Notas do autor: Olá pessoal! Gostaria de agradecer a todos que leram o prólogo. Fiquei sem internet nos últimos dias graças a uma mudança, mas agora estou de volta e gostaria de postar o primeiro capítulo da fic. Antes, gostaria de agradecer aos comentários especificamente, e respondê-los.
- Comentários:
- Mathss escreveu:
- Bom, vou tentar acompanhar, mas uma coisa que eu reparei, foi dito muito da região, sem citar seu cenário, uma dica que me deram antes, mais de uma vez até, kkkk, é sempre bom descrever.
E outra coisa, não foram apresentados os protagonistas, e nem foi dito direito o que eram estas mudanças, a única coisa que entendi é que não pegava pessoas de 10 anos.
Mas nem achei isto tão problemático assim não, acho que vai ser interessante, a única coisa que me deixou com 1 pé atrás foi citar um personagem do Anime, que acho bem infantil...
Olá Mathss! Agradeço ao comentário, fico feliz que queira acompanhar. Entendi a dica sobre descrever, acho que não entrei mesmo em muita descrição no prólogo, só uma visão mais ampla da região. Trabalharei as descrições nos próximos capítulos hahaha. Como foi só o prólogo mesmo, eu mantive o foco bem afastado do enredo da história: os protagonistas, as novidades do continente, etc., pretendo mostrar isso só a partir do primeiro capítulo. O prólogo foi só pra não começar sem nenhuma introdução.
Sobre citar o anime... Não sei, há anos não acompanho mais o anime, mas eu tenho o leve defeito de querer colocar o Ash como alguém que se deu bem na vida mesmo que seja só na minha fiction HSUAHSUAHSUASHUA. Porém entendo seu receio. Espero que goste do resto da leitura!
- Black~ escreveu:
- Bom, vamos lá.
Eu curti o prólogo, não mostrou nenhum protagonista, na verdade, acho que o protagonista, é como o próprio nome sugere, o Continente Lorein, mas, tratando-se de pessoas, suponho que seja o professor, até o momento em que aparecerá o protagonista de verdade, um treinador, um coordenador, quiçá um médico.
Bem, como eu disse, eu curti a história, achei muito interessante esse negócio do continente, datas oficiais para lutar em ginásios, para ir em contests, para pegar pokémons, etc. Além de claro, o continente vetar crianças de 10 anos rodando o mundo sem nenhum planejamento nem nada do tipo, como disse na própria fic, e isso eu achei bem realista, já que de fato, os treinadores saem na fé e "vamo que vamo".
Bem, o prólogo em si não tem muito o que falar, foi somente isso mesmo, falando do continente, mostrando o quão bom e evoluído é o continente, mostrando a premiação de "continente mais evoluído" e coisas do tipo, fico no aguardo do próximo capítulo, que certamente deve mostrar mais sobre a história.
Não vi nenhum erro que fosse prejudicial à leitura.
É só e boa sorte com a fic.
Olá! Muito obrigado por ler. Realmente, você pegou bem a ideia: o protagonista é o continente. Claro que pra isso acompanharemos a história de personagens, mas acho que o diferencial da fiction mesmo vai ser o continente novo e tal. Fico feliz que tenha gostado do lado mais "realista" que eu tentei dar ao continente, afinal eu nunca achei aceitável a molecada correndo por aí com os pokémons sem rumo SAUHSAUSHAUSHUA. Fico feliz que o prólogo tenha conseguido interessar e espero que goste dos capítulos. Obrigado também pelo desejo de boa sorte!
- Lumada escreveu:
- Achei bem interessante, de verdade. A ideia foi bem escrita e como você disse, o intuito de emprestar um pouco mais de realismo à série foi alcançado.
Eu sempre gosto de ler muito, mas entendo que é bom parcelar os capítulos, dá mais vontade de acompanhar (aconteceu comigo em sua fic). E quero acompanhar, keep it up!
Oi! Fico feliz que tenha interessado, e que o prólogo tenha mostrado bem a ideia. Espero que continue interessante. Os capítulos serão mais longos que o prólogo, acho que de um bom tamanho hahahahaha. Muito obrigado!
Capítulo 1 - Os Iniciais e iniciantes.
Eram oito da manhã quando Christian Marvin e Francis Coob aportaram em Vengas, conhecida como a “Cidade do Início” no continente Lorein, e desceram do Saint Louis, o navio onde viajavam.
“É uma cidade muito acolhedora.” Comentou Fran assim que eles saíram do porto, entrando numa das ruas litorâneas da cidade tendo a primeira opinião sobre o local. Chris concordou com um gesto de cabeça, olhando em volta.
Vegas era um dos cartões postais de Lorein. Uma cidade muito antiga, colorida, e bonita. A atividade econômica principal da cidade era a pesca, junto com a pesquisa pokémon que era realizada no laboratório do Prof. Rosewood. Em sua maioria, as casas eram pequenas, de um estilo antigo, com a arquitetura muito semelhante, e todas coloridas, o que dava um charme à cidade que brilhava sob o sol reluzante e sobre o mar azul e brilhante. Ao longe, erguendo-se acima das pequenas casas que se espalhavam pela cidade, estavam as torres eólicas que geravam energia pra cidade e pro funcionamento do laboratório. Tudo formava uma paisagem muito bonita: o porto, o mar, as casas e as torres.
“Sim. Agora só temos de encontrar o laboratório do Prof. Rosewood.” O moreno comentou, com um sorriso para o amigo, que percebeu que já estava sorrindo também.
Christian e Francis eram da mesma cidade em Lorein, a grande cidade de Urbas, e eram os únicos dois moradores da cidade que haviam cumprido todos os requisitos mínimos para iniciarem a jornada pokémon naquela temporada. E com certo mérito eles cumpriram aqueles requisitos, diga-se de passagem.
Em Lorein, o sistema de profissões pokémon era diferente de outros continentes, há mais de 20 anos. E vinha dando certo, principalmente nos últimos anos. Para que um jovem pudesse receber seu inicial, precisava cumprir quatro requisitos mínimos: ter pelo menos 18 anos, frequentar um Curso Inicial sobre o mundo pokémon que durava um ano, conseguir uma nota acima de 900 pontos em uma prova de conhecimentos pokémon, e ser aprovado em um exame psicológico.
Francis completara a idade mínima para iniciar jornada em Lorein naquele ano, 18 anos. Tirara uma nota ótima na prova de conhecimentos Pokémon, fizera o curso inicial para poder partir em jornada, e seu teste psicológico fora perfeito. Nada menos esperado do filho de Marcia Coob, a treinadora aposentada que fora incrivelmente reconhecida na sua época, antes do nascimento do filho.
O amigo Chris também não ficara para trás. Mesma idade, uma nota muito acima da necessária para ser aprovado no exame de conhecimentos Pokémon, um aluno exemplar no curso inicial, e um teste psicológico que o caracterizava como “firme”. E apesar de não ter nenhum membro da família que já tivesse alguma fama, ele sempre sonhara em ser treinador e estudara muito desde jovem para ser um grande treinador. E tinha confiança de que seria um.
“Pelo que eu me lembre… Minha mãe disse que é a última construção branca na saída para a rota da Floresta Negra.” Francis anunciou, coçando o queixo.
Christian ergueu uma sobrancelha para o amigo.
“Considerando que não mudou desde a última vez que sua mãe esteve aqui, 20 anos atrás…” O rapaz brincou, olhando de lado pro amigo.
“Cala a boca Chris.” Fran soltou um risinho, acertando o amigo com o cotovelo e fazendo-o rir alto.
Ambos eram amigos há tanto tempo, que se conheciam melhor que quaisquer outras pessoas. Basicamente foram criados juntos, vizinhos, vivendo um na casa do outro desde que tinham idade para saírem de casa sozinhos. Era uma amizade longa e muito forte, daquelas basicamente inquebráveis, cheia de confiança, clichê... Mas não tão comum na vida real.
Por isso, eles estavam felizes de partirem juntos em jornada.
**
Rosewood abriu a porta do laboratório e deu de cara com os dois últimos dos jovens que iniciariam sua jornada naquela manhã. Abriu um sorriso para ambos.
Não precisava de muito esforço para reconhecer aqueles dois, suas fichas estavam com ele há muito tempo sobre sua mesa, com as fotos dos dois encarando-o juntamente com os outros aprovados da temporada.
O loiro era Francis Coob, o filho de Marcia e Edward Coob. Lembrava muito ao pai, com o físico magro, altura mediana, olhos verdes e a pele bem clara. Tão bonitão quanto o pai era naquela idade, mas com uma aura muito semelhante a que a mãe tinha, e aquilo era o que realmente animava Rosewood: Edward fora um treinador não tão conhecido, que acabou desistindo da carreira para se tornar um advogado. Mas Marcia fora uma das maiores treinadoras que Lorein tivera na história. E ver alguém com aquela chama novamente era incrível.
Christian Marvin, o rapaz de cabelos pretos, pele bronzeada e esbelto ao lado do rapaz, já não tinha esse mesmo passado, mas… Sua ficha era bem impressionante. Na verdade, ele tivera uma das maiores notas no exame de conhecimentos pokémon que Rosewood já vira, e aparentava ter muito potencial. Os olhos azuis pareciam carregados de uma determinação que era indispensável para um treinador.
De qualquer forma, aqueles eram mais dois grandes candidatos a se tornarem ótimos treinadores, carregados de potencial. Assim como os outros que já haviam chegado ali mais cedo.
“Olá, sejam bem vindos.” O professor anunciou, abrindo o sorriso mais simpático que conseguia, sentindo a barba pinicar sua pele com o movimento dos lábios. “Christian Marvin e Francis Coob, de Urbas não é?” Ele ajeitou o jaleco, enquanto os jovens sorriam para ele.
“Muito prazer professor.” Christian foi o primeiro a estender a mão e cumprimentar o professor, o amigo o imitando em seguida. Rosewood apertou a mão dos dois garotos.
“Bom, vamos entrar, os outros novos treinadores estão aqui para pegarem seus iniciais.” O homem comentou rapidamente, gesticulando para que eles entrassem e dando um passo para trás, abrindo o caminho. “Venham, sentem-se.”
Assim que os dois garotos entraram no laboratório, o professor os ouviu cumprimentar os outros ali. Encostou a porta e entrou no local.
“Muito bem, vamos começar.” Começou simpático, enquanto entrava no ambiente da recepção, onde ele faria a entrega dos iniciais para todos. Os seis jovens estavam sentados nos dois sofás cinzentos de três lugares, em torno de uma pequena mesa de centro onde estavam os kits de início de jornada que Rosewood deveria entregar. “Bem, melhor já começar com as explicações mais gerais e obrigatórias.” O velho anunciou, sentando em sua poltrona de frente com os iniciantes “Pode ser?” Questionou uma última vez.
Todos ali fizeram que sim com as cabeças. Em concordância, o professor fez o mesmo, preparando o discurso que fazia há 20 anos, desde que era um jovem professor recém formado, com quase a mesma idade que aqueles jovens, quando ele acabara de realizar sua maior ambição na vida: instalar um sistema pokémon inovador e muito mais adequado.
“Certo. Vamos lá. Primeiro, vocês são seis dentre os 10 jovens que preencheram os requisitos mínimos para iniciarem suas jornadas nesse ano em específico. Os outros quatro estão para chegar amanhã, já que são pessoas que moram em regiões mais isoladas de Lorein. Dito isso…” Ele se inclinou sobre a mesa e pegou um envelope de papel pardo. “Agora, eu devo conhecer um pouco mais de vocês, já que teremos um relação muito importante para todo profissional pokémon: eu serei aquele que cuidará de seus pokémons quando eles não estiverem com vocês.”
O homem encarou cada um dos jovens ali nos olhos. Todos tinham um brilho no olhar que ele reconhecia com facilidade: brilho de jovens animados para partirem em viagem.
“Muito bem, eu sei um pouco de vocês pela ficha de cada um. Vocês sabem sobre mim pela minha fama.” Rosewood começou, abrindo o envelope e puxando as fichas dos seis ali. “Mas ainda preciso trocar palavras com alguns de vocês, conhecê-los, e quero que vocês conheçam uns aos outros também. Então…” O homem encarou a primeira ficha em suas mãos, ajeitando o óculos no rosto. Era a ficha de Selena Bergio, mais uma iniciante de potencial. Rosewood a encarou.
“Bem, começando por Selena Bergio…” Ele anunciou, e a garota apenas fez um gesto positivo com a cabeça, fazendo todos se voltarem a ela. “Pela sua ficha, Selena, vejo que
é de Orfira, a cidade onde fica o ginásio de Reckon Bergio, seu avô. Me parece que você foi a única da cidade a conseguir ser aprovada para essa temporada, com uma boa nota no exame de conhecimentos gerais.”
A garota, de longos cabelos castanhos ondulados e belos olhos azuis, confirmou novamente com a cabeça. Aparentava ser muito séria, e ter mais idade do que realmente tinha.
“Sim. Acho que conviver com meu avô facilitou meu acesso ao conhecimento do mundo pokémon.” Ela anunciou simplesmente, dando de ombros. Não parecia haver humildade no gesto. “Desde os 12 anos eu decidi que seguiria carreira no mundo pokémon.”
“E pretende ser treinadora como seu avô?” O professor perguntou, e a garota negou com a cabeça.
“Pretendo ser uma Expert. Há muito que se aprender tanto como treinadora quanto como coordenadora, e sendo Expert tenho acesso aos dois tipos de competição. Além disso, é a carreira mais proeminente no nosso continente.” Selena anunciou com a voz firme e determinada. Rosewood sorriu.
“É uma boa escolha.” O professor pigarreou. Experts Pokémon eram aqueles que seguiam caminho como treinadores, Coordenadores, e também como criadores pokémon, sendo assim a profissão mais complexa e completa de todo o meio pokémon. Era uma profissão relativamente nova. “Bem, vejo que na sua ficha você se decidiu pelo Charmander como inicial. Influência do seu avô?” Rosewood questionou, pois achava que o pokémon inicial pelo qual os iniciantes optavam em suas fichas dizia muito sobre eles.
A garota séria finalmente deu um pequeno sorriso.
“Obviamente. Não há como ser neta de Reckon Bergio e não optar por um inicial de fogo, e dentre todos… Escolher o mesmo que meu avô escolheu me pareceu uma boa maneira de começar jornada.” Ela aumentou o sorriso, e Rosewood confirmou com a cabeça.
“Muito bem. Espero grandes coisas de você.” Encerrou o homem. “Bem, passando para a próxima ficha, tenho aqui… Adam Frand.”
“Eu.” A voz grave do garoto chamou a atenção de todos para ele. Abriu um grande sorriso.
Frand parecia ser, para Rosewood, o grande “iniciante padrão” que aparecia em todas as temporadas. 19 anos, uma boa nota no seu exame de conhecimentos, e no teste psicotécnico ele fora classificado com a característica de ser “confiante em suas habilidades”. Uma combinação que aparecia comumente, a daquele jovem preparado desde pequeno para ingressar numa carreira pokémon. Às vezes, era uma combinação muito fraca, e às vezes, um ótima e surpreendente combinação
“Ok Adam, vejo aqui que você é de Fortwin. Não é uma cidade com tradição em carreiras pokémon.” O professor comentou, e o rapaz abriu novamente seu sorriso branco, com os olhos negros brilhando tanto quanto o cabelo ruivo bem penteado.
“Realmente não é. Eu precisei realizar meus estudos na cidade mais próxima, Winres, pois Fortwin não tem nem treinadores e nem um local onde eu pudesse estudar sobre pokémons. Ainda assim, eu comecei meus estudos com 14 anos e consegui me iniciar. Eu sempre quis me tornar um treinador.” O jovem deu um sorriso debochado.
“Parece que você realmente se esforçou para isso. Seus testes foram muito bons.” O mais velho elogiou, fazendo o garoto abrir mais o sorriso, como se orgulhoso. “Sobre seu inicial, alguma razão específica para escolher o Turtwig?”
“Me pareceu uma boa escolha, apenas.” Ele deu de ombros, como se aquela fosse a resposta óbvia. Rosewood apenas anuiu novamente com um gesto de cabeça.
“Muito bem. Espero que siga um caminho de sucesso.” O homem passou a ficha novamente. “Agora, passemos para você, Brandon Petti. Vejo aqui que veio de Florpian, e estudou com o Top Coordenador aposentado, Cinder Ray.”
Brandon manteve-se sério, apenas confirmando com a cabeça.
“Sim. Eu realmente o fiz.” Disse com simplicidade. “Escolhi o mesmo inicial que ele, aliás, por inspiração nele. O Piplup. Pretendo participar de alguns Torneios e Batalhas de Ginásio para decidir qual caminho seguirei.” O rapaz moreno pareceu antecipar as outras perguntas do professor, o que deixou o homem um pouco sem jeito. Ele parecia ainda mais sério que Selena, com aqueles olhos cinzentos férreos.
“Ok. Muito interessante. Vejo em você muito potencial também.” O professor pigarreou, antes de continuar. “A proxima ficha é de Gia Humy.” O homem encarou a outra garota na sala, que sorriu para ele. Ao contrário da outra garota, Selena, ela parecia muito mais divertida e extrovertida.
“Muito prazer.” Ela cumprimentou, simpática. “Eu vim de Gocheri, e sou filha de Giorgio Humy, o líder do ginásio de Gocheri. Ele me ensinou…”
“Espera aí. Você é filha de Giorgio Humy?” Selena interrompeu a garota loira, que ergueu uma sobrancelha para ela. Rosewood repentinamente sentiu uma tensão surgir no ar, e encarou a garota loira, tão bonita quanto a outra, que parecia não entender a situação, pelo menos não mais que ele próprio.
“Foi o que eu disse. Algum problema?” A garota peguntou, como se a outra fosse louca, seu sorriso amarelando um pouco.
E quando Selena se levantou da poltrona com um brilho de irritação no olhar, todos pareceram encará-la com o mesmo olhar.
“Eu quero uma batalha com você. Agora. Professor, entregue os iniciais.” A garota rosnou, os olhos azuis queimando em um certo tipo de vigor e ânimo, e uma determinação assustadora. Rosewood abriu a boca para falar algo, mas Christian foi mais rápido.
“Ei, devagar aí.” O garoto alertou, num tom firme, que chamou a atenção dos outros para ele.
“E você é quem hein? Meu assunto é com a Humy. Eu achei que tinha ouvido errado, mas você é mesmo da família de Giorgio Humy…” Selena resmungou a última parte consigo mesma, mas que para os outros.
“E eu te conheço?” Gia perguntou, continuando com a expressão confusa. Selena pareceu inchar de raiva e Rosewood decidiu intervir.
“Ei, parem com isso.” Ele falou alto e firme, fazendo os jovens olharem para ele. “Selena, se continuar com essa atitude, não receberá seu inicial. Se quiserem ter batalhas, rivalidades e inimizades como profissionais pokémon, precisam primeiro iniciarem suas carreiras, então é melhor terminarmos isso antes. Fui claro?” O professor generalizou, mas encarou a garota morena que ainda estava em pé.
Selena lhe lançou um olhar de pouquíssimos amigos, ainda com aquele fogo azul nos olhos. Mas sentou-se.
George Rosewood podia desconfiar a razão de toda aquela energia negativa entre as duas. Mas Reckon tinha de ser muito imbecil para educar a neta daquela forma.
“É melhor seguirmos.” O professor acabou murmurrando, deixando Gia de lado. Era melhor acabar logo o que começara e terminar aquela entrega. Aí ele poderia ver as coisas desenrolarem diante dele, sem que fosse incômodo. “Bom, como perdemos o fio da meada, e ambos vocês são da mesma cidade, porque não se apresentam, Christian e Francis?” O homem convidou, fazendo o loiro e o moreno, sentados ao lado de Gia Hyum, erguerem as sobrancelhas surpresos.
“Ah… Ok.” Chris deu de ombros, trocando um olhar rápido com o amigo. “Bem, nós viemos de Urbas, e nos conhecemos desde crianças.” O moreno começou.
“Minha mãe foi uma treinadora, e desde pequenos nós sempre quisemos ser Experts pokémon.” Francis continuou a apresentação do amigo. “Bom, eu escolhi meu inicial sem nenhuma razão importante, simplesmente por gosto pessoal. Ah, e escolhi começar com o Totodile.”
“E eu vou começar com o Bulbassauro, é um pokémon que eu gosto.” Chris completou no final, encarando os outros na sala com um pequeno sorriso. Rosewood apenas anuiu com a cabeça, dando por encerrada a parte das apresentações.
“Okay, apresentações feitas… Eu gostaria de perguntar apenas uma última coisa.” O professor engoliu em seco antes de perguntar. Pensou se era sensato fazer aquilo no momento, após a cena que presenciara entre Selena e Gia. Ainda assim, decidiu tentar. “Quero que me digam, que outro iniciante nessa sala além de vocês mesmos, vocês acham que tem mais potencial?” Questionou, erguendo uma sobrancelha para os novatos. “Selena?” Convidou a morena, lançando-lhe um olhar.
A garota ainda parecia com um incrível mau humor, e respondeu de forma curta.
“Francis Coob. Ele não disse, mas eu sei que ele é filho de Marcia Coob, a treinadora.” A garota lançou um olhar forte para o loiro, que apenas ergueu as sobrancelhas para ela. O professor continuou.
“Certo. Adam, mesma questão.” Ele passou para o próximo.
“Selena ou Gia… Pelos parentes delas, elas parecem ter uma base maior.” O garoto anunciou simplesmente. Rosewood anuiu e olhou para Brandon, gesticulando para que ele respondesse.
O garoto apenas ergueu uma sobrancelha, com uma expressão de superioridade.
“Ninguém. Não tenho tempo para me preocupar com outros iniciantes.” Falou sincero, fazendo os outros olharem para ele com surpresa. Parecia alguém com um rei na barriga, e Rosewood apenas ergueu uma sobrancelha para ele. Ninguém gostava de prepotentes, ainda que fosse importante ter autoconfiança.
“Bem, Gia…” O professor passou para a garota.
“Provavelmente Brandon. Pelo mentor que ele teve.” A menina respondeu simplesmente. O professor se voltou para os que faltavam.
“Christian?”
“Com certeza o Francis. Sei do que ele é capaz.” O garoto olhou para o amigo com uma expressão de desafio. “E temos os mesmos objetivos, então… Ele vai ser um grande rival.”
Francis nem esperou que Rosewood perguntasse.
“Bom, eu acho que o Chris tem mais potencial. Não importa quem é aprendiz de quem aqui, sem trabalho duro e dedicação, ninguém aqui vai a lugar nenhum. E o Chris… O Chris tem essa dedicação.” Francis deu de ombros, rapidamente, e os outros pareceram olhar para ele com a expressão surpresa, como se ele tivesse digo algo completamente inesperado, mesmo que fosse uma resposta sensata. O professor quase sorriu, aquele realmente puxara para a mãe.
“Muito bem. Acho que isso é o bastante por agora.” Rosewood se inclinou, pegando um dos kits iniciais sobre a mesa. Eram pequenos sacos de veludo negro. “Agora, vou entregar os kits pra todos. Como sabem, cada um desses tem a pokébola do inicial de vocês, cinco pokébolas, e a pokédex. Conhecem as regras gerais, claro. Eu cuidarei dos pokémons de vocês, com a promessa de mantê-los saudáveis e felizes aqui. Podem me mandar os pokémons quando quiserem, e pegá-los quando quiserem.”O professor esticou o saquinho para Selena, sabendo que era o dela. “No mais…” Continuou, se inclinando e pegando outro saquinho, começando a entregar para os outros. “Podem falar comigo a qualquer hora que precisarem, qualquer coisa em que eu puder ajudá-los.”
O homem terminou a entrega, se recostando na poltrona novamente. Respirou fundo, encarando os iniciantes.
Selena tinha fogo nos olhos, olhando para seu kit em mãos, visivelmente ansiosa para iniciar sua jornada. Adam tinha um sorriso enorme nos lábios. Brandon mantinha a expressão fria, mas exibia uma aura determinada. Gia sorria animada. Christian olhava o saquinho com um sorriso pequeno, quase admirado. E Francis só faltava tremer de animação.
“Bem, meus jovens… Agora o caminho de vocês, só vocês podem decidir.” George Rosewood se levantou, ajeitando o jaleco e lançando um último olhar para cada um. “Boa sorte a todos em sua jornada, espero que todos alcancem seus objetivos. E a partir de agora, vocês são, oficialmente, profissionais.”
Dessa vez, todos abriram sorrisos. Alguns mais animados, alguns mais debochados, outros mais confiantes, mas todos sorriram.
“Bem, muito obrigado professor!” Christian foi o primeiro a agradecer, se inclinando e estendendo a mão para o homem, que surpreso, apertou. Francis o imitou em seguida, dizendo um “tchau”, e logo todos os outros os imitavam, e começavam a sair pela entrada do laboratório.
E novamente, Rosewood estava só em seu laboratório, surpreso com aquele grupo que deixava aquele local.
“Essa temporada será, realmente, muito especial.” Sussurrou, coçando a barba, pensando naqueles garotos incríveis.
Provavelmente, eles seriam surpreendentes. Agora era só aguardar quais seriam os pokémons que começariam a aparecer ali, as ligações que ele receberia, as novidades que chegariam até ele.
A boa sorte os atingiria, com certeza.