[Álbum] Thunder and Lightning

Thunder And Lightning

Faixas:

1. Thunder and Lightning (4:56) ←
2. This Is the One (4:04)
3. The Sun Goes Down (6:20) ←
4. The Holy War (5:12) ←
5. Cold Sweat (3:06) ←
6. Someday She Is Going to Hit Back (4:05) ←
7. Baby Please Don’t Go (5:10)
8. Bad Habits (4:04)
9. Heart Attack (3:39) ←

“Thunder and Lightning”, lançado em 1983, foi o último álbum de estúdio do Thin Lizzy. Antes de ouvi-lo, vale lembrar que este é diferente de qualquer outro disco da banda: é muito mais pesado, rápido, violento, triste. Phil Lynott, cantor e baixista, começava a dar indícios de que iria perder sua luta contra as drogas. Não bastasse isso, Snowy White (guitarrista nos dois trabalhos anteriores, “Chinatown” e “Renegade”) saíra do grupo, dando lugar a ninguém menos que John Sykes (Tygers Of Pan Tang, Whitesnake), o que sem dúvidas influenciou bastante no resultado final. A capa, por sua vez, mostra-se um prólogo do que viria a acontecer três anos depois - o fim do sonho.

Isso pode ser observado logo de cara na primeira música, a autointitulada “Thunder and Lightning” – uma porrada de quase cinco minutos. Se você é fã de Motörhead, com certeza gostará. O baixo nessa faixa – assim como em grande parte das músicas do álbum – está bem destacado, Philo fez um ótimo trabalho. O refrão é bem empolgante, facilmente viciável, além de seguir com um solo que explode com a música.

A próxima, infelizmente, é ofuscada por dois grandes hits. “This Is The One” é boa música, que segue a linha mais “hard” da antecessora, mantendo-se também mais animada que a sucessora. Se você ouvi-la junto com o álbum, poderá soar repetitiva e chata; dê um pouco de atenção a essa em especial.

O disco continua com a bela e harmônica “The Sun Goes Down”. Poderia descrevê-la como, no mínimo, fantasmagórica; há nela uma porção de tristeza – em geral para quem conhece a história da banda e sabe da situação em que estava Lynott – que te carrega com o ritmo tranquilo e meio blues, como faziam no passado. É ótima para se ouvir no crepúsculo, literalmente enquanto o sol se põe.

Como falei anteriormente, o baixo é bem audível. Isso não é diferente na música “The Holy War”, que soa para mim como NWOBHM, mantendo um ritmo contagiante (lembrando-me de “Massacre”). Downey como sempre fez um trabalho magnífico nas baquetas, mesmo que a percussão em si soe bastante crua. A faixa como um todo é pesada, desde sua letra – que fala de um tema bem delicado, a religião - até cada acorde. Phil a todo momento passa a sensação de fúria, d’algum sentimento estranho, um fulgor; um espírito de liberdade.

O que dizer de “Cold Sweat”? É mais uma que prova que Thunder é o mais pesado do Thin. A banda Megadeth, fez até mesmo um cover dela para seu novo álbum, Super Collider. Antes disso, claro, ela já era bastante famosa, talvez uma das que se destacavam melhor. Possui um riff porrada, igual a primeira música; tem um bom solo; tem uma linha totalmente NWOBHM (nossa, de novo!), clara influência de Sykes.

Há de se confessar, a viradinha final do álbum não é muito bem aproveitada, mesmo tendo músicas legais como “Someday She Is Going To Hit Back”. Retirando os vocais, temos uma boa faixa para jogos de Super Nintendo (semelhantes à série Megaman X, que tinha uma trilha sonora mais Heavy). Downey e a dupla de guitarristas (que sempre foi um dos focos e um dos maiores prazeres de se ouvir Thin) dão vida a essa música, até porque não há nada de demais nela senão seu próprio ritmo animado.

Outra legal é “Baby Please Don’t Go”, onde podemos até mesmo confundir sua introdução com a de uma música de Power Metal. Em geral, ela repete bastante, mas não deixa de ser boa por isso. Um de seus principais destaques é seu solo, distante de todo o resto da canção. Rápido, nervoso, desesperado. É uma balada ótima dos anos oitenta, a diferença é que o solo é tunado.

“Heart Attack” é um bom encerramento. Novamente, temos um baixo destacado, um vocal aparentemente menos cansado por parte de Phil - embora seja extremamente penoso ouvi-la, pois ele parece dar seu grito final -, todos os instrumentos colaborando entre si, etc. A própria letra parece ser um "adeus e obrigado por tudo". Ela deixa “Bad Habits” – a mais esquecida do álbum todo, sem dúvidas – no chinelo. Enquanto uma é totalmente estereotipada, a outra é um bom hard, como grande parte do disco. De toda forma, se você gosta do estilo, certamente achará ela legal. Não é nenhuma coisa surpreendente, mas tem seu charme.

Ao terminar de ler essa resenha, você deve estar achando ou que o disco é repetitivo, ou que eu não sei escrever. Prefiro que ache o segundo, pois Thunder and Lightning é excelente. É literalmente uma pérola negra na discografia do Thin Lizzy, porque raramente as pessoas param para ouvi-lo, mesmo com tamanha qualidade sonora... Sykes - que aparenta ter certa influência de Iommi, Black Sabbath - foi uma presença interessante no álbum. Se a banda continuasse, era bem capaz dela seguir por um caminho beirando o Metal e o Hard. Em geral, é passível de dor saber que esse foi o fim não só de uma banda, mas de uma vida que a carregou praticamente nas costas.

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Essa resenha havia sido feita originalmente pelo Ander e por mim originalmente em Junho de 2013. Decidimos revisar a resenha, falar mais sobre algumas músicas, tentar diminuir o número de repetições etc. Resolvemos fazer esta resenha porque gostamos bastante deste álbum e desta banda. Um triste final, porém, um grande final.

Muito bom.
Adoro esse álbum, apesar dele ser tão sombrio e pesado.

The Sun Goes Down, cara... Porra. Slá, toda a parafernalha (e usar essa palavra) sonora e as letras tristes dão uma sensação de queimar, slá. De inferno. É tipo "desisti, obrigado por tudo galera. Time to go". Muito triste.

Pô, já tinha lido a resenha original. Ficou muito legal mesmo.
O Thunder é um dos meus preferidos, é uma pena eu ter demorado pra ouvi-lo, e antes  conhecia só a Cold Sweat. Bah, a Someday é legalzinha, a Bad Habits até acho legal, mas ainda são fracas comparadas ao resto. A This is the one é [palavra censurada], pode não ser o destaque do álbum, mas ainda é uma [palavra censurada] faixa, digo o mesmo da Heart Attack.
Poxa, a Holy War é fantástica, idem a Cold Sweat e a Thunder. The sun goes down é muito triste, caras D: pior ainda é a Heart Attack, mesmo sendo mais animada, ela é tão depressiva.

Nem to lembrando direito agora da Baby Please Don't Go, bem, tenho que sair. É um [palavra censurada] álbum, ótima resenha a de vocês.

OVERDOSE
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MAMA I'M DYING

É, Heart Attack é... tristona.

"Se você é fã de Motörhead, com certeza gostará" baixando...