Dangan Ronpa: O batimento de um coração partido.
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Dangan Ronpa: O batimento de um coração partido.
É isso, estou postando uma fic de DR. Espero que gostem e se quiserem, aqui está o Guia de personagens.
Eu estava chocada. O sangue estava banhando o cadáver e tudo em sua volta. Havia sangue na cama e até na maçaneta da porta que dava para o banheiro. O cheiro era... No mínimo insuportável. Um cheiro ferroso que parecia deixar aquele gosto em minha boca.
Percebia que Mika se segurava para não vomitar, já que não estava acostumada a ver tanto sangue assim.
- Quem foi?! – A voz grossa de Satoru propagava no quarto da vítima. Em seus olhos era possível ver a ira que sentia. – QUEM FOI O IMBECIL QUE SE DEIXOU LEVAR PELA CONVERSA DAQUELE URSO?!
Todos ficavam em silêncio, ainda em choque com o cadáver no chão. Percebia que Daisuke me encarava com suspeita. Kameyo parecia fazer o mesmo.
- Foi a Asami. – A modelo afirmava, ainda encarando seus olhos azuis para minha pessoa. Eu não pude negar que fiquei ofendida com tal acusação.
- Tsc. Não fui eu. – Respondia, em um tom bravo, porém sem perder a razão.
- Claro que foi, quem mais seria? – Kameyo voltava a me acusar. Avançando um passo atéo cadáver da vítima. – Acho que vocês também perceberam que o pescoço dela está perfurado, e quem mais poderia perfurar o pescoço de alguém? O canivete de Rukasu foi roubado.
Os quinze alunos me encaravam. Alguns pareciam acreditar naquela teoria, outros estavam apenas com medo disso ser verdade. Eu suspirava, fechando meus olhos.
Dois dias antes.
Eu acordava com sons de violino e violoncelo tocando em orquestra. Ainda era cedo, mas que droga! As aulas daquela escola... Hope’s Peak, já haviam começado? E que diabos de despertador é esse?
Abria lentamente meus olhos. Demorava para cair a ficha, mas eu percebia que não estava em meu quarto. Meu coração começava a pulsar de forma acelerada. Onde diabos eu estava? O pior de tudo é que eu não me lembro de nada. Parecia que as minhas lembranças nessas últimas duas semanas foram substituídas por um espaço em branco.
O quarto em que eu estava era espaçoso mas bem básico. Eu analisava tudo. Havia uma cama, um armário com vários uniformes escolares que pareciam ser do meu tamanho. Um tapete vermelho e uma porta que dava para o banheiro.
O banheiro possuía uma banheira, um boxe com chuveiro, shampoos que coincidentemente eu usava, uma pia e um espelho. Coincidentemente, dentro da portinha espelhada havia alguns itens de estética que eu usava, como cremes e até batons.
- Tsc... Mas que porra é essa? – Me questionava. Eu havia sido sequestrada com meus bens para me sentir confortável?
Ao sair do banheiro e analisar o quarto novamente, percebia que meu florete estava pendurado na parede, em cima de minha cama. Era meu Florete oficial, ainda por cima. Eu também notava uma câmera no canto da minha cama, que tirando o banheiro, tinha a captura do quarto inteiro. Eu a encarava com expressão raivosa, afinal... Eu havia sido sequestrada.
Então me assustava ao perceber que a câmera se movia. A lente redonda parecia girar verticalmente, como se estivesse dando zoom em minha imagem.
- Upupupu! Acordem seus preguiçosos! Já são sete e meia da manhã! A cerimônia de boas vindas para os novatos começará a partir das oito horas, no ginásio! Upupupu!
Aquela voz era... Fina e fofa, como se se pertencesse a alguma criança. Ela ecoava pelos corredores, anunciando o evento para a escola inteira. Então quer dizer, que... Eu já estava na escola.
Bem, ainda estava receosa, mas ficava um pouco mais relaxada, a ponto de soltar um longo suspiro de alívio. Hesitei em deixar o meu Florete sozinho no quarto, mas acho que era o melhor a se fazer, já que as câmeras de segurança capturavam a imagem do meu quarto, podendo denunciar um ladrão, caso este invadisse meu espaço particular.
Ao abrir a porta, percebia que uma imagem minha estava pendurada em sua superfície de madeira, do lado de fora. Embaixo da foto, estava escrito meu nome completo.
Do lado de fora do meu quarto, percebia que existia um corredor longo. Várias portas com nomes e fotos estavam presentes, e fazendo as contas, existiam dezesseis alunos no total.
- Hey! – Uma voz feminina me assustava. Eu rapidamente olhava para o lado e percebia uma menina lindíssima com cabelos prateados e olhos lilases. Em sua cabeça, um meigo laço negro prendia seus cabelos, de maneira que eles não caíssem em seu rosto. – Woah! Não precisa se assustar! Haha!
- Me desculpe. – Dizia com um sorriso tímido. – Eu estou um pouco receosa com... Tudo isso. Não lembro de quando eu vim parar aqui, e nem de como.
- Nem me diga! Eu só saí do quarto por causa do anuncio. – A garota respondia com um sorriso alegre. Ela não parecia preocupada. – Mas pelo visto não fui só eu que acordei sem memória. Será que nós bebemos demais ontem? – Começava a rir.
- Nah, duvido muito. – Dizia em tom baixo. – Bebidas estão fora de cogitação. De qualquer forma, prazer! Meu nome é Harumi Asami!
- Igualmente! Sou Eisein Hikari!
Após uma conversa simpática e gostosa, nós duas caminhamos até o ginásio. Não foi muito difícil, já que havia diversas placas indicando onde estariam os lugares. O que mais me chamou a atenção foi a sala de esportes, a sala da piscina, e até mesmo o salão da criatividade.
De qualquer forma, chegamos ao ginásio. Surpreendi-me com o tamanho, sinceramente. Era enorme, fazendo jus ao nome e imagem de Hope’s Peak. Uma gigantesca quadra, tão limpa que podíamos ver nossos reflexos na madeira polida, cercada de grandes arquibancadas.
O engenheiro que projetou esse ginásio deveria ser um gênio, pois eu nunca vi um tão lindo em toda a minha vida. No cômodo, haviam treze alunos presentes. A maioria trajava o mesmo uniforme escolar, o que me deixava preocupada, já que eu não havia sequer tomado banho.
- HEHE! Parece que na nossa sala vai ter altas gatcheeeenhas. – Um garoto dizia com um sorriso pervertido no rosto, dando uma cotovelada em outro garoto menor ao seu lado, que por sua vez, soltava um riso tímido.
- Pena que não posso dizer o mesmo. – Eu respondia, em tom sério.
- Yo, não precisa descontar nos outros. HEHE! – O mesmo rapaz respondia. Ele era bem diferente dos demais, principalmente por não trajar um uniforme. Seus cabelos eram bem pontiagudos e parcialmente pintados de vermelho, era um garoto bem punk.
Enquanto conversávamos, a atenção de todos os alunos foi redirecionada para um menino que chegava atrasado. Ele estava ofegante e sem graça. Eu particularmente achava ele uma gracinha.
- D-Desculpem! Eu acabei me perdendo. – Dizia em pausas enquanto respirava ofegante. Me perguntava em como diabos alguém poderia se perder aqui, principalmente com tantas placas indicando os lugares.
Algumas meninas riam baixinho dele. Não para caçoá-lo, e sim por acharem ele uma gracinha também. Tinha grande impressão que ele iria fazer sucesso com as meninas esse ano.
Porém todo o nosso conforto cessava quando a única porta que dava para o ginásio fechava com força, aparentemente nos trancando lá dentro. Todos nós nos assustamos, principalmente quando as luzes ficavam baixas, dando um ar de suspense no local.
- Devem ser os veteranos nos zoando. – Uma voz masculina era escutada.
- Upupupu! Não sou veterano, seu insolente! Eu sou o Monokuma!
Então um pequeno ursinho surgia no centro do ginásio. Ele era pequeno e divido em duas cores verticalmente. O lado branco aparentava ser um ursinho fofo e comum, enquanto o lado negro era macabro e atroz. Ele que era o dono daquela voz fina e fofa.
- E eu também sou o diretor da escola!
Um silêncio dominava o ambiente. Aquilo era brincadeira, não? Aquilo provavelmente era brincadeira dos alunos veteranos.
- Upupupu! De qualquer forma, vamos começar com a cerimônia! – Monokuma fazia uma reverência. – Bom dia, alunos da Hope’s Peak Academy.
O silêncio ainda continuava a dominar o ginásio.
- Eu disse... Bom dia, alunos do Hope’s Peak Academy. – Ele dizia em um tom mais agressivo, mostrando o seu olho esquerdo, que parecia ser um visor vermelho. Com receio, todos, inclusive eu, fizemos uma reverência e dizemos um bom dia fraco e sem entusiasmo.
Monokuma limpava a garganta e voltava a falar seu discurso de diretor.
- Eu escolhi vocês pessoalmente pelos seus incríveis talentos que embelezam o mundo e todos os feitos pela humanidade. Escolhi dezesseis alunos a dedo, e faço questão de introduzi-los antes do ano letivo começar.
- Harumi Asami, Super High School Level Esgrimista. Quebrando diversos recordes da esgrima, atualmente é reconhecida como a melhor esgrimista do mundo!
Eu era a primeira a ser introduzida. Não ficava sem graça mas também não me sentia orgulhosa. Apenas ficava na minha, percebendo que eu era centro das atenções no momento.
- Aichi Daisuke, Super High School Level Boxeador. O incrível demônio de cabelos louros que conseguiu avassaladoras cento e vinte e cinco vitórias, acompanhadas de zero derrotas em toda a sua carreira de boxeador!
Um rapaz altíssimo e calado. Ele pareceu fazer o mesmo que eu, não ficando sem graça e nem se sentindo por ser centro das atenções. Ele apenas ficava com seus olhos fechados, esperando aquilo terminar. Eu o achei bem misterioso.
- Mayumi Emi, Super High School Level Surfista. A bela que conseguiu surfar na onda “Quebra Crânios” com facilidade e suavidade, ganhando diversos títulos como campeã do surfe!
Ela sorria para todo mundo, fazendo um sinal de paz com sua mão direita, enquanto mostrava a sua língua. Dava uma pequena risadinha, mostrando que gostava de ser o centro das atenções.
- Akaza Hana, Super High School Level Veterinária. Estudiosa e dedicada, a ponto de gabaritar todos os simulados sobre veterinária do Japão!
Ela ficava bem sem graça, ficando mais vermelha que uma maçã. Ela tentava esconder o seu rosto, mas não dava muito certo.
- Eisein Hikari, Super High School Level Pianista. A bela prodígio da música que surpreende profissionais com seu talento musical em suas próprias orquestras!
Era a garota que eu havia feito amizade. Ela também sorria orgulhosa por ser reconhecida, mas parecia ser bem humilde. Ela dava um tchauzinho para os que a encaravam.
- Hoshi Hitomi, Super High School Level Bruxa. Misteriosa, usa seus poderes paranormais para se comunicar com mortos!
Não demonstrava nenhuma reação... Desde que estava no ginásio. Essa menina é estranha. Muito estranha.
- Domori Jun, Super High School Level Matemática. Possuindo uma inteligência extremamente acima do normal, pode surpreender o mundo ao resolver equações dificílimas!
Também ficava sem graça, mas era menos tímida que Hana, dando um tchauzinho para as pessoas ao seu redor.
- Yukiko Kameyo, Super High School Level Modelo. A mais bela garota do Japão, com olhos profundamente azuis, cabelos lisos e mais negros que a noite e um corpo escultural que faz os escultores da Grécia chorarem diante tanta perfeição!
Ela abria um sorriso e jogava seus cabelos para o alto. A maioria dos garotos ficava babando por ela, e ela gostava. Tsc, a achei nojentinha, mas não irei a difamar, já que nem a conheço.
- Eren Kaori, Super High School Level Punk. O talento mais agressivo e mal compreendido de todo Japão, contagiando todos com sua banda “Jumba!” e mostrando a razão de quebrarmos as regras e sermos livres!
Era o Punk que havia cantado eu e Hikari. Ele também esbanjava um sorriso orgulhoso em seu rosto, enquanto apontava o dedão para ele mesmo. Gostando de ser o centro das atenções.
- Tadashi Makoto, Super High School Level Cozinheiro. Possuindo um paladar tão sensível e rigoroso que o permite criar pratos tão deliciosos quanto os banquetes oferecidos nas ceias de Valhalla.
Não parecia muito contente de estar ali, muito menos orgulhoso. Apenas ficava em silêncio, enquanto fazia um sinal com a cabeça, cumprimentando todos que o encaravam. Parece ser um rapaz legal.
- Akane Mika, Super High School Level Advogada de Defesa. Tem um enorme conhecimento de todas as leis jurídicas do país, além de ter um enorme senso de justiça. Porém sabe como defender o seu cliente com sua enorme lábia!
Ficava sem graça, apenas olhando para o chão. Não parecia gostar das palavras ditas por Monokuma.
- Hattori Rukasu, Super High School Level Carpinteiro, talentosíssimo escultor de madeira que consegue criar vida em suas esculturas, de tão lindas e detalhadas que são!
Ele bocejava. Não estava nem aí para aquilo tudo.
- Hiroaki Ryo, Super High School Level Quarterback, o sonho adolescente de qualquer garoto, carregando o talento e a força de vontade de todo seu time em jogos de futebol Americano!
Esse também era estrela. Beijava a sua mão e dava um tchau para as meninas, seguidos de uma piscadela.
- Iwamoto Satoru, Super High School Level Desenhista. O grande mestre louva-deus dos lápis 3B, criador dos desenhos mais perfeitos e detalhados já vistos da atualidade!
Bufava de mal humor, querendo voltar para a sua cama ou para os seus desenhos.
- Matsuda Tatsuo, Super High School Level Escritor. Romancista dramático criador de tragédias tão dignas de ganharem best sellers quando o seu talento de ser reconhecido pelo mundo inteiro!
Eu tenho que admitir que o achava muito fofo, mas muito fofo mesmo. Seus olhos verdes eram muito belos, e ainda por cima era um escritor. Mesmo sendo pequeno e magro, eu meio que sentia uma atração por ele. Tsc, nada a ver.
- Haku Yosuke, Super High School Level… Sorte! Upupupu!
Era o menino que chegou atrasado. Ele não possuía nenhuma descrição e por isso ficava um pouco ofendido, mas sorria para as meninas que o encaravam, logo em seguida ajeitava o seu topete.
- Vocês receberam o convite de estudar em Hope’s Peak Academy por terem talentos incríveis, que enchem a humanidade de esperança. E para preservamos essa esperança, vocês irão viver as suas vidas aqui presos dentro desse colégio.
Com essas palavras, todos ficavam em choque, trocando sussurros ou balbuciando palavras para si mesmas.
- Mas não se preocupem! Aqui em Hope’s Peak Academy nada faltará para vocês! Teremos comida, espaço, tudo que vocês puderem imaginar!
- Isso inclui uma saída? – Yosuke perguntava descontraído, não levando aquilo a sério.
- Upupupu! Não, seu insolente! – Monokuma respondia imediatamente. – Mas se vocês estiverem preocupados com isso, existe uma regra especial para vocês saírem da escola!
- R-Regra? – Eu perguntava.
- Sim, sim! O Ato de Matar. Apenas o aluno que matar alguém poderá sair da escola. – Algumas pessoas ficavam em choque. – Mas não é simplesmente matar. E sim ser matar e não ser pego!
Os alunos se entreolhavam, assustados. Eu notava que as janelas do ginásio estavam trancadas com sólidas barras de madeira. Percebia que a escola estava vazia e não havia como aquele bichinho de pelúcia estar sendo controlado por alguém. E parecia que eu não era a única, outros alunos também estavam levando aquilo a sério.
Tsc... Para sair daqui teremos que matar sem sermos descobertos? Que porra é essa?
D a n g a n R o n p a
O batimento de um coração partido.
Primeiro ato.
“A inocência manchada em sangue rosa.”
-Prólogo-
Eu estava chocada. O sangue estava banhando o cadáver e tudo em sua volta. Havia sangue na cama e até na maçaneta da porta que dava para o banheiro. O cheiro era... No mínimo insuportável. Um cheiro ferroso que parecia deixar aquele gosto em minha boca.
Percebia que Mika se segurava para não vomitar, já que não estava acostumada a ver tanto sangue assim.
- Quem foi?! – A voz grossa de Satoru propagava no quarto da vítima. Em seus olhos era possível ver a ira que sentia. – QUEM FOI O IMBECIL QUE SE DEIXOU LEVAR PELA CONVERSA DAQUELE URSO?!
Todos ficavam em silêncio, ainda em choque com o cadáver no chão. Percebia que Daisuke me encarava com suspeita. Kameyo parecia fazer o mesmo.
- Foi a Asami. – A modelo afirmava, ainda encarando seus olhos azuis para minha pessoa. Eu não pude negar que fiquei ofendida com tal acusação.
- Tsc. Não fui eu. – Respondia, em um tom bravo, porém sem perder a razão.
- Claro que foi, quem mais seria? – Kameyo voltava a me acusar. Avançando um passo atéo cadáver da vítima. – Acho que vocês também perceberam que o pescoço dela está perfurado, e quem mais poderia perfurar o pescoço de alguém? O canivete de Rukasu foi roubado.
Os quinze alunos me encaravam. Alguns pareciam acreditar naquela teoria, outros estavam apenas com medo disso ser verdade. Eu suspirava, fechando meus olhos.
~>x<~
Dois dias antes.
Eu acordava com sons de violino e violoncelo tocando em orquestra. Ainda era cedo, mas que droga! As aulas daquela escola... Hope’s Peak, já haviam começado? E que diabos de despertador é esse?
Abria lentamente meus olhos. Demorava para cair a ficha, mas eu percebia que não estava em meu quarto. Meu coração começava a pulsar de forma acelerada. Onde diabos eu estava? O pior de tudo é que eu não me lembro de nada. Parecia que as minhas lembranças nessas últimas duas semanas foram substituídas por um espaço em branco.
O quarto em que eu estava era espaçoso mas bem básico. Eu analisava tudo. Havia uma cama, um armário com vários uniformes escolares que pareciam ser do meu tamanho. Um tapete vermelho e uma porta que dava para o banheiro.
O banheiro possuía uma banheira, um boxe com chuveiro, shampoos que coincidentemente eu usava, uma pia e um espelho. Coincidentemente, dentro da portinha espelhada havia alguns itens de estética que eu usava, como cremes e até batons.
- Tsc... Mas que porra é essa? – Me questionava. Eu havia sido sequestrada com meus bens para me sentir confortável?
Ao sair do banheiro e analisar o quarto novamente, percebia que meu florete estava pendurado na parede, em cima de minha cama. Era meu Florete oficial, ainda por cima. Eu também notava uma câmera no canto da minha cama, que tirando o banheiro, tinha a captura do quarto inteiro. Eu a encarava com expressão raivosa, afinal... Eu havia sido sequestrada.
Então me assustava ao perceber que a câmera se movia. A lente redonda parecia girar verticalmente, como se estivesse dando zoom em minha imagem.
- Upupupu! Acordem seus preguiçosos! Já são sete e meia da manhã! A cerimônia de boas vindas para os novatos começará a partir das oito horas, no ginásio! Upupupu!
Aquela voz era... Fina e fofa, como se se pertencesse a alguma criança. Ela ecoava pelos corredores, anunciando o evento para a escola inteira. Então quer dizer, que... Eu já estava na escola.
Bem, ainda estava receosa, mas ficava um pouco mais relaxada, a ponto de soltar um longo suspiro de alívio. Hesitei em deixar o meu Florete sozinho no quarto, mas acho que era o melhor a se fazer, já que as câmeras de segurança capturavam a imagem do meu quarto, podendo denunciar um ladrão, caso este invadisse meu espaço particular.
Ao abrir a porta, percebia que uma imagem minha estava pendurada em sua superfície de madeira, do lado de fora. Embaixo da foto, estava escrito meu nome completo.
“Harumi Asami. “
Do lado de fora do meu quarto, percebia que existia um corredor longo. Várias portas com nomes e fotos estavam presentes, e fazendo as contas, existiam dezesseis alunos no total.
- Hey! – Uma voz feminina me assustava. Eu rapidamente olhava para o lado e percebia uma menina lindíssima com cabelos prateados e olhos lilases. Em sua cabeça, um meigo laço negro prendia seus cabelos, de maneira que eles não caíssem em seu rosto. – Woah! Não precisa se assustar! Haha!
- Me desculpe. – Dizia com um sorriso tímido. – Eu estou um pouco receosa com... Tudo isso. Não lembro de quando eu vim parar aqui, e nem de como.
- Nem me diga! Eu só saí do quarto por causa do anuncio. – A garota respondia com um sorriso alegre. Ela não parecia preocupada. – Mas pelo visto não fui só eu que acordei sem memória. Será que nós bebemos demais ontem? – Começava a rir.
- Nah, duvido muito. – Dizia em tom baixo. – Bebidas estão fora de cogitação. De qualquer forma, prazer! Meu nome é Harumi Asami!
- Igualmente! Sou Eisein Hikari!
Após uma conversa simpática e gostosa, nós duas caminhamos até o ginásio. Não foi muito difícil, já que havia diversas placas indicando onde estariam os lugares. O que mais me chamou a atenção foi a sala de esportes, a sala da piscina, e até mesmo o salão da criatividade.
De qualquer forma, chegamos ao ginásio. Surpreendi-me com o tamanho, sinceramente. Era enorme, fazendo jus ao nome e imagem de Hope’s Peak. Uma gigantesca quadra, tão limpa que podíamos ver nossos reflexos na madeira polida, cercada de grandes arquibancadas.
O engenheiro que projetou esse ginásio deveria ser um gênio, pois eu nunca vi um tão lindo em toda a minha vida. No cômodo, haviam treze alunos presentes. A maioria trajava o mesmo uniforme escolar, o que me deixava preocupada, já que eu não havia sequer tomado banho.
- HEHE! Parece que na nossa sala vai ter altas gatcheeeenhas. – Um garoto dizia com um sorriso pervertido no rosto, dando uma cotovelada em outro garoto menor ao seu lado, que por sua vez, soltava um riso tímido.
- Pena que não posso dizer o mesmo. – Eu respondia, em tom sério.
- Yo, não precisa descontar nos outros. HEHE! – O mesmo rapaz respondia. Ele era bem diferente dos demais, principalmente por não trajar um uniforme. Seus cabelos eram bem pontiagudos e parcialmente pintados de vermelho, era um garoto bem punk.
Enquanto conversávamos, a atenção de todos os alunos foi redirecionada para um menino que chegava atrasado. Ele estava ofegante e sem graça. Eu particularmente achava ele uma gracinha.
- D-Desculpem! Eu acabei me perdendo. – Dizia em pausas enquanto respirava ofegante. Me perguntava em como diabos alguém poderia se perder aqui, principalmente com tantas placas indicando os lugares.
Algumas meninas riam baixinho dele. Não para caçoá-lo, e sim por acharem ele uma gracinha também. Tinha grande impressão que ele iria fazer sucesso com as meninas esse ano.
Porém todo o nosso conforto cessava quando a única porta que dava para o ginásio fechava com força, aparentemente nos trancando lá dentro. Todos nós nos assustamos, principalmente quando as luzes ficavam baixas, dando um ar de suspense no local.
- Devem ser os veteranos nos zoando. – Uma voz masculina era escutada.
- Upupupu! Não sou veterano, seu insolente! Eu sou o Monokuma!
Então um pequeno ursinho surgia no centro do ginásio. Ele era pequeno e divido em duas cores verticalmente. O lado branco aparentava ser um ursinho fofo e comum, enquanto o lado negro era macabro e atroz. Ele que era o dono daquela voz fina e fofa.
- E eu também sou o diretor da escola!
Um silêncio dominava o ambiente. Aquilo era brincadeira, não? Aquilo provavelmente era brincadeira dos alunos veteranos.
- Upupupu! De qualquer forma, vamos começar com a cerimônia! – Monokuma fazia uma reverência. – Bom dia, alunos da Hope’s Peak Academy.
O silêncio ainda continuava a dominar o ginásio.
- Eu disse... Bom dia, alunos do Hope’s Peak Academy. – Ele dizia em um tom mais agressivo, mostrando o seu olho esquerdo, que parecia ser um visor vermelho. Com receio, todos, inclusive eu, fizemos uma reverência e dizemos um bom dia fraco e sem entusiasmo.
Monokuma limpava a garganta e voltava a falar seu discurso de diretor.
- Eu escolhi vocês pessoalmente pelos seus incríveis talentos que embelezam o mundo e todos os feitos pela humanidade. Escolhi dezesseis alunos a dedo, e faço questão de introduzi-los antes do ano letivo começar.
- Harumi Asami, Super High School Level Esgrimista. Quebrando diversos recordes da esgrima, atualmente é reconhecida como a melhor esgrimista do mundo!
Eu era a primeira a ser introduzida. Não ficava sem graça mas também não me sentia orgulhosa. Apenas ficava na minha, percebendo que eu era centro das atenções no momento.
- Aichi Daisuke, Super High School Level Boxeador. O incrível demônio de cabelos louros que conseguiu avassaladoras cento e vinte e cinco vitórias, acompanhadas de zero derrotas em toda a sua carreira de boxeador!
Um rapaz altíssimo e calado. Ele pareceu fazer o mesmo que eu, não ficando sem graça e nem se sentindo por ser centro das atenções. Ele apenas ficava com seus olhos fechados, esperando aquilo terminar. Eu o achei bem misterioso.
- Mayumi Emi, Super High School Level Surfista. A bela que conseguiu surfar na onda “Quebra Crânios” com facilidade e suavidade, ganhando diversos títulos como campeã do surfe!
Ela sorria para todo mundo, fazendo um sinal de paz com sua mão direita, enquanto mostrava a sua língua. Dava uma pequena risadinha, mostrando que gostava de ser o centro das atenções.
- Akaza Hana, Super High School Level Veterinária. Estudiosa e dedicada, a ponto de gabaritar todos os simulados sobre veterinária do Japão!
- Eisein Hikari, Super High School Level Pianista. A bela prodígio da música que surpreende profissionais com seu talento musical em suas próprias orquestras!
Era a garota que eu havia feito amizade. Ela também sorria orgulhosa por ser reconhecida, mas parecia ser bem humilde. Ela dava um tchauzinho para os que a encaravam.
- Hoshi Hitomi, Super High School Level Bruxa. Misteriosa, usa seus poderes paranormais para se comunicar com mortos!
Não demonstrava nenhuma reação... Desde que estava no ginásio. Essa menina é estranha. Muito estranha.
- Domori Jun, Super High School Level Matemática. Possuindo uma inteligência extremamente acima do normal, pode surpreender o mundo ao resolver equações dificílimas!
Também ficava sem graça, mas era menos tímida que Hana, dando um tchauzinho para as pessoas ao seu redor.
- Yukiko Kameyo, Super High School Level Modelo. A mais bela garota do Japão, com olhos profundamente azuis, cabelos lisos e mais negros que a noite e um corpo escultural que faz os escultores da Grécia chorarem diante tanta perfeição!
Ela abria um sorriso e jogava seus cabelos para o alto. A maioria dos garotos ficava babando por ela, e ela gostava. Tsc, a achei nojentinha, mas não irei a difamar, já que nem a conheço.
- Eren Kaori, Super High School Level Punk. O talento mais agressivo e mal compreendido de todo Japão, contagiando todos com sua banda “Jumba!” e mostrando a razão de quebrarmos as regras e sermos livres!
Era o Punk que havia cantado eu e Hikari. Ele também esbanjava um sorriso orgulhoso em seu rosto, enquanto apontava o dedão para ele mesmo. Gostando de ser o centro das atenções.
- Tadashi Makoto, Super High School Level Cozinheiro. Possuindo um paladar tão sensível e rigoroso que o permite criar pratos tão deliciosos quanto os banquetes oferecidos nas ceias de Valhalla.
Não parecia muito contente de estar ali, muito menos orgulhoso. Apenas ficava em silêncio, enquanto fazia um sinal com a cabeça, cumprimentando todos que o encaravam. Parece ser um rapaz legal.
- Akane Mika, Super High School Level Advogada de Defesa. Tem um enorme conhecimento de todas as leis jurídicas do país, além de ter um enorme senso de justiça. Porém sabe como defender o seu cliente com sua enorme lábia!
- Hattori Rukasu, Super High School Level Carpinteiro, talentosíssimo escultor de madeira que consegue criar vida em suas esculturas, de tão lindas e detalhadas que são!
Ele bocejava. Não estava nem aí para aquilo tudo.
- Hiroaki Ryo, Super High School Level Quarterback, o sonho adolescente de qualquer garoto, carregando o talento e a força de vontade de todo seu time em jogos de futebol Americano!
Esse também era estrela. Beijava a sua mão e dava um tchau para as meninas, seguidos de uma piscadela.
- Iwamoto Satoru, Super High School Level Desenhista. O grande mestre louva-deus dos lápis 3B, criador dos desenhos mais perfeitos e detalhados já vistos da atualidade!
Bufava de mal humor, querendo voltar para a sua cama ou para os seus desenhos.
- Matsuda Tatsuo, Super High School Level Escritor. Romancista dramático criador de tragédias tão dignas de ganharem best sellers quando o seu talento de ser reconhecido pelo mundo inteiro!
Eu tenho que admitir que o achava muito fofo, mas muito fofo mesmo. Seus olhos verdes eram muito belos, e ainda por cima era um escritor. Mesmo sendo pequeno e magro, eu meio que sentia uma atração por ele. Tsc, nada a ver.
- Haku Yosuke, Super High School Level… Sorte! Upupupu!
Era o menino que chegou atrasado. Ele não possuía nenhuma descrição e por isso ficava um pouco ofendido, mas sorria para as meninas que o encaravam, logo em seguida ajeitava o seu topete.
- Vocês receberam o convite de estudar em Hope’s Peak Academy por terem talentos incríveis, que enchem a humanidade de esperança. E para preservamos essa esperança, vocês irão viver as suas vidas aqui presos dentro desse colégio.
Com essas palavras, todos ficavam em choque, trocando sussurros ou balbuciando palavras para si mesmas.
- Mas não se preocupem! Aqui em Hope’s Peak Academy nada faltará para vocês! Teremos comida, espaço, tudo que vocês puderem imaginar!
- Isso inclui uma saída? – Yosuke perguntava descontraído, não levando aquilo a sério.
- Upupupu! Não, seu insolente! – Monokuma respondia imediatamente. – Mas se vocês estiverem preocupados com isso, existe uma regra especial para vocês saírem da escola!
- R-Regra? – Eu perguntava.
- Sim, sim! O Ato de Matar. Apenas o aluno que matar alguém poderá sair da escola. – Algumas pessoas ficavam em choque. – Mas não é simplesmente matar. E sim ser matar e não ser pego!
Os alunos se entreolhavam, assustados. Eu notava que as janelas do ginásio estavam trancadas com sólidas barras de madeira. Percebia que a escola estava vazia e não havia como aquele bichinho de pelúcia estar sendo controlado por alguém. E parecia que eu não era a única, outros alunos também estavam levando aquilo a sério.
Tsc... Para sair daqui teremos que matar sem sermos descobertos? Que porra é essa?
D a n g a n R o n p a
O batimento de um coração partido.
Primeiro ato.
“A inocência manchada em sangue rosa.”
Prólogo
Prólogo
Rush- Membro
- Idade : 29
Alerta :
Data de inscrição : 10/06/2012
Frase pessoal : Agora você não tem mais waifu!
Re: Dangan Ronpa: O batimento de um coração partido.
Ó, eu gostei muito mesmo do prólogo! Achei tudo bem coordenado, não foi corrido nem muito lento, sabe? Os personagens estão interessantes com destaque para a Asami e a Emi que conquistaram meu kokoro < 3
Esse comecinho deixou um gosto de mistério que eu amo nas obras e como eu nunca vi DR, eu não faço a minima ideia do que vai acontecer. rs
Ah! E como eu já disse no skype, achei o cenário muito vazio e pouco descrito.
Esse comecinho deixou um gosto de mistério que eu amo nas obras e como eu nunca vi DR, eu não faço a minima ideia do que vai acontecer. rs
Ah! E como eu já disse no skype, achei o cenário muito vazio e pouco descrito.
#acompanhando
________________
IS CANOOOOOON <333333 KORRASAMI
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