Holy War
Enfim o novo capítulo chegou. Demorei um pouco por causa da preguiça de arrumar alguns erros e também para ter tempo de vocês cometarem. Obrigado pelos elogios e espero que continuem acompanhando ^^II. Sometimes, crime pays
Era cedo, o sol já raiava, mesmo que fragilmente diante do reino. Alguns comerciantes já estavam vendendo, apesar de ser para o vento. As cerejeiras balançavam e transmitia um doce aroma de frescor e um clima de tranqüilidade e placidez para o reino. Mas não era isso que aquele garoto, que antes de ser um aspirante, era o demônio em forma humana estava presenciando.
- Ok seus fedelhos! Aqui quem fala é Edward, cavaleiro real que irá ensiná-los como serem iguais a mim. – Começou aquele que estava com uma armadura enfadonha – Não pense que vai ser fácil. Vocês iram na floresta e se dividiram sozinhos. O objetivo é passar um tempo de 36 horas tentando sobreviver e também capturarem prisioneiros, ou seja, seus companheiros.
Muitos que se posicionavam em fila única ali se assustaram. Alguns já haviam feito amizades naquele curto período e lógico, nenhum daqueles jovens estaria digno de passar tamanho tempo na floresta. Nenhum questionou o segundo comandante, Edward, que por sinal estava eufórico e oficializou.
- Agora andem! O tempo será contabilizado assim que o último entrar!
Foi aquela balbúrdia de rapazes correndo loucamente em direção a floresta, indo a direções diferentes. Muitos daqueles tomariam só um caminho: o da ida. Raros voltariam, principalmente com algum prisioneiro em mãos. Todos já haviam partido menos um, e logo ele, o demônio.
- Estás querendo brincar comigo! Vá logo seu maltrapilho!
- Senhor eu posso ser arqueiro?
Edward olhou inconveniente. O treinamento que estava programado era para cavaleiros, não para arqueiros, que por sinal, tinham um treinamento totalmente diferente. Seus olhos esbugalharam diante da aparição do Sir Laurence no campo de provas.
- Então o demônio quer ser um arqueiro. Interessante. – Ressaltou Laurence.
- É bem difícil um aspirante ter interesse em ser arqueiro. Sir Laurence, tem certeza que queres trocar sua turma?
- Lógico. Aliás, eu mesmo irei ensiná-lo.
O silêncio predominou durante um intermediário período. Edward não acreditava em tal fato provavelmente por ser raro um momento em que o seu chefe treinava candidatos para quaisquer posições de combate. Algo difícil de acontecer, mas não impossível de se ver.
- Mas... – Tentou impedir Edward.
- Mas nada Edward. Venha meu caro candidato. Ensinarei-lhe o que é ser um arqueiro de verdade. – Pôs um ponto final no assunto em questão.
Sobre olhares de curiosos e do furioso Edward, os dois tornaram para outro ponto. Partiram então para outro campo de treinamento que não era tão longe dali. A brisa do vento batia levemente pelo semblante do rapaz que voejavam fracamente seus cabelos castanhos. O garoto já tinha um destino programado para os Reinos Studart e Xadai de ser algum guerreiro para guerra, agora ele teriam que traçá-lo a partir de agora.
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Enquanto o rapaz ainda sem nome tornava para principiar seu treino, a cidade, ou melhor, os moradores dela cochichavam sobre o garoto demônio. Especulações giravam em torno do assunto que ia se expandindo cada vez mais. Mas muitas pessoas se encontravam com temor de que o demônio pudesse ter um ataque de fúria subitamente.
Com tal medo no peito, muitos compareceram a primeira missa feita às oito horas. Muitas balbuciavam orações nos pés da Virgem Maria com pequenos crucifixos em mãos. Ironicamente, foi o primeiro dia em que a Igreja teve sua capacidade de pessoas excedida, o que eram bons lucros para a mesma já que tinha afiliação ao Reino.
- Como se podes deixar o demônio em nossos lares? Querem vocês, singelos cidadãos que seja o demônio a defender nossa sociedade nas armadas? Eu estive lá, na hora em que aceitaram tê-lo. – Começou o frade Heiting que substitua o padre que convencionalmente orientava a missa.
Era difícil alguém soltar uma risada diante daquela situação. Ambos os reinos estavam preocupados com aquele indivíduo presente no exército e que defenderia em cruzadas ou guerras seus moradores.
- E o que o imponente Sir Martin disse em resposta? “Cala-te frade! Tu és um falso gênio. A força desse maltrapilho poderá ser útil e nem Cristo estará a me deter!”
Murmúrios poderão ser ouvidos diante da platéia que acompanhavam um espetáculo... de soberbas mentiras. Heiting sabia que o ódio provido das pessoas se instalaria por todas as vielas e recusaria o demônio com integrante.
- E agora meus caros irmãos, querem vocês o demônio?
A multidão de fiéis começou a abraçar a idéia da expulsão do garoto de ambos os reinos e protestou diante do acontecido, ou do falso ocorrido. O frade continuou sua missa até o fim, terminando com o donatário.
Ele já havia acabado com todos os cultos quando as tropas do fulminante Sir Martin entraram a força na casa de Deus novamente com suas lanças pontudas e afiadas.
- Caro frade Heiting, por favor, me perdoe se o demônio está entre nós. – Ajoelhado com a pesada armadura, o líder daquela esquadra. Ofereceu-lhe ao frade uma quantia em ouro que poderia ser valioso para a Igreja.
- Claro Martin. Adquira o documento que comprova o seu perdão.
Um papel foi dado ao chefe da esquadrilha que sorriu com seus dentes brancos para o frade. Heiting o convidou para sair e por fim fechou as portas da Igreja que só abriria de noite. O frade então partiu para o castelo de seu rei.
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Heiting já havia chegado ao palacete real. Os guardas de vigia abriram à velha e barulhenta porta de madeira. Um choque violento ao chão. Entrou e foi pela esquerda subindo escadas e mais escadas passando inclusive pelo refeitório dos guerreiros. Chegou a sala do rei e lorde Studart.
- Heiting, o que queres aqui?
- Eu queria saber por que você aceitou aquele demônio entrar em nossas vidas. – Perguntou-o em tom melancólico.
- Ainda está entorpecido por aquela conversa e sobre aquele menino. Eu falei que aquele moleque poderá nos servir no exército! Esse é o motivo. – Respondeu com firmeza o rei.
- Apenas por isso? Tu queres acordar amanhã morto! É isso?
- Estás delirando frade! Temo-lo sobre controle.
- O humano não pode controlar a besta que contamina o mundo, lorde! Apenas o salvador pode fazer isso!
- Cala-te! Leve ele daqui soldados!
Três soldados barraram Heiting de continuar a discussão contra o rei de seu império. Foi necessário usar a força física para contê-lo, já que estava enfurecido com as decisões que o exército havia tomado.
- Você ainda vai ver Studart! Ainda vai ver!
As portas foram fechadas, mas uma promessa ainda estava em aberto...
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A noite logo caiu no vilarejo. Não era lá tão tarde, mas a cidade já estava fechando seus olhos para o próximo dia. Mas algo incrível ainda ocorria naquela mesma vila: a princesa Rose, filha do rei, dentro da igreja com uma carta em mãos. Uma carta de alguém que queria encontrá-la ali. Uma carta daquele que poderia ser o seu amado. O tempo passava e nenhum sinal de vida aparecia pela igreja escura com um ar de filme de terror.
Já iria embora, quando percebeu que havia alguém a observando de algum lugar. Uma angústia no peito tomou conta da Igreja, a casa de Deus. Ouviu-se barulhos e burburinhos pejorativos, enquanto ela tentava gesticular com quem estivesse ali. Subitamente, alguém forte a agarrou. Tentou se livrar, esperneando, atacando com suas últimas forças, tudo isso em vão. Por fim, pode-se ouvir um último suspiro: um grito. E em pleno os pés da Virgem Maria...
Por fim, podia-se saber que o próximo dia já teria um suspeito certo para aquele acontecido: ele era o demônio.
Espero críticas construtivas, é bem difícil criar uma fic medieval pelo fato de não haver muitos temas a não ser um romance clichê ou uma guerra.Enquanto a última parte logo aqui em cima, que é um puco pesada, bom eu conversei com CalrosHenrique e ele permitiu que eu a escrevesse se fosse bem censurado. Cialo~