Hall do CdM
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Hall do CdM
Curta do Mês #001
Tema: Livre
1º Lugar: Miss Zero
Tema: Livre
1º Lugar: Miss Zero
- Spoiler:
- O Carteiro
Lá vinha ele na sua bicicleta, uma beleza só.
A boina. A bicicleta. A bolsa. O rosto sem emoção.
Tudo de acordo com as outras vezes que ele saia. Só uma coisa mudara.
O conteúdo dá sua entrega.S e ele não a entregasse, os cientistas confirmavam, o mundo poderia ser melhor. Mas isso seria impossível desde que o mundo é mundo, ele está lá. Sempre com a sua boina,a bicicleta,a bolsa.
Mas como sempre as entregas eram diferentes. Uma vez ele trouxe para um certo senhor uma teoria sobre fatos nucleares. Esse senhor escreveu sobre isso, ficou famoso e a teoria acabou sendo usada para fins muitos bons e alguns ainda mais nefastos.
Um dia ele entregou para um homem da Inglaterra, letras de músicas sobre um dia qualquer na vida. Justamente num dia qualquer desses, esse homem foi morto a tiros por um grande fã. Uma mulher outra vez soube por meio do carteiro, que o marido à traia com uma moça mais jovem. Essa mulher se separou dele e nunca mais se casou. O marido acabou virando um alcoólatra e os dois deixaram tudo para traz.
O engraçado é que se o carteiro nunca tivesse trazido essas notícias, eles nunca teriam modos de saber sobre isso.
Mas a sina do carteiro tinha que continuar. Ninguém nunca viu seu rosto. Tudo que se sabia sobre ele era por meio de lendas. Alguns dizem que ele se parece com uma criança brincalhona, outros rebatem dizendo que é com um velho ranzinza.
A razão pelo qual ele faz isso também é muito discutida. Existe a reflexão de que ele é um anjo do Senhor incumbido de trazer a verdade e notícias para o gênero humano. Outros pensam que ele é apenas um agente do caos espalhado o que nunca deveria ser dito. Finalmente tudo deve ser esclarecido.
Há muitos e muitos anos, existiam duas pequenas cidades interligadas. Isoladas das outras e perdidas num deserto sem fim, ninguém sabia da existência delas. Elas se davam bem entre si, o único problema é que ficava há uma distância considerável uma da outra, sendo necessário um tipo de carteiro para trocar as notícias entre as duas.Um lindo jovem de cabelos castanhos como a madeira mais pura e sempre com a sua boina carmim era incumbido desse papel. Ele havia feito um juramento de que nunca iria deixar a verdade na mão. Toda semana ia e voltava de bicicleta com novidades, piadas e o seu pagamento.
Assim continuou sua boa vida com namoradas indo e vindo.
Pois é.
Como as coisas mudam tanto de uma hora para outra.
Depois de semanas e semanas minerando e trabalhando arduamente,os habitantes de uma das cidades acharam ouro. A outra não soube disso, pois fora mantida em segredo. Agora que estavam ricos e podres acharam uma boa ideia contar para a sua vizinha.O carteiro foi incumbido de trazer a notícia. O engraçado é que foi nesse mesmo dia que ele engatou um relacionamento interessante, com uma moça interessante, de dotes interessantes.
Os cidadãos concordaram que o jovem necessitava de um descanso e notícia poderia ser levada depois.Foi lhe dado o prazo de duas semanas para ir embora. Assim uma semana se passou como duas foram voando, assim como a décima que ninguém notou a presença de tão rápida. O carteiro sempre embromava os seus superiores dizendo para eles aproveitarem o ouro e não dividir tão cedo.
Mas chegou o dia em que ele se cansou disso.
Despediu-se da moça, deu um beijo na mão do prefeito e falou que não podia ser mais adiado e que em voltava em uma semana.
Sua bolsa pesava ouro e ele pensava em uma forma de contar a notícia a outra cidade. Sua mente jovem e arteira confabulou uma forma dele ficar mais rico e conseguir ainda mais moças. É claro que ele não chegou a pensar nas consequências naquela hora. O que ele se arrependeu muito pelo resto da eternidade. Chegando na outra cidade, foi direto para o escritório do prefeito. Antes disso ele fez questão de se jogar na lama, rasgar suas belas roupas e arranhar toda a sua pela exposta. Além é claro de esconder sua bolsa com o ouro.
Todos os habitantes que o viram se perguntaram quem foi capaz de cometer tamanha atrocidade com um jovem tão belo e bonzinho.
Aquela foi a primeira vez que ele chegou a pensar em arrepender, para logo esquecer e começar a se deliciar com as suas futuras vantagens.
O prefeito o vendo naquele estado lhe encheu com uma torrente de perguntas sobre ladrões e cães assassinos. O carteiro usou de todo seu talento teatral e aparência para contar uma história absurda para todos os presentes. Contou sobre a descoberta do ouro, os preparativos para a viagem para a outra vila, como foi duramente repreendido e encarcerado.As verdades que lhe foram ditas, como a vila nutria um ódio eterno para com a sua vizinha.
Na sua cabeça tudo ia dar certo.
Ele ia ser declarado um herói por escapar de tamanho sofrimento e trazer os fatos a visão de todos. Era claro que uma guerra começaria e ele teria que fugir antes que a verdade viesse a tona. "Mais vai tudo dar certo, é só eu roubar o ouro e fugir", ele pensava quando uma faísca de culpa lhe passava pela mente.
Ah se ele soubesse...
A guerra começou e muitos morreram. O ouro forjou as espadas de um povo que pensou que poderia confiar nos seus semelhantes. Depois de muito tempo realmente souberam da verdade. Tarde demais.
Nesse meio tempo o carteiro fugiu com uma bela quantidade de ouro e preciosidades.Planejava encontrar outra cidade e recomeçar sua vida. Fugiu sem rumo durante vários dias. Mas desde de quando contara a mentira ele nunca mais ficou sozinho.
Vozes o atormentavam dia e noite sussurrando palavras como verdade, mentiroso, guerra, calúnia entre outros. Ele conseguiu aguentar até certo ponto quando percebeu que elas não parariam enquanto não tomasse uma decisão. Ele gritou aos céus no meio de uma forte tempestade,uma súplica se desculpando por tudo e pedindo uma forma de se redimir.
Um raio caiu em sua cabeça. Quando acordou percebeu que as vozes tinham desaparecido. Mas em seu lugar havia outras, que falavam sobre fatos e acontecimentos. Ele viu que eram sobre pessoas e coisas reais. Decidiu por uma vez de todas se redimir com o mundo, usando a coisa que fora a ruína de sua vida: A verdade.
Conseguiu achar a saída do deserto e chegou numa cidade muito povoada. Usou o ouro que lhe restava para comprar roupas,papel e tinta.
Desse dia em diante passou a andar pelas ruas de todo o mundo, (mesmo que as ruas ainda não existissem em todos os lugares) sempre parando em uma porta qualquer e entregando uma carta com conteúdo feito do que as vozes lhe contavam sobre a tal pessoa que habitava a casa. O conteúdo podia variar uma verdade escondida, uma descoberta, um poema ou letra de música, uma ideia que poderia dar certo...
O fato é que todas as pessoas que recebiam tal carta nunca tinham um final feliz como nos contos de fadas. Existiam exceções é claro, poucos que continuaram sua vida feliz sem utilizar o conteúdo da carta. Os outros usavam e abusavam. O carteiro nunca mais precisou comer ou beber e também parou de envelhecer. Distribuir a verdade lhe supria todas as suas necessidades.
O tempo passou, o mundo deu voltas e ele virou lenda.
Quase todo mundo se perguntava sobre um carteiro de cabelos cor de madeira e de boina que deixava cartas para pessoas aleatórias. Virou matéria de programas de TV e revistas de ufologia. Nunca encontraram uma prova concreta da sua existência, pois quem recebia as cartas as guardava em silêncio e nunca mais dizia uma palavra sobre o fato.
A história das duas cidades se perdeu com o tempo. Sua existência também. Mas ele continua mesmo que sem motivo. Pois a verdade sempre precisa ser dita. Por mais que doa e faça sofrer.O mundo não seria mundo sem ela.
Até hoje ele continua com a sua triste sina.
Fazendo o mundo dar voltas.Fim
Curta do Mês #002
Tema: Drama
1º Lugar: Mr. Perry
Tema: Drama
1º Lugar: Mr. Perry
- Spoiler:
- Viva L'Allegria
Lá estavam as velhas fotos, repousando sobre o criado mudo cálido como as lágrimas daquele que repousava no quarto vazio e silencioso. Não haveria mais manhãs onde os pássaros azuis e amarelos passassem pela copa das árvores anunciando o esplendor do alaranjado solar; não. Até mesmo o velho disco de blues empoeirava-se ao lado da vitrola virgem e intocada.
Aquelas noites calientes com o fervor d’um bom tango não mais existiriam; seriam apenas o soprar da memória sobre a consciência envelhecida. Toda a luz dos olhos extorquiu-se, e apenas a chuva no vidro da janela persistia naquele momento do lapso da razão de um céu em seiscentos e vinte e seis tons de cinza, carregado com as gigantes nuvens de chumbo.
”Oh! Clarice; perdeu-se teu sorriso brando, claro agora como a certeza de perder-te; perder-te o olhar tenro no tempo; perder-te e perder-me nessa dimensão isolada que um dia for chamada vida.”, pensou o homem que sentava na sua velha cama de casal, sem, no entanto, sua resplandecente flama de amor.
Abriu a pequenina gaveta do criado, vasculhando entre contas velhas e revistas antigas algo que pudesse lh’acalmar. Quase podia sentir o cano frio e negro repousar sobre sua testa, manso e tranqüilo como as águas de um lago adormecido, perdido nos resquícios de um velho guarda-roupa.
Admirou o velho livro do leão ao lado das fotos no último, mais velho e mais fiel companheiro – o criado mudo -, mantendo-se num sorriso inocente como d’uma criança em frente a um ato de carinho.
O som que eclodiu não era de um bom jazz. Ao menos, seria levado, em mãos, ao paraíso do sol diurno eterno por sua bela Beatrice – e assim repousariam numa comédia taciturna italiana.
A roupa, a madeira e a neve do além mar mancharam-se na velha peregrinação pela alvorada.
Curta do Mês #003
Tema: Amor
1º Lugar: Mr. Perry
Tema: Amor
1º Lugar: Mr. Perry
- Spoiler:
- Cocaína
Meus cabelos ruivos lisos perdiam-se nos teus olhos castanhos. Tua pele morena devorava-me a cor pálida que pouco tinha, assim como sua boca possuía-me o corpo.
Eu era mesmo uma vadia; e logo você fez-me mulher. No calor, suor confundia-se com saliva enquanto os morcegos cantavam as atrocidades da noite, a capital do pecado carnal.
E o sexo prolongou-se pelo dia.
Óh, por que, Carolina?
-Murilo- Membro
- Idade : 30
Alerta :
Data de inscrição : 01/03/2011
Frase pessoal : Pq ñ podemos fugir da realidade se ela é uma droga
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