[GP] DANGANRONPA

O dia começava da maneira mais bela possível. Do lado de fora da escola, grandes árvores perante aquele pequeno jardim que ligava a escola a rua. Muitos estudantes rindo, vários pais e parentes por ali. Era uma emoção para todos que foram aceitos. Eram cerca de 45 novos alunos para a turma do 3° ano. Tá certo que entre vários jovens haviam adultos, idosos, mas o Colégio Topo Da Esperança é onde a esperança nunca morre: nunca desista de estudar! Nunca desista de se formar.

Algumas pessoas eram estranhas. Enquanto uns se vestiam de estudantes, algumas pessoas se vestiam como padres, lutadores de samurai. Talvez se o diretor não tivesse escrito no currículo que o Colégio Topo Da Esperança tivesse todas as matérias, alguns miseráveis como esses não apareceriam.

Sua jornada começava. Você entrava no colégio. Mas... E depois?

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- Huh... Onde estou? - você gemia, acordando com a cabeça sobre uma classe escolar de sua respectiva matéria.

A sala era bonita. Meses e quadros de madeira, lembrando a época antiga do japão, onde os samurais dominavam e tudo era mais rústico. No quadro, havia uma mensagem dizendo para que os novos estudantes se dirigissem ao ginásio de esportes, onde a cerimônia de boas vindas ocorreria. A sala de aula, apesar de tudo, era um pouco estranha. As janelas não eram transparente: estavam tapadas por barras de madeira e uma camada de metal, além de ter um vidro blindado no meio disto tudo. Vários pregos e objetos do tipo prendendo.

E para finalizar, uma grande câmera de segurança, com seus fios sendo ligados para o teto. O local era bem fechado, porém havia uma saída com um duto de ventilação, que se estendia por todas as partes da escola. Apesar disso, a saída de ventilação era tapada por uma grade de metal.

Você logo levantava, um pouco desconfiado. Mas era uma escola de ricos, então né. Aos poucos você ia andando e percebendo que de outras salas outras pessoas saíam. Era um grupo bem menor dos 45 novatos. Os quartos eram aparentemente idênticos, por mais que uns parecessem mais velhos que outros. Os quartos ficavam num grande corredor, coberto por um parquê escuro e uma folha decorativa rosa na parede. No fundo do corredor, era possível ver uma grade enorme tapando uma escada. Do lado das escadas, mais corredores, que se estendiam horizontalmente para o restante do primeiro andar.

Para a esquerda, poucas portas eram visíveis. A primeira delas estava trancada. A segunda também. A terceira era uma daquelas portas de metal, usada para dividir a cozinha dos salões de festa. Outro corredor era visto mais adiante. Para a direita, nada além de um longo corredor que saía num ginásio aberto. Era para lá que todos iam. Alguns rebeldes tentavam abrir a grade, outros procuravam a porta por onde entraram. O estranho era que ninguém se lembrava de nada. Você se recusava a tentar entender, e ia para o ginásio. Até agora, todos os locais que você andou eram cercados, trancados e gravados pelas câmeras de segurança.

O ginásio não era diferente do resto da escola: sua decoração era bem rica e bonita. Seu piso era dourado, assim como as paredes e teto. O piso brilhava quando você olhava para ele. Em um dos limites, uma cesta de basquete. No outro, um palanque com uma espécie de urna. Porém, essa não era uma urna de votos, era apenas uma urna. Vazia. Pequena. Pelo teto, vários balões. Era uma beleza de se admirar. Aos poucos, todos iam chegando e ocupando os lugares. As cadeiras, de madeira, tinham nossos nomes gravados nela. Algumas cadeiras até estavam arranhadas, sendo estas dos estudantes com ficha de inscrição mais intrigante. Então você se sentava em sua cadeira, aguardando os outros.

De repente, as portas do ginásio se fechavam, e as luzes se apagavam. Um globo de luz apontava para a urna, local onde uma voz fina e irritante começava a falar.

- Sejam bem vindos, alunos do quinto ano, upupupupupu.

- É terceiro! - um sujeito involuntário se levantava pra corrigir a voz.

- Calado, upupupupupupu! - de trás da urna, um ursinho muito fofinho saltava - Como dizia, sejam bem vindos, alunos do quinto ano! Sou Monokuma, um Monobear, e eu sou o diretor de vocês!

- Ei, você é um ursinho! - o mesmo sujeito já estava se tornando irritante, interrompendo novamente o diretor.

- Não é ursinho! É Monokuma, e eu sou o diretor! - O urso era fofo, mas diferente. Metade do seu corpo era branco, com um olho angelical. A outra metade era negra, com um brilhante olho vermelho que demonstrava ódio. De acordo que sua voz ia aumentando, seu corpo começava a se cobrir de uma massa de suor vermelho, mudando ligeiramente sua cor. - Cof, cof. Esse ano será o primeiro de muitos, ou não! Já faz tempo que o mundo lá fora não é o mesmo, e eu, o diretor, resolvi escolher alguns dos novatos para morar em nossa escola! Não é demais? Vida escolar vinte e quatro horas! É incrível! Magnífico, upupupupupu!

- O mundo... Lá fora?

- EXATAMENTE, UPUPUPUPUPU! O mundo morreu. As pessoas morreram. Lamentável, upupupupu. Provavelmente vocês são os herdeiros da terra! Os últimos vivos!

- ESPERA! E O VOVÔ? CADE O VOVÔ? ELE ESTAVA DOENTE!

- Então sua morte foi adiada, garoto! Eu sou um herói! Um diretor! Eu escolhi os mais talentosos e inteligentes para viverem nessa escola, vivendo em tempo integral aqui. Aqui vocês poderão comer, jogar, estudar, tomar banho de piscina, conversar! Viver como uma família, coisa que muitos de vocês não possuem mais! Seus períodos escolares começam agora!

Você então se levanta, e delicadamente levanta a mão. Sua expressão é confusa. Parece que aquilo tudo é um estranho sonho, e que você está tentando entender o que está acontecendo. Sua mão, trêmula, fazia o ursinho rir, perguntando o que você quer. Você imediatamente pergunta: "- Faz uns minutos que eu cruzei a porta... Do lado de fora tudo estava bem. Pessoas, animais, plantas. O que aconteceu?"

- As coisas acontecem de uma hora pra outra! Upupupupupupu! Parem de reclamar. O mundo acabou. Aceitem suas vidas e vão viver como pessoas inteligentes e divertidas, upupupupu! As aulas começam daqui a algumas horas, vão colocar seus uniformes escolares, estão no quarto de vocês! Aliás, cada aluno tem seu próprio quarto. Segundo reto após o ginásio, vocês dobram para a direita na última entrada. Aquele corredor possui todos os quartos necessários. Quem chegar primeiro, pega o quarto.

Todos saíam confusos. Ninguém entendia nada. Alguns, perplexos, começavam a chorar. Outros riam do ursinho, se dirigindo a porta do ginásio. Porém, a porta estava trancada. O garoto irritante novamente gritava para o ursinho abrir a porta, mas o ursinho apenas começava a rir. Seu olho vermelho brilhava no escuro, e sua gargalhada ia ficando cada vez mais assustadora. De repente, o ursinho falou:

- Mas salvar vocês não foi de graça... UPUPUPUPUPUPU! VAMOS BRINCAR, UPUPUPUPUPU! VAMOS JOGAR O JOGO DA VIDA!!! EU ADORO ESSE JOGO, UPUPUPUPUPU! COMO VOCÊS JÁ VIRAM, O LUGAR É CERCADO. MESMO QUE QUEIRAM, NINGUÉM CONSEGUE SAIR! APENAS TEM UMA SAÍDA, E EU SOU O ÚNICO QUE CONHECE ELA, UPUPUPUPUPU! SE VOCÊS QUISEREM SAIR DA ESCOLA, VOCÊS VÃO TER QUE SE FORMAR! MAS A FORMATURA É DIFERENTE, UPUPUPUPU! APENAS SE FORMA AQUELE QUE MATAR UM DE SEUS COLEGAS E NÃO SER DESCOBERTO! DAÍ VOCÊ VAI FICAR LIVRE PARA VISITAR O VOVÔ, COMER LASANHA NO FIM DE SEMANA E VIRAR MUTAÇÃO PURA EM RADIAÇÃO DO LADO DE FORA, UPUPUPUPUPUPU! PENSEM BEM, UPUPUPUPU!

O garoto idiota novamente tomava a dianteira, correndo rumo ao palaque, subindo e chegando ao lado do ursinho, que gargalhava, tendo a massa de suor lhe cobrindo inteiramente. O garoto, por sua vez, pegava o urso pelas mãos, erguendo numa altura maior do que sua cabeça. Ele falava, se cuspindo:

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É? VOCÊ É APENAS UM URSINHO BOBO! ABRA AQUELA PORTA E NOS DEIXE SAIR DAQUI IMEDIATAMENTE, ESTÁ OUVINDO?

- Não é ursinho bobo! É Monokuma! E eu sou o diretor! E como diretor, eu faço as regras, e as regras são feitas para serem cumpridas. E maltratar o diretor é contra as regras! E isso merece punição! - imediatamente, seu olho começava a brilhar, fazendo uma barulho de relógio. Você então percebia que se tratava de uma bomba, mas antes mesmo que pudesse alertar o rapaz, o urso explodia, e o sangue do rapaz se espalhava pelo ginásio inteiro. Um garota ao seu lado começava a vomitar, enquanto todos os outros ficavam chocados. Alguns choravam, outros gritavam.

- O-O... O QUE VOCÊ FEZ COM ELE?

- SEU ASSASSINO!

- DEVOLVA NOSSO AMIGO!

Todos falavam sozinhos. O urso havia explodido, e a porta também havia sido liberado. Alguns corriam para procurar uma saída, outros ficavam olhando o corpo do rapaz, morto. O sangue havia jorrado por todos os lados. O chão já estava manchado e não havia muito o que fazer.

- O-o urso morreu? - você indagava.

- Não é urso, é Monokuma! E eu sou o diretor! - de traz da urna, o urso voltava a aparecer, assustando a todos. - E é isso que acontece quando não se cumpre as regras! Maltratar o diretor é crime! Pensem bem antes de fazer isso, upupupupu. Esse moleque era irritante, upupupupu! Podem fazer o que quiser. Fiquem atentos aos avisos. - o urso ia embora, sumindo em meio a escuridão. Finalmente a luz era acesa, e você estava ali, no ginásio. O que você fará?

Citação :

Olá, membro. Você está no ginásio no momento. O cara que morreu e os panacas que saíram são tudo figurantes que morreram já. Vocês são os únicos vivos. Vou mandar por MP pela noite o que vocês são, digo, qual Super High School Level vocês são. Vocês podem perambular por todo o primeiro andar para explorar. Só não diga que, por exemplo, na cozinha tem 1000 facas se eu não disser isso, ok? E sobre os quartos, são 18 quartos. Você só tem que chegar e escolher um. Tem uns piores que os outros.

Sobre os SHSL, itens e coisas do gênero, tudo será enviado por MP, para que apenas você saiba. Ou vai dizer que um chinêsinho qualquer sabe que na sua casa tem uma fechadura emperrada? Fica a seu critério espalhar ou não essa informação, o mesmo sobre o SHSL.

É, acho que é isso. O básico é só saber que você não pode descrever as coisas DA ESCOLA, como por exemplo, como é a cozinha e coisas do gênero.

Podem começar. Qualquer coisa eu posto um off pra dizer algo que esqueci de comentar.

E digam o que acharam da introdução, por que deu trabalho!

- Tenho que sair daqui - penso eu desesperada - por acaso, senhor diretor Ursinho fofo, não teria outra saída?

Logo então, esfrego umas notas de 100 dólares em seu rosto, pela sua expressão, não deu muito certo o suborno.

Depois disso, comecei a ter pânico, e cochichei com meus colegas que tínhamos de sair dali, e rápido, pois não mataria ninguém para sair de lá.

off: DEIDARA TU NUNCA DEIXA DE IMPRESSIONAR MDS
BOA PROVA A TODOS

Não cara, não, não... Não pode ser. Aquele urso maluco tinha que estar mentindo de alguma forma. O mundo não pode ter acabado. Nossos familiares e amados não podem ter morrido. Tudo... Tudo isso é uma mentira. Bem, é isso que eu realmente quero dizer agora. Aquele cara morreu na nossa frente, e não foi nenhum tipo de encenação. Aquilo era sangue, não catchup. Aquilo era... real.

Mesmo sendo um viciado em filmes de terror, nada podia ser mais gráfico e verdadeiro do que aquela cena. Nunca, nunca na vida eu tinha ficado tão enjoado e assustado antes. Uma quantidade inimaginável de lágrimas escorria pelos meus olhos, passando pelo meu rosto completamente arroxeado de medo. Sinceramente velho, até aqueles que se consideram bastante fortes emocionalmente ficariam apavorados com aquilo; e eu sou um exemplo.

Muleque, eu realmente não quis acreditar no urso. Simplesmente não quis. Ainda soluçando um pouco, decido aumentar a minha voz para pedir o auxílio de todos os outros que ainda estavam no ginásio:

- O-Ok, ouçam-me! - Tossi um pouco, mas não era nada demais. Precisava mais da atenção de todos do que ficar ouvindo todo mundo gritando que nem alucinados. - Eu não sei se aquele urso realmente está dizendo ou não a verdade, mas vendo a cena da morte daquele cara, a probabilidade dele estar certo é bem alta! Mas por favor, não caiam nesse papo-furado! So-Somos seres humanos, e seremos fortes até o fim! O medo é um sentimento que nos dominará pelo resto da vida, mas não é nada que possa nos impedir! Eu também estou com medo, estou até chorando! Mas se eu não estivesse enfrentando meu medo, não estaria aqui falando esse discurso ridiculamente longo para vocês! Meu nome é Logan Winters Kruz, e vamos sobreviver!

Dei uma pausa para respirar. Sério, não sei de onde eu vim com aquele discurso, mas eu achei ele bem objetivo e disso eu não posso negar. Voltando ao verdadeiro "eu", decido continuar a falar:

- Bem, desculpem a gritaria. Resumindo, se vamos sobreviver aqui, vamos nos conhecer melhor. Me chamem de Logan. E vocês, quais seus nomes?

- Líder... Bem, obrigado pela consideração, mas acho cedo demais alguém aqui considerar um outro como um líder já. Nem nos conhecemos direito, afinal. E eu acho que liderar, sinceramente, não é a minha praia. Pois bem, vou pegar um dos quartos para mim. Quando estiver pronto, volto aqui e continuo a conversar com vocês depois. - Ando para longe do grupo recolhido no ginásio, ainda com a minha mente quase explodindo pelo tamanho de confusão rolando naquela escola. Bem, acho que arrumar o meu quarto vai ser a opção mais viável por agora, então... Lá vou eu.

Cara, que merda. O urso matou o cara... "Bem, Tyler, calma, não se desespere, você já esperava isso..." foi o que pensei. Eu realmente não me sentia confortável com aquele urso por aqui, muito menos em saber que ele estava me vendo... a todo momento. Me aproximei da cabeça do garoto explodido.

Uma quantidade imensa de coisas passou pela minha cabeça e aquela cena me deixou enjoado. Depois de uns minutos olhando aquilo, eu respirei fundo, enquanto escutava o discurso do cara que tinha olhos azul-ciano e cabelos claros. Ele tinha razão. Dilatei o tórax num último suspiro e me aproximei dele, que andava em busca de seu quarto.

- "Muleque", cê é dos meus. - Abracei ele amigavelmente, dando tapinhas em suas costas. - Tyler de Souza Madson. Tyler. Prazer, Logan.

A roupa dele era  f o d a.

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OFF: Dei, curti bastante a intro, but, eu não entendi, tu vai escolher os nossos SHSL? Eu achava que isso era o nosso talento, tipo, o Tyler, SHSL Modelo. Mas tudo bem, a emoção mais uma vez é o que importa. c:

Nossa, que discurso lindo o daquele tal de Logan

- Poderia também ser meu rei, não? Enfim, meu nome é Miranda Blast, prazer e, conhecer...

Off: Dei, esqueci de dizer, tá tudo tão diwo, vlw flw

- Tyler, hm? Bem, o prazer é todo meu, colega. - Tyler de Souza Madson... Esse não seria aquele modelo brasileiro que os meus irmãos gostam? Bem, a Katharina adora aquelas revistas com os modelos todos marombados e coisa assim, mas esse aí nem é tão monstro assim. Mas poxa, que ele era forte, isso não dava pra negar. O Johnson é gay, então acho que nem preciso dizer muito. Enfim, ele parecia uma boa pessoa.

Mas eu não podia confiar nele só porque ele chegou até mim tentando ser meu amiguinho ou sei lá o que. Se você pensar, até que faz sentido. Alguém pode muito bem ter sido influenciado imediatamente pelo urso, e já quer achar um jeito de sair dali. Seres humanos podem ser fortes, mas ainda conseguem ser manipulados com facilidade absurda. Por isso mesmo, decido fazer uma pergunta importante a ele:


- Bem, Tyler, vou escolher meu quarto. Mas antes disso, me diga uma coisa. E seja sincero. - Dei aquela ênfase no "sincero" porque né. - Você acreditou nas palavras do Monokuma?

Eu, lá, espionando o Logan como sempre, porque suas roupas são [palavra censurada], infelizmente, caí no meio da conversa, e ouvi sua pergunta, então, eu lhe respondi:

- Eu acredito, mas penso eu que o único jeito não é matando...

Uma garota brotou ali do nada. Me lembrou um pouco um vocaloid que eu já escutei em algum lugar na internet. Enfim, sorri meio segundo para ela, enquanto me voltei a Logan.

- Sim. Acreditei. - Olhei para baixo, envergonhado. - E quanto ao quarto, se importa se eu ficar no outro ao lado? Eu espero você escolher. - Sorri.

É, cara, uma amizade, confere.

- Err... Nem eu, quer ir lá garoto do xadrez?
Pergunto eu, pro "lek", tomara que ele fique bem, se quiser ir...