Como você pretende criar seu(s) filho(a/s)?

por Gaudério Seg 27 maio 2013 - 17:38

Este tópico foi criado com o intuito de compartilhar entre nós, membros, a maneira que criaremos nossos filhos no futuro.

Como você pretende fazer isso?
De maneira geral, como você criará seu filho?
Qual a rigidez que você pretende impor ao que seu ele pode ou não fazer?
Você irá impor que tipo de limites ao seu filho? Em que ponto você dirá não ao seu filho?
Você pretende interferir até que ponto nas escolhas de seu filho?
Se você não concordar com a escolha de seu filho, por exemplo, numa escolha profissional dele, você interferirá? ~~[Insira polêmica aqui]~~ E sua escolha religiosa? Se ele dizer que seguirá uma religião não-cristã, ou até mesmo seja ateu, como você reagirá? ~~[Insira muito mais polêmica aqui]~~ E sua escolha sexual? Você tentará interferir caso ele lhe diga que é homossexual?

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Futuramente, pretendo ser um pai presente e comprometido ao criar meu filho. Quero que ele esteja sempre em segurança, esteja saudável e tenha a melhor educação possível. Mas também deixarei ele ser quem ele é, apenas interferirei uma decisão dele, para ele, caso seja colocado em risco sua saúde, sua segurança, ou comprometa sua educação. Eu espero de mim mesmo aceitar qualquer escolha que o meu filho faça, novamente, desde que ela não interfira em sua saúde, sua segurança e sua educação. Vou tentar sempre influencia-lo a não se envolver com drogas (qualquer tipo, inclusive álcool), tentarei fazer com que ele tenha hábitos alimentares saudáveis, e tentarei conhecer bem os amigos dele, afinal, quando se é criança, más influências são um perigo. Ainda que quem diga que má influência só afeta quem tem cabeça fraca, uma criança não tem uma visão do mundo concreta, por isso é necessário ver bem suas amizades, mas também, pretendo não julgar alguém só de olhar, pois isso já seria discriminação. Afasta-lo das más influências ajudará a garantir a segurança de meu filho, e também a educação, de certa forma. Na parte da educação, provavelmente será onde eu mais pretendo interferir. Eu sempre procurarei ajudar meu filho com afazeres escolares, e sempre que ele tiver problemas na escola, eu pretendo ir até ela e resolver. Também matricularei meu filho no melhor colégio que eu achar, considerando a distância de casa o único fator de interferência neste quesito. Se tiver condições financeiras, colégio particular. Se eu for morar em Porto Alegre, colégio militar. Sempre influenciarei meu filho a estudar, mas não o impedirei-o de fazer o que gosta, desde que ele dedique ao menos 3 horas diárias ao estudo e aos afazeres da escola. Sempre farei ele dormir no máximo 10 horas até o horário de início das aulas, assim, ele poderá ter uma boa noite de sono (8 á 9 horas) e tempo para se arrumar até a hora da aula.
Como eu ia dizendo, contanto que sua educação, saúde e segurança estejam garantidos, meu filho está liberado para fazer o que bem entender, então não imporei uma idade mínima para ele namorar, contanto que sua namorada não seja uma má influência e que ele não perca o foco nos estudos.
Procurarei sempre conversar com meu filho, e pretendo não mentir para ele, assim teremos confiança mútua. Saberei sempre o que está acontecendo com meu filho, confiando nele, e ele confiando em mim.
Influenciarei ele sempre a fazer o que ele achar certo, mas sempre procurarei questionar o ponto de vista dele e faze-lo refletir. Assim, ele pode tirar uma conclusão dele, e, provavelmente farei ele não ter uma mente fechada. Também tentarei influencia-lo a questionar tudo à sua volta, pois é questionando que se forma um ponto de vista sem ser ignorante. Ele deve seguir o SEU ponto de vista e fazer o que ELE achar certo, mas ter mente aberta para aceitar novas ideias.
Serei bem sincero, eu preferiria que meu filho fosse um engenheiro, um físico, um médico, um geólogo ou um professor (no ponto de vista de ser uma profissão digna, apesar de, no Brasil, desvalorizada), e eu até tenho um certo preconceito com carreiras artísticas (ator, pintor, etc.), mas o apoiarei, não importa qual decisão profissional ele tomar.
Limitações quanto a dinheiro, bem, estando dentro dos meus padrões financeiros e como recompensa ao desempenho de meu filho no colégio e educação em casa e fora dela, não há porque eu não presentear meu filho de vez em quando, mas eu sempre o questionarei quando quiser algo. Perguntarei sempre para que ele quer isso ou se ele realmente precisa disso. Isso fará com que ele não se torne consumista desenfreado. É bom para o meu bolso e para que ele não fique mal acostumado à ter tudo.

por ~Jhonn Seg 27 maio 2013 - 18:29

Haha legal vamos lá :

-Em primeiro lugar quero dizer que não sou um jovem tem que pedir a alguém pra sair na rua ou ter hora de chegar em casa porque infelizmente não tenho mãe nem pai pra isso, e o que minha vó mais quer é me tirar de casa, porém com meus filhos será diferente, serei sim um Pai coruja e terão que me dar satisfação de tudo oque fazem na rua, na escola e fora delas, pra falar a verdade queria que o nome do meu filho seja Jonas Fabiano porque acho legal.

-Não serei daqueles Pais que acham que enfiando a porrada irá resolver tudo, um bom sermão e tirar bens será o melhor castigo, até que porque eu tenho quase certeza que meu filho ou filhos será nerd ou no mínimo Otaku, até porque nunca deixarei de ser.

-Se meus filhos curtirem Pokémon ~~espero que sim~~ , se os 2 no caso curtirem comprarei o console para todos e darei uma versão oposta a cada um Smile

-Não permitirei que filho nenhum meu sofra Bullyng, saberei quando eles tiverem sofrendo em silêncio, farei oque for presciso para evitar isso mais sempre lembrarei a eles que nunca se rebaixem ao nível de ninguém.

-Sim, contarei a eles que amo Pokémon, mais isso eles vão descobrir como eu fiz uma promessa que nunca deixaria o fórum, creio que se gostarem de Pokémon também criarão uma conta um dia aqui..

- Se eu realmente conseguir me tornar um ator, farei o possível e opara ajudar-los a serem também.

-Um Apelido que eles poderão me chamar é de Pai Slaking e.e

-Contarei que um dia eu ia atrás do Luciano bla bla bla bla, sei que eles ficarão com muito ódio dele e quem sabe continuar oque eu e Bianca não terminados.

-Como morarei em São Paulo, uma vez por ano visitarei minha mãe e minha vó, sim uma vez por ano já que a minha família nem liga muito de me ver...

-Quem me desreispeitar ou pisar na bola, vai se ver comigo, sim darei tudo oque eles pedirem, já que nunca tive uma Pai pra fazer isso comigo, nunca tive um pai pra me levar pra jogar bola, jogar video-game comigo, ver como eu estou na escola e etc etc, serei sim com muito orgulho um Pai coruja.

por **Rush** Seg 27 maio 2013 - 22:40

Well, como o bom e velho Jhonata ai em cima, eu não tive a presença de um pai na minha infância. Como minha mãe me sustentava, trabalhando direto, cresci sozinho praticamente. Ela sempre me deu tudo o que eu queria, mas nunca tive carisma o suficiente para brincar com outros meninos da minha idade, só ficava lendo e tal. Se tudo acontecer positivamente, e eu tiver dois filhos - Miguel e Helena - eu serei um pai presente e carinhoso, mas também rigoroso.

Como serei músico/escritor, ficarei bastante tempo ocupado pra compor poesias, ensaiar alguns instrumentos e tal. Logo, é claro que ficarei no mínimo umas seis horas por dia num escritório pra isso. Não me incomodarei de ficar com eles e até despertar um gosto artístico e musical neles, mas vou estabelecer minhas regras, e uma delas é respeitar o espaço das minhas coisas pra não estragar nada. Vai ter aquelas brincadeiras de tocar violão e todo mundo cantar feliz, até de ensinar eles algum instrumento, mas se tocar nas minhas coisas sem permissão... Vou discutir com eles.

Vou bater sim nos meus filhos. Não espancar, mas dar uns tapas na bunda só pra repreender. Não vou aturar criança mimada chorando no shopping, em restaurante ou em elevador só porque não ganharam alguma coisa cara. Se eu tiver condições, eu comprarei o que eles quiserem, mas é claro, eles terão que merecer. Ou sendo bonzinhos e respeitando as regras de casa, como tirando boas notas e coisas do tipo. Hipocrisia da minha parte, eu sei.

Sobre bullying, ensinarei meus filhos a se defenderem. Se eu receber uma noticia em que meu filho foi suspenso por bater num menino que atormentava ele, eu vou ficar feliz por ele ter se defendido, e nem o castigarei. É claro que tudo tem seu limite, se ele for o "bully", eu irei brigar com ele. Se a minha filha for motivo de zoações, também a ensinarei a se defender. Vou ser um pai ciumento, eu acho. Mas irei dar a liberdade pra ela namorar, mas não a liberdade de dormir na casa do namorado ou dele dormir na minha casa.

Assim como eu, meus filhos vão fazer exercícios para nos mantermos em forma, além de ser saudável, é ótimo para combater a depressão e até bullying. Nada pesado, do tipo maromba, mas uma exercitação e uma dieta saudável.

Apoiarei as decisões dos meus filhos, se quiserem ser médicos, advogados, pintores... Terão o meu apoio. Se minha filha quiser ser panicat ou stripper, eu vou xingar muito ela. Eu irei amá-los, por nisso não irei permitir que eles manchem as suas imagens e se humilhem. Se meu filho ser otaku, eu vou ZOAR MUITO ELE.

Ficarei chateado se meu filho ser homossexual. Sério mesmo. Mas com o tempo iria aprender a aceitar, e nunca iria proibir ele disso. É claro que iria dar uma bronca pra ver se ele realmente é homossexual ou só quer chamar a atenção. O mesmo vai pra minha filha.

Os tratarei com respeito, e serei o pai que nunca tive. Serei severo, mas não cruel. Darei tudo o que eles quiserem no natal, mas falarei que eu não tenho dinheiro, só pra fazer uma surpresa. Eu os ensinarei a andar de bicicleta, a empinar pipa, a pescar, dar um labrador ou um husky, e daríamos banho nele com uma mangueira. *-* Todos os anos iriamos numa praia e eu iria aprender a surfar com eles. Irei ensinar pro Miguel todas minhas experiências com meninas, inclusive em como abordar numa, já que você que tem que deixar ela te beijar no primeiro beijo, e não você tentar beijá-la. Também iria brigar de luta com ele, e deixaria sempre ele vencer. *-*

Já a Helena, iria tentar dar dicas de como lidar com meninos, já que somos retardados e infantis. Iria sempre elogiá-la, e tocaria uma música pra ela baseada em seu nascimento. Iria ajudá-la a comprar roupas e vestidos. Quando crianças, eu iria reuni-los todos os finais de semana para acamparmos na sala ou no jardim. Também iria contar história para eles além de brincar com nosso Labrador/Husky junto com eles. Deixaria eles verem os ensaios da banda e sempre iria deixá-los na porta da escola de carro. Iria ensiná-los a dirigir e a tocar bateria/violão.

Iria dar todos meus video-games e brinquedos para eles, os únicos que eu guardo - os marcantes duh. Iria dar a minha primeira camisa Xadrez pro meu filho, que é a minha "camisa da sorte", em que eu toquei na primeira apresentação oficial da minha banda e outros eventos. Ensinaria-os a jogar basquete, hugby, e contaria todas as minhas histórias constrangedoras para eles, inclusive a do Nicolas que virou amigo da árvore. *-*

Aaaah, seria o pai que eu nunca tive. *-* Me empolguei bastante agora. Obrigado pela oportunidade de falar isso.

por Mag Ter 28 maio 2013 - 0:37

Rush escreveu: mas se tocar nas minhas coisas sem permissão... Vou discutir com eles.

Vai dar é uma sova neles.

Eu não sei... No fim nós somos a maioria uns babacas falando asneiras aqui. Grande parte repete o que o pai fez, e se não, nunca conseguirá um relacionamento satisfatório com seus filhos, e sabe por que? Porque eles não vão ser o que você espera deles. Acho perfeita a forma como Machado retrata essa relação pais-filhos em Memórias Póstumas de Brás Cubas, como no fundo todo pai espera algo de um filho e como o filho não corresponde por ser, na realidade, uma identidade própria, e não a pessoa que você acha que a educação que você dará vai construir.

Tenho medo de reproduzir o que meu pai é comigo. Ele não é ao todo ausente nem nada do tipo (e nesse aspecto, se tornar pastor foi excelente pra estruturação da nossa família), mas nunca me dei completamente bem com ele... Isso é tão complicado, às vezes acho que nasci pra contrariar meus pais. E quem sabe não seja isso? Criar identidade seja se opor a tudo que você foi firmemente educado a fazer por algum motivo diabólico ou divino - qual a diferença mesmo? - qualquer. Espero encontrar uma solução adequada pra isso quando ou caso tenha um filho mesmo.

Eu sempre me imagino com filhos - e nos últimos tempos, com um adotivo. Mas sempre me lembro da miséria da nossa descendência...

"O espelho e a cópula são abomináveis, pois multiplicam os humanos", assinaria algum autor que o Gui me mostrou.