[GAMEPLAY] Portões

O grupo começa a discutir sobre pastéis enquanto Conchi começa a comer o dela vorazmente, se esforçando para não derrubar nem o chapéu nem a caneca. Seus esforços não são muito eficazes, e ela começa a derrubar o chá quente no chão, mas parece não perceber.

Enquanto isso, o rádio nas mãos de Alfred estala de novo, mas dessa vez com uma voz diferente:

- Especialista Berlepsch, você está na escuta? - Diz a voz inconfundível da Capitã Braddock. - Certifiquem-se de manter a garota protegida e tragam-na de volta para a base. Antes disso, porém, tem uma coisa que eu gostaria que vocês checassem. Temos conhecimento de uma vila 14 quilômetros ao nordeste daí, então seria apenas um pequeno desvio para vocês. Deem uma olhada em como a situação está por lá. - Ela para por um segundo ou dois, como se estivesse pensando bem no que dizer em seguida. - Essa vila em particular não teve contato direto com pessoas da Terra até agora, então deem uma boa primeira impressão.

O rádio estala novamente, sinalizando o fim da comunicação.

Michelle recuava o ombro quando Fay encostava nela, mais por reflexo mesmo. Ela escutava as palavras com atenção.


- Eu... Evito criar laços de amizades. - Ela dizia em tom baixo e triste. - Não quero me apegar e... Perder amigos durante as missões. - Ela olhava para Fay nos olhos, não com tristeza, mas com admiração. - Você não me parece que vai morrer. Você é forte. Destemida. E... - Abria um sorrisinho. - Muito mais profissional do que esses esfomeados comedores de pastel. 


Soltava um riso tímido.


- Me desculpe por aquilo, eu... Fico feliz que possa contar contigo.... Amiga. - Ela dizia não de maneira forçada, mas um pouco... Constrangida? Não tinha muita facilidade em socializar com seus companheiros. Mas ela realmente ficava bastante feliz com o que Amélia lhe dizia.

Com as novas instruções em mente e a hora do almoço se aproximando, os soldados do esquadrão de reconhecimento número 1 tripulam seus veículos, Yukio guiando a garota nativa até o compartimento de passageiros do APC de Alfred.

Conchi posicionou o chapéu de Alfred no banco ao seu lado e está segurando a caneca de chá, que a essa altura já está frio, em suas duas mãos. Quando o veículo começa a andar, seu rosto se contorce em uma expressão de foco, se concentrando completamente no copo em suas mãos. Ela parece estar tentando impedir o líquido de derramar enquanto o carro balança.

Alguns minutos viagem a dentro, o Augustus passa por cima de uma raíz particularmente alta, chacoalhando com força. Apesar dos esforços da garota, a caneca vira, derrubando quase metade do seu conteúdo sobre Conchi e sobre o chão. Ela parece absolutamente devastada com isso, quase a beira do choro.

Mesmo com a estrada meandrosa da floresta, a viagem é rápida, não muito mais do que 20 minutos. Cerca de um quilômetro antes de chegar a floresta, Amélia localiza uma clareira grande o suficiente para abrigar o helicóptero, mesmo que apenas por pouco. A essa distância, dá pra dizer com uma certa segurança que nenhum dos habitantes da vila teria visto os veículos se aproximando.

Agora tudo que resta é uma pequena caminhada para o nordeste.

- Não fiz nada, o chá simplesmente caiu em cima dela, por sorte o chá não estava quente, acho que ela não esta acostumada com essas coisas e achou que o chá era algo de grande importância por isso a cara de choro, eu tentei tranquiliza-la mas sem nenhum tradutor próximo ela simplesmente continuou com essa cara de triste... Mas eu entendo seu aborrecimento, e isso significa que você se importa, e são de pessoas como você que o mundo precisa

Então eu sai do carro e chamei Conchi, ajudando ela sair também, peguei o copo de chá da mão dela, sempre com um sorriso amigável para não assusta-la

Marcelo coça a garganta. -Sou o filho mais velho de minha mãe e tenho sete irmãos, Marcos, Marcilho, Mauricio, Marlon, Marcela, Marcia e Maria e minha mãe, Mercia. Marcelo parece orgulhoso em falar os nomes de todos eles, ele abre o pequeno medalhão e o encara por alguns segundos antes de fecha-lo e o por de volta no casaco.

Conchi olha com atenção para Alfred enquanto ele fala. Apesar de não entender a língua, ela parece estar se esforçando para acompanhar as palavras. Quando o engenheiro termina de falar, porém, o rosto da garota assume uma expressão de medo, e ela rapidamente corre para trás de Yukio, escondendo seu rosto nas costas do médico, mantendo-o como uma barreira entre ela e Alfred.

- E qual história que não é? - Gargalho.

- Olha, uma vez eu li esse livro chamado "As lendas de Praeclara". Amizade, aventura, batalhas! - ... Acho que não é uma boa ideia falar nisso agora. - Eu nasci numa familia normal, lá na Nova Zelândia... E a história de lá é bastante interessante!