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Mensagem por .Korudo Arty. Qua 14 Nov 2012 - 20:37

TMT Remake
~ Mágios

Introdução

Sem o conhecimento dos humanos existe uma cortina tênue que separa dois mundos gêmeos, que surgiram ao mesmo tempo nos primórdios de suas vidas e que provavelmente se extinguirão de modo também simultâneo quando chegar o momento. O primeiro deles é de completa - ou quase completa - ciência dos homens. Este é o mundo humano, explorado e deplorado pela ganância que habita o coração de boa parte dos seres chamados de "inteligentes". O segundo nunca foi visto por nenhum ser humano, é um mundo mágico onde os seres "inteligentes", semelhantes a humanos, desenvolveram capacidades que eles poderiam chamar de "mágicas", mas que para estes seres é normal em absoluto. Estes "magos" cruzam os dois mundos de modo displicente, não que um único consiga viajar entre um lado e outro da fronteira, mas sim em sua nascença. Alguns nascem no lado mágico, outros bem aqui, no mundo humano, sem que nenhum ser humano os descubra, um ajudando o outro a se esconder sem renegar sua natureza.


Capítulos

♦ Capítulo 1 - Princípio
♦ Capítulo 2 - Palacete

Capítulo 01 — Princípio

O corpo do garoto se movia incansavelmente na cama de solteiro forrada com lençol branco. De tanto se remexer ele já havia jogado o edredom no chão e deixado todo amassado o travesseiro. Porém, era normal que o jovem Brendan fosse irrequieto durante o sono, principalmente quando tinha pesadelos como aquele que o incomodava agora.

Ultimamente ele tinha tido muitos pesadelos, majoritariamente com um homem de capuz, bem ao estilo daqueles filmes infantis de fantasia em que bruxos malignos de vestem sempre de preto e escondem o rosto como se para assustar mais o inocente adversário que se acuava diante de todas as suas habilidades mágicas.

Por sorte, foi desperto de seu pesadelo por um barulho estranho. Ele não conseguia ter certeza devido a sonolência, mas lhe parecia que sua mãe discutia com alguém. Levantou-se esfregando os olhos de modo preguiçoso e deu passos vacilantes até o banheiro de frente para a porta de seu quarto. Não deixou de notar que assim que ele abriu a porta de seu quarto a que dava para a rua, e onde aparentemente sua mãe estava, se fechou bruscamente. Mas como estava com muito sono ele ignorou aquilo, ao menos naquele momento, e se despiu já dentro do banheiro, pronto para tomar um banho.

[...]

Após um longo e revigorante banho Brendan foi até seu quarto novamente e colocou uma roupa casual. Uma “T-shirt” branca e uma bermuda jeans escura. Depois de ter trocado completamente de roupa o adolescente se dirigiu a cozinha, onde um sanduiche de queijo e presunto o esperava ainda quente. O garoto se aproximou da mãe, que lavava dois copos na pia e lhe deu um longo beijo no rosto. Mesmo que aparentasse que não tivesse notado, Brendan sentiu que sua mãe estava muito tensa.

Sentou-se em uma cadeira que ficava de costas para a mulher e deu uma bela mordida no sanduiche, emitindo um som abafado de agrado. Sua mãe, além de uma ótima repórter, também era muito boa na cozinha e ele nunca entendia como ela tinha essa capacidade mística de preparar comidas tão deliciosas. Ele bebericava ainda um copo de suco de laranja nem muito gelado e nem muito natural. Ele já estava no quarto pedaço e no quinto gole de suco quando se lembrou da discussão de mais cedo.

— Ah! Mãe, com quem a senhora conversava hoje quando eu acordei? – ele nem se deu ao trabalho de fitar sua mãe, falara com naturalidade.

Porém, conseguiu ouvir nitidamente quando algo de vidro se chocou contra o fundo metálico da pia. Mesmo que ainda continuasse concentrado em seu café da manhã ele sabia que a mãe havia ficado muito assustada com a pergunta.

— Nada Brendan, era apenas um vendedor desses que passam oferecendo coisas com preços absurdos de porta em porta. – Brendan estreitou os olhos ao notar certa incerteza na voz dela.

— E por que fechou a porta na cara dele assim que eu saí do meu quarto? – ele sabia que estava cercando sua mãe de todos os lados e uma hora ou outra ela teria de ceder.

— Porque... porque... – ela demorou alguns segundos vasculhando nervosamente sua imaginação buscando uma desculpa e finalmente encontrou uma não muito satisfatória, mas que talvez aplacasse a curiosidade do jovem – Porque ele estava vendendo aquelas revistas em quadrinhos malucas que você tanto gosta. Eram repetidas, eu já vi você com algumas edições bem semelhantes àquelas, mas sabia que ia querer uma delas só por capricho.

“Aaahh...” foi o que Brendan respondeu, mesmo tendo certeza absoluta de que ela mentia, realmente, sua mãe não era muito boa em esconder a verdade.

Na rua em frente a casa se encontrava uma homem de vinte e dois anos, alto, forte e com feições neutras. Ele se vestia de uma forma diferente. Blusa de maga longa e calça justa negras, tênis escuros e um boné que fazia sombra em seus olhos. De braços cruzados ele olhava incessantemente a residência de Brendan, sem demonstrar qualquer reação tediosa. Porém, ao mesmo tempo em que o adolescente terminava o interrogatório com a mãe o adulto se virava para o outro lado da rua.

Pela primeira vez desde que batera à porta da casa de Brendan ele expressara uma emoção. Aliás, uma bem positiva, ele deu um sorriso fino de canto, como se algo o agradasse muito.

— Ora, ora. O garoto é bem curioso. Isso é bom, isso é muito bom – ele balbuciou consigo mesmo, em seguida, olhou desconfiado para todos os lados como se para checar se estava sozinho na rua e depois de constatar afirmativamente ele cerrou os punhos e os olhos e sussurrou – Hariak.

Em segundos seu corpo tornou-se apenas uma estranha forma humana energética de cor branca e se desfez velozmente como se fosse soprado por um vento metafísico.

[...]

— ... e diversas pessoas inocentes foram mortas pelas ações da Igreja Católica da era medieval. – naquele momento a professora de história já estava bem próxima à cadeira do garoto – Certo, - ela olhou os alunos e ergueu as mãos espalmadas a meio metro da mesa, próximas aonde a cabeça de Brendan repousava virada para parede. Em um único rompante ela chocou as mãos contra a superfície plana, fazendo um barulho ensurdecedor que despertou um Brendan bem mais que assustado – senhor Brendan?

Toda a sala irrompeu em risadas histéricas que deixou o garoto de cabelos castanhos completamente vermelho.

— Pelo visto alguém não teve uma boa noite de sono hoje, certo? – a mestra indagou, sorrindo suavemente para Brendan.

Victoria era, sem dúvida, a melhor professora do sexo feminino de toda a escola. Bonita, de feições suaves mas determinadas, corpo muito apreciado pelos garotos, olhos castanho-claros faiscantes e médios cabelos entre o chocolate e o vermelho escuro ela ainda era muito simpática, adorava seus alunos, mesmo que não permitisse bagunça e conversas fora do assunto durante suas aulas. Ela não via a necessidade obrigatória de nenhum aluno precisar ficar assistindo suas aulas caso não desejasse, por isso ela permitia que eles se retirassem da sala ou dormissem durante sua explicação, mesmo que sempre frisasse seu desagrado quanto a respostas tão displicentes a algo sério como história.

— Desculpa, Victoria – ele disse, sorrindo sem jeito – é que eu realmente tô com muito sono!

Ela fechou os olhos e deu um sorriso compreensivo. Afagou debochadamente os cabelos castanhos do garoto e disse:

— Tudo bem, volte a dormir minha “criança”. Mas depois não me faça voltar o assunto, sim?

Ele fez um sinal positivo com o dedo e deitou novamente a cabeça na carteira. Porém, depois de ser acordado tão bruscamente não conseguiu dormir e mesmo que sua cabeça continuasse repousada sobre a mesa ele passou a fitar a professora, prestando intensa atenção ao que ela falava. Outra capacidade da mulher era a de conseguir prender a atenção dos alunos como nenhum outro professor ou professora sabia fazer.

E assim prosseguiu a aula até que o sinal tocasse, sinalizando o fim do terceiro tempo e os primeiros segundos do intervalo. Brendan se levantou, sentindo seu estômago sinalizar sua falta de alimento pela terceira vez nos últimos trinta minutos.

— E então, aprendeu algo do assunto, Brendan? – a professora indagou, sempre com seu sorriso cativante no rosto.

— Que bruxas devem ir parar na fogueira! – ele disse, erguendo o braço direito brincalhão. Porém, viu que o sorriso de Victoria se desfez como se não entendesse o sentido da piadinha e ele tentou se desculpar – Digo, entendi que a Igreja Católica caçava todos aqueles que eles imaginassem que e... – mas ele foi interrompido por Victoria.

— Não. O que você tem de aprender é que nem todo mundo que prepara chá prepara poção e que nem todos os que mexem com ervas merecem a fogueira. – ela sorriu e guiou o adolescente pelos ombros até fora da sala – agora o senhor me dê licença que eu preciso corrigir uma provas e você precisa muito – ela frisou o muito – dormir, certo?

Brendan deu uma risada descontraída, mas nem teve tempo de resposta, já que a jovem já se afastava a passos apressados. Brendan então se dirigiu a cantina do local, querendo matar sua fome.

— E aí, Brendan, pegando a professora mais linda do colégio! – era Dylan, seu melhor amigo, ao que o garoto respondeu com um olhar hostil – foi uma brincadeira, “garanhão”!

O moreno revirou os olhos e se aproximou do balcão onde seu amigo se encontrava. Ele pediu um x-burger com porção extra de queijo e uma coca-cola. A tia da cantina assentiu e foi preparar o lanche que ele pedira. O garoto se virou para o amigo e disse:

— Às vezes, Dylan, você tem umas piadinhas muito sem graças e sinceramente inúteis!

— Nossa, Brendan, sinceridade está a mil aí, hein! – ele respondeu e Brendan não falou nada, continuou a olhá-lo – tudo bem, desculpa de novo. Não faço mais esse tipo de piada.

Dylan era um garoto muito de bem com a vida. Tinha dezesseis anos assim como Brendan e adorava fazer brincadeirinhas e piadas. Algumas vezes suas brincadeiras passavam do ponto e seu melhor amigo, que ele conhecia a mais de nove anos, o repreendia rigidamente. E mesmo que por um lado ele acabasse sendo incômodo por muitas vezes, por outro ele sabia ser consciente e admitir que determinada gracinha não caíra bem. Fisicamente ele tinha o cabelo mais claro que o de Brendan, a mesma altura que ele, olhos escuros, corpo esbelto e rosto bonito assim como o amigo. Os dois mantinham uma amizade muito próxima e não escondiam que se consideravam irmãos.

— O que pediu, garoto – uma atendente disse, estendendo um prato com o sanduiche e uma lata vermelha com o nome da empresa de refrigerantes. Brendan tirou uma nota do bolso e entregou a mulher, recebendo o troco e indo se sentar em uma mesa com Dylan.

Os dois conversaram sobre diversos assuntos durante todo o tempo que ficaram sentados na mesa redonda e branca da cantina do colégio. Algumas garotas passavam perto dos dois e lançavam sorrisinhos bobos, a maioria delas não eram lá muito bonitas e isso afastava a ambos, principalmente quando uma garota usando calças largas e blusão branco se aproximou de Dylan pro trás e sussurrou palavras indecentes em seu ouvido. Porém, em dado momento Brendan parou de falar e sua feição adquiriu traços que se encontravam entre a fascinação e um indicador de pensamentos distantes.

Dylan olhou para trás de si, onde os olhos de seu amigo estavam cravados incessantes, e visualizou o alvo como esperava. A cerca de sete metros deles estavam uma garota de cabelos castanhos escuros presos em uma trança muito bem feita, saia colegial mais de um palmo acima do joelho e uma blusa levemente folgada, mas curta que mal cobria sua barriga e de cor branca, com estampas de diversas imagens, carros, pontes e nomes em inglês, nos pés ela usava uma sapatilha azul escura com um laço próximo aos dedos. A garota tinha uma beleza que cativava a todos sem exceção alguma. Os meninos ficavam inteiramente fascinados e as meninas completamente invejadas. A adolescente que aparentemente ninguém conhecia não deixava se esvair um sorriso confiante em seu rosto. Ela olhou para trás e então surgiu outra garota, esta tinha os cabelos castanho claros com luzes loiras e de tamanho médio completamente soltos e alisados. Ela usava uma calça jeans justa e uma blusa regata azul escura que era escondida por uma jaqueta jeans. Completando seu visual um par de tênis Converse rosas.

As duas, sem dúvida alguma, sabiam se vestir de um modo que chamasse a atenção de todos. A que acabara de chegar encostou seu cotovelo no ombro da amiga, olhando fixamente a cantina em todos os cantos. Virou-se para a outra adolescente e com um largo sorriso no rosto ela disse:

— Bem, amiga, seja bem-vinda a nosso novo colégio! – as duas olhavam tudo com curiosidade e mesmo não conhecendo ninguém elas pareciam concordar que lhes bastava ter a amiga que tudo estaria bem. – será que existem outros por aqui?

— Sem dúvida, Gio – “Gio” era o apelido de Giovanna, a garota de luzes loiras. A morena sabia que a amiga achava estranho “Gio” e preferia “Gi” ou algo semelhante, mas às vezes ela gostava de chamá-la assim.

— Vem, eu tô morrendo de fome, preciso comprar alguma coisa pra eu comer. – ela ouvir o estômago da outra roncar e corrigiu-se – melhor, para nós comermos.

As duas deram altas risadas e se dirigiram ao balcão do local, parecendo não se importar com as dezenas de olhares que se encontravam sobre elas. Durante todo esse tempo Brendan não desgrudara um único milésimo de segundo da garota de cabelos cor de chocolate. Só quando Dylan lhe chamou a atenção é que ele parou de olhar as costas dela e fitou o amigo.

— Acho que tem alguém apaixonado aqui – Dylan brincou e se impressionou ao ver que em vez de brigar com ele por mais uma piadinha Brendan respondeu dando um sorriso como se dissesse “Como meu amigo é idiota” – Diz aí, é a “Fios de Chocolate” ou a “Luzes”?

— Nenhuma das duas, Dylan. É só que elas só podem ser novas aqui no colégio e já se sentem tão autossuficientes – ele olhou para trás para checar se elas estavam próximas dele e se debruçou sobre a mesa, aproximando-se mais do amigo – e fala vai, elas são ou não são lindas?

Dylan repetiu a ação e os dois ficaram com os rostos a poucos centímetros um do outro, de modo que as outras pessoas chegaram a pensar coisas erradas sobre os amigos.

— Sim, as duas são muito lindas! – ele deu um largo sorriso brincalhão e voltou a seu lugar, na verdade, os dois voltaram e terminaram o lanche, olhando esporadicamente para as novatas e vez ou outra conversando sobre assuntos diversos.

[...]

Brendan acabara se atrasando para o quarto tempo. Ele tivera que resolver algumas coisas na biblioteca do colégio, um livro que ele deveria ter entregado alguns dias antes, mas que se esquecera. Felizmente ele simpatizava com a bibliotecária que concordou em não o punir ou multar desde que ele trouxesse já no dia seguinte a impressão. Ele, por sua vez, aceitou a condição e torcia energeticamente para que não se esquecesse. Porém, enquanto andava por um corredor, indo em direção a sua sala ele foi detido por uma voz suave.

— Olá – ele ouviu alguém dizer atrás de si, uma garota, com toda a certeza. Ao se virar surpreendeu-se por dar de cara com as novatas. A que tinha mexas loiras tomou a dianteira – nos desculpe por te atrasar ainda mais, mas é que nós duas não sabemos onde fica nossa sala. Será que pode dizer? – ela estendeu um papel amassado com um nome e número.

Ele olhou com esperança de que fosse a sua sala, afinal, seria uma grande sorte estudar com a garota de cabelos castanhos. Ele não resistiu a fitar a garota que tanto o interessara e os olhares dos dois se cruzaram no ar, deixando os ambos sem graça. Uma intensa decepção atingiu Brendan quando ele constatou que ela não ficara em sua sala. A falta de animação fora visível em sua voz, mesmo ele tentando sorrir para as duas.

— Vocês duas estudam na sala em frente a minha. Segundo Ano C, também conhecido como Águia – cada sala tinha o apelido de um animal – se não for incômodo eu posso levá-las até lá.

— Seria uma honra – finalmente a outra garota falara algo, fitando o garoto com um sorriso tão enigmático que o deixou sem reação.

Ele estendeu os braços pro corredor a frente dos três e começaram a andar. Quando viraram a esquina ele estava do lado esquerdo da garota da trança, enquanto sua amiga ficava do lado direito, fitando-o com curiosidade esporadicamente. Porém, quando já estavam no corredor que daria em suas salas a garota de trança escorregou no piso escorregadio e sentiu seu corpo se inclinar para trás. Não teve tempo de reação e esperava o baque de suas costas contra o chão frio e duro quando sentiu uma mão segurar suas costas e outra sua cintura.

— Cuidado – Brendan respondeu, ajudando a garota a se endireitar e soltando-a, ele apontou para um sinalizador de plástico amarelo que dizia: “Cuidado, piso molhado” do outro lado do corredor.

— Muito obrigada... – ela parecia que iria dizer algo, seria o nome do adolescente, mas só então ela notou algo vital – É mesmo, qual o seu nome?

O garoto sorriu de forma suave e aproximou-se mais dela, ficando a cerca de quarenta centímetros de seu corpo. Nenhum dos dois notou que Giovanna cruzara os braços e inclinara o quadril para o lado esquerdo, dando um sorriso um tanto quanto malicioso na direção de ambos.

— Eu sou Brendan – ele aproximou-se mais dela e depositou um beijo levemente demorado em sua bochecha – muito prazer em te conhecer.

A garota abriu a boca como se fosse dizer algo, mas era notável que ela ficara extremamente envergonhada com o modo como ele se apresentara, tão diferente que beirava o sedutor. Vendo que a amiga estava levemente sem jeito a loira tomou a frente.

— Eu sou Giovanna, Brendan – ela se atirou sobre ele, abraçando seu pescoço e dando-lhe um beijo rápido no rosto – também foi um grande prazer pra nós te conhecer. Essa é minha melhor amiga, Samantha.

Brendan assentiu e não desfez o sorriso, dessa vez fitando ambas. Então ele olhou para trás e viu a sua sala de aula, onde o professor de matemática o fitava impaciente. O garoto deu um tchauzinho irônico para ele e voltou a fitar as garotas.

— Well, eu preciso entrar na sala. O senhor Deedlle é meio chato – ele olhou por cima do ombro o professor que parara de fitá-lo para continuar a aula e sussurrou para as duas – além de ter sobrenome de porquinho da índia – as duas deram risadas que indicavam o sucesso da piada de Brendan – e o pior é que ele gosta que a gente o chame pelo sobrenome. Tem doido pra tudo.

Elas deram mais risadas e novamente Giovanna se manifestou.

— De qualquer modo, muito obrigado pela ajuda Brendan. Pelo visto nossa professora ainda não entrou na sala.

Brendan sorriu e olhou para as costas das meninas, aonde alguém vinha andando pelo corredor.

— Que sorte a de vocês, a primeira aula suas e olha só quem vai dá-la – ele foi até a porta de sua sala e parou para dar um último comprimento – nunca mais vou conseguir dormir na aula com um trauma daquele, Victoria.

A ruiva deu um sorriso simpático e as meninas a fitaram aparentemente gostando dela. Quando Brendan entrou na sala e fechou a porta atrás de si Giovanna e Samantha foram para a sua sala ocuparem seus lugares. Victoria estreitou os olhos de modo desconfiado e parada sozinha no corredor ela balbuciou:

— Mais duas – e entrou na sala cumprimentando seus alunos.


Última edição por .Korudo Arty. em Qua 21 Nov 2012 - 23:39, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Diamandis Qua 14 Nov 2012 - 21:25

Olha, achei um capítulo muito grande, com alguns errinhos, mas bem escrito. Você narra comumente, só que não é monótono, isso é bom. Pra falar a verdade, Não me empolguei ainda com o tema da fic.. Mas vou continuar acompanhado.

Boa sorte com ela! Very Happy

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Mensagem por .Korudo Arty. Qua 21 Nov 2012 - 23:37

Respondendo aos - ao, no caso - comentários:
@Bragato Pois é, eu ainda não tinha notado que o tema é bastante batido! ^^ Mas bem, tentarei inovar. Esse capítulo ficou consideravelmente menor e levemente mais confuso que o primeiro.

Capítulo 02 — Palacete

Os olhos de Brendan acompanhavam a corrida ferrenha e disputadíssima. As duas gotas de chuva deslizavam pela janela em dado momento rápido e em outro tão lento que pareciam paradas. Ele, por sua vez, apostara na gotícula número um como vitoriosa naquele circuito tão frio e úmido que era o vidro da janela de sua sala de aula.

Era o quinto tempo, o último antes que o sinal tocasse e os alunos fossem liberados de seus deveres escolares. Na sala estava uma professora de mais de quarenta anos, com um coque mal feito no cabelo e alguns fios caindo sobre suas têmporas de modo assustador. Parecia que ela tinha enfrentado uma tribo inteira de guerreiros do deserto, mas na verdade apenas tivera confrontos com cinco salas de alunos adolescentes cada qual com seus problemas e ansiedades. Ela realmente não era muito boa em controlar os alunos mesmo.

O moreno ao menos se mantinha quieto, observando curioso duas gotas das milhares que se despendiam do céu numa chuva suave e contínua. Enquanto isso diversos outros alunos geravam confusão e atraíam a atenção dos outros estudantes para si com suas conversas sem lógica e suas piadas sem graça. Um deles arrancou uma folha pautada de seu caderno, a embolou nas mãos até que ficasse pequena, mas compacta e a atirou contra a parte de trás da cabeça de Brendan. O garoto olhou para trás com os olhos semicerrados, como se fuzilando alguém e viu um grupo de cinco garotos dando risada. Ele inicialmente fechou a cara, mas depois se virou para frente e sorriu maliciosamente. Ele abriu a folha em silêncio e pegou uma caneta esferográfica azul. Olhou para trás e viu que os garotos de antes estavam distraídos, então escreveu uma simples mensagem na folha.

Em seguida, amassou uma folha qualquer e a jogou contra outro aluno. E assim um aluno foi jogando no outro. Sem que ninguém notasse ele olhou para o lado e sussurrou:

— Hey! – ele chamou pelo amigo que se sentava a seu lado – Hey, Dylan! – o garoto finalmente o olhou com uma expressão tediosa – no final da aula você dá um jeito de por isso na mesa da professora como se tivesse caído lá sem querer, beleza? – o amigo assentiu e pegou a bolinha de papel das mãos do garoto.

Os dois trocaram mais um olhar cúmplice e depois olharam para frente.

[...]

Um som estridente anunciava para a alegria de toda a sala que o quinto tempo havia acabado. Dylan e Brendan foram os primeiros a se levantar e logo em seguida toda a sala foi atrás deles. Dylan andou mais lento enquanto Brendan já saía da sala de aula e esperou o amigo na porta. Este aproveitou que estava em meio a muitos alunos e deixou que a bolinha de papel deslizasse por sua mão até cair sobre a mesa da professora.

Do lado de fora os dois amigos viram a professora desfazer os amassados da folha despretensiosamente. Uma mão segurando uma folha amassada de papel pautado bateu sobre a mesa e uma relação do nome de cinco alunos foi enunciada com fúria. Todos se detiveram e olharam para a professora sem entender do que se tratava. Já Brendan e Dylan continuaram a andar em direção a saída do colégio, sobre a mesa da sala deles uma folha com letras de forma garrafais que formavam uma frase. “OLHA COMO A PROFESSORA PARECE UMA MALUCA COM O CABELO ASSIM!”. E embaixo o nome dos cinco alunos.

— Como você é mau, Brendan – Dylan comentou, quando os dois já estavam no corredor que dava para os portões do colégio – e se eles descobrem que foi você?

O garoto vingativo apenas deu um sorriso debochado.

— Que nada, eu fiz questão de repassar a bolinha e escrever do modo mais padrão possível, pode ter sido qualquer um querendo zoar com eles – ele disse.

Na verdade, Brendan não era exatamente rancoroso nem vingativo, apenas quis fazer uma brincadeirinha que ele sabia que no final nem ia dar em muita coisa. Um sermão, uma ocorrência e no máximo, se o diretor estivesse de mau humor, uma suspensão de um dia. Quando os dois chegaram ao portão eles se detiveram.

— E agora, Dylan? Vamos na chuva mesmo? – Brendan indagou, fitando o amigo.

Dylan deu de ombros e estendeu a mão para frente, aparando algumas finas gotas de chuva nos dedos.

— A chuva tá bem fraca, só que a gente tem que torcer para que não fique mais grossa.

Ambos assentiram e começaram a andar pela rua do colégio, uma via larga que mantinha de um lado o colégio e alguns comércios e do outro algumas residência particulares. O local era razoavelmente movimentado e carros passavam esporadicamente por ali, porém, talvez devido à presença de um colégio tão conceituado, as redondezas não eram exatamente perigosas. Um mero detalhe: Brendan e Dylan não moravam em localidades muito próximas, da casa de um para a do outro eram cerca de um quilômetro e duzentos metros, eles nunca chegaram a medir, mas imaginavam ser em torno disso. Porém, como o caminho era o mesmo eles costumavam sair da escola e fazer boa parte do trajeto para suas casas juntos e foi mais ou menos assim que se conheceram.

Depois de cumprir todo o caminho que deveriam fazer juntos Dylan se despediu de Brendan e o segundo começou a andar pela pior parte. A chuva começou a aumentar de intensidade e Brendan olhou para o céu como se para ter certeza se não iria engrossar ainda mais. Ele suspirou, já com os cabelos um pouco molhados e decidiu tomar um atalho que ele usara já fazia algum tempo. Era uma rua estreita e com postes que às vezes falhavam. Não era mal frequentada, pelo contrário, idosos aposentados eram a maioria dos moradores. Porém, eram raros os casos das famílias que tinham condições financeiras no mínimo razoáveis e isso abria portas para que alguns jovens se tornassem pequenos criminosos, trombadinhas e furtadores, por exemplo.

Brendan não estava exatamente com medo, talvez receio. Na verdade, ele sentia uma estranha sensação dentro de si, como se uma voz bradasse a plenos pulmões para que ele se virasse logo ali, no início da rua, e fosse pelo caminho mais longo. Talvez depois ele se perguntasse por que diabos ele fez isso, mas ele fez. Deu um passo para frente, começando a andar pela curta e estreita rua.

Inicialmente, o moreno não notou nada de muito aterrador e continuou sua caminhada intensificando seus passos cada vez mais. Porém, quando virou a primeira esquina, já achando que se veria livre do receio de que algo – que ele não sabia definir o que era exatamente – ocorresse ele visualizou algo que simplesmente fez seu coração descompassar a batidas que pareciam mais velozes que a de um coelho. Ele começou a arfar e suar frio. Sem discrição nem mistério algum uma pessoa usando roupas completamente negras, incluindo uma capa que ia até sua panturrilha e que era acompanhada de um capuz que ocultava seu rosto, estava no final da ruela que daria na rua próxima a sua casa.

O garoto deu passos vacilantes para trás e olhou para a rua que estava à suas costas. Ele sabia que se corresse para aquele lado entraria cada vez mais profundo num aglomerado de ruas e ruelas cada vez mais afastadas de locais seguros. Mas ele não podia pensar, a pessoa vinha correndo em sua direção e ele sabia que deveria correr.

[...]

Ele observava tediosamente a colina que se estendia abaixo do primeiro andar da casa. Sua expressão demonstrava impaciência e certo receio. Sabia que hora ou outra ele deveria surgir ali, não demoraria muito até ele descobrir a verdade e precisaria de alguém para guiá-lo e quem melhor que aquele jovem?

Porém, sentia algo dentro de si que indicava que algo não estava certo. Sua intuição falhava por raras vezes, não só a sua, como a da grande maioria de seus semelhantes. E se ela estivesse certa, como ele sabia intimamente que estava, Brendan corria algum perigo, mas ele se sentia de mãos atadas para ajudá-lo, talvez fosse bom que ele enfrentasse esse perigo, talvez o risco abrisse os olhos de determinada pessoa. Na verdade, ele apenas preferir acreditar nisso.

[...]

Ela já arfava de tanto que havia corrido. Seu corpo não estava molhado, mesmo com a chuva incessante que se chocava contra a rua a seu redor. Nada a protegia da água, mas se analisado com bastante atenção percebia-se que as gotas aproximavam-se da superfície de seu corpo e logo após faziam uma curva suave sem, porém, tocar sua pele. Aquela sensação na boca de seu estômago ainda era latejante, mas algo ainda estava entre seu caminho e de seu alvo.

— Por Mágios! Onde ele foi?

[...]

Ele não aguentava mais correr. Suas roupas estavam completamente encharcadas pelas gotas grossas de chuva que se chocavam contra seu corpo e diminuíam ainda mais a sua velocidade que já não era das melhores devido ao cansaço.

Fazia bons minutos que Brendan corria e já estava aos trapos. Suas mãos tinham escoriações das vezes que escorregou e as friccionou contra o solo. Suas roupas estavam sujas com terra, também das vezes que caíra. Enquanto ao homem, este parecia não sentir os efeitos do próprio corpo avisando que já se esforçara demais. Ele mantinha a mesma velocidade e agilidade e não caíra uma única vez. Só diminuía a intensidade da corrida quando algo surgia a sua frente.

O adolescente virou a sexta esquina e olhou para trás, para o ser negro que estava cada vez mais próximo de si. Quando olhou de novo para frente entrou em profundo desespero. A sua visão estava um muro de quatro metros feito de tijolos. Um beco sem saída mortal. Virou-se para suas costas e encarou a pessoa que dava uma risada rouca bastante sádica. Brendan estava às lágrimas, sentia dentro de si que iria morrer naquele momento. Mesmo que tentasse incessantemente não conseguia sufocar seu desespero. Neste instante a única coisa que conseguia era torcer para que acordasse na sua casa, deitado em sua cama enquanto a chuva batia na janela.

— Pahki! – a pessoa bradou e Brendan sentiu uma pontada em sua panturrilha direita – Sakariar! – e mais uma pontada na panturrilha esquerda – Erion – e ele caiu no chão, com suas pernas doendo profundamente.

A pessoa se aproximou do corpo do garoto caído no chão e ajoelhou-se até que pudesse fitar sem dificuldades a feição assustada de Brendan. Só naquele momento ele viu que a pessoa em questão era um homem com cicatrizes rasas e brancas no rosto e o mais tenebroso: ele não tinha íris, no centro de sua esclera estava uma pupila contraída que lhe dava um ar ainda mais perverso.

— Quem é você? – ele conseguiu perguntar, gaguejando.

— Ora, você já deveria saber – o homem disse, deixando sair um sorriso irônico – mas se não sabe, melhor assim.

Aproximou suas unhas no estômago do moreno e empurrou-as com força contra o local. Brendan se contorceu, parecia que as unhas adentravam seu duodeno e dilaceravam sua carne, mesmo que soubesse que as unhas no homem continuavam em seu tamanho normal. Ele sentia suas forças indo embora enquanto seu corpo e principalmente suas pernas doíam incessantemente. Ele chorava copiosamente e em um estado se semiconsciência ele ouviu algo misterioso.

— Deveria ter mais cautela com quem você lida – a voz era lenta e suave.

O homem pareceu assustado e olhou para trás com suas pupilas se dilatando.

— Você não tem poder suficiente para... – mas ele não conseguiu terminar a frase.

— Yraton!

Brendan não conseguiu ver, mas a água que corria pelo chão liso se elevou em uma forma delgada e encurvada, solidificou-se e atingiu o rosto do homem com um baque como se um pedaço de cipó estalasse em seu rosto.

— Chok Neron! – a voz feminina sussurrou – Sufocar aquático!

A água deu uma volta, tomou a forma de uma esfera e envolveu a cabeça do homem. Brendan assistia a tudo apático, não conseguia se mover, muito menos falar ou raciocinar, mas viu o homem vestido de preto se remexer ainda de joelhos e tentar “agarrar” o líquido, obviamente em vão. Não demorou muito até que desmaiasse e só então a água começou lentamente a escorrer.

O adolescente ainda estava assustado e temia que aquela pessoa também fosse lhe fazer mal. Abaixou-se perto do garoto, mas ele não conseguia enxergar seu rosto, apenas uma trança que caía por cima de seu ombro e pendia a frente do rosto dele.

— Tudo vai ficar bem agora, Brendan – ela falou, com um sorriso gentil que ele não conseguiu enxergar em sua completa inconsciência.

[...]

As pálpebras tremeram como se algo estivesse forçando-as a se abrir. Mas era apenas um desejo voraz de um adolescente de acordar de um pesadelo horrível. Brendan teve certeza que tudo não passara de um pesadelo, mas quando finalmente conseguiu enxergar algo viu que o quarto onde estava não era o seu. Era um cômodo grande, com mobília de madeira clara e uma cama aparentemente feita de algum material de preço muito alto. Ao lado da sua cama estava uma mesinha, onde diversas coisas se encontravam. Copos, vidros de ensaio, ervas e alguns líquidos de coloração duvidosa. E a frente da mesinha uma mulher de belos cabelos entre o ruivo e o castanho manipulava todos os itens entretidamente e como se soubesse o que fazia. Ela estava de costas para ele e não o viu acordar.

Quando olhou para o pé da sua cama viu que havia uma cadeira, onde estava sentado um homem de cerca de vinte e dois anos, alto e forte. Ele se vestia completamente de preto e a blusa justa escondia apenas parcialmente seus músculos definidos sob a roupa. Ele sorriu ao ver Brendan acordar e se levantou.

Ele pensou em se levantar e correr, mas estava muito fraco e o homem não o assustava, muito pelo contrário, ele parecia bem simpático.

— Boa tarde Brendan! – o homem o cumprimentou com um sorriso.

— Onde eu estou? – foi a única coisa que ele conseguiu articular antes de tentar sentar-se na cama e falhar nessa tentativa.

A mulher que mexia nos itens virou-se. Brendan arregalou os olhos completamente atônito ao ver que era sua professora, Victoria. Nesse momento absolutamente tudo voltou a sua mente. O homem de preto, a chuva, a garota que o salvou e agora Victoria, um homem desconhecido e um quarto estranho. Seu coração acelerou de novo ao lembrar o terror que passou e o homem tentou instintivamente passar-lhe segurança.

— Não se preocupe! Você está bem agora, tudo vai se esclarecer! – ele aproximou-se mais e acrescentou – ah! E bem-vindo!

Brendan franziu as sobrancelhas.

— Bem-vindo aonde? Eu tô no céu?

O homem deu uma risada descontraída, mas o adolescente não parecia ver toda essa graça assim, isso era óbvio em sua expressão séria e contrariada.

— Não. Bem-vindo ao Palacete!

E Brendan se sentiu estranhamente melhor.

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Mensagem por Trillian_GF Ter 4 Dez 2012 - 16:17

Uau!

Realmente, nunca tinha me interessado em ler a ''The Magic Teens'', porém agora é impossível não querer lê-la!

Sua narração é ótima e envolvedora, descrição também está de parabéns. Gostei da história e dos personagens, principalmente da Victoria.

Essas palavras estranhas no segundo capitulo, seriam elas comandos variados para as magias?

Até o próximo capitulo!

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Mensagem por .Korudo Arty. Qui 20 Dez 2012 - 22:25

Hoje não vou responder aos comentários, estou com preguiça.

Capítulo 03 — Dois um, um dois, um dois.

Brendan reparava com olhos críticos no modo como o homem estranho e sua professora se portavam um com o outro. Era inegável que ambos eram bonitos e atraentes, mas vez ou outra se olhavam como se tivessem uma ligação íntima e latente. O moreno, ainda deitado como um bobo na extensa cama, os olhava com uma curiosidade infantil.

Fazia cerca de vinte segundos que o silêncio pairava sobre o quarto, deixando um ar indecifrável o penetrando. Porém, em dado momento o rosto do adulto se iluminou como se ele houvesse se lembrado de algo.

— Desculpe-me, não sei como fui esquecer logo disso – ele falou, aproximando-se mais de Brendan e lhe estendendo sua mão – eu sou Luke. Muito prazer.

Brendan o olhou bastante intrigado. Era óbvio que o jovem, Luke agora, esperava que ele apertasse sua mão tradicionalmente, mas a confusão que ocorria na mente do adolescente o deixava receoso.

Luke recolheu a mão e suspirou.

— Eu entendo. Primeiro, vamos às explicações! – Brendan pareceu mais aliviado ao ouvir o vocábulo “explicações”, afinal, era tudo que ele queria – Antes de tudo devo te avisar de algo: você não vai acreditar em absolutamente nada que eu disser, então deverá raciocinar o que aconteceu com você hoje e então poderá reconsiderar se é verdade ou não, tudo bem? – o garoto achou aquilo um pouco estranho, alguém vai te contar algo e logo avisa que você não vai acreditar, é de se suspeitar. Mas ele assentiu, precisava de respostas – Então. Aquilo que te perseguiu ontem é um... Como dizer? Talvez uma subdivisão dos humanos comuns, ele era um Guardião. Guardiões são uma forma vivente no mundo humano dos Portadores. Todos eles são descendentes do Mágios, uma dimensão paralela à humana, tão ligada a ela que as duas poderiam se fundir se não fosse O Manto. O Manto é uma expressão figurada, não existe uma real barreira física, apenas uma propriedade poderosíssima que impede que o Mágios e o mundo humano se fundam. Lá nessa dimensão é comum nascerem seres que os humanos normais denominam como magos, bruxos, feiticeiros e outras expressões, mas que nós fazemos questão de chamar de portadores – ele checou a expressão de Brendan, que era de pura incredulidade, mas ele já esperava isso. – há muito tempo atrás portadores começaram a nascer no mundo humano. Aparentemente, eles nasciam com a função de manter O Manto em perfeita ordem, impedindo que os dois mundos se unissem, daí o nome guardiões. Ou seja, todo guardião é um portador, mas nem todo portador é um guardião. Em resumo, é isso.

— E vocês dois são... guardiões?

— Sim! – Luke se sentou perto de Brendan e o fitou nos olhos – E você também! – o adolescente começou uma risada debochada que Luke cortou com um simples olhar arisco.

O homem de cabelos claros sabia ser simpático assim como sabia ser amedrontador. Ele falava com tanta propriedade e confiança que Brendan não se sentia no direito de desafiá-lo, mesmo que achasse aquela história maluca o maior conto de fadas que já ouviu.

— E foi a fada madrinha que te contou isso? – o garoto ainda teve a coragem de soltar esse deboche.

Mas a reação de Luke foi realmente bem inesperada. Ele não se estressou, deu um sorriso fino com o canto dos lábios e desafiou Brendan.

— Você usa drogas? – a surpresa na feição do adolescente era bem mais que óbvia.

— Não.

— Remédios? – Luke estava completamente calmo, ainda com o sorriso no rosto.

— Não – Brendan não entendia o porquê das perguntas sem noção, mas preferiu esperar.

— Tem certeza absoluta que não tem esquizofrenia?

— Óbvio que tenho! – ele estava tanto indignado quanto confuso.

— Então me explique uma teoria lógica e extremamente óbvia de como um homem de preto te perseguiu, te jogou no chão com simples palavras, aproximou as unhas da sua barriga e te fez se contorcer em dor até ficar inconsciente. Ah! Claro! E como uma garota te salvou manipulando a água da chuva para sufocar esse homem! Isso é algo extremamente normal nas ruas da cidade – ele respirou fundo e sorriu confiante – certo, Brendan?

O adolescente estava sem palavras. Apenas com aquela frase Luke lhe abriu os olhos como se um clarão invadisse sua mente. Parecia impressionante, mas ele conseguia acreditar naquilo depois de ponderar sobre os acontecimentos que ele presenciou algum tempo antes de estar ali. Ele respirou fundo, vencido pela teoria de Luke, era difícil ele acreditar, mas depois do que vira ele acreditava que não custava nada ao menos tentar entender.

— Tudo bem, vamos supor que isso é verdade mesmo. Vocês podem pelo menos me dar uma demonstração?

Luke assentiu e aproximou-se de um frasco na mesinha, ele aproximou sua mão do objeto e sussurrou uma palavra que Brendan não entendeu. E bruscamente o frasco se ergueu no ar, próximo a mão de Luke. Brendan estava pasmo, mas resolveu alfinetar mais um pouco.

— Já vi muitos mágicos de circo fazerem coisas bem mais difíceis!

As feições tanto de Luke quanto de Victoria eram de pura indignação. Aquele desafio parecia uma grande afronta. Ele ainda não sabia, mas estes “mágicos” que faziam truques não eram nada bem vistos pelos guardiões. Mas é claro que o adulto não se deu por vencido. Ele sorriu e com um simples movimento de sua mão o frasco viajou por todo o quarto a uma impressionante velocidade. Como última demonstração Luke indicou a janela e o recipiente saiu por ela rapidamente, voou e depois voltou.

— E agora? Só pra constar, isso é uma magia de levitação bem simples, feita pra objetos pequenos e leves, não é difícil de executar.

Brendan estava pasmo, muito pasmo. Ele abria a boca sem conseguir dizer absolutamente nada.

— Me desculpem, mas... mas é que é muito informação pra mim – ele falou aquilo como se estivesse traumatizado e isso desfez o sorriso levemente arrogante de Luke.

— Tudo bem, Brendan. Normalmente os guardiões são filhos de um ou dois guardiões, porém, pode ocorrer de uma criança humana simplesmente nascer uma portadora. Aí é necessário que os pais vão lentamente introduzindo a ideia de magia para ela, mesmo que eles sejam humanos – Victoria o acalmou, afagando gentilmente sua mão, o que fez a expressão de Luke ficar mais rígida – sua mãe não fez isso, ela tem medo de que algo ruim aconteça com você, mas agora que sabe poderá aprender a se defender – a expressão de preocupação no rosto da ruiva era bastante intensa – no mundo dos guardiões o mal e o bem não são nada relativos. Você tem capacidades sobre-humanas, coisas que nenhum ser humano comum poderá entender ou dominar e não irá tirar proveito disso? Pode assaltar bancos, roubar milionários, matar pessoas que não goste, conseguir informações privilegiadas, adquirir mais poder matando outros portadores. É algo extremamente rentável e atraente! Porém, existem pessoas que tem como objetivo impedir isso, principalmente porque guardiões maléficos podem por em completo risco o sigilo sobre toda a nossa existência. Se os humanos souberem que existem “bruxos” ou “magos” no mundo deles ou vão odiá-los ou temê-los, em vez de acolhê-los. Isso seria um desastre, então são incrivelmente raros os casos de humanos que podem saber da existência dos guardiões. Existe inclusive uma magia simples que permite apagar toda as lembranças e informações que um humano tem sobre os portadores, O Manto, o Mágios, ou qualquer coisa relacionada a estes fatos. Ele não permite selecionar nada, apaga absolutamente tudo que ele sabe.

Brendan assentiu compreensivamente.

— Eu entendo, Victoria. E agradeço muito a você por me ajudar – ele então olhou para Luke e com um sorriso se corrigiu – agradeço muito a vocês por me ajudarem. Mas eu acho que preciso descansar um pouco, talvez isso me ajude a absorver tudo – Victoria assentiu e se levantou, pegando um copo com um líquido vermelho claro dentro.

— Bem, tem de tomar isto, vai te ajudar a se recuperar. Quando acordar e as coisas se organizarem em sua mente eu irei te explicar mais.

Ele tomou um gole do líquido que tinha um gosto doce e levemente azedo no final. Não era ruim, mas ele nunca tinha tomado nada semelhante antes.

— Ah! Só uma coisa – os dois olharam para ele – eu sei quem me salvou, ainda me lembro da voz e da forma dela. Foi Samantha, a garota nova da escola, certo? – Luke sorriu para Victoria e assentiu para o adolescente – então, onde ela tá?

Luke ergueu as sobrancelhas, obviamente interpretando de forma “maldosa” a curiosidade do garoto pela morena. Ele sorriu e disse.

— Ela foi cumprir uma pequena missão, ela vai vir aqui ainda, não se preocupe. Quando ela chegar vocês conversam mais. Agora tome a poção, não quero ninguém morrendo na minha casa.

Brendan deu um sorriso e terminou de sorver todo o líquido, sentindo seu corpo se anestesiar e sua consciência se esvair lentamente.

[...]

A garota estava extremamente emburrada. Seus cabelos castanhos com luzes loiras estavam presos em um coque improvisado acima de sua cabeça. Ela estava de braços cruzados andando por uma rua residencial de classe média.

— Eu queria estar lá no tal Palacete, Sam.

A morena revirou os olhos e deu um leve sorriso.

— Não seja ranzinza senhorita Melassi! Já estamos chegando.

Mais alguns metros andados e elas estavam diante de uma casa branca. Samantha olhou a amiga que indicou a porta para que ela chamasse a dona. A morena suspirou e deu três fortes batidas na madeira pintada de branco. Passos apressados foram ouvidos vindo em direção a porta. Uma mulher de uns quarenta anos, mas bem conservada apareceu, ela era realmente bonita, mas parecia extremamente preocupada.

— A senhora é a mãe do Brendan? – Giovanna perguntou com um sorriso e a mulher apenas assentiu.

Giovanna e Samantha olharam-se sérias. Então olharam para a mulher a sua frente, colocaram as mãos na cintura e com um tom de raiva perguntaram exatamente ao mesmo tempo:

— Qual é o seu problema mulher?!

A jornalista piscou três vezes sem saber o que falar.

[...]

Os olhos castanhos da ruiva olhavam fixamente uma pedra azul brilhante pendendo de um cordão dourado no pescoço de Luke enquanto preparava uma poção para Brendan, que dormia pacificamente na cama próxima aos dois.

— Que foi? – o homem perguntou com um sorriso.

Ela pareceu ficar um pouco sem graça e abaixou o olhar para seu afazer, erguendo-o em seguida e segurando a pedra.

— Você ainda a tem – ela disse como se estivesse surpresa com o fato dela conservar o objeto. Deu um sorriso de fascínio e depois olhou séria o homem – Mas sabe muito bem que é arriscado, deveria destruir essa pedra logo.

Luke pegou a gema azul e a observou com uma feição distante, estava se lembrando dos longos minutos de dor que ele sentira antes de morrer e da alegria ao acordar novamente e se deparar com olhos castanhos claros faiscantes o observando de perto aos prantos.

— Eu queria ter uma lembrança – ele aproximou-se mais dela – uma lembrança de tudo que você fez por mim, Victoria.

A ruiva engoliu em seco e tocou com leveza o peito de Luke com as duas mãos. Ela olhou por cima do ombro do jovem, fitando o garoto na cama e balbuciou.

— Luke... você acha que Brendan pode... pode ser Ele? – ela indagou.

O homem olhou para trás, como se para conferir se o garoto estava mesmo dormindo. Brendan respirava calmamente, vez ou outra sua respiração diminuía ou acelerava bruscamente, mas era absolutamente comum depois do trauma e dos machucados físicos que teve. Ele engoliu em seco e fitou Victoria novamente.

— Também consegue sentir a energia que emana dele? – ele perguntou, com a feição séria e com tons de preocupação percorrendo-a.

— Sim, muito. Mas Félix ainda não morreu. Ou eu acho que não. Será que teria como ele ser o novo sem a morte do anterior.

Luke não resistiu a olhar novamente Brendan, como se para conferir se a possibilidade que Victoria colocava em cheque era mesmo real.

— Talvez... – ele balbuciou e seu olhar se tornou distante – realmente, talvez.

[...]

A mulher ainda não sabia o que dizer. Duas adolescentes misteriosas apareciam na porta de sua casa e perguntavam qual era o seu problema sem nem ao menos se apresentarem. O que dizer?

— Ahn... Quem são vocês, eu posso saber? – ela perguntou, erguendo as sobrancelhas e sem esconder seu desagrado com a aparente arrogância das duas.

Giovanna tomou a frente e aproveitando que a mulher havia deixado a porta completamente aberta atrás de si ela a empurrou para o lado e puxando a amiga pela mão adentrou a casa sem pedir licença.

— Meu nome é Giovanna, esta é Samantha – a última parecia que iria calar a loira, mas esta nem deu espaço para a morena falar algo – somos amigas do Brendan, o seu filho e por culpa sua ele está ferido.

Um tremor percorreu todo o corpo de Lilian e ela se apoiou no batente da porta para não cair.

— Como assim? – ela perguntou, gaguejando muito.

Samantha, notando que Giovanna estava nitidamente alterada, decidiu tomar a frente e explicar.

— Ele foi ferido, Lilian. Estava andando na rua e um guardião o perseguiu e o feriu. Ele está bem, não vai ter nenhum dano posterior, mas não vai dormir aqui hoje.

A mãe de Brendan ficou visivelmente abalada e algumas lágrimas rolaram por seu rosto. O olhar dela ficou vazio e ela se sentou no sofá, apoiando a cabeça em sua mão esquerda.

— Era por isso... era por isso que eu não queria que ele se metesse com essa gente! – ela notável o tom de escárnio que ela tinha ao falar “dessa gente” – E eu preciso vê-lo, preciso trazê-lo de volta pra casa.

— Não, não! – Samantha pareceu ficar com raiva do modo como ela se referia aos guardiões, mas logo se acalmou, recordando-se que se deixar abalar não daria em nada – Se me permite dizer, a culpa não é nossa. Portadores são como humanos, alguns serão as melhores companhias pra ele, outros poderão matá-lo. Seria a mesma coisa que negar que Brendan é humano por isso ser arriscado e falar para ele não conviver com ninguém porque são humanos e podem ser perigosos pra ele! – ela respirou fundo e acrescentou – E não, ele não vai dormir aqui e você não vai poder ir vê-lo.

— Vocês não podem fazer isso, eu só quero protegê-lo!
Giovanna não escondia seu desagrado completo com esse draminha maternal tão clichê que chegava a ser enjoativo. Mas ela engoliu sua raiva, deu alguns passos para mais perto de Lilian e com uma feição o mais natural possível ela falou:

— Você não acha que já prejudicou demais ao Brendan com essa sua mania de tentar protegê-lo? Ele é um guardião, ele é um portador e isso é inegável. Inimigos nasceram do chão para matá-lo e ele precisa, repito, precisa aceitar-se como alguém diferente para sobreviver. Afinal – ela se abaixou em frente à tão protetora mãe e a fitou quase que compreensivamente – se ele não se proteger de pessoas capazes de destruir um carro com meras palavras, quem vai fazer isso, você? Óbvio que não! – ela se levantou e suspirando se direcionou a porta – Bem, já te avisamos. Amanhã talvez seu filhinho queridinho esteja aqui! Vamos Sam, precisamos ver se o Brendan está bem. Não se preocupe Lilian, ele está nas melhores mãos que poderia neste momento, mesmo!

A preocupada mãe deu um suave sorriso e assentiu. Samantha moveu seus lábios em um largo sorriso de contentamento, enquanto Giovanna, mesmo muito satisfeita, preferiu não sorrir, ainda achava a mãe de Brendan muito irritante.

[...]

As gotículas de água respingaram no tênis do jovem. O homem vestido de preto cuspiu um pouco de sangue e soltou uma áspera risada irônica que só irritou mais ao ruivo. Ele agarrou aquele ser nojento pela gola do casaco e o colocou contra a parede. Ele ergueu o punho ao lado de seu rosto e desferiu um golpe contra a face do homem, deixando um hematoma roxo abaixo de seu olho.

— Hey – uma voz passiva e grave disse – não vá matá-lo, precisamos dele vivo!

— Eu sei – disse o homem de cabelos vermelhos intensos olhando por cima do ombro para o companheiro atrás de si. Em seguida fitou os olhos do homem de novo – Não me faça perder tempo. Onde ela está? – ele disse as três últimas palavras bem lenta e enfatizadamente.

O homem deu um leve sorriso. Seus olhos sem íris e de pupila pequena demonstravam toda sua diversão em vez a fúria no rosto do ruivo.

— Não sei de quem está falando!

O jovem olhou para baixo e deu um sorriso que ficava entre o furioso e o debochado. Em seguida ergueu seu rosto e sua feição enrijeceu-se novamente. Ele agarrou o homem pelo pescoço e pressionou com força a traqueia dele.

— Tudo bem, chega de joguinhos. Eu estou falando da Annabelle e eu sei que você sabe quem ela é. Agora... – ele pegou uma barra de ferro de quarenta centímetros que estava ao alcance de suas mãos, em cima de diversas caixas de papelão e com um simples olhar aqueceu a ponta do metal - ... irei te explicar o que vai acontecer. Primeiro, eu vou passar essa barra de ferro quente na sua pele. Vai doer muito mesmo. Você pode não se importar em morrer, mas quem gosta de sentir dor, hein?

— Não vai adiantar. Tem pessoas que não querem que eu abra a boca, uma ou duas palavras e eu morro bem aqui, na sua frente.

— Não sou um garotinho inocente. Riscos são eliminados quando eles surgem, se realmente houvesse um modo de te matarem para que não contasse nada, já estaria morto. Então... – ele tocou a aresta do metal em uma das cicatrizes do homem, criando um grito de dor – fale o que sabe dela!

Finalmente o sorriso dele se desfez, estava vencido.

[...]

Samantha e sua amiga andavam por uma rua asfaltada, na direção contrária a que vieram. As duas se encontravam em uma conversa cautelosa e interessante a ambas, a qual parecia tomar toda a atenção delas. Estavam tão distraídas que nem notaram o som de passos velozes atrás de si. Quando Giovanna olhou para trás, intrigada, apenas viu um vulto branco se jogar sobre si, a derrubando violentamente no chão.

— Você não olha por onde anda não, traste?! – ela perguntou, sem nem ao menos reparar a quem se referia.

Quando seu olhar finalmente se fixou a uma imagem, ela visualizou uma estranha figura. Era um garoto entre dezoito e dezenove anos, alto e de corpo esguio e forte. Tinha longos cabelos negros, realmente longos para um homem, que cobriam toda a suas costas. A pele tinha uma tez morena e seus olhos eram estranhamente azuis. Ele estendeu a mão para ela e ajudou-a levantar gentilmente.

— Perdão, eu estava com muita pressa e nem te vi na rua – ele falou, com uma voz tão calma que só fez irritar mais ainda a Giovanna.

A loira bufou e deu um tapa na mão do moreno, que segurava suavemente seu braço, quase a altura do bíceps.

— Eu estou bem! – ela disse, rispidamente.

— Vamos, cara, a Annabelle vai te matar se você demorar, vamos! – quem dizia era o jovem que o acompanhava, um rapaz alto e forte, de cabelos vermelhos bagunçados.

O moreno assentiu e soltou Giovanna sem nem ao menos tentar novamente se desculpar, continuando a correr. Samantha se aproximou da amiga e sorriu largamente.

— Ora, ora. Foi trocada por uma Annabelle! – ao que a outra respondeu com um olhar bastante hostil.

[...]

Era outro local, ao mesmo tempo muito distante e extremamente próximo a Brendan, Samantha e etc. Uma sala muito bem iluminada, de extremas dimensões, com paredes aparentemente feitas de puro cristal, o que fazia todo o local ser atingido pela luz de tal modo que deixaria qualquer um sem fôlego. Dentro da sala estava uma mesa extensa, muito rica em detalhes e em seu material, um metal liso e brilhante, de cor prateada. Diversas cadeiras se encontravam por toda a extensão da mesa, pelo menos algumas dezenas delas, porém nem todas estavam ocupadas. E na cadeira que se encontrava diretamente a direita do homem da cabeceira estava o foco de tudo.

— Sariek, você precisa ir ao outro lado. Isto já não está mais em discussão!

— Mas... – o homem de pose imponente parecia imaginar alguma desculpa – Por que eu? – era óbvia a sua indignação – quer dizer, vai ser um risco eu partir assim, do nada.

— Vai ser um risco você continuar aqui. Sua experiência é nossa única esperança nesse momento – era novamente o homem que se sentava na ponta da mesa e que chamava toda a atenção para si, junto com o tal Sariek.

O incumbido da tão importante missão se sentou novamente em sua cadeira. Ele usava um terno negro muito bonito, com uma blusa social branca, da mesma cor de sua gravata. Porém, o mais estranho era que de seus ombros pendia uma capa alva, com uma estranha pedra quadrada semelhante a um ônix cor de mármore, do tamanho da capa de um CD, e que aparentemente não exercia qualquer diferença de peso sobre o fino decido. Ele suspirou pesadamente, fechando os olhos e coçando alguns poucos fios de barba que ele ainda mantinha no rosto ele abriu-os e fitou o aparente mestre.

— Tudo bem, eu vou.

E pode-se dizer que aquele foi o primeiro dia para o fim do mundo. Na existência humana os calendários de alguns poucos países já se encontrava um dia adiantado da maioria. O vigésimo primeiro dia de dezembro, dois milênios e doze anos depois do nascimento de Cristo, no calendário gregoriano. A maioria dos humanos o chamavam, com medo, respeito ou escárnio na voz de 21 de dezembro de 2012.



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