[RPG] WAVELENGTH SONATA

Hnery corre ate o curador, puxando sua capa? Manto?

"O que e' um curador?"
Henry entao olha para o curador em esperanca de ler sua mente

Orion observa seus arredores, ela então depara com o curador, que parece ter se esquecido de quem eles eram, diferente de outra vez.

- Ah, Henry, um curador?

Orion coloca as mãos juntas e então fala.

- Eu ouvi isso uma vez de alguém, um curador é responsável por guardar as coisas de alguém!

- Eu não sou um curador, eu sou O Curador. - Ele continua andando para frente, seus pés fazem um som pesado contra o piso de material desconhecido.

O cheiro de carne podre se torna ainda mais pungente e nauseante, é difícil não ter ânsia de vomito, mas O Curador não parece se importar muito, apenas seguindo em frente.

Vocês parecem chegar novamente no túnel grafitado, mas desta vez, nas paredes, encontram-se quadros em branco.

- Sabe, era para ter pilhas e pilhas de arte aqui, pelo menos foi o que me disseram quando fui designado para cá, sinceramente, isto é uma decepção. - O tom de sua voz soa levemente irritado, mas logo se normaliza.

O corredor parece muito mais comprido do que antes, quanto mais fundo vocês o adentram, menos e menos quadros parecem estar pendurados nas paredes, juntamente com a cor negra, que descasca, dando lugar a uma parede de tijolos velhos e ressecados.

- Olha, algumas coisas mais apareceram por aqui, ainda hoje, se puderem se livrar delas... estão começando a feder. - Ele para, e se vira para uma parede, encostada nela estão 9 sacos plásticos, cuidadosamente amarrados.

- É só lixo, podem levar. - O Curador continua a andar.

-Ok, deixe que eu levo uma parte.

Samuel vai em direção aos sacos de lixo e pega os três maiores que haviam ali, ele põe os três nas costas sem problema e vai seguindo O Curador.

Orion se recusa a levar os sacos plásticos, ela sente arrepios subindo seu corpo, como se houvesse alguma coisa horrível no saco.

- Não vou levar isso!

Orion sussurra, tentando entende o que havia acontecido com O Curador.

Henry se aproxima de um dos sacos menores e tenta abrir um pouco para ver o conteudo

"Lixo....Glass?"

Henry abre um dos sacos, ele consegue enxergar uma massa vermelha com alguns pedaços de ferro enfiadas nela, tudo é muito fedido, e Henry não consegue manter seu rosto tão próximo por muito tempo.

- O que houve comigo? Do que você está falando? Eu estou do mesmo jeito de quando encontrei vocês jogados lá fora, não seja estúpida. - Ele suspira. - Além de tudo, nem ao menos te conhe-

Ele escuta a voz de Thea.

- Parece uma ideia perfeita, faça isso. - Ele volta a andar, até encontrar uma pequena rachadura na parede, na qual ele coloca sua mão.

- Vai levar um tempo até abrir isto aqui. - Os olhos do O Curador começam a emitir uma luz vermelha em quanto ele tenta abrir a porta.

- Na verdade, o Juno tá certo

Orion comentava com uma expressão preocupada.

- Você era diferente, você tinha esse amor pela música, tocou uma canção com a gente, mas do nada você mudou... E agora você está querendo que nós carreguemos esses sacos de 'lixo' para fora daqui.

A garota ainda tentava entender o que havia acontecido, ao mesmo tempo, ela se sentia enjoada devido ao cheiro emanado pelos sacos de lixo presentes no ambiente.

"Ugh..."

Henry fecha o saco e o carrega com um pouco de dificuldade, seguindo Samuel
Após se aproximar ele puxa a manga de Samuel e diz.


"Você não é vazio..."


"... E ele não é um curador"

-Vazio? Acho que eu não posso ser vazio, eu sou bem pesado... Assim como estes sacos.
Disse Samuel ainda levando os enormes sacos em suas costas.

O Curador ajoelha em frente a Orion e a olha dentro dos olhos, com sua fenda negra e vazia.

- Garota, escute. - Sua voz parece soar gentil pela primeira vez. - Eu não conheço vocês, eu não canto ou toco um instrumento a muito, muito tempo.

Ele se levanta.

- Vamos, a porta está aberta. - Ele para do lado da porta luminosa, e espera para que vocês saiam. - Por favor, mantenham este local em segredo.