Fight for Greatness
2 participantes
Pokémon Mythology :: Fan Area :: Fanfics :: Fanfics Pokémon
Página 1 de 1
Fight for Greatness
Fight for Greatness
Alô a todos e bom dia/tarde/noite/madrugada dependendo do horário que está lendo. Uma fanfic aqui na área para Pokémon na região de Kanto, por pura nostalgia. Sobre a fanfic, tenho alguns alertas a fazer por via das dúvidas. Haverá violência explícita com humanos e Pokémon, entretanto nada muito pesado, mas haverá. Romance será algo comum na fanfic, não estranhem. As crianças deste universo só ganham algum inicial caso passem em uma prova ao estilo Enem com questões tanto de colégio comum quanto sobre Pokémon e só é permitido a inscrição no exame depois dos quatorze anos. Sim, haverão clichês aqui e ali e tentarei brincar com eles. Obrigado pela atenção.
- Protagonistas:
- Saylla Zenit. Quinze anos. Treinadora
Saylla é uma garota loiro-claro de aproximados um metro e sessenta de altura. Os seus cabelos costumam estar presos em um coque ou num rabo de cavalo frouxo para que seus fios não grudem na pele pelo suor ou atrapalhem sua visão. Tem uma pele clara e bem cuidada. Tem olhos claros e cinzentos, no reflexo da luz pode tomar um tom prateado.- Party:
- Chad, O Charmander Shiny
John Mikaelson. Quinze anos. Ainda não decidiu o que vai fazer...
John é um rapaz um pouco maior que Saylla, alcançando um metro e setenta aproximadamente. Seus cabelos são sempre bem penteados e passados gel, deixando seu cabelo ruivo-alaranjado sempre brilhoso e imóvel. Seus olhos são azuis, porém por conta dos óculos de grau elevado tornam-os meio borrados e difícil de perceber a sua coloração.- Party:
- Travis, o Bulbasaur Apático
Matt Valdez. Dezesseis anos. Treinador.
Matt é o mais alto entre os iniciantes, tendo um metro e setenta e cinco e também o que mais se destaca fisicamente em questão de músculos. Tem a pele morena caramelada e olhos escuros, pretos. O seu cabelo é encaracolado e da cor de chocolate embaixo do chapéu de cowboy que praticamente grudou nele de tanto usar.- Party:
- Azure, o Squirtle Travesso
Nikole Spring. Quatorze anos. ???
Nikole é a menor entre os protagonistas, alcançando duramente os um metro e cinquenta. Ela além de ser a menor, também é a mais branquela, tanto que a pele se compara ao papel, constrantando com seus cabelos pretos em marias-chiquinhas. Seus olhos são dois grandes rubis, vermelhos.- Party:
- Tata, a Rattata Selvagem
- Rivais:
- XxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxX
Main Post
Prólogo (Neste Post)
O Inicial Amarelo (Aqui)
Prólogo
Prólogo (Neste Post)
O Inicial Amarelo (Aqui)
Prólogo
As várias horas que perdeu estudando e as mais diferentes festas que deixou de lado finalmente valeram a pena para a garota. Depois de dois anos estudando com pausas restritas para comer, tomar banho e dormir, Saylla com seus quinze anos finalmente estava entre os três primeiros colocados do exame anual do Professor Green Oak e assim poderem ganhar um Inicial de Kanto.
A carta de aprovação em suas mãos a faziam sorrir de forma boba, algo que nunca permitiria alguém vê-la fazendo. Passou os dedos ainda trêmulos pela notícia entre os cabelos loiros e soltos enquanto reprimia um grito com os ombros contidos. Ergueu-se de pé em sua cama de solteiro com o pijama preto com desenhos de caveiras espalhadas no tecido. Seus olhos esverdeados fitavam a sua posição: primeiro lugar entre quatrocentos e trinta concorrentes.
Finalmente poderia sair de sua casa e fugir de todas as responsabilidades para abraçar um inédito e espetacular mundo de aventuras. Não tinha problema algum em largar todas as roupas caras, a quantidade absurda de brinquedos e bonecas e muito menos de sair da mansão de sua família. Seu maior objetivo ali é escapar das sombras de seus pais e o faria a qualquer custo.
Seu sangue borbulhava com um coração acelerado e pulmões enchendo e esvaziando rapidamente. O relógio eletrônico em sua cômoda dizia faltar somente trinta minutos para às onze horas da noite, porém não sentia o pesar nas pálpebras. Como desejava que o dia seguinte chegasse logo...
Olhou rapidamente para um canto do seu quarto, próximo a sua porta de madeira escura. Ali jazia uma mochila camuflada com padrões militares que carregava os seus pertences; que variavam desde peças íntimas e higiene pessoal até utensílios de cozinha e um spray de pimenta. Ao lado da mochila, a roupa para a jornada devidamente passada... Não sabia quais peças eram, afinal foi sua empregada que se teve todo o trabalho para ela, no entanto não poderia se importar menos com que roupa teria de sair.
A porta de seu quarto se abriu sem condolências e de supetão, revelando a figura de um homem alto. A luz do corredor iluminava o terno preto que usava, a gravata afrouxada com alguns botões da camisa social azulada abertos pelo homem. O cabelo era da mesma cor dos que de Saylla, um loiro claro, esbranquiçado e quase fantasmagórico. Seus olhos eram mais escuros e apagados do que de sua filha, entretanto passavam a mensagem sem dificuldades com a expressão séria e cenho franzido:
— Saylla. Você tem que dormir se não quiser se atrasar. — afirmou com uma voz forte, a mão larga segurando a maçaneta dourada.
— Sim, senhor. Eu irei dormir imediatamente. — respondeu a garota de forma automática e robótica de seu discurso decorado. Pode notar um sorriso sutil no canto da boca de seu pai.
— Minha garotinha está crescendo... — murmurou antes de fechar a porta, fazendo com que a iluminação do corredor cessasse no quarto de Saylla e só a luz azulada ficasse no cômodo.
A loira respirou fundo e fechou os olhos. Não sentia sono ou cansaço e nem a ordem dada por seu pai a faria entrar em seus sonhos, porém se forçou a deitar na cama. Agora as paredes de faixas pretas e cinzas decoradas com pôsteres de filmes e seriados com a participação de seus pais pareciam extremamente interessantes. Uma chuva fina começou a cair. Algumas gotas batiam na janela quadrangular do quarto. O quarto pareceu ficar mais frio com a chuva.
Saylla adormeceu enquanto olhava as paredes.
Uma figura encapuzada sentou no galho largo da árvore ao lado da casa no topo do morro. O capuz escuro cobria todo seu corpo e a escuridão junto a chuva fraca dificultava ver o rosto do esquisito. Quem quer que fosse, fitava a janela do segundo andar com certo grau de interesse.
Fez questão de se esgueirar e acompanhar a rotina dos estudiosos no laboratório em Pallet. Naquele horário, somente o dono do lugar, Professor Green Oak, ficava para ir dormir, então não haveria chances de se esbarrar com outra pessoa durante sua entrada contanto que fosse depressa em pegar o que tanto queria. Com a voz baixa, sussurrou a si próprio:
— Vamos lá. — Um sorriso brotou nos lábios ao dizê-lo.
Caminhou até a ponta do galho com os braços erguidos de cada lado para buscar equilíbrio e a madeira alongar-se curvilínea para baixo. O galho se quebraria a qualquer momento com o peso de seu corpo e decidiu agir de vez. A janela do segundo andar e o galho tinham um pouco mais de um metro de distância. Um bom salto resolveria o problema. Flexionou os joelhos alguns graus e impulsionou o seu corpo contra a janela, batendo os cotovelos contra a superfície de vidro.
Fim
A carta de aprovação em suas mãos a faziam sorrir de forma boba, algo que nunca permitiria alguém vê-la fazendo. Passou os dedos ainda trêmulos pela notícia entre os cabelos loiros e soltos enquanto reprimia um grito com os ombros contidos. Ergueu-se de pé em sua cama de solteiro com o pijama preto com desenhos de caveiras espalhadas no tecido. Seus olhos esverdeados fitavam a sua posição: primeiro lugar entre quatrocentos e trinta concorrentes.
Finalmente poderia sair de sua casa e fugir de todas as responsabilidades para abraçar um inédito e espetacular mundo de aventuras. Não tinha problema algum em largar todas as roupas caras, a quantidade absurda de brinquedos e bonecas e muito menos de sair da mansão de sua família. Seu maior objetivo ali é escapar das sombras de seus pais e o faria a qualquer custo.
Seu sangue borbulhava com um coração acelerado e pulmões enchendo e esvaziando rapidamente. O relógio eletrônico em sua cômoda dizia faltar somente trinta minutos para às onze horas da noite, porém não sentia o pesar nas pálpebras. Como desejava que o dia seguinte chegasse logo...
Olhou rapidamente para um canto do seu quarto, próximo a sua porta de madeira escura. Ali jazia uma mochila camuflada com padrões militares que carregava os seus pertences; que variavam desde peças íntimas e higiene pessoal até utensílios de cozinha e um spray de pimenta. Ao lado da mochila, a roupa para a jornada devidamente passada... Não sabia quais peças eram, afinal foi sua empregada que se teve todo o trabalho para ela, no entanto não poderia se importar menos com que roupa teria de sair.
A porta de seu quarto se abriu sem condolências e de supetão, revelando a figura de um homem alto. A luz do corredor iluminava o terno preto que usava, a gravata afrouxada com alguns botões da camisa social azulada abertos pelo homem. O cabelo era da mesma cor dos que de Saylla, um loiro claro, esbranquiçado e quase fantasmagórico. Seus olhos eram mais escuros e apagados do que de sua filha, entretanto passavam a mensagem sem dificuldades com a expressão séria e cenho franzido:
— Saylla. Você tem que dormir se não quiser se atrasar. — afirmou com uma voz forte, a mão larga segurando a maçaneta dourada.
— Sim, senhor. Eu irei dormir imediatamente. — respondeu a garota de forma automática e robótica de seu discurso decorado. Pode notar um sorriso sutil no canto da boca de seu pai.
— Minha garotinha está crescendo... — murmurou antes de fechar a porta, fazendo com que a iluminação do corredor cessasse no quarto de Saylla e só a luz azulada ficasse no cômodo.
A loira respirou fundo e fechou os olhos. Não sentia sono ou cansaço e nem a ordem dada por seu pai a faria entrar em seus sonhos, porém se forçou a deitar na cama. Agora as paredes de faixas pretas e cinzas decoradas com pôsteres de filmes e seriados com a participação de seus pais pareciam extremamente interessantes. Uma chuva fina começou a cair. Algumas gotas batiam na janela quadrangular do quarto. O quarto pareceu ficar mais frio com a chuva.
Saylla adormeceu enquanto olhava as paredes.
XxXxX
Uma figura encapuzada sentou no galho largo da árvore ao lado da casa no topo do morro. O capuz escuro cobria todo seu corpo e a escuridão junto a chuva fraca dificultava ver o rosto do esquisito. Quem quer que fosse, fitava a janela do segundo andar com certo grau de interesse.
Fez questão de se esgueirar e acompanhar a rotina dos estudiosos no laboratório em Pallet. Naquele horário, somente o dono do lugar, Professor Green Oak, ficava para ir dormir, então não haveria chances de se esbarrar com outra pessoa durante sua entrada contanto que fosse depressa em pegar o que tanto queria. Com a voz baixa, sussurrou a si próprio:
— Vamos lá. — Um sorriso brotou nos lábios ao dizê-lo.
Caminhou até a ponta do galho com os braços erguidos de cada lado para buscar equilíbrio e a madeira alongar-se curvilínea para baixo. O galho se quebraria a qualquer momento com o peso de seu corpo e decidiu agir de vez. A janela do segundo andar e o galho tinham um pouco mais de um metro de distância. Um bom salto resolveria o problema. Flexionou os joelhos alguns graus e impulsionou o seu corpo contra a janela, batendo os cotovelos contra a superfície de vidro.
Fim
Última edição por OneTwoSan em Qui 1 Fev 2018 - 16:53, editado 2 vez(es)
OneTwoSan- Membro
- Idade : 24
Alerta :
Data de inscrição : 16/03/2015
Frase pessoal : Você conhece o Deus Grid?
Re: Fight for Greatness
Bom, o prólogo foi bem curto, particularmente gosto deles assim.
Estou afastado do fórum faz algum tempo, isto porque ando muito ocupado com meu trabalho e vida social, mas farei o possível para honrar meu papel aqui como moderador, apesar de estar bastante surpreso de ainda estar com esta função aqui, imagino que o fórum também não anda em seus melhores dias.
A primeira impressão que tive, logo de cara mesmo, foi a sua escrita. Descreve sem exageros ao mesmo tempo que consegue explicar os detalhes de maneira suave. Gostei bastante de como este prólogo seguiu, já imagino que Saylla irá quebrar alguns esterótipos de personagens femininas, assim espero... É bem chato ver garotas apenas com pokémons fofinhos, ou cor de rosa etc...
Bom meu amigo, por hoje acredito que é só isso o que tenho para falar, não vi erros, o que não quer dizer que não tenham, mas não encontrei nenhum. Espero que continue com a fanfic, apesar de não ser um dos maiores fãs da região de kanto, eu queria mesmo acompanhar uma fanfic de Pokemon do ponto zero, existem muitas no fórum, mas bate aquela ligeira preguiça quando nota-se que a fanfic já possui diversos capítulos postados.
Assim como moderador, eu também sou escritor, mesmo que eu não me considere lá um grande escritor, eu gosto de escrever quando tenho tempo livre, e imagino que isto seja o importante, caso queira dar uma olhada nos meus trabalhos também, os links estão na assinatura, mas estes projetos estão em pausa, com exceção a fanfic de digimon, que voltei as atividades ontem.
Boa noite e boa sorte com seu projeto.
Estou afastado do fórum faz algum tempo, isto porque ando muito ocupado com meu trabalho e vida social, mas farei o possível para honrar meu papel aqui como moderador, apesar de estar bastante surpreso de ainda estar com esta função aqui, imagino que o fórum também não anda em seus melhores dias.
A primeira impressão que tive, logo de cara mesmo, foi a sua escrita. Descreve sem exageros ao mesmo tempo que consegue explicar os detalhes de maneira suave. Gostei bastante de como este prólogo seguiu, já imagino que Saylla irá quebrar alguns esterótipos de personagens femininas, assim espero... É bem chato ver garotas apenas com pokémons fofinhos, ou cor de rosa etc...
Bom meu amigo, por hoje acredito que é só isso o que tenho para falar, não vi erros, o que não quer dizer que não tenham, mas não encontrei nenhum. Espero que continue com a fanfic, apesar de não ser um dos maiores fãs da região de kanto, eu queria mesmo acompanhar uma fanfic de Pokemon do ponto zero, existem muitas no fórum, mas bate aquela ligeira preguiça quando nota-se que a fanfic já possui diversos capítulos postados.
Assim como moderador, eu também sou escritor, mesmo que eu não me considere lá um grande escritor, eu gosto de escrever quando tenho tempo livre, e imagino que isto seja o importante, caso queira dar uma olhada nos meus trabalhos também, os links estão na assinatura, mas estes projetos estão em pausa, com exceção a fanfic de digimon, que voltei as atividades ontem.
Boa noite e boa sorte com seu projeto.
________________
Leia!
Fanfic: Naruto: Another Story
Fanfic: Bleach - Bound of Souls
Fanfic: Digimon - 7 Deadly Sins
Fanfic: Hunter x Hunter: The Last Hope
- Conquistas:
xKai- Fanfic Mod
- Idade : 27
Alerta :
Data de inscrição : 11/05/2013
Capítulo Um
Fight for Greatness
Olá a todos! Capítulo saindo, sendo este o primeiro da nossa jornada!... Eu ainda não sei qual será o tempo de postagem, então vou variar de algo entre três a dez dias. Depois eu defino corretamente qual será os dias, mas por enquanto serão estes. Então vamos ao capítulo!
- Comentários:
- xKai:
- Olá Kai. Obrigadaço por estar comentando no prólogo e espero que acompanhe a jornada. Eu achei o prólogo deveras pequeno,
mas se gostou dele assim, não tenho o porquê de reclamar né? XD
Eu te entendo. Todo mundo tem coisas para fazer na vida real e às vezes realmente fica apertado demais para fazer qualquer coisinha. Sobre o fórum, eu acho que dá para ele voltar as atividades em força total... Quem sabe nesse ano de copa né?
Fico feliz que curtiu o jeito de eu escrever. Sobre a Saylla, sim, eu vou procurar quebrar alguns esteriótipos a respeito da personagem feminina só ter Pokémon fofos, apesar de não sei se isso se seguirá 100%.
Eu escolhi a região de Kanto mais por nostalgia e por "facilidade" do que outra coisa. Eu acho a região mais fácil em questão de história do que, por exemplo, Hoenn e Sinnoh com aqueles monstros gigantes que explodem tudo que vêem pelo caminho.
Vou procurar ler as fanfics que escreve, Kai. Não sei se vão me agradar muito, não sou muito fã de Digimon e Naruto - e nunca vi Bleach ;-; - mas lerei certeza. E outra vez,
obrigado por comentar.
01. O Inicial Amarelo
O ponto de partida de qualquer jornada é tido como um laboratório com um homem de jaleco falando sobre os monstros de bolso, cheirando a cafeína e olheiras imensas. De certa forma não está errado, no entanto uma verdadeira história repleta de aventuras em busca do topo da Liga tem seu início meses antes.
Afinal, antes que você possa pensar em ganhar insígnias, é preciso conseguir um ID de treinador. É um cartão metálico de aproximadamente oito centímetros de comprimento e outros cinco de comprimento e dois centímetros de profundidade. As suas bordas são prateadas e as superfícies onde ficam os inscritos são de um tom azul claro. Nele ficam todas as suas informações pessoais para competir na Liga, a sua equipe Pokémon e até mesmo detalhes adicionais como quantas insígnias possui. É algo indispensável para se ter antes de iniciar a sua jornada.
Para obter o ID, no entanto, não é tão simples. Há duas formas de ser feito: completar uma escola Pokémon ou realizar o Exame Nacional Pokémon (ENP) e ser um dos três primeiros colocados. Após realizar qualquer uma das duas opções, você poderá viajar contanto que tenha um Pokémon; as escolas Pokémon não têm a obrigação de entregar um Pokémon aos formandos, o que torna o ENP ainda mais valorizado por oferecer uma ID de treinador, um Inicial, Pokédex, Pokébolas e alguns outros acessórios.
Saylla levou mais de dois anos de estudos antes de tomar coragem para se inscrever na ENP. Conseguiu agarrar a primeira colocação com muito sacrifício e esforço. Ainda não sabia exatamente qual escolher... Seria uma treinadora fervente como um Charizard? Ou quem sabe dura e fria igual um Blastoise? Talvez paciente e inteligente similar ao Venusaur? Conseguia imaginar cada um deles ao seu lado, dizimando qualquer oponente que teve o azar de lutar contra ela e sua equipe.
Sua jornada imaginária teve fim quando percebeu que já tinha chegado em frente ao laboratório. Nem sabia quando seus pés a levarem até seu destino. Antes de entrar, decidiu dar uma última olhada em seu traje.
Uma camisa branca, shorts pretos até a altura de dois palmos acima do joelho e tênis de atletismo com um padrão listrado de vermelho, azul e verde. Ajeitou seu cabelo loiro preso em um coque alto similar a um rabo de cavalo e coçou os olhos cinzas, quase pratas. Ajeitou a barra da camisa e puxou os shorts um pouco para baixo. Ensaiou um sorriso confiante e entrou no laboratório de Pallet.
— Cuidado! — alguém gritou assim que Saylla pisou no lugar. Uma pelugem roxa atingiu seu rosto e sentiu ligeiras patas fixarem-se em seu cabelo arrumado em um coque alto.
— Aaaah! — a loira exclamou, agarrando o corpo pequeno do que a atacou e puxou-o para tirar de seu rosto. Agora seu cabelo antes bem arrumado estava uma bagunça...
— Me desculpe! Eu sinto muito! — A pessoa que alertou do perigo, apesar de não ter ajudado muito, balançava as mãos agitadas, o rosto ganhando um tom avermelhado. Saylla piscou duas vezes antes de prestar atenção nela.
Era uma garota baixinha. Saylla alcançava um metro e sessenta, mas a menina devia ter pelo menos dez centímetros a menos do que ela. Tinha uma pele alva como neve em contraste com o seu cabelo negro como a noite, cabelo este que era preso em duas marias-chiquinhas. A sua camisa era azul-claro com uma Pokébola estampada no lado esquerdo do peito com as siglas EP abaixo, as calças em um azul-escuro eram longas e um pouco folgadas demais para a menor. Tinha que admitir que os uniformes das Escolas Pokémon eram péssimos...
Desviou os olhos para a coisa que pulou no seu rosto e quase arrancou alguns tufos de couro cabeludo. Um rato grande e roxo seriam as melhores palavras para definir o Pokémon. A maior parte do corpo do Pokémon tinha uma cor púrpura, leve e clara, indo do topo da cabeça até a extensão do rabo com ponta encaracolada, porém a parte da boca e do papo assim como toda sua barriga mudava a cor para bege iguais os de suas patas. O que chamou mais a sua atenção foram os seus olhos vermelhos e afiados, mostrando a alma traquina do rato... Típico dos Rattatas.
— Eu sinto muito pela Tata ter pulado no seu rosto... Ela está um pouco agitada por causa dos policiais. — A menina tirou a Rattata das mãos de Saylla e a loira tratou de simplesmente dar de ombros, arrumando seu cabelo.
— Sem problemas... — respondeu e analisou rapidamente os arredores. Realmente, haviam dois a três policiais conversando, próximos a escada para o segundo andar. — O que aconteceu? — perguntou com um quê de preocupação. Seria péssimo se a entrega fosse adiada, ou pior, cancelada, por conta de algum problema externo.
— Não sei muito, o Professor e nem os policiais falam nada. — afirmou com um tom decepcionado, porém seu jeito de falar logo se alarmou. — Desculpe pela minha falta de educação! Eu me chamo Nikole e está aqui é a minha Rattata, Tata. — Sorriu, erguendo a ratazana púrpura que continuou encarando Saylla como se fosse rasgar sua garganta.
Saylla não conseguiu hesitar de pensar que a criatividade para nomes dela não era as melhores que já viu por aí. E também o fato de que algo sério aconteceu no laboratório para não quererem espalhar a informação para o público em geral.
— Prazer em te conhecer, Nikole. Meu nome é Saylla Zenit. — Deu um sorriso forçado, porém bonito. — Eu tenho que ir falar com o Professor, pegar o meu inicial.
— Você... — Os olhos de Nikole começaram a brilhar sutilmente. — Você é a garota que pegou o primeiro lugar! — Por algum motivo, a garota parecia feliz demais. Saylla arqueou a sobrancelha é só concordou com a cabeça. — Eu tentei fazer a prova também, mas eu não cheguei nem no top 100... — embargada, choramingou.
A Zenit raramente sabia como lidar com este tipo de situação. Sem saber o que dizer, proferiu:
— Uma prova não define o quanto você sabe, Nikole. — O sorriso desabrochou dos lábios de Saylla e se despediu rapidamente da garota.
Entrou no próximo cômodo e se espantou com a aparência do lugar. Parecia algo totalmente de ficção científica com tantas máquinas, aparelhos e telões digitais espalhados na sala circular. O piso era feito de vidro e as paredes eram todas brancas, refletindo a iluminação intensa das luminárias gigantes anexadas ao telhado. No centro da sala tecnológica, um altar feito de aço estava cercado por três pessoas.
O primeiro identificou rapidamente como sendo o Professor Green Oak. O homem nem tão velho, que já foi um líder de ginásio e até mesmo Campeão de Kanto, é o pesquisador responsável pelo laboratório, herdado de seu avô. Possui os cabelos castanhos quase alaranjados e olhos da mesma cor, o seu rosto com traços firmes e retos tem sinais de algumas olheiras e uma barba matinal crescendo. Green trajava o seu uniforme, um jaleco branco remendado nas mangas e nos bolsos.
O segundo tinha a sua idade e sua estatura era um pouco maior que o dela. Desta vez, o rapaz tinha cabelos ruivos, um laranja vivo, penteados para o lado. Os olhos do rapaz eram difíceis de enxergar através dos óculos quadrados, mas pensou ter visto um tom azulado. Saylla não podia pensar que estava olhando para um nerd da época de escola por conta de suas roupas bem alinhadas e de um livro espesso no braço. Identificou-o como John Mikaelson, o garoto que conheceu durante o Exame. Não esperava vê-lo ali.
Já o terceiro, a garota conhecia faz alguns anos. Matt Valdez. Sua aparência chamava atenção em Kanto por conta de possuir a pele mais escura que o normal, bronzeado em um tom mais caramelizado e seu cabelo é encaracolado em uma cor de chocolate, porém escondidos por um chapéu de cowboy, combinando muito bem com os olhos negros. O Valdez alcançava um metro e setenta e cinco, sendo mais alto que John. O garoto usava uma jaqueta vermelha por cima de uma camiseta preta e calças também pretas.
— Ah, Say! — Matt exclamou assim que percebeu a presença da loira, alertando os outros dois. A garota caminhou até mais perto, ignorando o cumprimento do moreno.
— Espero não estar atrasada... — Saylla disse olhando para o altar, percebendo que só havia uma única Pokébola. — E parece que eles já escolheram.
— Não está atrasada, mas por chegar por último você ficará com o que sobrou. — alertou o professor com as mãos dentro dos bolsos do jaleco.
— Qualquer um está ótimo. — A garota agarrou o objeto esférico bicolor e tirou-o do altar. Ao fazê-lo, o altar de aço começou a descer e entrou dentro do piso de vidro... Simplesmente surreal. — Venha pra fora!
A Pokébola abriu-se ao meio e um raio vermelho materializou o Pokémon em sua frente. A criatura tinha mais de meio metro de altura e era bípede com uma longa calda a qual a ponta crepitava uma chama fervorosa. O formato de seu rosto e de seu corpo lembrava a de um lagarto em duas patas, entretanto a cor do Pokémon que mais surpreendeu os três treinadores iniciantes. A criatura era amarela, diferente de seus semelhantes de espécie que costumam ser laranjas. Outro detalhe que os assustou foi uma cicatriz vertical passando por cima do olho esquerdo.
— Ei, por que este Charmander é amarelo, Professor? — indagou John, os olhos fuzilantes através das lentes quadrangulares.
— Esse Charmander tem uma cor diferente porque é um Shiny. — respondeu calmamente. — Os Shinies são muito raros, uma proporção de menos de um por cento da população da espécie...
— Então deve ser fantástico ter um Shiny. — Matt comentou da boca para fora, ganhando um aceno negativo do Professor.
— É uma falha genética, Matt. A sua coloração diferenciada é somente o resultado externo desta patologia, mas há outros pormenores também. Estes Pokémon adoecem muito facilmente por terem um sistema imunológico mais frágil e são mais fracos que os outros de sua espécie. Por exemplo, um Charizard Shiny nunca teria chances contra um Charizard comum. — discursou o professor, completando a sua análise genética da anormalidade. O homem pareceu preocupado que a garota não quisesse levar o espécime, mas continuou. — E por serem mais fracos e terem um visual diferente, muitas pessoas sequestram ou roubam Shinies para vender. Seja para fazer roupas com sua pele, seja por maníacos sexuais ou qualquer filho da-
— Quem fez esta cicatriz? — Saylla interrompeu o monólogo do Professor, o cenho franzido e a expressão mórbida. Seus olhos prateados encaravam o azul celeste do Charmander amarelo.
O Pokémon não abaixou a guarda em nenhum momento que estava fora da Pokébola e seus olhos azuis faiscavam contra os da treinadora. A boca do lagarto abria um pouco para mostrar os caninos e grunhir para ela enquanto mantinha a ponta flamejante de sua calda próximo ao corpo. O professor respondeu a loira com um olhar penoso para o Charmander, lembrando de como estava o estado do Pokémon quando o encontrou:
— Eu penso que foi o próprio bando que causou. A maioria dos Pokémon não hesitam em sacrificar os mais fracos e diferentes, ainda mais os tipos como Charmeleons e Charizards que prezam muito a força e não são tão amigáveis. Por causa da cicatriz, ele não enxerga com o olho esquerdo. — Respirou profundamente, piscando algumas vezes. Já tinha canalizado para si que ela iria dizer que queria outro Pokémon.
Quem iria querer um Pokémon com falhas nas lacunas de seu DNA, mais fraco que o comum, fica doente facilmente e ainda por cima só enxerga com um olho só?
Saylla tentou alcançar o topo da cabeça do Pokémon de fogo que respondeu com uma tentativa de mordê-la, porém a loira retraiu a mão antes disto. Olhou na direção do Professor e disse:
— Vou ficar com ele. — Saylla se ergueu enquanto olhava de canto para o Pokémon Shiny. Depois deu um sorriso discreto para o Charmander. — O seu nome será Chad.
— Vai ficar com um deficiente? — perguntou com um tom brincalhão, Matt sorria como se tivesse vendo uma piada.
— Não se preocupe, o Chad vai ser muito mais forte que qualquer Pokémon que você tenha pego. — retrucou sem olhar para o moreno, pegando as Pokébolas e a Pokédex das mãos do antigo líder de ginásio. Notou também que o pesquisador entregou três frascos para ela, respectivamente uma poção, um antídoto para paralisia e um antídoto para venenos.
— Chad? — indagaram tanto John quanto Matt.
— O nome do meu Charmander, seus imbecis.
— Certo, certo. Vamos ao foco. — O professor interrompeu a conversa dos três adolescentes. — Como vocês terão que passar pela Floresta de Viridian, darei estes remédios para todos. Pensem bem antes de usá-los, não são baratos e creio que não terão dinheiro sempre disponível. — alertou Green. — E sobre a Pokédex, ela não é só um dispositivo para identificar Pokémon. Ela também tem um mapa da região, serve como celular e há alguns joguinhos para passar o tempo. — completou, cruzando os braços. — Agora saiam daqui antes que tenham a ideia de batalharem.
John e Matt se entreolharam e o moreno deu um sorriso travesso para o ruivo que deu de ombros. Logo os dois sacaram suas Pokébolas de seus bolsos e em uma conversa silenciosa e cúmplice saíram para a entrada do laboratório. Saylla deduziu que batalhariam e não queria admitir, mas queria muito ver os Pokémon de seus... Rivais? Amigos? Não, não eram nenhum dos dois. Em exceção de Matt, não conhecia John o suficiente para qualquer coisa do tipo, e jamais admitiria estar em rivalidade com o preguiçoso e desleixado Matt Valdez.
— Vamos lá, Chad. — a loira chamou seu Charmander amarelo com a Pokébola na mão para o colocar dentro do dispositivo. O lagarto ficou plantado no mesmo lugar, olhando com cara feia para sua treinadora. — Somos companheiros agora. Vamos deixar as coisas mais fáceis entre nós, beleza? — Tentou um sorriso amistoso e jogou a Pokébola gentilmente na direção dele.
O lagarto de fogo girou rapidamente e atingiu a esfera com sua calda, lançando com força contra o nariz de Saylla. O impacto a pegou de surpresa e a fez recuar dois passos, a Pokébola caindo para sua mão e suas narinas escorrendo um pouco de sangue pelo choque. A garota franziu o cenho e preparou para tentar retroceder seu Pokémon de novo, porém o Charmander grunhiu para ela. Acabou por mudar de ideia.
— Professor, o que eu faço? — perguntou ao vento, pois percebeu que mais ninguém estava naquela sala. Bufou irritada.
Precisava ganhar a confiança do diferente e estressado lagarto amarelo de fogo o mais rápido possível... Antes que decidisse estrangular a criatura.
A batalha entre os dois novatos começou a pouco tempo, somente o suficiente para retirar seus Pokémon de descanso e analisarem seu oponente. Saylla agradeceu de certa forma por ambos serem enrolados, afinal levou quase dez minutos para convencer o amarelado e que, no fim, só o colocaria na Pokébola se ele concordasse.
A garota loira saiu para a entrada e logo ouviu um grito:
— Saylla! Aqui, senta aqui! — A voz empolgada da baixinha de cabelos negros chamou sua atenção. Nikole estava sentada em um banco, alguns metros afastados de onde teria a batalha. Ouvindo o pedido de Nikole, Saylla andou até o assento vazio com o Charmander amarelo logo atrás dela.
— Oi Nikole. E oi Tata. — cumprimentou rapidamente, olhando para a ratazana roxa deitada no colo de sua treinadora. Nikole sorriu para a loira e logo reparou no Pokémon parado ao lado do banco.
— Você escolheu um Charmander? Fantástico! — A menor sorriu, porém o sorriso logo sumiu ao perceber a coloração do Pokémon. — Espera, o seu inicial é um... — A frase se perdeu no ar.
— Sim, ele é um pouco diferente. O nome dele é Chad. — respondeu parecendo mais interessante na batalha que ocorreria em breve do que com a surpresa da garota.
— “Um pouco diferente”?! Você ganhou um inicial que ainda por cima é um Shiny! Quais são as chances de acontecer?!
Saylla decidiu não responder e prestar atenção em ambos os concorrentes.
Do lado direito estava John ajeitando os seus óculos de grau e parecendo dar algumas instruções para o Pokémon esverdeado. O inicial de grama, deduzido pela cor, tinha alguns centímetros a mais do que meio metro, porém ainda menor que o Charmander, possuindo uma coloração verde-água em toda a extensão do seu corpo com manchas verdes escuras em formato de trapézios no corpo, na cabeça e nas pernas. Tinha um largo sorriso inexpressivo e imensos olhos vermelhos opacos. Nas costas do Pokémon, um grande bulbo verde crescia como se ainda não tivesse desabrochado. Saylla achou deveras interessante o verdinho e apontou a Pokédex para ele. Com uma voz mecanizada e feminina, proferiu as informações básicas do Pokémon:
Interessante, pensou. Um Pokémon de grama que parecia forte pelo aspecto do bulbo, porém a falta de expressão no Bulbasaur que mais chamava atenção. A espécie é conhecida de certa forma por serem animados, competitivos e fofos antes de evoluírem, o que claramente aquele ali não era.
Já do lado esquerdo, Matt parecia mais relaxado do que a dupla John-Bulbasaur. O treinador moreno parecia bater um papo com o Pokémon de água, por mais estranho que pareça. O inicial do garoto era do tipo água, sendo uma tartaruga azul com um rabo enrolado de meio metro de altura. O sorriso do Pokémon refletia como se fosse a cópia perfeita do treinador, ambos com expressões travessas em seus olhos escuros. O torso e o quadril da tartaruga d’água era escondida pelo seu casco marrom tão rígido quanto pedra. Com um impacto visual bem menor em comparação ao Bulbasaur, decidiu analisa-lo via Pokédex:
Tinha de admitir, o Pokémon era fofo. Por mais que seu sorriso fosse ligeiramente obsceno, a tartaruga aquática tinha o seu charme.
— Quem você acha que irá vencer? — perguntou Nikole, acariciando a extensão do corpo da Rattata.
— Eu aposto no Bulbasaur. Ele tem vantagem pelo tipo grama e o John pegou o segundo lugar no exame. — respondeu com um olhar sério, Saylla olhava para Matt e realmente não botava fé no rapaz. No momento, tanto ele quanto o Squirtle rolavam no chão.
Uma mordida chamou atenção da loira, a fazendo dar um gritinho de dor e susto. Olhou assustada para o Charmander que parecia estar tentando chamar sua atenção fazia algum tempo e finalmente tendo conseguido, apontou a ponta da calda na direção do Squirtle.
— Você está apostando neles, Chad? — Saylla não conseguiu evitar de rir. — Beleza então. Se eu ganhar a aposta, você entra na Pokébola sem reclamar. Se eu perder, você que escolhe quando quer ficar na Pokébola ou não. — A garota estendeu a mão para o Charmander amarelo que a olhou estranho, pensando talvez que ela fosse maluca. No fim, o lagarto concordou ao tocar a cabeça no punho de Saylla como se fosse um “toca aqui”.
Enquanto isso, Nikole olhava a cena ao seu lado em dúvida se Saylla não batia muito bem da cabeça em fazer apostas com o seu Pokémon ou se o Charmander era mais inteligente que a própria treinadora...
Continua...
Sim, o inicial da nossa protagonista é um Charmander Shiny. Enganei vocês com o título? Espero que sim, porque a intenção foi justamente essa e.e Bem, eu teria postado também a luta entre John e Matt, mas o capítulo ia ficar grande demais então... Fica como dúvida. Quem vocês acham que ganha?
até depois!
Afinal, antes que você possa pensar em ganhar insígnias, é preciso conseguir um ID de treinador. É um cartão metálico de aproximadamente oito centímetros de comprimento e outros cinco de comprimento e dois centímetros de profundidade. As suas bordas são prateadas e as superfícies onde ficam os inscritos são de um tom azul claro. Nele ficam todas as suas informações pessoais para competir na Liga, a sua equipe Pokémon e até mesmo detalhes adicionais como quantas insígnias possui. É algo indispensável para se ter antes de iniciar a sua jornada.
Para obter o ID, no entanto, não é tão simples. Há duas formas de ser feito: completar uma escola Pokémon ou realizar o Exame Nacional Pokémon (ENP) e ser um dos três primeiros colocados. Após realizar qualquer uma das duas opções, você poderá viajar contanto que tenha um Pokémon; as escolas Pokémon não têm a obrigação de entregar um Pokémon aos formandos, o que torna o ENP ainda mais valorizado por oferecer uma ID de treinador, um Inicial, Pokédex, Pokébolas e alguns outros acessórios.
Saylla levou mais de dois anos de estudos antes de tomar coragem para se inscrever na ENP. Conseguiu agarrar a primeira colocação com muito sacrifício e esforço. Ainda não sabia exatamente qual escolher... Seria uma treinadora fervente como um Charizard? Ou quem sabe dura e fria igual um Blastoise? Talvez paciente e inteligente similar ao Venusaur? Conseguia imaginar cada um deles ao seu lado, dizimando qualquer oponente que teve o azar de lutar contra ela e sua equipe.
Sua jornada imaginária teve fim quando percebeu que já tinha chegado em frente ao laboratório. Nem sabia quando seus pés a levarem até seu destino. Antes de entrar, decidiu dar uma última olhada em seu traje.
Uma camisa branca, shorts pretos até a altura de dois palmos acima do joelho e tênis de atletismo com um padrão listrado de vermelho, azul e verde. Ajeitou seu cabelo loiro preso em um coque alto similar a um rabo de cavalo e coçou os olhos cinzas, quase pratas. Ajeitou a barra da camisa e puxou os shorts um pouco para baixo. Ensaiou um sorriso confiante e entrou no laboratório de Pallet.
— Cuidado! — alguém gritou assim que Saylla pisou no lugar. Uma pelugem roxa atingiu seu rosto e sentiu ligeiras patas fixarem-se em seu cabelo arrumado em um coque alto.
— Aaaah! — a loira exclamou, agarrando o corpo pequeno do que a atacou e puxou-o para tirar de seu rosto. Agora seu cabelo antes bem arrumado estava uma bagunça...
— Me desculpe! Eu sinto muito! — A pessoa que alertou do perigo, apesar de não ter ajudado muito, balançava as mãos agitadas, o rosto ganhando um tom avermelhado. Saylla piscou duas vezes antes de prestar atenção nela.
Era uma garota baixinha. Saylla alcançava um metro e sessenta, mas a menina devia ter pelo menos dez centímetros a menos do que ela. Tinha uma pele alva como neve em contraste com o seu cabelo negro como a noite, cabelo este que era preso em duas marias-chiquinhas. A sua camisa era azul-claro com uma Pokébola estampada no lado esquerdo do peito com as siglas EP abaixo, as calças em um azul-escuro eram longas e um pouco folgadas demais para a menor. Tinha que admitir que os uniformes das Escolas Pokémon eram péssimos...
Desviou os olhos para a coisa que pulou no seu rosto e quase arrancou alguns tufos de couro cabeludo. Um rato grande e roxo seriam as melhores palavras para definir o Pokémon. A maior parte do corpo do Pokémon tinha uma cor púrpura, leve e clara, indo do topo da cabeça até a extensão do rabo com ponta encaracolada, porém a parte da boca e do papo assim como toda sua barriga mudava a cor para bege iguais os de suas patas. O que chamou mais a sua atenção foram os seus olhos vermelhos e afiados, mostrando a alma traquina do rato... Típico dos Rattatas.
— Eu sinto muito pela Tata ter pulado no seu rosto... Ela está um pouco agitada por causa dos policiais. — A menina tirou a Rattata das mãos de Saylla e a loira tratou de simplesmente dar de ombros, arrumando seu cabelo.
— Sem problemas... — respondeu e analisou rapidamente os arredores. Realmente, haviam dois a três policiais conversando, próximos a escada para o segundo andar. — O que aconteceu? — perguntou com um quê de preocupação. Seria péssimo se a entrega fosse adiada, ou pior, cancelada, por conta de algum problema externo.
— Não sei muito, o Professor e nem os policiais falam nada. — afirmou com um tom decepcionado, porém seu jeito de falar logo se alarmou. — Desculpe pela minha falta de educação! Eu me chamo Nikole e está aqui é a minha Rattata, Tata. — Sorriu, erguendo a ratazana púrpura que continuou encarando Saylla como se fosse rasgar sua garganta.
Saylla não conseguiu hesitar de pensar que a criatividade para nomes dela não era as melhores que já viu por aí. E também o fato de que algo sério aconteceu no laboratório para não quererem espalhar a informação para o público em geral.
— Prazer em te conhecer, Nikole. Meu nome é Saylla Zenit. — Deu um sorriso forçado, porém bonito. — Eu tenho que ir falar com o Professor, pegar o meu inicial.
— Você... — Os olhos de Nikole começaram a brilhar sutilmente. — Você é a garota que pegou o primeiro lugar! — Por algum motivo, a garota parecia feliz demais. Saylla arqueou a sobrancelha é só concordou com a cabeça. — Eu tentei fazer a prova também, mas eu não cheguei nem no top 100... — embargada, choramingou.
A Zenit raramente sabia como lidar com este tipo de situação. Sem saber o que dizer, proferiu:
— Uma prova não define o quanto você sabe, Nikole. — O sorriso desabrochou dos lábios de Saylla e se despediu rapidamente da garota.
Entrou no próximo cômodo e se espantou com a aparência do lugar. Parecia algo totalmente de ficção científica com tantas máquinas, aparelhos e telões digitais espalhados na sala circular. O piso era feito de vidro e as paredes eram todas brancas, refletindo a iluminação intensa das luminárias gigantes anexadas ao telhado. No centro da sala tecnológica, um altar feito de aço estava cercado por três pessoas.
O primeiro identificou rapidamente como sendo o Professor Green Oak. O homem nem tão velho, que já foi um líder de ginásio e até mesmo Campeão de Kanto, é o pesquisador responsável pelo laboratório, herdado de seu avô. Possui os cabelos castanhos quase alaranjados e olhos da mesma cor, o seu rosto com traços firmes e retos tem sinais de algumas olheiras e uma barba matinal crescendo. Green trajava o seu uniforme, um jaleco branco remendado nas mangas e nos bolsos.
O segundo tinha a sua idade e sua estatura era um pouco maior que o dela. Desta vez, o rapaz tinha cabelos ruivos, um laranja vivo, penteados para o lado. Os olhos do rapaz eram difíceis de enxergar através dos óculos quadrados, mas pensou ter visto um tom azulado. Saylla não podia pensar que estava olhando para um nerd da época de escola por conta de suas roupas bem alinhadas e de um livro espesso no braço. Identificou-o como John Mikaelson, o garoto que conheceu durante o Exame. Não esperava vê-lo ali.
Já o terceiro, a garota conhecia faz alguns anos. Matt Valdez. Sua aparência chamava atenção em Kanto por conta de possuir a pele mais escura que o normal, bronzeado em um tom mais caramelizado e seu cabelo é encaracolado em uma cor de chocolate, porém escondidos por um chapéu de cowboy, combinando muito bem com os olhos negros. O Valdez alcançava um metro e setenta e cinco, sendo mais alto que John. O garoto usava uma jaqueta vermelha por cima de uma camiseta preta e calças também pretas.
— Ah, Say! — Matt exclamou assim que percebeu a presença da loira, alertando os outros dois. A garota caminhou até mais perto, ignorando o cumprimento do moreno.
— Espero não estar atrasada... — Saylla disse olhando para o altar, percebendo que só havia uma única Pokébola. — E parece que eles já escolheram.
— Não está atrasada, mas por chegar por último você ficará com o que sobrou. — alertou o professor com as mãos dentro dos bolsos do jaleco.
— Qualquer um está ótimo. — A garota agarrou o objeto esférico bicolor e tirou-o do altar. Ao fazê-lo, o altar de aço começou a descer e entrou dentro do piso de vidro... Simplesmente surreal. — Venha pra fora!
A Pokébola abriu-se ao meio e um raio vermelho materializou o Pokémon em sua frente. A criatura tinha mais de meio metro de altura e era bípede com uma longa calda a qual a ponta crepitava uma chama fervorosa. O formato de seu rosto e de seu corpo lembrava a de um lagarto em duas patas, entretanto a cor do Pokémon que mais surpreendeu os três treinadores iniciantes. A criatura era amarela, diferente de seus semelhantes de espécie que costumam ser laranjas. Outro detalhe que os assustou foi uma cicatriz vertical passando por cima do olho esquerdo.
— Ei, por que este Charmander é amarelo, Professor? — indagou John, os olhos fuzilantes através das lentes quadrangulares.
— Esse Charmander tem uma cor diferente porque é um Shiny. — respondeu calmamente. — Os Shinies são muito raros, uma proporção de menos de um por cento da população da espécie...
— Então deve ser fantástico ter um Shiny. — Matt comentou da boca para fora, ganhando um aceno negativo do Professor.
— É uma falha genética, Matt. A sua coloração diferenciada é somente o resultado externo desta patologia, mas há outros pormenores também. Estes Pokémon adoecem muito facilmente por terem um sistema imunológico mais frágil e são mais fracos que os outros de sua espécie. Por exemplo, um Charizard Shiny nunca teria chances contra um Charizard comum. — discursou o professor, completando a sua análise genética da anormalidade. O homem pareceu preocupado que a garota não quisesse levar o espécime, mas continuou. — E por serem mais fracos e terem um visual diferente, muitas pessoas sequestram ou roubam Shinies para vender. Seja para fazer roupas com sua pele, seja por maníacos sexuais ou qualquer filho da-
— Quem fez esta cicatriz? — Saylla interrompeu o monólogo do Professor, o cenho franzido e a expressão mórbida. Seus olhos prateados encaravam o azul celeste do Charmander amarelo.
O Pokémon não abaixou a guarda em nenhum momento que estava fora da Pokébola e seus olhos azuis faiscavam contra os da treinadora. A boca do lagarto abria um pouco para mostrar os caninos e grunhir para ela enquanto mantinha a ponta flamejante de sua calda próximo ao corpo. O professor respondeu a loira com um olhar penoso para o Charmander, lembrando de como estava o estado do Pokémon quando o encontrou:
— Eu penso que foi o próprio bando que causou. A maioria dos Pokémon não hesitam em sacrificar os mais fracos e diferentes, ainda mais os tipos como Charmeleons e Charizards que prezam muito a força e não são tão amigáveis. Por causa da cicatriz, ele não enxerga com o olho esquerdo. — Respirou profundamente, piscando algumas vezes. Já tinha canalizado para si que ela iria dizer que queria outro Pokémon.
Quem iria querer um Pokémon com falhas nas lacunas de seu DNA, mais fraco que o comum, fica doente facilmente e ainda por cima só enxerga com um olho só?
Saylla tentou alcançar o topo da cabeça do Pokémon de fogo que respondeu com uma tentativa de mordê-la, porém a loira retraiu a mão antes disto. Olhou na direção do Professor e disse:
— Vou ficar com ele. — Saylla se ergueu enquanto olhava de canto para o Pokémon Shiny. Depois deu um sorriso discreto para o Charmander. — O seu nome será Chad.
— Vai ficar com um deficiente? — perguntou com um tom brincalhão, Matt sorria como se tivesse vendo uma piada.
— Não se preocupe, o Chad vai ser muito mais forte que qualquer Pokémon que você tenha pego. — retrucou sem olhar para o moreno, pegando as Pokébolas e a Pokédex das mãos do antigo líder de ginásio. Notou também que o pesquisador entregou três frascos para ela, respectivamente uma poção, um antídoto para paralisia e um antídoto para venenos.
— Chad? — indagaram tanto John quanto Matt.
— O nome do meu Charmander, seus imbecis.
— Certo, certo. Vamos ao foco. — O professor interrompeu a conversa dos três adolescentes. — Como vocês terão que passar pela Floresta de Viridian, darei estes remédios para todos. Pensem bem antes de usá-los, não são baratos e creio que não terão dinheiro sempre disponível. — alertou Green. — E sobre a Pokédex, ela não é só um dispositivo para identificar Pokémon. Ela também tem um mapa da região, serve como celular e há alguns joguinhos para passar o tempo. — completou, cruzando os braços. — Agora saiam daqui antes que tenham a ideia de batalharem.
John e Matt se entreolharam e o moreno deu um sorriso travesso para o ruivo que deu de ombros. Logo os dois sacaram suas Pokébolas de seus bolsos e em uma conversa silenciosa e cúmplice saíram para a entrada do laboratório. Saylla deduziu que batalhariam e não queria admitir, mas queria muito ver os Pokémon de seus... Rivais? Amigos? Não, não eram nenhum dos dois. Em exceção de Matt, não conhecia John o suficiente para qualquer coisa do tipo, e jamais admitiria estar em rivalidade com o preguiçoso e desleixado Matt Valdez.
— Vamos lá, Chad. — a loira chamou seu Charmander amarelo com a Pokébola na mão para o colocar dentro do dispositivo. O lagarto ficou plantado no mesmo lugar, olhando com cara feia para sua treinadora. — Somos companheiros agora. Vamos deixar as coisas mais fáceis entre nós, beleza? — Tentou um sorriso amistoso e jogou a Pokébola gentilmente na direção dele.
O lagarto de fogo girou rapidamente e atingiu a esfera com sua calda, lançando com força contra o nariz de Saylla. O impacto a pegou de surpresa e a fez recuar dois passos, a Pokébola caindo para sua mão e suas narinas escorrendo um pouco de sangue pelo choque. A garota franziu o cenho e preparou para tentar retroceder seu Pokémon de novo, porém o Charmander grunhiu para ela. Acabou por mudar de ideia.
— Professor, o que eu faço? — perguntou ao vento, pois percebeu que mais ninguém estava naquela sala. Bufou irritada.
Precisava ganhar a confiança do diferente e estressado lagarto amarelo de fogo o mais rápido possível... Antes que decidisse estrangular a criatura.
XxXxX
A batalha entre os dois novatos começou a pouco tempo, somente o suficiente para retirar seus Pokémon de descanso e analisarem seu oponente. Saylla agradeceu de certa forma por ambos serem enrolados, afinal levou quase dez minutos para convencer o amarelado e que, no fim, só o colocaria na Pokébola se ele concordasse.
A garota loira saiu para a entrada e logo ouviu um grito:
— Saylla! Aqui, senta aqui! — A voz empolgada da baixinha de cabelos negros chamou sua atenção. Nikole estava sentada em um banco, alguns metros afastados de onde teria a batalha. Ouvindo o pedido de Nikole, Saylla andou até o assento vazio com o Charmander amarelo logo atrás dela.
— Oi Nikole. E oi Tata. — cumprimentou rapidamente, olhando para a ratazana roxa deitada no colo de sua treinadora. Nikole sorriu para a loira e logo reparou no Pokémon parado ao lado do banco.
— Você escolheu um Charmander? Fantástico! — A menor sorriu, porém o sorriso logo sumiu ao perceber a coloração do Pokémon. — Espera, o seu inicial é um... — A frase se perdeu no ar.
— Sim, ele é um pouco diferente. O nome dele é Chad. — respondeu parecendo mais interessante na batalha que ocorreria em breve do que com a surpresa da garota.
— “Um pouco diferente”?! Você ganhou um inicial que ainda por cima é um Shiny! Quais são as chances de acontecer?!
Saylla decidiu não responder e prestar atenção em ambos os concorrentes.
Do lado direito estava John ajeitando os seus óculos de grau e parecendo dar algumas instruções para o Pokémon esverdeado. O inicial de grama, deduzido pela cor, tinha alguns centímetros a mais do que meio metro, porém ainda menor que o Charmander, possuindo uma coloração verde-água em toda a extensão do seu corpo com manchas verdes escuras em formato de trapézios no corpo, na cabeça e nas pernas. Tinha um largo sorriso inexpressivo e imensos olhos vermelhos opacos. Nas costas do Pokémon, um grande bulbo verde crescia como se ainda não tivesse desabrochado. Saylla achou deveras interessante o verdinho e apontou a Pokédex para ele. Com uma voz mecanizada e feminina, proferiu as informações básicas do Pokémon:
Bulbasaur, o Pokémon Semente. Quando nascem, sementes são plantadas em suas costas que desabrocham e crescem junto ao Pokémon. Estes bulbos servem como armazenadores de energia ao Bulbasaur.
Interessante, pensou. Um Pokémon de grama que parecia forte pelo aspecto do bulbo, porém a falta de expressão no Bulbasaur que mais chamava atenção. A espécie é conhecida de certa forma por serem animados, competitivos e fofos antes de evoluírem, o que claramente aquele ali não era.
Já do lado esquerdo, Matt parecia mais relaxado do que a dupla John-Bulbasaur. O treinador moreno parecia bater um papo com o Pokémon de água, por mais estranho que pareça. O inicial do garoto era do tipo água, sendo uma tartaruga azul com um rabo enrolado de meio metro de altura. O sorriso do Pokémon refletia como se fosse a cópia perfeita do treinador, ambos com expressões travessas em seus olhos escuros. O torso e o quadril da tartaruga d’água era escondida pelo seu casco marrom tão rígido quanto pedra. Com um impacto visual bem menor em comparação ao Bulbasaur, decidiu analisa-lo via Pokédex:
Squirtle, o Pokémon Pequena Tartaruga. O casco de Squirtle não serve somente para proteção, o formato do casco também reduz a resistência da água e permite nadar mais rápido.
Tinha de admitir, o Pokémon era fofo. Por mais que seu sorriso fosse ligeiramente obsceno, a tartaruga aquática tinha o seu charme.
— Quem você acha que irá vencer? — perguntou Nikole, acariciando a extensão do corpo da Rattata.
— Eu aposto no Bulbasaur. Ele tem vantagem pelo tipo grama e o John pegou o segundo lugar no exame. — respondeu com um olhar sério, Saylla olhava para Matt e realmente não botava fé no rapaz. No momento, tanto ele quanto o Squirtle rolavam no chão.
Uma mordida chamou atenção da loira, a fazendo dar um gritinho de dor e susto. Olhou assustada para o Charmander que parecia estar tentando chamar sua atenção fazia algum tempo e finalmente tendo conseguido, apontou a ponta da calda na direção do Squirtle.
— Você está apostando neles, Chad? — Saylla não conseguiu evitar de rir. — Beleza então. Se eu ganhar a aposta, você entra na Pokébola sem reclamar. Se eu perder, você que escolhe quando quer ficar na Pokébola ou não. — A garota estendeu a mão para o Charmander amarelo que a olhou estranho, pensando talvez que ela fosse maluca. No fim, o lagarto concordou ao tocar a cabeça no punho de Saylla como se fosse um “toca aqui”.
Enquanto isso, Nikole olhava a cena ao seu lado em dúvida se Saylla não batia muito bem da cabeça em fazer apostas com o seu Pokémon ou se o Charmander era mais inteligente que a própria treinadora...
Continua...
Sim, o inicial da nossa protagonista é um Charmander Shiny. Enganei vocês com o título? Espero que sim, porque a intenção foi justamente essa e.e Bem, eu teria postado também a luta entre John e Matt, mas o capítulo ia ficar grande demais então... Fica como dúvida. Quem vocês acham que ganha?
até depois!
OneTwoSan- Membro
- Idade : 24
Alerta :
Data de inscrição : 16/03/2015
Frase pessoal : Você conhece o Deus Grid?
Tópicos semelhantes
» Searching for Greatness
» Prince of Fight (Primeira Temporada)
» [PS]Fight Istinct
» Prince of Fight - 1ª Temporada (REESCRITA)
» JOGUINHO DO FIGHT
» Prince of Fight (Primeira Temporada)
» [PS]Fight Istinct
» Prince of Fight - 1ª Temporada (REESCRITA)
» JOGUINHO DO FIGHT
Pokémon Mythology :: Fan Area :: Fanfics :: Fanfics Pokémon
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos