Jogo Matrimonial - Parte 4

Noah olhava para Alanna e em seguida para Sono. O coração de Noah começava a bater mais forte com tal pergunta, pensando se a garota iria fazer algo idiota, como matar o medo enquanto estivesse longe.

Ele fraquejava na primeira tentativa de responder, mas eventualmente conseguia.





- C-Claro, Alanna....



Em seguida, Noah se aproximava do Medo, bagunçando seus cabelos enquanto o olhava com um sorriso simpático.






- Escute... Não precisamos resolver isso com violência. Você não merece ter um fim desse tipo. Você é diferente. É um ser composto por inocência... Nós... Nós podemos ser grandes amigos. 





- Bem... A minha amiga vai conversar contigo, mas não se preocupe. Ela pode até assustar, mas ela é uma das pessoas mais legais e meigas que eu já conheci. Ela só vai procurar uma forma de te ajudar, tudo bem?



Eu olhava para Alanna, aguardando algum tipo de confirmação. 





- Daqui a pouco eu volto, ok? Quem sabe eu apareça com algumas balinhas! Hahah...


Noah da um beijo na testa de Sono antes de se levantar e ficar na frente de Alanna, falando num tom que só ela podia escutar.






- Por favor, Alanna... Não faça nenhuma coisa que irá se arrepender depois. Eu confio muito em você, mas não o veja como um inimigo, ok? 





- Eu... Eu confio em você, Alanna. 



Noah se preparava para beijar a bochecha de Alanna, mas por se lembrar de como ele gostava dela e dos foras que ela havia dado nele anteriormente, ele acabou hesitando e ficando numa situação constrangedora. Sem graça, Noah saía do local, puxando Miranda e Misaki pela manga de seus uniformes. 

Ele também fazia um sinal com a cabeça para Ken, para que ele pudesse tirar o Jasper dali, caso este se recusasse.

- Tem que ter um jeito, Joestar. Com a Luta deveria ter tido, mas...





- *Sigh* Estou cansado disso tudo, Joestar. Não ligo pro poder, nem pra adrenalina em me sentir importante em um combate... Eu só quero um pouco de paz.





- É por isso que temos que destruir esses Deuses. Pode parecer loucura, mas... 





- Você se lembra quando Jasper e Alex fundiram suas essências? 





- O poder que eles usaram... Foi avassalador. Foi muito semelhante ao poder que Apollo usou em Warren. Claro que enquanto o ataque final de Jasper e Alex foram com sua maior força e o de Apollo, provavelmente, em sua mínima força... Mas...





- Eu realmente acredito que se continuarmos evoluindo desse jeito... Nós iremos conseguir lutar contra eles. Não sozinhos, mas todos juntos. Como um único Matrimônio. Não o Matrimônio de Apollo nem o de Diana... Mas algo como...




- O Matrimônio da Shooting Star. Hahah.. Soa legal, né?





- Pense grande, Joestar... Com esse poder em crescimento... A gente pode fazer tudo. Se eu pudesse controlar o Haon que eu me transformei durante a Luta, e o Jasper e o Alex controlarem a fusão de essências... Ou melhor... Se descobrirmos outras técnicas!





- Boto fé que assim o Matrimônio da Shooting Star iria vencer Diana ou Apollo. Dai poderíamos ter paz... Fazer com que Cecil tivesse paz. 





- E ah... Sobre a Shooting Star... Eu já sabia de seu passado, Joestar. Sobre o que aconteceu com Helena e Arthur... Todos os acontecimentos catastróficos aqui em Gainax... Bem, eu já sabia desde o momento em que eu conheci você e Alanna. Por isso tentei chamar a polícia. 





- Que idiota né? Imagina se a polícia tivesse aparecido e prendido vocês dois. Todos nós estaríamos mortos provavelmente. 





- Mas bem... Vamos fazer o seguinte. Eu te perdoo pelo seu passado se você me perdoar pelo meu, ok?

- GRANDE! - Pela primeira vez o garoto ri e dá um pequeno sorriso. - Acho que eu queria... Trabalhar com flores... Ou cuidando de pessoas... Mas isso não vai acontecer, não é? Eu acho que não vai dar pra mim. E... Eu não me lembro de muito. - O Sono olha para os lados.

- Minha cor favorita é azul. Eu gosto de histórias. - Ele coça o queixo.

- Eu também gosto de poder flutuar. - O garoto flutua ao lado de Alanna. - É divertido!

- Não. - Ele pensa. - Isso é legal, eu acho. Me lembro um pouco de duas pessoas comigo...  E várias me visitando... Só...

Sono dá um tapinha no ombro de Alanna. - Não tem muito mais caminho pra mim, sabe? - Ele sorri. - Eu sei disso. Acho que eles só tentaram me animar um pouco.

- Mas... Você ainda pode conseguir seu desejo. - Ele abre os braços. - Você sabe o que fazer.

O Sono olha nos olhos da garota enquanto morre. Sua última visão é a imensidão daquele escuro profundo, que o lembrava de algo distante. O corpo da criança desaparece aos poucos, assim como o da Flor. A última palavra dita por ele ressoa na mente de Alanna, enquanto ela observa o medo desaparecendo.

O Sono foi liberto das suas correntes invisíveis que o prendiam a seu pôs vida e teve seu maior desejo realizado.

Ele fora em paz.

Alanna abre a porta, para o resto do matrimônio voltar.

Tudo que sobrou daquela noite é o quarto, agora vazio, como a salvação do Sono.