conseguir comentar mais rápido os seus capítulos novos (pelo menos, espero).
Bem, vamos ao capítulo. Vem cá, esses runners tem um dragão lendário ou o que? O.o O tamanho daquele Draco Meteor só pode ter essa explicação ou ser um dragão muito, mas MUITO forte. Eu tinha pensado que era algum desastre natural (como dito em um comentário anterior), mas agora estou é impressionado com tamanha força destrutiva que foi empregada por um Pokémon. Queria ter um assim nos jogos...
A parte em que revelaste que contrataram os runners para assassinar/sequestrar a Nira me lembrou de mais a série Gundam Wing e toda a intriga existente. Isso de pessoas da classe alta contratarem gangues e mercenários para fazerem todo o "trabalho sujo" é algo muito legal de se por em uma fanfic (primeira vez que vejo, mas não deixa de ser verdade).
Por que será que eu tenho a impressão de que vai dar alguma disputa amorosa entre a Nira e a Sicília pelo Nate? Quanto à Espion, estou curioso para saber quem é essa tal de Yuuki (já tenho umas três teorias...). Já li algo dela na Top Chef Pokémon, mas esqueci (passar lá pra ver de novo). Achei apenas um erro:
Batendo os pés, o rapaz deixou as duas moças. Em voz baixa, praguejava e chingava as duas, enquanto elas iam na direção oposta, em direção aos portões de Nuvema.
"Xingava" é com X.
Bom, é isso. Aguardo seu próximo capítulo

________________
Dark Zoroark
Patisserie - Página 2 Tumblr_ohascvRi2P1qemk2io3_500
DarkZoroark
DarkZoroark
Membro
Membro

Masculino Idade : 27
Alerta Alerta :
Patisserie - Página 2 Left_bar_bleue0 / 100 / 10Patisserie - Página 2 Right_bar_bleue

Data de inscrição : 11/04/2011

Frase pessoal : Let's Play!


Ir para o topo Ir para baixo

Patisserie - Página 2 Empty Re: Patisserie

Mensagem por Micro Sex 28 Dez 2012 - 0:09


.:Capítulo 05 - Culpa:.


[Nate]

A grande porta branca se abriu em um estrondo, de modo que toda a casa de banhos pôde ouvir. Um casal que estava ao balcão conversando com Ariane se assustou, dando passagem para o furioso rapaz, que fechava mais a cara a cada passo que dava. A mulher do outro lado do balcão de, u de ombros, e com um suspiro, recebeu o irmão.

- O que foi dessa vez?
- Vim pegar a Gilera. Estamos prontos para ir.

Ariane encarou Nate do rosto até os pés, analisando o irmão. Ela conhecia todas as expressões corporais do mesmo; por exemplo, braços cruzados significavam impaciência, e um olho fechado com o outro aberto significavam interesse. E seus braços não mentiam dessa vez, pois mostravam raiva e nervosismo. Percebendo a ira do irmão, ela não se conteve, e começou a debochar.

- Parece que tem uma mulher te levando à loucura...
- Calada.
- O que ela fez? Não é como se você tivesse que levar mais uma pessoa agora...

O rapaz semicerrou os olhos, com uma cara de "é exatamente isso". Ela deu um sorrisinho, enquanto ajeitava o roupão, e levantou-se do enorme puff no qual ficava sentada a maior parte da manhã. Entrou na porta de "Apenas Funcionários", e voltou de lá segurando um molho de chaves e um capacete. Eram três chaves unidas por um gancho roxo de alpinista, e um chaveiro com uma bússola do tamanho de uma moeda de $100 (tamanho correspondente à moeda de um real). Já o capacete era mais extravagante; era fechado e completamente branco, com várias marcas de mão feitas à tinta. Elas variavam de tamanho e cor, e cada uma era feita no final de cada trabalho concluído, mostrando os progressos do rapaz durante seus sete anos como motoqueiro.

- A Gilera é aquela sua lambreta grandona, né?
- Big Scooter. Não diminua o nível dela ao dessas lambretas simples e feias. E eu vou ter que pegar ela por causa do assento extra.

A paixão do rapaz por motos o levou a nomeá-las e até mesmo desenvolver um certo afeto por elas. Gilera GP800 era a segunda moto mais usada por Nate, devido à velocidade e conforto, além de ter dois lugares fixos e um compartimento extra no qual podia ser acoplado outro banco. Ao receber o capacete, pegou de dentro dele um par de munhequeiras próprias para dirigir, fechou a jaqueta de couro e conferiu o cadarço dos seus sapatos. Colocou o capacete com o visor aberto, guardou as chaves no bolso e despediu-se de Ariane com um abraço, saindo então pela porta da frente. O casal, confuso e assustado, voltou a conversar com Ariane, que já estava acostumada com a situação.

[...]

Nate fechou a porta, e atravessou o quintal, passando pelo portão, se dirigindo ao prédio ao lado. Ele pegou uma das chaves de seu gancho e se abaixou, abrindo a porta de loja da enorme construção comercial. Mal os primeiros raios de luz iluminaram seu interior, o rapaz apertou o botão da chave de sua Gilera, fazendo com que uma das motos piscasse seu farol e emitisse um barulho de alarme.

Sim. Uma das motos.

O galpão estava repleto de outras motocicletas; haviam ao mínimo oito delas. Estavam todas enfileiradas e bem cuidadas, limpas e engraxadas, cada uma de um tamanho e forma diferente. Tinham Scooters, Customs, Nakeds, Streets, Sports e uma Chopper. Gilera era uma das duas Scooters, vermelha e pesada, com cerca de 250kg e três assentos, um ao lado do outro. Nate tateou um pouco a parede mais próxima, acendendo um interruptor com temporizador: após cinco minutos, as luzes se apagariam automaticamente, para economizar energia, e a trava no teto que segurava o portão se abriria, fechando assim o aposento. Mas, agora com a iluminação extra, era possível ver todo o interior do galpão.

O piso era de concreto, liso, mas não o suficiente para se tornar escorregadio. As paredes tinham uma altura de quase três metros, formando um aposento retangular de quase 40m³. Embora fosse amplo o espaço, ele possuía apenas uma entrada: a enorme porta de metal, típica de garagens, que se enrolava no teto. Não haviam janelas, tornando o ambiente seco e um pouco poeirento, cheirando a graxa e borracha; nada que o rapaz ainda não tivesse acostumado. Nas paredes haviam armários e prateleiras repletas de ferramentas, desde aplicadores de graxa às mais variadas chaves inglesas, assim como um pequeno box com pia e vaso ao fundo.

Nate montou em Gilera, como se fosse algo natural, posicionando-se no assento mais próximo do guidão. Ele conferiu a gasolina do tanque e o óleo: tudo perfeito. Girou a chave, e com barulho um pouco mais baixo que o das outras motos, deu a partida, saindo assim da garagem.
Mas mal ele saiu do local, foi abordado por uma voz conhecida.

- Se não é o Nate. Saindo para mais um trabalho?

A mulher mal terminou de falar, a porta da garagem se fechou logo atrás. Alguns "clicks" foram ouvidos, apagando as luzes e trancando o galpão. Nate precisou subir o visor de seu capacete para responder, visto que ele isolava a boca do resto da face, impedindo qualquer som que tentasse sair.

- Oh, professora Juniper. Não sabia que iria tomar um banho hoje logo depois do almoço.

A professora deu um sorrisinho de compreensão. Juniper era uma daquelas mulheres inconfundíveis: sempre com aquele seu penteado vertical e andava sempre trajando seu jaleco. Fora do "comum", ela segurava alguns panfletos debaixo do braço, e uma toalha no ombro.

- Na verdade, tive que vir mais cedo para falar com a sua irmã.
- O que aconteceu?
- Bem... estou procurando uma pessoa... e como vários treinadores vem aqui na sua casa de banhos, decidi perguntar a ela se tinha visto essa pessoa.

Juniper então pegou um dos panfletos e entregou a Nate. O homem virou o papel, de modo a ver sua face escrita, e levou um breve susto ao ver quem estava na foto.

- Parece que um ladrão invadiu o nosso laboratório hoje de manhã.

[Nira]

- Patrat, o Pokémon Sentinela. Usando alimentos armazenados em bochechas, eles podem manter a vigia por dias. Eles usam suas caudas para se comunicar com os outros.

A inconfundível voz feminina e eletrônica da Pokédex apitou. Ao mesmo tempo, imagens tridimensionais de um Patrat apareciam em sua tela, mostrando o animal em seus vários habitats e ações, desde comer a dormir. A poucos metros do equipamento, um Patrat de verdade encarava as duas garotas, fixamente, sem nenhuma reação.
Silicia então guardou sua Pokédex, branca e rosa, dentro da mochila. Com a outra mão, pegou uma Pokébola vazia em seu interior, e apertou o botão do meio, para trazê-la ao tamanho normal.

- Vai tentar capturar um Patrat?

A pergunta de Nira assustou a garota.

- Sim... algo contra?
- Bem. Existem outros Pokémon mais interessantes a serem capturados aqui. Como por exemplo um Scraggy.

Silicia olhou para Nira com um ar de dúvida. Provavelmente desconhecia o que seria um Scraggy. Imaginou uma daquelas marcas famosas de abridores de garrafa, mas nada que a lembrasse um dinossauro anãozinho amarelo vestido de ladrão.

- Vou começar com um mais fácil.

Confiante, Silicia encarou o esquilo. Ainda observante, ele levantou-se, e começou a fazer alguns barulhos estranhos. "O que ela está pensando em fazer?" poderia ser uma das traduções do esquilês. Ele se aproximou uns dois passos da garota, e ela fez o mesmo, ficando um a dois metros de distância do outro.
Como que num reflexo, Silicia arremessou a Pokébola no esquilo. A força era incrível, e a força de vontade da garota era maior ainda; seria um desperdício um arremesso daqueles dar errado.

Pena que ele desviou da bola facilmente.

- Espera, você tentou jogar a bola sem enfraquecê-lo antes?
- Sim... algo errado?
- TUDO! Não é assim que se faz... olhe bem.

Nira pegou uma das suas esferas e lançou ao ar, liberando Lily. A Pokedéx apitou, mas dentro da mochila, não conseguiu formar nenhuma frase, falando apenas alguns sons abafados. Feliz e dançante, Lily cumprimentou o Patrat, que retribuiu com um aceno de cauda.

- Primeiro, você precisa atacar o esquilo.
- Nossa, quanta violência!
- Ué, pensou que ele ia ficar parado para entrar na bola contra a vontade dele?
- Na verdade...

Nira cobriu a face com as mãos, em tom de desaprovação. Depois olhou para a garota loira, que não fazia a menor ideia do que tinha acontecido de errado. Ou ela é muito inocente, ou nunca viu uma batalha na televisão antes, refletiu Nira. Embora fosse uma Chef, ela tinha o conhecimento básico de qualquer treinador: primeiro você enfraquece, depois que se joga a bola.

- Vamos lá, eu não posso capturar um Pokémon como vocês. Apenas treinadores podem fazer isso.
- Sério?
- Sim... você por acaso sabe a função de um Treinador?

Silicia inclinou o rosto em dúvida. Nira deu outro facepalm.

- A função de Treinadores é capturar e fortalecer Pokémon, para que as outras profissões possam usá-los. Quando você deposita um Pokémon em uma box, ele passa para uma conta global de "empréstimos" de Pokémon, para ser usado por uma outra pessoa... em pesquisas, shows, trabalhos domésticos...
- Ah! Por isso que o sistema B.O.X. geralmente fica escrito "Someone's PC"?
- Isso. Nem todos nós podemos capturar Pokémon contra a vontade deles. Eles podem se tornar rebeldes e agressivos conosco. A função do treinador é capturar e treinar os selvagens, para que se acostumem com o convívio humano, e fortalecê-los ou evoluí-los para estudos. É basicamente uma das profissões mais importantes atualmente.

Os olhos de Silicia se encheram de luz. Ela se sentia importante. Nira preferiu ignorar a reação da garota, e continuar com a explicação.

- Nós, Chefs, só podemos ter Pokémon através de presentes e trocas, ou caso o próprio Pokémon queira ficar conosco. Eu conheço Lily e Scott desde pequena, e eles quase que pediram para serem capturados... então pude ter eles comigo.

Nira olhou para Lily com um bocado de fraternidade. Lembrou-se rapidamente de alguns momentos de sua infância, e sentiu um pouco de nostalgia, mas logo recuperou a postura com sua pequena "discípula".

- Enfim. Acho melhor você capturar logo esse Patrat.
- Mas eu não tenho como enfraquecê-lo.
- Huh? E o seu inicial?
- Não recebi.

Nira começou a levantar suspeitas. Silicia supostamente era uma treinadora, mas não sabia o que ela devia fazer, e não havia recebido nenhum inicial da Professora. Nem sequer a Pokedéx ela sabia usar, visto que a garota tinha apertado vários botões aleatoriamente para ligá-la pela primeira vez. Tudo era muito estranho, para uma garota rica e bonita como ela começar uma jornada como uma criança qualquer.

- Então, pegue a sua Pokébola de novo. Eu posso te emprestar a Lily desta vez.

Silicia andou em direção ao Patrat. O esquilo fugiu para dentro da floresta; ele não seria necessário novamente no local, deixando a esfera tecnológica intocada no local onde estava. A garota abaixou-se, de modo a pegar a esfera com ambas as mãos. Mas a esfera desapareceu.
Ok, na verdade, ela não desapareceu. Uma mancha negra passou entre a humana e a máquina em alta velocidade, recolhendo a esfera consigo. Quando as duas meninas perceberam que tinham sido roubadas, já era tarde: o vulto já tinha desaparecido de cena.

[Nate]

O rapaz pagou o pedágio da Rota 1. Todo o tráfego entre cidades era controlado por pequenos postos de guarda, os quais cobravam uma pequena taxa de transição para a passagem de veículos. E mesmo sendo construído recentemente, o Posto de Nuvema já funcionava perfeitamente como qualquer outro posto. Retirando algumas moedas de valores variados de seu bolso, entregou-as para a mulher dentro da cabine, que após contá-las apertou um botão, liberando a passagem da moto.
Nate simplesmente odiava ter que pagar o pedágio. Por isso, fechou a cara para a mulher, que sentiu-se ameaçada de morte durante todo o processo. Mal o acesso foi liberado, ele acelerou, deixando o posto de guarda para trás.

Embora fosse uma rota para treinadores, ela não era completamente selvagem. Atravessando-a ao meio, uma rodovia conectava a cidade de Nuvema e Accumula, a qual vários veículos mais pesados usavam como modo principal de locomoção. Às margens da rodovia, vários treinadores caçavam Pokémon nos matos próximos. Como o trânsito estava terrível, Nate decidiu sair da rodovia principal, e deste modo pôde acelerar ao máximo no terreno rochoso das redondezas.
Enquanto dirigia Gilera, Nate apreciava a paisagem. As folhas das árvores se soltavam nesta época do ano, e então eram levadas pelo vento, em movimentos uniformes, por toda a rodovia. Aquelas ondas de folhas amarelas e alaranjadas, aos poucos, cobriam o terreno de terra descoberto, e formavam um piso dourado para os pedestres e Pokémon. Era uma rota relativamente calma; além dos barulhos dos carros, podia-se apenas ouvir o estalo das folhas ao serem esmagadas por Gilera.

- Merda... já atravessei mais de metade da Rota... e nem sinal delas... onde será que elas estão?

Embora o rapaz não movimentasse a cabeça, seus olhos não ficavam quietos dentro do visor. Os sete anos de carreira desenvolveram uma visão aguçada para Nate, que o tornava capaz de identificar qualquer pessoa num raio de 1km. E a rota era muito menor do que isso. Ele então encostou a moto e levantou seu visor, levando o pulso à face. O Xtransceiver abriu na lista de contatos, e o rapaz selecionou "Verdanturf", iniciando assim uma chamada.
Do outro lado da linha, a garota atendeu à chamada de vídeo. Seu rosto estava muito suado, e estava completamente descabelada. A paisagem ao fundo mudava velozmente, como se ela estivesse correndo muito rápido.

- Ei, já estou na metade da rodovia! Onde estão vocês?
- Ah, não sei! Acho que estamos quase chegando em Accumula...

Nate piscou os olhos com força. Pensou ter ouvido mal... afinal, não tinha como aquelas duas garotas terem corrido dois quilômetros naquele tempinho em que esteve fora. Mas suas suspeitas acabaram com outra voz ao fundo.

- Ei, Nira, aquele não é o Nate?

Nira virou para trás, para responder Silicia, mas acabou desviando o olhar para onde a garota apontava. Ela esbugalhou os olhos, e gritou rapidamente no relógio.

- Se abaixe!

Sem pensar duas vezes, Nate jogou-se da moto. Ele mal tocou o chão, um vulto razoavelmente grande pulou a moto, justamente no local onde o garoto se encontrava. Logo de trás da moita, as duas garotas também apareceram. O rapaz começou a reclamar.

- Mas que merda...
- Esse Pokémon nos roubou! Atrás dele!

O homem suspirou. Montou-se na moto, com as duas garotas sentando logo atrás, e deu partida, atrás do vulto.

- Ao menos, digam oi... algo assim...
- Ah, oi.
- Olá.

Nate voltou a olhar para frente, e pegou dois capacetes menores, que estavam pendurados no guidão, entregando-os às garotas. Os dois eram negros e idênticos, sem nenhuma diferença aparente. Mas os capacetes não eram o tópico principal do momento, e sim o vulto correndo na sua frente. Os carros ao lado pareciam ignorar a presença da moto e do Pokémon, facilitando na discrição de ambos.

- Sabem que pokémon é esse?
- Eu acho que vi um vulto na ponte, no dia do meteoro... mas este é maior e mais rápido do que o que eu tinha visto, então acho que não são os mesmos.

Nate sentiu-se super agradecido com a informação adicional. Pena que não ajudava em nada. Ele então aguardou a resposta da garota loira, que parecia cochilar no terceiro assento. Nira precisou cutucar Silicia para fazer a pergunta.

- E você, Silicia?
- Eu o quê?
- Sabe que Pokémon é esse?
- Ah, claro. É um Lillipup.

Os dois olharam boquiabertos para a garota. Como ela poderia saber de algo assim?
Mas foram rapidamente respondidos quando ela retirou um objeto de sua bolsa.

- Ele foi adicionado à Pokedéx hoje mais cedo.

A menção à palavra Pokédex fez a cabeça de Nate estalar. Ele se lembrou de algo importante... mas deveria esperar mais um pouco... não era o momento certo para perguntar. Ele se concentrou apenas em seguir o cachorro, pilotando a sua Scooter.

[Silicia]

A garota sentia-se cansada pela viagem.
Depois de horas correndo atrás do vulto, acabaram chegando em Accumula. Já era quase meio dia, quando perderam o Lillipup de vista, e decidiram fazer uma pausa para o almoço. Decidiram estacionar em um restaurante familiar, próximo ao Centro Pokémon, localizado no centro da cidade. Não era um estabelecimento muito grande, mas tinha vista para toda a praça e, do outro lado, para uma mansão no topo de uma colina.

Nate pediu um prato feito, típico de motoristas de estrada. As duas garotas estranharam o tamanho do prato do rapaz, e então pegaram algo mais leve, composto principalmente de salada e carne branca.

- Vão comer só isso?

O homem falava enquanto mastigava, fazendo alguns barulhos estranhos. Silicia achou nojento, mas Nira apenas olhava para a comida, hesitante.

- A alface não foi lavada corretamente... e a carne, mais crua impossível. Alguns destes tomates estão em fatias desproporcionais... eles chamam essa espelunca de restaurante?
- Cala a boca, e come. Não é todo dia que você vai a um restaurante chique sem ser reconhecida, não é?

Nira respirou fundo, e lembrou-se que estava sendo procurada, por ser uma cozinheira famosa. O segredo já tinha sido descoberto por Silicia, que concordou em ficar em silêncio sobre o assunto. Mas mesmo assim, a grosseria do rapaz deixava Silicia incomodada. Era como se ele estivesse tratando as duas garotas como se fossem... homens.

- Mas e então, o que foi que o Lillipup roubou de vocês?
- A minha Pokébola especial.

Nate parou de mastigar por um segundo. Ele não acreditava que tinha feito aquela corrida toda por causa de uma estúpida Pokébola.

- Tudo isso por apenas $200?
- Não... a Pokébola dela não era comum. Acho que era importada de Johto.

Silicia pegou um embrulho dentro de sua mochila, revelando ser a embalagem de uma Pokébola importada.

"Friend Ball; uma Pokébola feita a partir de frutos capaz de deixar qualquer Pokémon mais amigável. Por apenas $20.000 no cartão, ou em dez vezes sem juros!" repetiu Silicia, com uma voz um pouco robótica, como se fosse uma daquelas garotas-propaganda da televisão. Nate deixou escapar um sorriso, enquanto Nira tentava imitar a mesma voz. Os dois pareciam distraídos o bastante para que Silicia fizesse aquilo novamente.

Rapidamente, deu uma olhadela pelo ombro. Não, ele não estava ali.

Sempre que pudia, a loira olhava, para ver se aquele homem estaria a seguindo. Depois do que ela fez, era provável que ele já tivesse sido chamado para buscá-la. Um pouco mais aliviada, Silicia deu sua primeira garfada.

Mas ela já suspeitava que seu segredo não duraria muito. Sabia que aquela felicidade clandestina seria, aos poucos, descoberta, e transformada num mar de culpa.

Notas do Autor

Haha, desculpem a demora. Este capítulo foi mais difícil de ser feito, visto que eu já tenho a história toda feita na minha cabeça. E então eu não sabia onde e nem como parar. Sério, quase que eu fiz catorze páginas do word para apenas este capítulo.

Não estarei respondendo mais aos comentários. Acho que isso estraga a dinamização da leitura. Mas saibam que eu li todos :3 Rogério, Arty e Zoroark, obrigado por acompanharem essa fic.

Acho que abrirei um tópico de enquetes onde são feitas perguntas aos personagens. E dependendo das perguntas, eu posso respondê-las. Algo como data de nascimento, comida favorita, tamanho do órgão genital... coisas simples assim. Mas nada que comprometa com o futuro da história.
Micro
Micro
Membro
Membro

Masculino Idade : 27
Alerta Alerta :
Patisserie - Página 2 Left_bar_bleue0 / 100 / 10Patisserie - Página 2 Right_bar_bleue

Data de inscrição : 04/02/2010

Frase pessoal : destination unknown


Ir para o topo Ir para baixo

Patisserie - Página 2 Empty Re: Patisserie

Mensagem por rogerio_sneider Sex 28 Dez 2012 - 13:46

Micro, seu crápula! Como assim não vai responder coments? T.T
Como assim atrapalham a dinamização da leitura? Hidoi desu.. T.T
Bem, a decisão é sua. Se vc acha melhor apenas postar os chapters, tudo bem... Mas saiba que, para mim, as respostas aos coments são tão importantes quanto os coments são para vc... -.-

Well... à fanfic...
Como já era de se esperar, não encontrei praticamente nenhum erro, a não ser um de digitação, no final do primeiro parágrafo, e acho que mais um outro tão imperceptível que eu nem me dei ao trabalho de copiá-lo para corrigir. (estava muito concentrado lendo.. e.e)

Huuuum....
Parece que a Silicia-chan andou fazendo algo de errado... e, pelo main post, acho que alguém encontrará seu ladrãozinho.. e.e
Bem, parece o pokémon perfeito pra ela, tendo em vista o que eu suspeito. auhsuahsuahs
Sabe, Nate tem uma personalidade bem simples até, depois que se conhece. Talvez seja pq ele é muito expressivo e isso torna mais fácil de entende-lo.
Não me admira a reação de Ariane ter sido algo casual. Acho que ela já deve estar acostumada com o irmão entrando aos trambolhões na casa de banhos, causando tumulto.
Eu fico pensando... Silicia vem de uma família rica, como a família que quer o pescoço de Nira. Será que a garota poderia ter alguma pista de quem seja? Não acho que ela teria um envolvimento maior nessa história, uma vez que ela não conhecia a outra anteriormente.
Dei uma passadinha no main post para ver como estavam as coisas e reparei em uma mudança e em algo que eu ainda não tinha reparado.
O que eu não tinha reparado: o time de Nate é "nenhum". Isso significa que ele não precisa de nenhum pokémon com aquele taco, certo? aushaushaush
E agora a mudança da qual falei: O time de Chris.
Antigamente ele possuía dois pokémons do tipo fogo, que foram usados no primeiro capítulo. Eu sei que o main post sofreu algumas alterações e que por alguns dias não constava o Team de nenhum mas, uma vez que vc os tenha acrescentado novamente, ficaria estranho se abster de colocar os pokémons do Sweets e apenas colocar um simples "Desconhecido", o que me leva a acreditar que seus pokémons mudaram, mas porque?
Bem, tenho minhas suspeitas, mas nada que eu queira dividir no momento.. e.e
aushaushausuahsuahsuahs
Sabe, inicialmente eu acreditava que a Espion trabalhava em uma organização ilegal, mas agora acredito que ela seja uma agente semelhante ao Looker de Pokémon Platinum, principalmente pelo fato de Ann poder saber o suficiente sobre o que está acontecendo sem fugir para contatar as autoridades. (se bem que ela pode estar esperando um grande furo de reportagem para depois denunciar...)

Hum.. não sabia onde parar o chap e ja tinha feito 14 paginas do word...
PQ NÃO POSTOU AS 14 NUM SÓ CHAP?!!!! lolololololol~~~~ *apanha* (Silyn-chan feelings.. e.e)
auhsaushauhsauhsuahsuahs
Bem, pelo menos sabemos que os proximos chaps chegarão mais rapidamente, pelo menos, né? e.e
Acho que vou ficando por aqui. Quase morri rindo com a péssima captura da Silicia e com os diversos facepalms da Nira. aushuahsuahush
Vou ficar esperando pelo proximo chap, tendo ou não respostas aos coments. >.>
Até... o/

________________
Patisserie - Página 2 5_Sing-sneider
rogerio_sneider
rogerio_sneider
Membro
Membro

Masculino Idade : 30
Alerta Alerta :
Patisserie - Página 2 Left_bar_bleue0 / 100 / 10Patisserie - Página 2 Right_bar_bleue

Data de inscrição : 21/04/2010


Ir para o topo Ir para baixo

Patisserie - Página 2 Empty Re: Patisserie

Mensagem por DarkZoroark Ter 8 Jan 2013 - 20:14

Micro o/
Demorei demais mas cheguei. Achei que já tinha comentado, mas foi só agora que vi que não o tinha feito ^^'. Peço-lhe mil desculpas. Enfim, cá estou eu e o meu comentário perdido.
Adorei o capítulo. Muito bem feito, como sempre. Acho que a coleção de motos do Nate combinou bastante com a personalidade dele. Se bem que uma dezena de motocicletas guardadas em uma garagem é quase fanatismo.
Cara, respeitei esse Lillipup. Tens pra trocar um assim? Nunca consegui encontrar um que fosse rápido assim. É esse o ladrão que apareceu mais cedo? Achei que era um outro camaradinha. Ajudasse comprovar uma teoria minha: Garotas ricas e mimadas desde a infância são burras como uma pedra. Certo que é novata, mas que tem que enfraquecer o oponente, como a Nira disse, é informação básica. Quero ver como que ela irá capturar o pequeno cão.
Antes de ir, devo dizer que concordo com o rogerio, afinal, como ele disse, responder aos comments é tão importante quanto recebê-los. Aguardo seu próximo capítulo.

________________
Dark Zoroark
Patisserie - Página 2 Tumblr_ohascvRi2P1qemk2io3_500
DarkZoroark
DarkZoroark
Membro
Membro

Masculino Idade : 27
Alerta Alerta :
Patisserie - Página 2 Left_bar_bleue0 / 100 / 10Patisserie - Página 2 Right_bar_bleue

Data de inscrição : 11/04/2011

Frase pessoal : Let's Play!


Ir para o topo Ir para baixo

Patisserie - Página 2 Empty Re: Patisserie

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 2 de 2 Anterior  1, 2

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos