O Jogo Matrimonial

Tá, meus olhos devem estar me enganando. Ela é um robô? Isso é super estranho. Eu nunca ouvi falar de um robô tão... semelhante a um humano. Eu realmente quero correr e ir ajudar minha amiga, para esquecer isso tudo! Mas algo em mim está me deixando interessado nesse jogo, droga. Sou uma pessoa tão impotente. 

- Quando eles vão chegar, exatamente? 

Toda minha atenção está em Cecil e Pronome, estou ignorando tudo e todos a minha volta.

Lentamente me levanto com uma mão na cabeça, tudo parecia estar girando um pouco  "Agh... Oque foi isso?" dizia enquanto esfregava a area afetada com a outra mão, aparentemente eu tinha até ficado desacordada por alguns momentos.

Percebi então, um cara perguntando se eu estava bem, rapidamente tentei recuperar a pose e tentei respondender como se nada tivesse acontecido.



"Haha! É claro, isso não foi nada! *cough*, ergh... quase nada."

Tossia um pouco tentando esconder a dor, claro que foi doloroso, mas eu não poderia me mostrar fraca logo de cara, alguem poderia tentar abusar disso.

Não estou nada confortável com tudo isso, mas já que "ela" disse que veio para nos forçar a participar eu não quero contraria, sabe-se lá o que faria...

- Argh, mas por que eu? Eu só queria ficar aqui de boa, droga!

Ponho meus fones, me viro e me distancio das "pessoas".

Então vejo que Vicktoria fala. Eu estava procurando por ela. A vi rápido que não pude falar com ela antes. Falo com ela agora, para ao menos justificar eu ter olhado pra ela tão descaradamente.

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Off: Eu sei, na foto é uma camisa branca, mas na verdade é preta de mangas compridas, porque sim.

Dou as costas para a turma. Eu até tentei parecer legal, mas após ser triplamente ignorada, percebi que aquele não era meu lugar. Sim, era bastante criativa a ideia do jogo, mas eu não me misturava com aquelas pessoas. Eu não gostava delas. Gostava? Não sei. Eu acho que não.

De qualquer modo, permanecer naquele local contrariava meus princípios. E eu não era do tipo que agia fora do meu caráter. Não precisava e não queria participar daquela suruba de gente estranha. A maioria deles eram alunos famosos pela sua... "virgenisse protegida". E tudo o que eu menos queria naquele momento seria ficar íntima deles. Aposto que no primeiro momento eles tirariam uma foto minha usando uma fantasia estranha espalhar para a escola toda.

Quando estava prestes a sair pela porta do telhado, percebo com o canto do meu olho que Ele estava ali. Sim, ele. De todas as pessoas, ele precisava mesmo ter vindo? E ele não parecia interessado em desistir... Pelo contrário, ele encarava o otaku-chefe com tamanha vivacidade que... Bem, não sei o que deu em mim. Mas decidi ficar mais um pouco. De longe. Talvez eu conseguisse descobrir algo sobre ele?

Ele então se dirige a palavra à mim. DROGA, EU NÃO ESTAVA PREPARADA PARA UM CONTATO DIRETO NAQUELE MOMENTO. Ok Vicky, você consegue. Se acalme. E não seja grossa.

- E quem é o senhor pra falar tão abertamente assim comigo? Eu mal te conheço, meu bem.

Droga.

Ah, SEU IDIOTA! Fala seu nome, babaca!

- Ah, perdão. Me chamo Henry. E você? - Coço a cabeça com um sorriso sem jeito. Eu sabia o nome dela, mas custa ser educado? Se eu falasse que já soubesse o nome dela, ela poderia pensar que eu sou um espião, agente secreto ou coisa do tipo. Heh.

Cecil olha para cima, seus olhos com o mesmo brilho azul de antes, o que normalmente significaria perigo.

- Eles devem estar chegando... agora. - Diz ela, ignorando todos os outros, totalmente em transe.

Da carruagem do sol desceu um homem, a personificação do astro celeste do brilho, juventude e DA ESTRELA DALVA. Este era APOLO. E olhou mal encarado para o pessoal do telhado, apontando um dedo em riste e falando. - Chegamos, suas crianças.



Suspirou, logo se dirigindo para a outra biga e dando a mão para DIANA. Esta era uma jovem mulher, tão antiga quanto as linhas que formam o universo, ela emitia um brilho prata e sorria bastante, segurando um guarda chuva de bolinhas celestiais.

Observava a porra toda boquiaberto.

É, aquilo foi mágico, muito mágico... Mas apesar disso, aqueles dois não parecem deuses para mim... De qualquer forma eu não tenho coragem de falar com eles, vamos ver se algum desses fracassados faz isso logo.