[GAMEPLAY] Portões

Me aproximava do local. Estava com meu rifle de alta precisão já montado e carregado, pois estava observando aquela cena de longe - como uma sniper que se preze e dar apoio na retaguarda aos meus companheiros.

Quando me aproximava, eu colocava o rifle no chão e sacava minha pistola. Encostava o cano da pistola na cabeça da criança.


- Não tenho certeza se o sangue dela é ácido ou possui quaisquer propriedade tóxica - ia falando para o rapaz de cartola - mas se certifique de trazer-me uma toalha antes de terminar isso.

Quando a Primeira Tenente aparece e coloca a arma na testa da garota, ela faz uma expressão mais assustada do que surpresa, olhando nos olhos de Michelle.


- P-Privi. - Ela diz, tremendo um pouco.

A Tenente Fay então afasta o cano da arma da sua testa, fazendo com que a garota olhe para ela. A nativa então muda seu olhar para Michelle, então de volta para Amélia, então de volta para Michelle e resolve finalmente parar em Amélia.

O rádio no colete da Tenente Fay estala:

- Tenente Fay, na escuta? - A voz de Aimée sai do dispositivo. - Que bom que vocês encontraram alguém! Por favor certifiquem-se de que a sobrevivente seja bem tratada. Quanto a tradutor... Não temos nenhum nessa base agora, mas eu tenho esse guia de conversação aqui. Não que eu fosse confiar muito nele, ele foi escrito por americanos. Haha! Espera... - Ela interrompe sua risada imediatamente, soando arrependida: - Nenhum de vocês é americano, certo? Eu não quis ofender, era só uma piada e... - Ao longe, vocês conseguem ouvir uma voz abafada, tão baixo que não dá para discernir o que está dizendo, mas vocês reconhecem o tom profissional da Capitã Braddock. - Sim, sim... Eu posso traduzir um pouco. - Cabo Lisette conclui seu raciocínio. - Vamos tentar descobrir o que exatamente houve aí, certo?

Marcelo fica bem surpreso ao ver a garota, ele nunca havia visto como as crianças daquele mundo se pareciam, ele se aproxima devagar da menina e se ajoelha perto dela, ele logo aponta para se mesmo com um movimento lento. -Marcelo. Ele diz em um tom calmo, e com o mesmo movimento aponta para a segunda tenente --Amélia. e depois para Ian -Ian. e por ultimo ele aponta para a garotinha, sorrindo e levantando a sobrancelha.

A menina parece recuar um pouco quando Marcelo aponta para ela, escondendo o rosto com as mãos. Depois de alguns segundos, porém, ela abaixa os braços e aponta para seu próprio peito.

- C-Conchi. - Ela diz, ainda tremendo um pouco. Vocês reparam que as roupas dela ainda estão encharcadas.

- Conchi, Conchi... - A Cabo Lisette diz pelo rádio. Vocês conseguem ouvir o barulho de um livro sendo folheado. - Desculpe, eu não sei o que quer dizer.

-Este é o nome da nativa, cabo Lisette. Marcelo se levanta e estala as costas -Ai...

Michelle guarda a arma e finge que nada aconteceu. Esperem uns momentos porque ela está constrangida com o ato desesperado causado pelas cicatrizes profundas causadas por anos de experiencia atuando na guerra, incluindo quando serviu na áfrica do sul, onde as crianças também eram considerados soldados em potencial que atiravam em seus inimigos após seduzi-los com a sua inocência e olhos cheios de pedidos de ajuda. Isso também inclui no Iraque, quando uma vez quase foi vítima de uma explosão causada por uma criança-bomba, que possuía dinamites acopladas em seu tórax e costelas.

Tudo isso fez Michelle se tornar uma mulher fria que prefere não arriscar quando possui a oportunidade de eliminar o mal pela raiz. Mas ela reconhece os seus erros e está muito constrangida, afinal, foram as cicatrizes profundas marcadas pelas atrocidades da guerra, que a fizeram fazer coisas horríveis e contemplar cenas que ela reza para que um possível Deus a faça esquecer.

Ela apenas retira o seu casaco camuflado e colocava sobre a criança para poder ajudá-la.


- Tch. Desculpem-me por minhas atitudes egoístas.


Ela soprava a fumaça em sua boca.

A garota não resiste enquanto Yukio tira as roupas molhadas dela. Vocês conseguem perceber que, tirando as orelhas peludas e os olhos esquisitos que mudam de cor, a anatomia dela é... Normal, mais ou menos - talvez um pouco magra - com exceção de...


Um rabo de saiyajin! de macaco!

Quando o Cabo Ohara a cobre com o cobertor térmico, ela logo se enrola nele, em seguida levantando seu queixo e contorcendo sua boca em um pequenino sorriso. A ponta de seu rabo levantado balança um pouco para cima e para baixo. - Oldich!

O doutor então a entrega uma caneca de chá, saindo vapor de tão quente. Conchi segura a caneca com as duas mãos, dá uma fungada nela e então seu rosto se contorce numa careta, com a língua para fora. Ela continua, porém, segurando o copo.

- Eu vou... Tentar falar com ela agora, se a Tenente me permitir. - Cabo Lisette diz pelo rádio. - C-Conchi? - Ela chama relutantemente.

As orelhas da garota se levantam, de forma não muito diferente de um cão que teve seu nome chamado. Ela se vira na direção da Amélia, encarando o rádio com os olhos arregalados:

- Briydésau?! Id bed lidod o eldrith hon? - Ela pergunta, encarando o rádio.

- Uau, eu não entendi absolutamente nada do que ela disse. - Cabo Lisette suspira. Ela então continua: - Hã... Id xi... hum... Fana?

- Nis! - Conchi fala, meio alto e com uma voz mais clara, como se ela estivesse falando com uma plateia ao invés de um rádio portátil. - Oldich! - Ela logo adiciona.

- Rococho! - Cabo Lisette responde, animada. Ela então traduz: - Parece que ela não está ferida, Tenente Fay! O que eu deveria perguntar agora?